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LEGISLAÇÃOEM UTI

Título: Portaria nº 3432, de 12 de agosto de 1998

Ementa não oficial: Estabelece critérios de


classificação entre as diferentes Unidades de Tratamento
Intensivo - UTI.

Publicação: D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder


Executivo, de 13 de agosto de 1998

Órgão emissor: MS - Ministério da Saúde

Alcance do ato: Federal - Brasil

Área de atuação: Tecnologia de Serviços de Saúde


Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010
Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de
Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do Art.11 do
Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de
1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do
Art.
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da
Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada
no D.O.U., de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 22 de
fevereiro de 2010;
PORQUE UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA??

• Nasceu da necessidade de oferecer suporte


avançado de vida a pacientes agudamente doentes
que porventura possuam chances de sobreviver,
destina-se a internação com instabilidade clinica e
com potencial de gravidade.
• Ambiente de alta complexidade, único ambiente
hospitalar que estabelece monitorização completa
e vigilância 24hs, desde a década de 50.
• O preciso papel da UTI esta na combinação
do cuidado intensivo de enfermagem +
médico.
QUESTÕES ESSENCIAIS
PARA CUIDADO INTENSIVO

1. Enfermagem permanente e capacitada;


2. Pronta avaliação médica;
3. Padronização técnica de investigação e tratamento;
4. Definições de área e facilidades;
5. Atitudes novas para o cuidado intensivo (pesquisa).

Enfermeiros implementam planos de


cuidados e alertam os médicos para
eventuais e rápidas mudanças nas condições
dos pacientes.
ORGANIZAÇÃO DA
UNIDADE

• Equipe • Fatores
multiprofissional que determinantes as
estabelece: unidades:
1. funções; 1. tipo de hospital;
2. normas; 2. nº de pacientes por
3. condutas; especialidades;
4. padrões de avaliação ; 3. interesse da
instituição;
5. exaustão das
atividades. 4. nº de leitos;
LEITOS DE UTI
• Todo hospital com capacidade instalada de 100
ou mais leitos deve dispor de leitos de UTI
correspondentes a no mínimo 6% do total de
leitos;
• Se atender gestantes de alto risco deve conter
além da UTI adulto, UTI NN.
INTRODUÇÃO
• As Unidades de Terapia Intensiva são unidades
hospitalares destinadas ao atendimento de
pacientes graves ou de risco que dispõem de
assistência médica e de enfermagem
ininterruptas, com equipamentos específicos
próprios, recursos humanos especializados, e
que têm acesso a outras tecnologias destinadas
ao diagnóstico e terapêutica.
CLASSIFICAÇÃO
POR IDADE

• Neonatal: 0 a 28 dias
• Pediátrica: 28 dias a 14 ou 18 anos
• Adulto: maiores de 14 ou 18 anos
• Especializada: voltada para pacientes
atendidos por determinada especialidade ou
pertencentes a grupo específico de doenças.
PONTOS
IMPORTANTES
• Fácil acesso ao PS e CC
• Sistema próprio de climatização
• Iluminação natural
• Climatização
• Divisória entre os leitos
• Relógio visível para todos os leitos
• Visita familiar diária aos doentes
• Informações diárias sobre os pacientes
CLASSIFICAÇÃO POR TIPO
Tipo II:
Deve contar com equipe básica composta por:
 um responsável técnico com título de especialista
em medicina intensiva ou com habilitação em
medicina intensiva pediátrica;
 um médico diarista com título de especialista em
medicina intensiva ou com habilitação em
medicina intensiva pediátrica para cada dez leitos
ou fração, nos turnos da manhã e da tarde;
 um médico plantonista exclusivo para até dez
pacientes ou fração;
 um enfermeiro coordenador, exclusivo da unidade,
responsável pela área de enfermagem;
 um enfermeiro, exclusivo da unidade, para cada dez
leitos ou fração, por turno de trabalho;
 um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração no
turno da manhã e da tarde;
 um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada
dois leitos ou fração, por turno de trabalho;
 um funcionário exclusivo responsável pelo serviço
de limpeza;
 acesso a cirurgião geral(ou pediátrico), torácico,
cardiovascular, neuro cirurgião e ortopedista.
O HOSPITAL DEVE CONTAR COM:
 laboratórios de análises clínicas disponível nas 24 horas
do dia;
 agência transfusional disponível nas 24 horas do dia;
 hemogasômetro;
 ultra-sonógrafo;
 eco-doppler-cardiógrafo;
 laboratório de microbiologia;
 terapia renal substitutiva;
 aparelho de raios-x móvel;
 serviço de Nutrição Parenteral e enteral;
 serviço Social;
 serviço de Psicologia;
O HOSPITAL DEVE CONTAR
COM ACESSO A :

• estudo hemodinâmico;
• angiografia seletiva;
• endoscopia digestiva;
• fibro broncoscopia;
• eletroencefalografia;
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS:

 cama de Fowler, com grades laterais e rodízio, uma


por paciente;
 monitor de beira de leito com visoscópio, um para
cada leito;
 carro ressuscitador com monitor, desfibrilador,
cardioversor e material para intubação
endotraqueal, dois para cada dez leitos ou fração;
 ventilador pulmonar com misturador tipo blender,
um para cada dois leitos, devendo um terço dos
mesmos ser do tipo microprocessado;
• oxímetro de pulso, um para cada dois leitos;
• bomba de infusão, duas por leito;
• conjunto de nebulização, em máscara, um para cada
leito;
• conjunto padronizado de beira de leito, contendo:
termômetro(eletrônico, portátil, no caso de UTI
neonatal), esfigmonômetro, estetoscópio, ambu com
máscara(ressuscitador manual), um para cada leito;
• bandejas para procedimentos de : diálise peritoneal,
drenagem torácica, toracotomia, punção pericárdica,
curativos, flebotomia, acesso venoso profundo, punção
lombar, sondagem vesical e traqueostomia;
• monitor de pressão invasiva;
 marcapasso cardíaco externo, eletrodos e gerador
na unidade,
 eletrocardiógrafo portátil, dois de uso exclusivo
da unidade;
 maca para transporte com cilindro de oxigênio,
régua tripla com saída para ventilador pulmonar e
ventilador pulmonar para transporte;
 máscaras com Venturi que permita diferentes
concentrações de gases;
 aspirador portátil;
 negatoscópio;
 oftalmoscópio;
 otoscópio
ALGUNS EQUIPAMENTOS
• pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvula
reguladoras de pressão e pontos de vácuo para cada leito;
• cilindro de oxigênio e ar comprimido, disponíveis no hospital;
• conjunto CPAP nasal mais umidificador aquecido, um para cada
quatro leitos, no caso de UTI neonatal, um para cada dois
leitos;
• capacete para oxigenioterapia para UTI pediátrica e neonatal;
• fototerapia, um para cada três leitos de UTI neonatal;
• Incubadora com parede dupla, uma por paciente de UTI
neonatal;
• balança eletrônica, uma para cada dez leitos na UTI neonatal;
CLASSIFICAÇÃO POR TIPO

Tipo III:
As Unidades de Tratamento Intensivo do tipo III, devem, além
dos requisitos exigidos paras as UTI tipo II, contar com:

3.1. Espaço mínimo individual por leito de 9m², sendo para


UTI Neonatal o espaço de 6 m² por leito;

3.2. Avaliação através do APACHE II se for UTI Adulto, o


PRISM II se UTI Pediátrica e o PSI modificado se UTI
Neonatal.
ALÉM DA EQUIPE BÁSICA
EXIGIDA PELA UTI TIPO II,
DEVEM CONTAR COM:

• um médico plantonista para cada dez pacientes,


sendo que pelo menos metade da equipe deve
ter título de especialista em medicina intensiva
reconhecido pela Associação de Medicina
Intensiva Brasileira(AMIB); enfermeiro exclusivo
da unidade para cada cinco leitos por turno de
trabalho;
• fisioterapeuta exclusivo da UTI;
• acesso a serviço de reabilitação;
ALÉM DOS REQUISITOS EXIGIDOS PARA AS
UTI TIPO II, O HOSPITAL DEVE POSSUIR
CONDIÇÕES DE REALIZAR EXAMES DE:

 tomografia axial computadorizada;


 anatomia patológica;
 angiografia seletiva;
 fibrobroncoscopia;
 estudo hemodinâmico;
 ultrassonografia portátil.
ALÉM MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
NECESSÁRIOS PARA UTI TIPO II, O
HOSPITAL DEVE CONTAR COM:

• metade dos ventiladores do tipo microprocessado, ou


um terço, no caso de UTI neonatal;
• monitor de pressão invasiva, um para cada cinco
leitos;
• equipamentos para ventilação pulmonar não invasiva;
• capnógrafo;
• equipamento para fototerapia para UTI Neonatal, um
para cada dois leitos;
• marcapasso transcutâneo.
AÇÕES DO ENFERMEIRO NA UTI
NA FASE DE PLANEJAMENTO

• Filosofia de trabalho, indicadores e


referencial teórico;
• Elaboração de:
1. Manuais;
2. Métodos de padronização;
3. Protocolos.
CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO

• Estado crítico – grave


(comprometimento importante
de suas funções vitais).
• Alto risco (podem apresentar
alterações).
ASPECTOS OPERACIONAIS

Impressos Visitas
24hs (visores)

Roupa
Alimentação
privativa
PLANTA FÍSICA

• Adequada e planejada para: • Proporcionar:

1. Segurança 1. Obs individual e de conjunto

2. Uso eficiente do espaço 2. Espaço suficiente para


mobilização/locomoção
3. Econômico
3. Tranquilidade/agradável
4. Pacientes de ambos os
sexos/faixa etária
5. Meios de intercomunicação
6. Fácil acesso e boa iluminação
PLANTA FÍSIC A

• Tamanho das unidades: • Forma da unidade


- Área total aprox. 25,5 – 30 m² - Área comum aberta
- Área mínima para cada leito 9m² a - Leitos separados com divisória
12m²
- Duas áreas para isolamento
ELEMENTOS DE UMA UTI

1. Área de estocagem de material e equipamento;


2. Sala de utilidades;
3. Posto de enfermagem;
4. Área de preparo de medicação;
5. Sala de reunião;
6. Sala para visitas;
7. Sanitário para pacientes;
8. Vestiários;
9. Secretaria;
10. Laboratório;
11. Quarto para plantonista;
12. Copa;
13. Área para higienização de leitos;
14. Área para recepção do paciente;
15. Sala para nutrição;
16. Área de cada leito;
HUMANIZAÇÃO NA UTI
O QUE É HUMANIZAÇÃO

• Humanização é a ação ou efeito de


humanizar, de tornar humano ou mais
humano, tornar benévolo, tornar afável.
• Processo que pode ocorrer em várias áreas,
como Ciências da Saúde, Ciências Sociais
Aplicadas, Ciências Exatas, etc.
• Sempre que ocorre, a humanização cria
condições melhores e mais humanas para os
trabalhadores de uma empresa ou
utilizadores de um serviço ou sistema.
HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE

• Implica uma mudança na gestão dos sistemas de saúde e seus


serviços.
• Mudança altera o modo como usuários e trabalhadores da
área da saúde interagem entre eles.
• Principal objetivo fornecer um melhor atendimento dos
beneficiários e melhores condições para os trabalhadores.
• Humanizar a saúde também significa que as mentalidades dos
indivíduos vão sofrer mudanças positivas, criando novos
profissionais mais capacitados que melhoram o sistema de
saúde.
• A comunicação é uma das ferramentas de grande importância
na humanização.
HUMANIZAÇÃO
X
TECNOLOGIA

• Inovações tecnológicas, é um desafio para o enfermeiro e a


equipe de enfermagem associar cuidado humanizado e
tecnologia.
• A UTI caracteriza-se pela tecnologia de ponta, possuindo
um arsenal de equipamentos do qual oferece suporte e
monitorização constante aos pacientes em estado crítico.
• Fundamental arsenal tecnológico e uma equipe
comprometida com o cuidado.
HUMANIZAÇÃO X TECNOLOGIA

• Humanização significa ação ou efeito de humanizar, de


tornar humano ou mais humano, tornar benévolo, tornar
afável.

• Realidade da enfermagem significa prestar a assistência ao


paciente com excelência, abrangendo o aspecto biopsico-
espiritual.
HUMANIZAÇÃO
X
TECNOLOGIA

• UTI é um local com equipamentos de tecnologia de ponta,


destinada a cuidados complexos e monitorização continua.
• Ambiente inóspito, com ruídos, alarmes, iluminação constante,
realização de procedimentos invasivos e movimentação de
profissionais ainda mais depressor e estressor.
• Dinâmica e rotinas com a cooperação e interação na busca do
entendimento, esforços e autoconhecimento entre os
colaboradores da equipe.
• Essa especificidade do cuidado exige da equipe de enfermagem
alto padrão de conhecimento técnico e científico.
• Enfermeiro dotado de conhecimento técnico cientifico deve fazer
valer as práticas éticas e bioéticas respeitando o doente com seus
valores, crenças, princípios éticos e morais e a autonomia.
Á REA DA ENFERMAGEM A
TECNOLOGIA É DIVIDIDA EM

• Tecnologia leve: expressa como o processo de produção da


comunicação, das relações, de vínculos que conduzem ao
encontro do usuário com necessidades de ações de saúde.
• Tecnologia leve-dura: incluindo os saberes estruturados
representados pelas disciplinas que operam em saúde, a
exemplo da clínica médica, odontológica, epidemiológica,
entre outras
• Tecnologia dura: representada pelo material concreto como
equipamentos, mobiliário tipo permanente ou de consumo.
HUMANIZAÇÃO
X
TECNOLOGIA

• Equilíbrio entre tecnologia e cuidado humanizado é


essencial para a assistência ser prestada com excelência.
• Incube ao enfermeiro muito além de manter os parâmetros
hemodinâmicos, manipular aparelhos ou administrar
medicamentos, cabe a ele respeitar, apoiar, encorajar o
paciente, prestando uma assistência individualizada e
humanizada.
• Enfermeiro deve ser preparado para que obtenha
conscientização de que independente da tecnologia, o
cuidado sempre deverá ser humanizado.
CONCEITO
QUALIDADE DE VIDA

• A Organização Mundial de Saúde define saúde


“como o completo estado de bem-estar físico,
mental e social e não apenas a ausência de
doença ou enfermidade.” (WHO, 1998 apud
AÑEZ, 2003, p.30);
• QV também significa uma preocupação em
modificar hábitos cotidianos de vida à procura
de um bem-estar. A QV está diretamente ligada
ao ambiente, onde pode ser modificado ou
transformado. ( ALONSO, 1994 apud ROEDER,
2003, p.41).
ESTRESSE

• Qualquer situação na qual uma demanda não


específica exige que o indivíduo reaja e tome
uma atitude.
• É uma situação tensa, fisiológica ou psicológica,
que pode afetar a pessoa em todas as dimensões
humanas.
• A resposta ao estresse é influenciada pela
intensidade, duração e âmbito do estressor e
pelo número de estressores presentes no
momento.
ESTRESSORES SÃO
DEFINIDOS COMO SENDO

• Estímulos precedentes ou precipitantes de


mudança.
• Classificados em:
1. internos (aqueles que se originam dentro
da pessoa como, por exemplo, uma febre);
2. externos (aqueles que se originam fora da
pessoa como, por exemplo, mudanças
ambientais ou nas relações sociais).
EM UMA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA

• Encontramos estímulos externos que


estão presentes em seu ambiente
físico e social e que podem ser fontes
de estresse para os doentes e
profissionais.

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