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NOME DO ALUNO:
2022
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SUMÁRIO
1-Terapia Intensiva
Recursos Materiais:
UTI ADULTO:
✓ Cama hospitalar com ajuste de posição, grades laterais e rodízios;
✓ Equipamento para ressuscitação manual do tipo balão auto inflável, com reservatório e
máscara facial: 01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) para cada 02 (dois)
leitos;
✓ Estetoscópio
✓ Conjunto para nebulização;
✓ (04) equipamentos para infusão contínua e controlada de fluidos ("bomba de infusão"),
com reserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 03 (três) leitos:
✓ Fita métrica;
✓ Equipamentos e materiais que permitam monitorização contínua de:
frequência respiratória.
oximetria de pulso.
frequência cardíaca.
cardioscopia.
temperatura.
pressão arterial não-invasiva.
UTI PEDIATRICO/NEONATAL:
Definições:
Centro de Terapia Intensiva (CTI): o agrupamento numa mesma área física, de mais
de uma unidade de Terapia Intensiva.
Unidade de Terapia Intensiva (UTI): unidade destinada a internação de pacientes
graves, que requerem atenção profissional especializada continua, materiais específicos e
tecnologias necessárias ao diagnósticos, monitorização e terapia.
Unidade de Terapia Intensiva Especializada: UTI destinada à assistência a pacientes
selecionados por tipo de doença ou intervenção, como cardiopatas, neurológicos, cirúrgicos,
entre outras. Exemplo: Unidade de Terapia Intensiva Coronariana – UCO, Unidade de Terapia
Intensiva Queimados UTI-q;
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Mista (UTIPm): destinada a assistência a
pacientes recém-nascidos e pediátricos numa mesma sala, porém havendo separação física
entre os ambientes de UTI pediátrica e UTI Neonatal.
Através da Portaria Nº 895, DE 31 DE MARÇO DE 2017, normatiza que o cuidado
intensivo poderá ser realizado em Unidade de Terapia Intensiva - UTI ou Unidades de
Cuidados Intermediários – UCI.
Unidade de Cuidado Intermediário - UCI é um serviço hospitalar destinado a usuários
em situação clínica de risco moderado, que requerem monitorização e cuidados semi-
intensivos, intermediários entre a unidade de internação e a unidade de terapia intensiva,
necessitando de monitorização contínua durante as 24 (vinte e quatro) horas do dia, além de
equipamentos e equipe multidisciplinar especializada, podendo ser classificada como:
✓ Unidade de Cuidado Intermediário Adulto UCI-a.
✓ Unidade de Cuidado Intermediário Pediátrico UCI-ped.
✓ Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional – UCINCo.
✓ Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru – UCINCa.
Faixa etária
A UTI deve ter uma área geográfica distinta dentro do hospital e, quando possível, com
acesso controlado, e sua localização deve permitir fácil acesso aos elevadores de serviço de
emergência, centro cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica, unidade de emergência,
unidades intermediarias (unidades semi-intensivas) e serviços de laboratório e radiologia
facilitando o deslocamento do paciente crítico.
O ambiente deve ser climatizado, com gerador próprio, iluminação adequada, paredes
laváveis e possuir visualização permanente dos pacientes, além de um lavatório para cada dois
leitos e poltronas para o acompanhante. No caso de observação por meio de monitorização
eletrônica, deverá ficar disponível uma central de monitorização na área de maior circulação e
presença da equipe interdisciplinar.
No Brasil, toda a normativa para o funcionamento e a elaboração da planta física de uma
UTI deverá estar de acordo com a RDC n° 7, de 24 de fevereiro de 2010, emitida pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regulamenta o planejamento, a programação, a
elaboração e a avaliação de projetos físicos, devendo a unidade:
• Proporcionar a internação de pacientes críticos, em ambientes coletivos ou individuais,
com requisitos de privacidade, conforme patologia, grau de risco e faixa etária (exceto
neonatologia).
• Executar e registrar assistência médica e de enfermagem intensiva.
• Prestar apoio diagnóstico de imagem e laboratoriais, além de hemoterápico, cirúrgico e
terapêutico 24 horas.
• Manter condições para assistência respiratória e monitoramento 24 horas.
• Prestar assistência nutricional e distribuir alimentação aos pacientes.
• Manter pacientes com morte cerebral em condições que permitam a retirada de órgãos
para transplantes, quando consentida.
• Prestar informações e assistência aos acompanhantes dos pacientes.
Quarto de isolamento, deve haver pelo menos um para cada dez leitos de UTI, ou fração.
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Recursos Humanos
✓ Competência;
✓ Habilidade e destreza;
✓ Disponibilidade para ficar confinada no ambiente hospitalar;
✓ Disposição para cuidar de cliente
✓ Preparação para adaptar-se aos ruídos dos aparelhos;
✓ Preparação para luta diária com a vida e com a morte;
✓ Conhecimento técnico e científico;
✓ Permanente atualização.
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Segundo a Resolução RDC nº 26, de 11 de maio de 2012, deve ser designada uma
equipe multiprofissional, legalmente habilitada a qual deve ser dimensionada,
quantitativamente e qualitativamente, de acordo com o perfil assistencial, a demanda da
unidade e legislação vigente, contendo, para atuação exclusiva na unidade, no mínimo, os
seguintes profissionais:
• Art. 2º: defende que a enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser
exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem
com jurisdição na área onde ocorre o exercício. Além disso, esse artigo deixa claro que a prática
de enfermagem somente poderá ser exercida por profissionais devidamente inscritos seu
respectivo Conselho Regional de Enfermagem. Dessa forma, o profissional que não estiver inscrito
no conselho ou que esteja com sua franquia vencida exercerá ilegalmente a profissão.
Art 10°:diz que o técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio
técnico, atribuídas à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe: assistir ao Enfermeiro na prestação
de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
• Art. 11º: diz que o enfermeiro exerce todas as atividades, cabendo-lhe, privativamente os
cuidados diretos de enfermagem a clientes graves com risco de vida; e os cuidados de
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e
capacidade de tomar decisões imediatas.
Este último artigo alerta para o fato de que os cuidados diretos prestados em Unidade de
Terapia Intensiva aos clientes críticos deverão ser prestados privativamente por enfermeiros.
Entretanto, sabe-se que na maioria das unidades de terapia intensiva essa norma não é
respeitada. Além é muito comum observar auxiliares e técnicos prestando cuidados diretos a
clientes nessas unidades.
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Devem ser assegurados, por todos os profissionais que atuam na UTI, os seguintes itens:
Indicações de internação
• Modelos de diagnósticos:
1- Distúrbios cardiovasculares:
-Infarto Agudo do miocárdio (IAM)
-Choque cardiogênico
-Arritmias complexas
-Insuficiência cardíaca com disfunção respiratória e\ou hemodinâmica
-Tamponamento cardíaco
-Dissecção da aorta
-Pós-Parada cardiorrespiratória
-Emergências hipertensivas
-Angina instável, com arritmias e instabilidade hemodinâmica e dor torácica persistente
2- Distúrbios respiratórios:
-Insuficiência respiratória aguda com necessidade de suporte ventilatório
-Insuficiência respiratória com intubação
-Embolia pulmonar com instabilidade hemodinâmica
-Pacientes na semi-intensiva que demonstram piora respiratória
-Hemoptise maciça
3- Distúrbios neurológicos:
-Acidente Vascular Encefálico (AVE) agudo com alteração do nível de consciência
-Coma
-Hemorragia intracraniana com potencial para herniação
-Hemorragia subaracnóidea aguda (HSA)
-Meningite com alteração do estado de consciência ou comprometimento respiratório
-Distúrbio do Sistema Nervoso Central ou Neuromuscular
-Morte cerebral (diagnosticada ou não) necessitando de controle para doação de órgãos
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4- Drogas ou overdoses:
-Instabilidade hemodinâmica
-Alteração do estado de consciência com inadequada proteção de vias aéreas
-Convulsões pós-ingestão de drogas
5- Distúrbios gastrointestinais:
-Hemorragias digestivas com hipotensão, angina, sangramentos contínuos ou
comorbidades
-Falência hepática fulminante
-Pancreatite severa
6- Distúrbios endócrinos:
-Cetoacidose diabética complicada: instabilidade hemodinâmica, alteração do estado
mental, insuficiência respiratória ou acidose severa
-Crise tireotoxica, disfunção suprarrenal ambos com instabilidade hemodinâmica
-Disturbios hidroeletrolíticos (K, Mg, Ca, P) com sinais ou sintomas
7- Cirurgias:
-Pós-operatorio necessitando de monitorização hemodinâmica, suporte ventilatório, ou
cuidados intensivos de enfermagem
8- Outros:
-Choque (séptico, distributivo, obstrutivo, hipovolêmico, cardiogênico) com instabilidade
hemodinâmica
-Monitorização hemodinâmica
-Condições que necessitam de cuidados de enfermagem
-Terapias novas ou experimentais com possibilidades de complicações
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1
O transporte de pacientes críticos tem sido um procedimento cada vez mais comum
no ambiente intra-hospitalar, sempre apoiado na aquisição de novas tecnologias de
monitorização e manutenção da vida como também no investimento em treinamento de
pessoal.
Indicação de Transferência
A indicação de transferência do paciente deve ser tomada após a análise das
vantagens ou desvantagens de tal procedimento. Isso é decidido pelo médico
responsável pela assistência ao paciente. Essa responsabilidade inclui:
✓ Avaliação e estabilização do paciente.
✓ Consentimento informado do paciente ou familiar.
✓ Coordenação com a área de destino, assegurando que o paciente tenha o que
necessita (conforme o motivo da transferência).
✓ Escolha e acionamento do meio de transporte com equipamento adequado.
✓ O informe clínico e de proposta de transferência.
✓ A notificação à equipe de saúde encarregada do transporte.
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✓ Indicação do transporte
✓ Gravidade do paciente
✓ Condições próprias do meio de transporte, como equipe,
materiais e equipamentos
✓ Distância a ser percorrida
✓ Tempo gasto no transporte
✓ Condições de tráfego
✓ Relação custo-benefício para adequar a necessidade de transporte ao tipo de
recurso disponível
✓ Disponibilidade de recursos no local de origem
✓ Disponibilidade de recursos no local de destino
✓ Possibilidade de complicações durante o transporte
Equipe de Transporte:
No mínimo são necessárias duas pessoas: médico e enfermeiro treinados em manejo
da via aérea, ressuscitação cardiopulmonar (RCP) básica e avançada, além de certificados
como médico ou enfermeiro de evacuação aero médica outorgado por instituição credenciada
em cada país.
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Atenção especial deve ser dada aos materiais de manutenção de vias aéreas.
✓ O laringoscópio deve ser testado em todos os turnos, checando a capacidade das pilhas
e seu estado.
✓ Verificar cânulas de intubação e outros dispositivos como máscaras laríngea,
ressuscitador manual, máscaras faciais, cânulas de guedel etc., quanto a sua
integridade e validade.
✓ Verificar mochila de medicamentos, principalmente psicotrópicos e drogas vasoativas
quanto á quantidade correta e a sua validade.
✓ Um aspirador portátil é de grande valia para o transporte, sendo que a cânula de
aspiração de ponta rígida deve ser usada nos casos de trauma ou agitação psicomotora.
✓ O nível de atenção e vigilância durante o transporte deve ser similar ao que se tinha na
UTI, isto é:
✓ Realizar monitoração eletrocardiográfica contínua, oximetria de pulso e medição
periódica da pressão arterial, do pulso e da frequência respiratória.
✓ Verificar constantemente a posição correta dos dispositivos invasivos: cateteres
venosos, arteriais, tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia, sonda nasogástrica,
✓ sonda urinária e drenos.
✓ Verificar permanentemente o bom funcionamento dos equipamentos.
✓ Registrar os parâmetros de monitoração durante todo o transporte é importante e
✓ permitirá garantir a continuidade do tratamento, detectar complicações precocemente e
preveni-las, assim como observar a evolução do paciente durante o movimento e
✓ as transferências.
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Estabilização pós-transporte
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 2
Tipos de Bombas
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 3
4- DROGAS VASOATIVAS
Noradrenalina (Vasopressora)
Dopamina (Vasopressora)
Dobutamina (Inotrópica)
Vasopressina (vasopressora)
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 4
5-Balanço hídrico
Conceito:
É o procedimento que envolve a mensuração e registro do total de líquidos administrados,
ingeridos e eliminados pelo paciente em um período de 24 horas, com o objetivo de verificar
perdas e/ou ganhos de líquidos e eletrólitos.
O balanço hídrico diário representa o resultado dos líquidos administrados (por via oral,
soda, gastrostomia, via intramuscular, via endovenosa ou outras vias), e eliminados/coletados
por todas as vias (diurese, vômitos, evacuações líquidas, drenagens, sangramentos, coletas).
O BH deve ser equilibrado, de forma que o volume de líquidos administrados seja igual ou
muito próximo do volume de líquidos eliminados.
Quando as perdas são superiores aos volumes administrados, diz balanço hidrico negativo.
Quando as perdas são menores que os volumes administrados, diz balanço hídrico
positivo.
Objetivos:
Avaliar o equilíbrio hídrico e detectar possíveis alterações.
Controlar as quantidades exatas de líquidos administrados e eliminados pelo paciente no
período de 24 horas.
Obter dados para calcular a reposição hídrica e eletrolítica a ser administrada em 24
horas, conforme a necessidade do paciente.
Aferição fidedigna administrados ao paciente e eliminado por ele.
Indicações:
✓ Pacientes críticos
✓ Pacientes em uso de nutrição enteral e parenteral
✓ Pacientes em pós-operatório de cirurgias de grande porte, especialmente dos sistemas
Gênito urinário, digestivo e respiratório
✓ Pacientes portadores de enfermidades cardíacas, edemas, drenos, ascite
✓ Pacientes com restrições hídricas ou hiper-hidratação
✓ Pacientes com queimaduras extensas
✓ Pacientes com débito urinário diminuído
✓ Distúrbios hidroeletrolíticos (hipocalemia, hiponatremia, acidose e alcalose metabólica)
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Descrição do procedimento:
Medir os líquidos a serem administrados VO, ou por sondas (dieta líquida água para
lavar a sonda, medicamentos VO) antes de oferecer ao paciente. Anotar a quantidade
ingerida administrada no formulário de controle hídrico.
Pesar as fraldas secas de pacientes que as utilizam (anotando o peso da fralda seca
na parte plástica delas)
Medir e anotar os volumes das drenagens (de sondas, drenos) na linha correspondente.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 3
Um paciente internado numa UTI, teve a seguinte prescrição durante um plantão das 07
às 19h.
Entradas:
a) Dieta enteral por SNE 150ml de 3\3 horas contínuo iniciou as 07:00h.
b) Soroterapia venosa 30ml\hora contínuo, início as 13h
c) Omeprazol 6\6hrs (volume total 10ml), iniciou as 12h
d) Antibioticoterapia 8\8hrs (volume total 30ml), iniciou as 08:00.
Saidas:
a) As 13h apresentou estase gástrica de 100ml. O médico solicitou que suspender a dieta
do próximo horário (somente)
b) Diurese eliminada nas 12 horas do plantão foi 900ml
Diante dessas informações elabore o balanço hídrico e ao final verifique se ele foi positivo ou
negativo e explique o resultado.
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3-O paciente E.C.A. de 68 anos encontra-se em UTI coronariana em uso de sonda nasoenteral
para infusão de dieta e sonda vesical de demora (SVD) para melhor mensuração do seu débito
urinário. A técnica de enfermagem lançou no balanço hídrico das últimas 24 horas, ganhos de
500ml de hidratação venosa, 1000ml de dieta, 2 frascos de água de 250ml cada e 4 medicações
de 10ml cada. Já nas perdas, foram lançados 585 ml de diurese e 60ml de resíduo gástrico. De
acordo com os dados contidos no balanço hídrico o paciente apresentou um resultado:
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6-Anotações de enfermagem
✓ É atribuição do Técnico de enfermagem fazer diariamente, as anotações dos
clientessob suas responsabilidades.
✓ Escrever no prontuário ou checar na prescrição médica usando caneta azul e
vermelhano noturno.
✓ As anotações de enfermagem não podem conter rasuras ou serem inventadas.
7- Monitorização hemodinâmica
É o estudo dos movimentos e pressões da circulação sanguínea através da observação
metódica de parâmetros clínico - laboratoriais, que permitirão a vigilância contínua de um
sistema do organismo de forma invasiva e não-invasiva
A monitoração hemodinâmica do paciente crítico consiste na observação de variáveis
diretamente relacionadas ao sistema cardiovascular, que, quando interpretadas corretamente,
orientam e otimizam a conduta da equipe de saúde para uma melhor evolução clínica e uma
assistência segura na unidade de terapia intensiva (UTI).
O A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, terapêutica, e até mesmo
fazer prognóstico com os dados obtidos. A finalidade é reconhecer e avaliar as possíveis
complicações do estado hemodinâmico do paciente e intervir em tempo hábil com terapia
adequada, prevenindo maiores complicações.
A monitorização de sinais vitais é uma das mais importantes e essenciais ferramentas no
manuseio de pacientes críticos na UTI. Hoje é possível detectar e analisar uma grande
variedade de sinais fisiológicos através de diferentes técnicas, invasivas e não-invasivas.
Monitorização Eletrônica
A monitorização clínica frequente e a avaliação repetida dos dados vitais continuam sendo
eficiente para acompanhar a evolução na maioria das situações clínicas.
A monitorização eletrônica contínua de um conjunto de dados não invasivos e invasivos.
Os monitores eletrônicos multiparâmetros apresentam vários dados em uma só tela de forma
residente ou pelo acréscimo de módulos e sensores correspondentes. Geralmente ficam
guardados na memória e podem ser acessados em formas de planilhas e de gráficos.
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.
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Cuidados de enfermagem:
Instalação do eletrodo:
✓ Preparação da pele, verificar se a pele está úmida ou oleosa;
✓ Se a superfície é muito pilosa;
✓ Irritação cutânea;
✓ Interferência do músculo;
✓ Movimentos;
✓ Tipo de eletrodo (infantil ou adulto);
✓ Gel do eletrodo seco;
✓ Posicionamento;
✓ Eletrodo com pouca aderência.
Realizar a limpeza da pele para a aplicação dos eletrodos, com água e sabão e secagem posterior
contribui para a adequada transmissão do impulso elétrico, o excesso de pelos no tórax de alguns
pacientes pode justificar a necessidade de tricotomia nos locais de colocação do eletrodo. Sendo
assim garantir monitorização cardíaca e livre de interferências.
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Cuidados de enfermagem:
Capnografia: É uma técnica importante, não invasiva que fornece informações sobre a
produção de CO² (dióxido de carbono), perfusão pulmonar e ventilação alveolar, padrões de
respiração, bem como a eliminação do CO² do circuito do aparelho e ventilador pulmonar. Nos
gases expirados, a capnografia indica a quantidade de CO² que é eliminada dos pulmões para o
equipamento. Indiretamente reflete a produção de CO² pelos tecidos e o transporte de CO² para
os pulmões pelo sistema circulatório.
A capnografia fornece um método rápido e confiável para detectar situações de ameaça a
vida do paciente (mau posicionamento de tubos, falhas não esperadas no ventilador pulmonar,
falha na circulação e problemas na respiração) e que possam causar sequelas.
Em condições normais a PaCO² varia de 35-45mmhg. Hipercapnia PaCO² maior que o
esperado.
Hipocapnia PaCO² menor que o esperado.
É o registro do gás carbônico no final da expiração. Os capnógrafos analisam e registram
a pressão parcial de co2 durante o ciclo respiratório por um sensor aplicado nas vias áreas do
paciente ou pela aspiração de uma amostra de ar nas vias aéreas processada por um sensor.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 4
Acessos venosos centrais são cateteres inseridos em veia central ou periférica cuja
extremidade distal atinja a veia cava superior ou inferior. São usados frequentemente quando
a via periférica é desaconselhada ou sítio não viável, tanto para infusão de forma segura de
medicamentos e soluções, como para coleta de sangue para exames em alguns tipos de
monitorização.
O acesso venoso central pode ser obtido por punções das veias:
✓ Veia femoral.
• Nutrição parenteral;
• Reposição hídrica;
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• Hemodiálise;
• Pneumotórax/hemotórax
• Perfuração vascular/cardíaca
• Infecção
• Lesão de nervo
1. Prevenção de infecção.
-Campo cirúrgicos.
6. Cuidados na manipulação
2- Débito cardíaco
Conceito: refere-se à quantidade de sangue ejetado pelos ventrículos por unidade de
tempo. O débito cardíaco não é uma medida de volume, mas sim uma medida de fluxo em
relação ao tempo medido em minutos.
Considerando que o sistema circulatório é um sistema fechado. O seu valor nos ajuda a
avaliar o desempenho cardíaco. Valor de referência: 5-6 l/mim.
O conceito de débito cardíaco não é o mesmo que volemia (entende-se que volemia é o
volume de sangue circulante).
DC = FC X VS
IC = DC / IMC
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 5
A PVC pode ser medida também na veia femoral se a ponta do cateter estiver na veia cava
inferior com a cabeceira plana 0°.
A monitorização da pressão venosa é realizada através de um transdutor de pressão
descartável.
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Em relação ao paciente:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 6
O local ideal para a canulação deve apresentar circulação colateral adequada, ser fácil
acesso para se canular e para os cuidados de enfermagem, não promover dobras ou
obstrução do cateter inserido, não ser desconfortável ou distorcer a curva de pressão arterial
com movimentação do paciente, reproduzir fielmente a curva de pressão da aorta central e
ser livre de contraindicações relativas. A artéria radial é o sítio de canulação mais comum e,
junto com a artéria femoral, são os sítios selecionados em mais de 90% das vezes em unidade
de terapia invasiva.
300 mmhg
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Indicações:
Uma vez escolhido o local da punção arterial, o médico deve paramentar-se com gorro,
máscara, avental e luvas estéreis.
Técnica de Allen
Para a punção da artéria radial deve-se avaliar a circulação colateral da mão pela
técnica de Allen:
5. Caso isso não ocorra a punção radial dessa mão está contraindicada.
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Principais complicações
✓ Trombose arterial
✓ Embolia
✓ Hematoma
✓ Hemorragia
✓ Infecção
✓ Aneurismas e fístulas arteriovenosas
✓ Dor e inflamação no local de punção
✓ Compreensão nervosa
✓ Comprometimento vascular
✓ Desconexão e exsanguinação
✓ Injeção acidental de medicamentos
✓ Sepse
Não existe tempo definido de permanecia do cateter arterial, contudo orienta-se que o
mesmo deve ser retirado o mais precocemente possível. (Ideal 48 horas, limite de 4-5 dias)
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Gasometria Arterial
A gasometria arterial é um exame invasivo, que tem por finalidade medir as pressões
parciais de gases (O² e CO²), avaliar a saturação de O² pela hemoglobina, bem como o pH, e
calcular indiretamente a concentração do íon bicarbonato (HCO³) e o déficit de bases no
sangue arterial.
A detecção de alterações nas pressões parciais dos gases arteriais e do pH sanguíneo
não fornece um diagnóstico, mas indica a presença de um distúrbio causado por uma condição
clínica, conhecida ou não, o que auxilia no diagnóstico ou prognóstico da doença.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 7
A indicação para a cateterização da artéria pulmonar está indicada em pacientes nos quais
se pretende informações da pré-carga, pós-carga, contratilidade, consumo e oferta de
oxigênio. Após sua passagem, o cateter de Swan-Ganz deve permanecer locado na artéria
pulmonar
✓ Via proximal (azul): o seu orifício situa-se a 29 cm da extremidade distal. Fica posicionado
ao nível do átrio direito ou veia cava superior. Permite a injeção de líquidos para medidas
hemodinâmicas e é utilizado também para medir a PVC e coleta de sangue;
✓ Via distal (amarela): o seu orifício situa-se na ponta do cateter, permitindo a medida das
pressões nas câmaras cardíacas, direitas, pressão arterial pulmonar e pressão capilar,
pulmonar, durante a inserção, além da coleta de amostra de sangue venoso ou misto, na
artéria pulmonar;
✓ Via do termistor: é usado para medir e mostrar a temperatura do sangue na artéria
pulmonar;
✓ Via do balão (vermelha): auxilia na migração do cateter pela flutuação dirigida pelo fluxo
sanguíneo, permitindo a ligação do cateter e a medida da pressão.
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Indicações do CAP:
Hipotensão arterial que não responde a prova de volume, instabilidade hemodinâmica que
requer o uso de drogas vasoativas e suporte ventilatório mecânico-choque cardiogênico.
As principais vias de inserção são as mesmas que as de outro acesso venoso central.
(Jugular, Subclávia e Femoral). Em relação a técnica de inserção, as principais vias de
introdução do CAP são as mesmas que as de outros acessos centrais. A escolha é feita de
acordo com a familiaridade e a técnica do indivíduo que realizara a punção.
Após a localização do vaso com uma agulha, introduz-se um guia metálico, o dilatador e
a bainha do cateter. A seguir, após os testes que comprovem o funcionamento adequado do
cateter, é introduzido envolto em uma capa plástica de proteção que será conectada a bainha
após seu adequado posicionamento. Introduz-se o cateter com o balonete desinflado através
da bainha e acompanha-se sua posição até chegar ao átrio direito. Nesse momento, insufla-se
o balonete e sua introdução é continuada até observar-se a curva do ventrículo direito,
caracterizada por aumento importante da pressão sistólica com pressão diastólica baixa. A
passagem do cateter pelo ventrículo direito predispõe a arritmias como extrassístoles ou
episódios de taquicardia ventricular não sustentada. O balonete é mantido insuflado e observa-
se o aumento da pressão diastólica, indicando que o CAP se encontra na artéria pulmonar.
Introduzindo o CAP na artéria pulmonar, observa-se um decréscimo nas pressões e um
achatamento da curva de pressão pulmonar, indicando a localização da pressão de oclusão de
artéria pulmonar. Nesse momento deve-se desinflar o balonete para obter-se o retorno da curva
de pressão da artéria pulmonar.
Complicações:
EXERCICIO DE FIXAÇÃO 8
1-O que é cateter de Swan-ganz?
2- Quais as vias do Swan-ganz e quais as funções delas?
2-Qual o caminho percorrido pelo cateter após ser inserido e qual estrutura ele deverá alcançar
(relate também sobre a inflação e desinflação do balonete no decorrer desse caminho).
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O organismo consegue manter os valores da PIC dentro dos parâmetros normais através
de mecanismos de autorregulação.
cateter também pode ser utilizado para aspirar líquidos cefalorraquidianos para análise ou
exames bacteriológicos, e para aliviar a PIC elevada.
Valores de referências:
PIC Adulto:
0 a 10 mmhg- normal.
11 a 20 mmhg – Levemente elevada
= ou >15mmhg por mais de 10 minutos, necessita de avaliação e provavelmente de
tratamento.
21 a 40 mmhg – Moderadamente elevada
> 40 mmhg – HIC grave
✓ TCE
✓ Hidrocefalia
✓ Pós-operatório neurocirúrgico
✓ Encefalopatias metabólicas
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-Posição da cabeça: A cabeça deve ser mantida em posição neutra para otimiza o retorno
venoso. Quando houver necessidade de mobilização do paciente, a cabeça deve ser mantida
em alinhamento com a coluna. Movimentos de rotação para a direita podem aumentar os
valores da PIC, do que movimentos para a esquerda. A posição de prona deve ser evitada,
por aumentar as pressões intra-abdominal e intratorácica, com consequente aumento da PIC.
Tratamento da HIC:
Contraindicações:
✓ Este sistema não deve ser utilizado quando houver infecções no couro cabeludo.
✓ Este dispositivo não deve ser utilizado em paciente em que estejam em tratamento de
anticoagulantes.
✓ Precauções:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 9
Resistencia: é resistência oferecida pelas vias aéreas a entrada do ar. Esta relacionada
com o calibre das vias aéreas e com o fluxo de ar.
Volume residual: é o volume de ar que permanece nos pulmões mesmo após uma
expiração forçada.
Espaço morto fisiológico: consiste na somatória do ar que permanece nas vias aéreas,
traqueia e nos brônquios (espaço morto anatômico) com o ar que preenche os alvéolos não-
perfundidos (espaço morto alveolar).
Ventilação Mecânica
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Em ambas as modalidades se utiliza pressão positiva nas vias aéreas para garantir a
ventilação artificial. Porém, a forma de liberação dessa pressão é distinta, pois enquanto na
Ventilação Invasiva utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea – um tubo oro ou
nasotraqueal, ou ainda uma cânula de traqueostomia, na Ventilação Não Invasiva, utiliza-se
uma máscara como interface entre o paciente e o ventilador artificial.
A ventilação mecânica não invasiva é uma técnica de ventilação mecânica em que não
é empregado qualquer tipo de prótese traqueal (tubo orotraqueal, nasotraqueal ou cânula de
traqueostomia), sendo a interface entre o ventilador e o paciente feita através do uso de uma
máscara.
A VNI tem por objetivo aumentar a ventilação alveolar e diminuir o trabalho respiratório.
O paciente submetido a VNI deve ser capaz de gerar ao menos parte do trabalho
respiratório para garantir uma ventilação alveolar adequada. O sucesso da técnica depende
da familiarização da equipe com a VNI, da seleção adequada do paciente, da adaptação da
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- Ventilação não-invasiva com pressão negativa: instituída por meio de uma pressão ao
redor do tórax e do abdome do paciente, o qual é mantido no interior de câmaras fechadas
("pulmão-de-aço" ou couraças mais flexíveis). Atualmente a ventilação não-invasiva com
pressão negativa é pouco utilizada na prática clínica;
CRITÉRIOS INDICAÇÕES
• Pacientes cooperativos
- Hipoxemia
- Estados de imunossupressão
- Asma
- Fibrose cística
CONTRA INDICAÇÕES
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• Hipoxemia refrataria
Cuidados em Enfermagem:
✓ Reconhecer o equipamento e seus acessórios;
✓ Evitar extubação.
CICLO RESPIRATÓRIO
Modos de disparos
Modalidades de ventilação
- Pressão Positiva continua nas vias aéreas (CPAP): É uma modalidade de ventilação
espontânea, na qual a expiração ocorre contra um obstáculo, acumulado ar nos pulmões
mesmo ao final da expiração e novas ventilações começam a partir desse novo volume.
Complicações
Barotrauma: aplicação de pressão positiva aos pulmões, com altos valores e pressão
média das vias aéreas levando a ruptura alveolar. É manifestado por pneumotórax e\ou
enfisema subcutâneo.
Desmame ventilatório
O termo desmame refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para a
espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica invasiva por tempo
superior a 24 horas.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 10
(Autor Desconhecido)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS