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Unidade de Terapia

Intensiva
Profª. Enfª. Tamiris Reis
Unidade de Terapia Intensiva

Retrospectiva Histórica:

Florence Nightingale (séc XIX) – categorizou os


doentes de acordo com o grau de dependência

1920 e 30 - criação de salas de recuperação pós-


cirúrgica.

1950 – criação de centros regionais (epidemia de


pólio)

1970 – implantação das UTIs no Brasil


Unidade de Terapia Intensiva

É um setor hospitalar altamente especializado, com


intuito de obter uma vigilância contínua a pacientes graves
ou de risco, que sejam potencialmente recuperáveis.

Com concentração de recursos materiais e


recursos humanos especializados em uma área física
delimitada.
Unidade de Terapia Intensiva

Objetivos da UTI:
 Oferecer suporte e Monitorização hemodinâmica,
metabólica, nutricional e ventilatória;
 Reabilitação de pacientes graves.
Conhecimento Técnico
Médico: especialista em Terapia Intensiva, sendo:
• Médico diarista/rotineiro: um para cada dez leitos ou
fração em cada turno

Enfermeiro/Fisioterapeuta: especialista em Terapia


Intensiva ou outra especialidade relacionada à assistência
a paciente grave, sendo:
• Enfermeiros assistenciais: no mínimo um para cada
oito leitos ou fração, em cada turno. (COFEN 2004)
• Fisioterapeutas: no mínimo um para cada dez leitos
ou fração.
• Técnicos de enfermagem: no mínimo um para cada
dois leitos em cada turno.
Capacitação Profissional
A equipe da UTI deve participar de um programa de
educação continuada, contemplando, no mínimo:

normas e rotinas técnicas desenvolvidas na unidade;


incorporação de novas tecnologias;
gerenciamento dos riscos inerentes às atividades
desenvolvidas na unidade e segurança de pacientes e
profissionais;
prevenção e controle de infecções relacionadas à
assistência à saúde.
A Unidade de Terapia Intensiva
Estrutura Física Da UTI

 Localização: área geográfica


distinta dentro do hospital,
acesso controlado, sem
trânsito para outros
departamentos; acesso direto
e ser próxima de elevador,
serviço de emergência, centro
cirúrgico, sala recuperação
pós-anestésica, unidades
intermediárias de terapia e
serviço de laboratório e
radiologia.
Estrutura Física Da UTI

 Forma da unidade: área comum (divisórias) ou quartos


fechados (painéis de vidro para privacidade). Na
emergência: salas coletivas de observação (adulto
sendo masculino e feminino).

 Número de leitos: o número de leitos de uma UTI deve


corresponder a no mínimo 6% do total de leitos do
Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS). Deve ser
previsto 01 quarto de isolamento para cada 10 leitos de
terapia intensiva.
Estrutura Física
da UTI e Emergência
 Área de Paciente: pisos, paredes e tetos que absorvam
sons.

 Posto de enfermagem central: sendo 01 para cada


área coletiva ou conjunto de quartos (Dimensão min.
6m²).
Devem permitir a visualização direta para os leitos
destinados a pacientes de alta complexidade (geralmente
centralizados)
Estrutura Física
da UTI e Emergência
Estrutura Física da UTI
Configuração dos Leitos
Monitor multiparâmetros
Respirador microprocessado
Foco
Linha de gases (O2 e ar comp.)
Vácuo
Tomadas de 110 e 220 watts identificadas
Caixa coletora de pérfuro-cortantes
Materiais e Equipamentos de uso individual
Configuração dos Leitos
Configuração dos Leitos
Configuração dos Leitos
Porta de Acesso ao Centro
Cirúrgico

 Permite o transporte imediato para UTI ou retorno

rápido do paciente em caso de grandes complicações.


SALA DA GERÊNCIA DE ENFERMAGEM
ÁREA DE DESCANSO - ENFERMEIROS/
MÉDICOS
VESTIÁRIO MASCULINO/
FEMININO

 Armários para guarda


de pertences pessoais
(téc., aux. e secretárias)

 Descanso noturno
COPA / SALA DE
REUNIÃO
SALA DE MEDICAÇÃO / SALA DE CURATIVOS
SALA DE ESTUDO / ARSENAL
ESTÉRIL
LABORATÓRIO / SALA DE
EQUIPAMENTOS
EXPURGO
SERVIÇOS DE APOIO DA UTI

Laboratório
Radiologia (rx, ct, rm)
Eco / USG
Hemodinâmica
Neurofisiologia
Critérios para Admissão de Clientes na UTI
(Sociedade Norte-Americana de
Terapia Intensiva)

Prioridade 1
Pessoas em estado crítico, com
instabilidade clínica, necessitando de Prioridade 3
tratamento intensivo: Clientes críticos com
Suporte Ventilatório patologias ou condição clínica
Drogas Vasoativas que reduzam
consideravelmente a
probabilidade de recuperação.
Prioridade 2
Clientes que requerem monitorização
rigorosa de determinados parâmetros,
através dos recursos alocados na UTI.
DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE
ENFERMAGEM

Resolução CoFEn 189

Estabelece parâmetros para dimensionamento do


quadro de profissionais de enfermagem nas
instituições de saúde
DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE
ENFERMAGEM (COREN-RJ)

Horas de enfermagem por leito nas 24 horas

 3,8 horas, por cliente, na assistência mínima


ou autocuidado

 5,6 horas, por cliente, na assistência


intermediária

 9,4 horas, por cliente, na assistência semi-


intensiva

 17,9 horas, por cliente, na assistência


intensiva
PERCENTUAL DE PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM

Assistência mínima - intermediária:


27% de enfermeiros
73% de téc./Aux. De enfermagem
Assistência semi-intensiva
40% de enfermeiros
60% de téc./Aux. De enfermagem
Assistência intensiva
55,6% de enfermeiros
44.4% de téc./Aux. De enfermagem
Características do
atendimento cliente-família
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE E FAMÍLIA

Apoio psicológico, na tentativa de diminuir suas ansiedades


Orientação quanto ao retorno do paciente após
procedimentos, cirurgias ou exames
Tempo de permanência previsto no setor
Permitir o acesso do familiar após a recepção do Pós-
operatório na UTI, assim que possível, apresentando-se.
Orientação em relação a dinâmica do setor :
- Horários permitidos para visitas
- Nº de visitantes
- Limitação do trânsito dentro da UTI
- Horário de notícias pelo telefone
- Ramal do setor e telefone do hospital
Identificação do Paciente

 A finalidade deste protocolo é garantir a correta


Finalidades identificação do paciente, a fim de reduzir a
ocorrência de incidentes. O processo de
identificação do paciente deve assegurar que o
cuidado seja prestado à pessoa para a qual se
destina.

 O protocolo deverá ser aplicado em todos os


ambientes de prestação do cuidado de saúde
Abrangência
(por exemplo, unidades de internação,
ambulatório, salas de emergência, centro
cirúrgico) em que sejam realizados
procedimentos, quer terapêuticos, quer
diagnósticos.
Identificação do Paciente no CTI

 Conferência dos dados do paciente, como nome completo, data


de nascimento, antes da administração de medicamentos
 Identificação do paciente na pulseira, na prescrição médica e no
rótulo do medicamento/hemocomponente, antes de sua
administração
 Verificação rotineira da integridade das informações nos locais
e identificação do paciente (ex.: pulseiras, placas do leito).
 Checagem de pulseiras de mãe e bebê antes da alta médica

(ambiente do paciente)
Que tipo de Profissional devemos
ter em UTI?
CONFIGURAÇÃO TECNOLÓGICA NA ÁREA
DA SAÚDE

 Tecnologias duras - conhecimentos materializados em


máquinas, equipamentos e instrumentos. Ex: monitores

 Tecnologias leve-duras – conhecimentos oriundos de


saberes e práticas bem estruturados. Ex: Processo de
enfermagem

 Tecnologias leves – oriunda do trabalho vivo, da


produção de serviços e da abordagem assistencial. Ex:
acolhimento

Merhy (2004)

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