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ESTRUTURA FÍSICA E

ORGANIZACIONAL DA UTI/PS
ADMISSÃO DO PACIENTE EM
UTI/PS

• O relógio que fica na UTI serve tanto para o profissional e para o paciente.
• O material da cortina precisa ser lavável, tanto como o piso e parede. Existe parede
de drywall®.
• A lixeira infectante fica com o saco branco no leito do paciente.
• No leito sempre vai ter um suporte que vai ter uns materiais próximos aos
pacientes. Ex: BVM, termômetro, estetoscópio, máscara de venturi. (cada hospital
coloca de acordo com sua rotina)
• Evitar levar material de uso pessoal, cada leito vai ter seu material → evita
contaminação cruzada.

Conceito UTI: área crítica destinada à internação de pacientes graves, que requerem
atenção profissional especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias
necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia. RDC nº7/2010

Antigamente
• Prognósticos ruins
• Sem perspectivas de sobrevivências
• Unidades fechadas
• Enfrentamento ao processo de doença sem auxílio da família.
• O Hospital Sírio Libanês inaugurou em 1971 a primeira UTI no Brasil.

Legislações
Portaria Nº3.432/GM, 12 de agosto de 1998: Classificação dos diferentes tipos de UTI
❖ Estabelece critérios de classificação ente as UTI, sendo classificadas em I, II e III.
❖ As unidades cadastradas pelo SUS, a partir da vigência desta Portaria, serão
classificadas como tipo 1. Até 1998, todas as UTIs foram classificas como tipo I.
Depois disso todas as UTIs tiveram que comprovar o comprimento das
especificações;
❖ As unidades que comprovem o comprimento das especificações do anexo desta
portaria poderão ser credenciadas pelo gestor nos tipo II ou III, de acordo com a
necessidade de assistência da localidade onde estão inseridas;
❖ A partir da data de publicação desta portaria, serão cadastradas unidades do tipo
II ou III.
❖ As unidades podem atender grupos etários
o Neonatal: pacientes de 0 a 28 dias
o Pediátrico: pacientes de 28 dias a 14 anos ou 18 anos, de acordo com as
rotinas hospitalares internas
o Adulto: pacientes maiores de 14 ou 18 anos, dependendo da unidade.
o Especializada: voltada para pacientes atendidos, por determinada
especialidade ou pertencentes ao grupo específico de doenças. Destinada
a assistência a pacientes selecionados por tipo de intervenção, como
cardiopatias, neurológicos, cirúrgicos, entre outros.

UTI tipo II
Equipe básica composta por:
o 1 responsável técnico com título de especialista em medicina intensiva;
o 1 médico diarista com título de especialista em medicina intensiva e 1 médico
plantonista exclusivo para até 10 leitos, por turno de trabalho;
o 1 enfermeiro coordenador, exclusivo da unidade, responsável para área de
enfermagem; 1 enfermeiro exclusivo da unidade, para cada 10 leitos, por turno de
trabalho;
o 1 fisioterapeuta para cada 10 leitos no turno da manhã e da tarde;
o 1 Auxiliar ou Técnico de enfermagem para cada dois leitos, por turno de trabalho;
o 1 funcionário exclusivo responsável pelo serviço de limpeza;
o Acesso a cirurgião geral (ou pediátrico), torácico, cardiovascular, neurocirurgião
e ortopedista. – no HUB é por meio de um parecer (Não há regulamentação para
o tempo de atendimento, geralmente um tempo de 24h).

O hospital deve conter


o Laboratório de análises clínicas (disponível 24h por dia)
o Agência transfusional (24h)
o Gasômetro;
o Ultra-sonógrafo;
o Eco-doppler-cardiógrafo;
o Laboratório de microbiologia;
o Terapia Renal Substitutiva;
o Aparelho de Raio-x móvel
o Serviço de Nutrição Parenteral (NPT) enfermeiro precisa instalar e enteral;
o Serviço social;
o Serviço de Psicologia.
O hospital deve contar com o acesso a:
o Estudo hemodinâmico
o Angiografia seletiva;
o Endoscopia Digestiva;
o Fibrobroncospia;
o Eletroencefalografia

Materiais e equipamentos necessários


o Cama, monitor, ventilador pulmonar, oxímetro de pulso, bomba de infusão,
conjunto de NBZ (Nebulização);
o Conjunto padronizado de beira leito, contendo termômetro, esfigmonômetro,
estetoscópio, BVM com máscara, um para cada leito;
o Bandejas para procedimentos de: diálise peritoneal, drenagem torácica,
toracotomia, punção pericárdica, curativos, acesso venoso profundo, punção
lombar, sondagem vesical e traqueostomia;
o Monitor pressão invasiva
o Marcapasso Cardíaco externo, eletrodos e gerador na unidade;
o Marca de transporte com cilindro de oxigênio, ventilador pulmonar de transporte;
o Máscara de venturi, aspirador portátil, negatoscópio, oftalmoscópio, otoscópio;
o Pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvula reguladoras de
pressão e pontos de vácuo para cada leito.

Humanização
o Climatização – assegurar uma individualizada;
o Iluminação Natural;
o Divisórias entre os leitos;
o Relógios visíveis para todos os leitos;
o Garantia de visitas diárias dos familiares, à beira leito;
o Garantia de informações da evolução diária dos pacientes aos familiares por meio
de boletins.

UTI Tipo III


As Unidades de tratamento Intensivo do tipo III, devem além dos requisitos exigidos da
UTI tipo II, contar com:
❖ Espaço mínimo individual por leito de 9m²
❖ Avaliação através do APACHE II (avaliação do nível de gravidade do indivíduo,
verificando a mortalidade intra ou pós-uti) se for UTI adulto;
❖ Além da equipe básica da tipo II devem conter:
o Um médico plantonista para cada 10 leitos (especialista em medicina
intensiva reconhecido pela AIB, enfeiro e fisio exclusivo da UTI.
o Acesso a serviço de reabilitação.
Condições de exames:
❖ Tomografia computadorizada;
❖ Anatomia patológica
❖ Estudo hemodinâmico
❖ Angiografia seletiva
❖ Fibrobroncoscopia
❖ Ultrassonografia portátil

Materiais
❖ Monitor de pressão invasiva
❖ Equipamentos de ventilação não invasiva
❖ Capnógrafo, equipamento para fototerapia (UTI neonatal)
❖ Marcapasso transcutâneo

Estrutura física UTI


✓ Localização: deve ter uma área geográfica distinta dentro do hospital;
✓ Deve permitir fácil acesso aos elevadores, CC, PS e serviços de laboratório e
radiologia.
Resolução RDC Nº50 de 21 de Fevereiro de 2002: Dispõe sobre a estrutura física dos
estabelecimentos de saúde
✓ É obrigatório a existência em hospital terciário e em secundários com capacidade
maior ou igual a 100 leitos, bem como nos especializados que atendam pacientes
graves ou de risco em EAS que atendam gravidez/parto de alto risco, que neste
caso a unidade deve conter UTIs adulto e neonatal.
✓ 1 para cada área coletiva ou conjunto de quarto independente do nº de leitos.

Distância entre os leitos


✓ Mínimo de 3m de largura, 1m de cada lateral e 1m para a cama;
✓ Entre os leitos: no min. 2m com separação móvel entre eles
✓ Pé da cama 1,2
✓ Ente leitos e parede: 1m
Lavatórios
✓ 1 lavatório para cada 5 leitos
✓ Torneiras ou comandos do tipo que dispensam contato das mãos quando do
fechamento da água, sabão líquido degermante, e papeleira para secagem das
mãos, além de previsão de antisséptico junto as torneiras

Tomadas
✓ 11 tomadas (desejável 16) para equipamento por leito, além do acesso para
aparelho transportável de raio x distante no máximo 15m de cada leito
✓ Deve-se levar em conta o fato de existência de ambas as voltagens, 110 e 220
✓ Nível do ruído: dia 45dB(A); noite 40dB(A); madrugada 20dB(A)

Instalação de gases
Oxigênio: 2 para cada leio
Vácuo: 2 para cada leito
Ar comprimido: 1 para cada leito (desejável 2)

Ambientes de apoio
✓ Sala de utilidades
✓ Sala de espera para acompanhantes e visitantes
✓ Secretaria
✓ Rouparia
✓ Depósito de material de limpeza
✓ Depósito de equipamentos e materiais
✓ área de estar para equipe de saúde
✓ Sanitários e vestuários para funcionários
✓ Sanitário e lavatório para paciente;
✓ Sanitário público

Resolução Nº7 de Fevereiro de 2010: Dispõe os requisitos mínimos para o


funcionamento da UTI. Modificada pela RDC Nº 26, de 11 de maio de 2012
✓ Art.13 deve ser formalmente designado em Responsável Técnico médico, um
enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem e um fisioterapeuta
coordenador da equipe de fisio, assim como seus substitutos.
✓ Para ser coordenador tem que ser especialista em terapia intensiva.

➔ Todos os profissionais da UTI devem estar imunizados contra tétano, difteria,


hepatite B e outros imunobiológicos, de acordo com a NR 32 – Segurança e
Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde estabelecida pela Portaria TEM/GM nº
485, de novembro de 2000

✓ Educação continuada: a equipe precisa participar do programa de educação


continuada do instituição.

Quem precisa estar internado em uma UTI


➔ Paciente grave que precisa de uma assistência mais direcionada e contínuo.

Admissão na UTI: Devido elevados custos despendidos com recursos de alta tecnologia,
deve-se atentar para a necessidade de se ocupar tais leitos com pacientes em reais
probabilidades de recuperação.
➔ Devem ser baseadas
o Diagnóstico e necessidade do paciente;
o Serviços médicos disponíveis na instituição;
o Priorização de acordo com a condição do paciente
o Disponibilidade de leitos;
o Potencial benefício para o paciente com as intervenções terapêuticas e
prognóstico.
➔ Portaria nº895: institui o cuidado progressivo ao paciente crítico ou grave com
critérios de elegibilidade para admissão e alta.
Admissão
➔ Recebimento do caso do paciente.
➔ Organizar equipe
➔ Preparar o leito
➔ Receber o paciente
➔ Avaliação do paciente pela equipe
➔ Realização das rotinas de admissão da unidade
➔ Orientação aos familiares

Organização Pronto Socorro

Emergência: Na emergência, o paciente necessita de assistência médica imediata, pois a


situação implica em um risco eminente de morte. Atendimento imediato, pelo risco
iminente. Ex: Choque anafilático, hipovolêmico, PCR
Urgência: Já a urgência, os pacientes não apresentam risco de morte eminente, mas que
pode evoluir para complicações mais graves, sendo necessário o encaminhamento para o
plantão hospitalar. O paciente pode esperar mas tem um risco que é um potencial para o
óbito. Ex: dor anginosa, cólica renal

❖ Precisa ser no térreo do prédio


❖ Precisamos ter: agilidade, raciocínio crítico, resolução rápida, estabilidade,
prioridade e acolhimento.
❖ Para segurança do paciente, seria bom uma divisória dos pacientes. Ex: evitar
infundir medicamento de outro paciente.
Definição PS: estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência a pacientes,
com ou sem risco de morte, cujos agravos a saúde necessitam de atendimento
imediato. Funciona durante às 24 horas do dia e dispõe apenas de leitos de observação.
o Deve propiciar facilidade e segurança ao acesso e fluxo dos clientes, além de
diminuir os riscos de infecção e facilitar o trabalho da equipe. Geralmente,
localiza-se na entrada do estabelecimento de saúde
o Porta aberta: procura espontânea e referenciada
o Porta fechada: exclusivamente por regulação (leitos reservados para SES) ou
referenciado.

Equipe (Portaria Nº 354, 10 de março de 2014)


❖ Médico responsável técnico (apenas um serviço de Urgência e Emergência).
❖ Equipe médica (24h).
❖ Especialidades de acordo com o perfil da unidade.
❖ Enfermeiro coordenador.
❖ Equipe de enfermagem (24h).

Unidades de Emergência
▪ São próprias de hospitais de grande porte (capacidade de 151 a 500 leitos)
▪ Podem ser previstas para hospitais de pequeno e médio porte (até 50 leitos e de 51
a 150 leitos)
▪ Para permanência do paciente de até 48 horas
▪ Possuir um conjunto de elementos que atendam às exigências do atendimento
imediato.

Localização
▪ Devem ser localizadas em pavimento térreo, com ampla entrada, independente e
coberta, com via de acesso sinalizada e espaço suficiente para a livre circulação
de ambulância.

Acesso
▪ Devem possuir fácil acesso aos serviços complementares de diagnóstico e
tratamento.
PS: Representa a “porta de entrada” única para as internações. Área de grande
movimentação angústia, causa desconforto em grande parte dos familiares e pacientes
levando-os a desgastes físicos e emocionais.

Infraestrutura
▪ Sala de recepção e espera, com banheiro para os usuários
▪ Sala para arquivo de Prontuários ou fichas de atendimento ao pacientes
▪ Sala de classificação de risco
▪ Area de higienização dos materiais
▪ Consultórios
▪ Sala assistente social
▪ Sala de procedimentos (sutura, recuperação, administração de medicamentos)
▪ Area para nebulização
▪ Sala para reanimação e estabilização
▪ Sala de observação e isolamento
▪ Posto de enfermagem
▪ Banheiro completo
▪ Depósito para resíduos sólidos
▪ Deposito para material de limpeza
▪ Vestiários e banheiro para os profissionais
▪ Farmácia
▪ Almoxarifado
▪ Sala para redução de fraturas e colocação de gesso (serviço traumatológico)
▪ Energia elétrica de emergência (gerador)
▪ Circuitos de iluminação distintos
▪ Sistema de abastecimento de gás medicinal
▪ Corredores e portas dimensionadas para o acesso de macas e cadeiras de rodas.

Classificação de risco
Considerar o grau de necessidade do paciente e a ordem de atendimento deve dar-
se de acordo com os protocolos clínicos
Basear em:
▪ Critérios uniformes ao longo do tempo e com diferentes equipes
▪ Fundamentalização científica
▪ Profissional de nível superior
▪ Rapidez
❖ Emergência- 0 min
❖ Muito urgente – 10 min
❖ Urgente – 50 min
❖ Pouco urgente – 120 min
❖ Não urgente – 240 min

Transporte
✓ Acompanhado de equipe (segundo protocolo institucional)
✓ Intra-hospitalar: dados do prontuário
✓ Inter-hospitalar: relatório de transferência (motivo de internação na UTI e
diagnósticos de base; período de internação; alta)
Não esquecer de levar sua maleta com: droga vasoativa, luvas, materiais para
intubação e outros materiais necessários para caso aconteça algo.

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