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Fundação de Apoio a Escola Técnica

Escola Técnica Estadual Santa Cruz

Disciplina : PACIENTE CRÍTICO

PROFESSOR : DIMAR

PACIENTE CRÍTICO:
I – Conceitos :
1 – CTI / UTI :

Uma unidade de tratamento intensivo (UTI) ou unidade de cuidados intensivos (UCI) é uma
estrutura hospitalar, que se caracteriza como “ unidade complexa, dotada de sistema de
monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de
um ou mais sistemas orgânicos e que, com o suporte e tratamento intensivos, tenham
possibilidade de se recuperar”.
A UTI é, juntamente com a UNIDADE SEMI-INTENSIVA e a UNIDADE CORONARIANA, uma
das 3 unidades do centro de terapia intensiva (CTI).

CTI = UTI + USI + UC

A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente


doentes que porventura possuam chances de sobreviver. Destina-se a internação de pacientes
com instabilidade clínica e com potencial de gravidade. É um ambiente de alta complexidade,
reservado no ambiente hospitalar, já que se propõe estabelecer monitorização completa e
vigilância nas 24 horas.
1.1 – Tipos de UTI :
a- Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI-A) : destinada à assistência de pacientes com
idade igual ou superior a 18 anos, podendo admitir pacientes de 15 a 17 anos, se definido
como normas da Instituição;
b- Unidade de Terapia Intensiva Especializada : UTI destinada à assistência a pacientes
selecionados por tipo de doença ou intervenção, como cardiopatas, neurológicos,
cirúrgicos, entre outros;
c- Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-N) : destinada à assistência a pacientes
admitidos com idade entre 0 e 28 dias;
d- Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-P) : destinada à pacientes com idade entre
29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este limite definido de acordo com as rotinas da instituição;
e- Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Mista (UTIPm) : destinada à assistência a
pacientes recém-nascidos e pediátricos, numa mesma sala, porém havendo separação
física entre os ambientes de UTI Pediátrica e UTI Neonatal.

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1.2 – Organização :
A UTI deve estar localizada em um hospital regularizado junto ao órgão de vigilância
sanitária municipal ou estadual.
Essa regularização se dá mediante a emissão e renovação de alvará de licenciamento
sanitário, salvo exceções previstas em lei, e é condicionada ao cumprimento das disposições
especificadas na Resolução N° 7, de 24 de fevereiro de 2010 e outras normas sanitárias
vigentes.
O hospital no qual a UTI está localizada deve estar cadastrado e manter atualizadas as
informações referentes a esta Unidade no CADASTRO NACIONAL DE
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE (CNES).
A direção do hospital onde a UTI está inserida deve garantir :
- o provimento de recursos humanos e materiais necessários o funcionamento da unidade e à
comunidade da atenção;
- a segurança e proteção de pacientes, profissionais e visitantes, inclusive fornecendo
equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC)

A unidade deve dispor de registro das normas institucionais e das rotinas dos
procedimentos assistenciais, administrativos e rotinas de enfermagem, realizadas na unidade,
as quais devem ser :
a) Elaboradas em conjunto com os setores envolvidos na assistência do paciente grave,
no que for pertinente, em especial com a CCIH – Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar;
b) Aprovadas e assinadas pelo responsável técnico (RT) e pelos coordenadores de
enfermagem e fisioterapia;
c) Revisadas anualmente ou sempre que houver a incorporação de novas tecnologias;
d) Disponibilizadas para todos os profissionais da unidade.
A unidade deve dispor de registro das normas institucionais e das rotinas relacionadas a
biossegurança, contemplando, no mínimo, os seguintes itens :
1 – condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental;
2 – instruções de uso para os equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamento de
proteção coletiva (EPC);
3 – procedimentos em casos de acidentes;
4 – manuseio e transporte de material e amostra biológica.

1.3 – Infraestrutura Física :


Devem ser seguidos os requisitos estabelecidos na RDC/Anvisa n° 50, de 21 de fevereiro de
2002. (RDC – Resolução de Diretoria Colegiada e Anvisa – Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária).
A infraestrutura deve contribuir para manutenção da privacidade do paciente, sem, contudo,
interferir na sua monitorização.
As UTI Adulto, Pediátrico e Neonatais devem ocupar salas distintas e exclusivas.

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1.4 – Recursos Humanos :
As atribuições e as responsabilidades de todos os profissionais que atuam na unidade devem
estar formalmente designadas, descritas e divulgadas aos profissionais que atuam na UTI.
Deve ser formalmente designado um Responsável Técnico (RT)médico, um RT de
enfermagem, coordenador da equipe de enfermagem, e um fisioterapeuta coordenador da equipe
de fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos.
O responsável técnico deve ter título de especialista.
Além dos profissionais acima, deve ser designada uma equipe multiprofissional, legalmente
habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil
assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação exclusiva, no
mínimo, os seguintes profissionais :
I – Médico diarista/rotina : 01 para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino, com
título de especialista em Medicina Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina
Intensiva Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área
de atuação em Neonatologia para atuação em UTI Neonatal;
II – Médicos plantonistas : no mínimo 01 para cada 10 leitos ou fração, em cada turno;
III – Enfermeiros assistenciais : no mínimo 01 para cada 08 leitos – mudado para 01 para cada 10
leitos pela RDC N° 26 de 11 de maio de 2012 (alterando a RDC 7 de 2010), em cada turno;
IV – Fisioterapeutas : no mínimo 01 para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino
e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação;
V – Técnicos de Enfermagem : 01 técnico para cada 02 leitos em cada turno. A RDC 7 (de 2010)
falava em mais um técnico para serviços de apoio assistencial em cada turno, o que foi suprimido
na RDC 26, de 2012;
Obs.: Funções do técnico de enfermagem na UTI :
a) Orientar e executar o trabalho técnico de assistência de enfermagem aos clientes da
Instituição;
b) Auxiliar nas atividades de planejamento, ensino e pesquisa nela desenvolvidos;
c) Trabalhar em conformidade com as normas e procedimentos de biossegurança;
d) Descrição detalhada das tarefas que compõem a função :
 Prestar assistência de enfermagem segura, humanizada e individualizada aos pacientes,
sob supervisão do enfermeiro, assim como colaborar nas atividades de ensino e pesquisa
desenvolvidas na Instituição;
 Auxiliar o superior na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral, em
programas de vigilância epidemiológica e no controle sistemático da infecção hospitalar;
 Preparar pacientes para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de
realização dos mesmos;
 Colher e/ou auxiliar na coleta de material para exames de laboratório, segundo orientação;
 Realizar exames de eletrodiagnósticos e registrar os eletrocardiogramas efetuados,
segundo instruções médicas ou de enfermagem;
 Orientar e auxiliar pacientes, prestando informações relativas a higiene, alimentação,
utilização de medicamentos e cuidados específicos em tratamento de saúde;
 Verificar os sinais vitais e as condições gerais dos pacientes, segundo prescrição médica e
de enfermagem;

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 Preparar e administrar medicação por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea,
intramuscular, endovenosa e retal, segundo prescrição médica , sob supervisão do
enfermeiro;
 Cumprir prescrições de assistência médica e de enfermagem;
 Realizar a movimentação e o transporte de clientes de maneira segura;
 Auxiliar nos atendimentos de urgência e emergência;
 Realizar controles e registros das atividades do setor e outros que se fizerem necessários
para a realização de relatórios e controle estatístico;
 Circular e instrumentar em salas cirúrgicas e obstétricas, preparando-as , conforme
necessário;
 Efetuar o controle diário do material utilizado, bem como requisitar, conforme as normas da
instituição, o material necessário à prestação da assistência À saúde do paciente;
 Controlar materiais, equipamentos e medicamentos sob sua responsabilidade;
 Manter equipamentos e a unidade de trabalho organizada, zelando pela sua conservação e
comunicando ao supervisor eventuais problemas;
 Executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização de materiais e equipamentos,
bem como seu armazenamento e distribuição; propor a aquisição de novos instrumentos
para reposição daqueles que estão avariados ou desgastados;
 Realizar atividades na promoção da campanha do aleitamento materno bem como a coleta
no lactário ou no domicílio;
 Auxiliar na preparação do corpo após o óbito;
 Participar de programa de treinamento, quando convocado;
 Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e
programas de informática;
 Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função;
 Competências para a função : - demonstrar atenção; iniciativa; paciência; trabalhar em
equipe; bom condicionamento físico; autocontrole; saber ouvir; compreensão; respeitar o
paciente.

VI – Auxiliares administrativos : no mínimo 01, exclusivo da unidade;


VII – Funcionários exclusivos para serviços de limpeza da unidade, em cada turno.

Todos os profissionais devem estar imunizados contra o tétano e difteria (DT), hepatite B e
outros imunobiológicos, de acordo com a NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços
de Saúde .
A equipe da UTI deve participar de um Programa de Educação Continuada, contemplando, no
mínimo :
a- Normas e rotinas técnicas desenvolvidas na unidade;
b- Incorporação de novas tecnologias;
c- Gerenciamento dos riscos inerentes Às atividades desenvolvidas na unidade e segurança
de pacientes e profissionais;
d- Prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.
 As atividades de educação continuada devem estar registradas, com data,carga horária e
lista de presença;
 Ao serem admitidos na UTI, os profissionais devem receber capacitação (treinamento) para
atuarem n unidade.
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Todo paciente internado em UTI deve receber assistência integral e interdisciplinar.
A evolução do estado clínico, as intercorrências e os cuidados prestados, devem ser
registrados pelas equipes (medica, enfermagem, fisioterapia,etc) no prontuário do paciente, em
cada turno, e atendendo as regulamentações dos respectivos Conselhos de Classe Profissional e
normas institucionais.
As assistências farmacêutica, psicológica, fonoaudiológica, social, odontológica, nutricional, de
terapia nutricional enteral e parenteral e de terapia ocupacional devem estar integradas às demais
atividades assistenciais prestadas ao paciente, sendo discutidas conjuntamente pela equipe
multiprofissional. Tal assistência deve ser registrada no prontuário, assinada e datada, de forma
legível e contendo o número de registro no respectivo conselho de classe profissional.
Devem ser assegurados, por todos os profissionais que atuam na UTI, os seguintes itens:
 Preservação da identidade e da privacidade do paciente, assegurando um ambiente de
respeito e dignidade;
 Fornecimento de orientações aos familiares e aos pacientes, quando couber, em
linguagem clara, sobre o estado de saúde e a assistência a ser prestada desde a admissão
até a alta;
 Ações de humanização da atenção à saúde;
 Promoção de ambiência acolhedora;
 Incentivo à participação da família na atenção ao paciente, quando pertinente.
A presença de acompanhantes em UTI deve ser normatizada pela instituição, com base na
legislação vigente.
O paciente consciente deve ser informado quanto aos procedimentos a que será submetido e
sobre os cuidados requeridos para execução dos mesmos.
O responsável legal pelo paciente deve ser informado sobre as condutas clíncas e
procedimentos a que o mesmo será submetido.
Os critérios para admissão e alta de pacientes na UTI devem ser registrados, assinados pelo
RT e divulgados para toda instituição, além de seguir legislação e normas institucionais vigentes.

1.5 – Transporte de Pacientes :


Todo paciente grave deve ser transportado com o acompanhamento contínuo, no mínimo, de
um médico e de um enfermeiro, ambos com habilidade comprovada para atendimento de
urgência e emergência.
Em caso de transporte intra-hospitalar, para realização de algum procedimento diagnóstico ou
terapêutico, os dados do prontuário devem estar disponíveis para consulta dos profissionais do
setor de destino.
Em caso de transferência inter-hospitalar por alta da UTI, o paciente deverá ser acompanhado
de um relatório de transferência, o qual será entregue no local de destino do paciente, o qual deve
conter :
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 Dados referentes ao motivo de internação na UTI e diagnóstico de base;
 Dados referentes ao período de internação na UTI, incluindo realização de
procedimentos invasivos, intercorrências, infecções, transfusões de sangue e
hemoderivados, tempo de permanência em assistência ventilatória mecânica invasiva e
não-invasiva, realização de diálise e exames diagnósticos;
 Dados referentes à alta e ao preparatório para transferência, incluindo prescrição
médica e de enfermagem do dia, especificando aprazamento de horários e cuidados
administrados antes da transferência; perfil de monitorização hemodinâmica, equilíbrio
ácido-básico, balanço hídrico e sinais vitais das últimas 24 horas.
1.6 – Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência À Saúde (IRAS) :
Devem ser cumpridas as medidas de prevenção e controle de infecções relacionadas a
assistência à saúde (IRAS), definidas pelo Programa de Controle de Infecção do hospital.
As equipes da UTI e da CCIH, são responsáveis pelas ações de prevenção e controle das
IRAS.
A CCIH deve estruturar uma metodologia de busca ativa das infecções relacionadas a
dispositivos invasivos, dos microorganismos multirresistentes e outros microorganismos de
importância clínico-epidemiológica, além de identificação precoce de surtos.
A equipe da UTI deve colaborar com a CCIH na vigilância epidemiológica das IRAS e com o
monitoramento de microorganismos multirresistentes na unidade.
A CCIH deve divulgar os resultados da vigilância das infecções e perfil de sentinela dos
microorganismos à equipe multiprofissional da UTI, visando a avaliação periódica das medidas de
prevenção e controle das IRAS.
A equipe da UTI deve aderir Às medidas de PRECAUÇÃO PADRÃO, às medidas de
precaução baseadas na transmissão (contato, gotículas e aerossóis) e colaborar no estímulo ao
efetivo cumprimento das mesmas.
A equipe da UTI deve orientar visitantes e acompanhantes quanto às ações que visem a
prevenção e o controle de infecções, baseadas nas recomendações da CCIH.
A equipe da UTI deve proceder ao uso racional de antimicrobianos, estabelecendo normas e
rotinas de higienização e em conjunto com a CCIH, Farmácia Hospitalar e Laboratório de
Microbiologia.
Devem ser disponibilizados os insumos, produtos, equipamentos e instalações necessários
para as práticas de higienização de mãos de profissionais de saúde e visitantes.
Os lavatórios para higienização das mãos devem estar disponibilizados na entrada da unidade,
no posto de enfermagem e em outros locais estratégicos definidos pela CCIH e possuir
dispensador com sabonete líquido e papel toalha.
As preparações alcoólicas para higienização das mãos devem estar disponibilizadas na
entrada da unidade, entre os leitos e em outros locais estratégicos definidos pela CCIH.

1.7 – Recursos Materiais :

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A UTI deve dispor de materiais e equipamentos de acordo com a complexidade do serviço e
necessários ao atendimento de sua demanda.
Os materiais e equipamentos utilizados, nacionais ou importados, devem estar regularizados
junto a ANVISA, de acordo com a legislação vigente.
Devem ser mantidas na unidade instruções escritas referente a utilização dos equipamentos e
materiais, que podem ser substituídas ou complementadas por manuais do fabricante em língua
portuguesa.
Os materiais e equipamentos devem estar íntegros, limpos e prontos para uso.
Devem ser realizadas manutenções preventivas e corretivas nos equipamentos em uso e em
reserva operacional, de acordo com a periodicidade estabelecida pelo fabricante ou pelo serviço
de engenharia clínica da instituição. Manter cópias do calendário dessas manutenções
preventivas e o registro das manutenções realizadas.
1.7.1 – Principais Equipamentos e Insumos:
Cada leito contém monitores cardíacos; cama elétrica projetada , com ajuste de posição,
grades laterais e rodízios; ventilador mecânico; capnógrafo; oximetria de pulso; pressão não
invasiva (PNI); pressão arterial média (PAM); tubos endo traqueais; cânulas de traqueostomia;
cânulas de Guedel; cadarços; sonda nasogástrica (SNG); sonda naso enteral (SNE); catéter para
punção venosa e arterial; cateter de Swan Ganz; sonda vesical; termômetros; eletrocardiógrafo;
materiais para pequenos procedimentos, como bandejas de pequena cirurgia; punção lombar;
material para drenagem torácica; negatoscópio; material para aspiração de secreções; bombas
infusoras; máscaras respiratórias; material para monitorização da pressão venosa central (PVC);
material de entubação; carrinho de parada cardio respiratória (PCR); desfibrilador; marcapasso
cardíaco; glicosímetro; maca de transporte; ventilador mecânico de transporte; ambu; materiais
de uso diário, como seringas, agulhas, material de higiene, fraldas, material de higiene; sondas,
gazes, algodão, material de assepsia, carrinho de curativo; caixas de luvas de procedimentos e
luvas estéreis; poltronas,medicamentos, soros, equipos, jelcos,material de diálise peritoneal e
hemodiálise; monitorização da pressão intra craniana (PIC), etc.
1.8 – Exames Complementares de Rotina :
Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes internados nas UTIs.
Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina , como :
 Hematológicos : através da punção venosa, coleta-se pequena amostra de sangue para
avaliação no laboratório central, dos principais eletrólitos, enzimas e metabólitos do
organismo. A função renal é medida indiretamente através da dosagem da ureia e
creatinina, dando ao médico a informação valiosa em relação à integridade renal.
 Gasométricos : designada de gasometria arterial, é efetuada punção na artéria radial
situada no punho (local do pulso). Após coleta, a mostra é analisada através de
equipamento designado hemogasômetro, que permite a análise dos principais gases do
sistema respiratório, tais como oxigênio e gás carbônico. Portanto, é método para
avaliação da boa função pulmonar.
 Radiológicos : diariamente efetua-se nos pacientes submetidos à ventilação mecânica, a
radiologia torácica pulmonar, para controle e diagnósticos de derrames (líquidos) e
infecções como a broncopneumonia.

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MONITORES CARDÍACOS

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VENTILADOR MECÂNICO

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BOMBAS INFUSORAS

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OXÍMETRO DE PULSO

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DESFIBRILADORES E CARRO DE PCR

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LEITO DE UTI

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CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA

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HEMODIÁLISE E DIÁLISE PERITONEAL.

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ADMISSÃO E ALTA DO PACIENTE NO CTI :

Atuação da equipe de enfermagem

 Rotina de admissão :

O paciente é admitido no CTI quando apresenta alto risco ou instabilidade de um ou mais


sistemas fisiológicos principais.
O objetivo principal do CTI é prestar atendimento intensivo aos pacientes graves, porém
recuperáveis.

Assistência de Enfermagem:
 Receber o paciente e identificar-se;
 Identificar a equipe e o profissional que ficarão em contato direto com o paciente;
 Conferir o prontuário quanto ao número do leito, registro e o nome do paciente;
 Orientar o paciente quanto à rotina da unidade, se houver condições;
 Proceder á admissão: monitorização cardíaca, sinais vitais, controle de venólise, PVC (Pressão
Venosa Central), drenos, PAM (Pressão Arterial Média), PIC (Pressão Intra-Craniana) e outros.
 Realizar as anotações de enfermagem;
 Anotar a admissão no livro de registros;
 Verificar exames e procedimentos que necessitam ser realizados;
 Organizar prontuário;
 Orientar a família quanto às rotinas da UTI.

 Rotina de Alta da Unidade de Terapia Intensiva:

O paciente recebe alta do CTI quando não mais apresenta risco ou instabilidade de um ou
mais sistemas fisiológicos principais que motivou sua internação ou que se conclua que é
portador de uma condição clínica recuperável.

Assistência de Enfermagem :
 Verificar se alta está prescrita na prescrição médica;
 Anotar em livro de registro;
 Orientar paciente sobre a alta (destino);
 Organizar o prontuário;
 Confirmar a liberação da vaga com o enfermeiro da unidade;
 Providenciar a limpeza terminal do box;
 Recompor a unidade com vidro de aspiração,macronebulização, inspirador, materiais;
 Testar equipamentos;
 Arrumar o leito.

 Rotina de Montagem do Leito


 Arrumar o leito com roupas de cama de acordo com a técnica;
 Disponibilizar à beira do leito uma bandeja ou, se houver gavetas, armazenar nelas luvas de
procedimentos e máscaras, cateter de oxigênio, água estéril, sonda de aspiração e material para
coleta de exames laboratoriais e punção venosa;
 Disponibilizar para cada leito um ambu com extensão e máscara em boas condições de uso;
 Verificar e conferir a régua da cabeceira do leito;
 Verificar se estão conectadas as válvulas de saídas de oxigênio,ar comprimido;
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 Instalar o fluxômetro com água estéril até a marca indicada com sua extensão para
conexão de máscara para nebulização contínua;
 Conectar os eletrodos nas conexões do monitor cardíaco;
 Nos casos de monitor multiparâmetros, conectar o manguito de pressão não invasiva e
oxímetro;
 Testar o monitor simples ou multiparâmetros;
 Conectar o respirador às saídas de oxigênio e ar comprimido, ou somente oxigênio, de acordo
com o modelo, e testá-lo.

Visitas no CTI :

A assistência de enfermagem no CTI, abrange também familiares, que ficam ansiosos devido
ao estado grave do seu paciente, necessita de apoio e cabe à equipe de enfermagem estar
sensibilizada e prestar toda assistência e orientações aos familiares.

Assistência de Enfermagem na Visita ao CTI :

- Comunicar ao paciente da visita e saber da sua preferência, que deve ser respeitada (caso
esteja lúcido);
- acompanhar a visita;
- orientar quanto a aparelhagem;
- orientar quanto a lavagem das mãos;
- comunicar o tempo de visita, conforme rotina do setor;
- fornecer outras informações , caso necessário;
- vigilância contínua, evitando fortes emoções, durante o tempo de visita;
- acompanhar a visita até a saída;
- apoio ao paciente em caso de emoção;
- deixar o paciente confortável no leito.

Monitorização Hemodinâmica
A Monitorização Hemodinâmica é compreendida por parâmetros capturados através de aparelhos
conectados aos pacientes, permitindo a avaliação e acompanhamento dos dados vitais. Pode ser
invasivos e não invasivos.

 Monitorização hemodinâmica não invasiva


A monitorização hemodinâmica não invasiva é utilizada de alguma forma em todas as unidades
de cuidados ao paciente. Atualmente esse tipo de monitorização vem aumentando nas unidades
de cuidados críticos, pois é baseado em técnicas menos invasivas, com facilidades no manuseio
e de menor custo. Podemos citar como procedimentos não invasivos:
 Pressão arterial:
A monitorização da pressão arterial não invasiva (PANI) é uma prática muito comum no dia-a-dia
da equipe de enfermagem, mas mesmo parecendo simples, exige da equipe conhecimentos
técnico, e pode apresentar alterações significativas para o estado clínico do paciente.
Existe também o método automatizado que é muito usado nos cuidados críticos. Para usar esse
método é necessário um monitor multiparâmetro, um módulo de pressão, um cabo e um
manguito. O manguito é posicionado na parte superior do braço e inflado após o acionamento do
módulo de pressão não invasiva. A pressão é aumentada até que o pulso radial desapareça.
Quando o manguito for desinflado progressivamente, um microprocessador, que interpreta as
oscilações dentro do manguito, fornece os valores pressóricos e estabelece os valores sistólicos,
médio e diastólico.
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Além da verificação pressórica a monitorização eletrocariográfica serve para a medição da
frequência e do ritmo cardíaco, detectam arritmias, sinal do marcapasso e isquemia cardíaca,
como também pode oferecer informações como saturação de oxigênio, frequência respiratória e
pulso.

 Cuidados de enfermagem
 A pele deve ser preparada adequadamente e os eletrodos instalados nas melhores posições
possíveis;
 As peles úmidas ou oleosas devem ser limpas com álcool e seca para que os eletrodos tenham
uma adesão máxima;
 As áreas pilosas da pele devem ser depiladas para melhor adesão e remoção menos dolorosa
dos eletrodos;
 Atenção, pois o gel redutor pode provocar uma irritação cutânea;
 Os eletrodos devem ser instalados acima de proeminências ósseas, mas não sobre área de
pele frouxa, com o objetivo de reduzir o movimento;
 Os eletrodos normalmente são projetados para uso único. O gel do eletrodo seco ou a falta de
gel pode provocar traços instáveis;
 O acondicionamento dos eletrodos deve ser feito de modo adequado, evitando-se exposição ao
calor ou remoção dos envoltórios;
 Os eletrodos frios podem não aderir à pele, portanto devem ser aquecidos nas mãos antes da
aplicação;
 Prendedores frouxos ou desgastados podem provocar mal contato entre os fios condutores e
os colchetes do eletrodo;
 Rupturas nos fios condutores podem causar transmissão eletrocardiográfica dificultada,
devendo ser trocados e examinados com cuidado;
 As ligações não devem ser frouxas, e devem-se evitar fios desencapados e soltos.
 Ligar os alarmes e ajustar os parâmetros de acordo com as condições clínicas do paciente:
frequência cardíaca mínima e máxima, arritmias, pressão arterial, reconhecimento da presença do
marcapasso;
 Prover informações sobre o equipamento e alarmes para o paciente e sua família, com o
objetivo de proporcionar mais conforto e reduzir a ansiedade.

 Oximetria de pulso:

É um método seguro e simples para avaliar a oxigenação do paciente. Reflete a monitorização da


saturação de oxigênio da hemoglobina arterial pelo oxímetro de pulso.
A molécula de hemoglobina é capaz de carregar 98-99% de todo o oxigênio presente no
sangue. A molécula de hemoglobina é considerada saturada quando está ligada a quatro
moléculas de oxigênio – oxiemoglobina.
A saturação de oxigênio reflete a quantia de hemoglobina que está ligada com oxigênio.
O oxímetro de pulso pode ser usado para detectar a presença de hipoxemia em pacientes com
potenciais distúrbios respiratórios que estejam sob ventilação mecânica, em oxigenoterapia e em
pacientes com deficiência neurológica que pode afetar a respiração; Calafrios, atividades de
pressão, pacientes inquietos no leito, baixa perfusão e edema podem interferir na leitura da
oximetria.

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 Capnometria:

Refere-se à medida e ao registro do gás carbônico no final da expiração, constituindo em uma das
essências da função respiratória.
Sua utilidade está na possibilidade a cada ciclo respiratório de monitorizar a concentração de CO2
do ar expirado no final da expiração.
Os capnógrafos analisam e registram a pressão parcial de CO2 durante o ciclo respiratório por um
sensor aplicado nas vias aéreas do paciente ou pela aspiração de uma amostra de ar das vias
aéreas processada por um sensor.

 Temperatura:

A temperatura pode ser monitorizada de várias regiões, como axilar,retal, oral, esofágica, vesical
e cerebral. Esse cuidado exige da equipe de enfermagem conhecimento técnico, pois pode
reconhecer alterações significativas do estado clínico do paciente em tempo hábil.

 Frequência respiratória:

Mecanismo que o corpo utiliza para realizar as trocas gasosas entre a atmosfera e a corrente
sanguínea e entre o sangue e as células.
A frequência, profundidade e ritmo dos movimentos ventilatórios indicam a qualidade e eficiência
da ventilação.

 Monitorização hemodinâmica invasiva:

A monitorização hemodinâmica invasiva, quando clínica e criteriosamente bem indicada,


fornecem informações qualitativas e quantitativas das pressões intravasculares. Entretanto,
devemos lembrar que a cateterização desses vasos está associada a complicações e riscos
inerentes de qualquer procedimento invasivo.
Sendo assim, a assistência de enfermagem torna-se fundamental na monitorização
hemodinâmica invasiva, pois a equipe de enfermagem está envolvida desde o preparo do material
e do paciente até a manutenção adequada dessa monitorização, bem como deve estar atenta
para prevenir complicações.

PVC : Pressão Venosa Central

É a pressão existente nas grandes veias de retorno direito ao coração. Ela mede a relação
entre volemia e a capacidade da bomba cardíaca em impulsionar este sangue para frente.
Ela é determinada colocando-se um cateter de grosso calibre nos sistemas centrais (cava
superior ou inferior) e uma coluna de água ou por um transdutor ligado ao monitor.
É um dado valioso, que, juntamente com outros, vai ajudar no diagnóstico e tratamento dos
diversos tipos de choque. É usado também para controlar o volume de infusões, quando se faz
necessário administrar líquidos ou sangue em grandes quantidades ou com muita rapidez.

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Higiene, Conforto e Segurança do Paciente na UTI :

O processo de cuidar do técnico de enfermagem abrange a assistência no âmbito da higiene,


conforto e segurança do paciente em situações de cuidado crítico. Essas ações necessitam ter
uma atenção e destreza nas ações planejadas, com objetivo de evitar agravar ao paciente.
Assim torna-se importante rever alguns conceitos e procedimentos que serão desenvolvidos na
assistência direta ao paciente em cuidados críticos.

São eles:

 HIGIENE CORPORAL:

O processo do banho é uma prática de higiene em que são utilizados água e sabão. Embora a
restauração da limpeza seja o principal objetivo do banho, há outros:
 Eliminação de odores desagradáveis do organismo
 Redução do potencial de infecções
 Estimulação da circulação e glândulas
 Oferecimento de uma sensação refrescante e relaxante
 Melhora da auto-imagem
 Movimentar articulações
 Exercitar músculos
 Auxiliar no exame físico (o profissional deve observar: a pele, estado
motor, nutricional e respiratório).

 Banho no leito
O banho no leito é a higienização total ou parcial do corpo executada pela equipe de enfermagem
em pacientes acamados, impossibilitados de saírem do leito.

 Higiene Oral
A higiene oral é a limpeza da cavidade oral, ou seja, dentes, gengiva e língua e é realizada a fim
de evitar infecções bucais, cardíacas, digestivas e respiratórias.
É importante que a higiene oral do paciente inconsciente seja pelo menos de 4/4hs. Contudo,
compete ao enfermeiro determinar através do diagnóstico de enfermagem o plano terapêutico e
supervisionar sua realização.
Durante o cuidado bucal o profissional deve examinar a boca do paciente e documentar qualquer
condição anormal.

 Cuidados com prótese dentária


As próteses dentárias são dentes artificiais que substituem o conjunto de dentes inferiores e ou
superiores de uma pessoa.
Uma ponte é um recurso dentário que substitui um dente ou vários deles. Pode ser fixo a outros
dentes, permanente, não podendo ser retirada, ou presa por um gancho, o que permite ser
retirada da boca.
No caso de pacientes que não podem retirar a própria dentadura ela deve ser feita pela equipe de
enfermagem.

Realização da técnica
 Usar luvas de procedimento e pano seco ou gaze;
 Para remover uma dentadura superior completa, segurar as superfícies frontal e palatal da
dentadura com os dedos polegar e
indicador;

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 Posicionar o dedo indicador de sua mão oposta sobre a borda superior da dentadura e
pressionar, para romper a selagem existente;
 Para remover uma dentadura inferior completa, segurará as superfícies frontal e lingual da
dentadura com os dedos polegar e indicador e, cuidado, tentar erguer;
 Para remover pontes móveis, exercer pressões equivalentes sobre as bordas de cada um dos
lados da prótese. Evitar erguer
os ressaltos metálicos;
 Após a remoção deve colocá-las em uma cuba rim com água fria ou morna;
 Escovar a dentadura com solução dentifrícia após a higiene oral do paciente;
 Preocupar-se de proteger a cuba e ao redor da pia para que caso a dentadura caia não
danifique;
 Lavar a prótese
 Recolocar no paciente ou protegê-la e colocar em recipiente próprio e seguro.

 Lavagem dos cabelos


Esta técnica tem por finalidade manter a limpeza e a integridade do couro cabeludo, estimular a
sensação de conforto e autoestima. Engloba aescovação e lavagem do cabelo do paciente.

 Higiene íntima
É a lavagem da região genital e perianal, proporciona conforto, previne infecções e auxilia o
tratamento de infecções. Deve ser realizada durante o banho, após a eliminação vesical e
intestinal e segundo necessidade.

 MUDANÇA DE DECÚBITO

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O apoio adequado e mudança frequente de posição facilitam o repouso, pois proporcionam
relaxamento alternado dos diversos grupos de músculos do organismo.
Previne úlceras de pressão, que aparecem devido à compressão e maceração de tecidos moles
presentes nas saliências ósseas.
Para manter um alinhamento correto do corpo e, diminuir a fadiga muscular são necessários
camas e colchões adequados, além de dispositivos como almofadas ou travesseiros, suporte para
os pés, sacos de areia, rolos de pano, dentre outros.

DECÚBITO DORSAL
Pacientes incapazes de se mover no leito devem ter a cabeça, pescoço e parte superior do
ombro acomodado em travesseiro; Antebraços apoiados sobre travesseiros; rolos para as mãos;
membros inferiores apoiados lateralmente rolos de pano; apoio sob os joelhos com rolinhos
macios de pano; apoio plantar, mantendo os pés em flexão dorsal.

DECÚBITO LATERAL
A adoção de decúbito lateral direito ou esquerdo propicia bem-estar ao paciente que se encontra
por longos períodos em decúbito dorsal, aliviando a pressão exercida nas regiões mais
proeminentes do dorso. Para manter um alinhamento adequado do corpo há necessidade de se
colocar travesseiro sob a cabeça e o pescoço, sob o braço que está oposto ao colchão e entre os
membros inferiores. Uma almofada pesada deve ser colocada para apoiar as costas.

Posição de Fowler e Semifowler


É importante colocar travesseiros como apoio para a cabeça. Rolos para as mãos; membros
inferiores apoiados lateralmente com sacos de areia ou rolos de pano; apoio sob os joelhos com
rolinhos macios de pano; apoio plantar, mantendo os pés em flexão dorsal.

 Cuidados com o transporte


 Durante a movimentação ou transporte de pacientes, deve-se ter cuidado com soros, cateteres,
drenos e aparelhos;
 Os pacientes inconscientes, confusos e agitados devem ser transportados com as grades
elevadas e membros superiores restringidos, se necessário;
 Ter cuidado para que nenhum membro fique posicionado inadequadamente fora da maca;
 Em caso de encaminhamento para exames ou cirurgia, anotar na papeleta a hora da saída e o
destino e, no retorno, a hora da chegada, procedimento realizado e intercorrências.

Óbitos ocorridos no CTI :

O óbito no CTI ocorre após todas as manobras de ressuscitação terem sido realizadas, sem
resposta positiva do paciente.

Assistência de Enfermagem :
- verificar constatação de óbito no prontuário;
- providenciar materiais para o preparo do corpo;
- desligar monitor, drenos, cateteres, etc;
- desligar soro, sangue, etc;
- fazer higiene do corpo e curativos;
- proceder o preparo do corpo conforme a rotina da Unidade.

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Precauções / Isolamento :

A equipe de enfermagem do CTI deve conhecer todos os princípios de isolamento e estar


preparada para prestar assistência ao cliente com doença infecto-contagiosa que necessitam de
tratamento intensivo. O isolamento deve ser de acordo com o agente infeccioso e a forma de
contaminação.

Tipos de precaução / isolamento :

 Respiratório
 Intestinal ou entérico
 De Contato
 Isolamento Total

a) Respiratório : são usados para doenças que são transmitidas direta ou indiretamente,
através de secreções das vias aéreas superiores, como : tuberculose pulmonar, parotidite,
difteria coqueluche, meningite bacteriana, pneumonia, etc.
b) Entérico ou Intestinal : é usado para as doenças que se transmitem diretamente através
das fezes e urina, tais como : leptospirose, poliomielite, cólera, tec.
c) Contato : é usado para as doenças transmitidas através de secreções de ferimento.
Geralmente é provocada pela contaminação com Estafilococos aureus ou pseudômonas,
furunculoses, gangrenas, etc
d) Total : quando há necessidade de todos os tipos de isolamento.

BIOSSEGURANÇA:

Biossegurança é o conjunto de normas e procedimentos considerados seguros e adequados à


manutenção da saúde do trabalhador, durante atividades de risco de aquisição de doenças
profissionais.

Precauções Padrão (PP):

São parte das normas de biossegurança e consistem em atitudes que devem ser tomadas por
todo trabalhador de saúde frente a qualquer paciente, com o objetivo de reduzir os riscos de
transmissão de agentes infecciosos, principalmente veiculados por sangue e fluidos corpóreos
(líquor, líquido pleural, peritoneal, pericárdico, sinovial, amniótico, secreções e excreções
respiratórias, do trato digestivo e geniturinário) ou presentes em lesões de pele, mucosas, restos
de tecidos ou de órgãos.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL :


Funcionam como barreira contra a transmissão de microrganismos devendo ser utilizados de
acordo com o tipo de atividade realizada e o risco de exposição aos patógenos. Por exemplo, os
trabalhadores da área de saúde sob o risco de contaminação das mucosas, devido ao respingo
de sangue, devem se proteger utilizando simultaneamente vários dispositivos de proteção: óculos
protetores, luvas, avental e máscara.
Existem duas modalidades de equipamentos de proteção aos trabalhadores:
(i) Aqueles que conferem proteção coletiva (EPC) - neste caso protege o conjunto dos
trabalhadores de um setor de trabalho. Exemplos: exaustores, caixa de descarte de
pérfuro-cortante;

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(ii) (ii) Aqueles que conferem proteção individual (EPI)  nesta situação a proteção é
específica para um determinado indivíduo. São considerados EPI: luvas, máscaras,
óculos de proteção, aventais, gorros, pro pés, botas e sapatos.

Uso de luvas.

Observar os seguintes cuidados:


-utilizar sempre que for antecipado o contato com sangue e líquidos corporais, secreções e
excreções, membranas mucosas, pele lesada, artigos ou superfícies sujos com material biológico;
usar luvas devidamente ajustadas; trocar as luvas entre procedimentos no mesmo paciente se
houver contato com material infectado;
desprezar as luvas imediatamente após uso.

Uso de avental.

Observar os seguintes cuidados


- utilizar como barreira física, quando existir possibilidade de contaminar as roupas ou a pele de
profissional da saúde com material biológico; utilizar avental de manga longa e sempre fechado;
desprezar o avental de proteção de contato imediatamente após uso, antes de sair do quarto.

Uso de máscara cirúrgica.

Observar os seguintes cuidados:


- é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca e tem o objetivo de proteger o
trabalhador de saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas à curta distância e pela
projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias.

Uso de óculos de proteção.

Para o uso deste equipamento, observar os seguintes cuidados:


- deve ser usado durante a realização de procedimentos no paciente ou manuseio de artigos ou
materiais contaminados sempre que houver a possibilidade da ocorrência de respingos de
material biológico sobre as mucosas do olho; após o uso, lavar os óculos com água e sabão e
fazer a desinfecção com álcool etílico 70%.

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