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1- Conceito de Ambulatório
Na Medicina, a palavra ambulatório se refere ao atendimento básico de saúde a uma pessoa ou animal, como
também ao procedimento que não exige a internação do paciente. Existem também ambulatórios mais
complexos com várias especialidades médicas que realizam os procedimentos e os estudos diagnósticos. Eles
têm a capacidade de realizar vários procedimentos diagnósticos e terapêuticos; possuem áreas de internação
para os pacientes; atendimento do mais básico ao mais complexo; salas de observação, de isolamento, de
quimioterapia, de cirurgia, de parto; áreas de emergência e necrotérios.

São realizados os seguintes procedimentos no ambulatório:


Consultas – O médico faz o diagnostico através da anamnese, exame físico, observação de comportamento,
pesa, verifica os dados vitais, temperatura, batimentos cardíacos e o exame do ouvido.

Exames: A solicitação de exames complementares é para diagnosticar e complementar a consulta elaborando


o tratamento.

Laboratoriais – Coleta de Sangue, raspado de pele, secreção e outros – encaminhar para o laboratório com o
pedido médico.

RX – Para fraturas, corpo estranho e outros.


Ultrassom - Gestação, tumores e outros.

Preparo do consultório para o atendimento:


- Limpeza da mesa de atendimento com álcool a 70%.

- Repor todas as almotolias, observando a validade e rótulo legível.

- Limpeza do termômetro e otoscópios.

- Repor os impressos disponível e utilizados no serviço (receituário, pedido de exames).

- Testar os aparelhos usados no consultório.

Esses cuidados devem ser tomados no início do turno antes do primeiro atendimento e entre uma e outra
consulta.

Auxiliar o médico durante a consulta e os exames solicitados.


Posicionar o paciente de maneira correta, conforme a necessidade para o exame físico e durante a execução
do RX e ultrassom é extremamente importante para facilitar e agilizar a consulta e o início do tratamento.
Após a consulta o paciente deverá aguardar no local conforme a orientação do médico, que poderá ser com
seu dono ou encaminhado a internação. Anotar toda conduta executada com o paciente no prontuário de
acordo com padronização da instituição.

Sala de Apoio: Esta sala onde fica armazenado os medicamentos em uso, local onde prepara a
medicação (soroterapia, via oral), normalmente fica armazenada os escaninhos dos pacientes
internados, as almotolias em uso. Materiais de curativos e remoção de ponto, caixa de perfuro
cortante. Esse ambiente deve ser mantido limpo e organizado o tempo todo. A cada atendimento
deve ser observado previamente o material e medicamento necessário para execução do
procedimento. E após o término deve ser removido todo o material contaminado, o perfuro cortante
e material para laboratório, se tiver, encaminhar cada material conforme padronização da instituição.
(POP)

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2 - Conceito Internação: A internação nos hospitais consiste na admissão do paciente para ocupar
um leito hospitalar. É o conjunto de elementos destinados a pacientes que recebem assistência geral
e especializada, exigindo características especiais, como as de doenças transmissíveis, forma aguda,
unidade de tratamento intensivo, unidade de emergência e de isolamento.

Internação Veterinária: Esse setor é o local onde os pacientes que necessitam de investigação
diagnóstica ou monitoramento intensivo são encaminhados. Cada paciente internado fica
acomodado em um canil individual sob monitoramento de um médico veterinário que é específico
do setor de internamentos e da equipe de auxiliares de veterinários.
O veterinário responsável pelo internação tem a função de monitorar e acompanhar os pacientes
internados e assegurar-lhes a melhor opção terapêutica, na tentativa de obter conforto o mais rápido
possível. Alojados em canis individuais, cada paciente tem registrado diariamente as alterações
clínicas em um prontuário, visando um melhor tratamento.

A equipe de auxiliares de veterinários deve ser composta por profissionais treinados, mantidos em
constante aperfeiçoamento, aptos a detectar pequenas alterações na evolução do paciente e agir em
conjunto com a equipe médica. Alguns serviços de hospitalização funcionam 24 horas, durante todo
o ano, e é uma verdadeira Unidade de Cuidados Intensivos que além dos médicos veterinários
responsáveis, conta com o apoio de todo o corpo clínico, inclusive de especialistas. Deve ter facilidade
em encaminhar para exames de diagnóstico (por imagem e laboratorial) e cirurgias, quando
necessário.
Os pacientes são monitorizados e vigiados de forma permanente e constante para garantir a saúde e
bem-estar de seu paciente.

Serviços realizados no setor de Internação:- Soroterapia e antibioticoterapia endovenosa,


através de cateteres monitorados, uso de bomba de infusão;
- Acompanhamento nutricional;
- Transfusão sanguínea;
- Exames laboratoriais e de imagem (radiografia, ultrassonografia, eletrocardiografia e eco
cardiografia)
- Analgesia (controle da dor)
- Pressão arterial
O animal que apresentar qualquer sintoma descrito abaixo, ele precisa ser hospitalizado o mais
rápido possível.
- Perda de consciência, convulsões e desorientação;
- Palidez de mucosas;

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- Hemorragias
- Dificuldade ou impossibilidade em urinar;
- Vômitos e/ou diarreia com sangue persistente;
- Incapacidade em andar ou movimentar os membros
- História de trauma, ingestão de substâncias estranhas ou toxinas, choques elétricos, queimaduras
ou aumento de temperatura, convulsões e desorientação;

- Picada de animais: peçonhentos (cobra, escorpião)

3- Conceito Centro Cirúrgico: É um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas,


visando atender a resolução de intercorrências, por meio da ação de uma equipe integrada. São
realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção

Divisão das Áreas do Centro Cirúrgico

Para o controle de infecção, o centro cirúrgico se divide em três áreas: Área Irrestrita: Os profissionais
podem circular livremente por estas áreas com roupas próprias Ex: Vestiário e Corredor de entrada

Área Irrestrita: Corredores:

Área Semi- restrita: Aquela que permite a circulação de pessoal e de modo a não intervir nas rotinas
de controle e manutenção da assepsia da área restrita. Ex: expurgo, sala de preparo de material,
posto de enfermagem.

Área semi -restrita: Posto de enfermagem

Área Restrita: Além da roupa própria do centro cirúrgico, devem ser usadas máscaras e gorros,
conforme normas da unidade e as técnicas assépticas devem ser utilizadas de maneira rigorosa, a fim
de diminuir os riscos de infecção. Ex: Salas de cirurgias, lavabos, sala de recuperação pós-anestésica,
sala de depósito, e corredor interno.

Área de escovação ou lavabos

Prevê-se um lavabo com torneiras. As torneiras devem ser munidas de características especiais,
manuseio com o cotovelo. Os tanques devem ser instalados numa altura de mais ou menos 90 cm,
para favorecer a mecânica corporal no ato da escovação. Neste local devem ter escovas e solução
antisséptica.

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Área restrita: Sala de Cirurgia e Sala de RPA (recuperação pós anestésica): Área
destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas. As paredes da sala cirúrgica devem
ter os cantos arredondados em todas as junções, com a finalidade de facilitar a limpeza. Devem ser
revestidas de material resistente, mas que proporcione superfície lisa e lavável. Este material deve
favorecer a diminuição de ruídos externos. A cor, deve ser neutra e suave.

Piso: Deve ser de material resistente ao uso de água e soluções desinfetantes, de superfícies lisas e
de fácil limpeza e higienização. Além dispensarem uso de cera sendo um material hipoalérgico e com
tratamento anti bactericida; o que não permite a propagação de ácaros, fungos e bactérias. As portas
devem ser amplas para facilitar a passagem de macas e equipamentos cirúrgicos, devem evitar a
movimentação de ar, revestidas de material lavável e de cor neutra. Possuir proteção, a fim de
prevenir danos por possíveis esbarrões de macas.

Janelas devem ser lacradas e estar localizadas de modo a permitir a entrada de luz natural em todo
o ambiente, ser do tipo basculante, provida de vidro e tela, evitando a entrada de insetos. A
iluminação artificial da sala de cirurgia é feita por intermédio da luz geral de teto, com lâmpada
fluorescente.

Os focos permitem a luminosidade ideal em todo o campo operatório, garantem a ausência de


sombra e a alta naturalidade na cor dos tecidos. Os tipos de focos são: fixo ou central, auxiliar e
frontal.
A iluminação pode ser natural ou artificial. O ar condicionado deve prover a renovação do ar
ambiente sem produzir correntezas, remover as impurezas e gases de ar e proporcionar temperatura
e umidade adequadas ao ambiente, diminuindo os riscos de infecção da ferida operatória, deve-se
limpar o filtro de ar semanalmente.

Instalações elétricas as tomadas devem estar localizadas a 1,5 m do piso, devendo possuir sistema
de aterramento para prevenir choque e queimaduras no paciente e equipe.

Sala para guarda de medicamentos e materiais descartáveis

É o local para armazenar medicamentos, soros, soluções desinfetantes e materiais descartáveis,


como seringas, agulhas, luvas, fios de sutura e etc)

Sala de guarda de material de anestesia: neste local são guardados os aparelhos de anestesia,
bem como as bandejas prontas para uso nos diversos tipos de anestesia.

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Sala para estocagem de material esterilizado. É a área onde se armazena o material
esterilizado, (pacotes de roupa, compressas, gases, instrumentais)

Sala de depósito de cilindros de gases

Este local está destinado para guardar cilindros de oxigênio e óxido nitroso, mesmo que o sistema de
distribuição seja centralizado)

Sala para guarda de aparelhos e equipamentos: Se destina a guardar os aparelhos que, no


momento, não estão em uso (bisturi elétrico, aspirador portátil, focos auxiliares, unidade móvel de
raio X e outros; armazena também equipamentos como suportes de soro, talas par imobilização,
diversos tipos de coxins e outros.

Equipe do centro cirúrgico: A equipe que atua no centro cirúrgico estabelece uma coordenação
com as demais equipes e serviços (laboratórios, radiologia, banco de sangue etc), oferecendo
assistência adequada às necessidades do paciente; constitui-se, desta forma, uma equipe
multidisciplinar. Esta equipe é composta por médicos cirurgiões, anestesistas, auxiliar de veterinário,
pessoal de limpeza.

Objetivos da equipe do centro cirúrgico: Reduzir os agentes infecciosos e estressores, que


podem ocorrer nesse momento, proporcionando o conforto, a ajuda e o apoio exigidos para o bem-
estar, buscar a recuperação ou melhora do paciente por meio de uma intervenção cirúrgica;

Obrigações gerais aos usuários do Centro Cirúrgico:

1-Paramentar-se em qualquer momento que necessitar entrar nas dependências do centro cirúrgico
usando pijama, máscara, gorro e sapato cirúrgico. Utilizar os EPI´s (Equipamentos de Proteção
Individual) sempre que necessário;

2- Descartar corretamente os materiais e resíduos laboratoriais;

3- Usar avental cirúrgico esterilizado quando necessitar realizar cirurgias;

4- Manter os cabelos presos;

5- Manter unhar cortadas.

6- Manter postura adequada dentro do ambiente e durante as práticas;

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7-Manter os pertences pessoais, incluindo brincos e colares em lugar apropriado;

8-Comunicar anormalidades constatadas, mau funcionamento de equipamentos, irregularidades ou


acidentes que venham ocorrer durante o tempo em que estiver utilizando as dependências do
mesmo;

9- Descartar os resíduos biológicos nos locais apropriados;

10- Ser econômico (a) e cuidadoso (a) ao manipular materiais/ medicamentos e equipamentos do
centro cirúrgico;

11- Zelar pela limpeza, segurança e organização do Centro Cirúrgico, manutenção dos móveis,
equipamentos em geral e materiais de consumo;

12- Zelar pelas fichas clínicas e cirúrgicas e manter devidamente preenchidas;

13- É proibido dentro do bloco cirúrgico: O uso de tom de voz elevado; A prática de fumar e o
consumo de alimentos ou bebidas;

14- Qualquer dano que ocorra a equipamentos ou móveis do Centro Cirúrgico deve ser comunicado
imediatamente ao médico responsável pelo Centro Cirúrgico.

Normas de Segurança para realização de trabalhos e manuseio de medicamentos no


centro cirúrgico.

1- Ser cuidadoso ao manusear os medicamentos e via de aplicação;

2- Nunca manusear medicamentos sem estar usando EPIs, equipamento de segurança adequados
para cada caso;

3- Cuidado: em caso de acidentes com frascos de vidros e agulhas, avisar imediatamente o médico
responsável.

4- Não jogar materiais biológicos nas pias e vasos sanitários que possam contaminar o meio
ambiente.

5- Fazer o descarte dos resíduos biológicos e pelos provenientes de tricotomia nas áreas de expurgos
existentes no centro prático clínico e na área destinada a este, dentro do centro cirúrgico, conforme
instruções descritas no PGRSS;

6- Não utilizar equipamentos sem o devido treinamento.

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Aos Circulantes Auxiliar de Veterinário na sala de operação competem:
Providenciar todo o material para a sala de cirurgia, preparar a sala para cada cirurgia conforme
rotina, verificar as condições de funcionamento dos aparelhos que serão utilizados durante a cirurgia,
verificar se os cuidados pré – Operatório foram realizados, auxiliar na transferência do paciente para
a maca e providenciar a sua remoção de sala cirúrgica, cumprir a escala de trabalho, participar das
reuniões quando convocado, comunicar ao veterinário ocorrências especiais com o paciente, equipe
cirúrgica e equipamentos, preparar e identificar materiais para exames, fazer todas as anotações no
prontuário referente à observação com o paciente e gastos realizados, cumprir o regulamento do
hospital, Regimento, Normas e Rotinas do centro cirúrgico e departamento de enfermagem.

Responsável da sala de Recuperação Pós - Anestésica compete: Prestar cuidados de


enfermagem a todos os pacientes, solicitar a presença de anestesista, cirurgião ou da enfermeira
sempre que necessário, observar e fazer anotações no prontuário, encaminhar o paciente a unidade
de origem após a alta do anestesista, juntamente com o prontuário, cumprir o regulamento do
hospital, Regimento, Normas e rotinas do Centro Cirúrgico e Departamento de enfermagem. Anotar
no prontuário as observações referentes ao estado do paciente, e cuidados prestados.

Ao instrumentador cirúrgico de responsabilidade do cirurgião compete: Conferir as


compressas cirúrgicas utilizadas; conferir a mesa de instrumental, depositar os instrumentais em
recipiente próprio identificando-o. O material de cada caixa cirúrgica deverá ser colocado em seu
recipiente específico, não misturando com os outros materiais de outras caixas. Conferir as pinças
cirúrgicas usadas, seguir orientações da gerência de enfermagem.
Cobrança:

Alguns serviços acima são cobrados a parte.

Na diária de internação estão inclusas as medicações, soroterapia e alimentação. Existem


medicações e avaliações especiais (cardiológica, neurológica, nutricional, entre outras) que são
cobradas à parte.

Transferência de paciente

Alguns serviços aceita encaminhamento de outros colegas ou serviços, mediante histórico completo,
por escrito, juntamente com suspeita diagnóstica e exames complementares anexados, ressaltando
que em alguns casos haverá necessidade de consulta.

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4- Função do Auxiliar do Veterinário:
Realizam procedimentos de enfermagem veterinária como:
Preparam o ambiente para as consultas, exames, administração de medicamento, auxiliar na sala de
cirurgia e lavam e esterilizam os materiais utilizados. Auxiliam na alimentação dos animais.

Descrição detalhada das atividades


1. Realizar procedimentos de enfermagem veterinária, sob supervisão do veterinário; prestar
assistência ao Médico Veterinário nas tarefas de assistência clínica, diagnóstico, urgências e
intervenções cirúrgicas, fazer a coleta de materiais para exames laboratoriais; informar as condições
de saúde dos animais para o veterinário, conforme normas estabelecidas pela instituição.
2. Efetuar a preparação e contenção de animais em contexto de consulta, tratamentos, meios de
diagnóstico e hospitalização.
3. Manter operacional o espaço de laboratório, sala cirúrgica, farmácia, consultório e área de
hospitalização, preparar os materiais e o ambiente para manipular os grandes e pequenos animais
para atendimento clínico-cirúrgico.
4. Auxiliar na alimentação de animais.
5. Prestar cuidados de higiene aos animais, exercitar o animal quando necessário
6. Efetuar a limpeza e organização do espaço de trabalho em conformidade com as normas e
procedimentos de segurança, higiene e saúde.
7. Executar as prescrições médicas, tarefas utilizando os equipamentos necessário para executá-las e
programas de informática.
8. Executar outras tarefas para o desenvolvimento das atividades do setor, inerentes à sua função,
como recepcionar o cliente.
9 - Estabelecer contatos comerciais com marcas e distribuidores, sob supervisão do diretor clínico
responsável.
10 – Controle de estoque e solicitação de reposição evitando falta e excessos.
11 – Elaborar e preencher as fichas de clientes.
12 – Cuidar temporariamente do animal (hotelzinho). (Pet Sitting).
13 – Efetuar o atendimento ao público em loja de animais (Pet Shops)
14 - A geladeira que armazena as vacinas normalmente fica no ambulatório e deve ter um cuidado
especial diário. O principal cuidado é com o mapa de controle de temperatura. Verificar diariamente
e anotar a temperatura da geladeira no horário da manhã e à tarde, esse controle deve ser guardado

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para as vistorias dos órgãos públicos. Deve ser observado com frequência a validade das vacinas e
mudança de cor ou depósitos nos frascos das vacinas; qualquer anormalidade detectada deve ser
comunicada imediatamente ao veterinário responsável.

5-Conceito Central de Material e Esterilização (CME): É a área responsável pela limpeza e


processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares. O setor deve usar os materiais de
acabamento com o propósito de evitar a ocorrência de infecção hospitalar, os pisos e paredes devem
ser laváveis, resistentes, de cor clara, de fácil limpeza, lisos e sem nada que possam favorecer o
acúmulo de sujidades. Tetos e portas devem ser de superfície lisa, clara, lavável, sem juntas, cantos
e saliências dispensáveis, sendo que as portas ainda devem dispor de visores. Na Sala de Lavagem e
Descontaminação, as bancadas devem ter cubas fundas para evitar respingos no trabalhador,
torneiras com disponibilidade de água quente e fria, adaptações para possibilitar a limpeza de
tubulações e artigos com lumens e balcões em aço inoxidável, onde os materiais serão depositados
para posterior secagem e separação é na CME que se realiza o controle, o preparo, a esterilização e
a distribuição dos materiais hospitalares.

Divisão da CME estrutura física: Expurgo, Preparo de Materiais, Preparo de Instrumentais


Cirúrgicos, Esterilização, Montagem de mesa para cirurgia, Distribuição de materiais esterilizados

Expurgo: Setor responsável por receber, conferir, lavar e secar os materiais provenientes do Centro
Cirúrgico e Unidades de Internação.

Objetivos da enfermagem/auxiliar veterinário: Fornecer o material esterilizado a todo


hospital; promover a interação entre as áreas: expurgo, preparo e montagem de instrumental;
adequar as condições ambientais às necessidades do trabalho na área; prover materiais e
equipamentos que atendam às necessidades do trabalho na área.

Os funcionários desta área utilizam EPIs (Equipamentos de proteção individual):


– Óculos, máscara, Luva de borracha grossa, luva de procedimento, avental impermeável, bota de
borracha, para se protegerem de se contaminarem com sangue e fluidos corpóreos, quando lavam
os instrumentais.

Classificação dos materiais: Material crítico entra em contato com vasos sanguíneos ou
tecidos livres de microrganismos Ex: instrumental cirúrgico.
Material semicrítico entra em contato com mucosa ou pele não íntegra. Ex: inaladores

Material não crítico entra em contato com pele íntegra.

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Esterilização: O setor de esterilização da Central de Material e Esterilização (CME) é responsável pela
esterilização dos materiais. Esta área destina-se à instalação dos equipamentos utilizados para a
esterilização de materiais pelos métodos físicos e químicos.

Definição de esterilização: Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana


(vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes
químicos ou físicos

Tipos de esterilização: Esterilização por meios físicos: Autoclaves – vapor saturado sob
pressão. O equipamento consiste em uma câmara de aço inoxidável, com uma ou duas portas,
contendo válvula de segurança, manômetro de pressão e indicador de temperatura. É o processo
mais utilizado em hospitais e é o mais econômico para esterilização de artigos termo resistentes. A
esterilização a vapor é sempre por autoclaves e é a remoção do ar que diferencia os tipos de
autoclaves. Sistema de operação: A esterilização por vapor saturado seco sob pressão se faz em cinco
fases: Remoção do ar da câmara; Admissão do vapor; Exposição dos artigos (tempo de penetração,
esterilização e confiança); Exaustão do vapor; Secagem da carga.

Calor seco – estufas: Este processo realizado pelo calor seco é realizado em estufas elétricas. De
acordo com Moura (1990), “a estufa, da forma como é utilizada nas instituições brasileiras, não se
mostra confiável, uma vez que, em seu interior, encontram–se temperaturas diferentes das
registradas no termômetro. O centro da câmara apresenta “pontos frios”, nos quais a autora
constatou, por meio de testes biológicos, a presença de formas esporuladas.

Radiação ionizante – raios gama: cobalto 60 ou iodo 131


Esterilização por meios químicos: Formaldeído, Glutaraldeído, Óxido de etileno, Peróxido de
hidrogênio,
Desinfetante ou esterilizante, Ácido peracético – esterilizantes, fungicidas, viricidas, bactericidas e
esporicidas.
Atribuições e Atividades de acordo com a RDC nº. 50 (ANVISA, 2004), a prestação de serviço de
apoio técnico desta unidade, tem as seguintes atividades:

Fluxo de materiais
O fluxo na Central de Material Esterilizado deve ser unidirecional e contínuo, evitando desta forma o
cruzamento de artigos médico-hospitalares sujos com os limpos. Os profissionais que trabalham na
área suja não podem transitar pela área limpa e vice-versa.
Área do Expurgo onde faz a lavagem e descontaminação: O expurgo é um local onde é
recomendado o uso de ar condicionado com pressão negativa devido a manipulação de matérias que

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contem grande quantidade de microrganismos. O setor deve receber, conferir e anotar a quantidade
e espécie do material recebido; desinfetar e separar os materiais; verificar o estado de conservação
do material; proceder a limpeza do material; encaminhar o material para a área de preparo.

Limpeza: As lavadoras ultrassônicas auxiliam na lavação dos instrumentais através da vibração


do som adicionado com solução enzimática e desincrostante, que removem as sujidades das
superfícies dos artigos pelo processo de cavitação, promovendo uma limpeza mais eficaz, inclusive
os artigos com lumens além de ser mais segurança para o funcionário.

Área de preparo de materiais: Setor responsável por preparar e acondicionar os materiais,


conferir, preparar e acondicionar em caixas para as diversas especialidades cirúrgicas. São utilizados
invólucros especiais que permitam a passagem do agente esterilizante e impeçam a passagem dos
microrganismos. Também é responsabilidade do setor, revisar e selecionar os materiais, verificando
suas condições de conservação e limpeza; preparar, empacotar os materiais e roupas a serem
esterilizados; encaminhar o material para esterilização devidamente identificado.

Área de esterilização: Executar o processo de esterilização nas autoclaves, conforme instrução


do fabricante; observar os cuidados necessários com o carregamento e descarregamento das
autoclaves.

Fazer o controle microbiológico e de validade dos produtos esterilizados.


Monitoramento de Esterilização: indicadores biológicos: Preparações padronizadas de esporos
Bacillus stearothermophilus, que validam a esterilização. O Teste biológico tem que ser realizado
semanalmente, após manutenção ou em qualquer suspeita. Após o processamento dos indicadores,
eles devem ser incubados para se verificar se as cepas são viáveis. As condições de incubação e os
meios em que os indicadores devem se incubados devem ser fornecidos pelo fabricante das
preparações. O indicador que fora processando é incubado nas mesmas condições e juntamente com
outro que não tenha sido esterilizado para que haja a verificação da viabilidade das cepas e as
condições adequadas de incubação que favorecem o crescimento bacteriano. (Controle).

Indicadores biológicos: permite a comprovação da eficiência da esterilização pois não deve


haver crescimento de microrganismo após a esterilização. Deve ser registrado num livro assinado e
datado com horas e resultados da incubação. Além do resultado do controle.

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O teste de Bowie-Dick testa o sistema a vácuo e pré-vácuo da autoclave. Para ser realizado se
faz um pacote com campos empilhados um sobre o outro formando pilha de 25 a 28cm.de altura, no
meio da pilha coloca-se um papel com fitas autoclave ou fitas zebradas ou fitas cordas cobrindo toda
superfície com papel. O pacote é colocado acima do dreno da autoclave, com está vazia. Processa
um ciclo de 134° por 3 a 5 min. Se as fitas não apresentem homogeneidade na coloração indica que
ocorreu formação de bolhas de ar e dever ser feita revisão do equipamento. Este teste é diário e deve
ser realizado antes da primeira carga processada

. Indicadores Químicos: A presença de ar entre os pacotes forma bolsões, que prejudicam a


penetração do vapor e, em tais locais, não ocorre mudança de coloração do teste. Setor responsável
por separar os materiais a serem utilizados em uma cirurgia. Manter junto com o serviço de
manutenção, os equipamentos em bom estado de conservação e uso.

Área de armazenagem e distribuição de materiais e roupas esterilizados: Pela sua


própria finalidade, esta área deve ser de acesso restrito aos trabalhadores que aí executam suas
tarefas, diminuindo assim a circulação de pessoas e consequentemente a contaminação ambiental.

Armazenamento: Os artigos esterilizados devem ser armazenados em condições adequadas


evitando contaminação. O local de estocagem deve ser limpo, protegido do meio externo e utilizado
exclusivamente para este fim. Nessas condições, a esterilidade do instrumental é preservada sendo
que a validade será determinada de acordo com o tipo de embalagem utilizada e método de
esterilização. Ultrapassado este período, o instrumental deverá ser novamente submetido a todas as
etapas de tratamento.

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LEMBRETES TÉCNICOS:

1- Todos os instrumentos que suportem calor devem ser autoclavados;


2 - É obrigatória a verificação do correto funcionamento, através dos testes químicos colocados
internamente nos pacotes para cada carga;
3- Não é permitido manipular artigos potencialmente infectantes com as mãos desprotegidas,
devendo-se, portanto, usar luvas de borracha grossa durante as etapas de descontaminação e luvas
de procedimentos ou cirúrgicas quando do atendimento clínico;
4 - Deve-se datar e identificar o tipo de esterilização que foi utilizado. Em caso de falha na
esterilização, esta informação facilitará o reprocessamento do artigo; (rastrear)
5- Ao examinar cada pacote que será submetido à esterilização, caso exista qualquer alteração nos
mesmos, como rasgos ou perfurações, os artigos devem ser novamente empacotados e esterilizados;
Os artigos devem ser armazenados em locais secos como armários fechados. Estocar o material
esterilizado em caixas plásticas identificada e fechada; transportar e distribuir o material nas
unidades também em caixas plásticas identificada e exclusiva p o transporte. Registrar saída do
material. Setor responsável por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de Internação e
Ambulatórios.

CONCLUSÃO: Conhecendo melhor as etapas e processo de trabalho da central de Materiais e


Esterilização, podemos concluir que se trata de um trabalho detalhado onde cada uma de suas etapas
devem ser cumpridas de maneira correta seguindo rigorosamente as técnicas de esterilização. Além
de bons equipamento a CME deve contar com profissionais qualificados, e comprometidos. Isto
mostra como os profissionais de enfermagem são extrema importância, que sua atuação não se
limita somente no cuidado com paciente e sim tudo que está ligado o sucesso de tratamento e
procedimento que os mesmos são submetidos um trabalho que muitas vezes não é reconhecido.
Conhecimento, competência e comprometimento, são a baseado bom desempenho da equipe de
enfermagem, independente da função que estejam desempenhando.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOBECC, Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro


de Material e Esterilização. Práticas Recomendadas – SOBECC. 3ª ed. 2005.

TABUA. M.A. Samantha: MEIER. J Marineli. O processo de Trabalho da Enfermeira na Central de


Material e Esterilização. Sceilo Brasil on-line.

SOUZA.C. B Mara; CEROBELL, F.P.I Maria. Enfermagem no centro de Material e Esterilização – a


Prática da Educação Continuada. Sceilo Brasil.

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6- BIOSSEGURANÇA E MEDICINA VETERINÁRIA
Introdução: Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias,
equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos. A responsabilidade do Médico Veterinário, funcionários e equipes técnicas das
Clínicas e hospitais Veterinários não é diferente da responsabilidade de qualquer outro profissional
de saúde. Um programa de biossegurança torna-se eficiente, na prática diária, quando está
embasado em documentos científicos, normativos e legislações pertinentes, ações educativas e
aplicação de conhecimentos que possam influenciar nos hábitos, comportamentos, no
desenvolvimento das atividades. É imprescindível a todos, o conhecimento e a compreensão das
recomendações e contribuir com a implantação e implementação de boas práticas de biossegurança.
As principais estratégias para a redução das infecções adquiridas no ambiente de trabalho são a
prevenção da exposição a materiais biológicos potencialmente infecciosos, bem como a proteção
através da imunização. A combinação de procedimentos padrão, mudanças na prática de trabalho,
uso dos diversos recursos tecnológicos e educação continuada são as melhores alternativas para
reduzir exposições ocupacionais. Normas e procedimentos que facilitem pronta comunicação,
avaliação, aconselhamento, tratamento e acompanhamento dos acidentes de trabalho com material
biológico deve estar disponível para os profissionais de saúde. Essas normas devem estar de acordo
com as exigências federais, estaduais e municipais. Uma rotina clara e objetiva, seguida por todos os
profissionais envolvidos no atendimento em saúde buscando manter a cadeia asséptica, no intuito
de minimizar a contaminação cruzada e os riscos de acidente.

As principais estratégias para a redução das infecções:

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: Lavar as mãos frequentemente é, isoladamente, a ação mais importante
para a prevenção do risco de transmissão de micro-organismos para clientes, pacientes e
profissionais de saúde. O método adequado para lavagem das mãos depende do tipo de
procedimento a ser realizado. As mãos devem ser lavadas: - Antes e após atividades que
eventualmente possam contaminá-las; - Ao início e término do turno de trabalho entre o
atendimento a cada paciente; - Antes de calçar luvas e após a remoção das mesmas; - Quando as
mãos forem contaminadas (manipulação de material biológico e/ou químico) em caso de acidente.

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LEMBRETES TÉCNICOS:
1. O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos;
2. Mantenha as unhas tão curtas quanto possível e remova todos os adornos antes da lavagem das
mãos;
3. Utilize técnicas que tratem todas as partes da mão igualmente;
4. Realize o procedimento de lavagem de mãos a cada atividade;
5. Lave as mãos em uma pia distinta daquela usada para a lavagem do instrumental.

Para antissepsia das mãos ou da área operatória antes de procedimentos cirúrgicos, as preparações
contendo digluconato de clorexidina a 2% ou 4%, polivinilpirrolidona-iodo – PVP-I (solução aquosa,
solução alcoólica, solução degermante, todas a 10%, com 1% de iodo ativo), e álcool isopropílico a
70% são indicadas para antissepsia das mãos e área operatória com o objetivo de eliminar a
microbiota transitória e reduzir a microbiota residente por um período de tempo adequado para
prevenir a introdução de micro-organismos na ferida cirúrgica. Caso as luvas sejam rasgadas ou
puncionadas (com agulhas ou instrumental cirúrgico) durante o procedimento, elas deverão ser
removidas imediatamente e as mãos rigorosamente lavadas, e novamente enluvadas, antes de
completar o procedimento. Após completar o atendimento, realize todas as etapas de avaliação e
tratamento de acidentes de trabalho com material biológico, conforme fluxograma para acidentes.
Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até o desaparecimento das lesões,
de cuidar de clientes e de manipular instrumentos e aparelhos potencialmente contaminados.
Contudo, em casos especiais estes devem ser cobertos com curativos antes do calçamento das luvas.
As superfícies das bancadas de trabalho são limpas e descontaminadas com hipoclorito a 2% ou álcool
a 70%, antes e após os trabalhos e sempre após algum respingo ou derramamento, sobretudo no
caso de material biológico potencialmente contaminado e substâncias químicas

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7- Procedimento de lavagem das mãos
Colocar-se junto a pia exclusiva para lavagem das mãos, obedecendo à
sequência.

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Na ausência de pia com água

e sabão realizar antissepsia

Com álcool etílico a 70%.

Fonte: Manual Técnico de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde: 2007. Anvisa

8- EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

Equipamentos de Proteção Individual – EPIs - São elementos de contenção de uso individual


utilizados para proteger o profissional do contato com agentes biológicos, químicos e físicos no
ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar a contaminação do material em experimento ou
em produção. Desta forma, a utilização do equipamento de proteção individual torna-se obrigatória
durante todo atendimento/procedimento.
Os equipamentos de proteção individuais e coletivos são considerados elementos de contenção
primária ou barreiras primárias. E podem reduzir ou eliminar a exposição da equipe, de outras
pessoas e do meio ambiente aos agentes potencialmente perigosos.
Luvas - As luvas devem ser utilizadas para prevenir a contaminação da pele, das mãos e antebraços
com material biológico, durante a prestação de cuidados e na manipulação de instrumentos e
superfícies. Deve ser usado um par de luvas exclusivo por usuário, descartando-o após o uso. O uso
das luvas não elimina a necessidade de lavar as mãos.

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A higienização das mãos deve ser realizada antes e depois do uso das luvas, uma vez que estas
podem apresentar pequenos defeitos, não aparentes ou serem rasgadas durante o uso, provocando
contaminação das mãos durante a sua remoção. Além disso, os micro-organismos multiplicam-se
rapidamente em ambientes úmidos.

TIPOS DE LUVAS INDICAÇÃO DE USO

Contato com membranas mucosas, lesões e em

procedimentos que não requeiram o uso de

luvas estéreis.

LUVAS DE LATEX

Procedimentos cirúrgicos
Usada no ato cirúrgico

LUVA DE LATEX

Não contém látex, são transparentes e sem

amido, por isso antialérgica.

Luvas de vinil

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Para serviços gerais, processos de limpeza de
instrumentos e descontaminação;
Essas luvas podem ser descontaminadas por
imersão em solução de hipoclorito a 0,1% por
12h; após lavar, enxaguar e secar para a
reutilização; devem ser descartadas quando
apresentam qualquer evidência de
deterioração.
São as mais resistentes que as luvas de

borrachas. Devem ser utilizadas para o

manuseio de ácidos minerais (HCl, HNO3,

H2SO4), produtos cáusticos (NaOH), e solventes

orgânicos (tolueno, benzeno, hexano).

São as mais resistentes das luvas de borrachas.

Devem ser utilizadas para manuseio de ácidos

minerais (HCl, HNO3, H2SO4), produtos

Luvas de borracha nitrílica caústicos (NaOH), e solventes orgânicos

(tolueno, benzeno, hexano).

Manuseio de produtos químicos como ácidos,

amoníacos, álcoois, cetonas e óleos.

Luvas de cloreto de vinila (PVC)

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Proteção contra materiais cortantes, utilizadas
em: Indústria Alimentícia, Frigoríficos,
Abatedouros, Cozinha Industrial, Restaurantes e
Corte de Faca.

Luva de Malha de Aço

Manipulação de trabalhos com temperaturas


até 250ºC.

Luvas de fio de kevlar tricotado

Atividades leves e sem contato com objetos


molhados em ambientes de baixa temperatura
(até -35°C).

Luvas térmicas de nylon

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Para manipulação de animais que ofereçam

risco de perfuração por garras, unhas ou bico.

OBSERVAÇÕES MUITO IMPORTANTES:


Sempre verificar a integridade física das luvas antes de calçá-las;
Não lavar ou desinfetar luvas de procedimento ou cirúrgicas para reutilização. O processo de
lavagem pode ocasionar dilatação dos poros e aumentar a permeabilidade da luva, além disso,
agentes desinfetantes podem causar deterioração;
As luvas não devem ser utilizadas fora do local de trabalho (clínicas, consultórios, laboratórios e
blocos cirúrgicos) a não ser para o transporte de materiais biológicos, químicos, estéreis ou de
resíduos;
Nunca tocar objetos de uso comum ou que estão fora do campo de trabalho (caneta, fichas dos
usuários, maçanetas, telefones) quando estiver de luvas e manuseando material biológico
potencialmente contaminado ou substâncias químicas.
LEMBRETES TÉCNICOS:
1. Retire as luvas imediatamente após o término do procedimento;
2. Não toque na parte externa das luvas ao removê-las;
3. As luvas não protegem de perfurações de agulhas, mas está comprovado que elas podem diminuir
a penetração de sangue em até 50% de seu volume;
4. Atenção especial deve ser dada à possibilidade de desenvolvimento de reação de
hipersensibilidade às luvas de látex. Neste caso, devem ser utilizadas as luvas de vinil.

Máscaras: EPI indicado para a proteção das vias respiratórias e mucosa oral durante a realização
de procedimentos com produtos químicos e em que haja possibilidade de respingos ou aspiração de
agentes patógenos eventualmente presentes no sangue e outros fluidos corpóreos. A máscara deve
ser escolhida de modo a permitir proteção adequada. Portanto, use apenas máscara de tripla

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proteção e quando do atendimento de pacientes com infecção ativa, particularmente tuberculose,
devem ser usadas máscaras especiais, tipo N95 (refere-se à capacidade para filtrar partículas maiores
que 0,3μm com uma eficiência de 95%), N99 ou N100. Os profissionais que trabalham com amostras
potencialmente contaminadas com agentes biológicos classe 3 (Mycobacterium tuberculosis ou
Histoplasma capsulatum, por exemplo), devem utilizar máscaras com sistema de filtração que
retenha no mínimo 95% das partículas menores que 0,3μm.

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TIPOS DE MÁSCARAS INDICAÇÃO DE USO

Composta por grânulos de resina de


polipropileno unidos por processo térmico. É
um material inerte que funciona como barreira
contra passagem de micro-organismos. A
eficiência de retenção Bacteriana (EFB) é 99,8%.
Máscara de TNT (Tecido Não Tecido) Devem ser descartadas após o uso.

Para proteção das vias respiratórias em


ambientes hospitalares contra presença de aero
dispersóides e prevenção de disseminação de
alguns agentes de transmissão por via
respiratória, como o Mycobacterium
tuberculosis, o vírus do Sarampo, e o vírus da

Máscara N95 H1N1/Gripe tipo A

Máscara de inalação em polipropileno. Após sua


utilização, lavar com água e sabão e ácido
peracético a 1% em imersão em 15 min,
enxaguar e secar.

Máscara para inalação

LEMBRETES TÉCNICOS:

1.Nunca deixar a máscara pendurada no pescoço ou ouvido;


2. Descartar em recipiente apropriado, após o uso e sempre que estiver visivelmente contaminada
ou úmida;
3. Não guardar em bolsos ou gavetas;
4. Evitar tocá-la após a sua colocação

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Óculos de segurança:
Devem ser usados em atividades que possam produzir respingos e/ou aerossóis, projeção de
estilhaços pela quebra de materiais, bem como em procedimentos que utilizem fontes luminosas
intensas e eletromagnéticas, que envolvam risco químico, físico ou biológico. Após sua utilização,
lavar com água e sabão. No caso de trabalho com agentes biológicos, utilizar solução desinfetante -
hipoclorito a 0,1%. O uso de solução alcoólica pode danificar os óculos.

ÓCULOS INDICAÇÃO DE USO

Para proteção dos olhos contra impactos de


partículas volantes, luminosidade intensa,
radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha,
e contra respingos de produtos químicos

Óculos Nitro de Segurança

As roupas, tecidos e correlatos que estejam contaminados com material biológico devem ser
manipulados com a mínima agitação possível e acondicionados em sacos plásticos para serem
enviados para lavagem. - O material descartável utilizado (gaze, algodão, esparadrapo, luvas e outros)
deve ser desprezado em sacos de lixo branco leitoso com o símbolo de resíduo infectante. - Os
coletores específicos para descarte de material perfurocortante não devem ser preenchidos acima
do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde são
realizados os procedimentos. - Para os resíduos de serviços de saúde a Resolução RDC nº 306 de 07
de dezembro de 2004 publicado no DOU de 10/12/2004 – ANVISA/MS deve ser rigorosamente
seguida, de acordo com o programa de gerenciamento de resíduos sólidos de saúde, descrito em
capítulo específico.

LEMBRETES TÉCNICOS:

1. Óculos comuns não oferecem proteção adequada;


2. Os protetores oculares devem ser fornecidos também aos clientes, pois alguns procedimentos
constituem riscos de contaminação.

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Jaleco:
Tipos de jalecos Indicação do Uso

É um protetor da roupa e da pele que deve ser


utilizado exclusivamente em ambiente laboral,
para prevenir a contaminação por exposição a
agentes biológicos e químicos. O jaleco deve ter
colarinho alto e mangas longas, podendo ser de
algodão ou de material sintético. Deve ser
transportado em sacos impermeáveis e lavado
separadamente das roupas de uso pessoal

Jaleco de algodão ou material sintético

Oferece proteção ao usuário criando uma


barreira contra contaminação cruzada, poluição
ambiente e fluidos corpóreos, além de
higienização em locais que necessitem de
cuidados especiais. Descartável após cada uso.

Jaleco de TNT/SMS

LEMBRETES TÉCNICOS:

1. A roupa branca não substitui o uso do jaleco;


2. A troca deste EPI deve ser diária e sempre que for contaminado por fluidos corpóreos;
3. Não circule nas dependências externas à clínica ou laboratório com o jaleco;
4. Remova-o ao sair da clínica, laboratório ou consultório

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Gorro:
Gorro Indicação do Uso
Deve ser utilizado no ambiente laboral.
Proporciona uma barreira efetiva para o
profissional e usuário. Protege contra respingos
e aerossóis. Confeccionado em TNT. Os cabelos
devem estar presos e o gorro cobrindo todo o
cabelo e as orelhas. Para retirá-lo, puxe pela
parte superior central, descartando-a em
Gorro descartável sanfonado recipiente apropriado.

Calçados Fechados:
Calçado Fechado Indicação do Uso

Devem ser utilizados para proteção dos pés no


ambiente laboral durante suas atividades. É
obrigatória a utilização de calçados fechados.

9-Imunização:
Imunizações reduzem o risco de infecção e, por conseguinte, protegem, não apenas a saúde dos
componentes da equipe, mas também a de seus clientes e familiares. Todos os profissionais da saúde
devem ser vacinados contra hepatite B, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a dupla adulto
dT (difteria e tétano). Todos os profissionais deverão iniciar o esquema de vacinação o mais
precocemente possível, uma vez que é obrigatória a apresentação do cartão de vacinação com o
esquema vacinal completo antes ser admitido nas clinicas e hospitais. A avaliação e comprovação

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sorológica de imunidade para hepatite B são obrigatórias para todos os membros da equipe da
Saúde. Os cuidados de proteção, neste caso, resumem-se a duas esferas principais: controle
ambiental e proteção individual. Para hepatite B é recomendado o esquema vacinal com uma série
de três doses da vacina. Para confirmação desta resposta vacinal deve ser realizado o teste sorológico
anti-HBs, um a dois meses após a última dose, com intervalo máximo de seis meses. Neste teste deve
ser detectada a presença de anticorpos protetores com títulos acima de 10 UI/ml. Profissionais que
tenham parado o esquema vacinal para hepatite B após a 1ª dose deverão realizar a 2ª dose logo que
possível e a 3ª dose deve ser realizada com um intervalo de 2 meses da dose anterior. No caso de
acidentes com material biológico envolvendo pessoas com esquema incompleto de vacinação,
recomenda-se a comprovação da resposta vacinal através da realização do anti-HBs.

10-Acidentes com Material Biológico:


A exposição a material biológico (sangue ou outros líquidos orgânicos potencialmente contaminados)
pode resultar em infecção por patógenos como o vírus da imunodeficiência humana e os vírus das
hepatites B e C. Os acidentes ocorrem habitualmente através de ferimentos com agulhas, material
ou instrumentos cortantes (acidentes percutâneos); ou a partir do contato direto da mucosa ocular,
nasal, oral e pele não íntegra com sangue ou materiais orgânicos contaminados. São, portanto,
potencialmente preveníveis.

A melhor profilaxia para a exposição ocupacional com material biológico é o respeito às normas
de biossegurança.

Exposição ocupacional a material biológico: Contato de mucosas e pele não íntegra ou


acidente percutâneo com sangue ou qualquer outro material biológico potencialmente infectante
(sêmen, secreção vaginal, nasal e saliva, líquor, líquido sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico).

As exposições ocupacionais podem ser:


Exposições percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou cortantes (agulhas,
bisturi, vidrarias);
Exposições em mucosas: respingos em olhos, nariz, boca e genitália;
Exposições em pele não-íntegra: dermatites.

Fatores de risco para ocorrência de infecção


A patogenicidade do agente infeccioso;
O volume e o material biológico envolvido;
A carga viral/bacteriana da fonte de infecção;
A forma de exposição;
- A susceptibilidade do profissional de saúde.

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Fluidos biológicos de risco para determinadas patologias: Hepatite B e C: o sangue é o
fluido corpóreo que contém a concentração mais alta do vírus da hepatite B (HBV) e é o veículo de
transmissão mais importante em estabelecimentos de saúde.
O HBsAg (antígeno de superfície da hepatite B) também é encontrado em vários outros fluidos
corpóreos incluindo: sêmen, secreção vaginal, leite materno, líquido cefalorraquidiano, líquido
sinovial, lavados nasofaríngeos, saliva.
HIV: sangue, líquido orgânico contendo sangue visível e líquidos orgânicos potencialmente
infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor e líquidos peritoneal, pleural, sinovial, pericárdico e
amniótico).
Materiais biológicos considerados potencialmente não-infectantes: Hepatite B e C: escarro, suor,
lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver sangue.
HIV: fezes, secreção nasal, saliva, escarro, suor, lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver sangue.

Cuidados ao manusear material perfurocortante e biológico:


- Ter máxima atenção durante a realização de procedimentos invasivos;
- Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam
material perfurocortante;
- Nunca reencapar, entortar, quebrar ou desconectar a agulha da seringa;
- Não utilizar agulhas para fixar papéis;
- Descartar agulhas, scalps, lâminas de bisturi e vidrarias, mesmo que estéreis, em recipientes rígidos;
- Utilizar os EPIs próprios para o procedimento;
- Usar sapatos fechados de couro ou material sintético.

Procedimentos recomendados pós-exposição a material biológico


- Após exposição em pele íntegra, lavar o local com água e sabão ou solução antisséptica com
detergente (PVPI, clorexidina) abundantemente. O contato com pele íntegra minimiza a situação de
risco;
- Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica
(soro fisiológico);
- Se o acidente for percutâneo, lavar imediatamente o local com água e sabão ou solução antisséptica
com detergente (PVPI, clorexidina). Não fazer espremedura do local ferido, pois favorece um
aumento da área exposta;

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- Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes e injeções
locais. A utilização de soluções irritantes (éter, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.

Avaliação do acidente:
Deve ocorrer imediatamente após o fato e, inicialmente, basear-se em uma adequada anamnese,
caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação do acidente e orientação de manejo e
medidas de cuidado com o local exposto. A exposição ocupacional a material biológico deve ser
avaliada quanto ao potencial de transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios:
Tipo de exposição;
Tipo e quantidade de fluido e tecido;
Situação sorológica da fonte;
Situação sorológica do acidentado;
Susceptibilidade do profissional exposto.

11-GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS -


Resíduo de Serviço de Saúde (RSS) é o produto residual, não utilizável, resultante das atividades
exercidas por estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, que, por suas características,
necessita de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua
disposição final. A RDC/ANVISA nº 306, de 07 de dezembro de 2004, estabelece que todo gerador é
responsável desde a geração até o destino final dos resíduos. O gestor deve implantar um Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, que descreva as ações relativas ao manejo dos
resíduos sólidos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento,
coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção
à saúde pública e ao meio ambiente. Os serviços EAS deve ter o PGRSS para esta legalizado com os
órgãos públicos.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA INSTITUIÇÃO

Os RSS são classificados pela ANVISA na Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004, conforme
disponível a tabela abaixo:
Grupo A - Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características,
podem apresentar risco de infecção.

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Grupo B - Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou
ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade
e toxicidade.
Grupo D - Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Grupo E - Materiais perfuro cortantes ou escarificantes.

Quadro Abaixo – Resíduos gerados na instituição conforme o grupo de classificação da


RDC/ANVISA 306 de 2004.

A1 - Culturas e estoques de micro-organismos; descarte de vacinas de micro-organismos vivos ou


atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura
Grupo A de culturas; sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes
e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos
na forma livre
A3 - Peças anatômicas (membros) do ser humano
A4 - Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,
provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe
de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou micro-
organismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue
ou líquidos corpóreos na forma livre; peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação
diagnóstica.
Grupo B Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados;
reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes; efluentes de
processadores de imagem (reveladores e fixadores); efluentes dos equipamentos automatizados
utilizados em análises clínicas; demais produtos considerados perigosos, conforme classificação
da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
Grupo D Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto
alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de
soro e outros similares não classificados como A1; sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
resto alimentar de refeitório; resíduos provenientes das áreas administrativas; resíduos de
varrição, flores, podas e jardins; resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
Grupo E Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas;
espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta
sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Fonte: RDC/ANVISA 306 de 2004.

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Acondicionamento e Tratamento:
GRUPO A
Os resíduos do Grupo A, ou de risco biológico são embalados em sacos para autoclavação ou, se não
necessitarem de tratamento prévio, em sacos plásticos, de cor branca, apresentando o símbolo
internacional de risco biológico. Utilizar até 2/3 da capacidade máxima do saco, para poder oferecer
mais espaço para o fechamento adequado e, assim, maior segurança. Fechar bem os sacos, de forma
a não permitir o derramamento de seu conteúdo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros
até o processamento ou destinação final do resíduo. Não se admite abertura ou rompimento de saco
contendo resíduo com risco biológico sem prévio tratamento. Todos os contentores (lixeiras) para
resíduos devem possuir tampas e pedal e serem lavados pelo menos uma vez por semana ou sempre
que houver vazamento do saco contendo resíduos.
GRUPO B
Alguns resíduos não precisam ser segregados e acondicionados, pois, podem ser descartados sem
oferecer perigo ao meio ambiente. Os resíduos ácidos ou básicos, após serem neutralizados para
valores de pH entre 6 e 8 devem ser diluídos, podendo ser descartados na pia, exceto os que contém
fluoreto e metais pesados. Papel de filtro contendo resíduos químicos, borra de metais pesados,
papel indicador, etc., devem ser colocados em recipientes compatíveis de plástico. Para coleta e
armazenamento de resíduos químicos produzidos em laboratórios é necessário dispor de recipientes
de tipos e tamanhos adequados. Os recipientes coletores devem ser de material estável e com
tampas que permitam boa vedação.
GRUPO D Devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza
urbana, utilizando-se sacos impermeáveis, contidos em recipientes identificados. Para os resíduos do
Grupo D, destinados à reciclagem ou reutilização, foi adotada a seguinte identificação: I - verde –
resíduos recicláveis; II - marrom – resíduos não recicláveis. Para outras formas de segregação,
acondicionamento dos resíduos e identificação dos recipientes consultar o PGRSS
GRUPO E-Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua
geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos, resistentes
à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, identificados com símbolo internacional de risco
biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE”, sendo expressamente proibido o
esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser
desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las, se
necessária a sua retirada manualmente utilizar uma pinça. Os recipientes devem ser descartados

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quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 cm de
distância da boca do recipiente.

12- NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM MEDICINA VETERINÁRIA


É muito importante preparar o ambiente antes de iniciar o atendimento. O planejamento evitará, por
exemplo, o contato da mão enluvada com materiais e equipamentos. Determinadas superfícies,
especialmente as de toque frequente (negatoscópio, recipientes de gaze, algodão, maçanetas, etc.)
podem servir como reservatório de agentes infectantes, sendo que, os micro-organismos podem ser
transferidos para nariz, boca, olhos ou outra parte do corpo muito facilmente. A infecção acidental
de clientes ou pacientes ocorre principalmente através do contato com as mãos enluvadas ou não
do profissional. A limpeza e desinfecção de instrumentos e ambientes de uma forma em geral
constituem etapas importantes na minimização do risco. Estes procedimentos reduzem
significativamente, a contaminação e infecção cruzadas.

Classificação dos Ambientes dentro de uma clínica ou hospital

Áreas não críticas - são aquelas não ocupadas no atendimento dos clientes ou as quais estes não têm
acesso. Essas áreas exigem limpeza constante com água e sabão com poder desinfetante.
Áreas semi-críticas - são aquelas vedadas às pessoas estranhas às atividades desenvolvidas. Ex:
lavanderia, laboratórios, biotério, salas de raio-X. Estas, devido ao seu nível crítico, exigem limpeza e
desinfecção um pouco mais eficiente que as áreas anteriores.
Áreas críticas - são aquelas destinadas à assistência direta ao paciente, exigindo rigorosa desinfecção.
Ex: clínica de pequenos e grandes animais domésticos ou silvestres (antes de cada atendimento),
setor de esterilização e salas de cirurgia.
Segundo o Centro de Controles e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, existem duas categorias
de superfícies:
- Superfície de contato clínico: apresenta um alto potencial de contaminação/infecção direta a partir
de artigos contaminados seja por aerossóis gerados durante o procedimento ou pelo contato das
mãos enluvadas ou não dos profissionais. Essas superfícies podem, mais tarde, facilitar a
contaminação de outros instrumentos, equipamentos, luvas e infectar mãos.
Superfícies domésticas: estas não entram em contato com clientes, pacientes, instrumentos ou
equipamentos usados durante os procedimentos clínicos. Portanto, essas superfícies têm um risco
limitado de transmissão de infecções. Como é o caso de paredes, pisos e pias. Para desinfecção de
bancadas, móveis e equipamentos com superfícies metálicas é adequado a fricção com álcool etílico
a 70% com tempo de exposição de 10 minutos, conforme descrito na norma Processamento de

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Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde MS/94. A operação deve ser repetida até
completar o tempo de ação. Friccionar, deixar secar e repetir três vezes a aplicação, até completar o
tempo de ação de 10 minutos.
Para as superfícies de contato clínico que não possam ser descontaminadas facilmente, indica-se o
revestimento com materiais descartáveis. Todas as superfícies que são passíveis de contaminação e,
ao mesmo tempo, de difícil descontaminação devem ser cobertas. Incluem-se: - puxadores de portas
e gavetas de armários; - tubo, alça e disparador do raio-X; - filme radiográfico; - interruptores de
equipamentos laboratoriais de uma forma em geral; - interruptores de negatoscópio; - hastes e
dispositivos de apoio em equipamentos laboratoriais. A cobertura deve ser feita com material
impermeável (folhas de alumínio, capas plásticas, etc.) a qual se descarta após o atendimento de
cada paciente. As coberturas de alumínio, por serem passíveis de esterilização, devem ser utilizadas
nos procedimentos cirúrgicos. O uso adequado das coberturas depende dos passos descritos abaixo:
A colocação da cobertura limpa deve ser realizada preferencialmente com luvas de procedimento.
Após o uso, a remoção da cobertura utilizada, deve ser realizada com luvas grossas de borracha.
Quanto à limpeza de paredes e pisos recomenda-se o uso de água e sabão. Usar hipoclorito de sódio
a 1%, em todas as superfícies domésticas não metálicas. Pisos e bancadas devem ser limpos
diariamente antes e ao final das atividades e as demais superfícies, gavetas, mobiliários, entre outros,
devem ser limpos uma vez por semana ou em uma periodicidade menor se for o caso.

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LEMBRETES TÉCNICOS:

1- Superfícies contaminadas por qualquer tipo de material biológico devem ser submetidas ao
processo de descontaminação imediatamente utilizando produtos desinfetantes.
2-A primeira etapa da descontaminação é a limpeza, pois a maioria dos desinfetantes não atua na
presença de matéria orgânica.
3- Existindo aparelhos condicionadores de ar, estes não devem ser usados ininterruptamente. O
ambiente necessita de ventilação natural.
4-Os filtros devem ser substituídos por outros limpos ou lavados semanalmente.
5-As roupas, tecidos e correlatos que estejam contaminados com material biológico devem ser
manipulados com a mínima agitação possível e acondicionados em sacos plásticos para serem
enviados para lavagem.
6- O material descartável utilizado (gaze, algodão, esparadrapo, luvas e outros) deve ser desprezado
em sacos de lixo branco leitoso com o símbolo de resíduo infectante.
7- Os coletores específicos para descarte de material perfurocortante não devem ser preenchidos
acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde
são realizados os procedimentos.
8- Para os resíduos de serviços de saúde a Resolução RDC nº 306 de 07 de Dezembro de 2004
publicado no DOU de 10/12/2004 – ANVISA/MS deve ser rigorosamente seguida, de acordo com o
programa de gerenciamento de resíduos sólidos de saúde da instituição.

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