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INTRODUÇÃO

O presente trabalho enserido na disciplina de Ética é de carácter científico


e visa abordar questões relacionadas Biossegurança no laboratório clínico. Os
laboratórios de Análises Clínicas recebem vários tipos de materiais para
diagnósticos, por esse motivo a adoção de normas de biossegurança em
laboratórios clínicos é condição fundamental para a segurança dos trabalhadores,
qualquer que seja área de atuação, pois os riscos estão sempre presentes.

Prevenir a transmissão de agentes patológicos, dentre outros produtos


manuseados dentro de um laboratório é um grande problema, que deveria ser
embutido no conhecimento de usuários iniciantes e “experientes”, portanto os
perigos existem tanto de agentes patológicos quanto químicos dentro do dia-a-dia
de um laboratório

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BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO CLÍNICO
A biossegurança é um conjunto de medidas que previnem riscos inerentes
às atividades laboratoriais que possam comprometer a saúde dos profissionais,
dos pacientes ou do meio ambiente. Logo, ela representa uma série de ações e
cuidados, de forma a garantir a proteção necessária aos envolvidos.

PRÁTICAS NO AMBIENTE LABORATORIAL


No ambiente laboratorial, os profissionais precisam tomar alguns
cuidados específicos, como manter os cabelos presos, evitar o uso de acessórios,
como brincos e anéis, e estar sempre com os devidos EPI’s.

A limpeza e a higienização do local precisam ser constantes. O manejo das


amostras e dos equipamentos deve seguir padrões preestabelecidos para evitar
contaminações, tanto do conteúdo a ser examinado quanto do próprio
funcionário.

USO DE EPI’S
Os EPI’s — Equipamentos de Proteção Individual — são requisitos básicos
das normas de biossegurança. Eles devem ser utilizados, obrigatoriamente, de
acordo com cada situação. Os principais são:

 luvas descartáveis;
 luvas especiais, para situações de muito frio ou calor;
 avental, touca e sapatos fechados, para evitar o contato com agentes
infectantes;
 óculos e máscaras.

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SINALIZAÇÃO DO LOCAL

Além dos cuidados individuais, é fundamental que o local seja corretamente


sinalizado. Ambientes restritos devem manter um aviso na porta, com a indicação
do símbolo referente ao risco que eles oferecem.

O estabelecimento também deve contar com rotas de fuga bem sinalizadas e


planos de contingência para os principais eventos passíveis de acontecer.
Lembrando que as amostras e os itens envolvidos no transporte também precisam
ser devidamente identificados.

QUAIS SÃO OS RISCOS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE


ANÁLISES CLÍNICAS
Os riscos de biossegurança em laboratórios podem ser classificados em 5
categorias, que vamos explicar melhor a seguir.

Físicos

Qualquer fator que cause danos físicos às pessoas ou ao ambiente. Os


principais exemplos são os ruídos e os gases emitidos por máquinas, a exposição
à radiação ou à variação acentuada da temperatura, os escorregões, entre outros.

Químicos

Possibilidade de contaminação provocada por agentes químicos, que


podem penetrar no organismo por meio da pele, vias aéreas ou cortes. Em geral,
é mais perigoso para os profissionais no momento de manipulação de substâncias
diversas.

Biológicos

Risco de contaminação por seres vivos, que podem ser vírus, bactérias ou
outros microrganismos. O ponto de atenção está nas chances de transmissão e
propagação de doenças contagiosas.

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Ergonômicos

São questões relacionadas ao conforto proporcionado pelos móveis e


configurações de equipamentos dos profissionais. As desconformidades dos
padrões de mesas, bancadas e cadeiras podem gerar danos às articulações e à
coluna dos colaboradores, além de dores persistentes ao longo do dia.

Acidentais

São todos os riscos aos quais os profissionais estão expostos e que podem
ser prevenidos com algumas práticas, como uso de equipamentos com todos os
itens de segurança em dia, chão sempre livre de resíduos e sinalização adequada
nos locais.

QUAIS SÃO OS NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA DETERMINADOS PELA


ANVISA
Nem todo risco é igual, por isso a Anvisa segue uma classificação que
oscila conforme a gravidade dos danos que cada um deles pode causar. Veja
abaixo.

NB-1

O primeiro nível de risco envolve situações em que não há um agente de


contaminação grave. Nesses casos, o setor de análises não precisa ser alocado em
um espaço diferenciado, bastando aos profissionais o uso de EPI e boas práticas
de manuseio dos equipamentos e materiais.

NB-2

No segundo nível, existe um risco baixo de contaminação, em geral, por


doenças infecciosas e agentes biológicos mais simples. Aqui, além dos cuidados
do nível anterior, as instalações devem esterilizar todo o material antes do
descarte, isolar as amostras durante o processo de centrifugação por causa da

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formação de aerossóis e restringir o acesso ao local durante a realização das
análises.

NB-3

No terceiro nível, o agente de contaminação é um microrganismo capaz de


desenvolver doenças mais graves nos seres humanos. Isso requer o uso de
cabines e roupas adequadas para impedir o contato direto do profissional com o
agente patológico, além dos cuidados tomados no nível 2.

NB-4

O nível 4 é o grau máximo de risco, que acontece em casos de agentes


altamente contagiantes, cuja transmissão pode se dar pelo ar e causa doenças
letais. Nesses casos, além de todas as precauções citadas nos níveis anteriores, o
local deve ser isolado e o acesso ainda mais restringido.

Por que implementar as normas de biossegurança em laboratórios de


análises clínicas da Anvisa

Como vimos, os laboratórios de análises clínicas oferecem muitos riscos


à saúde de seus profissionais, pacientes e ao meio ambiente. As normas de
biossegurança da Anvisa auxiliam na proteção de todos os envolvidos,
proporcionando mais segurança e tranquilidade.

Para ter máxima eficiência na aplicação dessas medidas, é essencial contar com a
ajuda de um software. Ele será capaz de identificar os pontos de melhorias e
de manter o cumprimento das recomendações sempre em dia

Agora que você aprendeu um pouco mais sobre as normas de


biossegurança da Anvisa, é hora de olhar para o seu estabelecimento e ver se
tudo está dentro dos conformes. Além de evitar a aplicação de multas e demais
penalidades, as práticas de melhoria da biossegurança em laboratórios de
análises clínicas tornam o ambiente muito melhor, com profissionais
motivados e satisfeitos.

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CONCLUSÃO

Feito a pesquisa conclui que a Biossegurança é o conceito de prevenção


nos laboratórios de Análise Clínica diante da manipulação de agentes biológicos
e químicos com a finalidade de prevenir acidentes o que acontecendo seria
irreversível aos colaboradores, meio ambiente e comunidade.
As Normas Regulamentadoras (NRs) para biossegurança são obrigatórias
em todos os laboratórios, independente dos materiais que irão analisar, desta
forma para que um laboratório possa fazer seus procedimentos, primeiramente
terá que haver um plano de contenções que será aprovado ou não pelo órgão
responsável.
Dentre as exigências estão às classes de risco, os materiais químicos que
serão utilizados, os riscos patológicos e o descarte correto desses materiais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, A.B.S.; ALBUQUERQUE, M. B. M. Biossegurança: um


enfoque histórico através da história oral. História, Ciências, Saúde –
Manguinhos, v.7, n.1, p 173 -183,2000. ALBUQUERQUE, M.B.M.
Biossegurança, uma visão da história da ciência. Biotecnologia, Ciência &
Desenvolvimento, v.3, n.18, p. 42-45, 2001. AGÊNCIA NACIONAL DE
VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA): Manual de Microbiologia Relacionado
à Assistência de Infecções. Relacionado à Assistência à Saúde. 1.ed. p. 13-16,
Brasília, DF, 2010. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
(ANVISA): Segurança do Paciente.Disponívelem: [citado30mar2014].

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