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INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
RECURSOS MATERIAIS
Além desse equipamento mínimo, o laboratório poderá contar com outros aparelhos opcionais:
microscópio estereoscópico
congelador (-20oC ou -70oC)
bomba de vácuo para filtração com membranas
potenciômetro
balança analítica
BIOSSEGURANÇA E CONTROLE DE QUALIDADE
SEGURANÇA LABORATORIAL
Pode ser definida como sendo um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes a estas atividades e que podem comprometer a saúde do homem, dos
animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
A rotina do Laboratório de Microbiologia envolve exposição tanto com material clínico e reagentes
químicos como com potenciais agentes patogênicos concentrados em meio de cultura. Assim
profissionais da área de saúde e outros trabalhadores que exercem suas atividades em laboratórios,
estão sob risco de desenvolver doença por exposição a agentes infecciosos, produtos químicos tóxicos
e inflamáveis, entre outros.
CONTROLE DE QUALIDADE
Para o controle de qualidade deve-se estabelecer o padrão mínimo e delinear as diversas etapas que
devem ser seguidas para o controle diário e vigilância de todas as facetas do programa.
As diretrizes para o controle de qualidade devem constar em um manual, no qual estejam detalhadas
práticas tais como procedimentos para monitorar o funcionamento dos equipamentos, o controle da
reatividade dos meios e reagentes, os prazos de validade, os resultados de todos os testes, etc.
Devem ser elaborados formulários adequados para coletar dados, de modo que qualquer
anormalidade possa ser facilmente detectada.
Os laboratórios devem também dispor de uma lista de inspeção para realizar avaliações pontuais dos
controles de qualidade – um requerimento para credenciamento de laboratórios e/ou auditoria e
fiscalização sanitária.
O laboratório, neste caso, não está separado das demais dependências do edifício. O trabalho é
conduzido, em geral, em bancada. Os equipamentos de contenção específicos não são exigidos.
Todos os procedimentos que envolverem a manipulação de material infeccioso devem ser conduzidos
dentro de cabines de segurança biológica ou outro sistema de contenção física. Os manipuladores
devem usar roupas de proteção individual.
O laboratório deverá ter instalações compatíveis para o NB-3. Para alguns casos, quando não
existirem as condições específicas para o NB-3, particularmente em instalações laboratoriais sem área
de acesso específica, com ambientes selados ou fluxo de ar unidirecional, as atividades de rotina e
operações repetitivas podem ser realizadas em laboratório com instalações NB-2, desde que
acrescidas das práticas recomendadas para NB-3 e do uso de equipamentos de contenção para NB-3.
Para os laboratórios NB-1 não são exigidos equipamentos de contenção de agentes classificados no
Grupo de Risco 1.
Para os laboratórios NB-2, devem ser utilizadas Cabines de Segurança Biológica Classe I ou II,
conforme a classificação, ou outro dispositivo de contenção pessoal ou de contenção física.
Para os laboratórios NB-3, devem ser utilizadas Cabines de Segurança Biológica Classe I, II ou
III conforme a classificação, ou outra combinação apropriada de dispositivos de proteção pessoal e
contenção física sempre que:
É uma modificação da cabine usada no laboratório químico. É uma cabine ventilada com fluxo de ar do
ambiente, podendo ter a frente totalmente aberta ou com painel frontal ou painel frontal fechado com
luvas de borracha. Possui duto de exaustão com filtro HEPA. Não há proteção para o experimento
somente para o operador e o ambiente. Dentro da cabine são colocadas lâmpadas U.V. É
recomendada para trabalho com agentes de risco biológico dos grupos 1, 2 e 3.
A cabine classe II é conhecida com o nome de Cabine de Segurança Biológica de Fluxo Laminar de Ar.
O Princípio fundamental é a proteção do operador, do meio ambiente e do experimento ou produto.
Possui uma abertura frontal que permite o acesso a superfície de trabalho.
Possui filtro HEPA.
Fluxo laminar de AR vertical com tiro frontal de ar de 75 pés/min. O ar contaminado após filtragem
pelo filtro HEPA do exaustor passa ao ambiente onde a cabine está instalada (a cabine deve ter pelo
menos 20 cm de afastamento do teto). Não se deve usar este tipo de cabine com substâncias tóxicas,
explosivas, inflamáveis ou radioativas pela elevada percentagem de recirculação do ar (recircula 70
%). É recomendada para trabalho com agentes de risco biológico das classes 1 e 2.
É uma cabine de contenção máxima. É totalmente fechada com ventilação própria, construída em aço
inox à prova de escape de ar e opera com pressão negativa. O trabalho se efetua com luvas de
borracha presas à cabine. Para purificar o ar contaminado são instalados 2 filtros HEPA em série ou
um filtro HEPA e um incinerador. A introdução e retirada de materiais se efetuam por meio de
autoclaves de porta dupla ou comporta de ar de porta dupla, recipiente de imersão com desinfetante.
Pode conter todos os serviços como: refrigeradores, estufas, freezers, centrífugas, banho-maria,
microscópio e sistema de manuseio de animais. NÃO PODE CONTER GÁS. Os dejetos líquidos são
recolhidos em um depósito para serem descontaminados antes de serem lançados ao sistema de
esgoto. Máxima proteção ao pessoal, meio ambiente e produto. É recomendada para o trabalho com
agentes de risco biológico da classe 4 e material de pesquisa de DNA de alto risco.
3. PRECAUÇÕES QUANTO À CONTAMINAÇÃO
PRODUÇÃO DE AEROSSÓIS
4. COLETA DE AMOSTRAS
A conclusão correta a respeito do lote dependerá da coleta de amostras para avaliação do lote de alimentos
processados.
Entende-se por lote uma quantidade de alimento de mesma composição e características químicas, físicas e
sensoriais produzidas e manuseadas sob as mesmas condições. O lote pode ser composto de uma quantidade
de embalagens unitárias, no caso de alimentos embalados ou porções de determinado peso ou volume, não
acondicionados em embalagens individuais.
Uma amostra de lote seria um determinado número de embalagens escolhidas ao acaso para
representar o lote que passará a se chamar unidades de amostra. Uma unidade de amostra não representa o
lote, qualquer conclusão a respeito do lote depende do conjunto de unidades de amostra.
Qualquer falha na coleta, transporte e estocagem da amostra resultará em um falso resultado analítico.
Ostras, mexilhões, mariscos (moluscos de concha) devem ser analisados dentro de no máximo 6 horas após a coleta,
não devendo ser congelada.
Amostras de água, em geral, devem ser mantidas sob refrigeração e analisadas dentro de no máximo 30 horas
após a coleta, não devendo ser congelada.
Transportee estocagem de amostra para análise
a) Deve-se transportar e estocar amostras de alimentos da mesma forma como o produto é
transportado e estocado na sua comercialização.
b) Alimentos comercialmente estéreis em embalagens herméticas podem ser transportados e estocados à
temperatura ambiente, devendo ser protegido contra exposição a temperaturas superiores a 45ºC.
c) Alimentos com baixa atividade de água (desidratados, secos ou concen- trados) podem ser
transportados e estocados a temperatura ambiente e protegidos contra a umidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. August, M.J., Hindler, J.A., Huber, T.W., Sewel, D.L. e Cumitech A. Quality control and quality
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Fundação Nacional da Saúde, Brasília, 2001.
4. Ministério da Saúde. Manual de Conduta - Exposição Ocupacional a Material Biológico:
Hepatite e HIV. Coordenação Nacional de DST e AIDS, Ministério da Saúde, Brasília, 1999.
5. Ministério da Saúde. Manual de condutas em exposição ocupacional a material biológico.
Secretaria de Políticas de Saúde, Brasília, 1999.
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Estabelecimentos de Saúde. 2ª Edição, Centro de Documentação Brasília, 1994.
8. World Health Organization. Laboratory biosafety manual. 2nd. Ed., WHO, Genebra, 2003.