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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS EM


LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

Bragança-PA
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1. Identificação do estabelecimento

Nome Fantasia: Biolab análises clìnicas


End: Rua Americo de souza oliveira,sn, Bragança PA
Responsável técnico: Tayla Meireles da silva - CRF/ PA nº 2191

2. Objetivos do estabelecimento

Nossa principal função é realizar inspeções de acordo com os requisitos médicos Exames laboratoriais de pacientes
ambulatoriais ou internados e materiais enviados por terceiros laboratório. Funciona durante o dia e visa atender
plenamente as necessidades das pessoas Pacientes e médicos.

3. Objetivo do Manual

• Fornecer um guia geral e regras básicas consideradas mínimas para o funcionamento seguro do laboratório;
• Proteger os técnicos e auxiliares dos riscos e acidentes de laboratório;
• Definir as responsabilidades do pessoal técnico para o funcionamento seguro do laboratório;
• Fornecer um padrão de boas práticas de segurança do laboratório.

4. Referências

Para elaboração deste manual, seguimos orientação da resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 512, de 27 de
maio de 2021 da Vigilânica Sanitária, Dispõe sobre as Boas Práticas para Laboratórios de Controle de Qualidade; -
RDC Nº 302, de 13 de outubro de 2005, dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios
Clínicos; RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde; Nº 390, de 26
de maio de 2020, estabelece critérios, requisitos e procedimentos para o funcionamento, a 4 habilitação na Reblas e
o credenciamento de laboratórios analíticos que realizam análises em produtos sujeitos ao regime de vigilância
sanitária e dá outras providências.

5. Definições adotadas para efeito deste Manual

Ação corretiva: ação para eliminar a causa de uma não-conformidade identificada ou outra
situação indesejável;

Ação preventiva: ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade, outra situação
potencialmente indesejável ou para aproveitar oportunidades de melhoria;
Alvará sanitário/licença de funcionamento/licença sanitária: documento expedido pelo órgão
de vigilância sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, que autoriza o funcionamento
de estabelecimentos que realizam atividades sob regime de vigilância sanitária;

Amostra controle: Material usado com a finalidade principal de monitorar a estabilidade e a


reprodutibilidade de um sistema analítico nas condições de uso na rotina.

Amostra do paciente: Parte do material biológico de origem humana utilizada para análises
laboratoriais
ainda pode ser utilizada para algumas análises laboratoriais.

Amostra ou item de ensaio: material ou produto apresentado ao laboratório para análise;

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Análise ou ensaio: determinação de uma ou mais características de uma amostra ou item de


ensaio, de acordo com um procedimento;

Analito: Componente ou constituinte de material biológico ou amostra de paciente, passível de


pesquisa ou análise por meio de sistema analítico de laboratório clínico.

Biossegurança: condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a


prevenir, controlar, reduzir ou eliminar os fatores de riscos inerentes às atividades que possam
comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente;

Biossegurança: Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a


prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a
saúde humana, animal e o meio ambiente.

Calibração: operação que estabelece uma relação entre os valores de grandezas, indicados por
um instrumento ou sistema de medição, e os correspondentes valores, fornecidos por padrões e
materiais de referência, todos com as suas incertezas de medição;

domiciliar Coleta laboratorial: Realização da coleta de amostra de paciente em sua residência.

Coleta laboratorial em empresa: Realização da coleta de amostra de paciente no âmbito de


uma empresa.

Contenção: aplicação de métodos apropriados ao manejo dos agentes de risco, para garantir a
segurança à saúde humana, animal, vegetal e ao ambiente;

Controle da qualidade: Técnicas e atividades operacionais utilizadas para monitorar o


cumprimento dos requisitos da qualidade especificados.

Controle interno da qualidade - CIQ: Procedimentos conduzidos em associação com o exame


de amostras de pacientes para avaliar se o sistema analítico está operando dentro dos limites de
tolerância pré-definidos.

Descontaminação: processo pelo qual agentes de risco são removidos ou eliminados ou os seus
efeitos adversos são neutralizados;

Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói ou inativa a maioria dos microrganismos
patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos.

Equipamento laboratorial: Designação genérica para um dispositivo empregado pelo


laboratório clínico como parte integrante do processo de realização de análises laboratoriais.

Esterilização: Processo físico ou químico que destrói todas as formas de vida microbiana, ou
seja, bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus.

Fase analítica: Conjunto de operações, com descrição especifica, utilizada na realização das
análises de acordo com determinado método.

Fase pós-analítica: Fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises e finda
com a emissão do laudo, para a interpretação pelo solicitante.

Fase pré-analítica: Fase que se inicia com a solicitação da análise, passando pela obtenção da
amostra e finda ao se iniciar a análise propriamente dita.

Garantia da qualidade: Conjunto de atividades planejadas, sistematizadas e implementadas

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com o objetivo de cumprir os requisitos da qualidade especificados.

Inspeção sanitária: Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos, de competência da


autoridade sanitária local, que previnem e controlam o risco sanitário em estabelecimentos
sujeitos a este controle.

Laboratório de apoio: Laboratório clínico que realiza análises em amostras enviadas por outros
laboratórios clínicos.

Laudo laboratorial: Documento que contém os resultados das análises laboratoriais, validados
e autorizados pelo responsável técnico do laboratório ou seu substituto.

Limpeza: Processo sistemático e contínuo para a manutenção do asseio ou, quando necessário,
para a retirada de sujidade de uma superfície.

Material biológico humano: Tecido ou fluido constituinte do organismo humano. 4.31


Metodologia própria em laboratório clínico (in house): Reagentes ou sistemas analíticos
produzidos e validados pelo próprio laboratório clínico, exclusivamente para uso próprio, em
pesquisa ou em apoio diagnóstico.

Material de referência: material, suficientemente homogêneo e estável em relação a


propriedades específicas, preparado para se adequar a uma utilização pretendida numa medição
ou num exame de propriedades qualitativas;

Paciente de laboratório: Pessoa da qual é coletado o material ou amostra biológica para ser
submetida à análise laboratorial.
Posto de coleta laboratorial: Serviço vinculado a um laboratório clínico, que realiza atividade
laboratorial, mas não executa a fase analítica dos processos operacionais, exceto os exames
presenciais, cuja realização ocorre no ato da coleta.

Responsável Técnico - RT: Profissional legalmente habilitado que assume perante a Vigilância

Saneante: Substância ou preparação destinada à higienização, desinfecção, esterilização ou


desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos, públicos e privados, em lugares de uso comum
e no tratamento da água.

6. Estrutura Física
INSTALAÇÕES: metragem, materiais

• Sala para coleta de material (3,6m²);


• Área para classificação e distribuição de amostras (3m²);
• Laboratório de hematologia, parasitologia, urinálise, imunologia, bacteriologia,
microbiologia, micologia, virologia, bioquímica ou biologia molecular (14m²);
• Antecâmara de paramentação exclusiva (2,8m²);
• Laboratório de suporte à UTI (8m²);
No ambiente de apoio laboratorial possui:
• Área para registro de pacientes (24m²);
• Depósito de material de limpeza (2m²);
• Sala de esterilização de material (4m²);
• Sanitários para pacientes e acompanhantes, incluindo portadores de necessidades especiais(10m²);
• Sanitários para funcionários (5m²);
• Copa (5m²);
• Sala da administração (15m²)

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7. Layout / Planta baixa


(cópia)

8. Equipamentos

• 1. Microscópios
• 2. Colorímetro
• 3. Analisador de bioquímica
• 4. Agitadores
• 5. Estufa
• 6. Autoclave
• 7. Balança
• 8. Banho-maria
• 9. Cabine de segurança
• 10. Destilador de água
• 11. Deionizado
• 12. Centrífugas
• 13. pHmetro
• 14. Placa aquecedora
• 15. Geladeiras
• 16. racks para tubos e micro tubos
• 17. termômetros;

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9. Limpeza e sanitização:

• Diariamente, antes do começo das atividades, é necessário limpar o espaço por meio de um pano úmido e
com hipoclorito de sódio;
• Desinfecção das áreas que apresentam riscos de contaminação;
• Esterilização de todos os materiais utilizados;
• Depois da higienização dos equipamentos, o laboratório deve ser limpo com hipoclorito de sódio;
• Sacos de lixo devem ser substituídos regularmente;
• Descarte de materiais de acordo com a classificação;
• Substituir as lâmpadas sempre que for preciso;
• Jamais se deve varrer o piso. O ideal é sempre passar o pano úmido com hipoclorito de sódio em caso de
derramamento de algum material.

10. controle integrado de


pragas
O laboratório de análises clinicas dispõe de programa de controle de pragas mantendo-se os
respectivos registros. O controle de roedores, insetos, aves e outros animais são feitos através de:
1) Controle não químico através da verificação das instalações, avaliando a presença
de possíveis pontos de entrada de pragas, devendo estes serem eliminados; aparecimento de
qualquer sinal que indique a presença de insetos e roedores, os sinais poderão ser fezes, materiais
roídos, insetos. Todos os funcionários do laboratório devem participar do controle, comunicando ao
farmacêutico ou responsável técnico caso observe alguma desconformidade.
O controle não químico deve ser utilizado primeiramente, caso seja possível. Este é feito
atravésde medidas que visam modificar as condições favoráveis para a existência desta praga.
Utilizam- se para tanto, barreiras de oclusão, armadilhas, aspiração, controle da luz e
temperatura, manejo adequado dos resíduos, boas práticas de saneamento e manutenção nas
instalações.
2) Controle químico, por meio de contrato com uma empresa especializada em
desinsetização, descupinização e desratização, que deverá apresentar literatura técnica dos ativos
utilizados nos procedimentos, bem como, selecionar o defensivo químico adequado, aprovado
pela autoridade sanitária, e a tecnologia de aplicação. O controle químico deve ser aplicado de
forma planejada, racional e seletiva, objetivando diminuir a exposição aos agentes químicos.
Repetir periodicamente a aplicação conforme orientação da empresa especializada ou
sempre que necessário. Relatar as operações efetuadas, registrando-as.

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11. Estrutura
Organizacional
Organograma

12. RESPONSABILIDADES E
ATRIBUIÇÕES
12.1 Diretor Administrativo:

• Prever e prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários ao


funcionamento doestabelecimento.
• Garantir que a qualidade do atendimento prevaleça sobre quaisquer outros aspectos.
• Estar comprometido com as atividades das Boas Práticas Laboratóriais, melhoria
contínua egarantia da qualidade.
• Favorecer e incentivar programas de educação continuada para todos os envolvidos
nasatividades realizadas na farmácia.

12.2 Técnico de Laboratório


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• Coletar o material biológico empregando técnicas e instrumentações adequadas para testes


e exames de Laboratório de Análises Clínicas;
• Atender e cadastrar pacientes;
• Proceder ao registro, identificação, separação, distribuição, acondicionamento,
conservação, transporte e descarte de amostra ou de material biológico;
• Preparar as amostras do material biológico para a realização dos exames;
• Auxiliar no preparo de soluções e reagentes;
• Executar tarefas técnicas para garantir a integridade física, química e biológica do material
biológico coletado;
• Proceder a higienização, limpeza, lavagem, desinfecção, secagem e esterilização de
instrumental, vidraria, bancada e superfícies;
• Auxiliar na manutenção preventiva e corretiva dos instrumentos e equipamentos do
Laboratório de Análises Clínicas;
• Organizar arquivos e registrar as cópias dos resultados, preparando os dados para fins
estatísticos;

12.3 Analistas

• Administrar as instruções aos novos analistas e auxiliares referentes às rotinas


laboratoriais.
• Relatar quaisquer alterações que possam levar a situações de risco e a falta de condições
de segurança ao Chefe do laboratório;
• Seguir todas as normas e práticas de segurança aplicáveis como apresentadas neste
manual;
• Utilizar o equipamento pessoal de proteção de acordo com as instruções;
• Zelar pela manutenção e limpeza do ambiente de trabalho, assim como pelos
equipamentos e demais materiais utilizados na rotina de trabalho;

12.4 Auxiliar de Serviços Gerais:

• Responsável pela higiene e sanitização da todas as áreas do laboratorio (internas e


externas); dorecolhimento e disposição do lixo;
• Controlar o estoque do material de limpeza, solicitando a compra, quando necessário.

12.5 Treinamentos

Objetivo: definir itens importantes a serem abordados em treinamento inicial e contínuo de


higiene e conduta e treinamentos específicos para os funcionários, para manutenção dos
conhecimentos, segurança e garantia da qualidade dos procedimentos executados no ambuente
laboratorial.

12.6 Responsável: farmacêutico.

Materiais: planilha de controle para registro do treinamento realizado, POPs sobre os assuntos a
serem abordados, Manual de Boas Práticas Laboratoriais.

Procedimento: todo funcionário que ingressa na empresa deve receber treinamento inicial e
contínuo sobre higiene e conduta, treinamento específico referente às suas atribuições e ao setor
de trabalho ao qual será locado, conscientização dos padrões de qualidade por eles exigidos,
cuidados para evitar a contaminação, sua responsabilidade dentro da empresa e junto ao
consumidor final, motivação para a manutenção dos padrões de qualidade, estímulo para relatar
erros não intencionais cometidos em qualquer etapa da dispensação ou propor correções. É
fundamental, no treinamento de qualquer setor do laboratório colocar a importância do trabalho
em equipe e que o trabalho de cada um depende do trabalho dos outros e qualquer setor pode,
direta ou indiretamente, causar desvio na qualidade dos serviços prestados. Os funcionários
devem ter consciência da sua importância para a empresa, indiferente do setor. Segurança

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(extintores de incêndio, matérias-primas de risco),uso adequado dos Equipamentos de Proteção


Individual (EPIs), manutenção e a responsabilidade do funcionário. Perfis e responsabilidades no
trabalho em farmácia de dispensação. O conceito de qualidade e todas as medidas capazes de
melhorar a compreensão e sua implementação devem ser amplamente discutidos durante as
sessões de treinamento; periodicamente, todos os funcionários recebem treinamento de
reciclagem. Os treinamentos realizados são registrados em registro de controle, que é arquivado
no laboratório.

12.7 Farmacêutico

Deve receber treinamento sobre como auditar constantemente todas as atividades


executadas por pessoas de outras áreas; desenvolvimento de espírito de liderança e espírito
inovador para promover as mudanças necessárias para melhoria da qualidade no laboratório.
Pessoal do departamento de limpeza
Seu treinamento abrange a necessidade de executar bem suas tarefas para o conjunto do
programade qualidade do laboratório; soluções e produtos utilizados na limpeza e sanitização das
dependências do laboratório.

13. Segurança coletiva


Equipamentos e Dispositivos de Proteção Coletiva (EPC) são destinados à proteção do trabalhador e dos
companheiros e técnicos de setores próximos,bem como do meio ambiente:

• Aparelho de suprimento respiratório individual para saída em situações de emergência;


• Lavador de olhos e de face;
• Chuveiro de emergência;
• Contêiner de plástico duro com pedal de diversos tamanhos e capacidades para descarte de resíduos
infectantes;
• Garrafa contêiner para coleta e descarte de resíduos tóxicos, solventes e
substâncias inflamáveis;
• Sistemas de sinalização em diagrama.
• Tapete de membrana de polietileno limpadora de sapatos de entrada de
ambientes;
• Termômetro e medidor de umidade de área.

14. SAÚDE, SEGURANÇA, HIGIENE, VESTUÁRIUO E CONDUTA


• Vestuário: calças compridas, sapatos fechados, os calçados devem ser de material não
poroso e resistente para impedir lesões, no caso de acidentes com materiais
perfurocortantes, substâncias químicas e materiais biológicos e uso de aventais;

• Cabelos: se for compridos, devem permanecer sempre presos ou com gorros para evitar
contato com materiais biológicos ou químicos; em alguns setores o uso de gorro é
obrigatório;

• Olhos: no caso de lentes de contato, não deve usar em ambiente laboratorial, pois podem
manter agentes infecciosos na mucosa ocular;

• Mãos: lave-as constantemente, antes e após cada procedimento. Deve ensaboar todos os
dedos e entre eles, as costas das mãos e os punhos e procure não tocar na torneira depois de
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lavar as mãos, faça isso com um a tolha de papel;

• Unhas: devem ser mais curtas possíveis, o ideal é que não ultrapassem as pontas dosdedos;

• Maquiagem e esmaltes: deve ser evitado, o uso de maquiagem facilita a aderência deagentes
infecciosos na pele, e algumas maquiagens em pó interferem no resultado final de alguns
exames;

• Jóias ou Bijuterias: o uso de jóias ou bijuterias principalmente aqueles que possuem


reentrâncias, servem de depósitos para agentes infecciosos ou químicos;

• Vacinas: o profissional da saúde deve estar em dia com a vacinação, pois ele tem um risco
duas vezes maior que a população comum para adquirir doenças. A vacinação ocupacional
indicada para profissionais da saúde são: hepatite A e B, tétano e difteria (dupla tipo
adulto), tétano, difteria e coqueluche (tríplice bacteriana tipo adulto), varicela (catapora),
influenza (gripe), meningite C, sarampo, caxumba e rubéola;

• Não de se deve beber, comer, mascar chicletes e fumar em ambiente laboratorial e nem
utilizar geladeiras, freezers e estantes para guardar alimentos e bebidas;

• Deve-se evitar levar as mãos à boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo, no laboratório;

• Objetos de uso pessoal não devem ficar guardados no laboratório;

• Não cultivar plantas em ambiente laboratorial;

• Não levar, amigos, parentes, crianças e principalmente pessoas susceptíveis às infecções, tais como
imunocomprometidas para o ambiente laboratorial. Mantenha a porta do laboratório sempre fechada e restrinja
o controle de acesso;

• Evitar brincadeiras, distrações e conversas paralelas durante os procedimentos, pois podem


causar sérios acidentes;

Em relação ao Ambiente Laboratorial:

• Tire as luvas sempre que for abrir portas, atender telefone, ligar e desligarinterruptores,
desse modo evita a contaminação dessas superfícies;

• Jamais pipete com a boca, a simples colocação da pipeta na boca, já é um risco, poispode
carrear para o organismo partículas infectantes, além de poder aspirar
substâncias tóxicas, carcinogênicas ou contaminadas por agentes infecciosos e não use a
mesma pipeta para medir soluções diferentes;

• Descarte material perfurocortantes em recipientes de parede rígidas;

• Jamais reencape agulhas;

• Não cheire placas de cultura, a inalação de agentes microbianos pode resultar em infecções,
como, por exemplo, a meningite, identifique bactérias por provas bioquímicas e coloração;

• Não cheire, nem prove substância alguma; pois algumas substâncias quando inaladas ou
engolidas podem provocar queimaduras ou lesões;

• Adicione ácido, aos poucos sobre a água, nunca água ao ácido, pois o excesso de calor
produzido por essa mistura pode quebrar o recipiente;

• Para evitar a formação de aerossóis: abrir tubos de amostras, ampolas e frascos de cultura

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em cabine de segurança biológica, evitar movimentos bruscos durante as pipetagens,


dispensar cuidadosamente materiais no descarte para evitar respingos, tampar os tubos a
serem centrifugados e só abrir a centrifuga depois da parada completa, manipular
substâncias químicas em capela de exaustão e não aqueça substâncias diretamente na
chama;

• As CSBs devem estar instaladas longe de portas, janelas e locais com muita movimentação,
pois movimentos interferem no fluxo de ar;

• Antes de iniciar qualquer trabalho, ler atentamente o roteiro, tirar as dúvidas, organizar as
vidrarias e produtos químicos a serem utilizados;

• Quando fizer necessário usar luvas, máscaras e óculos de proteção. Efetuar os trabalhos em
cabine de segurança biológica;

• Vidros e tubos de ensaios com soluções aquecidas, não devem ser abandonados em qualquer lugar;

• Deve tomar cuidado para não o funcionário não se queimar com nitrogênio ou CO2
líquidos, neste caso é importante que o funcionário que irá manipular esse tipo de material
deve usar luvas e ser treinado;

• Antes da utilização de qualquer equipamento novo, os funcionários devem estar capacitados


quanto o modo de operações e seus riscos. Os manuais devem estar disponíveis e em língua
portuguesa;

• Tudo na bancada, no laboratório, geladeiras, freezer, devem estar devidamente identificados;

• Não acumular materiais sobre bancadas e pias, todo material que não estiver sendo usado,
deve ser guardado limpo, em lugar apropriado;

• As portas do laboratório devem permanecer fechadas quando os ensaios estiverem sendo


realizados e trancadas ao final das atividades;

• O emblema internacional indicando risco biológico deve ser afixado nas portas dos recintos
onde se manuseiam microrganismos pertencentes à classe de risco 2, identificando o(s)
agente(s) manipulados;

• As equipes do laboratório e de apoio devem receber treinamentos anuais, apropriados sobre


os riscos potenciais associados aos trabalhos desenvolvidos.

15. Fluxograma

15.1RECEPÇÃO/ATENDIMENTO

Setor responsável pelo atendimento e cadastro do cliente e dos exames.Recebimento de amostras; Encaminhamento
dos clientes ao setor de coleta; Entrega dos resultados; Esclarecimentos de dúvidas.

16 COLETA DE MATERIAL
Realização da colheita – a colheita deve ser efetuada pelo especialista ou por pessoal sob a sua responsabilidade,
com formação e habilitação reconhecida pela legislação e com vínculo contratual ao laboratório. A data e a hora
devem ser registadas. Todas as nãoconformidades que decorram durante a colheita devem ser registadas por escrito,
de modo a que o especialista ou responsável por ele designado possa avaliar da necessidade de rejeição da amostra.
O especialista deve recusar qualquer colheita efetuada em condições incorretas ou que se apresente inadequada
para a(s) análise(s) em causa. A identidade e a categoria profissional de quem executa a colheita devem ser
rastreáveis.
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-17.AVALIAÇÃO PRE ANALITICA


Essa fase inicia com a preparação do paciente, seguida da coleta do material feita pelo cliente ou pelo laboratório.
Ainda são realizados a manipulação e o armazenamento da amostra até o momento em que o exame é feito.

17.1JEJUM OBRIGATÓRIO

• Para coleta de colesterol e triglicérides, o jejum deve ser de 12 horas. • Para coleta dos outros exames, o jejum deve
ser de 8 horas. • Para crianças até 5 anos, recomenda-se jejum de 3 a 4 horas. Entretanto, aquelas que estiverem em
amamentação, o jejum deverá ser de 1 a 3 horas ou no intervalo entre uma mamada e outra. • Em crianças acima de
5 anos de idade, o jejum recomendado é o mesmo que para os adultos.

Durante o período de jejum, o paciente poderá beber água e não deve


suspender o uso de medicamentos sem autorização de seu médico.

17.2EXAME: GLICEMIA JEJUM E 2H DOSAGEM PÓS-DEXTROSOL

• Se houver no pedido exame Triglicérides e/ou colesterol, o jejum deverá ser de 12 horas. • O usuário deverá ter
disponibilidade para permanecer no Laboratório por cerca de 2h30 no dia da coleta.

17.3 EXAME: GLICEMIA E DOSAGEM PÓS-PRANDIAL

• Almoçar entre 10h e 12h ou conforme orientações do centro de saúde. • Após duas horas do início do almoço, sem
atraso, apresentar-se ao Centro de Saúde ou laboratório distrital para coletar o sangue. • Não modificar o habito
alimentar.

Após
Apósooalmoço
almoço não deveráser
não deverá seringerido
ingerido nenhum
nenhum outro
outro tipotipo
dede
alimento.
alimento.

17.4 EXAME: DOSAGEM DE PSA

• Jejum alimentar de 8 horas.


• Antes da coleta, não fazer exercícios pesados por 24 horas, incluindo andar de bicicleta.
• Não manter relações sexuais ou masturbações 2 dias antes da coleta de sangue.
• Após exame de toque retal e/ou ultrassom transretal, aguardar 2 dias para fazer a coleta de sangue.
• Após colonoscopia, aguardar 15 dias.
• Após biópsia de próstata, aguardar 1 mês.
17.5 EXAME: DOSAGEM DE PROLACTINA

• Jejum alimentar de 8 horas.


• Não fazer exercício físico intenso um dia antes da coleta de sangue.
• Descansar 30 minutos antes da coleta.
• Informar a data da última menstruação.

17.6 EXAMES: URINA ROTINA, GRAM E UROCULTURA

Homens:
• Lavar as mãos.
• Lavar as partes íntimas com bastante água e sabão.
• Enxaguar e secar com papel toalha ou toalha limpa.
• Coletar de preferência a primeira urina da manhã ou aguardar um período mínimo de 4 horas sem urinar para

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depois efetuar a coleta.


• Desprezar o 1° jato de urina e, sem interromper a micção, coletar amostra suficiente do jato médio, terminando a
micção no vaso sanitário.
• Identificar o frasco com nome completo sem abreviaturas.
Mulheres:
• Lavar as mãos.
• Lavar a genitália com água e sabão, de frente para trás.
• Enxaguar com bastante água e secar com papel toalha ou toalha limpa.
• Separar os grandes lábios com a mão e realizar a coleta.
• Coletar de preferência a primeira urina da manhã ou aguardar um período mínimo de 4 horas sem urinar para
depois efetuar a coleta.
• Desprezar o 1° jato de urina e, sem interromper a micção, coletar amostra suficiente do jato médio, terminando a
micção no vaso sanitário.
• Identificar o frasco com nome completo sem abreviaturas.
Crianças que necessitam de coletor:
• Lavar as partes íntimas da criança com bastante água e sabão neutro,
enxugando com papel toalha, toalha limpa ou gaze estéril.
• Colocar o coletor que deverá ser trocado de hora em hora, até que a
criança urine.
• Repetir a higienização sempre que for necessário trocar o coletor.
• Identificar o frasco/coletor com nome completo sem abreviaturas.

17.7 EXAMES EM URINA DE 24 HORAS (microalbuminúria, proteinúria, creatinina, clearence de creatinina,


uréia, clearence de uréia)

• Esvaziar a bexiga antes de iniciar a coleta (anotar o horário).


• ATENÇÃO: Este é o horário de início da coleta.
• Coletar todas as urinas até o mesmo horário do início da coleta (anotar
o horário).
• ATENÇÃO: Este é o horário do término da coleta.
• Identificar o frasco com nome completo sem abreviaturas.
EXEMPLO: Acordar às 6 horas, desprezar a urina no vaso sanitário. Coletar todas as urinas do dia e da noite até às
6 horas do dia seguinte, sem
perder nenhuma urina.

Manter sempre o frasco com a urina fechado na geladeira. Coletar em


frasco fornecido pelo Centro de Saúde ou em frasco de água mineral sem
gás.

17.8 EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES

• Evacuar/defecar em recipiente limpo e seco. Evitar que se misture com


urina.
• Obter um pouco de amostra do início, meio e fim das fezes; se tiver
muco, pus ou sangue, preferir.
• Colocar a amostra em frasco bem vedado.
• Se coletado com conservante, observar as orientações contidas no frasco.
• O número de amostras a serem coletadas e a periodicidade dependem
da orientação médica.
• Identificar o frasco com nome completo sem abreviaturas.
17.9 EXAME: PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES

AMOSTRA: Fezes recentes, SEM QUALQUER CONSERVANTE (MIF, etc).


• Evacuar/defecar em recipiente limpo e seco.
• Obter um pouco de amostra do início, meio e fim das fezes; se tiver

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muco, pus ou sangue, preferir. Ter o cuidado de não ultrapassar a metade do frasco.
• Não coletar fezes durante o período menstrual, ou se tiver hemorroida
com sangramento.
Preparo do paciente:
• Restrições a dietas não são necessárias.
• Suspender o uso de bebida alcóolica três dias antes da coleta.
• Aspirina, anti-inflamatórios e outros medicamentos tomados em excesso podem causar irritação gastrointestinal,
provocando sangramentos
ocultos. Procure orientações com seu médico, caso faça uso de qualquer
um destes medicamentos.

17.10 EXAME: PESQUISA DE BAAR NO ESCARRO

• Coletar preferencialmente pela manhã, em jejum e antes da higiene bucal.


• Respirar fundo e tossir profundamente, procurando trazer o escarro de
dentro dos pulmões e colocá-lo dentro do frasco de boca larga, evitando
coletar saliva.
• Coletar o número de amostras conforme orientação médica e identificar o frasco com nome completo e data da
coleta.
• Encaminhar o frasco com amostra ao posto de coleta imediatamente.

IMPORTÂNCIA DO PREPARO CORRETO PARA A COLETA DE AMOSTRA BIOLÓGICA

Siga as instruções para a coleta de cada amostra biológica.

Coleta adequada
Coleta adequada Coleta inadequada

Resultado Amostra recusada -


Recoleta

Tratamento

Paciente insatisfeito

Paciente satisfeito

18. CONTROLE DE QUALIDADE


Os programas de Controle Interno da Qualidade (CIQ) e Controle Externo da Qualidade
(CEQ) devem ser documentados, contemplando:
a) lista de analitos;
b) forma de controle e freqüência de utilização;
c) limites e critérios de aceitabilidade para os resultados dos controles;
d) avaliação e registro dos resultados dos controles.

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19. PROCESSAMENTO DE MATERIAL


Após coleta e transporte, inicia-se o recebimento e aceitação e/ou rejeição da amostra, de
acordo com os critérios estabelecidos pelo Laboratório Clinico. Para assegurar que a amostra
seja viável e representativa, deve-se observar o volume obtido, o tubo utilizado e o tipo de
anticoagulante, pois são critérios rígidos de aceitação.

20. ANALISE DE RESULTADOS


Todos os exames feitos no laboratorio, o cliente recebe junto ao comprovante o login e
senha para ter acesso aos resultados via internet do seu exame contendo todas as informações
necessarias e com muita comodidade.

21. CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS


A classificação dos RSS objetiva destacar a composição desses resíduos segundo as
suascaracterísticas biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para seu manejo
seguro.
A classificação adotada é baseada na Resolução RDC da ANVISA n.º 306 de 7 de
dezembrode 2004, Resolução CONAMA n.º 358, de 29 de abril de 2005.
Os resíduos de saúde são classificados:

• Grupo A: resíduos com possível presença de agentes biológicos, que podem apresentar
riscos de infecção;

• Grupo B: resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar riscos à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade;

• Grupo C: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham


radionuclíedeos;

• Grupo D: resíduos que não apresentam riscos biológicos, químico ou radiológico à saúde
ou ao meio ambiente, podem ser comparados aos resíduos domiciliares;

• Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes: lâminas de bisturi, agulhas,


escalpes, ampolas de vidros, lancetas, tubos de ensaio, capilares, placas de petri, lâminas,
lamínulas, pipetas e outros.

Materiais Utilizados e Descarte de Pérfuro-Cortantes

22. Material Biológico


Usar saco plástico, impermeável e resistente, de cor branca leitosa, com simbologia
deresíduo infectante.

Material Perfuro cortante


Acondicionar em recipiente rígido, resistente, impermeável, identificado pela
simbologia de resíduo infectante, com tamanho compatível com a quantidade de resíduos
produzidos e o número previsto de coleta e, quando cheio, sem sobrecarga, deve ser devidamente
fechado e acondicionado em local específico.

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23. DOCUMENTAÇÃO
O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão de
Regularidade Técnica afixados em local visível ao público.
Adicionalmente, quando as informações a seguir indicadas não constarem na Licença
Sanitária ou Certidão de Regularidade o estabelecimento deverá manter afixado, em local visível
ao público, cartaz informativo contendo:

• Comprovante do pagamento da respectiva taxa de serviços estaduais

• Cópia do Contrato Social ou outro documento legal de constituição da empresa e suas


alterações, se houver, registrado na Junta Comercial,

• Cópia do contrato de locação, título de propriedade ou outro documento legal de ocupação


do imóvel,

• Cópia da Certidão ou Certificado de Regularidade Técnica expedida pelo Conselho


Profissional correspondente,

• Cópia do Projeto Básico de Arquitetura visado pela SUVISA ou do Requerimento de Visto


em Projeto Básico de Arquitetura protocolado,

• Cópia do documento de inscrição do estabelecimento no Cadastro Nacional de Pessoa


Jurídica - CNPJ, para o endereço citado no requerimento,

• Declaração relacionando as especialidades efetivamente realizadas no local, datada e

assinada pelo Responsável Técnico,


• Cópia do Alvará de Localização,

• Cópia autenticada de procuração do representante legal, quando for o caso B - Revalidação


de Licença 1

• Comprovante de pagamento da respectiva taxa de serviços

• Cópia da Certidão ou Certificado de Regularidade Técnica expedida pelo Conselho


Profissional correspondente,

• Cópia autenticada da procuração do representante legal, se for o caso

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Referências Bibliográficas

https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-
governo/saude/2018/documentos/Laboratorios/orientacoes_coleta_exames_laboratoriais.pdf

https://www.unilab.com.br/materiais-educativos/artigos/fase-pre-analitica/

https://www.weinberger.com.br/blog/conhecas-as-boas-praticas-de-limpeza-em-laboratorios-de-analises-clinicas/

https://autolac.com.br/blog/equipamentos-de-laboratorio-de-analises-clinicas-suas-funcoes/

ANVISA. AGÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA . Resolução RDC Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002,


“dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde”.

ANVISA. AGÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005


“dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos.”. Disponível em:
https://www.gov.br/anvisa/pt-br . Acessado em 23 nov. 2021.

ANVISA. AGÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC Nº 390, de 26 de maio de 2020,


“estabelece critérios, requisitos e procedimentos para o funcionamento, a habilitação na Reblas e o
credenciamento de laboratórios analíticos que realizam análises em produtos sujeitos ao regime de
vigilância sanitária e dá outras providências”. Disponível em: faq-rdc-390-2020.pdf (www.gov.br) .
Acessado em: 24 nov. 2021.

GUIMARÃES, Alexandre Costa et al. O Laboratório Clínico e os Erros Pré-Analíticos. Clinical & Biomedical
Research, [S.l.], v. 31, n. 1, apr. 2011. ISSN 2357-9730. Disponivél em:
https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/13899/11507. Acessado em: 23 nov. 2021.

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Nome Assinatura Data


Elaborado por: Tayla meireles da silva 25 /11 /2021
Aprovado por: Tayla meireles da silva 25 /11 /2021
Implantado por: Tayla meireles da silva 25/ 11/ 2021
Revisar em: Tayla meireles da silva 25 /11 /2021
Revisado por: Tayla meireles da silva 25 /11 /2021

Número Destino
Cópias

Bragança-PA
2021

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