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Documento de Trabalho
I – Introdução
profissionais de saúde. A análise dos resultados laboratoriais fornece dados decisivos para o
As regras e recomendações contidas no Manual não têm por objetivo impor qualquer
tipo de metodologia para executar uma determinada análise. Isso seria interferir na
dos exames laboratoriais, desde a colheita até à entrega dos resultados. Esses procedimentos
operativos associados ao controlo da qualidade são um elemento do sistema de garantia da
clínica/análises clínicas, qualquer que seja a sua denominação, natureza jurídica ou entidade
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qualquer que seja a forma de exploração, bem como os estabelecimentos detidos por pessoas
coletivas públicas.
eliminar eventuais fatores que são contrários aos princípios da liberdade de estabelecimento e
alteração de algumas disposições do Despacho em causa, a fim de o tornar compatível com tais
prestados.
expectativas do doente;
prática num laboratório com vista a permitir um controlo da qualidade dos resultados das
organismo exterior, da qualidade dos resultados fornecidos pelo laboratório, mediante análise
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2.5 – Amostras:
2.5.1 – Amostra biológica – amostra obtida pelo ato da colheita e sobre a qual vão ser
2.8 – Recursos Humanos – conjunto das pessoas que desempenham uma função no
clínicas inscrito, respetivamente, na Ordem dos Médicos ou na Ordem dos Farmacêuticos e que
exerce as suas funções e competências de acordo com a leges artis e a legislação em vigor para
análises clínicas conferido e inscrito, respetivamente, na Ordem dos Médicos ou na Ordem dos
Farmacêuticos e que exerce as suas funções e competências de acordo com a leges artis e a
2.8.3 – Técnico superior – indivíduo titular de um diploma do ensino superior que pela
2.11 – Sistema analítico – conjunto dos meios analíticos constituído por um método, um
previamente definido.
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ele seja utilizado em diversos laboratórios. Característica dum resultado analítico que permite
numa população de referência. Podem ser estabelecidos pelo diretor técnico do laboratório, em
função das técnicas analíticas que utiliza, ou eventualmente verificados quando se empregam
2.15 – Validação – operação que permite garantir que um resultado foi obtido nas
condições técnicas adequadas e é compatível com a história clínica. Esta validação é tanto
análises efetuadas para uma pessoa, tendo em conta o seu estado clínico, os tratamentos de
II – Regras de funcionamento
1 – Organização
qualidade e segurança nele previstas, que a atividade no laboratório seja definida em termos de
laboratório, nas condições previstas no presente MBPL, de acordo com a legislação vigente e
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assegurar que as recomendações contidas no MBPL sejam seguidas no laboratório, pelo que é
imprescindível a sua intervenção nos atos de gestão com influência na realização dos exames
permanência e em regime de tempo integral pelo diretor técnico, devendo nas suas ausências
equivalentes.
deontológicos perante a sua Ordem e, ainda, garantir que as práticas publicitárias do laboratório
sejam adequadas aos princípios éticos, deontológicos e legais a que se encontra vinculado.
Cada diretor técnico pode assumir transitoriamente pelo período das ausências ou
c) Definir e aprovar as cargas horárias que devem ser alvo de análise crítica aquando da
d) Verificar que cada função é confiada a pessoal com qualificação, treino e experiência
apropriadas;
presente manual;
pelo pessoal;
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licenciamento.
reagentes:
funcionamento;
b) Verificar que a informação dos resultados é feita nos prazos compatíveis com a sua
2 – Instalações
vigor. A disposição do espaço do laboratório deve favorecer a boa execução das utilizações
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previstas. As áreas afetas aos laboratórios devem ter em conta e estar adequadas ao número de
2.2 – Segurança – todo o pessoal deverá ser informado das medidas a tomar, quer na
Devem ser tomadas todas as medidas necessárias para respeitar a legislação sobre riscos
de incêndio.
3.1 – Todos os laboratórios devem possuir o equipamento para a realização das análises
que executam, que deve constar no seu Regulamento Interno, de acordo com o estipulado na
tal como as visitas de manutenção ou reparação da assistência técnica devem ficar registadas
para cada equipamento. As normas de utilização e manutenção dos equipamentos devem estar
permanentemente à disposição do pessoal e serem respeitadas por este. Devem estar previstos
deve ser conforme às normas especificadas pelos fabricantes e ser utilizado apenas com o fim e
da forma previstas.
diagnóstico in vitro que tenham sido registados junto de entidade competente reconhecida pelo
Ministério da Saúde.
preparação ou reconstituição e a data limite da validade. Em todos os casos relevantes, deve ser
implementado por forma a evitar os erros e a respeitar a confidencialidade dos dados que
contém. O acesso total ou parcial aos dados deve estar limitado ao pessoal autorizado. Qualquer
modificação dos dados ou do programa só pode ser efetuada por pessoal autorizado e deve ser
registada. Deve estabelecer-se um processo que permita evitar a perda da informação em caso
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em vigor, deve ser conduzida por forma a não pôr em risco a saúde do pessoal do laboratório
ou do pessoal encarregue da sua recolha e não deve ser fonte de poluição do ambiente. De
ao seu produtor. No entanto, esta responsabilidade poderá ser transferida para uma entidade
Laboratório requisitante não possa efetuar, de forma definitiva ou temporária (e.g. avaria, dano
1 – Procedimentos
1.1 – Regras Gerais – o laboratório que realiza exames laboratoriais deve dispor de
assegurar a qualidade dos resultados e a conformidade com MBPL. Em cada zona de atividade
específica do laboratório, os procedimentos operativos relativos às atividades que aí são
realizadas devem estar disponíveis. Livros, artigos e manuais podem ser utilizados como
Estes procedimentos não devem ser fixos, mas sim serem adaptados à evolução dos
Cada amostra biológica deve ser tratada separadamente para que seja possível
seguintes pontos, podendo ser parte integrante de manuais (colheitas, qualidade, regulamento
interno):
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aplicáveis);
b) O tipo de amostra;
m) As regras de validação;
s) A garantia da qualidade;
2.1 – Realização da colheita – a colheita deve ser efetuada pelo especialista ou por
pessoal sob a sua responsabilidade, com formação e habilitação reconhecida pela legislação e
com vínculo contratual ao laboratório. A data e a hora devem ser registadas. Todas as nãoconformidades
que decorram durante a colheita devem ser registadas por escrito, de modo a
que o especialista ou responsável por ele designado possa avaliar da necessidade de rejeição da
2.1.2 – Material – A colheita deve ser efetuada, regra geral, com material esterilizado e
não reutilizável. O recipiente destinado a receber a amostra deve ser adaptado à natureza da
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mesma e das análises a efetuar. A natureza, quantidade ou concentração dos aditivos que ele
possa conter devem ser claramente identificáveis. O recipiente deve ser concebido de modo a
e eliminação das agulhas utilizadas nas colheitas devem ser efetuadas de acordo com a
legislação em vigor.
utente. A etiquetagem deve ser concebida de modo a evitar qualquer erro de identificação.
ao laboratório emissor por escrito. Qualquer não-conformidade deve ser comunicada por
escrito. A informação clínica respetiva deve acompanhar a amostra. A data e hora de envio e de
receção da amostra devem ser rastreáveis. Sempre que houver registo ou transferência de
condições indicadas pelo fabricante e o período de validade deve ser respeitado. Quando não
liofilizadas, devem ter a data e a hora da reconstituição e/ou data de validade após
evaporação e de contaminação.
O prazo de conservação da amostra deve ser fixado pelo especialista e referido nos
procedimentos operativos.
2.4 – Restrições à colheita das amostras – não é permitida, nos postos de colheita, a
obtenção de produtos biológicos destinados a análise cuja realização deva ser imediata ou nos
casos em que não seja possível monitorizar todas as variáveis de processamento, conservação
3 – Transporte de amostras
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O transporte deve ser preferencialmente efetuado por pessoal e meios próprios do laboratório.
A validação dos resultados é dupla: compreende uma validação analítica, que pode ser
realizada pelo pessoal que executou a análise sob supervisão do especialista, e uma validação
A validação analítica das análises deve ser feita segundo procedimentos escritos e
analítica de resultados seja efetuada por não especialistas os critérios de validação devem estar
definidos e escritos por especialistas e aprovados pelo diretor técnico do laboratório. Deve
existir uma lista de pessoal técnico não especialista aprovado para efetuar a validação técnica
variações do seu estado clínico e a terapêutica efetuada. A ficha do doente constitui um dado
5.1 – Expressão dos resultados – a expressão dos resultados deve ser precisa e sem
informações devem ser mencionadas sempre que relevantes para a interpretação dos
auxiliar a interpretação ou a confirmação dum resultado obtido num teste inicial de rastreio.
localização do laboratório, local onde foi efetuada a colheita e identificação do diretor técnico.
Os relatórios só podem ser fornecidos após a sua validação. Contudo, em casos muito
poderão ser transmitidos resultados antes da sua validação, sendo o médico assistente
informado deste facto, devendo o resultado definitivo validado pelo especialista ser transmitido
prescritor ou a qualquer outro médico designado pelo doente, com exceção dos casos
específicos previstos pela lei ou regulamentos em vigor. Os resultados são, de um modo geral,
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entregues em mão ou enviados pelo correio. A entrega deve ser efetuada em envelope fechado.
quem ele designar, ao médico prescritor ou a qualquer outro médico designado pelo doente ou
ou serviços de saúde.
especialista informar o doente dos mesmos, com tanto mais prudência e sensibilidade quanto
mais preocupantes sejam, devendo, então, recomendar ao doente a consulta a um clínico o mais
rapidamente possível.
só poderão ser entregues à companhia mediante autorização escrita do doente para o efeito.
1 – Aspetos gerais
Numa grande parte dos protocolos de investigação clínica são incluídos exames
laboratoriais. No decurso destas experiências pode dar-se na interpretação dos resultados uma
importância primordial aos métodos estatísticos empregues, para auxiliar as conclusões dos
estudos.
em vigor, sendo da responsabilidade do promotor, que deve acautelar todos os requisitos éticolegais,
indispensáveis à realização do estudo.
resultados analíticos;
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medicamentos;
estudo.
2 – Realização do protocolo
V – Garantia da Qualidade
análises e sua execução, bem como a formação e qualificação dos diversos tipos de pessoal
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laboratório tem de ter um responsável. Este responsável tem que ter a formação adequada e a
competência necessária para executar esta tarefa.
Dr. Ricardo Jorge no âmbito do PNAEQ, para todos os parâmetros analíticos executados pelo
corretivas, monitorização e evidência de resolução. Estes registos devem ser arquivados por um
1 – Os laboratórios devem conservar, por qualquer processo, pelo menos durante cinco
anos, sem prejuízo de outros prazos que venham a ser estabelecidos por legislação aplicável, os
documentos listados na respetiva regulamentação de licenciamento e, ainda:
devem ser conservados até cinco anos após ter sido descontinuado o seu uso.
b) O registo das medidas tomadas para corrigir eventuais anomalias detetadas, que deve
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Análises de Laboratório.
2 – Enquanto não for aprovado o Catálogo referido no número anterior deve ser usada
laboratório, que deve ser designado pelo diretor técnico do laboratório e indicado à
3) Todos os PCPB devem estar devidamente identificados como tal e apresentar em local
pessoal auxiliar (ou administrativo), que poderá ser partilhado, e com formação
respetiva legislação;
locais similares ou para as quais seja dado um parecer negativo, de acordo com a
regulamentação de licenciamento.
5 – A uma distância mínima, em linha reta, de 300 metros de outro PCPB ou laboratório.
funcionamento dos PCPB, bem com as condições gerais e particulares descritas no MBPL
IX - Atribuição de Valências
totais, prova de tolerância à glucose por via oral, triglicéridos, ureia e análise sumária de
urina.
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interno e consumíveis.
X – Relatório Anual de Atividades
a) Instalações;
b) Pessoal;
c) Número de doentes/utentes;
a) Instalações;
b) Equipamento específico;
c) Equipamento específico;
d) Número de doentes/utentes;
f) Número de análises efetuadas por contrato com outros laboratórios por valência;
a) Número de postos;
b) Localização;
c) Pessoal;
d) Equipamento específico;
e) Número de doentes/utentes;
f) Número de colheita;
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