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CONTROLE DE QUALIDADE EM
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
Quality Control In Clinical Analysis Laboratory
1
Bióloga, Especialista em Tecnologias e Educação a Distância, Doutoranda em Biotecnologia.
Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil. feel.20@hotmail.com.
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3033-1604.
2
Bióloga, Mestra em Microbiologia Agrícola, Universidade Federal do Recôncavo, Cruz das Almas,
BA, Brasil. lay_anna1@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1001-3046.
3
Biotecnologista, Biólogo, Especialista em Tecnologias e Educação a Distância, Doutor em
Biotecnologia. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil. manasses.
tec@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8730-2180.
água, limpeza das vidrarias e calibração dos finalizada após a entrega do laudo ao médico
equipamentos de medição (pipetas, vidrarias, (LIMA, 2018).
equipamentos) (LIMA et al., 2017; SARA- É de responsabilidade da direção do
MELA; FERNANDES, 2021). laboratório garantir que os laudos sejam
Os processos analíticos devem ser do- entregues aos usuários de forma legível e
cumentados em detalhes nos POPs, imple- sem erros. Esses dados são confidenciais e a
mentados e disponibilizados aos técnicos privacidade do paciente deve ser respeitada e
responsáveis pela realização dos exames. os resultados mantidos em sigilo. Além disso,
Cabe ao diretor técnico a responsabilidade os resultados devem ser liberados dentro
de manter esses documentos atualizados, do prazo estabelecido, mantendo a cópia
devendo revisá-los anualmente ou sempre ou arquivos dos mesmos para recuperação
que novos procedimentos forem introduzidos futura, quando necessário (CORRÊA, 2019).
(ALMEIDA, 2021). Em relação ao conteúdo do laudo, o
As instruções de trabalho analíticas de- mesmo deve conter os seguintes elementos
vem incluir, obrigatoriamente (CORRÊA, (CORRÊA, 2019):
2019): Dados do laboratório (Nome, endereço
1. Nome do procedimento; 2. Objetivo do completo, número do registro no conselho
exame; 3. Fundamento do método; 4. Tipo profissional, responsável técnico com seu
de amostra (ex., plasma, soro, urina); 5. registro no conselho profissional); dados
Equipamentos e reagentes necessários; 6. do paciente (nome, idade, sexo, número
Calibração (rastreabilidade metrológica); do registro no laboratório); material ou
7. Etapas do processo; 8. Procedimentos amostra (tipo, data e hora de coleta);
de controle da qualidade; 9. Interferência resultado do exame (nome do analito,
(ex., lipemia, hemólise, bilirrubinemia) resultado, unidade, métodos, referências
e reações cruzadas; 10. Indicadores de e data de liberação); responsável técnico
desempenho (como linearidade, precisão, (data, número do registro e assinatura).
limites de detecção, intervalo de medição,
exatidão da medição, sensibilidade e es-
pecificidade); 11. Intervalos de referência
Programas de Controle de
biológica; 12. Intervalo para relatar os
resultados de exames de pacientes; 13.
Qualidade
Valores de alerta ou críticos, quando
aplicável; 14. Significado clínico, quando O controle de qualidade laboratorial pode
necessário; 15. Valores de referência; 16. ser dividido em duas categorias: controle de
Fontes potenciais de variabilidade; 17. qualidade interno ou intralaboratorial, e o
Referências bibliográficas. controle de qualidade externa ou interlabora-
torial. O controle intralaboratorial é realizado
nos resultados das amostras controladas,
enquanto que o controle interlaboratorial, um
Processos Pós-Analíticos analito pode ser analisado por outros labora-
tórios e seus resultados serem comparados
A fase pós-analítica no laboratório clínico posteriormente. Ambos têm como finalidade
começa no final do processo de dosagem, avaliar o desempenho atual do laboratório
incluindo o processo de validação e emissão em relação a outros, a fim de identificar não
do laudo com as informações do resultado, e conformidades (WEBER, 2012).
relatórios e o impacto de todos esses fatores rificação do produto final, mas requer uma
no atendimento ao cliente (LOPES, 2010). análise de todo o processo.
No Brasil, estão disponíveis dois progra- Para instalação e organização eficiente
mas de acreditação de laboratórios clínicos: de um programa de controle de qualidade,
o Departamento de Inspeção e de Creden- os procedimentos devem ser implementados
ciamento da Qualidade (DIQC), patrocinado e aprimorados, incluindo o treinamento téc-
pela SBAC e o Programa de Acreditação de nico profissional contínuo, conscientização
Laboratórios Clínicos (PALC), de responsa- e comprometimento de cada profissional
bilidade da Sociedade Brasileira de Patologia e equipe gerencial. Portanto, o controle de
Clínica e Medicina Laboratorial (SBPCML) qualidade nos laboratórios clínicos se torna
(LOPES, 2010; GONÇALVES, 2020). fundamental desde a preparação do paciente
até a liberação dos resultados.
Assim, a implementação do controle de
Considerações Finais qualidade expressa a garantia de serviços de
saúde eficazes e pode ser uma ferramenta
A busca pela melhoria da qualidade e útil para orientar ações corretivas. À medida
aumento da competitividade no mercado faz que a qualidade melhora, o desperdício pode
com que seja cada vez mais necessário que ser evitado, os custos podem ser reduzidos,
as empresas exijam o controle de qualidade, a produtividade pode ser aumentada e até
porém essa busca não deve se limitar à ve- mesmo a competitividade no mercado.
REFERÊNCIAS