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ESO II – HEMATOLOGIA
UBERLÂNDIA
2023
ANGELA MARIA DUTRA DE MORAIS MENEZES
Os laboratórios clínicos realizam vários testes e análises clínicas com o objetivo de fornecer
informações necessárias para o diagnóstico, prevenção ou tratamento de qualquer doença
avaliar a doença ou o estado de saúde de um paciente, fornecendo informações relevantes para
profissionais de saúde, o que torna o tratamento do paciente mais eficiente, rápido e preciso.
pacientes Desta forma, a qualidade dos resultados entregues pelo laboratório muito importante
porque informações incorretas podem levar a diagnósticos errados inconsistente com a
realidade e, portanto, tratamento inadequado. ANVISA (2005)
A qualidade é verificada por controles internos que testam o comportamento Eficácia dos
processos e testes realizados, e controles externos para compará-los Resultados de vários
laboratórios. Os controles internos são realizados pelas seguintes organizações: Testes
baseados em laboratório próprio usando amostras padrão, gráficos de controle e avaliações
Existem algumas regras e estas são muito importantes para garantir a qualidade do exame.
(MOTTA, et al 2001)
Os serviços prestados pelos laboratórios clínicos são de suma importância para o diagnostico
e tratamentos de doenças. Sendo assim este trabalho visa ajudar a entender como a qualidade
é aplicada e qual sua finalidade neste tipo de estabelecimento. (JURAN ,1999).
A gestão da qualidade do laboratório clinico, deve ser definida ela diretoria, que
determina o apoio e disponibiliza os recursos necessários. (ALLER, 1998).
Compreende as atividades coordenadas para dirigir e controlar o laboratório, no que diz
respeito à qualidade, incluindo o estabelecimento da política da qualidade, objetivo da
qualidade com indicadores, metas e responsabilidades. (ALLER, 1998)
Todo laboratório que se preocupa com a qualidade de seus produtos ou serviços deve adotar
m modelo de gestão que priorize as atividades, que otimize o seu próprio desempenho e que
agregue valor ao produto ou serviço para satisfação do cliente. (ALLER, 1998)
A gestão da qualidade de um laboratório deve ser implantada através de planejamento da
qualidade, garantia da qualidade, manutenção da qualidade e melhoria da qualidade. (ALLER,
1998)
Este é um controle interno que consiste na análise diária de amostras de controle de valor
conhecido para avaliar a precisão do teste. Esse controle nos permite avaliar a operação
confiável e eficiente do procedimento de teste e validar se ele produz resultados válidos que
auxiliam no diagnóstico do clínico. O objetivo é garantir a reprodutibilidade (precisão),
verificar a calibração dos sistemas analíticos e indicar os pontos em que ações corretivas
devem ser tomadas em caso de não conformidade.. (LOPES, 2004).
O gráfico de controle é uma ferramenta que permite determinar se um processo pode ser
considerado estável (previsível) ou instável (imprevisível). O diagrama de Levey-Jennings e a
interpretação de múltiplas regras de Westgard são os sistemas de controle de qualidade
interno mais comuns. (MOTTA; CORRÊA; MOTTA, 2001)
Os gráficos de controle de Levey-Jennings podem ter sua eficácia reduzida nos casos de
analitos que apresentam instabilidade nas amostras-controle, bem como quando os Limites de
Controle são muito amplos, mascarando erros sistemáticos, e também nos casos em que o
analista conhece o resultado do analito na amostra-controle, predispondo a avaliação do
mesmo. (MOTTA; CORRÊA; MOTTA, 2001).
Em um processo estável, cada nova avaliação do material de controle deve ter a mesma
distribuição das avaliações anteriores, sendo pouco provável que um valor de controle exceda
o limite de controle de 2 desvios padrão, e muito raro extrapolar o valor de 3 desvios padrão.
Se o método é instável ou tem algum problema, existe uma grande possibilidade de ocorrerem
valores de controle que excedam estes limites. Assim, os valores de controle que estão
posicionados dentro da distribuição esperada são considerados “dentro de controle”, e os
valores que ficam fora da distribuição são classificados como “fora de controle”.
(WESTGARD, 2007).
6 CONTROLE EXTERNO
7 PROGRAMAS DE ACREDITAÇÃO
Acreditação de laboratório significa que um certificado foi obtido, por meio de uma
classificação que indica a conformidade com um conjunto de requisitos pré-estabelecidos. A
acreditação de sistemas de qualidade de laboratórios clínicos é um processo voluntário. É
concedido por uma instituição científica com o objetivo de comprovar a implementação de
Um sistema de qualidade demonstrando eficiência organizacional e técnica. (DIQC, 2007).
A acreditação pode ser considerada como um diferencial competitivo, uma vez que os
clientes, as empresas de saúde e os convênios estão exigindo esta certificação dos
laboratórios, a fim de garantir a qualidade dos seus serviços. (SAKUMA, 2015)
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Mas a avaliação da qualidade não assegura a qualidade em si. Em geral, não pode evitar
problema a tempo de prevenir efeitos prejudiciais. Para garantir a qualidade é preciso
buscar a identificação de todas as causas dos problemas por meio da melhoria
permanente da qualidade e minimizar os erros dentro de padrões aceitáveis ( FACHIN,
O.; 2006)
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A qualidade pode ser gerenciada objetivamente usando o ciclo PDCA (do inglês: plan
(planeje), do (faça), check (avalie), act (aja), como mostrado na figura 2.
CONCLUSÃO
Além disso, a adesão às normas internacionais, como a ISO 15189, fornece um arcabouço
seguro para a gestão da qualidade no laboratório clínico. Essas normas estabelecem diretrizes
e requisitos específicos para a competência técnica e a qualidade dos serviços laboratoriais,
garantindo a conformidade com normas internacionais reconhecidas. (PLEBANI M, et al
2017).
REFERÊNCIAS
CAMPOS, V., F.,1994. Controle da Qualidade Total. 5. ed. Rio de Janeiro: Bloch Editores
S.A.
FACHIN, O.; 2006. Fundamentos de Metodologia. 5. Ed. São Paulo: Editora Saraiva.
Feigenbaum, A. V. (1983). Total Quality Control: The Role of the Chief Executive.
Quality Progress, 16(11), 41-46.
JURAN, J. M. (1999). Juran's Quality Control Handbook (5th ed.). New York, NY: McGraw-
Hill.
MEIER FA, Badrick TC, Sikaris KA. What’s to Be Done about Laboratory Quality? Process
Indicators, Laboratory Stewardship, the Outcomes Problem, Risk Assessment, and Economic
Value. Am J Clin Pathol. 2018;149(3):186–96. DOI: 10.1093/ajcp/aqx135.
MOTTA, Valter T.; CORRÊA, José A.; MOTTA, Leonardo R. Gestão da qualidade no
laboratório clínico. 2ed. Caxias do Sul: Editora Médica Missau, 2001. 256 p
PLBANI M, Sciacovelli L, Aita A. Quality Indicators for the Total Testing Process. Clin Lab
Med. 2017;37(1):187–205. DOI: 10.1016/j.cll.2016.09.015.
SCIACOVELLI L, Lippi G, Sumarac Z, West J, Garcia Del Pino Castro I, Furtado Vieira K,
et al. Quality Indicators in Laboratory Medicine: The status of the progress of IFCC Working
Group “laboratory Errors and Patient Safety” project. Clin Chem Lab Med. 2017;55(3):348–
57. DOI: 10.1515/cclm-2016-0929.
THREATTE, G. A.; 1998. Laboratórios em Consultório Médico. Parte VII. In: HENRY, J.B.
Diagnósticos Clínicos e Tratamentos por Métodos Laboratoriais.
SAKUMA, Tatsuya; QUEIROZ, Adriane F.; SAKUMA, Erci T.; SAKUMA, Thais H.;
SAKUMA, Tatiana T. Identificação dos Atributos de Qualidade Mais Importantes na
Percepção dos Usuários de um Laboratório Clínico. 2015
WESTGARD, James O. Westgard QC. 2007. Disponível em: . Acesso em: 03 março 2007.