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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

THAINÁ ASSIS
152.526

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES CLÍNICAS:


BIOQUÍMICA

Dourados
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

THAINÁ ASSIS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES CLÍNICAS:


BIOQUÍMICA

Trabalho apresentado na Disciplina de Estágio


Supervisionado em Análises Clínicas do 4
ano, Curso de Biomedicina, Faculdade de
Ciências da Saúde.

Prof. Rafael Reche.

Dourados
2023
ESPECTOFOTOMETRIA – COBAS

O aparelho Cobas, desenvolvido pela Roche Diagnostics, é um sistema


automatizado de espectrofotometria utilizado em laboratórios clínicos para realizar análises
bioquímicas e imunoensaios. A espectrofotometria é uma técnica que envolve a medição
da absorção de luz por uma substância em diferentes comprimentos de onda.
O Cobas utiliza um princípio de espectrofotometria conhecido como fotometria de
absorção. Ele emite luz em comprimentos de onda específicos através de uma fonte de luz,
que passa por uma cubeta contendo a amostra a ser ausente. Em seguida, um detector de
luz mede a quantidade de luz gravada pela amostra em cada comprimento de onda.

Essa da absorção de luz permite ao aparelho determinar a concentração de uma


substância presente na amostra, como um analito específico, por exemplo, glicose,
colesterol, bilirrubina, enzimas hepáticas, eletrólitos, entre outros. Os resultados obtidos
podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico, acompanhamento e monitoramento de
diversas condições médicas.
O Cobas é um sistema totalmente automatizado, capaz de processar grandes
volumes com alta precisão e eficiência. Além disso, ele é integrado com software de
gerenciamento de dados, o que facilita o rastreamento e o registro dos resultados dos testes.
A Lei de Lambert-Beer, é um princípio fundamental utilizado na
espectrofotometria. Essa lei descreve a relação entre a concentração de uma substância
absorvente em uma solução, a espessura da amostra e a absorvância da luz.
De acordo com a Lei de Lambert-Beer, a absorbância (A) de uma solução é
diretamente proporcional à concentração (c) da substância absorvente e ao percurso óptico
(b) da luz através da solução. A relação matemática pode ser expressa pela seguinte
permissão:
A=ε*c*b
Onde:
• A é a absorbância da solução, medida pelo espectrofotômetro.
• ε (épsilon) é o coeficiente de absorção molar, uma constante específica para cada
substância absorvida e comprimento de onda.
• c é a concentração da substância absorvente na solução.
• b é o percurso óptico, que representa a espessura da amostra através da qual a luz
passa.
Essa relação permite determinar a concentração desconhecida de uma substância
absorvente em uma solução através da medição da absorbância em um determinado
comprimento de onda, desde que o coeficiente de absorção molar seja conhecido.
Na prática, a espectrofotometria utiliza essa lei para medir a absorbância de uma
amostra em diferentes comprimentos de onda e, a partir disso, calcular a concentração da
substância de interesse na solução. Essa técnica é amplamente utilizada em análises
quantitativas de substâncias químicas, como na experiência de concentração de compostos
em soluções ou em experimentos de química cinética.
CONTROLE DE QUALIDADE

O controle de qualidade laboratorial é um conjunto de atividades realizadas em


laboratórios para garantir a precisão, exatidão e confiabilidade dos resultados dos testes
realizados. Essas atividades são essenciais para garantir a integridade dos dados produzidos
e acreditar na validade das análises laboratoriais.
Existem diferentes aspectos observados no controle de qualidade laboratorial,
incluindo:
Controle de qualidade interno: Envolve a implementação de procedimentos e
controles internos no laboratório para monitorar a precisão e a precisão dos resultados. Isso
pode incluir uma análise de amostra de controle de qualidade, que é uma amostra com
valores conhecidos, incorporados regularmente nos testes para avaliar o desempenho do
método analítico.
Controle de qualidade externo: Envolve a participação em programas externos de
controle de qualidade, como os programas de ensaios de proficiência. Nesses programas, o
laboratório recebe amostras cegas de um provedor externo e os resultados são comparados
com os valores esperados. Isso permite uma avaliação objetiva do desempenho do
laboratório em relação a outros laboratórios e padrões reconhecidos.
Validação de método: Antes de implementar um novo método de análise, é
importante realizar sua validação. Isso envolve uma verificação de parâmetros como
sensibilidade, especificidade, linearidade, precisão e exatidão do método. A validação
assegura que o método seja apropriado para uso no laboratório e que os resultados
esperem.

GRÁFICO DE LEVEY JENNINGS

O gráfico de Levey-Jennings, também conhecido como gráfico de controle, é uma


ferramenta utilizada no controle de qualidade laboratorial para monitorar a precisão dos
resultados analíticos ao longo do tempo.
O gráfico de Levey-Jennings possui eixos cartesianos, sendo o eixo horizontal (eixo
X) usado para representar o tempo ou as rodadas de testes, e o eixo vertical (eixo Y) usado
para representar os valores dos resultados obtidos.
Para construir um gráfico de Levey-Jennings, os seguintes passos são geralmente
seguidos:
Coletar e analisar os resultados dos controles de qualidade realizados ao longo do
tempo. Os controles de qualidade devem ser executados em intervalos regulares, de acordo
com as diretrizes e procedimentos do laboratório.
Calcular a média e o desvio padrão dos resultados obtidos para cada controle de
qualidade em um determinado período.
Plotar os valores da média e do desvio padrão em seus respectivos pontos no
gráfico. A média é representada como uma linha central e o desvio padrão é representado
como linhas acima e abaixo da média, chamadas de limites de controle. Geralmente, são
utilizados limites de controle de ±2 ou ±3 desvios padrão.
Registrar os resultados futuros dos controles de qualidade no gráfico, plotando-os
como pontos individuais.
Ao monitorar os resultados ao longo do tempo, o laboratório pode verificar
visualmente se os resultados permanecem dentro dos limites de controle alcançados. Se os
pontos caem consistentemente fora dos limites de controle, isso pode indicar uma variação
no desempenho analítico e a necessidade de investigação e correção.
O gráfico de Levey-Jennings é uma ferramenta valiosa para identificar tendências,
desvios sistemáticos e variações aleatórias nos resultados dos testes laboratoriais. Ele
auxilia na detecção precoce de problemas e na tomada de ações corretivas para manter a
qualidade dos resultados analíticos.
REGRAS DE WESTGARD

As regras de Westgard são um conjunto de critérios estatísticos utilizados no


controle de qualidade laboratorial para identificar desvios experimentados nos resultados
dos testes. Essas regras ajudam a detectar erros sistemáticos e variações fora do esperado,
permitindo que ações corretivas sejam tomadas antes que resultados excluídos sejam
liberados.
Existem várias regras de Westgard, cada uma com seu próprio aceitado ou rejeitado
de resultados. Aqui estão algumas das regras mais comumente utilizadas:
Regra 1 de Westgard (1:3s): Qualquer ponto fora de ±3 desvios padrão em relação à
média é rejeitado.
Regra 2 de Westgard (2:2s): Dois pontos consecutivos fora de ±2 desvios padrão
são rejeitados.
Regra R4s: Quatro pontos consecutivos dentro de ±1 desvio padrão da média são
rejeitados.
Regra 4: Qualquer ponto fora dos limites de ±2 desvios padrão em relação à média
é rejeitado.
Regra 10x: Dez pontos consecutivos acima ou abaixo da média são rejeitados.
Essas regras podem ser aplicadas em diferentes combinações, dependendo das
necessidades e dos requisitos do laboratório. Além disso, outros critérios específicos do
teste também podem ser levados em consideração ao interpretar os resultados.
É importante ressaltar que as regras de Westgard fornecem orientações gerais para
identificar desvios experimentados, mas nem sempre indicam problemas reais. Portanto, é
necessário analisar os resultados rejeitados e realizar considerações adicionais para
determinar a causa do desvio e implementar as ações corretivas apropriadas.
As regras de Westgard são apenas uma abordagem de controle de qualidade entre
muitas outras disponíveis. Cada laboratório pode adaptar essas regras ou utilizar outras
abordagens de acordo com suas necessidades específicas e como diretrizes e
regulamentações completas.
ÁCIDO ÚRICO

O ácido úrico é um produto final do metabolismo das purinas, que são compostos
encontrados em certos alimentos e também são produzidos naturalmente pelo organismo.
O ácido úrico é transportado pelo sangue e excretado na urina.
Níveis elevados de ácido úrico no sangue podem levar à formação de cristais de
urato nas articulações, tecidos e órgãos, causando condições como gota, artrite gotosa ou
raciocínio renais de ácido úrico.
Existem diferentes fatores que podem contribuir para níveis elevados de ácido
úrico.
Dieta: Uma dieta rica em purinas, como carnes vermelhas, frutos do mar, vísceras,
alimentos processados e bebidas alcoólicas, pode aumentar os níveis de ácido úrico.
Obesidade: O excesso de peso pode levar ao aumento da produção de ácido úrico e
dificultar a excreção pelos enxágues.
Genética: Algumas pessoas possuem predisposição genética para ter níveis
elevados de ácido úrico.
Insuficiência renal: A diminuição da função renal pode levar à redução da excreção
de ácido úrico, subindo em níveis elevados no sangue.
Os sintomas da hiperuricemia podem incluir ataques de dor e inflamação nas
articulações, geralmente no dedão do pé (característico da gota), bem como pedras nos rins
e, em casos mais graves, danos nos órgãos.
O diagnóstico da hiperuricemia é feito através de exames de sangue que medem os
níveis de ácido úrico. O tratamento geralmente envolve mudanças na dieta, redução do
consumo de alimentos ricos em purinas, perda de peso, aumento da ingestão de líquidos e,
em alguns casos, medicamentos para reduzir os níveis de ácido úrico.

METABOLISMO DA GLICOSE – INSULINA E GLUCAGON

A glicose, a insulina e o glucagon são três elementos cruciais no controle dos níveis
de açúcar no sangue (glicemia) no corpo humano. Vamos entender melhor cada um deles:
A glicose é o principal açúcar encontrado no sangue e é a principal fonte de energia
para as células do corpo. É controlado a partir dos alimentos que consumimos e é liberado
na corrente sanguínea durante a digestão e o metabolismo dos carboidratos. A glicose é
transportada para as células com a ajuda da insulina.
A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas. Sua função
primordial é regular os níveis de glicose no sangue. Quando os níveis de glicose estão
elevados após uma refeição, a insulina é liberada no sangue para permitir que as células
absorvam a glicose e a utilizem como fonte de energia. A insulina ajuda a diminuir os
níveis de glicose no sangue, estimulando a sua entrada nas células (principalmente nas
células musculares e adiposas) e inibindo a produção de glicose pelo fígado.
O glucagon é um hormônio produzido pelas células alfa do pâncreas, localizadas
nas ilhas de Langerhans. Sua função é aumentar os níveis de glicose no sangue quando
estão baixos, em um processo chamado glicogenólise. O glucagon estimula o fígado a
converter o glicogênio armazenado em glicose, que é liberado na corrente sanguínea. Isso
ajuda a elevar a glicemia quando necessário, como em situações de jejum prolongado ou
durante a prática de exercícios físicos intensos.

A regulação dos níveis de glicose no sangue envolve um complexo equilíbrio entre


a ação da insulina e do glucagon. Quando os níveis de glicose estão altos, a insulina é
liberada para diminuí-los. Por outro lado, quando os níveis de glicose estão baixos, o
glucagon é liberado para aumentar. Essa interação entre a insulina e o glucagon permite
manter a glicemia dentro de uma faixa saudável.
Distúrbios nesse sistema de regulação podem levar a condições como diabetes
mellitus tipo 1 (deficiência de insulina), diabetes mellitus tipo 2 (resistência à insulina) e
outros distúrbios relacionados à regulação da glicemia.
É importante ressaltar que as informações fornecidas aqui são apenas uma visão
geral e simplificada desses três elementos. O metabolismo da glicose, a regulação
hormonal e as doenças relacionadas são assuntos complexos que exigiram um estudo mais
aprofundado para uma compreensão completa.

DIABETES MELLITUS

O diabetes mellitus é uma condição crônica caracterizada pela elevação dos níveis
de glicose (açúcar) no sangue. Existem diferentes tipos de diabetes mellitus, sendo os mais
comuns o tipo 1, o tipo 2 e o gestacional.
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca e
apresenta as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Como
resultado, o corpo não produz insulina suficiente ou nenhuma insulina. O diabetes tipo 1
geralmente se desenvolve na infância ou adolescência, embora possa ocorrer em qualquer
idade. As pessoas com diabetes tipo 1 precisam receber injeções espontâneas de insulina
para controlar seus níveis de glicose no sangue.
O diabetes tipo 2 é a forma mais comum de diabetes e está relacionado
principalmente a fatores de estilo de vida, como obesidade, falta de atividade física e má
alimentação, por isso ela é considerada adquirida. Nesse tipo de diabetes, o organismo
ainda produz insulina, mas as células são resistentes à sua ação ou há uma produção
insuficiente de insulina. Inicialmente, o tratamento pode envolver mudanças no estilo de
vida, como dieta saudável, atividade física e perda de peso. Em alguns casos,
medicamentos orais ou injeções de insulina podem ser necessários.

O diabetes gestacional ocorre durante a gravidez e afeta mulheres que não tinham
diabetes anteriormente. Durante a gravidez, certos hormônios podem bloquear a ação da
insulina, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. A maioria das mulheres com
diabetes gestacional pode controlar seus níveis de glicose com uma dieta adequada e
exercícios físicos. No entanto, em alguns casos, medicamentos também podem ser
necessários. Após o parto, o diabetes geralmente desaparece, mas as mulheres que tiveram
diabetes gestacional têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 posteriormente na vida.

PERFIL LIPÍDICO – LEI DE FRIEDWALD

A Lei de Friedewald é uma fórmula utilizada para estimar os níveis de lipoproteínas


de baixa densidade (LDL) no sangue a partir dos resultados de um perfil lipídico, que
geralmente inclui medidas de colesterol total, triglicerídeos e lipoproteínas de alta
densidade (HDL). A fórmula é amplamente utilizada em laboratórios clínicos quando não é
possível medir diretamente o LDL.

LDL = Colesterol total - (HDL + (Triglicerídeos/5))

O cálculo assume que a maioria dos triglicerídeos está presente em lipoproteínas de


densidade muito baixa (VLDL) e que o colesterol em VLDL é muito menor em
comparação com o colesterol em LDL. Essa fórmula é mais precisa dos níveis de
triglicerídeos quando estão abaixo de 400 mg/dL.
É importante mencionar que a Lei de Friedewald pode não ser precisa em certos
casos, como quando os níveis de triglicerídeos estão muito elevados (acima de 400 mg/dL)
ou em indivíduos com alterações nas lipoproteínas, como níveis anormais de quilomícrons
ou VLDL.

LDL X HDL

LDL (lipoproteína de baixa densidade) e HDL (lipoproteína de alta densidade) são


dois tipos de lipoproteínas envolvidas no transporte de colesterol no organismo. Essas
lipoproteínas têm funções distintas e níveis elevados de LDL e níveis baixos de HDL
podem ser indicadores de risco para doenças cardiovasculares.
O LDL é freqüentemente chamado de "colesterol ruim", pois quando os níveis
estão elevados, há um maior risco de acúmulo de colesterol nas paredes das artérias,
formando placas ateroscleróticas. Essas placas podem restringir o fluxo sanguíneo e
aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, acidente
vascular cerebral (AVC) e doença arterial periférica. O LDL transporta a maior parte do
colesterol do fígado para os tecidos do corpo.
O HDL é comumente referido como "colesterol bom". O HDL tem um papel
protetor no sistema cardiovascular, pois ajuda a remover o excesso de colesterol das
células e tecidos do corpo e o transporte de volta para o fígado, onde pode ser processado e
excretado. Ter níveis elevados de HDL está associado a um menor risco de doenças
cardiovasculares.

URINÁLISE

A urinálise é um exame laboratorial que envolve a análise física, química e


microscópica da urina. Esse exame é frequentemente solicitado como parte de uma
avaliação médica de rotina, diagnóstico de doenças ou monitoramento do tratamento.
A urina é um produto de excreção do corpo e pode fornecer informações valiosas
sobre a função renal, metabólica e geral do organismo.
No aspecto físico, observamos a aparência geral da urina é, incluindo sua cor,
transparência e presença de qualquer precipitado ou sedimento. A cor normal da urina
varia de amarelo claro a âmbar. A transparência deve ser clara. Alterações na cor ou na
transparência podem indicar condições médicas, como desidratação, icterícia ou infecção
urinária.0
Também, avaliamos o pH, que mede a acidez ou alcalinidade da urina. O pH
normal da urina varia geralmente entre 4,6 e 8,0. Valores anormais podem indicar
distúrbios metabólicos ou renais.
A densidade urinária é uma medida da concentração de solutos na urina. É usada
para avaliar a função renal e a capacidade dos rins de concentrar a urina. A densidade
urinária normal varia de acordo com a hidratação do indivíduo.
Na análise química, a urina é testada para detectar a presença de substâncias
químicas específicas, como glicose, proteína, cetonas, bilirrubina e nitritos. Esses testes
podem ajudar a identificar condições como diabetes, infecções do trato urinário, doenças
hepáticas e distúrbios metabólicos.
A análise microscópica, uma amostra de urina é examinada sob o microscópio para
identificar a presença de células sanguíneas, células epiteliais, cristais, bactérias, leucócitos
e células de sedimento renal. Isso ajuda a identificar possíveis infecções, inflamações ou
outras anormalidades.

A urinálise pode fornecer informações importantes sobre a saúde do paciente e


auxiliar no diagnóstico de uma variedade de condições médicas, como infecções urinárias,
doenças renais, diabetes, distúrbios metabólicos, entre outros.
MARCADORES CARDÍACOS

Existem vários marcadores cardíacos que podem ser utilizados para avaliar a
função cardíaca, doenças cardíacas e monitorar a resposta ao tratamento Como por
exemplo, a troponina e a CKMB.
A troponina e a CKMB são dois marcadores cardíacos usados para avaliar danos ao
músculo cardíaco (miocárdio) em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio
(IAM) ou outras condições cardíacas.
A troponina é uma proteína encontrada nas células musculares cardíacas. Quando o
músculo cardíaco é danificado, seja devido a um bloqueio repentino do fluxo sanguíneo
(causado por um coágulo de sangue em uma artéria coronária), seja por outros motivos, a
troponina é liberada na corrente sanguínea. A dos níveis de troponina no sangue é uma
ferramenta importante no diagnóstico de um infarto agudo do miocárdio. Níveis elevados
de troponina indicam lesões ao músculo cardíaco.
A CKMB é uma enzima encontrada principalmente nas células musculares
cardíacas. Quando ocorre lesão no músculo cardíaco, a CKMB é liberada na corrente
sanguínea. A dos níveis de CKMB no sangue também é usado para diagnóstico de danos
ao músculo cardíaco, especialmente em pacientes com suspeita de IAM. No entanto, a
CKMB tem uma sensibilidade menor e uma janela de tempo mais curta em comparação
com a troponina.
Esses marcadores cardíacos são medidos por meio de exames de sangue,
geralmente realizados em intervalos de tempo específicos para avaliar a presença e
evolução de danos ao músculo cardíaco. valores elevados de troponina e CKMB podem
indicar um infarto agudo do miocárdio recente ou lesão cardíaca.
Existem vários marcadores cardíacos que podem ser utilizados para avaliar a
função cardíaca, doenças cardíacas e monitorar a resposta ao tratamento. Além da
troponina e da CK-MB, mencionados anteriormente, outros marcadores cardíacos
comumente usados incluem:
CK (Creatina Quinase): Além da CKMB, a CK total também pode ser medida
como um marcador cardíaco. A CK é uma enzima encontrada em diferentes tecidos,
incluindo o músculo cardíaco. A aceleração dos níveis de CK pode indicar lesões ao
músculo cardíaco.
Mioglobina: A mioglobina é uma proteína encontrada nos músculos, incluindo o
músculo cardíaco. Aumentos nos níveis de mioglobina podem ocorrer em casos de lesão
muscular cardíaca, como um infarto agudo do miocárdio. Porém, só é identificada alterada,
em até 4 horas.
Troponina T e I: Além da troponina total, existem variantes específicas como
troponina T e troponina I. Elas são liberadas no sangue quando há lesão do músculo
cardíaco. A troponina é considerada o marcador cardíaco mais sensível e específico para o
diagnóstico de um infarto agudo do miocárdio.

A escolha do marcador a ser utilizado depende do quadro clínico do paciente, dos


sintomas, das características da doença cardíaca suspeita e das orientações clínicas
específicas.
ALT E AST

ALT (alanina aminotransferase) e AST (aspartato aminotransferase) são enzimas


hepáticas que desempenham um papel importante na função do fígado. Essas enzimas
estão presentes nas células do fígado e são liberadas no sangue quando ocorre lesão ou
dano ao tecido hepático. Os níveis de ALT e AST são freqüentemente medidos em exames
de sangue para avaliar a saúde do fígado e condições hepáticas.
A ALT é encontrada principalmente nas células hepáticas. Níveis elevados de ALT
no sangue geralmente indicam lesão ou dano ao fígado. A causa mais comum de aumento
da ALT é a hepatite, que pode ser causada por diferentes fatores, como infecção viral
(hepatite viral), consumo excessivo de álcool (hepatite alcoólica) ou doença hepática
gordurosa não alcoólica. Outras condições que podem elevar os níveis de ALT incluem
cirrose hepática, hemorragia biliar, uso de medicamentos hepatotóxicos e doenças
autoimunes do fígado.
A AST também está presente nas células hepáticas, mas também é encontrada em
outros tecidos, como coração, músculos, rins e pulmões. Níveis elevados de AST podem
indicar danos ao fígado, mas também podem estar relacionados a lesões ou doenças em
outros órgãos. Por exemplo, um aumento da AST pode ser observado em casos de infarto
agudo do miocárdio (ataque cardíaco), doenças musculares, lesões musculares,
insuficiência cardíaca congestiva, hepatite, cirrose e outros distúrbios hepáticos.

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