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DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

Quando suspeitar de DAC?

- Características da dor torácica (qualquer dor entre umbigo e pescoço)

- Clássico: dor em aperto (sinal de Levyni: inclinado para frente, com o punho fechado no
peito). Mas geralmente a dor é mal caracterizada.

- Fatores de melhora: nitrato, repouso.

- Fatores de piora: estresse físico ou emocional

- Irradiação clássica: para região cervical, mandíbula e MMSS (principalmente MSE)

- Sintomas associados: aqueles relacionados a ativação simpática, palidez cutânea, sudorese


fria, náusea, prostração.

Aterosclerose manifesta  tem mais risco de ter DAC

- Doença carotídea

- Doença arterial periférica

- Aneurisma de Aorta

- Doença aterosclerótica equivalente: DM tipo I ou II, DRC e hipercolesterolemia


familiar (LDL > 190/200).

Sinal de Frank (vinco no lobo da orelha)  está relacionado com DAC.

O que são equivalente angionoso? Sintoma agudo sem dor: dispneia, palidez/sudorese,
vômitos, palpitações.

Grupos mais risco de equivalentes angionoso: diabéticos, idosos e mulheres.

Características da angina instável:

- Dor “em crescendo” (cada vez maior para menores esforços).

- Início recente CCS 3 (pequenos esforços).

- Dor em repouso ou dor prolongada (>20 min).

O Que fazer para avaliar DAC estável num paciente com risco intermediário? Teste de estresse.

INVESTIGAÇÃO DE DAC ESTÁVEL

Risco intermediário: Teste de estresse (ergométrico, cintilografia, ECO estresse).


Risco baixo/intermediário: Exame anatômico (angioTC coronariana) – melhor para pacientes
que você acha que NÃO é, pois angioTC vale pelo valor preditivo negativo (se ela vem normal
podemos excluir com muita segurança, se ela vem alterada tenho que confirmar com
cateterismo)

Risco alto: Cateterismo cardíaco.

CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS:

Hipercolesterolemia pura: LDL > 160

Hipertrigliceridemia: TG > 150

Hiperlipidemia mista: LDL > 160 + TG > 150

HDL baixo: <40 (homem) < 50 (mulher)

MEDICAÇÕES

Medicações que mudam a mortalidade em pacientes na angina estável?

- AAS

- Estatina

- IECA/BRA (se hipertenso ou FE < 40% o benefício é mais importante).

Betabloqueador: é remédio antianginoso (para dor), não muda a mortalidade, só ajuda na dor.

METAS NO TRATAMENTO DAS DISLIPIDEMIAS

Tratamos pelo alvo/meta do LDL

Muito alto risco: Fármaco + MEV.

- aterosclerose manifesta

- META LDL < 50

Alto risco:

- Subclínica equivalente

- META: LDL < 70

Moderado risco:

- MEV 3 a 6 meses

- META: LDL < 100

Baixo risco:
- MEV 3 a 6 meses

- META: LDL < 130

Tratamento
- Colesterol alto: estatinas (age no fígado reduzindo a produção do colesterol)

- Alta potência: Atorvastatina (40 – 80 mg), Rosuvastatina (20 – 40 mg)

- Pode associar o Ezetimibe em casos de muito alto rico. (age na absorção de colesterol
no intestino): usado em associação a estatina (estatina já otimizada)

- Pode usar inibidores da PCSK9 se houver possibilidade para casos extremos e


refratários. (evolucumabe) : anticorpos monoclonais contra a enzima PCSK9, aumenta
receptores de LDL e reduzem LDL. $$$$, Intramuscular.

- Triglicerides alto: fibratos

- Dislipidemia mista:

- TG < 500  Estatina

- TG > 500  Prioriza no primeiro momento fibrato. Risco de pancreatite aguda.

PACIENTES EM USO DE ESTATINA, DEVO MONITORAR: CK Total e TGP.

- Principal efeito colateral das estatinas: mialgia (com ou sem elevação de CPK) e lesão
muscular.

- Critérios para suspensão da estatina: sintomas intoleráveis (posso tentar trocar por
outra estatina). Se CPK > 7x o valor superior de normalidade. Se rabdomiólise (IRA).

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