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INSTITUTO POLITECNICO BOA ESPERANÇA

CURSO DE ENFERMAGEM GERAL

TURMA 2

Ancha Saíde Emane

Bizeiro Ângelo Moisés Amade

Joana Bernardo

Laurinda da graça Miguel

ATENÇAO BASICA:

Hipertensão Artérial

NACALA PORTO

OUTUBRO DE 2022
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Ancha Saíde Emane

Bizeiro Ângelo Moisés Amade

Joana Bernardo

Laurinda da graça Miguel

ATENÇÃO BASICA:

Hipertensão Artérial

Trabalho de caracter avaliativo


apresentado ao instituto Politecnico
boa esperança delegação de Nacala, na
cadeira de atençao basica:

Docente: Dr. Humberto

NACALA PORTO

OUTUBRO DE 2022
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Índice

Objectivos………………………………………………………………………………………………...................................

Introdução………………………………………………………………………………………………...................................

Definição de Pressão Arterial……………………………………………………………………...................................

Definição da HTA……………………………………………..………………………………………...................................

Epidemiologia…………………………………………………………………………………………...................................

Causas da hipertensão Secundaria …………………………………….…………………...................................

Factores de risco………………………………………………..……………………………………...................................

Fisiopatologia…………………………………………………………………………………………...................................

Orgãos Alvos……………………………………………………………………………..……………...................................

Classificação……………………………………………………………………………………………...................................

Quadro clinico…………………………………………………………………………………...................................

Diagnostico da Hipertensão Arterial……………………………………………………...................................

Complicações …………………………………………………………………..……………………...................................

Exames Auxiliares de Diagnostico………………………………………………..……...................................

Tratamento e seguimento da hipertensão…………………………………………...................................

Tratamento não medicamentoso…………………………………………….………………...................................

Tratamento medicamentoso……………………………………………………………..……...................................

Critérios de referencia……………………………………………………………………….........................................

Hipertensão na gravidez………………………………………………….……………………...................................

Pré eclampsia ou eclampsia…………………………………………………………………...................................

Abordagem geral………………………………………………………………………..……………...................................

Terapia anti hipertensiva……………………………………………………………..…………...................................

Opções de tratamento da hipertensão na gravidez……………………………………..........................

Prevenção.……………………………………………………………………………………………...................................

Conclusão………………………………………………………………………………………………...................................
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Objectivos do trabalho

Ate ao final deste trabalho, o leitor estará capacitado:

• Diagnosticar a Hipertensão Artérial

• Executar corretamente o seguimento do pacientes com hipertensão artérial sistemica (HAS)

• Ser capaz de definir a HTA, causas, factores de risco

• Classificar a Hipertensão Artérial

• Tratar a Hipertensão Artérial Sistemica e maligna


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Introdução

Com o presented trabalho pretendemos abordar a Hipertensão Artérial é a doença


cardiovascular mais prevalente no mundo, sendo que é o principal factor de risco
cardiovascular modificavel, a morbimortalidade por doenças cardiovasculares aumenta
progressivamente com elevações da Presssão arterial de forma linear, continuam e
independente. A Hipertensão Artérial não controlada aumenta o risco do dano vascular, com
consequencias como insuficiência cardiaca, infarto agudo do miocardio, derrame, AVC
isquemico, comprometimento da circulação sanguínea.

Algumas características são consideradas factores de risco para a HAS (hipertensão artérial
sistemica, e merecem intervenções activas, do profissional de saude. Pessoas com tais
características devem ser avaliadas cuidadosamente a fim de confirmar ou descartar a
presença da doença.
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Conceitos basicos

Pressão Arterial

Pressão Arterial: é a força exercida sobre a parede das artérias pela passagem do sangue.
Sendo medida em milímetros de mercúrio (mmhg). Ao se Medir a pressão Arterial se
determinam duas pressões, sendo máxima (quando o coração se contrai, é chamado de
sístole) e mínima (quando o coração se dilata é chamada de diástole).

O coração trabalha em dois momentos, sendo que quando contrai (sístole) enche se de sangue
e quando se dilata (diástole) bombeia o sangue para as diversas partes. Graças ao movimento
de contração e dilatação do coração o sangue circula de forma permanente pelos vasos
sanguíneo (veias, capilares e artérias).

Hipertensão Arterial

1.Definição:

HTA é a elevação cronica da pressão arterial, para valores de maior ou igual a 140mmhg sístole
e maior ou igual a 90mmhg diástole. É uma doença silenciosa, pois na maior parte das pessoas
não apresenta sintomatologia (assintomático).

Epidemiologia

Em Moçambique a doença esta amplamente distribuída, com uma prevalência nacional de


34.9% entre os homens e mulheres dos 25 anos aos 64 anos, sendo de maior prevalência nas
cidades 40.6% que no campo 29.8%.

Etiologia: dos 90-95% dos pacientes, a etiologia é desconhecida sendo que é chamada de
Hipertensão Arterial Primaria ou essencial, e em 5-10% dos pacientes tem a causas conhecidas,
sendo chamada de Hipertensão Arterial Secundaria.

Causas da hipertensão Secundaria

• Estenose da artéria renal

• Doença renal parenquimatosa: glomerulonefrite, cistos renais, uropatias obstrutivas

• Feocromocitoma (tumor da medula das glândulas Supra renais)

• Hiperaldosteronismo resultante de um tumor (adenoma) glândulas secretoras de


aldosterona ou hiperplasia supra renal bilateral

• Outras causas: uso de contraceptivos orais, doença da tifoide, hiperparatiroidismo,


acromegalia, etc.

Factores de risco

• Idade avançada

• Tabagismo

• Diabetes Melitus

• Hipercolesterolemia

• Antecedentes familiares de HTA e doenças cardiovasculares


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• Dieta Rica em sal

• Sedentarismo

• Obesidade

• Alcoolismo

• Dislipidemia

• Género e etnia

1.3.Fisiopatologia

A fisiopatologia da Hipertensão é complexa, sendo as seguintes:

A pressão arterial depende do debito cardíaco e da resistência vascular. Quanto maior for o
debito cardíaco maior será a pressão arterial, e quanto maior for a resistência vascular
periférica (vasoconstrição) maior será a pressão arterial.

A ingestão de sal (Nacl) aumenta o volume vascular que perante a uma deficiências de
excreção de sódio pelos rins (por doença renal ou por aumento da produção de hormônios
que retém o sal (Nacl), iria promover o aumento da pressão arterial.

O sistema nervoso autónomo também desempenha um papel na regulação da pressão arterial,


sendo os reflexos adrenérgicos com liberação de catecolamina (norepinefrina, epinefrina,
dopamina) que aumentam a força da contração cardíaca, o debito cardíaco e promovem a
vasoconstrição.

O sistema renina-angiotensina-aldosterona também regula a pressão arterial, primeiramente


pela vasoconstrição resultante acção da angiotensina II e propriedades de retenção de sódio
da aldosterona.

A diminuição do lúmen vascular por arterosclerose e outros tipos de alteração mecânicas,


estruturais ou funcionais aumentam a resistência vascular periférica.

1.3.1. Orgãos Alvos

• O coração: originando cardiopatias hipertensivas

• O cérebro: originando AVC

• O rim: originando insuficiência renal (porém lembrar que uma doença renal pode levar a
hipertensão arterial, dai será difícil determinar o que começou primeiro: a doença renal ou a
hipertensão arterial.

• Artérias periféricas: originando arterosclerose e suas consequencias por diminuição do fluxo


sanguíneo.

• Olhos: originando uma retinopatia hipertensiva

1.4. Classificação

A hipertensão arterial pode ser classificada da seguinte forma:

Quanto a causa

• Hipertensão Arterial Primaria ou essencial


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• Hipertensão Arterial Secundaria

Quanto aos valores de pressão arterial

Classificação da pressão Valor da Pressão arterial sístole Valor da Pressão arterial diástole
arterial em mmhg em mmhg
Normal <120 < 80
Pre hipertensão 120-139 80-89
Hipertensão de estagio l 140-159 90 - 99
Hipertensão de estagio ll >,= 160 >,= 110
Hipertensão de estagio IIl > 180 > 110
Hipertensão sistólica >140 < 90
isolada

Hipertensão maligna: é uma síndrome associada a elevação súbita da pressão arterial com
lesão dos orgãos alvos e apresenta a seguinte sintomatologia:

• Alteração da visão por edema da pupila

• Manifestação de encefalopatia hipertensiva: cefaleia severa, vómitos, convulsões, paralisias


transitórias, ate esturpor e coma.

• Descompensação cardíaca: com sinais de insuficiência cardíaca

• Insuficiência renal

A hipertensão maligna pode apresentar se em pacientes com historia de hipertensão, ou em


indivíduos previamente normotensos.

Tratamento e conduta

O tratamento da hipertensão maligna deve ter em consideração duas fases que são a fase
aguda considerando se emergencia hipertensiva esta quando o pacientes é muito sintomatico
ou ou Como urgencia hipertensiva quando é pouco sintomatico ou assintomático, e a de
manuteção). Durante a fase aguda é necessario internar o doente e medidas terapêuticas
intensivas, objectivando fundamentalmente o controlo pressorico, que deve ser feito
preferencialmente com medicações vasodilatadoras de acção Imediata, o fármaco mais usado
é o Dihidralazina injetavel 25mg/5ml – Ampola, fazer sempre em perfusão com Cloreto de
sódio a 0.9%, e este fármaco tambem pode ser feito via IM.

° Efeitos Secundários: cefaleia, palpitações, nauseas, taquicardia e hipotensão postural.

° Contra indicações: estenose aortica, cardiomiopatia hipertrofica, lupus eritematoso


sistemico, doenças isquemicas, estenose mitral.

1.5.Quadro clinico da hipertensão arterial

O Quadro clinico da hipertensão é variável, e geralmente é assintomático, os sintomas


dependem da causa, duração e da severidade, e o grão de afecção dos orgãos alvos:

• Cefaleia é um dos sintoma mais comuns, que pode estar associado a palpitações,
desconforto torácico ou dor torácica.

• Visão turva (nublada)


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• Dispneia nos casos de cardiopatia hipertensiva descompensada

• Sincope ou lipotimia, ou hemiparesia de inicio súbito (traduzindo sempre ao acidente


vascular cerebral).

1.6. Diagnostico da Hipertensão Arterial

A medição da pressão arterial é a chave para o diagnostico. Não se diagnostica a hipertensão


arterial com apenas uma medição, sendo que são necessárias 3 medições com separação de 5
minutos entre cada medição, e medições em dias diferentes.

1.7.Complicações

As complicações da HTA estão relacionadas com os orgãos alvos envolvidos:

• O coração: cardiopatia hipertensiva- insuficiência cardíaca

• O cérebro: acidente vascular cerebral (AVC)

• Os Rins: insuficiência renal

• Os olhos: retinopatia hipertensiva

• Artérias periféricas: doença arterial periférica.

1.8.Exames Auxiliares de Diagnostico

Outros exames visam, detectar complicações e lesões nos orgãos alvos:

Bioquímica sanguinea: ureia, creatinina, sódio e potássio- para detectar uma insuficiência
renal e alterações hidro-eletrolítico, colesterol, glicérido e glicemia, para rastrear factores de
risco ou detectar uma hipercolesterolemia ou diabetes.

Radiografia do tórax: em busca de Descompensação cardíaca (cardiopatia hipertensiva ou


insuficiência cardíaca)

Eletrocardiograma: para se saber em que estagio da doença se esta (hipertrofia ou dilatação).

1.9.Tratamento e seguimento da hipertensão

Como iniciar o tratamento anti hipertensivo

Para iniciar o tratamento medicamentoso da HTA é preciso avaliar sobre o risco cardiovascular
(risco de ter trombose ou ataque cardíaco nos próximos 10 anos). Assim mediante o
conhecimentos de certos parâmetros como a idade, sexo, ou se é ou não fumador, diabético,
o valor da pressão arterial sistólica e colesterol, podem determinar o risco cardiovascular.

Tratamento não medicamentoso

• A todos os doentes deve ser recomendado o tratamento não medicamentoso com medidas
para diminuir o risco cardiovascular:

• Parar de fumar, praticar exercícios físicos (40 minutos, 4 vezes por semana), aumentar o
consumo de frutas e vegetais, caso seja obeso diminuir o peso, diminuir o consumo de
gorduras saturadas (óleos vegetais, frituras, mariscos, carne vermelha, leite gordo, manteiga,
ovos, natas, etc), reduzir o consumo de sal.
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No entanto antes de medicar, deve se procurar saber se o paciente, toma medicamentos que
podem influenciar a PA, como: AINES (diclofenac, indometacina, ibuprofeno, etc) e
contraceptivos orais com estrogénio. Assim a PA de pacientes que estejam a tomar estes
fármacos, ou que tenha tomado recentemente, estão artificialmente elevada, e não devem ser
rotulados para pacientes hipertensos.

O que fazer na observação de um doente numa primeira consulta

• Fazer uma breve historia clinica, perguntando sobre hábitos tabágicos, alcoólicos, praticar de
exercícios físicos, consumo de sal, consumo de AINES, colher uma breve historia familiar sobre
doenças cronicas.

• Medir a PA

• Vêr o peso, altura e calcular o IMC

• Exame físico objetivos, com particular atenção a auscultação cardíaca e a palpação de pulsos
periféricos

• Avaliar o risco cardiovascular

• Aconselhar a terapêutica não medicamentoso mais adequada

• Tomar a decisão sobre a necessidade de iniciar a terapêutica medicamentosa

• Esclarecer ao paciente sobre seu estado de saúde e marcar a próxima consulta

• Criar um arquivo para os processo clínicos do doente.

Grupos de Fármacos usados na HTA em Moçambique

• Diuréticos

Acção

Agem predominantemente na eliminação renal de sódio e agua. Inicialmente reduzem o


volume extra celular, apos algumas semanas de tratamento (4-6 semanas) o volume circulante
se acumula e Existe redução da resistência vascular periférica. Sendo opções efetivas no
tratamento de hipertensão, e inúmeros estudos comprovam sua acção na redução da
morbilidade e mortalidade relacionadas a doenças cardiovasculares.

Os diuréticos tiazidicos são preferidos no tratamento da Hipertensão primária, sendo os


representantes desta classe usados na pratica clinica são: Hidroclorotiazida, clortalidona e a
indapamida. Os diuréticos de alça como a Furosemida, são reservados para Hipertensão
associada a insuficiência renal e cardíaca, com retenção de líquidos. Já os diuréticos
poupadores de potássio como amilorido e espiranolactona, apresentam eficácia anti
hipertensiva limitada, podendo ser utilizados em associação com diuréticos tiazidicos e de alça
para prevenir e tratar a hipocalemia (redução de potássio).

Bloqueadores dos canais de cálcio

Acção

Agem reduzindo a resistência vascular por diminuição da concentração de cálcio nas células
musculares lisas vasculares. Apesar do mecanismo final comum. São anti hipertensivos eficazes
e reduzem a morbimortalidade cardiovascular, sendo que a preferência é dada para os
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bloqueadores dos canais de cálcio de longa duração, seja por meia-vida ou liberação
controlada.

Beta Bloqueadores

Acção

O mecanismo anti hipertensivo desta classes esta relacionadas com a redução inicial do debito
cardíaco, com redução do secreção da renina, readaptação dos borroreceptores e diminuição
das catecolaminas nas sinapses nervosas.

Inibidores da enzima de conversão

Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs) atuam bloqueando a conversão da


angiotensina I em angiotensina II, que é um vasoconstritor potente. Os IECAs continuam sendo
a melhor alternativa de medicação por via oral ou sublingual para o tratamento de crises
hipertensivas. Eles também são formalmente contraindicados na gravidez e em estenose
bilateral de artérias renais. Deve ter uso cauteloso em insuficiência renal, estados
hipovolêmicos e em hipercalemia. São representantes deste grupo : ramipril, captopril,
enalopril, fosinopril, lisinopril e quinapril.

Como usar os Grupos de Fármacos Anti hipertensivos?

1ª Linha

Diuréticos tiazidicos e poupador de potássio:

• Hidroclorotiazida cp 50 mg ½ cp + amilorido cp 5 mg ½ cp

• Existe o amilorido composto (associação de Hidroclorotiazida 50 mg e amilorido 5 mg) que se


deve iniciar com ½ cp por dia.

Diuréticos de Alça

Furosemida, quando e como usar?

• Em pacientes com HTA e insuficiência renal, insuficiência cardíaca com edemas, ou ainda se
suspeitar que a terapêutica anti hipertensiva provoca uma retenção de líquidos.

• Furosemida cp 40 mg iniciar ½ cp/dia via oral, e ir aumentando ate 4 cp de 12/12h.

2ª Linha

Diuréticos + Bloqueadores dos canais de cálcio

Amlodipina ou Nifedipina

• Amlodipina cp 10 mg: iniciar com 5 mg/dia via oral, aumentar apos 10-14 dias para um
máximo de 10 mg/dia (dose única)

° Efeitos Secundários: edema dos membros inferiores, tonturas e palpitações.

° Contra indicações: estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica, angina instável na ausência


de beta bloqueadores.

• Nifedipina cp de acção prolongada cp 30 mg via oral, iniciar com 1 cp (30 mg), podendo
aumentar em caso de não controlo da PA para 2 cp (60 mg), em dose única diárias.
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° Efeitos Secundários: cefaleia, tontura, rubor, edema nos tornozelos, fraqueza, palpitações e
hipotensão.

° Contra indicações: hipotensão, angina instável ou infarto agudo do miocárdio em caso de


ausência de betabloqueadores, estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica, angina e
gravidez.

• Metildopa: na ausência de bloqueadores de canais de cálcio, pode se usar o anti adrenérgico


central

• Metildopa 250 mg cp de 125 mg de 12/12h na dose máxima 1g 8/8h.

° Efeitos Secundários: sedação, secura da boca, diminuição de libido, fadiga.

° Contra indicações: doença hepática ativa, historia de anemia hemolítica, depressão e doença
de Parkinson.

3ª Linha

Diuréticos + bloqueadores de canais de cálcio (ou anti adrenérgicos central) +


betabloqueadores (Propanolol ou atenolol- sendo este ultimo de nível superior como o
medico, mas que pode estar disponível na ausência do Propanolol).

• Propanolol, cp 40 mg: 20-40 mg 12/12h por via oral, podendo aumentar se paulatinamente
ate 360 mg/dia divididos em duas ou três tomas.

° Efeitos Secundários: sendo o principal a bradicardia (que deve ser monitorada e evitar o uso
em pacientes hipertensos com bradicardia, já estabelecida ou em diabéticos, pois mascara os
efeitos da hipoglicemia) e broncospasmo em doentes com asma e outras doenças pulmonares
obstrutivas (neste caso deve se preferir o uso de atenolol)

° Contra indicações: asma ou doença pulmonar obstrutiva severa e insuficiencia cardiaca.

4ª Linha

• Os inibidores da enzima de conversão, como: o captopril ou enalapril devem contituir a 4ª


linha, excepto se houver ja um caso de insuficiencia cardiaca, ou se o doente for o diabetico,
situação em que se pode administrar estes farmacos associados aos diureticos tiazidicos como
primeira linha.

Critérios de referencia

• Não tenham controlado a PA mesmo apos ter tomado 3 drogas sistematicamente anti
hipertensivas (diuréticos + bloqueadores dos canais de cálcio + betabloqueadores)

• Tenha alguma complicação ou factores de risco maiores, como insuficiência cardíaca, infarto
do miocárdio, AVC, diabetes, insuficiência renal (estes podem ser acompanhados de 4 a 4
meses na US devendo ser vistos anualmente numa unidade sanitária de referencia).

• Caso desenvolvam algum efeito colateral importante com a terapêutica.

Seguimento e marcação da próxima consulta

A próxima consulta devera ser marcada de acordo com a fase de diagnostico em que nos
encontramos, o risco do doente e o grão de controlo da PA.
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Assim, apos a primeira consulta e antes de decidir a terapêutica medicamentosa, deve-se


indicar a terapêutica não medicamentosa e marcar a próxima consulta para as 2 a 4 semana
subsequentes. O mesmo poderá acontecer para aquele doente que apresenta a PA muito
elevada- acima de 170/110mmhg, no qual se decidiu iniciar Imediatamente a terapêutica
medicamentosa.

Uma vez indicada e iniciada a terapêutica não medicamentosa ou medicamentosa, o doente


deve retornar para controlo dentro de 1 ou 2 meses e esta terapêutica deve ser reforçada de
acordo com a resposta do doente.

Uma vez controlada, o doente de medico risco (20-<30%) deve ser controlado de 6 em 6
meses, e os doentes de risco elevado ou muito elevado, devem ser controlados de 4 em 4
meses.

Doentes pouco cumpridores ou que sejam encontrados com uma PA mais elevada poderão vir
antes de um prazo. O doente pode ate pedir para antecipar a consulta se sentir o
aparecimento de sintomas.

O que fazer numa observação da segunda consulta

• Perguntar se tem feito a terapêutica não medicamentosa e motiva-lo para a fazer com
regularidade;

• Perguntar por sintomas ou queixas do doente

• Medir a PA e repetir a medição, e informar ao doente os seus valores

• Caso a PA esteja controlada (<140/90 mmhg), passar a nova receita em principio para 2
meses e marcar o regresso do doente, voltando a frisar a necessidade de cumprir com a
terapêutica não medicamentosa e medicamentosa.

• Caso a PA não esteja controlada, e o doente tenha tomado a medicação e não esteja a fazer
anti-inflamatórios (diclofenac, ibuprofeno, indometacina, etc), acrescentar um novo fármaco
em doses adequadas.

• Passar a receita e marcar a nova consulta.

Hipertensão na gravidez

Existem quatro principais síndromes hipertensivas que podem ocorrer nas mulheres gravidas:

Pré-eclampsia ou eclampsia

A pré eclampsia refere se à desenvolvimento de Hipertensão e proteinuria ou disfunção do


órgão alvo, na maioria das vezes, apos 20 semanas de gestação em uma mulher previamente
normotensa. A eclampsia é diagnosticada quando ocorrem as convulsões.

• Pré eclampsia ou eclampsia superposta a Hipertensão cronica: esta é diagnosticada quando a


mulher gravida com Hipertensão cronica, começa a desenvolver agravamentos da hipertensão
na gravidez, com inicio de proteinuria ou outras características da pré eclampsia (por exemplo,
aumento das enzimas hepáticas, plaquetopenia).

• Hipertensão gestacional: refere-se ao aumento da pressão arterial pela primeira vez depois
da 20 semana de gestação na ausencia de proteinuria ou outros sintomas Diagnósticos da pre
eclampsia.
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Abordagem geral

A decisão de tratar a hipertensão durante a gravidez, deve considerar os riscos e benefícios,


para mãe e feto. No entanto factores adicionais devem também ser considerados. A etiologia
subjacente da pressão arterial elevada, pode ser relevante Como por exemplo: as mulheres
com Hipertensão arterial cronica pode tolerar pressões sanguíneas mais elevadas do que em
mulheres previamente normotensas, com Hipertensão arterial aguda devido a pre eclampsia.
Tempo para o parto, também é um factor, se cesariana é planejada, a terapia anti hipertensiva
pode não ser necessárias, Como anestesia e ou sulfato de magnésio podem reduzir a pressão
Arterial.

Terapia anti hipertensiva

Todos anti hipertensivos atravessam a placenta. Não existem dados de ensaios clínicos
randomizados grandes e bem desenhados, o suficiente para formulação de forte
recomendação para uso de um medicamentos em detrimento do outro.

Opções de tratamento anti hipertensiva na gravidez

Os medicamentos que serão apresentados tem um grande perfil de segurança aceitável


durante a gestação. Sendo para a escolha do tramento a ser usado depende da gravidade da
hipertensão.

• Metildopa: é amplamente usado em mulheres gravidas, e sua segurança a longo para o feto
tem sido demostrada, porém trata se de um fármaco de baixa potencia, com inicio da acção
(3-6h).

• Beta bloqueadores: o uso deste deve ser restrito apenas aos casos onde os outros não são
tolerados, e o risco beneficio deve ser sempre considerados.

• Bloqueadores dos canais de cálcio: são seguros para uma mulher gravida.

• Medicamentos anti hipertensivos a evitar na gestação

Deve se evitar o uso de inibidores da enzima de conversão, devido ao efeito destes sobre o
feto (efeito teratogénico) relativo aos modulares do sistema angiotensina e risco de
intoxicação por cianeto (metabólitos) nitroprussiato.

Prevenção

• Alimentação saudável

• Baixo consumo de sódio e álcool

• Alimentação Rica em potássio

• Eliminação do sedentarismo

• Controlo do peso

• Eliminação do fumo (cigarro).


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Conclusão

Apos uma pesquisa e leitura mais detalhada o grupo chegou a conclusão de que Hipertensão
arterial é a elevação crónica da pressão arterial para valores ≥140mmhg da sistólica e/ou ≥
90mmhg da diastólica. É uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos o doente não tem
sintomatologia (assintomático).

A hipertensão arterial pode ser primária ou essencial (90-95% dos casos) ou secundária (5-10%
dos casos). Os principais factores de risco da HTA são: idade avançada, diabetes,
hipercolesterolemia, tabagismo. Os órgãos alvo da hipertensão arterial são: coração, cérebro,
olhos, rim e artérias periféricas.

Perante um doente com o diagnóstico de hipertensão arterial é necessário, em primeiro lugar


avaliar o risco cardiovascular.

Só são candidatos à terapêutica medicamentosa os indivíduos com menos de 40 anos e com


valores da TAS sistematicamente superiores a 160mmhg e os maiores de 40 anos com risco
superior a 10%. A 1ª linha de tratamento da HTA são os diuréticos (tiazidicos em combinação
com os poupadores de potássio).
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Bibliografia

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