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A hipertensão arterial sistêmica, também conhecida como pressão alta, é uma condição médica crônica na qual a pressão do

sangue nas artérias do corpo está consistentemente elevada. Isso significa que o coração precisa exercer uma pressão maior
do que o normal para fazer o sangue circular pelo corpo. A hipertensão é um problema de saúde comum e pode ser perigosa,
pois aumenta o risco de várias complicações, como doenças cardíacas, derrames, doença renal e problemas oculares, entre
outros.

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é expressa por dois números: a pressão arterial sistólica (o
número superior), que representa a pressão nas artérias quando o coração se contrai (batimento cardíaco), e a pressão
arterial diastólica (o número inferior), que representa a pressão nas artérias quando o coração está em repouso entre os
batimentos cardíacos. Segundo a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, a crise hipertensiva é diagnosticada como uma
elevação da pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 120 mmHg.

A hipertensão arterial sistêmica pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo genética, estilo de vida (como dieta,
atividade física e tabagismo), obesidade, estresse e condições médicas subjacentes. O tratamento geralmente envolve
mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios, redução do consumo de sal e, em alguns casos, medicamentos
prescritos pelo médico

1. Emergência:

 Uma emergência é uma situação médica grave e potencialmente com risco de vida que requer atenção
médica imediata. Isso pode incluir casos como ataques cardíacos, derrames, traumatismos graves, parada
cardíaca, dificuldades respiratórias graves, hemorragias incontroláveis, envenenamento grave, entre outros.

 As emergências são situações críticas que necessitam de tratamento imediato em uma unidade de
atendimento de emergência de um hospital ou por profissionais médicos treinados para lidar com casos
extremamente graves.

2. Urgência:

 Uma urgência é uma situação médica que requer atenção rápida, mas não é imediatamente com risco de vida.
Pode incluir sintomas como febre alta, cortes que requerem pontos, torções, infecções agudas, crises de asma
moderadas, dor abdominal intensa, entre outros.

 Embora não sejam ameaças imediatas à vida, as urgências ainda necessitam de avaliação médica o mais
rápido possível, geralmente em um pronto-socorro ou consultório médico. O tratamento é importante para
evitar complicações futuras ou aliviar o desconforto do paciente.

Em resumo, a diferença principal entre urgência e emergência está na gravidade da situação. As emergências são situações
com risco de vida que exigem atendimento médico imediato, enquanto as urgências são problemas médicos graves, mas que
não apresentam um risco de vida iminente

 Lesão do órgão alvo

Emergência hipertensiva é a hipertensão grave com sinais de comprometimento de órgãos-alvo que incluem encefalopatia
hipertensiva, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, insuficiência ventricular esquerda aguda com edema pulmonar, isquemia miocárdica,
dissecção da aorta aguda e insuficiência renal.

- A hipertensão arterial ou pressão alta, é uma doença que ataca os vasos sangüíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar
paralisação dos rins.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/emerg%C3%AAncias-
hipertensivas

https://bvsms.saude.gov.br/hipertensao-18/

Fluxograma

https://www.sanarmed.com/mapa-mental-de-emergencia-crise-hipertensiva
 A crise hipertensiva pode ser dividido em três outros: urgência, emergência e pseudocrise hipertensiva. Pensando
nisso, ambos são comuns no ambiente de pronto-socorro, sendo imprescindível que o(a) médico(a) esteja capacitado
a conduzir esses quadros.

Na emergência hipertensiva o paciente apresenta uma PAD ≥ 120 mmHg. Isso significa que existe uma resistência ao longo do
sistema vascular. No entanto, o que desperta preocupação nesse quadro é a sua repercussão sistêmica devido a Lesão de
Órgãos Alvos (LOA), que caracteriza a emergência hipertensiva.

Assim como na emergência, na urgência hipertensiva o paciente também possui uma PAD ≥ 120 mmHg. No entanto, nesse
último ele não apresenta sinais ou sintomas de LOA.

Assim sendo, a gravidade dentre a emergência e urgência hipertensiva são distintas, podendo ser manejadas de maneiras
diferentes

. Diferente do que muitos pensam, sintomas como cefaleia, dor torácica atípica ou ainda dispneia não
necessariamente indicam lesão de órgão alvo, mas sim uma pseudocrise hipertensiva. Além desses sinais e sintomas, outros
que podem configurar a pseudocrise é o estresse psicológico agudo e a síndrome do pânico.

Em se tratando das LOA’s propriamente ditas, elas podem ser investigadas e caracterizadas da seguinte forma:

 Cardiovascular: verificar FC, ritmo, alteração de pulso, galope e estase de jugular. Ainda, caso haja necessidade, ECG,
saturação de O2, marcadores de necrose miocárdica e radiografia de tórax

o Dor ou desconforto torácico, abdominal ou dorsal;

o Dispneia;

o Fadiga;

o Tosse.

 Nervoso: realizar tomografia, RNM e punção lombar.

o Tontura;

o Cefaleia;

o Alteração de visão, fala ou audição;

o Coma;

o Delírio;

o Rigidez de nuca.

 Renal e genitourinário: urina I, creatinemia, ureia sérica, Na+, K+, Cl- e gasometria.

o Alterações no volume ou frequência miccional;

o Mudança de aspecto da urina;

o Hematúria;

o Edema;

o Desidratação;
o Massas e sopros abdominais.

 Ocular: fundoscopia de olho, através da classificação de Keith-Wagener.

o Papiledema;

o Hemorragias;

o Exsudatos;

o Alterações nos vasos, como espasmos;

o Cruzamentos arteriovenosos patológicos;

o Espessamento na parede arterial;

o Aspecto em fio de prata ou cobre.

A urgência hipertensiva é uma condição médica na qual a pressão arterial de uma pessoa sobe rapidamente para níveis muito
elevados, mas não está associada a sinais imediatos de danos em órgãos-alvo, como o coração, o cérebro, os rins ou os olhos.
É uma forma menos grave de hipertensão quando comparada à emergência hipertensiva os órgãos do corpo ainda estão
funcionando normalmente, e não há sinais imediatos de lesão ou dano.

A emergência hipertensiva é uma condição médica grave em que a pressão arterial de uma pessoa aumenta repentinamente
para níveis perigosamente elevados, e isso está associado a sinais imediatos de danos em órgãos-alvo, como o coração, o
cérebro, os rins ou os olhos. Essa condição é potencialmente com risco de vida e exige tratamento médico imediato em um
ambiente hospitalar.

A pseudocrise hipertensiva é uma situação em que uma pessoa aparenta ter uma crise hipertensiva, ou seja, sua pressão
arterial aparenta estar extremamente alta, mas na realidade, os valores elevados da pressão arterial não refletem uma
condição médica verdadeira. Em outras palavras, é uma situação em que a leitura da pressão arterial parece ser alta, mas não
está associada a danos reais nos órgãos ou sintomas graves.

A pseudocrise hipertensiva pode ocorrer por vários motivos, incluindo: Ansiedade, erro na medicação,

Caso 1 - CS, 55 anos, sexo masculino, negro, casado, residente em São João del Rei, possui em fundamental incompleto . O
paciente possui diabetes tipo 2 não controlada, de modo que procurou a UBS Bom Pastor , a fim de renovar as receitas de seus
medicamentos. Desse modo, durante a consulta foi medida sua pressão arterial, conforme as medidas de rastreio de HAS
recomendam. Assim sendo, observou-se o valor de pressão sistólica de 140 mmHg e diastólica de 95 mmHg.

CS é provedor da casa, trabalha como pedreiro. Fora as atividades do trabalho, não realiza atividade física. Além disso, relata
que toda a família está “um pouco acima do peso por causa da comida boa” de sua esposa, e pode-se perceber que o paciente
apresenta sobrepeso. Ainda, relata ingesta de álcool ao menos uma vez por semana há vários anos e é tabagista.
Visto que somente essa medição é insuficiente para o diagnóstico, e considerando o histórico do paciente, pede-se uma MRPA
(monitorização residencial da pressão arterial).

Principais suspeitas

 Hipertensão arterial sistêmica;

 Hipertensão do avental branco;

 Hipertensão mascarada.

Considerando o histórico do paciente e seus diversos fatores de risco para HAS, o médico pede para o paciente realizar a
MRPA (monitorização residencial da pressão arterial). Este exame se faz necessário para a distinção entre a HAS e a
hipertensão do avental branco ou até uma hipertensão mascarada.

A suspeita de diagnóstico da HAS assintomática somente foi possível em função da realização do rastreio recomendado pela
Diretriz Brasileira de Hipertensão. O rastreio possibilitou verificar uma alta de pressão no consultório, o que por si só não é
suficiente para um diagnóstico de HAS, portanto, pediu-se exames complementares para fechar um diagnóstico.

MITOS E VERDADES

Existem muitos mitos e equívocos comuns relacionados à hipertensão arterial. Aqui estão alguns mitos e verdades sobre essa
condição:

Mito 1: A hipertensão é uma doença exclusivamente de idosos.

Verdade: Embora a hipertensão seja mais comum em adultos mais velhos, pessoas de todas as idades podem desenvolvê-la,
incluindo crianças e jovens. A genética, hábitos de estilo de vida e outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da
hipertensão em qualquer idade.

Mito 2: A hipertensão não tem sintomas, então não é perigosa.

Verdade: A hipertensão é muitas vezes chamada de "assassina silenciosa" porque pode não apresentar sintomas óbvios na
fase inicial. No entanto, ao longo do tempo, a pressão arterial elevada pode danificar órgãos vitais, como o coração, os rins, o
cérebro e os olhos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, derrames, insuficiência renal e outros problemas graves
de saúde.

Mito 3: A pressão alta é uma condição permanente.

Verdade: A hipertensão pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e, se necessário, medicamentos prescritos pelo
médico. O tratamento adequado pode reduzir a pressão arterial a níveis normais ou próximos do normal, permitindo que as
pessoas vivam uma vida saudável.
Mito 4: Se você tem pressão alta, precisa tomar medicamentos para o resto da vida.

Verdade: Embora algumas pessoas com hipertensão precisem de medicação contínua, outras podem controlar sua pressão
arterial com mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios regulares, controle do estresse e redução do
consumo de sal. O tratamento é personalizado com base nas necessidades individuais.

Mito 5: A única causa da hipertensão é o consumo excessivo de sal.

Verdade: O consumo excessivo de sal pode contribuir para a hipertensão em algumas pessoas, mas essa condição tem várias
causas, incluindo genética, obesidade, falta de atividade física, consumo excessivo de álcool e outros fatores. Portanto, reduzir
o sal na dieta é apenas uma parte do controle da hipertensão.

Mito 6: Se a pressão arterial estiver alta, é melhor tomar medicamentos de venda livre.

Verdade: Automedicar-se com medicamentos para hipertensão sem orientação médica é perigoso. A automedicação pode
levar a efeitos colaterais adversos e não resolve a causa subjacente da hipertensão. Consultar um profissional de saúde é
fundamental para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento seguro.

Mito 7: O café é a principal causa da hipertensão.

Verdade: Embora a cafeína possa temporariamente elevar a pressão arterial em algumas pessoas, seu efeito é geralmente
transitório. O consumo moderado de café não é uma causa significativa de hipertensão em pessoas saudáveis. Outros fatores,
como dieta, atividade física e genética, desempenham papéis mais importantes.

É importante consultar um profissional de saúde regularmente, monitorar a pressão arterial e seguir suas recomendações para
prevenir, controlar ou tratar a hipertensão de forma eficaz. Cada pessoa é única, e o tratamento da hipertensão deve ser
personalizado de acordo com as necessidades individuais.

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