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INFECTO III

Parasitoses intestinais
Os dois grandes grupos da parasitologia são os protozoários (E. hystolitica, G. lamblia, I. belli,
Cryptosporidium, Plasmodium e Leishmania) e os helmintos (Nematelmintos – Ascaris, Ancylostoma, Strongyloides,
Trichuris, Enterobius; e Platelmintos – Schistossoma, Taenia).

PROTOZOÁRIOS
Entamoeba hystolitica e Giardia lamblia
Cisto “Não causam” eosinofilia!
↓ Ingestão Tratamento
Trofozoíta Sec
↓ Intestino Metro ...NIdaz
Cisto ol
Fezes Tini

AMEBÍASE
A ameba destrói tecidos e é hematófaga; adentra a mucosa e submucosa do cólon, parando na camada muscular
Diagnóstico: EPF
Habitat: cólon → invasão tecidual  Fezes endurecidas → Cisto
 Diarreia → Trofozoíta
Tratamento:
Clínica: diarreia baixa invasiva (colite amebiana)
 Leve: Secnidazol (dose única)
 Quadro crônico: assintomático
 Grave: Metronidazol 750mg 3x/dia (10 dias)
 Quadro fulminante (crianças, imunodeprimidos,
 Atenção: erradicar formas intraluminais
idosos)
o Teclosan (5 a 10 dias)
Extraintestinal → abscesso hepático amebiano
 Dor QSD, febre, sinal de Torres-Homem (dor HD à palpação), homem jovem, lesão única, achocolatada, em
lobo direito
 Diagnóstico: USG / TC / RNM, sorologia (ELISA)
 Não drenar → é um quadro leve!
Outras amebas
 Entamoeba coli, Iodamoeba butschlii, Endolimax nana → não tratar, são comensais!

GIARDÍASE
A giárdia atapeta a mucosa duodenal, causando uma síndrome disabsortiva
Diagnóstico
Habitat: delgado (duodeno) → não é invasiva
 EPF (3 amostras podem ser negativas!)
 Causa um “atapetamento” intestinal
 Aspirado duodenal
Clínica: diarreia alta não invasiva
 Quadro crônico: Disabsorção / Atrofia de Tratamento:
vilosidades  “Nidazol” (dose única)
 Hipogamaglobulinemia por IgA → quadros  Alternativa: albendazol (5 dias)
graves
HELMINTOS
Nematelmintos & Platelmintos
Ovo / Larva Causam eosinofilia
↓ Ingestão / Pele (Inflamação do intestino, fígado, pulmão...)
Verme
Tratamento
↓ Intestino
Nemat → ... BENdazol
Ovo / Larva
Plat → Praziquantel
Fezes

ASCARIDÍASE
Ascaris lumbricoides
Habitat: delgado (jejuno) / Lombriga
 O ovo ingerido torna-se larva, que invade o Diagnóstico:
pulmão e então chega ao esôfago; no intestino  EPF (ovos)
vira verme
Tratamento:
Clínica: intestinal inespecífica / Löffler
 ... BENdazol
 Tropismo por orifícios → colangite, cólica biliar,
 Pamoato de Pirantel → paralisia espástica
pancreatite...
O albendazol atua bem no lúmen intestinal, porém o
 Exposição crônica → suboclusão intestinal
verme pode estar em vias biliares, por exemplo.
Ciclo de Loss (Síndrome de Löffler)
Tosse seca, infiltrado pulmonar migratório, eosinofilia Suboclusão intestinal
 S – Strongyloides stercoralis  Suporte: SNG + hidratação
 A – Ancylostoma duodenale  Piperazina + óleo mineral
 N – Necator americanus o Causa paralisia flácida e elimina!
 T – Toxocara canis  Após eliminação → “BENdazol”
 A – Ascaris lumbricoides

TOXOCARÍASE (Toxocara canis)


Sua larva migra pelas vísceras...
Habitat: delgado / Larva migrans visceral Diagnóstico: Sorologia (ELISA)
Clínica: intestinal inespecífica / Löffler
 Hepatomegalia, ascite, febre...
Tratamento:
 Eosinofilia marcante
 Tiabendazol + corticoide
 Pode migrar para o fígado, causando um
granuloma eosinofílico!
 Cão → hospedeiro definitivo
 Homem → hospedeiro acidental
Lembrar como o “áscaris do cachorro”...
 A infecção ocorre geralmente na areia da praia
 Nunca completa seu ciclo de vida no homem

ANCILOSTOMÍASE
(Ancylostoma duodenale / Necator americanus) → “Hookworm infection”
Habitat: delgado / Larva migrans cutânea Diagnóstico: EPF
Clínica: intestinal inespecífica / Löffler Tratamento:
 Anemia ferropriva  ... BENdazol
Larvas famosas
 Migrans cutânea (homem) → A. duodenale
 Migrans cutânea (cão) → A. braziliensis
o Bicho geográfico
 Migrans visceral → Toxocara canis
 Currens → Strongyloides stercoralis
ESTRONGILOIDÍASE (Strongyloides stercoralis)
Habitat: delgado / Larva currens Diagnóstico: EPF (Baermann – Moraes)
Clínica: intestinal inespecífica / Löffler Tratamento:
 Lesão cutânea  Tiabendazol
 Síndrome ulcerosa  Albendazol (3 dias)
A larva rabditoide nas fezes torna-se filarioide quando no solo; esta adentra a pele e chega ao pulmão (Ciclo de
Löffler) e ganha o intestino. Larvas que habitam o intestino há muito tempo podem tornar-se filaroides.
Podem ainda perfurar a região perianal e completar seu ciclo, sendo que esta autoinfestação possui risco de sepse
(por gram negativos), principalmente em imunodeprimidos.

OUTROS NEMATELMINTOS
Enterobíase (Enterobius vermicularis) Tricuríase / Tricocefalíase (Trichuris trichiura)
Prurido anal noturno / corrimento vaginal na infância
Prolapso retal
Diagnóstico: fita gomada (Graham)

ESQUISTOSSOMOSE (Schistossoma mansoni)


Diagnóstico: Sorologia (esquistossomose aguda)
Habitat: vasos mesentéricos  EPF (após 40 dias)
 Biópsia retal (maior sensibilidade)
Clínica: depende da fase...
 Dermatite cercariana (coceira do nadador)
 Forma aguda (febre de Katayama) → febre,
Tratamento:
mialgia, hepatoesplenomegalia, adenomegalia,
 Praziquantel
eosinofilia
 Oxaminiquine
 Forma crônica (granulomas) e sepse por
Salmonella
 Hipertensão porta, pulmonar, mielite
Ovo
↓ Água
Miracídio Destino dos ovos:
1) Lúmen retal
↓ Caramujo 2) Parede do reto
Cercária 3) Corrente sanguínea

Pele → Vasos mesentéricos (Biomphalaria)

TENÍASE / CISTICERCOSE (Taenia solium / Taenia saginata)


Diagnóstico: EPF / Tamisação → Teníase
Habitat: vasos mesentéricos  Sorologia Cisticercose
 Líquor / TC
Clínica: assintomático / proglotes nas fezes
 Fome e emagrecimento Tratamento:
 Neurocisticercose → ingestão dos ovos  Praziquantel
o Microcalcificações cerebrais  Mebendazol
o Convulsão / HIC / Oftalmocisticercose

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