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A veia porta é formada pela VMS e veia esplênica. A VMI drena para a veia esplênica. As veias gástricas
esquerda e direita recebem sangue do esôfago e também drenam para a veia porta, juntamente às veias gástricas
curtas. Toda a drenagem venosa do TGI é feita para a veia porta. A veias retais possuem três andares, sendo a
superior e média tributárias da VMI; a veia retal inferior drena para a VCI.
O sangue que chega ao fígado e enfrenta hipertensão portal começa a buscar “atalhos” para chegar ao
pulmão, utilizando-se dos vasos que drenam para a porta, “fugindo” do fígado.
HIPERTENSÃO PORTA
Varizes esofagogástricas
Esplenomegalia
Varizes retais
Cabeça de medusa
Encefalopatia
* A ascite necessita de hipertensão sinusoidal.
Pré-Hepática
Função hepática boa. Ascite não é esperada, mas pode ocorrer por outras causas associadas.
Intra-Hepática
1) Pré-sinusoidal
Esquistossomose: parasita fica no espaço porta; uma infestação importante pode fazer uma reação
granulomatosa que invade os sinusoides e provoca hipertensão sinusoidal, causando ascite.
2) Sinusoidal
Cirrose → mais comum de todas!
Pós-Hepática
- Doenças cardíacas (+ comum da pós)
ICC, pericardite constritiva
A profilaxia primária deve ser feita com β-bloqueador não-seletivo (é a escolha) ou ligadura elástica por
EDA (é alternativa). O β-bloqueador deve ser feito com a maior dose tolerada pelo paciente.
Diagnóstico
- Gradiente Albumina Soro – Albumina Ascite (GASA)
GASA ≥ 1,1 → Hipertensão portal GASA < 1,1 → Neoplasia, BK, pâncreas,
o PTN < 2,5g/dl: Cirrose síndrome nefrótica
o PTN > 2,5g/dl: IC, Budd-Chiari o PTN < 2,5g/dl: Síndrome nefrótica
o PTN > 2,5g/dl: Neoplasia, BK,
pâncreas (BK → pedir
ADA)
- Análise do líquido ascítico
Aspecto macroscópico
o Seroso (cirrose) / Hemorrágico (acidente de punção, neoplasia) / turvo (infecção)
Citometria: PMN ≥ 250 → PBE ou PBS
Bioquímica: PTN total, glicose e LDH diferenciam PBE e PBS
Gram e cultura: PBS é polimicrobiana
Tratamento
Restrição de sódio: 2g Na (4-6g sal)/dia
Restrição hídrica: 1 a 1,5 L/dia se Na < 125
Diuréticos VO: espironolactona e furosemida → E:F 100:40
o Espironolactona: iniciar com 100, máximo 400mg/dia
o Furosemida: iniciar com 40, máx 160mg/dia
o Aumentar doses a cada 3-5 dias
o Objetivo: ↓ 0,5kg/dia ou ↓ 1kg/dia com edema
Paracentese de alívio: indicado na ascite sintomática (tensa / dificuldade respiratória)
Tratamento da Ascite Refratária – falência, recorrência precoce ou azotemia, Na < 120, K > 6
- Não invasivo: considerar suspender β-bloqueador
Midodrina VO
- Em caso de falha: paracenteses terapêuticas seriadas
Se paracentese de grande volume (> 5L) → repor 6-10g de albumina por litro retirado
Outras opções: TIPS, shunt peritônio-venoso, transplante hepático
PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA
Profilaxia da PBE
1) Primária
a) Aguda: no sangramento varicoso → Ceftriaxone ou norfloxacino por 7 dias
b) Crônica: se PTN ascítica < 1-1,5 + creat > 1,2 ou Na ≤ 130 ou BT ≥ 3 ou CHILD ≥ 9 → Norfloxacino 400mg/dia
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
O hepatopata tem tendência à vasodilatação, pelo aumento de NO. Ocorre naquele hepatopata quando o
“rim se suicida”. A vasodilatação esplâncnica diminui a perfusão renal, e os rins fazem vasoconstrição intensa para
compensar, sofrendo com isto. Em resumo, é uma vasodilatação periférica + vasoconstrição renal.
É um diagnóstico de exclusão!
Hepatopata grave + HP + IRA ou Creatinina > 1,5 que não melhora com retirada do diurético / uso de
albumina
Sem choque, sem droga nefrotóxica e;
USG e EAS normais
Tratamento
Albumina + Noradrenalina ou Terlipressina
± Hemodiálise
Se não der certo: transplante hepático!
SÍNDROME HEPATO-PULMONAR
Cursa com vasodilatação periférica + vasodilatação pulmonar! O aumento do diâmetro do capilar impede a
oxigenação adequada das hemácias distantes do alvéolo.
Diagnóstico
Hepatopata grave com HP e;
Platipneia (dispneia ao levantar – sangue fica apenas na parte de baixo do pulmão)
Ortodeóxia (dessaturação ao levantar)