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Introdução á Enfermagem I

Trabalho apresentado Introdução á enfermagem I,


da escola Stella Maris.
Solicitante: Profª. Ercília.

Guarulhos
2023
Aline Dantas de Oliveira
Bianca Rocha de Santana
Gabriella Ciriaco da Cruz
Debora da Silva Brito
Denise Elias Ferreira
Sabrina França de Oliveira

Guarulhos
2023
SUMÁRIO

1. Sistema Cardiovascular …………………………………………………..1

2. Angina …………………………………………………………………..……3

3. Comunicação Interatrial …………………………………………....…....10

4. Infarto Agudo Do Miocárdio ……………………………………….……..14

5. Arritmia Cárdiaca ….………………………………………………………19

6. Insuficiencia cardíaca …………………………………………...………..22

7. Miorcadite ......................................................................................................26

8. Endocartite ...........................................................................................29

9. Sinas Vitais ...........................................................................................33

10. Monitorização Cárdiaca .......................................................................38

11. Eletrocardiograma ................................................................................43

12. Parada Cardiorrespiratória (PCR) ........................................................46

13. Diferenças entre vasculares e cardiovasculares .............................. 54

14. Aneurisma da aorta ............................................................................... 56

15. Trombose venosa profunda ..................................................................58

16. Veias Varicosas .......................................................................................59

17. Embolia Pulomonar ................................................................................62

18. Conclusão ................................................................................................68

19. Conclusão ................................................................................................69

20. Conclusão ................................................................................................70

21. Biografia .................................................................................................71


Sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular é formado pelo coração e vasos sanguíneos, sendo
responsável por bombear o sangue para o corpo, transportar nutrientes e oxigênio,
ajudar na eliminação de substâncias do metabolismo e transportar hormônios .
Principais funções
Bombear o sangue pelos vasos sanguíneos para todo o corpo;
Transportar oxigênio e nutrientes para os órgãos e tecidos;

Levar o gás carbônico e substâncias tóxicas dos tecidos para as partes do corpo onde
serão eliminadas, como pulmões e rins;

Ajudar a levar os glóbulos brancos, que são células de defesa do corpo, até o local
onde estão microrganismos invasores.

Anatomia do sistema cardiovascular


O sistema cardiovascular é formado por:

1. Coração

O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular e é caracterizado por um


músculo oco, localizado no centro do tórax, que funciona como uma bomba.

Ele é dividido em quatro câmaras:

• Dois átrios: por onde o sangue chega no coração vindo do pulmão através do
átrio esquerdo ou vindo do corpo através do átrio direito;

• Dois ventrículos: bombeiam o sangue para fora do coração, em direção ao


pulmão ou para o resto do corpo.

O lado direito do coração recebe o sangue rico em gás carbônico, também


conhecido como sangue venoso, e o leva para os pulmões, onde recebe oxigênio.
Dos pulmões, o sangue segue para o átrio esquerdo e desse, para o ventrículo
esquerdo, de onde sai a artéria aorta, que leva o sangue rico em oxigênio e
nutrientes para todo corpo 2. Artérias e veias

Para circular por todo o corpo, o sangue flui dentro de vasos sanguíneos, que podem
ser classificados como:

são fortes e flexíveis pois precisam transportar o sangue do coração e suportar


pressões sanguíneas elevadas. Sua elasticidade ajuda na manutenção da pressão
arterial durante os batimentos cardíacos;
Artérias menores e arteríolas: possuem paredes musculares que ajustam seu
diâmetro a fim de aumentar ou diminuir o fluxo sanguíneo em uma determinada área;
Capilares: são vasos sanguíneos pequenos e de paredes extremamente finas, que
atuam como pontes entre artérias. Isso permite que o oxigênio e os nutrientes
passem do sangue para os tecidos e que os resíduos metabólicos passem dos
tecidos para o sangue;

Vênulas: possuem paredes finas e recebem o sangue dos capilares, transportando


para veias maiores;

Veias: transportam o sangue de volta para o coração e geralmente não estão sujeitas
a grandes pressões, não precisando ser tão flexíveis como as artérias.

Todo o funcionamento do sistema cardiovascular está baseado no batimento do


coração, onde os átrios e ventrículos do coração relaxam e se contraem formando um
ciclo que garantirá toda a circulação do organismo.

Como funciona o sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular funciona da seguinte forma:

1. O sangue vindo do corpo, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico flui


através das veias cavas até o átrio direito do coração;

2. Ao encher, o átrio direito envia o sangue até o ventrículo direito;

3. Quando o ventrículo direito fica cheio, ele bombeia o sangue através da válvula
pulmonar até as artérias pulmonares, que vão suprir os pulmões;

4. O sangue flui para os capilares nos pulmões, absorvendo o oxigênio e


eliminando gás carbônico;

5. O sangue rico em oxigênio, flui através das veias pulmonares até o átrio
esquerdo no coração;

6. Ao encher, o átrio esquerdo envia o sangue rico em oxigênio até o ventrículo


esquerdo;

7. Quando o ventrículo esquerdo fica cheio, ele bombeia o sangue através da


válvula aórtica e pela aorta, levando o sangue rico em oxigênio para todo o
corpo;

8. Depois que o sangue circulou pelos órgãos e tecidos do corpo, retorna para o
coração, dando início a todo o processo novamente.

A parte do sistema cardiovascular que leva o sangue do coração aos pulmões e dos
pulmões de volta ao coração é conhecida como circulação pulmonar ou pequena
circulação.

Bianca Rocha
Definição de angina Pectoris.

A angina, também chamada de angina de peito ou angina pectoris, é um tipo de dor


no peito de origem isquêmica que surge quando o miocárdio (músculo do coração)
recebe menos sangue que o necessário para o seu normal funcionamento.

Assim como qualquer músculo do organismo, o músculo cardíaco precisa de oxigênio


para poder desempenhar adequadamente suas funções, que nesse caso específico é
bombear o sangue para todo o corpo. Quando fazemos esforço, a demanda por
oxigênio do coração aumenta proporcionalmente à intensidade do exercício. Em
contrapartida, quando estamos em repouso, o coração pode bater mais lentamente e
a sua demanda por oxigênio fica mais baixa.

A angina de peito surge sempre que o suprimento de sangue ao coração não


corresponde à demanda. Por isso, o aparecimento da angina é muito mais comum em
situações de esforço. A dor anginosa surge tipicamente nos momentos de atividade
física e desaparece quando o paciente fica em repouso.

Pessoas jovens e saudáveis conseguem suprir a demanda cardíaca por oxigênio em


praticamente qualquer situação. Mesmo após vários minutos de atividade física
intensa. Por outro lado, pacientes idosos e/ou com doenças cardiovasculares podem
desenvolver angina após esforços pequenos, como subir um lance de escadas.

A angina pode ser considerada um pré-infarto do miocárdio. Não chega a ser um


infarto porque não há morte de tecido cardíaco. Há isquemia, mas não há necrose.

Definição de isquemia,

Isquemia é um termo médico que indica um suprimento inadequado de sangue para


determinado tecido. A isquemia pode surgir em qualquer área do corpo: pele,
membros, olhos, intestinos, cérebro, rins, fígado, etc. Um tecido ou órgão isquêmico é
aquele cujas células estão recebendo menos sangue e oxigênio que o necessário
para o seu funcionamento normal.

O aporte insuficiente de sangue faz com que as células tenham que mudar do
metabolismo aeróbico para o anaeróbico, o que acarreta em progressivo
comprometimento das funções metabólicas, mecânicas e elétricas do tecido em
sofrimento.

Definição de infarto?

O infarto é uma fase posterior à isquemia. Se a falta de sangue e oxigênio for grave
ou longa demais, as células que estão sofrendo isquemia começam a morrer e o
tecido acometido sofre necrose. A morte celular provocada pela falta de suprimento
sanguíneo é chamada de infarto. O infarto também pode surgir em qualquer parte do
corpo. Quando a morte de tecido ocorre no músculo cardíaco, dizemos que o
paciente sofreu um infarto do miocárdio.
Classificação de acordo com a gravidade:

A gravidade da angina pectoris pode ser graduada de acordo com o sistema de


classificação desenvolvido pela Canadian Cardiovascular Society (CCS). Esse
sistema divide o processo anginoso em 4 classes:

Classe 1: Atividades físicas comuns e leves, como andar e subir escadas, não
desencadeiam dor. A angina só surge com esforço extenuante, rápido ou prolongado.

Classe 2: Ligeira limitação das atividades normais. A dor no peito pode surgir ao andar
ou subir escadas rapidamente, subir colinas, andar mais de dois quarteirões ou
caminhar ou subir escadas sob condições específicas, como após as refeições,
durante tempo frio ou no vento, sob estresse emocional ou nas primeiras horas da
manhã.

Classe 3: Limitação marcada da atividade física normal. A dor pode surgir ao andar
apenas um quarteirão em terreno plano ou subir um lance de escadas

Classe 4: Incapacidade de realizar qualquer atividade física ou surgimento da dor


mesmo em repouso.

Tipos de angina de peito:


A angina pectoris é habitualmente dividida em dois tipos: estável e instável.

Definição de angina estável?


A angina estável é um quadro de dor no peito típica e previsível, que surge quando o
paciente faz alguma atividade física ou sofre algum estresse emocional. A dor
desaparece após alguns minutos em repouso ou quando o paciente utiliza um
medicamento dilatador das artérias coronarianas, como nitrato sublingual.
O que caracteriza uma angina como estável é o fato dela ter curta duração (menos de
20 minutos) e ser desencadeada sempre por esforços físicos de intensidade
semelhantes, mantendo-se na mesma classe por vários meses ou anos, de forma que
o paciente mais ou menos saiba o tipo de esforço que pode fazer sem desencadear
dor.

Definição de angina instável?


A angina instável é um quadro de isquemia mais grave, que se caracteriza por:
-Angina de início recente já com classe 3 ou 4.
-Angina que surge em repouso.
-Dor anginosa que dura mais de 20 minutos.
-Dor anginosa que surge de forma imprevisível.
-Angina em crescendo, ou seja, angina previamente diagnosticada que apresenta
rápido agravamento, subindo de uma classe para outra em pouco tempo.
Distinguir clinicamente uma angina instável de um infarto agudo do miocárdio é muito
difícil, pois os sintomas são praticamente iguais. Para tal, costumam ser necessários
o eletrocardiograma e a dosagem das enzimas cardíacas (explicaremos as formas de
diagnóstico mais à frente).
Os pacientes com angina instável apresentam elevado risco de evoluírem para infarto
agudo do miocárdio a curto/médio prazo.

Como surge:
Como já referido, a isquemia cardíaca surge sempre que há um desequilíbrio entre a
quantidade de sangue que chega ao miocárdio e a demanda do mesmo por oxigênio.
O aporte insuficiente de sangue habitualmente surge em pacientes com
aterosclerose, quando uma ou mais artérias coronárias apresentam obstrução do
fluxo por placas de colesterol, também chamadas de ateromas.

O acúmulo de colestrol nas artérias coronárias reduz de forma significante o volume


de sangue que chega ao miocárdio. A angina estável costuma surgir quando pelo
menos 50% da luz da artéria encontra-se obstruída.

Além da própria obstrução mecânica ao fluxo de sangue, a doença ateromatosa


também torna as artérias mais rígidas, com menor capacidade de se dilatarem em
períodos de maior demanda de sangue. Uma artéria coronária saudável é capaz de
aumentar em até seis vezes o fluxo de sangue durante atividade física. Já uma artéria
com aterosclerose tem muito mais dificuldade de controlar o seu fluxo sanguíneo e
frequentemente é incapaz de atender às demandas do músculo cardíaco.

Fatores precipitantes:

Na maioria dos casos, o esforço físico é o gatilho para o surgimento da dor anginosa.
Nos casos mais graves, mesmo esforços mínimos, como tomar banho ou trocar de
roupa, podem ser suficientes para desencadear a dor.

O esforço físico, porém, não é a única causa de aumento de demanda de oxigênio


pelo coração. Qualquer situação que estimule o aumento do trabalho cardíaco pode
servir de gatilho. Alguns exemplos:

• Hipertireoidismo.
• Arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial.
• Febre.
• Dor.
• Estresse emocional.
• Medicamentos.
• Crise hipertensiva.
• Anemia.
A anemia pode desencadear episódios de angina não só porque aumenta o trabalho
cardíaco, mas também devido à redução da oxigenação do sangue pelo menor
número de hemácias circulantes. Angina de Prinzmetal (angina variante)
A angina de Prinzmetal, também chamada de angina variante, é uma forma atípica de
dor no peito que ocorre em cerca de 2% dos pacientes com isquemia cardíaca.
Nesses casos, não há obstrução mecânica das coronárias, mas sim episódios súbitos
de espasmos da artéria, que provocam redução aguda do fluxo sanguíneo para o
miocárdio com duração média de 2 a 5 minutos.

Fatores de risco:
Os fatores de risco para angina são basicamente os mesmos da aterosclerose. Os
principais são:
• Obesidade.
• Diabetes mellitus.
• Colesterol alto.
• Sedentarismo.
• Tabagismo.
• Hipertensão arterial.
• Idade acima de 50 anos.
• História familiar de doença isquêmica cardíaca.

Sintomas:
A angina é tipicamente uma dor na região central ou à esquerda do tórax, que pode
irradiar para as costas, mandíbula ou para o braço esquerdo. A dor costuma ser
descrita como um aperto ou uma sensação de pressão no peito e é tipicamente
desencadeada por esforço ou emoção. Quando o paciente fica em repouso ou faz uso
de nitrato sublingual, a dor desaparece.
Já a angina instável é uma emergência médica, pois, nesse caso, a dor anginosa é
habitualmente indistinguível da dor do infarto agudo do miocárdio. Ela tem as mesmas
características da angina estável, mas é de longa duração, costuma ser mais intensa
e não melhora com repouso. O nitrato sublingual pode causar algum alívio, mas não
elimina a dor totalmente.
Nem todos os pacientes sentem dor durante um episódio de isquemia miocárdica,
especialmente os mais idosos e os diabéticos. Em algum casos, o paciente sente
desconforto, queimação no estômago, mal-estar, falta de ar, palpitação, cansaço
súbito ou sensação de desmaio. Esses sintomas são chamados de equivalentes
anginosos. São apresentações clínicas de isquemia cardíaca sem a dor anginosa
típica.
Também existem os episódios de isquemia miocárdica silenciosa, que ocorrem sem
que o paciente refira qualquer sintoma.

Sintomas da angina estável:


• Dor de curta duração, geralmente menor que 5 minutos.
• Previsível.
• Semelhante a outros episódios de angina estável.
• Desencadeada por esforço e aliviada com repouso ou nitrato sublingual.
Sintomas da angina instável:
• Dor que surge subitamente, mesmo em repouso.
• Imprevisível.
• Duração maior que 20 minutos.
• Diferente das crises anteriores de angina.
• Não desparece com nitratos.
• Apresenta outros sintomas associados, como falta de ar, sudorese e mal-estar.

Diagnóstico:
O diagnóstico da angina pode ser feito com base apenas nas características clínicas
da dor e no histórico pessoal do paciente. Estudos mostram que a taxa de acerto é de
93% quando o paciente tem múltiplos fatores de risco e apresenta sintomas típicos da
angina.
Porém, a investigação não acaba no momento do diagnóstico. A angina é um sinal de
isquemia cardíaca, sendo um forte fator de risco para o infarto do miocárdio. Por isso,
todo paciente com angina costuma ser avaliado inicialmente com eletrocardiograma,
prova de esforço e ecocardiograma, que servem para avaliar a gravidade da doença
isquêmica.
Se os testes citados acima sugerirem que o paciente apresenta elevado risco de
evoluir para infarto do miocárdio, ele deve ser submetido a um cateterismo cardíaco,
também chamado de cineangiocoronariografia.

Diagnóstico da angina instável:


Como já referido, a angina instável deve ser encarada como um infarto. O paciente
precisa ser atendido, de preferência, em um serviço de emergência. O diagnóstico
diferencial é feito através da dosagem das enzimas cardíacas, principalmente da
troponina, que é um marcador de necrose do tecido cardíaco. No caso de infarto, a
troponina costuma estar elevada, enquanto na angina instável ela encontra-se dentro
dos valores de referência.

Tratamento:
O tratamento dos pacientes com angina se baseia em um tripé: mudanças de estilo de
vida, medicamentos e procedimentos médicos.
Mudanças de estilo de vida:
O paciente com angina precisa controlar ao máximo os fatores de risco modificáveis.
Isso inclui perder peso, melhorar a dieta, praticar atividade física (com orientação do
cardiologista), controlar a pressão arterial e o diabetes, reduzir o consumo de bebidas
alcoólicas e evitar o estresse.
Parar de fumar é outra medida de suma importância, pois além do tabaco acelerar o
processo de aterosclerose, a nicotina tem ação direta sobre as artérias coronarianas,
induzindo a constrição das mesmas e aumentando o risco de evento isquêmico. Além
disso, o cigarro também reduz a oxigenação do sangue. O resultado é um aumento
de 20 vezes no risco de apresentar um episódio de angina quando comparamos
pacientes fumantes com não fumantes.

Medicação:
O tratamento farmacológico da angina é feito habitualmente com medicamentos
antianginosos, que atuam na prevenção e no controle das crises de dor, e com
inibidores da agregação plaquetária, que reduzem o risco de trombose e de infarto
agudo do miocárdio.

1. Nitratos
Nitratos são medicamentos antianginosos. Os mais utilizados são a nitroglicerina e os
nitratos sublinguais, principalmente o mononitrato de isossorbida e dinitrato de
isossorbida. Os nitratos são frequentemente usados na prevenção da dor e no
tratamento das crises agudas de angina, pois eles relaxam e dilatam os vaso
sanguíneo, permitindo que mais sangue flua para o músculo cardíaco. Já existem
nitratos em forma de adesivo transdérmico, que podem ser utilizados para prevenir as
crises de dor anginosa.

2. Beta-bloqueadores
Os medicamentos da classe dos beta-bloqueadores também devem ser utilizados
pelos pacientes com angina. Os beta-bloqueadores atuam reduzindo a frequência
cardíaca, a contratilidade do coração e a pressão arterial, principalmente durante o
exercício. Todos os tipos de betabloqueadores parecem ser igualmente eficazes no
controle da angina de esforço.

3. Bloqueadores dos canais de cálcio


Em geral, os bloqueadores dos canais de cálcio são usados em combinação com
beta-bloqueadores ou como um substituto destes quando eles são contraindicados ou
causam efeitos colaterais intoleráveis. Os bloqueadores dos canais de cálcio
provocam vasodilatação coronária, reduzem a pressão arterial e a contratilidade
cardíaca. Os mais utilizados são diltiazem, verapamil, amlodipina e felodipina.

4. Ranolazina
A ranolazina é um antianginoso relativamente novo, que pode ser utilizado em
substituição ou em associação com os beta-bloqueadores.

5. Aspirina ou clopidogrel
A aspirina e o clopidogrel são medicamentos que inibem a agregação das plaquetas.
Esse efeito ajuda a reduzir o risco de infarto agudo do miocárdio, pois a agregação
plaquetária é o primeiro passo na formação de trombos que obstruem por completo a
artérias coronárias e provocam necrose miocárdica.

6. Estatinas
Estatinas são medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de colesterol. A longo
prazo, as estatinas previnem e reduzem a aterosclerose, tendo efeito positivo na
prevenção do infarto do miocárdio.

Procedimentos médicos:
Nos pacientes com angina instável ou naqueles com angina estável que não
melhoram com o tratamento farmacológico, o cateterismo cardíaco está indicado. Se
durante o cateterismo o cardiologista identificar alguma artéria coronária gravemente
obstruída, ele pode fazer uma angioplastia, que é uma técnica que restabelece o fluxo
sanguíneo.
Nos pacientes com múltiplas lesões nas artérias coronárias, o tratamento mais
indicado é a cirurgia de revascularização miocárdica, conhecida popularmente como
ponte de safena.

Cuidados de enfermagem na angina:

1. Manter repouso absoluto no leito (nas primeiras 48 horas).


2. Realizar a monitoração cardíaca continua para visualizar continuadamente o traçado
eletrocardiográfico.
3. Verificar sinais vitais a cada 2 horas ou conforme prescrição de enfermagem.
4. Iniciar imediatamente a medicação prescrita; observar o padrão respiratório
(saturação de O2); controlar o débito urinário.
5. Observar e anotar aceitação alimentar e ingesta hídrica.
6. Valorizar queixas de precordialgia e lipotimia avisando imediatamente o enfermeiro.
21. Avaliar sinais de flebite e edema.

Aline Dantas
Comunicação Interatrial

Descrição
Cardiopatia congênita acianótica caracterizada por abertura entre átrios esquerdo e
direito, possibilitando que o sangue flu do átrio esquerdo para o direito, e resultando
no bombeamento ineficaz do coração, desse modo elevando o risco de insuficiência
cardíaca.
Três tipos:
O defeito do forame interatrial do tipo secundum, o tipo mais comum, ocorre na região
da fossa oval e, ocasionalmente, estende-se inferiormente, próximo à veia cava.
O defeito do seio venoso ocorre na porção súpero-pos-terior do septo interatrial, às
vezes estendendo-se para a veia cava, e quase sempre esta associado a
drenagem anormal das veias pulmonares no átrio direito. O defeito do forame
interatrial do tipo primum ocorre na porção interior do septo, e geralmente está
associa- do a anormalidades da valva atrioventricular (valva mi-tral em fenda) e a
defeitos de condução.

Fisiopatologia
Desvios sanguíneos do átrio esquerdo para o átrio direito porque a pressão atrial
esquerda normalmente é um pouco mais elevada do que a pressão atrial direita.
Essa diferença de pressão força grandes volumes de sangue através de um defeito.
Esse desvio acarreta sobrecarga de volume cardíaco direito, afetando o átrio direito, o
ventrículo direito e as artérias pulmonares.
Por fim, o átrio direito aumenta de tamanho, e o ventrícul direito se dilata para acomodar
o volume sanguíneo aumentado.
Se houver o desenvolvimento de hipertensão pulmonar, sucedem-se aumento da
resistência vascular pulmonar e hipertrofia ventricular direita. A hipertensão pulmonar
irreversível provoca a reversão da direção do desvio em alguns adultos, resultando
em sangue não-oxigenado ganhando a circulação sistêmica e provocando cianose.

Causas
Sem causa conhecida
A anomalia do forame interatrial do tipo primum costuma ocorrer
em clientes portadores da síndrome de Down.
Incidência
Essa anomalia representa cerca de 10% dos defeitos cardíacos congênitos
Ocorre duas vezes mais freqüentemente nas mulheres do que nos homens, com uma
forte tendência familiar.
Em geral constitui uma anomalia benigna durante a lactância e a infância. (O
desenvolvimento tardio de sintomas e complicações torna-o um dos defeitos
cardíacos congênitos mais comuns diagnosticados em adultos.)

Manifestações clínicas frequentes Fadiga


após esforço físico.
Sopro protossistólico no início da sístole até mesossistólico no segundo ou no terceiro
espaço intercostal esquerdo.
Sopro diastólico de tom baixo na borda esternal inferior; mais pronunciado durante a
inspiração
Desdobramento amplo e fixo de B, Clique sistólico ou sopro telessistólico apical
Baqueteamento e cianose, se houver desenvolvimento de desvio da direita para a
esquerda D-Alerta. Um lactente pode estar cianótico por ter um distúrbio cardíaco ou
pulmonar. A cianose que se agrava com o choro mais provavelmente tem causa
cardíaca, porque o choro aumenta a resistência pulmonar ao fluxo sanguíneo,
resultando em aumento do desvio da direita para a esquerda. A cianose que melhora
com o choro mais provavelment tem causa pulmonar, porque a respiração profunda
melhorao volume corrente.

Complicações
• Atraso no desenvolvimento físico
• Infecções respiratórias
• Insuficiência cardíaca
• Arritmias atriais
• Prolapso da valva mitral
• Avaliação
Anamnese
• Aumento da fadiga
• Dor torácica
• Dispnéia
• Tosse
• Tontura ou syncope
Achados físicos
• Sopro protossistólico a mesossistólico no segundo ou no
• terceiro espaço intercostal esquerdo
• Sopro diastólico de tom baixo na borda esternal inferior
• esquerda, mais pronunciado durante a inspiração
• Desdobramento amplo e fixo de B,
• Clique sistólico ou sopro telessistólico apical
• Edema periférico
• Cianose
• Veias jugulares distendidas

Resultados de exames
- Técnicas de imagem
A radiografia de tórax revela aumento do átrio direito e do ventrículo direito, artéria
pulmonar proeminente e aumento da trama vascular pulmonar.

Exames diagnósticos.
O ECG pode ser normal, porém com freqüência exibem desvio do eixo elétrico para a
direita, intervalo PR prolongado, graus variáveis de bloqueio de ramo direito,
hipertrofia ventricular direita, fibrilação atrial (particularmente em casos graves em
pacientes de menos de 30 anos) e, no defeito do forame interatrial do tipo primum,
desvio do eixo elétrico para a esquerda.
A ecocardiografia determina o aumento ventricular direito, pode localizar a anomalia e
revela sobrecarga de volume no lado direito do coração. Pode mostrar dilataçao
ventricular direita e da artéria pulmonar. A ecocardiografia bidimensional com fluxo
colorido de Doppler, a ecocardiografia com contraste ou ambas têm suplantado o
cateterismo cardíaco para fins de diagnóstico de comunicação interatrial (CIA). O
cateterismo cardíaco é usado se houver inconsistências nos dados clínicos ou se
houver suspeita de hipertensão pulmonar significativa.

Tratamento
Geral
Atividade, conforme a tolerância.
Dieta com baixo teor de gordura e de colesterol Medicação
• Diuréticos
• Antibióticos
• Analgésicos
Cirurgia
Cirugia cardíaca minimamente invasiva deve ser necessária para o cliente que tem
CIA não complicada e evidências de desvio significativo da esquerda para a direita.
Um defeito grande pode precisar ser fechado cirurgicamente de imediato por meio de
suturas ou de enxerto. Pode ser realizado o fechamento por cateterismo cardiaco,
inserindo-se um enxerto semelhante a um guarda-chuva ou um oclusor septal através
de um cateter cardíaco.

Procedimentos técnico de enfermagem.


• Desfechos esperados para o cliente.
• cliente deverá manter débito cardíaco ideal: • manter estabilidade hemodinâmica;
• não apresentar arritmias cardíacas.
Intervenções de enfermagem.
• Estimule a criança a envolver-se em qualquer atividade que ela consiga tolerar.
• Administre os fármacos prescritos.
• Monitoração
• Sinais vitais
• Pressão venosa central e pressão intra-arterial
• Balanço hídrico
• Ritmo cardíaco
• Oxigenação

Orientações ao cliente
Aborde os procedimentos, antes e depois dos exames, com a criança e os pais.
(Se possível, utilize desenhos ou outros recursos visuais para explicar o problema à
criança.) Os procedimentos pós-cirúrgicos, tubos, curativos e equipamento de
monitoração profilaxia antibiótica para evitar endocardite infecciosa.

Terminologias Científica.
Defeito do septo atrial.

Bianca Rocha
Infarto do Miocárdio

Descrição
Redução do fluxo sanguíneo ao longo de uma ou mais artérias coronárias, provocando
isquemia e necrose do miocárdio.

• O local do infarto depende dos vasos envolvidos


• Também denominado IAM, ou infarto agudo do miocárdio

Fisiopatologia

Oclusão de uma ou mais artérias coronárias.

Se a oclusão coronariana provocar isquemia durante mais de 30 a 45 min, ocorrem


dano irreversível das células do miocárdio e morte muscular.

Todo IAM apresenta uma área central de necrose circundada por uma área de lesão
hipóxica. Esse tecido lesionado é potencialmente viável e pode ser resgatado se a
circulação for restabelecida, ou pode evoluir para necrose.

Causas

• Aterosclerose;
• Trombose;
• Agregação plaquetária;
• Estenose ou espasmo de artéria coronária;
• Fatores de risco;
• Avançar da idade (40 a 70 anos);
• Diabetes melito;
• Elevação dos níveis séricos de triglicerídeos, lipoproteína de baixa densidade
(LDL) e colesterol, e redução dos níveis séricos de lipoproteína de alta densidade
(HDL);
• Ingestão excessiva de gorduras saturadas, carboidratos ou sal;
• Hipertensão arterial;
• Obesidade;
• História familiar positiva de doença coronariana (coronariopatia);
• Sedentarismo;
• Tabagismo;
• Estresse ou personalidade do tipo A;
• Uso de drogas, tais como anfetaminas ou cocaína.

Incidência

Os homens são mais suscetíveis do que as mulheres (antes da menopausa). Crescente


em mulheres que fumam e tomam anticoncepcionais hormonais.

• Após a menopausa, a incidência nas mulheres é semelhante à dos homens

Manifestações clínicas frequentes

Dor torácica subesternal ou sensação de pressão no peito com irradiação (nos


homens).
• Dor no ombro ou no maxilar;
• Dispneia;
• Sintomas atípicos, tais como náuseas nas mulheres.

Complicações

• Arritmias;
• Choque cardiogênico;
• Insuficiência cardíaca provocando edema pulmonar (Pericardite);
• Ruptura do septo interatrial ou interventricular, parede ventricular
• Aneurisma ventricular;
• Êmbolos cerebrais ou pulmonares;
• Extensões do infarto original (Insuficiência mitral).

Anamnese

• Possível doença coronariana com aumento da frequência, da intensidade ou da


duração da angina.
• Sintoma cardinal de IAM: dor ou pressão subesternais esmagadores,
possivelmente irradiando-se para o braço esquerdo, o maxilar, o ombro e as
escápulas, e possivelmente persistindo durante 12h ou mais.
• No idoso ou no diabético, a dor possivelmente não existe; em outros indivíduos,
a dor possivelmente é leve e confundida com indigestão.

• Sensação de morte iminente, fadiga, náuseas, vômitos e dispneia; Achados


físicos
• Ansiedade e inquietação extremas;
• Dispneia Transpiração Taquicardia;
• Hipertensão arterial;
• Bradicardia e hipotensão, no IAM de parede inferior;
• B₁, B, e desdobramento paradoxal de B, na vigência de disfunção ventricular;
• Sopro sistólico de insuficiência mitral;
• Atrito pericárdico no IAM transmural ou na pericardite;
• Febre baixa durante os dias seguintes ao infarto

Resultados de exames

Laboratoriais

▪ Elevação do nível sérico de creatinoquinase (CK), especialmente a isoenzima


CK-MB, que é a fração do músculo cardíaco da CK.
▪ Elevação do nível sérico de desidrogenase láctica (LDH); isoenzima LDH,
mais elevada (encontrada no tecido cardíaco) do que LDH, (no soro).
▪ Leucometria (ou Leucograma) geralmente surgindo no segundo dia e
persistindo por uma semana.
▪ Detecção de mioglobina (a hemoproteína encontrada na musculatura
cardíaca e esquelética), que é liberada com lesão muscular até 2h após o
IAM.
▪ Elevação da troponina I, uma proteína estrutural encontrada no músculo
cardíaco, apenas na lesão de musculatura cardíaca; mais específica do que
o nível de CK-MB. (Os níveis de troponina elevam-se em 4 a 6h após a lesão
miocárdica e podem permanecer elevados durante 5 a 11 dias.)

• Técnicas de imagem

▪ Cintilografias usando tecnécio 99m pertecnetato IV, conseguem identificar o


músculo lesionado de modo agudo ao captar acúmulos de radionuclídeo, que
se mostra como "ponto quente" ou hipercaptante. A cintilografia de perfusão
miocárdica com tálio 201 revela um "ponto frio" na maioria dos clientes
durante as primeiras horas após um IAM transmural.

▪ A ecocardiografia revela discinesia de parede ventricular na vigência de IAM


transmural e ajuda a avaliar a fração de ejeção.
Tratamento e procedimentos
Procedimentos diagnósticos

As leituras seriadas de eletrocardiogramas (ECG) de 12 derivações podem ser


normais ou inconclusivas durante as primeiras horas após um IAM. Anormalidades
características incluem depressão seriada do segmento ST no IAM subendocárdico e
elevação do segmento ST e das ondas Q, representando formação de tecido
cicatricial e necrose, no IAM transmural.

Pode ser realizado cateterismo de artéria pulmonar para detectar insuficiência cardíaca
do lado esquerdo ou do lado direito e para monitorar a resposta ao tratamento.

Procedimentos gerais

• Para arritmias, implantação de um marca-passo ou cardioversão elétrica;


• Balão intraaórtico no choque cardiogênico;
• Dieta com baixo teor de gordura e colesterol;
• Restrição calórica, se for indicado;
• Repouso no leito com urinol ao lado da cama;
• Aumento gradual da atividade física, conforme a tolerância.

Medicação

Terapia trombolítica IV iniciada nas primeiras 3h após o início dos sintomas;

• Ácido acetilsalicílico;
• Antiarrítmicos, antianginosos;
• Bloqueadores dos canais de cálcio Heparina IV;
• Morfina IV;
• Agentes inotrópicos;
• Bloqueadores beta-adrenérgicos;
• Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) − Emolientes fecais;
• Oxigênio.

Cirurgia

• Revascularização cirúrgica
• Revascularização percutânea
Considerações de enfermagem

• O cliente deverá:
• Manter débito cardíaco adequado;
• Manter estabilidade hemodinâmica;
• Não desenvolver arritmias;
• Não desenvolver complicações de excesso de volume hídrico;
• Expressar sentimentos de maior conforto e menos dor;
• Exibir habilidades adequadas de enfrentamento da situação. Intervenções de
enfermagem
• Avalie a dor e administre os analgésicos prescritos. Registre a intensidade, a
localização, o tipo e a dor.
• Evite injeções intramusculares.
• Verifique a pressão arterial do cliente antes e após a administração de
nitroglicerina.
• Durante episódios de dor no tórax, faça ECG.
• Organize os cuidados e as atividades do cliente a fim de proporcionar períodos
de repouso sem interrupção.
• Providencie dieta com baixo teor de colesterol e sódio e bebidas sem cafeína.
• Permita ao cliente usar o urinol.

Terminologias Científica.
Infarto Cardíaco.

Debora Silva
Arritmia cardíaca

A arritmia cardíaca é uma doença relacionada às alterações no ritmo dos batimentos


cardíacos. Quando as batidas do coração ficam desordenadas constantemente – muito
rápidas ou muito lentas -, há prejuízos das funções cardíacas e do funcionamento do
organismo como um todo. Em seu estado normal, o músculo cardíaco se contrai
ritmicamente em decorrência dos disparos elétricos de forma regular. Na ausência
dessa regularidade nos estímulos, temos uma perturbação do ritmo do coração, temos
então, a arritmia.
A diferença na cadência das batidas do coração que pode afetar a saúde está presente
em 1,5% e 5% da população em geral. A doença que altera o ritmo do coração é capaz
de desencadear problemas graves, como mal súbito e parada cardíaca. Neste sentido,
para alertar sobre os sintomas, as formas de apresentação e as maneiras de
prevenção, preparamos este artigo com tudo o que você precisa saber sobre a arritmia
cardíaca.

Definição de arritmia cardíaca.


Para começar, vamos explicar, de forma breve, o que é a arritmia cardíaca. A doença
é caracterizada pela alteração no ritmo dos batimentos do coração. Em seu estado
normal, o músculo cardíaco se contrai ritmicamente em decorrência dos disparos
elétricos de forma regular. Mas quando não há regularidade nos estímulos, há uma
perturbação do ritmo do coração, temos então, a arritmia.
Perceber o peito batendo como se fosse uma ‘batedeira’, sem um compasso, é um
sinal importante de alerta. A ausência de cadência no ritmo cardíaco – que pode tanto
ficar mais rápido ou mais lento – pode causar consequências graves para a saúde. No
Brasil, esta condição cardiovascular é uma das principais causas de morte súbita e as
estimativas mostram que cerca de 2 milhões de brasileiros tenham arritmia cardíaca.
De acordo com a Sociedade de Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a doença
pode acometer 1 em 4 pessoas ao longo da vida e é responsável pela morte súbita de
cerca de 300 mil brasileiros todos os anos.

Quais os tipos de arritmia?


Existem arritmias benignas e malignas. No caso das benignas, as alterações no ritmo
cardíaco podem causar sintomas desagradáveis como palpitações, sem, no entanto,
colocar a pessoa em risco. Já as arritmias consideradas malignas podem causar mal
súbito.
Diante dessas condições, é fundamental ter um acompanhamento médico regular e,
ao menor sinal, procurar por atendimento. Então, continue a leitura para conhecer os
sintomas e as maneiras de manter o coração protegido e no ritmo.
Quais os sinais da arritmia cardíaca?
Se engana quem pensa que a palpitação no peito é o único sintoma da arritmia
cardíaca. Entre os sinais mais comuns de alteração do ritmo cardíaco que podem ser
percebidos estão:
• sensação de nó na garganta;
• tontura;
• desmaio;
• sensação de fraqueza;
• cansaço fácil;
• dor no peito;
• falta de ar;
• mal-estar geral.

Quais as causas da arritmia cardíaca?


Bem, agora que conhecermos os sintomas mais comuns, vamos às principais causas
para a arritmia cardíaca. Podemos destacar, entre elas, duas relacionadas ao estilo de
vida, que são o estresse e a ansiedade.
Outras causas de arritmia são as alterações do funcionamento da tireóide. A produção
excessiva ou a falta do hormônio da tireóide podem causar arritmias.
Além desses fatores, outras causas da arritmia cardíaca podem estar relacionadas à:
• anemia;
• aterosclerose;
• valvulopatias;
• doença cardíaca congênita;
• doença de chagas.
• Consumo excessivo de álcool

É possível prevenir a arritmia cardíaca?


Como falamos acima, algumas das causas da arritmia estão ligadas ao estilo de vida,
sendo assim, uma maneira de prevenir o mal que altera o ritmo do coração é por meio
da adoção de hábitos de vida mais saudáveis, que incluem uma alimentação
equilibrada e a prática regular de exercícios físicos. Além, é claro, de ficar longe do
cigarro, evitar o excesso de bebidas alcoólicas e ter o acompanhamento de um Médico
Cardiologista na rotina de cuidado com a saúde.

Como é o tratamento da arritmia cardíaca?


Importante destacar que a arritmia cardíaca tem tratamento e que este pode variar de
acordo com as causas, a gravidade e as condições da pessoa, como idade e outras
condições preexistentes. Entre os cuidados, há indicação para mudança no estilo de
vida, com a inclusão de exercícios e uma alimentação mais natural, saudável e leve.
Em determinados tipos da doença, que causam a redução acentuada e persistente dos
batimentos cardíacos – chamados de bradicardia -, pode ser necessário o uso do
marcapasso para ajustar os batimentos.
Nas situações inversas, quando o coração bate de forma acelerada, há uma série de
tratamentos possíveis, entre eles o uso de medicamentos antiarrítmico, cirurgia de
ablação e uso de cardiodesfibrilador.
Mitos e verdades sobre arritmia cardíaca
Por fim, para encerrar este artigo e quitar todas as dúvidas, vamos listar a seguir os
principais mitos que cercam a arritmia cardíaca e destacar as verdades sobre essa
condição.
As arritmias cardíacas têm diversas formas.
Verdade! As arritmias cardíacas podem ser do tipo taquicardia (coração bate rápido
demais) ou bradicardia (batidas são muito lentas e em descompasso).
A morte súbita acontece apenas em atletas/esportistas.
Mito! Qualquer pessoa está sujeita à morte súbita, inclusive atletas. No entanto, a maior
porcentagem de ocorrência está no grupo de pessoas que têm doenças cardíacas,
entre os que já sofreram parada cardíaca e entre aqueles que têm histórico familiar.
As arritmias cardíacas podem ser sintomáticas e assintomáticas.
Verdade! Como falamos acima, os sintomas mais comuns de uma arritmia cardíaca
são palpitações ou “batedeiras”, desmaios, tonturas, confusão mental, fraqueza,
pressão baixa, dor no peito.
Mas há casos de arritmias cardíacas assintomáticas, ou seja, que não provocam
nenhum dos desconfortos citados.
Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar
parada cardíaca e a morte súbita.
Verdade! Alguns tipos de arritmias cardíaca não diagnosticada, sem acompanhamento
ou tratamento pode ter consequências graves.
Somente pessoas idosas têm arritmias cardíacas e podem sofrer morte súbita.
Mito! É sabido que a maioria das vítimas de morte súbita está em sua idade mais
produtiva. Então, vale alertar que a arritmia pode ocorrer em qualquer faixa etária.
Arritmias cardíacas são sempre malignas.
Mito! Como também dissemos antes, há arritmias cardíacas malignas e benignas. No
entanto, só é possível saber após uma avaliação detalhada de um Médico
Cardiologista. Quem tem arritmia cardíaca não pode praticar atividades físicas.
Mito! Atualmente, em razão dos tratamentos e dos recursos modernos da medicina,
mesmo as pessoas que têm algum problema cardíaco podem se exercitar. Mas, veja
só, somente após a avaliação e a indicação de exercício feitas pelo Médico
Cardiologista.

Denise Elias
Insuficiencia cardíaca.
▸ Gestação
▸ Tireotoxicose
Panorama
Descrip
Acilmato de liquido no coração porque o miocárdio não consegue proporcionar débito
cardiaco suficiente
Em geral ocorre em um ventriculo esquerdo lesionado, mas pode acontecer no
ventriculo direito primariamente, oo secundariamente a insuficiência cardíaca do lado
esquerdo.

Insuficiência cardiaca esquerda


A capacidade de bombeamento do ventriculo esquerdo falha e o débito cardiaco cai.
O sangue flui retrogradamente para o átrio e os pulmões,causando congestão pulmonar

-Insuficiència cardiaca direita


Função contrátil não-efetiva do ventrículo direito provoca fuso retrógrado de sangue
para o átrio direito e a circula- ção periférica, que resulta em edema periférico e ingurgi-
tamento dos rinse outros órgãos. Causa
• Estenose mitral secundária a cardiopatia reumática, pericardite constritiva ou
fibrilação atrial Insuficiència mitral ou antica
• Arritmias
• Hipertensão arterial
• Aterosclerose associada a infarto do miocárdio
• Miocardite
• Defeitos de septos interventricular e inter-atrial Pericardite constritiva
• Embolia pulmonar
• Infecções ▸ Anemia
• Estresse emocional
• Aumento da ingestão de sal ou água
Incidência
▸ Acomete 1% das pessoas acima dos 50 anos ► Acomete 10% das pessoas acima
dos 80 anos
Manifestações clínicas freqüente
Redução do débito cardíaco
 Dispnéia
 Edema periférico
 Dispnéia ao esforço
Complicações
 Edema pulmonar
 Insuficiência de órgãos, especialmente do cérebro e dos rins
 Infarto do miocárdio
 Avaliação
 Anamnese
 Um distúrbio ou uma afecção que pode desencadear insu- ficiência cardíaca
 Dispnéia ou dispnéia noturna paroxística
 Edema periférico
 Fadiga
 Fraqueza
 Insuficiència cardiaca o cliente:
Anorexia
Náuseas Sensação de plenitude abdominal (particularmente na in- suficiência cardíaca
direita) consixdiaco;

Achados fisicos.
 Tosse com escarro róseo e espumoso
 Cianose dos lábios e do leito das unhas Pele descorada, fria, úmida e pegajosa
 Diaforese
 Distensão venosa jugular  Ascite
 Taquicardia .
 Pulso alternante se for peso.
 Hepatomegalia e possivelmente, esplenomegalia Diminuição da pressão
diferencial
 Agentes inotrópicos
 Vasodilatadores
 Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) Bloqueadores de
receptores da angiotensina (BRA)
 Glicosideos cardíacos
 Use abusivo de substâncias (Alcool, drogas ilícitas, tubaco) Diuréticos
 Suplementos de potássio
 Bloqueadores heta-adrenérgicos
 Anticoagulantes

Cirurgia
Para a disfunção valvar com insuficiência cardíaca aguda recorrente, substituição
cirúrgica Transplante de coração.
Dispositivo de suporte ventricular Colocação de stent.

Considerações de enfermagem
Estertores bibasilares úmidos, roncos e sibilos expirató. Desfechos esperados para o
cliente.
O cliente deverá
 manter estabilidade hemodinámica. manter débito cardiaco adequado;
 Redução da oximetria de pulso
 Edema periférico
 realizar atividades da vida diária sem fadiga em excesso  Redução do débito
urinário  ou menos energia:

Resultados de exames manter ventilação adequada:


manter hidratação adequada.

Laboratoriais
 Imunoensaio de peptídio natriurético do tipo B mostra-se Intervenções de
enfermagem  clevado.
 Coloque o cliente na posição de Fowler, e administre oxigênio suplementar.
 Técnicas de imagem
 Radiografias de tórax revelam reforço da trama vascular pulmonar, edema
intersticial ou derrame pleural e cardio- megalia.
 Proporcione monitoramento cardíaco contínuo durante os estágios agudo e
avançado.
 Auxilie o cliente com exercícios de amplitude de movi- mentos. ▸ Aplique meias
antiembolia. Verifique se ocorre dor espontanea

Procedimentos diagnósticos
A eletrocardiografia reflete esforço ou aumento ou isquemia cardíacos. Também pode
revelar aumento atrial, taquicardia, extra-sistoles ou fibrilação atrial. tânea ou à
palpação na panturrilha.

Monitoração
A monitoração da pressão da artéria pulmonar geralmen- ▸ Determinação diária do
peso para pesquisa de edema peri- te mostra elevação da pressão da artéria pulmonar
e da férico e outros sinais e sintomas de sobrecarga de líquido pressão encunhada da
artéria pulmonar, da pressão dias- tólica final ventricular esquerda na insuficiência
cardíaca Balanço hídrico esquerda e elevação da pressão atrial direita ou da pressão
venosa central na insuficiência cardíaca direita.

Ritmo cardiaco Resposta ao tratamento ▸ Sinais vitais


▸ Estado mental Edema periférico

Tratamento
Alerta. Ausculte para verificar s, existem sons cardíacos e respiratórios anormais,
relatando imediatamente as alte rações. Geral
 Meias antiembolia
 Elevação das pernas
 Dieta com restrição de sódio
 Restrição de líquidos
 Restrição calórica, se for indicado
 Dieta com baixo teor de gordura, se for indicado
 Programa de caminhadas
 Atividade física, conforme a tolerância
 Uréia sanguínea e níveis séricos de creatinina, potássio, sódio, cloreto e
magnésio

Orientações ao cliente Aborde:


o distúrbio, o diagnóstico e o tratamento; sinais e sintomas de agravamento da
insuficiència cardíaca:

Medicação
Diuréticos

Terminologia: insuficiencia cardíaca congestiva

Sabrina França
Miocardite

(doença inflamatória cardíaca)

Definição
Inflamação focal ou difusa do miocárdio geralmente não complicada e autolimitante
Pode ser aguda ou crônica
A recuperação em geral é espontânea e sem defeitos residuais

Fisiopatologia
Um microrganismo infeccioso desencadeia uma auto-imune, celular e humoral. A
inflamação pode acarretar hipertrofia, fibrose e altera ções inflamatórias do miocárdio
e do sistema de condução. O músculo cardíaco se enfraquece e a contratilidade
mostra-se reduzida.

Causas
Vírus Bactérias 4
Reações imunológicas de hipersensibilidade, tais como febre reumática aguda 4
Radioterapia
Alcoolismo crônico Infecções parasitárias
Helmintíases, tais como triquinose

Incidência
Pode ocorrer em qualquer idade

Manifestações clínicas freqüentes


Sensibilidade ou pressão torácica contínua e leve

Complicações
Insuficiência cardíaca esquerda
Miocardiopatia
Valvulite crônica (quando decorre de febre reumática)
Arritmias
Tromboembolia
Avaliação
Anamnese
Possível infecção recente do trato respiratório superior com febre, faringite viral ou
tonsilite
Sinais e sintomas inespecíficos, tais como fadiga, dispnéia, palpitações, taquicardia
persistente e febre persustente
Leve pressão ou sensibilidade contínua no tórax
hados físicos Galopes com B, e B, Bhipofonética Atrito
pericárdico.

Resultados de exames Laboratoriais


Níveis elevados de enzimas cardíacas, incluindo creatinocinase (CK), CK-MB,
aspartato aminotransferase e desidrogenase láctica (LDH)
Leucocitose e aumento da velocidade de hemossedimentação
Elevação dos títulos de anticorpos, tais como os títulos de antiestreptolisina-O na febre
reumática.
Cultura de fezes, orofaringe, lavados faríngeos ou outroslíquidos corporais revelando o
vírus ou a bactéria causais.

Procedimentos diagnósticos
Pode-se empregar a biopsia endomiocárdica para confirmar um diagnóstico de
miocardite. A eletrocardiografia geralmente revela anormalidades difusas do segmento
ST e da onda T, tais como na pericardite, em defeitos de condução (intervalo PR
prolongado) e nas arritmias ectópicas ventriculares e supra- ventriculares.

Tratamento Geral
 Para o cliente que apresenta sinais e sintomas de insuficiên- cia cardíaca,
hospitalização até encontrar-se estabilizado
 Oxigenoterapia, se for indicado
 Evitar álcool
 Dieta hipossódica
 Repouso no leito modificado
 Atividade conforme a tolerância Medicação
 Antiinfecciosos
 Antiarritmicos
 Anticoagulantes
 Agentes antiinflamatórios
 Inibidores da enzima conversora da angiotensina
 Diuréticos
 Agentes inotrópicos
Cirurgia
 Implante de marca-passo
 Dispositivo de assistência ventricular
 Transplante do coração

Considerações de enfermagem
 Desfechos esperados para o cliente O cliente deverá:
 realizar as atividades da vida diária sem fraqueza nem fadiga;
 manter estabilidade hemodinâmica e débito cardíaco ade- quado sem arritmia;
 manter ventilação adequada.

Intervenções de enfermagem
 Enfatize a importância do repouso no leito. Providencie uma comadre.
 Permita ao cliente expressar suas preocupações decorren- tes dos efeitos das
restrições à atividade sobre suas responsabilidades e rotinas.
 Administre o oxigênio prescrito.
 Administre os fármacos antiinfecciosos por via parenteral e outros
medicamentos prescritos.

Monitoração
 Sinais vitais
 Estado cardiovascular
 Balanço hídrico
 Sinais e sintomas de insuficiência cardíaca
 De intoxicação por digoxina
 Ritmo cardíaco
 Níveis da gasometria arterial
 Determinação diária do peso
 Resposta ao tratamento

Orientações ao cliente Aborde:


• distúrbio, o diagnóstico e o tratamento;
 As medicações prescritas e potenciais reações adversas;
 Prevenção de miocardite;
 Sinais e sintomas de insuficiência cardíaca;
 Para o cliente que toma glicosídios em casa, como verificar o pulso durante 1
min completo antes de tomar a dose, e a necessidade de suspender a dose e
avisar ao médico se a freqüência cardíaca cair para níveis inferiores aos da taxa
predeterminada (em geral 60 batimentos/min);
Gabriella Ciriaco
Endocardite
Panorama

Descrição
Infecção do endocárdio, das valvas cardíacas ou de prótese cardíaca

Fisiopatologia
• Fibrina e plaquetas acumulam-se no tecido valvar e fago- citam bactérias ou
fungos circulantes. (Ver Alterações de- generativas na endocardite.)
• Isso leva a formação de vegetação, a qual, por sua vez. pode cobrir as
superfícies valvares, provocando defor- midades e destruição do tecido valvar e
pode se estender para as cordas tendíneas, levando-as ao rompimento, des- se
modo provocando insuficiência valvar.
• A vegetação nas valvas cardíacas, no revestimento endo- cárdico de uma
câmara cardíaca ou no endotelio de um vaso sanguíneo pode formar êmbolos
para o baço, os rins, o sistema nervoso central e os pulmões,

Causas
• Valvopatia cardíaca
• Uso de drogas ilícitas IV
• Doença cardíaca reumática ▸ Próteses valvulares cardíacas

Cardiopatia congênita
• Prolapso de valva mitral ▸ Cardiopatia degenerativa
• Estenose aortica calcificada (em idosos) ▸ Hipertrofia septal assimétrica
Síndrome de Marfan
▸ Valva aórtica sifilítica

Incidência
• ▸ Até 40% dos clientes acometidos não têm cardiopatia sub- jacente.
• Hemodiálise crônica
• Endocardite em valva natural
• Mais comum em homens do que em mulheres A maioria dos clientes tem mais
de 50 anos de idade
• Doença valvar reumática em cerca de 25% de todos os ca SOS
• A valva mitral é a mais acometida
• Usuários de drogas ilícitas que têm endocardite (frequen- temente homens
jovens)
Manifestações clínicas freqüentes
• Sopro cardíaco
• Complicações
• Insuficiência cardíaca esquerda Estenose ou regurgitação valvar
• Erosão miocárdica
• Resquícios embólicos alojados na pequena vasculatura do
• tecido visceral

Avaliação Anamnese
▸ O cliente pode relatar alteração predisponente e queixar- se de sintomas
inespecíficos, tais como fraqueza, fadiga, perda de peso, anorexia, artralgia, suores
noturnos e febre intermitente que pode recorrer durante semanas.

Achados físicos
• Petéquias na pele (especialmente comum na porção súpe ro-anterior do tronco)
e na mucosa bucal, faringea ou con- juntival
• Hemorragias subungueais
• Baqueteamento digital (mãos) nos clientes que têm doen- ça crônica
• Sopro cardíaco em todos os clientes, exceto aqueles que têm endocardite aguda
em fase inicial e usuários de drogas ilícitas IV que apresentam infecção da valva
tricuspide
• Nodos de Osler
• Manchas de Roth
• Lesões de Janeway
• Um sopro que se altera subitamente ou um novo sopro que se desenvolve na
vigência de febre (sinal físico clássico)
• Esplenomegalia na doença crônica ▸ Dispnéia, taquicardia e estertores
bibasilares possíveis na insuficiência cardíaca esquerda
• Alterações degenerativas na endocardite Esta ilustração mostra vegetações
tipicas no endocardio produzidas por depósi Geral tos de fibrina e plaquetas em
locais de infecção
• Terapia imediata que se mantém durante algumas semanas
• Seleção de fármaco antiinfeccioso com base no tratamento microrganismo
infectante e antibiograma
• Se a hemocultura for negativa (10 a 20% dos casos suba- gudos), possível
antibioticoterapia IV (geralmente durante 4 a 6 semanas) contra o provável
microrganismo ofensor
• Ingestão suficiente de líquidos ▸ Repouso no leito

Medicação
 Ácido acetilsalicílico (AAS)
 Antibióticos
Cirurgia
• Na doença valvar grave, especialmente insuficiència aór- tica ou infecção de
prótese valvar cardíaca, possível cirur gia corretiva se houver o desenvolvimento
de insuficiência cardíaca refratária ou se uma prótese infectada tiver de ser
substituída
• Infarto esplénico causando dor no quadrante superior es- querdo do abdome,
irradiando-se para o ombro esquerdo, e rigidez abdominal
• Infarto renal causando hematuria, piúria, dor no flanco e débito urinário diminuído
• Infarto cerebral causando hemiparesia, afasia e outros déficits neurológicos >
Infarto pulmonar causando tosse, dor pleuritica, atrito
• pleural, dispnéia e hemoptise ▸ Oclusão vascular periférica causando dormência
e formigamento no braço, na perna, no dedo da sinais de gangrena periférica
iminente

Resultados de exames
• Laboratoriais Três hemoculturas ou mais durante 24 a 48 h identificando o
microrganismo causal (em até 90% dos clientes)
• Leucometria total e diferencial normais ou elevadas
• Hemograma completo e marcadores eritrocitários revelan- do anemia
normocítica normocrômica na endocardite in- fecciosa subaguda
• Velocidade de hemossedimentação (VHS) e níveis séricos de creatinina
elevados
• Fator reumatóide sérico positivo em cerca de metade de todos os clientes que
têm endocardite após a doença estar presente durante 6 semanas
• Urinálise revelando proteinuria e micro-hematúria (hema túria microscópica)

-Técnicas de imagem
A ecocardiografia pode identificar lesão valvar em até 80% dos clientes que têm doença
valvar natural.
-Procedimentos diagnósticos OECG pode revelar fibrilação atrial e outras arritmias que
acompanham a valvopatia.

Considerações de enfermagem
• Desfechos esperados para o cliente O cliente deverá:
• realizar atividades da vida diária sem fraqueza nem fadiga: ▸ manter
estabilidade hemodinâmica com débito cardíaco adequado: ▸ não apresentar
arritmias;
• manter ventilação adequada: expressar sentimentos sobre diminuição da
capacidade de realizar atividades habitua: Intervenções de enfermagem Enfatize
a importância do repouso no leito.
• Providencie uma mesa para a cabeceira. Permita que o cliente manifeste suas
preocupações.
• Obtenha um histórico de alergias.
• Administre os antibióticos nas horas certas. Administre oxigênio.
• Alerta. Verifique se ocorrem sinais de embolização, algo fre- - quente durante os
primeiros 3 meses de tratamento. Oriente o cliente a observar se ocorrem esses
sinais e a relatá-los.
• Estado renal
• Avaliação freqüente do estado cardiovascular ▸ Gasometria arterial conforme a
necessidade

Orientações ao cliente Aborde:


• distúrbio, o diagnóstico e o tratamento; ▸ agentes antiinfecciosos que o cliente
precisa continuar a tomar
• a necessidade de observar atentamente se ocorrem febre, anorexia e outros
sinais de recidiva em cerca de 2 semanas após a interrupção do tratamento:
• a necessidade de antibióticos profiláticos antes de trata- mento dentário e alguns
procedimentos cirúrgicos;
• higiene dental adequada e não usar fio dental;
• modo de reconhecer os sintomas de endocardite e avisar ao médico
imediatamente caso ocorram.

Plano de alta
▸ Estimule o acompanhamento com um cardiologista.

Denise Elias
Sinais vitais

Sinais vitais são variáveis que evidenciam as alterações do comportamento do


organismo. Esses sinais costumam ser utilizados na prática diária em unidades de
internação como coadjuvantes para auxiliar na tomada de decisão à beira do leito. Além
disso, estão intimamente associados a distúrbios dos sistemas circulatório, respiratório,
neurológico e renal. São parâmetros regulados pelo funcionamento dos órgãos vitais e
revelam o estado de preservação destes, sendo, por isso, chama- dos de sinais vitais.

FREQUÊNCIA CARDÍACA
Monitorar frequência cardíaca e pulso em pacientes de terapia intensiva de- manda
desde conhecimentos básicos de anatomia e fisiologia até os mais com- plexos,
incluindo o funcionamento dos equipamentos destinados para esse fim e fatores que
podem interferir na adequada verificação. Muito mais do que uma simples aferição, é a
interpretação dos resultados dessa monitoração, pois uma alteração no pulso ou na
frequência cardíaca pode indicar comprometimento cardiovascular, disfunção
orgânica, infecção ou até mesmo dor.
De acordo com a American Heart Association (AHA),¹ o coração de um adulto normal
contrai na frequência de 60 a 100 vezes por minuto. Assim, quando a frequência é
inferior a 60 batimentos por minuto (bpm), considera-se como bradicardia; acima de
100 bpm, taquicardia.
Duas formas complementares e não substitutivas devem ser utilizadas para essa
monitoração cardíaca, a palpação do pulso e o monitoramento eletrocardiográfico. A
primeira pode ser feita em diferentes locais, avaliando o pulso em relação a frequência,
amplitude e ritmo. Conforme dito anteriormente, o pulso pode apresentar-se
bradicárdico, eucárdico (entre 60 e 100 bpm) ou taquicádico. Pode estar cheio, filiforme
ou apresentar-se rítmico ou ar- rítmico. Além de auxiliar na monitoração cardiológica, a
palpação do pode ajudar na detecção de perfusão inadequada dos membros. nectado
ao paciente. O eletrocardiograma (ECG) expresso na monitoração mostra a atividade
elétrica cardíaca que é detectada por eletrodos fixados à pele, os quais transmitem a
energia através de cabos para o monitor. A AHA recomenda a monitoração contínua de
ECG para a detecção de arritmias como sendo de Classe I de intervenção para todos
os pacientes internados na terapia intensiva.2
Como todo sistema de condução elétrica, este pode apresentar artefatos, provocando
falha desde a captação dos sinais pelos eletrodos até a apresentação dos dados no
monitor. Cabe à equipe de enfermagem identificar e eliminar os fatores que contribuem
para interferências nessa monitoração; são eles: dificuldade na aderência dos eletrodos
à pele, por umidade ou excesso de pelos, ou pela qualidade do material do eletrodo;
cabos ou eletrodos fixados em locais errados ou até mesmo desconectados
acidentalmente pela mobilização do paciente; interferên cias de outros equipamentos,
como, por exemplo, máquinas de hemodiálise. Os exemplos de interferências na
monitoração eletrocardiográfica. A monitoração eletrocardiográfica pode ter 3 ou 5
cabos conectados aos eletrodos Cada eletrodo fixado capta a atividade elétrica do
coração, todos combinados auxiliam na leitura adequada da morfologia da onda
eletrocardiográfica. A atividade elétrica no coração e determinada por um sistema
especializa do de excitação e condução cardíaca que controla a frequência da
contração cardíaca.Esse sistema especializado, também chamado de sistema elétrico
do coração. é formado por nó sinoatrial (conhecido como marcapasso natural do
coração); nó atrioventricular, feixe de His, ramos direi- to e esquerdo e fibras de
Purkinje. O nó sinoatrial gera os impulsos elétricos; estes passam pelos átrios
levandoos à contração continuam percorrendo o coração até atingirem o nó
atrioventricular. A partir desse ponto, eles seguem pelos feixe de His até chegarem às
fibras de Purkinje, o que resulta em contração ventricular1,3,
Para que esse impulso elétrico ocorra, as células especializadas passam por ciclos de
despolarização e repolarização contínuos. Células cardíacas em repouso são
consideradas polarizadas, ou seja, não existe qualquer atividade elétrica. Membranas
celulares separam concentrações diferentes de íons sódio e potássio e geram carga
mais negativa no interior da célula. Após um estímulo, os íons atravessam a membrana
celular, ocasionando despolarização celular (potencial de ação).
Diferentemente de outros músculos esqueléticos, o músculo cardíaco tem um potencial
de ação mais demorado. Isso pode ser explicado pela abertura de dois tipos de canais:
os canais rápidos de sódio e os canais lentos de cálcio, também denominados canais
de cálcio-sódio. Durante esse período, grande quantidade de íons sódio e cálcio flui por
esses canais para o interior da fibra muscular cardíaca, e isso mantém a despolarização
por um período prolongado, ocasionando o platô do potencial de ação. Além disso, logo
após o início do potencial de ação, a permeabilidade da membrana do músculo
cardíaco ao potássio diminui cerca de cinco vezes, impedindo a recuperação precoce
da célula. Quando os canais lentos de cálcio-sódio se fecham ao final de 0,2 a 0,3
segundos, is- a permeabilidade da membrana ao potássio aumenta, e a rápida perda
de potássio faz o potencial da membrana retornar a seu nível de repouso, terminando,
assim, pós o potencial de ação. Para que todas as fases do ciclo cardíaco ocorram de
modo adequado, há de se considerar também as concentrações plasmática e celular
dos ions fundamentais para a despolarização celularUma vez identificada a arritmia,
não somente se investigam as falhas mecânicas e de patologias pregressas, mas
também as alterações laboratoriais.
A passagem do impulso elétricos ciclos de contração e relaxamento do co- ração,
determinando o débito cardiaco As fases que compreendem o ciclo cardi aco são: gera
Contração ventricular isovolumé tricaem resposta à despolarização ventricular, a tensão
nos ventriculos aumenta, causando fechamento das válvulas tricuspede e mitral. As
válvulas pulmonar e aortica permanecem fechadas durante toda essa fase.
Ejeção ventricular: quando a pressão ventricular excede a pressão arterial aórtica e
pulmonar, essas válvulas se abrem e possibilitam a ejeção ventricular.
Relaxamento isovolumétrico: quando a pressão ventricular caí a um nivel abaixo da
pressão na aorta e na artéria pulmonar, as válvulas aórtica e pulmonar se fecham; todas
as válvulas estãofechadas durante essa fase. Enchimento ventricular: a pressão atrial
excede a pressão ventricular e causa abertura das válvulas atrioventriculares. O
sangue flui passivamente para o interior dos ventrículos, e cerca de 70% do enchimento
ventricular ocorre durante essa fase. Sistole atrial: coincide com o final da diástole
ventricular e possibilita a ejeção do conteúdo atrial (cerca de 30%) para o ventrículo.
Temperatura
Desde 1638, quando se descobriu que a temperatura corporal passava por variações,
diferentes métodos para sua verificação co- meçaram a ser estudados e utilizados. O
pri- meiro deles, já em 1851 - por Wunderlich - originou o termômetro de coluna de mer-
cúrio, utilizado até hoje.¹
Sabe-se que a temperatura corporal é regulada por termorreceptores no hipo- tálamo,
sendo considerada como normal a temperatura corporal que varia de 36 a 37°C.
Consideram-se como hipotermia temperaturas corporais abaixo de 36°C; estado
subfebril acima de 37 até 37,9°C; e febril acima de 37,9°C.
Na terapia intensiva, a mensuração da temperatura tem fundamental importância o
tratamento do paciente crítico, uma vez que seu aumento ou decréscimo está
associado a diversos estados pato- lógicos do paciente. Em situações de infecção,
inflamação, disfunção do sistema nervoso central e até mesmo toxicidade por drogas,
uma das primeiras alterações que ocorre é a mudança na temperatura corporal.
Termômetros de coluna de mercúrio:
Em geral, são utilizados na UTI, mas muitas vezes refletem uma temperatura incorreta,
frequentemente associada ao tempo de permanência, definido como, no mínimo, três
mi- nutos, para mensuração correta e/ ou hipoperfusão tecidual de alguns pacientes.
Atualmente em desuso. . Os termômetros menos comuns nas terapias intensivas do
Brasil são os adesivos, que contém cristal líquido aplicado em suas tiras. Podem ser
aplicados em qualquer lugar do corpo, mas são comumente fixados à região frontal.
Eles sofrem maior interferência devido à adesão à pele e à hipoperfusão tecidual. .
Os termômetros timpânicos são mais precisos; por meio de emissão de infravermelho,
conseguem captar a temperatura do tímpano, local considerado apropriado para a
medida da temperatura corporal, devido à rica vascularização.
Termômetros com termistores: quando acoplados ao monitor, geralmente refletem
melhor a mensuração da temperatura, além de possibilitar sua medida contínua.
Podem ser utilizados por via axilar, esofágica e retal. Contudo, alguns cuidados devem
ser observados e seguidos pela equipe de enfermagem, para que se possa obter uma
temperatura fidedigna. A introdução de 45 cm para alcançar a posição correta no
esôfago se faz necessária, uma vez que a proximidade do termistor com o esôfago
proximal sofre interferências da temperatura ambiente. Quando utilizado por via retal,
o termômetro deve ser introduzido, no mínimo, 10 cm.

Pressão arterial
A pressão arterial sistêmica é definida como o resultado da pressão exercida sobre a
parede das artérias durante a sístole e a diástole alterar na elasticidade da camada
muscular da parede dos vasos sanguineos interessem diretamente nos valores da
pressão arterial, como observado no estudo de Framingham Heart, que evidenciou ale
ração da pressão sistólica (PS)da pressão diastólica (PD) e da pressão de pulso (PP)
de acordo com o avanço da idade. A pressão arterial diastólica, em grande parte
determinada pela resistência arterial periferica, aumenta com a idade e, depois, tende
a diminuir.
Contrapartida, a pressão arterial sistólica e a pressão de pulso, ambas influenciadas
pela rigidez das grandes artérias, tendem a um aumento crescente com a idade. Ainda
que a pressão diastólica tenha sido tradicionalmente o foco principal no tratamento da
hipertensão arterial mais recentemente, a pressão sistólica passou também a ser
reconhecida como um forte fator de risco cardiovascular em pessoas idosas.?
A pressão arterial sistólica é deter minada pelo volume sistólico proveniente do
ventrículo esquerdo, pela velocidade de ejeção e está intimamente associada com a
complacência da artéria aorta. Já a pressão arterial diastólica coincide com o
relaxamento ventricular e se estabelece pela resistência periférica, enquanto a pressão
arterial média (PAM) corresponde a um terço da pressão sistólica mais duas vezes a
pressão diastólica. A PAM tende a ser utilizada para cálculos das variáveis
hemodinâmica à beira do leito, uma vez que seu valor é essencialmente o mesmo em
toda a árvore arterial. A pressão de pulso e a diferença entre a pressão sistólica e a
diastólica reflete o volume sistólico, a velocidade de ejeção e a resistência vascular
periférica. O valor normal da pressão de pulso encontra-se entre 30 e 40 mmHg. Limites
inferiores a 30 mmHg significam uma redução drástica do débito cardíaco, exigindo
uma avaliação cardiovascular adicional sistólica, diastólica, pressão de pulso e média.
A pressão arterial na UTI pode ser medida de forma invasiva ou não invasiva. Neste
capítulo, será abordada a for- ma não invasiva, que possui como base o principio de
fluxo pulsátil. Os dispositivos mais frequentes encontrados dentro das unidades para
verificação da pressão arterial de forma minimamente invasivas são: o
esfigmomanômetro com cuff inflável e a monitoração automática, que oferece (sem o
auxílio do estetoscópio) as presões istólica, diastólica e média, sendo hoje o segundo
método de escolha para as UTIs, quando devidamente indicado. O esfigmomanômetro
consiste de braçadeira (manguito) inflável e mano- metro de mercúrio ou aneroide, com
o objetivo de visualizar os valores da pressão arterial. Nesse mecanismo, o mangui to
deve ser firmemente enrolado na parte superior do braço, sendo o balão do manguito
centrado sobre a artéria braquial. O estetoscópio precisa ser alocado na área onde
melhor se sente a artéria braquial.10.12 Por sua vez, o manguito então deve ser inflado
até o desaparecimento do pulsoA partir desse momento, pode-se prosseguir a
desinsuflação no intervalo. de 2 a 3 mmHg/s.13 O manômetro deve ser observado com
toda a atenção, sendo que o primeiro som ouvido corresponde à pressão sistólica.
Continuando a desinsuflação do manguito, o som tende a diminuir ou desaparecer,
correspondendo à pressão diastólica. Esse método é denominado de auscultatório.10
Especial atenção deve ser dada ao tamanho do manguito e a seu posiciona.

Frequência respiratória
A respiração constitui o fenômeno fisiológico responsável pela obtenção de energia
para o organismo. Por meio do ciclo de Krebbs, a glicose contida na célula pode ser
oxidada, resultando na produção de trifosfato de adenosina (ATP)com liberação de
dióxido de carbono e água. Para tanto, o oxigênio precisa chegar à célula. Por outro
lado, sabe-se que níveis eleva dos do monóxido de carbono são lesivos à função
celularDiante dessa afirmação, pode-se perceber a existência de uma nepaço morto
anatômico o ar contido nas vias aéreas, mais o volume de ar alveolar que não está
envolvido na troca gasosa (p. ex., alvéolos não perfundidos por embolia pulmonar). O
espaço morto é obtido pela subtração da pressão parcial do dióxido de carbono arterial
(PaCO,) da pressão parcial do dióxido de carbono do ar alve- olar (PACO,),25,26
A ventilação alveolar (VA) compre- ende o volume de ar envolvido na hemato- se e
indica a ventilação efetiva. É calculada subtraindo-se o espaço morto do volume
corrente e multiplicando-se pela frequên- cia respiratória. Cerca de 2.300 mL de ar
(capacidade residual funcional) permane- cem nos pulmões ao final da expiração; e, a
cada nova respiração, são introduzidos aproximadamente 350 ml de ar nos alvéo- los.
Essa taxa de renovação lenta evita os- cilações bruscas nas concentrações de gás nos
alvéolos a cada respiração.2" 25-27
A frequência respiratória é produzi- da pelos movimentos de inspiração e ex- piração,
estando intimamente associada ao processo metabólico de subtituição dos gases.
Durante a inspeção do tórax, o enfermeiro deve ficar atento a amplitude, frequência e
ritmo respiratório. Define-se como eupneico o paciente que apresenta respiração de
ritmo e amplitude normal com frequência de 12 a 20 incursões por minuto.

Entre as alterações do padrão respiratorio, o enfermeiro pode encontrar:

1. Taquipneia: representa a respiração rápida e superficial


2. Bradipneia: definida como a respiração lenta e superficial
3. Apneia: representa a ausência de respiração
4. Hiperpneia ou hiperventilação: respiração profunda com frequência normal ou
aumentada
5. Hipopneia ou hipoventilação: respiração superficial com frequência normal

Gabriella Ciriaco
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA: QUAIS OS PROTOCOLOS E
MELHORES PRÁTICAS

A monitorização cardíaca oferece dados essenciais para o acompanhamento de


pacientes instáveis.
Usando um monitor conectado a eletrodos, esse mecanismo permite a realização de
um eletrocardiograma contínuo, com registro e até alarmes diante de anormalidades.
Dessa forma, o aparelho avisa a equipe médica e de enfermagem caso haja
arritmias de padrão rápido ou lento. Isso garante o socorro imediato ao doente.
Não por acaso, pode fazer a diferença entre a vida e a morte, evitar sequelas e
melhorar o prognóstico.

O que é a monitorização cardíaca?

Monitorização cardíaca é o registro contínuo da atividade elétrica do coração,


geralmente realizado em pacientes internados.
Na prática, trata-se da realização de um eletrocardiograma ininterrupto para
possibilitar o acompanhamento dos batimentos em tempo real.

O ECG é empregado para monitorar o paciente por reunir uma série de vantagens, a
exemplo de:
• Ser um exame simples, conduzido por médicos, enfermeiros ou técnicos de
enfermagem devidamente treinados
• Ser indolor, rápido, seguro e oferecer pouco incômodo ao doente
• Não ser invasivo
• Ter raras contraindicações, geralmente relacionadas a alergias ou queimaduras
na pele
• Fornecer dados em tempo real sobre a frequência cardíaca e suas variações.

Para que serve a monitorização cardíaca?

De forma resumida, a monitorização cardíaca serve para acompanhar a saúde


cardíaca de pacientes fisiologicamente instáveis.
A técnica permite a otimização das atividades em locais como enfermarias e unidades
de terapia intensiva (UTI).
Assim, viabiliza a vigilância de vários doentes pela equipe de saúde. Sem
essa possibilidade, os profissionais teriam de gastar muito mais tempo
realizando exames para conferir a evolução das terapias aplicadas, e sem
conseguir tantos dados quanto os registrados pela monitorização com ECG.

Indivíduos em estado crítico, com instabilidades hemodinâmicas e/ou que tenham


passado por cardioversão (choque) têm indicação para permanecer em
monitoramento.
A ideia é evitar complicações cardíacas como o infarto agudo do miocárdio (IAM),
verificando a resposta a medidas como a terapia antiarrítmica.
Ou detectando anormalidades no ritmo cardíaco, tais como:

Taquicardia sinusal
• Bradicardia sinusal
• Taquicardia supraventricular
• Taquicardia ventricular não sustentada
• Fibrilação atrial

Flutter atrial
• Bloqueios cardíacos de primeiro, segundo ou terceiro graus
• Atividade de marcapasso ventricular
• Extrassístoles ventriculares • Extrassístoles supraventriculares.

Quais os protocolos de monitorização cardíaca?

Os protocolos de monitorização cardíaca descrevem parâmetros para garantir


registros fidedignos do ECG contínuo.
Eles dependem de fatores como o posicionamento dos eletrodos, sua aderência e
conexão com o monitor.
Além, é claro, da condição e programação do eletrocardiógrafo e monitor de UTI –
que fornece a leitura dos sinais vitais de modo automático.
Portanto, é fundamental conferir esses itens antes de iniciar a monitorização e,
depois, em intervalos programados durante o dia.
Uma das etapas básicas está na identificação do padrão para a colocação dos
eletrodos periféricos, que oferecem dados sobre o plano frontal.
Esses eletrodos são identificados por cores diferentes, que devem ser posicionadas
nas extremidades dos membros superiores e inferiores no ECG convencional.
Lembrando que, na monitorização cardíaca, os eletrodos são colocados todos no
tórax, o mais próximo possível dos membros do paciente.
Os padrões utilizados em equipamentos de ECG foram criados por duas entidades
reconhecidas internacionalmente: AHA e IEC.
Abaixo, trago detalhes sobre cada um para tirar as dúvidas sobre esses os protocolos.

Padrão AHA

Referência mundial em cursos e treinamentos para suporte básico e avançado de


vida, a American Heart Association (AHA) publica diretrizes sobre os principais
exames cardiológicos.
O que inclui diferentes tipos de eletrocardiograma, devido à sua importância para
diagnosticar doenças cardiovasculares e eventos graves como o infarto. Aparelhos
que seguem as guidelines da AHA apresentam as cores branco, preto, vermelho,
verde e marrom.
Eles devem ser dispostos da seguinte forma:
• Branco (RA): no braço direito
• Preto (LA): no braço esquerdo
• Vermelho (LL): na perna esquerda
• Verde (RL): na perna direita
• Marrom: derivação precordial.
Padrão IEC

Já a International Electrotechnical Commission (IEC) trabalha na padronização de


requisitos de diversos equipamentos tecnológicos.
O que engloba requisitos para as tecnologias aplicadas à saúde, a exemplo do
eletrocardiógrafo.
Dispositivos que atendem aos padrões IEC empregam as cores vermelho, amarelo,
verde, preto e branco para os eletrodos.
A distribuição delas fica assim:
• Vermelho (R): no braço direito (Right)
• Amarelo (L): no braço esquerdo (Left)
• Verde (F): na perna esquerda (Foot) • Preto (N): na perna direita (Neutro)
• Branco: derivação precordial.

O posicionamento de eletrodos para monitorização cardíaca

Como mencionei acima, o posicionamento de eletrodos faz toda a diferença na


monitorização cardíaca.
Simplesmente porque trocas ou falhas comprometem a qualidade dos registros,
favorecendo equívocos na interpretação dos dados sobre a atividade cardíaca.
Caso a troca ou falha não seja identificada com rapidez, o paciente corre o risco de
não receber a assistência necessária diante de anormalidades com o ritmo
cardíaco.

Afinal, a equipe de saúde terá de reparar em outros sintomas de que algo está errado,
o que pode levar tempo.
Quando o assunto são doentes críticos, mesmo poucos minutos podem comprometer
seu tratamento e recuperação.
Por isso, é necessário receber treinamento para colocar os eletrodos corretamente.
Cada um deles é responsável pela captação da atividade elétrica de uma parte do
músculo cardíaco, formando as derivações observadas no traçado do ECG. O mais
comum é que o teste compreenda 12 derivações, que precisam de 10 eletrodos para
serem monitoradas.

Eletrodos precordiais

Mencionei antes os eletrodos periféricos, mas também há os precordiais, usados para


mostrar os planos horizontais.
Eles ficam dispostos sobre o tórax do paciente, nas seguintes posições:
1. O primeiro eletrodo torácico (V1) precisa ficar no 4º espaço intercostal, à
margem direita do esterno
2. O segundo (V2) fica no 4º espaço intercostal, à margem esquerda do esterno
3. O terceiro (V3) deve ser inserido no espaço entre V2 e V4
4. O quarto (V4) fica no 5º espaço intercostal esquerdo, na linha abaixo do ponto
médio da clavícula (hemiclavicular)
5. O quinto eletrodo (V5) deve ser posicionado também no 5° espaço intercostal,
nível que V4, mais para a esquerda, na linha axilar anterior
6. O último dispositivo (V6) deve ficar no mesmo nível que V4 e V5, pouco mais
para a esquerda, na linha axilar média.

Como fazer a monitorização cardíaca?

Existem diferentes tipos de monitorização cardíaca, conforme cito abaixo.


Cada um tem suas particularidades e finalidade.
No entanto, o preparo e início da técnica incluem etapas semelhantes.
Esses cuidados estão listados a seguir, com base neste material da Ebserh
(Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares):
• Realizar a higienização das mãos
• Organizar todo o material necessário numa bandeja (álcool 70%, luvas, solução
antisséptica, gazes, gel para os eletrodos)
• Explicar o procedimento ao paciente, se estiver consciente
• Usar EPI recomendado
• Verificar o número de conectores do cabo de monitorização Standard (se cabo
de 3 vias ou cabo de 5 vias)
• Selecionar na tela do monitor o número de eletrodos de acordo com o cabo (se
3 ou 5 vias)
• Realizar limpeza da pele com álcool a 70% para colocar os eletrodos e
tricotomia (remoção de pelos), caso necessário
• Posicionar os eletrodos de acordo com as especificidades do aparelho.

Monitorização cardíaca não invasiva

Essa é a modalidade mais utilizada para os pacientes internados.


Sua principal vantagem é não exigir procedimentos invasivos, o que facilita o
preparo e reduz o desconforto para o doente.
Para que seja bem-sucedida, a monitorização não invasiva depende dos cuidados que
citei nos tópicos anteriores, além da calibração do equipamento.
É preciso determinar a velocidade e amplitude do traçado do eletrocardiograma, além
de estabelecer os cenários em que o aparelho emitirá alarme.
Um dos principais corresponde à bradicardia ou taquicardia, que merecem avaliação
imediata para evitar agravos à saúde.
Para tanto, é possível determinar os valores mínimos e máximos para a frequência
cardíaca.
Por exemplo, acionando o alarme quando ela cair para menos de 60 batimentos por
minuto (BPM) ou mais de 100 BPM, que são os valores padrão.

Monitorização cardíaca invasiva

Casos graves podem se beneficiar da monitorização por meio da Cateterização da


Artéria Pulmonar (CAP), que é uma modalidade invasiva.

O procedimento permite medir pressões intracardíaca, intrapulmonar e intravascular


de doentes em estado crítico.
Por exemplo, vítimas de choque séptico, hipovolêmico e complicações mecânicas do
infarto agudo do miocárdio, como explica um estudo publicado na Revista da Escola
de Enfermagem da USP:
“Somente por meio da avaliação clínica, sem parâmetros invasivos, a predição do
estado hemodinâmico em pacientes críticos fica em torno de 50%, o que torna muito
arriscado o tratamento de pacientes com instabilidade hemodinâmica grave, sem a
utilização de um método complementar de monitorização”.
Monitorização cardíaca em UTI

Muitos pacientes em UTI são monitorizados de forma invasiva, devido à gravidade


de seu quadro.
Entretanto, a monitorização cardíaca não invasiva pode ser indicada em alguns casos,
quando o doente foi estabilizado.
De qualquer forma, todo indivíduo internado em UTI deve ser monitorizado
continuamente, evitando que sua condição se agrave.
Os monitores empregados na unidade de terapia intensiva devem sempre possuir
sistemas de alarmes visuais e sonoros, a fim de avisar aos profissionais de saúde
sobre alterações importantes nos sinais vitais.

Monitorização cardíaca contínua

Esse é o formato comum para a monitorização feita por meio do ECG.


O que faz sentido, pois o procedimento serve para registrar a atividade elétrica de
forma contínua, dando maior segurança ao paciente e à equipe responsável por seu
monitoramento, que pode atender diversos doentes de maneira simultânea. É
importante tomar alguns cuidados para prevenir interrupções e outros problemas
nos registros, evitando:
• Interferências elétricas
• Desconexão de cabos e eletrodos
• Alertas de bradicardia falsos devido ao suor do paciente ou excesso de gel
condutor
• Alertas de taquicardia equivocados, resultantes de tremores musculares ou
movimentos.

Aline Dantas
Eletrocardiograma

consideraçoes gerais:

Este procedimento descreve a tecnica de exame eletrocardiografico (ECG) nas


derivaçoes: D1, D2, D3, aVR, aVI, aVEV1, V2 V3 V4 V5 V6 sendo possível realizar
derivaçoes específicas como V7 eVg atraves de adaptaçoes.

Durante o ritmo cardíaco, alteraçoes eletrograficas assumem um aspecto


característico, composto de uma serie de deflexoes que se elevam acima ou
abaixo da linha de base. Estas deflexoes sao denominadas ondas P. complexos
QRS e ondas T.

definiçao:

E a representaçao grafica da atividade eletrica do coraçao, nas suas derivaçoes


classicas, refletida por alteraçoes do potencial eletrico na superficie corporal.

objetivos:

• Auxiliar no diagnostico e acompanhamento da evoluçao clíni- ca do paciente.

• Avaliar o efeito de drogas. • Auxiliar no ajuste do Marca-Passo.

materiais:

• Eletrocardiografo com cabo.


• Braçadeiras para derivaçoes perifericas.

Algodao umedecido com alcool 70%. Eletrodos precordiais descartaveis.

procedimento:

1. Higienizar as maos.

2. Reunir o material.

3. Levar o material ao quarto do paciente.

4. Explicar ao paciente e familiar o procedimento.

5. Manter a cama afastada da parede e do eletrocardiografo. 6. Verificar se os


pes e maos do paciente nao estao em contato com partes metalicas da cama,
mantendo-os estendidos ao longo do corpo.
7. Digitar os dados de identificaçao do paciente, conforme sequen-

cia, do aparelho.

8. Passar algodao umedecido com alcool 70% na pele do paciente, nos locais de
colocaçao das braçadeiras e eletrodos.. 9. Conectar as braçadeiras conforme
indicaçao respectiva:

"LA"-membro superior esquerdo "RA" - membro superior direito

"LL"-membro inferior esquerdo "RL"-membro inferior direito

10. Adaptar os cabos das derivaçoes precordiais as peras ou eletro- dos


descartaveis, na regiao anterior do torax, posicionando-as de V₁ a V6 e
derivaçoes especiais V e Vgnos espaços intercos- tais correspondentes.

V1-4° espaço intercostal D.

V2-4° espaço intercostal E. V3-ponto medio entre V₁ e V4-

V4 - ponto de cruzamento do 5º espaço intercostal e da linha clavicular media.

V5-ponto de cruzamento da linha axilar anterior ao nível hori-

zontal a V4-

V6-ponto de cruzamento da linha axilar media ao nível hori.

zontal a V4-

V7-ponto de cruzamento da linha axilar posterior ao nível ho-

rizontal a V4.

Vg-ponto de cruzamento do 5° espaço intercostal e da linha clavicular media


posterior.
11. Proceder o registro das derivaçoes conforme passos doEletrocardiografo.
12. Destacar o papel com o traçado eletrocardiografico.

13. Retirar e fazer a desinfecçao com alcool 70% nas braçadeiras e eletrodos.

14. Deixar o paciente em posiçao confortavel e adequada.

15. Higienizar as maos.


16. Guardar o traçado eletrocardiografico no prontuario em enve- lope
apropriado.

17. Anotar no prontuario o procedimento realizado.

18. Guardar o aparelho, mantendo-o ligado a rede eletrica para recarregamento


da bateria.

Notas:

• Deve-se evitar a tricotomia na colocaçao dos eletrodos na re- giao toracica.

A desinfecçao do eletrocardiografo deve ser realizada, entre pacientes, com


alcool 70%.

• Nao encostar no paciente ou nos eletrodos durante a realiza- çao do exame,

Denise Elias
Parada cardiorrespiratória (PCR): o que fazer diante dela?
A parada cardiorrespiratória é um dos eventos que mais culminam em morte no
ambiente de emergência. Por esse motivo, é fundamental que o(a) médico(a) esteja
preparado para manejar da melhor forma possível o paciente em PCR.

Sem dúvidas, reconhecer uma parada cardiorrespiratória é uma das medidas mais
importantes para ajudar a vítima.

Atendimento inicial: segurança da sua equipe ao atender uma PCR

No atendimento de primeiros socorros, o primeiro passo, no entanto, é reconhecer


que o ambiente é seguro para a sua interferência.

Essa segurança deve ser estender à sua equipe. Assim sendo, se o ambiente
ameaçar a sua vida, como em uma cena que envolva fios elétricos desencapados ou
um incêndio, pondere.

Mas quem é a sua equipe? A sua equipe pode ser composta por outros
profissionais de saúde, quando você está a serviço de uma unidade móvel de
atendimento. No entanto, se esse não for o caso, é possível que você não tenha
profissionais de saúde por perto, sendo sua equipe transeuntes ou pessoas nas
proximidades.

Após ter certeza que o local está seguro, deve-se checar a responsividade da vítima.
Para isto, agita-se gentilmente os ombros da vítima e grita-se:

“Senhor, senhor, o senhor está me ouvindo?”


Se a arresponsividade da vítima for comprovada, chame por ajuda e ative o serviço
médico de emergência solicitando um desfibrilador externo automático (DEA). Como
médico(a), a liderança da equipe cabe a você. : aponta-se diretamente para uma
pessoa que esteja na cena:

“Você! Ligue para o SAMU 192 e peça para trazer um DEA.


Após chamar por ajuda, devem ser avaliados simultaneamente e por 5 a 10
segundos a respiração, através de movimentos de elevação do tórax, e o pulso
carotídeo do mesmo lado do avaliador, com o objetivo de constatar se há
bombeamento cardíaco.

Responsividade da vítima em PCR: como checar?

A vítima pode-se apresentar responsiva, mesmo com pulso presente e respiração


normal. Assim, a conduta é monitorizar até a equipe de atendimento pré-hospitalar
chegar. Caso a vítima esteja irresponsiva, com pulso presente e respiração anormal
(sem movimentos respiratórios ou gasping), providencia-se uma ventilação de resgate
que deve ser realizada a cada 5-6 segundos, sendo o pulso checado a cada 2
minutos.
Se a vítima se apresentar irresponsiva, SEM pulso e respiração (ou gasping), a
parada cardiorrespiratória (PCR) é constatada.

Inicia-se, então, imediatamente, a RCP de alta qualidade até a chegada do


DEA.

Como realizar as compressões torácicas na PCR?

As compressões torácicas são necessárias para que os órgãos vitais do paciente, em


especial o cérebro, se mantenha perfundido.

Assim sendo, é importante que as compressões sejam realizadas de maneira eficiente


a fim de atingir o objetivo. Por isso, conhecer a técnica de ressuscitação é essencial
para atingir esse objetivo:

1. Posicionamento correto: mãos entrelaçadas com região hipotênar da mão


dominante no centro do tórax do paciente, mantendo os cotovelos estendidos e
formando ângulo de 90° com o plano horizontal.

2. Frequência de 100 a 120 compressões por minuto. Uma sugestão para te


ajudar a se orientar quanto ao ritmo de compressões é ter em mente a música Stayin’
Alive, do cantor Bee Gees.

Ventilação Mecânica: entenda as curvas do ventilador


3. Deve-se trocar o profissional que realiza as compressões a cada 2 min, pois existe
relação entre esforços prolongados do mesmo indivíduo, fadiga e redução da
eficácia das compressões.

4. As compressões devem ocasionar uma depressão no tórax entre 5 e 6cm.

5. Não se apoiar sobre o tórax do paciente, para permitir o retorno do tórax à posição
inicial. Ou seja, no retorno deve-se permitir que o tórax do paciente seja insuflado.

6. As compressões devem manter um ritmo regular e, por isso, devem ser


minimamente interrompidas.

Realizando as ventilações de qualidade no paciente em PCR

Em um ambiente em que não se tem a disposição dispositivos como o ambul ou a


máscara não reinalante, as ventilações são realizadas através do boca-a-boca.
Por esse motivo, o que se preconiza na literatura atual é que não há obrigação de
ventilação em vítimas desconhecidas. Embora as ventilações sejam importantes, o
principal fator redutor de mortalidade são as compressões torácicas.

Por outro lado, caso o socorrista escolha ventilar, deve ser feito da seguinte maneira:

1. Realizar através de respirações boca a boca ou com utilização de máscara,


caso esteja disponível;
2. O ritmo de ventilações deve considerar 30 compressões para 2 ventilações
(30×2).
3. Cada ventilação deve durar 1 segundo;
4. As manobras de elevação do queixo ou de tração da mandíbula permitem
passagem de ar pelas vias aéreas e precisam ser feitas para aumentar eficácia
das ventilações, com cuidado em pacientes vítimas de trauma.

Desfibrilação rápida na PCR

Após a chegada do DEA, o ritmo deve ser imediatamente checado para se verificar se
é chocável ou não e, para isso, as pás devem ser colocadas de forma correta como
indicado no equipamento.

A partir desse momento, o DEA fornecerá informações e suas instruções devem ser
seguidas rigorosamente. Como desfibrilador automático, ele é capaz de avaliar o
choque e carrega-lo, sem maiores esforços do socorrista.

A sobrevivência de uma parada cardíaca por fibrilação cai de 7 a 10% por


minuto sem desfibrilação.

suporte básico de vida até este momento e que o paciente apresenta ventilação e
circulação artificial através da massagem cardíaca externa, deve-se seguir o Suporte
Avançado de acordo com o tipo de mecanismo de

Suporte Avançado de Vida

Considerando a execução do PCR.


Organização da equipe no Suporte Avançado: fundamental em casos de PCR

Caso não tenha sido feita até então ou em caso de PCR iniciada em ambiente
intrahospitalar o médico (líder) deve solicitar o carrinho de parada, sua equipe e
organizála.

Carrinho de parada cardiorrespiratória.


É fundamental que o carrinho esteja lacrado. É somente assim que o médico e a
equipe terão garantia que todos os equipamentos estão presentes e testados.

Além disso, a comunicação deve ser feita em cadeia fechada, ou seja, toda vez que
o líder pedir algo, o realizador deve comunicar que foi feito, como o seguinte
exemplo:

Líder – “Pegue um acesso venoso”.

Realizador – “Acesso venoso realizado”.

Líder – “Administre 1 mg de adrenalina”.

Realizador – “1 mg de adrenalina administrado”).

Suporte ventilatório e via aérea avançada no paciente em PCR

Em algum momento da RCP, manter a via aérea aberta, obter uma ventilação
satisfatória e propiciar uma oxigenação adequada são itens fundamentais.

As opções para providenciar suporte ventilatório ao paciente são:

1. Ventilação com dispositivo bolsa-válvula-máscara acoplado ao oxigênio.


2. Via aérea avançada com a intubação orotraqueal (IOT).
3. Via aérea avançada com dispositivo extra glótico (DEG).

Durante a realização da IOT, interrompe-se as compressões apenas durante a


passagem do tubo, que deve ser feita o mais rápido possível. De acordo com as
novas diretrizes, essa via aérea avançada deve ser instituída o mais precocemente
possível se houver a disponibilidade de capnografia quantitativa em forma de
onda.

A obtenção de via aérea avançada é muito segura quando realizada por profissionais
treinados e capacitados, mas tem o potencial de causar complicações. Algumas delas
podem ser:

1. Piora da oxigenação/ ventilação durante o procedimento;


2. Interrupções das compressões;
3. Inserção inadequada;
4. Sangramento ou aspiração.

Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso) na PCR


A fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular (sem pulso) são os únicos ritmos em
uma PCR que são potencialmente chocáveis, colocando a desfibrilação como
prioridade.

Se o ritmo presente não for uma TV ou FV, não estará indicado o choque,
cabendo ao socorrista manter a massagem cardíaca e as ventilações.

No momento do choque, o socorrista deve se certificar de que ninguém está em


contato com a vítima. Imediatamente após o choque, retoma-se à RCP por 2 min
e, só após esse ciclo de compressões, o aparelho reavaliará o ritmo e a
necessidade de novo choque.

Assim sendo, a análise do ritmo deve ser realizada a cada 2 minutos, pois pode
persistir no mesmo ritmo da última análise ou o ritmo de parada pode mudar. OU seja,
uma FV/TV sem pulso pode passar para AESP/Assistolia ou o inverso.

O insucesso do primeiro choque pode recomendar a realização de intubação


orotraqueal

Conduta farmacológica na PCR

Durante a ressuscitação do paciente, algumas drogas precisam ser administradas.


Assim sendo, o fármaco de escolha inicial é a Epinefrina, da seguinte maneira:

• Epinefrina/Adrenalina o Dose de 1mg IV; o Administração a cada 3 a 5


minutos, sendo um ciclo sim e um ciclo não;

Caso os ritmos de Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem pulso se


mantenham após essa primeira administração, passamos para a Amiodarona, um
antiarrítmico de grande potência vasodilatadora.

• Amiodarona o Dose de 300mg IV


o Pode ser repetido mais uma vez, na dose de 150mg IV, no caso de
manutenção da FV/TV. o Após a segunda adminsitração, a amiodarona
é suspensa. A partir de então continuamos a conduta apenas com a
epinefrina.

Em pacientes com ritmo NÃO chocável, a administração da epinefrina deve ser feita da
mesma forma que nos ritmos chocáveis e a amiodarona (antiarrítmico) não deve ser
feita, pois temos um ritmo organizado (AESP) ou não temos atividade elétrica
(assistolia).

Algoritmo para aplicação de drogas na PCR.

É importante lembrar que após cada infusão de alguma droga deve-se:

• Injetar um bolus ou flush de 20 mL de solução fisiológica a 0,9%;


• Água destilada;
• Elevar o membro do paciente por 20 segundos a fim de facilitar o retorno
venoso e a droga chegar mais rápido na circulação sistêmica.

Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) e Assistolia na PCR

Enquanto a FV e a TV são ritmos chocáveis, a AESP e assistolia não são chocáveis.

Assim, a AESP (atividade elétrica sem pulso) é caracterizada por uma dissociação
entre uma atividade elétrica do miocárdio e contrações efetivas da musculatura que
deveriam ser provenientes dessa atividade.

Por outro lado, a assistolia é caracterizada pela ausência de atividade elétrica,


estando associada a pior prognóstico. Nesses casos, deve ser iniciado o protocolo
da linha reta para sua confirmação.

Como saber que trata-se de uma assistolia?


O Protocolo Linha Reta é o procedimento para o correto diagnóstico de uma
assistolia.

No manejo de um paciente em PCR tendo como dispositivo o DEA, o próprio aparelho


detecta o ritmo do paciente, identificando uma assistolia. Caso o aparelho seja um
desfibrilador manual, o médico é o responsável por identificar o ritmo e manejar o
aparelho, da seguinte maneira:

Um mnemônico que pode ajudar na memorização do Protocolo em Linha Reta é:


CAGA-DA.

A importância do Protocolo Linha reta em uma PCR é que até 10% desses ritmos são,
na verdade, uma FV não identificada. Isso acontece por algumas falhas técnicas que
seguem, como:

1. Problemas na conexão dos cabos e eletrodos;


2. Eixo elétrico perpendicular à derivação de monitorização no momento.

Causas reversíveis de PCR

Outro ponto importantíssimo é entender que a PCR é apenas um sintoma – grave –


de uma causa base.

Por esse motivo, deve-se identificar as possíveis causas da PCR e tratá-las. Dessa
forma, o quadro do seu paciente será mais eficientemente revertido. Para isso, usa-se
o mnemônico 5H’s/5T’s descritos abaixo com seus respectivos tratamentos.

Quando finalizar os esforços nas compressões de uma PCR?

Como comentado, a depender do período de realização da RCP alcança-se a


exaustão do socorrista, em especial quando sem revezamento. Nesses casos, as
compressões passam a ficar menos eficientes e não é possível nem mesmo
recomendado que se continue.

Outro fator que pode legitimar a interrupção das compressões é o seguinte conjunto:
• Paciente com via aérea avançada;
• Ainda assim, não alcança valores acima de 10 mmHg de CO2 ao
capnógrafo;
• Tempo de RCP de 20min.

Em PCRs associadas a intoxicações agudas, hipotermia acidental (p. ex.,


afogamento), com causa conhecida ou presumida que pode ser tratada ou PCR em
jovens, medidas de RCP prolongadas podem ser necessárias.

Nesses casos, dispositivos automáticos de compressões torácicas podem ser


uteis para se manter compressões de qualidade por longos tempos.

Quais cuidados ter após uma PCR?

É evidente que um evento de parada cardiorrespiratória não é simples, uma vez que
representa um grande estresse orgânico. Por isso, nem sempre o paciente retorna à
consciência sem sequelas.

Pensando nisso, alguns cuidados são essenciais após o seu retorno:

• Providenciar a transferência do paciente para UTI.


• Manter cabeceira elevada a 30°.
• Manter pressão sistólica superior a 90 mmHg ou PAM > 65 mmHg. Evitar
corrigir imediatamente a hipotensão.
• Verificar saturação do paciente, devendo ≥ 94%. É imprescindível coletar
gasometrias e/ou acompanhar com a oximetria para se evitar excessiva
oxigenação sanguínea (hiperóxia), que se associa a maior lesão neuronal.
• Deve-se evitar a hipocapnia ou a hipercapnia, pois ambas são deletérias ao
paciente no período pós-RCE.
• Controle direcionado da temperatura (entre 34 e 36°C).
• Controle glicêmico (< 180 mg/dl).
• Solicitar exames complementares (ECG,radiografia de tórax, etc.).
• Considerar uso de lidocaína e β-bloqueador.
• Não se recomenda a prescrição de drogas antiepilépticas profiláticas.

Sabrina França
Diferenças entre problemas vasculares e
cardiovasculares.

Dentro da medicina, existem duas áreas facilmente confundidas por conta da

similaridade de suas patologias: os problemas vasculares e cardiovasculares.

Uma delas é tratada por médicos(as) angiologistas e cirurgiões(ãs) vasculares, a

outra por cardiologistas e cirurgiões(ãs) cardíacos(as). Ambos os problemas dizem

respeito à circulação, porém focam em funções diferentes do nosso corpo.

Os problemas cardiovasculares afetam o coração e os grandes vasos. Os

principais problemas desse tipo são:


• Infarto agudo do miocárdio: também conhecido como “ataque cardíaco”,
ocorre quando algo interrompe o fluxo sanguíneo para o coração, o que leva
à morte de uma parte do músculo cardíaco.
• Hipertensão arterial: a famosa pressão alta, que ocorre quando ficam
elevados – de forma contínua – os níveis de pressão sanguínea nas artérias.
• Miocardites: inflamações no coração, que podem surgir como complicação
resultantes de diferentes tipos de infecções no organismo, inclusive da
Covid-19.
• Insuficiência cardíaca: ocorre quando o coração não consegue bombear
sangue suficiente para desempenhar totalmente suas funções, o famoso
“coração fraco”.
• Doenças valvulares: grupo de anomalias que afetam as válvulas do
coração.

Já os problemas vasculares estão relacionados à circulação do corpo na totalidade,

estando ligados ao funcionamento das veias, artérias e do sistema linfático. Os

principais problemas vasculares são:


• Varizes: veias dilatadas e tortuosas, especialmente nas pernas, que tornam
aparentes e provocam incômodos como dor, peso, cansaço e inchaços.
• Trombose: formação de coágulos dentro dos vasos, que dificultam a
adequada circulação sanguínea e podem, em alguns casos, se soltarem e
viajar pela corrente sanguínea se alojando nos pulmões ou no cérebro,
levando a risco grave, inclusive à vida do paciente.
• Dissecção arterial: ruptura na camada de proteção de uma artéria, levando
à oclusão e até ruptura das artérias.
• Aneurisma: dilatação anormal de uma artéria, com risco de rompimento.
• Vasculite: inflamação da parede dos vasos sanguíneos.
• Aterosclerose: inflamação arterial seguida do acúmulo de placas de
colesterol na parede das artérias.
• Embolia pulmonar: obstrução de artérias dos pulmões, como consequência
da trombose citada acima.

Do que trata a cardiologia?


O cardiologista tem a missão de estudar e tratar as doenças relacionadas ao coração.
Logo, esse profissional é responsável pela prevenção, investigação, diagnóstico e
tratamento (clínico) das doenças
que afetam o sistema cardiovascular.

Do que trata a angiologia e a cirurgia vascular?

Já a angiologia e cirurgia vascular é a especialidade médica que fica encarregada da

prevenção, investigação, diagnóstico e tratamento (clínico ou cirúrgico) das

patologias vasculares, que são aquelas que se relacionam às veias, artérias e vasos

linfáticos.

Bianca Rocha
Aneurisma de aorta

Descrição
O aneurisma de aorta é a dilatação das paredes da aorta, que é a maior artéria do corpo
humano, que se inicia no coração, passa pelo tórax e termina no abdômen, sendo
responsável por leva o sangue arterial, rico em oxigênio, do coração para todas as
outras partes do corpo.

Manifestação Clínica (SS)


› Assintomático até o aneurisma aumentar e comprimir os tecidos
circundantes
› Síncope quando o aneurisma se rompe
› Quando se forma coágulo e o sangramento pára, o cliente pode
tornar-se novamente assintomático ou sentir dor ab- dominal
devida à hemorragia no peritônio.

Exame Diagnóstico
A ultra-sonografia ou a ecocardiografia abdominais deter- minam
o tamanho, a forma e a localização do aneurisma.
› Radiografias ântero-posteriores e laterais do abdome de-
tectam calcificação aórtica, que delineia a massa, pelo me- nos
em 75% das vezes
› A TC possibilita a visualização do efeito do aneurisma so- bre
órgãos próximos.
A ortografia mostra o estado dos vasos proximais e dis- tais
ao aneurisma e a extensão do aneurisma; o diâmetro do
aneurisma pode ser subestimado porque o exame mos- tra
apenas o canal de fluxo, e não o coágulo circundante.

Tratamento
• Se o aneurisma for pequeno e assintomático, a cirurgia
• pode ser postergada
• Controle cuidadoso da hipertensão
• Reposição de líquido e sangue
• Redução do peso, se for adequado
• Dieta com baixo teor de gordura
• Atividade, conforme a tolerância
Medicação
• Bloqueadores beta-adrenérgicos
• Anti-hipertenSiVOS
• Analgésicos
• Antibióticos

Procedimentos Técnico de Enfermagem.


O enxerto endovascular é um procedimento pouco invasivo para o cliente que precisa
do reparo de um aneurisma da
aorta abdominal. O enxerto endovascular reforça as paredes da aorta a fim de evitar a
ruptura e a expansão do tamanho
do aneurisma.
O procedimento é realizado com orientação fluoroscópica, por meio da qual um cateter
de aporte ligado a um
enxerto comprimido e inserido através de uma pequena incisão na arteria temoral ou
na arteria iliaca por meio de um
fio-guia. O cateter de aporte é avançado na direção da aorta, na qual é posicionado ao
longo do aneurisma. Um balao
no cateter expande o enxerto e o afixa na parede do vaso. O procedimento geralmente
leva 2 a 3 h para ser realizado. Us
clientes são orientados a deambular no primeiro dia após a cirurgia e recebem alta
hospitalar em 1 a 3 dias.

Terminologia Científica
Aneurisma da artéria esplênica
Aneurisma cerebral
Bianca Rocha
Trombose venosa profunda

Definição:
a oclusão total ou parcial da veia por trombo, com rea-ção inflamatória da parede
venosa. Manifestações clínicas: As causas que levam à trombose venosa são a lesão
inflamatória ou não do endoté-lio venoso, estase e alteração da crase sangüínea
(alteração da coagulação, anemia etc.).
Exames diagnosticos e tratamento clinico :
Há fatores que predispõem seu aparecimento: varizes, compressão das veias por
tumores ou traumatismos, venóclise nos MMII, obesida-de, doenças cardíacas,
repouso no leito por tempo prolongado, predisposição para fazer coá-gulos e estase
venosa prolon-gada.
A doença classifica-se em: superficial: a flebite superficial decorre após punção
venosa, veia varicosa etc.
-profunda: a tromboflebite (flebotrombose, flebite) acomete principalmente pacientes
obstétricos e cirúrgicos.
O paciente pode apresentar os seguintes sinais e sintomas: -dor: súbita ou
progressi-va, de intensidade variá.
alteração da cor no local afetado: ocorre hipere-mia, que pode evoluir para cianose e
até para gangrena venosa; alteração da temperatura local: em geral está con-servada,
mas pode ini-cialmente estar mais ele-vada devido ao processo inflamatório e, com o
aumento da dor e do espasmo arterial secun-dário, a temperatura lo-cal poderá
diminuir; - edema e dilatação das veias subcutâneas: de-corrente da hipertensão no
sistema venoso; marcha difícil e dolorosa.
Tratamento clinico e medicamentoso:
Diagnostica-se a doença através de exame físico, anam-nese, exame de sangue
(hemo-grama, coagulograma, hemos-sedimentação) e flebografia (radiografia feita
após introdu-ção de contraste na veia, não necessitando, geralmente, de anestesia
geral).
Procedimentos tecnico de enfermagem:
Realiza-se o tratamento clí-nico com a administração de anticoagulantes, analgésicos
e sedativos; para combater a estase venosa recomenda-se repouso no leito em posição
de Trendelemburg, exercício ati-vo dos MMII, uso de meias elásticas e, ao iniciar a
deam-, fazê-lo de forma gra-dativa e sem mancar. Pode-se optar pelo tratamento
cirúrgi-co, indicando-se a trombecto-mia (por meio da flebotomia Introduz-se o cateter
de Fogar-y para retirada do coágulo), ou ligadura venosa acima da rea de trombose.
Terminologias científicas: tromboflebite superficial.

Sabrina França
Veias varicosas

Definição
• Veias dilatadas e tortuosas, ingurgitadas de sangue devido a função inadequada das
valvas venosas
As veias varicosas primárias originam-se em veias superficiais (veias safenas e seus
ramos)
• As veias varicosas secundárias ocorrem nas veias profundas e nas veias perfurantes
Fisiopatologia
• A valva enfraquecida permite o fluxo retrógrado de sangue para a valva anterior em
uma veia.
• Se a valva não conseguir manter o sangue colecionado, torna-se incompetente,
permitindo o fluxo retrógrado de um volume ainda maior de sangue.
À medida que o sangue venoso se acumula, aumenta a pressão na veia e esta se torna
distendida.
• Conforme se estira a veia, perde elasticidade, aumenta e torna-se tortuosa.
• Ocorre aumento da pressão hidrostática, o plasma é forçado para fora do vaso na
direção do tecido circunvizinho, e resulta edema.
Causas
• Fraqueza congênita das valvas ou da parede venosa
• Gestação
•Roupas apertadas
• Profissões que exigem ficar de pé durante período prolongado
Trombose venosa profunda
•Traumatismo Incidência
• Comum na meia-idade
» Veias varicosas primárias: tendência familiar, acomete as duas pernas; é duas vezes
mais comum em mulheres do que em homens.
.Veias varicosas secundárias: em geral ocorrem em apenas Uma
perna.
Manifestações clínicas freqüentes
• Veias dilatadas, de coloração vermelho-arroxeadas e semelhantes a corda
• Edema das panturrilhas e dos tornozelos
•Úlceras por estase venosa
Avaliação Anamnese
• processo pode ser assintomático.
• Sensação de peso nas pernas que se agrava à noite e em tempo quente
• Câimbras nas pernas à noite
• Dor difusa, constante, após permanecer de pé ou andar por tempo prolongado
• Dor nas pernas durante a menstruação
• Fadiga
• Exercícios físicos podem aliviar os sintomas, porque ocorre melhora do retorno
venoso.

Achados físicos
• Veias dilatadas, arroxeadas, semelhantes a corda, especialmente na panturrilha
• Edema ortostático e estase em panturrilhas e tornozelos
• Nódulos ao longo das veias afetadas e incompetência
• Valvar
• No distúrbio crônico, úlceras por estase venosa, que têm de ser diferenciadas
das ulcerações arteriais e diabéticas
• Resultados de exames
• Técnicas de imagem
• Venografia ascendente e descendente revela oclusão venosa e padrões de fluxo
colateral.

1. Procedimentos diagnósticos

• Fotopletismografia, um exame não-invasivo, caracteriza o


Fluxo sanguíneo venoso por revelar alterações na circulação da pele.
• A ultra-sonografia com Doppler revela, de modo rápido e acurado, a existência ou não
de fluxo retrógrado venoso nas veias profundas ou superficiais.
•Pode-se utilizar a pletismografia do efluxo e do refluxo venoso Nosso
para detectar oclusão venosa profunda.

Tratamento
• Usar meias elásticas
• Evitar roupas apertadas
• Nas veias varicosas moderadas: usar meias antiembolia ou
• Faixas elásticas
• Nas veias varicosas intensas: meias elásticas, de alta com-pressão, feitas sob
medida e com efeitos diferenciais
• Evitar ficar de pé por tempo prolongado
• Exercícios físicos de rotinaElevação das pernas

Medicação: Escleroterapia
Como prevenir veias varicosas
A prevenção de veias varicosas envolve a identificação de clientes com fatores de risco
altos, tais como profissionais que precisam permanecer de pé por tempo prolongado
ou apoiados sobre os pés (como enfermeiros, cirurgiões, carteiros, cabeleireiros,
professores e garçons). Outros fatores de risco incluem obesidade, levantamento de
objetos pesados e gestação. As pessoas que têm esses fatores de risco devem ser
orientadas a descansar as pernas e elevá-las periodicamente no trabalho, usar meias
elásticas, ingerir 2 a 3 L de líquidos por dia e evitar cruzar as pernas.
Considerações de enfermagem
Desfechos esperados para o cliente O
cliente deverá:
•manifestar compreensão do distúrbio e do tratamento;
• manter circulação distal e colateral adequada;
•manifestar sentimentos de maior conforto e menos dor; »
realizar atividades da vida diária sem fadiga ou desconforto
em excesso.
Intervenções de enfermagem
• Após a excisão e a ligadura ou após injeção de um agente esclerosante, administre
analgésicos, conforme prescrição, para aliviar a dor.
• Com frequência, verifique a circulação nos artelhos e observe as faixas elásticas à
procura de sangramento. Quando prescritas, reaplique as faixas pelo menos uma vez
por plantão, enrolando dos artelhos para a coxa, com a perna elevada.
Debora Silva
Embolia pulmonar
Embolia: s.f. (med). Obliteração súbita de um vaso, especialmente uma artéria, por um
êmbolo
Definição
Obstrução do leito arterial pulmonar que ocorre quando uma massa (tal como um
trombo deslocado) aloja-se na artéria pulmonar principal ou em um de seus ramos,
obstruindo o vaso de modo parcial ou completo. A maioria dos trombos origina-se nas
veias profundas das pernas. Pode ser assintomático, mas às vezes leva rapidamente
à morte devido a infarto pulmonar.

Fisiopatologia
A formação de trombo é decorrente de lesão da parede vascular,
estase venosa ou hipercoagulabilidade do sangue.
Traumatismo, dissolução de coágulo, espasmo muscular súbito, alterações da pressão
intravascular ou alterações do fluxo sanguíneo periférico podem provocar a liberação
do trombo ou fragmentá-lo. O trombo (agora um êmbolo) flutua até o lado direito do
coração e penetra no pulmão pela artéria pulmonar. Aí, o trombo pode sofrer dissolução,
continuar a se fragmentar, ou crescer. Ao ocluir a artéria pulmonar, o êmbolo impede
que os al- véolos produzam surfactante suficiente para manter a integridade alveolar.
Os alvéolos colabam e desenvolve-se atelectasia. Se o trombo aumentar, pode ocluir a
maioria ou todos os vasos pulmonares e provocar a morte.

Causas
Trombose venosa profunda
Trombose de veias pélvica, renal e hepática
Trombo no coração direito
Trombose em membros superiores
Fibrilação atrial
Valvopatia cardíaca
Raramente, outros tipos de êmbolos, tais como os de osso, ar, gordura, líquido
amniótico, células tumorais ou um corpo estranho

Fatores de risco
Diversos distúrbios e tratamento

Incidência
600.000 a 700.000 casos anualmente
Acomete igualmente homens e mulheres
Mais comum com o avançar da idade
Manifestações clínicas frequentes
Taquicardia Ansiedade
Dor pleurítica ou do tipo angina

Complicações
Infarto pulmonar
Hipertensão pulmonar
Extensão embólica
Congestão e necrose hepáticas
Abscesso pulmonar
Choque ‣ Síndrome da angústia respiratória aguda
Atelectasia maciça
Insuficiência cardíaca direita
Desequilíbrio entre ventilação e perfusão
Morte

Avaliação
Anamnese
Fator predisponente
Dispnéia sem motivo aparente
Dor pleurítica ou angina
Achados físicos
Taquicardia
Febre baixa
Pulso rápido e fraco
Hipotensão
Tosse produtiva, possivelmente com escarro tinto de sangue
Calor, sensibilidade e edema na perna
Inquietação
Atrito pleural transitório
Estertores
B, e B, com P, hiperfonético
No caso de êmbolo grande: cianose, síncope, veias do pescoço distendidas.
Resultados de exames
Laboratoriais
A gasometria arterial revela hipoxemia Nível elevado de D-dímero

Técnicas de imagem
A cintilografia de perfusão - ventilação pulmonar revela desequilíbrio entre ventilação e
perfusão. A angiografia pulmonar revela defeito de enchimento em vaso pulmonar ou
interrupção vascular abrupta e mostra a localização e a extensão da embolia pulmonar.
▸ As radiografias de tórax podem mostrar um pequeno infil- trado ou derrame.

Quem corre risco de embolia pulmonar?


Muitos distúrbios e tratamentos aumentam o risco de embolia pulmonar. Os clientes
cirúrgicos correm risco especial. O anestésico usado durante a cirurgia pode lesionar
vasos sanguíneos, e a cirurgia ou o repouso prolongado no leito podem promover
estase venosa, que compõe o risco.

Distúrbios predisponentes
Distúrbios pulmonares, especialmente os crônicos
Distúrbios cardíacos
Infecção
Diabetes melito
História pregressa de tromboembolia, tromboflebite ou insuficiência vascular
Doença falciforme
Anemia hemolitica auto-imune
Policitemia
Osteomielite
Fratura de ossos longos
Manipulação ou desconexão de cateteres centrais
Estase venosa
Repouso no leito ou imobilização prolongados
Obesidade
Idade superior a 40 anos
Queimaduras
Parto recente
Aparelhos ortopédicos
Lesão venosa
Cirurgia, particularmente nas pernas, na pelve, no abdome ou no tórax
Fraturas ou lesões na perna ou na pelve
Uso abusivo de drogas ilícitas IV
Terapia IV
Aumento da coagulabilidade sanguínea
Câncer
Uso de anticoncepcionais hormonais com altos teores de estrogênio.

A tomografia computadorizada espiral do tórax pode revelar êmbolos pulmonares


centrais.

• Procedimentos diagnósticos
O ECG revela desvio do eixo elétrico para a direita e bloqueio do ramo direito (BRD);
também pode evidenciar fibrilação atrial.

Tratamento
Geral
Manutenção da função cardiovascular e pulmonar adequada
Ventilação mecânica, se for indicado
Possível restrição de líquidos
Repouso no leito durante a fase aguda

Medicação
Oxigenoterapia
Trombolíticos
Anticoagulante
Corticosteróides (controverso)
Diuréticos
Antiarrítmicos
Vasopressores (para hipotensão)
Antibióticos (para êmbolo séptico)

Cirurgia
Interrupção da veia cava
Colocação de filtro na veia cava
Embolectomia pulmonar
Considerações de enfermagem
Desfechos esperados para o cliente O cliente deverá:
Manter ventilação adequada; Manter
débito cardíaco adequado;
Manter vias respiratórias desobstruídas.
Verbalizar sentimentos de maior conforto;
Demonstrar mecanismos efetivos de enfrentamento da situação.

Intervenções de enfermagem
Administre os fármacos prescritos.
Evite injeções intramusculares.
Estimule os exercícios de amplitude de movimento ativos e passivos, a menos que haja
contra-indicação.
Evite massagear as pernas.
Aplique meias antiembolia.
Proporcione nutrição adequada.
Auxilie na deambulação tão logo o cliente se encontre es- tável.
Estimule o uso de espirometria de incentivo.

Monitoração
Sinais vitais
Balanço hídrico
Estado respiratório
Oximetria de pulso
Gasometria arterial
Sinais de trombose venosa profunda
Complicações
Coagulograma
Hemorragia anormal
A Pesquisa de sangue oculto nas fezes

Orientações ao cliente Aborde:


o distúrbio, o diagnóstico e o tratamento
A administração, posologia e possíveis efeitos adversos dos medicamentos
modos de prevenir trombose venosa e embolia pulmonar ‣ sinais e sintomas de
sangramento anormal
prevenção de sangramento anormal.
modo de monitorar os efeitos de anticoagulantes
fontes dietéticas de vitamina K quando se deve
notificar o médico.

Plano de alta
▸ Encaminhe o cliente a um programa de controle do peso, se houver indicação.

Gabriella Ciriaco
Conclusão
Eu concluo que o Sistema Cardiovascular é um conjunto de vasos sanguíneos pelo
qual o sangue circula. E que há três tipos principais: as artérias, que levam sangue do
coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam
artérias e veias.E que as artérias menores dividem-se numa fina rede de vasos ainda
menores, os chamados capilares. Deste modo, o sangue entra em contato estreito
com os líquidos e os tecidos do organismo. E que as doenças do sistema circulatório
são distúrbios que ocorrem no sistema circulatório, formado por coração e vasos que
transportam o sangue no organismo. As doenças circulatórias podem ser: coronária,
quando compromete as artérias do coração; vascular-cerebral, quando atinge os
vasos do cérebro; ou periférica, quando compromete outros membros. Bianca Rocha

Angina Pectoris
Angina de peito ou Angina Pectoris é a descrição utilizada para caracterizar a dor
torácica causada pela falta de sangue (isquemia) que acomete o músculo cardíaco. A
angina é quase sempre relacionada a doenças que causam obstrução nas artérias
responsáveis por levar sangue ao coração, as coronárias. Aline Dantas

Comunicação Interatrial (Cardiopatia congénita) é uma doença do sistema


cardiovascular, caracterizadas pela abertura do átrio esquerdo e direto resultando no
bombeamento ineficaz do coração. Ocorre duas vezes mais frequência em mulheres.
Por meio de exames conseguir se descobrir e o tratamento é feito com Diuréticos,
Antibióticos, Analogísticos, e também tem a cirurgia cardíaca minimamente invasiva.
A enfermeira deve toma os procedimentos técnicos corretos com
forme o recomendado. Bianca Rocha

Entenda – se que tanto o infarto do miocárdio e a veias varicosas temos que ter o
procedimento de enfermagem a intervenção, a conduta e os cuidados. Para buscar
prevenir, intervir e resover os problemas do diagnóstico. Debora Silva

Arritmia cardíaca. É um termo genérico que significa defeito elétrico do coração. O


coração pode bater lento demais, que é uma falha do ritmo; pode bater acelerado
demais, que também é falha do ritmo, ou pode estar falhando, ter alguns batimentos
que não são adequados, que acontecem antes do tempo. Denise Elias

Conclusão sobre Insuficiencia Cardíaca: conclui sobre a Insuficiência cardíaca é um


distúrbio em que o coração não consegue suprir as necessidades do corpo, causando
redução do fluxo sanguíneo, refluxo (congestão) de sangue nas veias e nos pulmões
e/ou outras alterações que podem debilitar ou enrijecer ainda mais o coração.
Sabrina França
Miocardite é uma inflamação da camada média da parede do coração, geralmente
causada por uma infecção viral, um caso grave que pode enfraquecer o coração,
podendo causar insuficiência cardíaca. Gabriella Ciriaco

endocardite infecciosa (EI) é uma doença grave, potencialmente fatal, que consiste no
acometimento das valvas cardíacas e do endocárdio mural por agentes infecciosos,
mais comumente bactérias. A colonização ou invasão dessas estruturas por
microrganismos pode levar à formação de vegetações, coágulos de plaquetas e fibrina
infectados, contendo ainda leucócitos e hemácias, e à destruição dos tecidos cardíacos
subjacentes. É classificada com base na sua manifestação clínica como aguda ou
subaguda, refletindo a etiologia, gravidade e ritmo da doença. Denise Elias

os sinais vitais são as medidas corporais básicas do corpo humano, como: frequência
cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e temperatura, essenciais para que
ele funcione corretamente. Essas medidas devem ser aferidas, regularmente, por um
profissional da saúde. Gabriella
Ciriaco

Conclusão Monitoramento Cardíaco


Monitorização cardíaca é o registro contínuo da atividade elétrica do coração,
geralmente realizado em pacientes internados. Na prática, trata-se da realização de um
eletrocardiograma ininterrupto para possibilitar o acompanhamento dos batimentos em
tempo real. Os tipos de monitorização cardíaca são o Padrão Aha e o Padrão IEC.
Aline Dantas

eletrocardiograma (ECG) é um exame não invasivo que registra a atividade elétrica do


coração. Ele é amplamente utilizado na prática médica para avaliar a função cardíaca,
detectar alterações no ritmo cardíaco e diagnosticar doenças cardíacas.
O ECG é realizado com o paciente deitado em uma maca ou cadeira, e são colocados
eletrodos adesivos no peito, nos braços e nas pernas. Esses eletrodos captam a
atividade elétrica do coração, que é registrada em um papel ou em um computador. O
exame é rápido e indolor, geralmente não exigindo nenhum tipo de preparação prévia.
Denise Elias
Conclusão sobre PCR : Conclui que A constatação imediata da PCR é de fundamental
importância, pois permite iniciar prontamente as manobras de reanimação, antes
mesmo da chegada de outras pessoas e de equipamento adequado. Evita-se, dessa
forma, um maior dano ao sistema nervoso central (SNC) e a outros órgãos.
Sabrina França
O sistema vascular e o cardiovascular são facilmente confundidas por conta da
similaridade das suas patologias. Mas são tratadas por médicos diferentes, ambos
problemas dizem da circulação, porém focam em funções diferentes do nosso corpo.
Os problemas cardiovasculares afetam o coração e os grandes vasos. Já os
problemas vasculares estão relacionados à circulação do corpo na totalidade, estando
ligados ao funcionamento das veias, artérias e do sistema linfático.
Bianca Rocha

O Aneurisma da aorta e a dilatação das paredes da aorta que é a maior artéria do corpo
humano. As (SS) são assintomáticas até o aneurisma comprimir os tecidos
circundantes. Exames são feitos para pode determina o tamanho a forma e a
localização do aneurisma. Os medicamentos e a orientação técnica de enfermagem
tem que ser feita conforme as recomendações. Bianca Rocha

Conclusão: trombose venosa profunda , conclui sobre essa doença que A trombose
venosa profunda se caracteriza pela formação de coágulos de sangue (trombos) nas
veias profundas, geralmente nas pernas. Coágulos de sangue podem se formar em
veias lesionadas, um distúrbio provoca a coagulação do sangue, ou algo retarda o
retorno do sangue para o coração. Sabrina França

Embolia pulmonar é acusada por coágulos de sangue originários da perna ou até


mesmo em outras partes do corpo. Uma doença em que uma ou mais artérias
pulmonares ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo, é extremamente importante
ter cuidado, podendo causar até mesmo a morte. Gabriela Ciriaco
Biografia

Fonte:Doenças Da Sintomatologiaao Plano de Alta. Volume 1:AaH


Traduzido por: Roxane Jacobson

Manual de procedimentos de auxiliar de enfermagem 2 Edição Joana Lech (ORG)

Doenças da Sintomatologia ao plano de Alta. Volume 2: I a Z. Traduzido por Roxane


Jacobson

https://www.mdsaude.com/cardiologia/angina/

Sinais e Sintomas Práxis Enfermagem Editora Lab.

https://ccr.med.br/tudo-sobre-arritmia-cardiaca/

https://www.iacv.med.br/problemas-vasculares-e-cardiovasculares-conheca-as-
diferencas/

https://www.sanarmed.com/parada-cardiorrespiratoria-pcr-como-voce-deve-agir-
posme

Enfermagem em terapia intensiva (Práticas e vivências)


Doenças da sintomalogia ao plano de alta vol 2 1 1 a Z

Doenças da sintomalogia ao plano de alta.

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