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Introdução á Enfermagem I

Trabalho apresentado Introdução á enfermagem I,


da escola Stella Maris.
Solicitante: Profª. Ercília.

Guarulhos
2023
Aline Dantas de Oliveira
Bianca Rocha de Santana
Gabriella Ciriaco da Cruz
Debora da Silva Brito
Denise Elias Ferreira
Sabrina França de Oliveira

Guarulhos
2023
SUMÁRIO

1. Sistema Digestório ………………………………………………….

2. Hepatite A …………………………………………………..1

3. Úlcera Peptica ……………………………………..…….6

4. Hemorragia Digestiva Alta ……………………………………

5. Neoplasia Gástrica …………………………………………

6. Neoplasia Intestino ………………………………………….

7. Hérnia de Hiato ……………………………………………..

8. Hemorragia Baixa …………………………………………….

9. Sonda Nasoentederal ……………………………………….

10. Sonda Nasogástrica ………………………………………..

11. Gastrostomia ……………………………………………….

12. Endoscopia ……………………………………………………

13. Colonoscopia …………………………………………………..

14. Biósia …………………………………………………………….

15. Nutrição Parenteral (NPT) (NPP) ……………………………………

16. Conclusão ….………………………………………………………………

17. Bibliografia ……………………………………………………………………..


Sistema Digestivo, Sistema Digestório

O Sistema Digestório é também conhecido como Sistema Digestivo ou Aparelho


Digestivo. Ele é formado por um conjunto de órgãos que atuam no corpo humano.

A ação desses órgãos está relacionada ao processo de transformação do alimento,


que tem o objetivo de ajudar na absorção dos nutrientes.

Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos.

Componentes do Sistema Digestório

O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em duas partes.

Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), antes conhecido como tubo
digestivo. Ele se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte corresponde
aos órgãos anexos.

Veja no quadro abaixo os órgãos que compõem cada parte do Sistema Digestório.

Partes Descrição
Tubo digestório
Boca, faringe e esôfago.
alto
Tubo digestório
Estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
médio
Tubo digestório Intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva
baixo sigmoide e o reto).
Órgãos anexos Glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.
A seguir estão apresentadas mais informações e detalhes sobre cada um dos
componentes do Sistema Digestório.
Tubo Digestório Alto

O tubo digestório alto é formado pela boca, faringe e esôfago.

Conheça a seguir mais detalhes sobre cada um desses órgãos.

Boca

A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela corresponde a uma
cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva,
produzida pelas glândulas salivares.

Na boca ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da


digestão mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua.

Em um segundo momento entra em ação a atividade enzimática da ptialina, que é


amilase salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz e
o transformando em moléculas menores de maltose.
Faringe

A faringe é um tubo muscular membranoso que se comunica com a boca, através do


istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago.

Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe,


que é um canal comum para o sistema digestório e o sistema respiratório.

No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o


alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para
o esôfago.

A penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que
fecha o orifício de comunicação com a laringe.

Esôfago

O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo.

É por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos


peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em
direção ao estômago.
Tubo Digestório Médio

O tubo digestório médio é formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno,


jejuno e íleo).

Conheça sobre cada um deles a seguir.

Estômago

O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela
digestão das proteínas.

A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração,
separada dele somente pelo diafragma.

Ele possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte
mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região
estreita, recebe o nome de "piloro".

O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido


clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza
proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa,
composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.

A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco que a protege de agressões
do suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um
desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o
surgimento de feridas (úlcera gástrica).

A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação de um


hormônio, a gastrina.

A gastrina é produzida no próprio estômago no momento em que moléculas de


proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina
quebra as moléculas grandes de proteína e as transformam em moléculas menores.
Estas são as proteoses e peptonas.

Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Nesse processo,
o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e
fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa),
chegue ao intestino delgado.

Intestino delgado

Órgãos anexos que participam do processo digestivo no intestino


O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras
projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de
segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e
solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc.

O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.

O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do


estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal.

Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e
armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que
emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas.

Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas. Ele
contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, pois dessa
forma favorece a neutralização do quimo.

Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e


gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.

Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado onde o trânsito do


bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo
digestivo.

Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram
absorvidos, sobra uma pasta grossa formada por detritos não assimilados e com
bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue para o intestino grosso.
Tubo Digestório Baixo

O tubo digestório baixo é formado pelo intestino grosso, que possui os seguintes
componentes: ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o
reto.

Intestino grosso

O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local


de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de
armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos.

Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente,
transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.

No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já


constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em
seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas
horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.

O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por
onde são eliminadas as fezes.

Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso


secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua
eliminação.

Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo,
passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa
fecal. Sendo, portanto, importante incluir as fibras na alimentação para auxiliar a
formação das fezes. Bianca Rocha
Hepatite A
A Hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também
conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma
doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com
a idade.
TRANSMISSÃO
A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem
grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento
básico e de higiene pessoal (OMS, 2019). Outras formas de transmissão são o
contato pessoal próximo (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre
crianças em creches), contato sexual (especialmente em homens que fazem sexo
com homens -HSH).

A estabilidade do vírus da hepatite A (HAV) no meio ambiente e a grande quantidade


de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados contribuem para a transmissão.
Crianças podem manter a eliminação viral até 5 meses após a resolução clínica da
doença. No Brasil e no mundo, há também relatos de casos e surtos que ocorrem em
populações com prática sexual anal, que propicie o contato fecal-oral (sexo oral-anal)
principalmente.

SINAIS E SINTOMAS

Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar


inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais
podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor
abdominal, constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes do início
da fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os
sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois
meses.

EXAMES DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual


se pesquisa a presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem
permanecer detectáveis por cerca de seis meses.

É possível também fazer a pesquisa do anticorpo IgG para verificar infecção passada
ou então resposta vacinal de imunidade. De qualquer modo, após a infecção e
evolução para a cura, os anticorpos produzidos impedem nova infeção, produzindo
uma imunidade duradoura.

TRATAMENTO CLÍNICO / MEDICAMENTOSO

Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante evitar a


automedicação para alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos
desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico
saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir
o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos
vômitos e diarreia. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência
hepática aguda (OMS, 2018a).

PREVENÇÃO
• Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do
preparo de alimentos);
• Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos
crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
• Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos,
frutos do mar e peixes;
• Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
• Usar instalações sanitárias;
• No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições
fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de
objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água
sanitária.
• Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou
próximo de onde haja esgoto;
• Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
• Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal
antes e após as relações sexuais.

Vacina
A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de
prevenção contra a hepatite A.
A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização.
Atualmente, faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de
idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos,
11 meses e 29 dias).
É importante que os pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos para
garantir a vacinação de todas as crianças.

PROCEDIMENTOS TÉCNICO DE ENFERMAGEM


1. Administração de Medicamentos: Os enfermeiros são responsáveis pela
administração dos medicamentos prescritos pelo médico, como antivirais ou
imunossupressores, conforme o tipo de hepatite.

2. Monitorização: Monitorar constantemente os sinais vitais do paciente, avaliar o


progresso da doença e relatar quaisquer alterações ao médico.
3. Cuidados com a Dieta: Os pacientes com hepatite podem ter apetite reduzido.
Portanto, os enfermeiros devem incentivar uma dieta saudável e equilibrada, rica
em proteínas e carboidratos, e monitorar a ingestão de alimentos e líquidos.

4. Suporte Psicológico: O diagnóstico de hepatite pode levar a estresse e


ansiedade. Os enfermeiros devem fornecer suporte emocional, encorajar o
paciente a expressar seus sentimentos e, se necessário, encaminhá-lo a um
profissional de saúde mental.

5. Prevenção de Infecções: Como o sistema imunológico do paciente pode estar


comprometido, é fundamental tomar precauções para prevenir infecções
adicionais. Isso pode incluir a prática rigorosa de higiene das mãos, o uso de
equipamentos de proteção individual (EPI) e a limpeza regular do ambiente do
paciente.

6. Educação e Preparação para a Alta: Os enfermeiros devem educar o paciente e


a família sobre o gerenciamento da doença em casa, incluindo a importância da
adesão ao tratamento, a necessidade de acompanhamento médico regular e os
sinais de complicações que requerem atenção médica imediata.

7. Estímulo à Adesão ao Tratamento: Uma vez em casa, o paciente deve ser


incentivado a continuar o tratamento conforme prescrito, lembrando-se de tomar
todos os medicamentos no horário correto e de comparecer a todas as consultas
de acompanhamento.

8. Aconselhamento sobre Estilo de Vida: Dependendo da causa da hepatite, os


enfermeiros podem aconselhar sobre a redução ou eliminação do consumo de
álcool, a prática regular de exercícios físicos e a manutenção de uma dieta
saudável para apoiar a saúde do fígado.

9. Interação com a Família e a Comunidade: A equipe de enfermagem deve


também engajar a família e a comunidade do paciente no cuidado, ensinando a
todos como prevenir a transmissão da hepatite e como apoiar o paciente em sua
recuperação.

10. Encaminhamento para Apoio Adicional: Se necessário, o paciente deve ser


encaminhado para serviços adicionais de apoio, como grupos de apoio a
pessoas com hepatite, serviços de saúde mental ou assistência social.

Bianca Rocha
Úlcera peptica

Definição
Lesão circunscrita na mucosa do terço inferior do esôfago. do estômago, do duodeno
ou do jejuno. Ocorre em duas formas principais: úlcera duodenal e úlcera gástrica (as
duas formas são crônicas).
Úlceras duodenais: representam cerca de 80% dos casos de úlcera péptica, acometem
a porção proximal do intestino delgado e sua evolução é crônica,caracterizada por
remissões e exacerbações (cerca de 5% a 10% dos clientes que têm úlcera duodenal
desenvolvem complicações que precisam ser operadas).

Fisiopatologia
O Helicobacter pylori libera uma toxina que promove inflamação e ulceração da
mucosa.

► Na úlcera péptica decorrente de H. pylori, o ácido não é a causa dominante da


infecção bacteriana, mas contribui para suas conseqüências.
A ulceração origina-se da inibição da síntese de prostaglandina, do aumento da
secreção de ácido gástrico e de pepsina, da redução do fluxo sanguíneo da mucosa
gástrica ou da diminuição da produção de muco citoprotetor.

Causas
H. pylori
Uso de antiinflamatórios não-esteróides (AINE) ou de glicocorticoides
Estados hipersecretórios patológicos

Fatores de risco
▸ Sangue tipo A (úlcera gástrica)
▸ Sangue tipo O (úlcera duodenal)
▸ Outros fatores genéticos
▸ Contato com agentes irritantes
▸ Tabagismo
▸ Traumatismo
▸ Fatores psicogênicos
Envelhecimento normal
Incidência
‣ Úlceras gástricas: mais comuns em homens de meia-idade e idosos, especialmente
pobres e desnutridos; a prevalência é mais elevada entre usuários crônicos de AAS ou
álcool.
‣ Úlceras duodenais: mais comuns em homens de 20 a 50 anos de idade

Manifestações clínicas freqüentes


Dor epigástrica ou abdominal à esquerda com exacerbações e remissões
Histórico de fator predisponente
Complicações:
Hemorragia GI
Infarto abdominal ou intestinal

Anamnese
Períodos de exacerbação e remissão de sintomas, com as remissões durando mais do
que as exacerbações;
Histórico de fator predisponente;
Dor epigástrica esquerda descrita como azia (pirose) ou indigestão, acompanhada de
sensação de preenchimento ou de distensão;
Úlcera gástrica;
Perda recente de peso ou do apetite;
Náuseas ou vômitos;
Dor desencadeada ou agravada pelo ato de comer;
Úlcera duodenal;
Dor aliviada pelo ato de comer; pode ocorrer 1½ a 3 h após a ingestão de alimento;
Dor que acorda o cliente enquanto dorme;
Ganho de peso
Achados fisicos
Palidez
Dor à palpação do epigastrio 4
Peristalse hiperativa

Resultados de exames
• Laboratoriais
•Hemograma completo revela anemia
•Sangue oculto nas fezes
•Amostra de sangue venoso revela anticorpos contra H. pylori Leucocitose
•Níveis baixos de carbono 13 (C) expirado no teste de de- puração respiratória da uréia
•Nível sérico de gastrina em jejum (descarta a suspeita de síndrome de Zollinger-
Ellison)

Técnicas de imagem
•Deglutição de bário ou radiografias do trato GI alto ou do intestino delgado podem
revelar presença de úlcera.
•Radiografias do trato GI alto revelam anormalidades da mucosa.

Procedimentos diagnósticos
•Endoscopia GI alta ou esofagogastroduodenoscopia (EGD) confirmam a presença de
úlcera e possibilitam tológicas e biopsia para se descartar a possibilidade de provas ci-
•H. pylori ou câncer.
•Provas de secreção gástrica revelam hipercloridria

Tratamento
Sintomático
Lavado com soro fisiológico gelado, possivelmente contendo norepinefrina
(noradrenalina);
Laser ou cautério durante endoscopia;
Redução do estresse;
Abandono do tabagismo;
Evitar irritantes na dieta
Dieta zero se houver sangramento GI franco.

Medicação
• Para H. pylori:
•Amoxicilina, claritromicina e omeprazol.

• Para úlcera gástrica ou úlcera duodenal:


•Inibidores da bomba de prótons;
•Antiácidos;
•Antagonistas de receptor de histamina ou inibidor da bom- ba de ácido gástrico;
•Agentes que revestem a mucosa (para úlcera duodenal).
•Agentes anti-secretórios se a úlcera decorrer do uso de antinflamatórios
nãoesteróides, quando tais agentes precisam ser mantidos;
•Ansiolíticos e tranquilizantes (para úlcera gástrica);
•Anticolinérgicos (para úlceras duodenais; em geral são contraindicados para úlceras
gástricas);
•Análogos da prostaglandina

Cirurgia
▸ Indicada para perfuração, falta de resposta ao tratamento conservador, suspeita de
câncer ou outras complicações
▸ O tipo varia segundo a localização e a extensão da úlcera; cirurgias principais:
vagotomia bilateral, piloroplastia e gastrectomia.

Consideração de enfermagem
Desfechos esperados para o cliente:
manter hidratação adequada;
manifestar sentimentos de maior conforto;
verbalizar compreensão da doença;
aderir ao esquema de tratamento.

Intervenções de enfermagem
▸ Administre os fármacos prescritos
▸ Proporcione seis refeições pequenas ou pequenas porções a cada hora, conforme
prescrição.
Dê apoio emocional.

Monitoração
Efeitos da medicação
Sinais vitais
Sinais e sintomas de sangramento
Controle da dor
Se o paciente tiver sido operado
Função e drenagem do tubo nasogástrico
Função intestinal
Estado de hidratação e nutrição
Local da ferida
Sinais e sintomas de alcalose metabólica ou perfuração
Orientações ao cliente
Aborde:
o distúrbio, o diagnóstico e o tratamento;
a administração, a dose e possíveis efeitos adversos dos medicamentos;
a recomendação para evitar medicamentos de venda livre, em especial AAS, produtos
que contenham AAS e anti-inflamatórios não-esteróides, a menos que o médico
aprove;
a recomendação contra a ingestão de cafeína e álcool durante as exacerbações;
as alterações apropriadas do estilo de vida;
as modificações da dieta.

Plano de alta
▸ Encaminhe o cliente a um programa antitabagismo, se for indicado.
Gabriella Ciriaco
DEFINIÇÃO
O que é Hemorragia digestiva alta?
Hemorragia digestiva alta é quando há sangramentos nas regiões que atuam na
digestão, como o esôfago, o estômago, o duodeno ou o intestino delgado. Essa
condição, geralmente, é percebida quando o portador vomita sangue ou apresenta
sangue nas fezes. Esta condição é emergencial, e demanda atenção médica imediata.
A internação do portador é comum.

Causas da Hemorragia digestiva alta


A principal causa da hemorragia digestiva alta é a falta de equilíbrio nas mucosas dos
órgãos do sistema digestivo, causando sangramentos.

As causas dessa falta de equilíbrio podem ser várias, entre elas: gastrite, úlcera gástrica
e péptica, abuso de medicamentos, e também pode acontecer com pessoas que
tiveram queimaduras graves, realizaram cirurgias intensas e/ou apresentam problemas
cardíacos.

Sintomas:
Sintomas da hemorragia digestiva alta
Os principais sintomas da hemorragia digestiva alta são: vômitos e fezes com sangue,
dificuldade na hora de engolir, queimação, dores no abdômen, síncope, fraqueza,
cansaço e perda de peso.

Tratamento
Tratamento da hemorragia digestiva alta
A hemorragia digestiva alta tem cura e o tratamento depende da identificação das
causas e a verificação de quanto sangue foi perdido pelo portador. Após definir essas
duas coisas, o tratamento pode ser indicado. Geralmente é feito através de
medicamentos orais e intravenosos e jejum de 48 horas, para dar tempo do órgão
digestivo.

Principais complicações
Como complicações da HDA, podemos ter anemia, fraqueza, astenia, sudorese e
pressão baixa. Felizmente, na maioria das vezes o sangramento cessa
espontaneamente. Mas, precisamos corrigir esta anemia, caso continue o sangramento
pode causar outras alterações, como o não funcionamento adequado dos rins e
coração.
*Tratamento Medicamentoso*
Na HDA varicosa, utiliza-se no tratamento medicamentoso de substância que diminui a
pressão nas varizes do esôfago e estômago (somatostatina, octreotide e terlipressina).
O tratamento endoscópico é fundamental para o paciente e tem como objetivo parar o
sangramento e, principalmente, reduzir a taxa de ressangramento.
Há duas metas para tratar a pessoa com hemorragia digestiva: Substituir o sangue
perdido por líquidos injetados na veia (via intravenosa) e, às vezes, realizar uma
transfusão de EXAMES

Exames Diagnóstico da Hemorragia Digestiva alta


Para investigação do sítio de sangramento, o exame de escolha é a colonoscopia. Esse
exame, além de permitir o diagnóstico, pode fornecer o tratamento imediato do
sangramento, seja ele de origem divertículos ou da angiodisplasia, que correspondem
as causas mais prováveis.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM HDA


Quais são os principais cuidados de enfermagem para o paciente com hemorragia
digestiva
Reposição intravenosa de líquidos através de cateter de grosso calibre. ...
Providenciar amostra sanguínea: tipagem, reação cruzada, estudo da coagulação;
Notificar banco de sangue quanto à necessidade de: concentrado de hemácia, plasma
fresco congelado, concentrado de plaquetas;

Como prevenir:
Medidas tais como reduzir o consumo de bebidas alcoólicas (para prevenir a doenças
do fígado), deixar de fumar, e evitar o uso a longo prazo de medicamentos anti-
inflamatórios tais como ibuprofeno (pode causar úlceras do estômago) são benéficas.

Terminologias
hemorragia digestiva alta
: Hematêmese é um termo que significa que há sangue visível no vômito (hematêmese),
o que indica que a hemorragia provém do aparelho digestivo superior, normalmente do
esôfago, estômago ou da primeira parte do intestino delgado.
Debora Brito
O que é o câncer de estômago?

O câncer de estômago ou câncer gástrico é a neoplasia maligna que se origina


no estômago.
Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis pelo
seu aparecimento no corpo de tal forma, que uma célula normal do nosso
estômago pode sofrer o processo de carcinogênese (se tornar maligna) e dar
origem ao câncer de estômago.
Ele pode se espalhar para outros órgãos próximos ao estômago ou até mesmo
distantes, processo que chamamos de metástase.

Quais são os fatores de risco?

É importante saber que um fator de risco não determina o câncer isoladamente,


mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente.
Existem fatores de risco que não podem ser alterados, como por exemplo, a idade
(mais frequente acima de 60 anos), ser do sexo masculino e fatores genéticos.
Felizmente apenas 3 a 5% dos cânceres de estômago são hereditários, ou seja,
causados por genes herdados de nossos pais.
Também há outros fatores que desempenham um papel no aumento do risco para
o câncer de estômago:

• Fumar;
• Estar acima do peso ou ser obeso;
• Uma dieta rica em alimentos defumados, em conserva ou salgados;
• Cirurgia anterior de estômago para úlcera gástrica;
• Consumo de álcool;
• Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas
(como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria
Helicobacter pylori (H. Pylori);
• Gastrite crônica e úlceras de estômago mal curadas;
• Trabalho nas indústrias de carvão, metal, madeira ou borracha;
• Exposição ao amianto;
• Exposição de trabalhadores rurais a uma série de compostos químicos, em
especial, agrotóxicos.

Veja abaixo algumas estatísticas sobre o Câncer de Estômago:

• O câncer de estômago é mais comum no sexo masculino, seja no Brasil ou


mundo a fora.
• Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, estima-se para
cada ano do triênio 2020-2022, 13.360 casos novos de câncer de estômago
entre homens e 7.870 nas mulheres.
• O câncer de estômago em homens é o segundo mais frequente na Região
Norte, nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, é o quarto câncer mais
frequente.
• Para as mulheres, é o quinto câncer mais frequente nas Regiões Norte e
Sul, e ocupa a sexta posição no Centro-Oeste e Nordeste, seguido pela
Região Sudeste ocupando a sétima posição.
Quais são os principais sintomas do Câncer de Estômago?

No início, o câncer de estômago pode causar:

• Indigestão;
• Sensação de inchaço após comer uma refeição;
• Azia;
• Ligeira náusea;
• Perda de apetite.

Episódios eventuais de indigestão ou azia após uma refeição não signifi cam que
você tenha câncer, mas se sentir muito esses sintomas, converse com seu
médico.
À medida que o câncer gástrico avança, pode haver sintomas mais sérios, como:

• Dor de estômago;
• Sangue nas fezes;
• Vômito;
• Perda de peso sem motivo;
• Dificuldade em engolir;
• Olhos ou pele amarelados;
• Inchaço no abdômen;
• Constipação ou diarreia;
• Fraqueza ou sensação de cansaço;
• Azia e náuseas.

Como prevenir o câncer de estômago?

• Adote uma dieta saudável: coloque mais frutas e vegetais frescos em seu
prato todos os dias. Eles são ricos em fibras e em algumas vitaminas que
podem diminuir o risco de câncer. Evite alimentos muito salgados, em
conserva, curados ou defumados, como cachorros-quentes, carnes
processadas ou queijos defumados.
• Mantenha seu peso em um nível saudável: estar acima do peso ou ser
obeso também pode aumentar o risco da doença.
• Não fume: o risco de câncer de estômago duplica se usar tabaco.
• Faça atividade física regularmente, pois ajuda a diminuir o risco de cân cer
de estômago

Como é feito o diagnóstico?

Os médicos normalmente não fazem exames de rotina para câncer de estômago,


principalmente por não ser tão comum.
Para o diagnóstico deste tipo de câncer, é necessário passar em consulta médica
para uma avaliação, onde será feita uma análise sobre os sintomas, seu histórico
médico e se algum membro da família já o teve (histórico familiar). No consultório
será realizado o exame clínico e alguns exames adicionais podem ser solicitados,
como:

• Exames de sangue;
• Endoscopia alta – exame de imagem para examinar o estômago;
• Tomografia computadorizada – exame de imagem do interior do seu corpo;
• Biópsia – o médico retira um pequeno pedaço de tecido do estômago para
examiná-lo ao microscópio em busca de sinais de células cancerosas. A
biópsia pode ser feita durante uma endoscopia.

Qual é o tratamento para o câncer de estômago?

O tratamento do câncer de estômago envolve uma equipe multidisciplinar,


composta por médico oncologista, cirurgiões, radioterapeuta e nutrólogo. Existem
três modalidades de tratamento para esse tipo de câncer: cirurgia, terapia
sistêmica (quimioterapia e outras drogas) e radioterapia.

Cirurgia

A cirurgia é um tratamento comum para o câncer de estômago, especialmente


quando está nos estágios iniciais. Dependendo da sua situação, é possível
incorporar técnicas cirúrgicas minimamente invasivas ao realizar a gastrectomia
para ajudar a diminuir o risco de complicações, encurtar o tempo de recuperação
e minimizar a dor. Os cânceres de estômago avançados ou agressivos podem
exigir gastrectomia parcial ou total.

Terapia sistêmica

É o tratamento que o oncologista faz através da quimioterapia, terapia alvo ou


imunoterapia. Cada caso é analisado individualmente e planejado de acordo com
os princípios da literatura médica especializada no tratamento do câncer.
Quando o tumor é avançado, mas não existem metástases, o oncologista clínico,
realizará quimioterapia pré-operatória para diminuir o câncer e poder
posteriormente operá-lo. Se o número de linfonodos for insuficiente, o oncologista
poderá encaminhar o paciente para realizar radioterapia e quimioterapia pós -
operatório.
A quimioterapia é utilizada no pré e pós-operatório mesmo em tumores em
estágios iniciais. Caso a doença seja metastática, o oncologista prescreverá a
terapia sistêmica.

Radioterapia

A radioterapia é um dos tratamentos mais comuns para o câncer. A radiação pode


ser usada sozinha ou com outros tratamentos, como cirurgia, quimio terapia,
hormônios ou terapia direcionada.
A radioterapia usa partículas ou ondas de alta energia, como raios X, raios gama,
feixes de elétrons ou prótons, para destruir ou danificar as células cancerosas.
Suas células normalmente crescem e se dividem para formar novas células, mas
as células cancerosas crescem e se dividem mais rápido do que a maioria das
células normais. A radiação funciona fazendo pequenas rupturas no DNA dentro
das células. Essas quebras impedem que as células cancerosas cresçam e se
dividam, fazendo com que morram. As células normais próximas também podem
ser afetadas pela radiação, mas a maioria se recupera e volta a funcionar como
deveria.
A escolha do tratamento para o câncer de estômago depende do
estadiamento da doença, isso é, quão avançada a doença esteja, quanto ela se
espalhou pelo corpo, sendo 5 estágios:

Estágio 0: é quando o revestimento interno do estômago contém um grupo de células tumorais,


mas que ainda não são infiltrativas. Será necessário um procedimento cirúrgico para a cura. O
seu médico pode remover parte ou todo o seu estômago, bem como os gânglios linfáticos
próximos (pequenos órgãos que fazem parte do sistema de defesa). Em alguns casos, a cirurgia
pode ser minimamente invasiva, por endoscopia alta.
Estágio I: neste ponto o paciente tem um tumor no revestimento do estômago, já infiltrativo e
pode ter se espalhado para os nódulos linfáticos. Como no estágio 0, o paciente provavelmente
fará uma cirurgia para remover parte ou todo o estômago e os gânglios linfáticos próximos.
Também pode receber quimioterapia ou quimioterapia associada a radioterapia
complementares a cirurgia. A quimioterapia pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o
tumor.
Estágio II: o câncer se espalhou para as camadas mais profundas do estômago e talvez para os
nódulos linfáticos próximos. A cirurgia para remover parte ou todo o estômago, bem como os
gânglios linfáticos próximos ainda é o tratamento principal. É muito provável que o paciente
faça quimioterapia com ou sem radioterapia complementares.
Estágio III: o câncer agora pode estar em todas as camadas do estômago, bem como em outros
órgãos próximos ou pode ser menor, mas atingir profundamente os nódulos linfáticos. A
quimioterapia poderá ser realizada antes ou após a cirurgia.
Estágio IV: neste último estágio, o câncer se espalhou amplamente para órgãos como o fígado,
pulmões ou cérebro. É muito mais difícil de controlá-lo. Poderão ser realizados quimioterapia,
radioterapia e eventuais procedimentos cirúrgicos.

Cuidados de Enfermagem:
● Observar nível de consciência
● Avaliar sinais vitais.
● Realizar balanço hídrico.
● Administrar medicação conforme PM.
● Qualquer anormalidade comunicar enfermeiro/médico.
Aline Dantas
Câncer de intestino

O câncer de intestino, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é aquele que


abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso e são conhecidos
como câncer de cólon e reto ou colorretal. Entretanto, aqui nesse texto abordaremos
também sobre os tumores do intestino delgado.

Este é um tema que todos os profissionais deve saúde deve saber manejar, uma vez
que é muito prevalente em nossa sociedade. Recentemente nos deparamos com a
história da cantora Preta Gil, mas muitas outras pessoas famosas e não famosas
recebem o diagnóstico dessa patologia.

Divisão anatomopatológica do intestino

O trato gastrointestinal é composto, entre outras partes, pelo intestino delgado e pelo
intestino grosso. O primeiro é formado pelo duodeno, jejuno e íleo. Já o segundo, é
formado pelo apêndice vermiforme, colón, reto e canal anal.

Ambos os intestinos são responsáveis pela digestão e absorção de macro e


micronutrientes da dieta. Eles auxiliam ainda no controle hidroeletrolítico do corpo.

Alguns autores costumam dividir os dois intestinos em trato gastrointestinal superior e


inferior, fazendo relação com as suas localizações no corpo humano. Assim, o
intestino delgado faz parte do trato gastrointestinal superior e o intestino grosso do
inferior.

Epidemiologia do câncer de intestino

Segundos dados de 2020 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de cólon e


reto é o 2° mais incidente em homens e mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do
câncer de próstata e mama, respectivamente. Em relação à mortalidade, ele ocupa o
3° lugar em ambos os sexos.

Este tipo de câncer acomete principalmente a população acima de 50 anos de idade.


Pode estar relacionado com história de pólipos colorretais e de doenças inflamatórias,
bem como o tabagismo, alcoolismo e alimentação rica em gorduras e pobre em fibras.
Além disso, os casos são mais prevalentes em pessoas com história familiar positiva
para câncer colorretal.

No caso dos tumores do intestino delgado, eles representam menos de 3% das


neoplasias gastrointestinais. São cânceres raros de serem encontrados e muito
inacessíveis, tornando o diagnóstico muito difícil e muitas vezes tardio.

Este tipo de câncer costuma acometer pacientes com enterite regional crônica e
doença celíaca. Além disso, é comum também em pacientes com AIDS.

Tipos de tumores do intestino delgado

O tumor maligno mais comum no intestino delgado é o carcinoma ampular. Estes,


geralmente são originados dos ductos biliares ou pancreáticos, ou seja, uma
neoplasia secundária.
No caso das neoplasias primárias, o principal tipo de tumores são os
adenocarcinomas. Após eles temos os linfomas, tumores carcinoides e
leiomiossarcomas.

Os adenocarcinomas são responsáveis por 50% dos tumores malignos nessa região
do corpo, sendo mais comum de se desenvolverem no duodeno distal e no jejuno
proximal. É um tipo de tumor que costuma a forma úlcera, levando a hemorragias e/ou
obstruções.

Os linfomas podem ser primários ou secundários, sendo que o primeiro corresponde


à 20% dos tumores malignos do duodeno. Estes são linfomas não Hodgkin, que pode
atingir qualquer parte do intestino delgado, sendo mais prevalente no íleo.

Tipos de tumores do intestino grosso

Os cânceres do intestino grosso podem ser divididos em câncer colón retal e em


câncer de ânus.

Câncer colorretal

A mucosa colorretal pode ser sofrer uma protusão chamada de pólipo. Esse pólipo por
sua vez pode ser classificado em três tipos:

• Hamartoma não neoplásico;


• Proliferação hiperplásica da mucosa;
• Pólipo adenomatoso.

Destes, o único que pode originar uma neoplasia é o último tipo. Os pólipos
adenomatosos são encontrados em 30% das pessoas com meia-idade e 50% dos
idosos. Apesar disso, nem sempre estes se desenvolvem para a malignidade.

A fisiopatologia do câncer colorretal pode ser estudada no nosso texto Resumo sobre
câncer colorretal (completo).

Tumores anais

As neoplasias do ânus representam apenas 1 a 2% dos tumores malignos do intestino


grosso. Essa patologia está relacionada com infecção pelo papilomavírus humano que
é um vírus sexualmente transmissível.

Os principais tipos de tumores são os carcinomas próximas à linha pectínea


chamados de tumores basoloides, cuboides ou cloacogênicos. E os tumores distais à
linha pectínea possuem histologia escamosas, sendo os principais.

Sintomas do câncer de intestino

Confira quais os sintomas que podem ser encontrados em pacientes com câncer de
intestino:

Intestino delgado

No caso dos tumores de intestino delgado, o paciente costuma apresentar sintomas


abdominais e gastrointestinais:
• Febre;
• Perda de peso;
• Anorexia;
• Sangramento;
• Massa abdominal.

Além desses, é preciso realizar uma investigação mais profuda quando o paciente
apresentar os seguintes achados:

• Episódios de dor abdominal tipo cólicas, inexplicáveis e recorrentes;


• Crises intermitentes de obstrução intestinal, em particular na ausência de
doença inflamatória intestinal ou cirurgia abdominal prévia;
• Intussuscepção no adulto;
• Evidências de sangramentos intestinais crônicos com um exame convencional
e endoscópico negativo.

Câncer de intestino grosso

Os principais sintomas encontrados em pacientes com câncer de intestino grosso são:

• Mudanças no hábito intestinal (diarreia e/ou constipação);


• Sangue nas fezes;
• Sangramento anal;
• Tenesmo;
• Dor ou desconforto abdominal como gases ou cólicas;
• Perda de peso sem razão aparente;
• Cansaço, fraqueza e anemia.

É importante enfatizar que os sintomas vão variar de acordo com a localização do


tumor.

Diagnóstico

Confira como é realizado o diagnóstico dos tipos de câncer de intestino.

Intestino delgado

O diagnóstico das neoplasias malignas do intestino delgada são dadas, na maioria


das vezes, tardiamente. Nesses casos, os tumores já estão em um estágio mais
avançado e são reveladas por algum comprometimento local ou sistêmico.

Apesar disso, existem alguns métodos de imagem que podem ser utilizados no
diagnóstico de alguns tipos de tumores:

• Adenocarcinomas: endoscopia com biópsia sob visão direta;


• Linfomas: radiografias com contrate.

Apesar disso, é importante lembrar que algumas doenças são fatores de risco para
desenvolver essa neoplasia. Assim, é importante atenção aos pacientes portadores
de doença de Crohn, Doença Celíaca, Câncer colorretal hereditário não polipose,
Polipose adenomatosa familiar e Síndrome de Peutz Jeghers.
Intestino grosso

O diagnóstico do câncer colorretal é geralmente realizado por biópsia através de uma


colonoscopia. Pode-se investigar o quadro também através da pesquisa de sangue
oculto nas fezes.

Tratamento do câncer de intestino

Confira como são realizados os tratamentos do câncer de intestino.

Intestino delgado

De forma geral, a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha, com quimioterapia


adjuvante pós-operatória. Apesar disso, a abordagem cirúrgica na situação de
emergência traz uma morbidade específica e uma mortalidade significativa.

Intestino grosso

O câncer colorretal geralmente é tratado com ressecção total do tumor. Entretanto,


antes da cirurgia é preciso realizar algumas avaliações e exames a fim de verificara a
presença de uma metástase, como:

• Exame físico completo;


• Função Hepática;
• CEA;
• TC de tórax, abdome e pelve;
• Colonoscopia total.

Apesar da procura por metástase, não é contraindicado a ressecção total do tumor em


pacientes com sintomas como sangramento gastrointestinal ou obstrução. Mas, no
geral o que ocorre é uma cirurgia menos radical. A quimioterapia e a radioterapia
quando indicados, apresentam um papel importante para o sucesso do tratamento

Recomenda-se radioterapia da pelve em pacientes que tenham câncer retal em


estágios mais leves. Em casos mais graves, é também indicado a dissecção cortante.

Prevenção

A melhor forma de prevenção é em busca de limitar os fatores de risco da doença.


Assim, como temos influência da dieta alimentar, da bebida, estilo de vida como o
tabagismo e alcoolismo, precisamos repensar os nossos hábitos a fim de reduzir o
risco do câncer de intestino.

As medidas seriam:

• Não fumar;
• Evitar consumo de bebidas alcoólicas;
• Ingesta de alimenta rica em fibras e pobre em gorduras animais;
• Praticar atividade física;
• Controle das Doenças Inflamatórias Intestinais.

Além disso, é importante que pessoas acima de 50 anos façam colonoscopia e


pesquisa de sangue oculto nas fezes como forma de rastreio da doença.
Intervenções de Enfermagem:

• Observar nível de consciência.


• Proporcione uma dieta hiperprotéica e hipercalórica com suplementos
dietéticos.
• Forneça nutrição parenteral, conforme PM.
• Administrar medicação conforme PM.

Monitoração

• Controle da dor.
• Sinais vitais.
• Hidratação e estado nutricional.
• Efeitos da medicação.

Aline Dantas
A hérnia de hiato é uma dilatação de uma parte do estômago pelo diafragma.
• A causa deste distúrbio normalmente não é conhecida, mas a idade,
obesidade e tabagismo são fatores comuns.

• Algumas pessoas não têm sintomas, ou apresentam sintomas leves,


como refluxo e indigestão, enquanto outras sofrem sintomas mais
sérios, como dor no peito, inchaço, eructação e dificuldade em engolir.

• O diagnóstico toma por base os resultados de uma radiografia com


deglutição de bário ou, às vezes, de uma endoscopia digestiva alta.

• O tratamento busca aliviar os sintomas, às vezes por meio de


medicamentos e raramente por cirurgia.

O esôfago é um tubo oco que conecta a garganta (faringe) ao estômago.


A dilatação (herniação) de qualquer estrutura no abdômen pelo diafragma (a capa
de músculo que separa a cavidade torácica do abdômen) é denominada hérnia
diafragmática. O diafragma possui uma abertura pela qual normalmente passa o
esôfago chamada hiato. Uma hérnia diafragmática que ocorra por esta abertura é
denominada hérnia de hiato.

A causa da hérnia de hiato normalmente é desconhecida, mas pode ser causada


pelo alongamento das faixas de tecido que estão conectadas entre o esôfago e o
diafragma no hiato. O quadro clínico é mais comum entre pessoas com mais de 50
anos de idade, com sobrepeso (particularmente mulheres) ou pessoas que fumam.
Outros tipos de hérnia diafragmática podem resultar de defeitos congênitos (Hérnia
diafragmática) ou de uma lesão.
Tipos de hérnia de hiato
Há dois tipos de hérnia de hiato:

• Hérnia de hiato por deslizamento (o tipo mais comum)

• hérnia de hiato paraesofágica

Na hérnia de hiato por deslizamento, a área de junção entre o esôfago e o


estômago, bem como uma parte do próprio estômago, que normalmente se situam
sob o diafragma, projetam-se para cima deste. Mais de 40% das pessoas nos
Estados Unidos têm hérnia de hiato por deslizamento, e a incidência aumenta em
pessoas com mais de 60 anos de idade.
Em uma hérnia de hiato paraesofágica, a junção entre o esôfago e o estômago
está na sua posição normal sob o diafragma, mas parte do estômago é empurrada
para cima do diafragma, situando-se ao lado do esôfago.
Hérnia de hiato deslizante
Uma hérnia de hiato é uma protrusão
anômala de uma parte do estômago
pelo diafragma.

Sintomas da hérnia de hiato


A maioria das hérnias de hiato por deslizamento apresenta dimensões reduzidas e a
maioria das pessoas que as possui não tem sintomas. Normalmente, os sintomas
que ocorrem são leves. Estão, normalmente, relacionados ao refluxo
gastroesofágico, e incluem indigestão, sobretudo quando a pessoa se deita após
comer. Contudo, menos de 50% das pessoas com hérnia de hiato apresentam
doença do refluxo gastroesofágico. Inclinações, esforços e levantar objetos pesados
pioram os sintomas, assim como a gestação.
Uma hérnia de hiato paraesofágica não costuma causar sintomas, mas pode ficar
presa ou comprimida pelo diafragma, não recebendo sangue. Esta doença, séria e
dolorida, chamada estrangulamento, requer cirurgia imediata. Os sintomas podem
incluir dor no peito, inchaço, eructação e dificuldade em engolir.
Em raras ocasiões, apresenta-se uma hemorragia microscópica ou intensa no
revestimento interno da hérnia, em qualquer um dos tipos de hérnia de hiato.

Diagnóstico da hérnia de hiato


• Radiografia do tórax

• Radiografia com deglutição de bário

• Às vezes, endoscopia digestiva alta

Normalmente, o médico enxerga uma hérnia de hiato grande em uma radiografia


torácica. Caso contrário, a pessoa toma um líquido contendo bário antes de tirar a
radiografia (deglutição de bário). O bário delineia o esôfago, facilitando a
visualização das anormalidades.
É possível também ver as hérnias durante uma endoscopia digestiva alta. Durante
uma endoscopia digestiva alta, o médico examina o esôfago com um tubo flexível
chamado endoscópio.
Tratamento da hérnia de hiato
• Medidas para prevenir ou tratar o refluxo gastroesofágico

• Às vezes, um inibidor da bomba de prótons

• Às vezes, cirurgia

As hérnias de hiato por deslizamento que não causam sintomas não necessitam de
tratamento. Caso ocorram sintomas de refluxo, o médico administra um inibidor da
bomba de prótons, que reduz a produção de ácido.
Outras medidas úteis para tratar o refluxo incluem elevar a cabeceira da cama ao
dormir, fazer pequenas refeições, perder o excesso de peso, parar de fumar, não se
deitar nem fazer exercícios após as refeições e não usar roupas justas. Recomenda-
se eliminar ou limitar o consumo de bebidas ácidas (por exemplo, suco de laranja e
refrigerantes), bebidas alcoólicas, cafeína e determinados alimentos (por exemplo,
cebola e alimentos apimentados, ácidos e gordurosos).
Uma hérnia de hiato paraesofágica que cause sintomas deve ser corrigida
cirurgicamente para evitar estrangulamento. A cirurgia pode ser feita por meio de
uma pequena incisão no tórax ou no abdômen pela qual instrumentos finos e uma
pequena câmera de vídeo são inseridos (cirurgia toracoscópica ou laparoscópica),
ou pode ser necessária uma operação aberta.

Sabrina França
Hemorragia gastrointestinal baixa
Hemorragia do trato gastrointestinal baixo é uma condição em que há sangramento da
parte baixa do aparelho digestivo, especificamente do intestino grosso, do reto ou do
ânus. Os principais sintomas são sangue vermelho fresco saindo do ânus ou fezes de
cor marrom-avermelhada. O sangramento maciço do trato gastrointestinal inferior é
uma emergência médica. A condição é mais comum nos idosos e nas pessoas com
histórico de doença diverticular, doença inflamatória intestinal (DII) e câncer do cólon
ou do reto. O tratamento depende da causa da hemorragia, mas quase sempre inclui
reposição de fluidos e de sangue e, se possível, encontrar a causa e estancar o
sangramento

Riscos
Há muitas causas possíveis para a hemorragia do trato gastrointestinal inferior.
Condições que causam pequenos sangramentos são hemorroidas, fissura anal e
algumas doenças sexualmente transmissíveis. Condições que podem causar
hemorragias mais intensas são câncer do intestino (câncer do cólon, do reto ou do
ânus), algumas infeções intestinais (como intoxicação alimentar), doença diverticular,
malformações dos vasos sanguíneos no interior do intestino e doenças inflamatórias
intestinais (colite ulcerativa e doença de Cohn) . Pessoas que tomam medicamentos
para diluir o sangue correm maior risco de uma hemorragia intestinal maciça. A
condição afeta com mais frequência os idosos do que as pessoas mais jovens.

Sintomas
O sintoma mais comum é o sangue de um vermelho vivo expelido pelo ânus ou nas
fezes. Outros sintomas podem incluir dor abdominal (barriga), tonturas, batimentos
cardíacos rápidos e pulsantes, fraqueza, confusão e colapso, dependendo da
quantidade de sangue perdida.

Diagnóstico
O diagnóstico da causa da hemorragia baseia-se no histórico médico da pessoa,
exames laboratoriais e visualização do interior do intestino por via endoscópica
(utilizando uma Câmara num instrumento longo e flexível que passa através da boca
ou do ânus para visualizar o intestino). Em casos graves de hemorragia e de
emergência, a avaliação diagnóstica só é feita depois que a pessoa foi ressuscitada e
a hemorragia foi estancada.

Tratamento
O tratamento depende da quantidade de sangue perdido e da causa da hemorragia. A
causa deve ser investigada e tratada para evitar novos sangramentos. Se houve um
sangramento pequeno, pode ser tratado com medicamentos ou terapia endoscópica.
Se houve perda de sangue grave, o tratamento inclui hospitalização e reanimação da
pessoa afetada. Isso pode exigir administração de fluidos por via intravenosa ou
transfusões de sangue, além de controle da pressão arterial, frequência cardíaca, etc.
No caso de uma hemorragia maciça pode ser necessária uma cirurgia de emergência
para encontrar e tratar a causa do sangramento.

Prevenção
As pessoas que tomam medicamentos para diluir o sangue e que correm risco de
hemorragia intestinal devem monitorar cuidadosamente seu tempo de coagulação do
sangue. Obter diagnóstico precoce e pronto tratamento para condições que podem
causar sangramento intestinal pode ajudar a prevenir alguns casos de hemorragia do
trato gastrointestinal inferior.

Cuidados de enfermagem
Estabilizar o paciente é o primeiro passo para abordagem de qualquer tipo de
hemorragia digestiva, porém quando se trata da HDB, algumas medidas específicas
podem ser tomadas, como: Colonoscopia: Eletrocoagulação, soluções esclerosastes e
laser no vaso sangrante. Angiografia: Vasoconstritores e embolização confira algumas
dicas:
Higienizar constantemente as mãos. …
Utilizar EPIs como meio de segurança. …
Descarte materiais apropriadamente. …
Realizar triagens com os pacientes. …
Elaborar protocolos de emergência. …
Acompanhar os cuidados de enfermagem via telemonitoramento.
Denise Ferreira
Sonda Nasoenteral (SNE)
A sonda nasoenteral (SNE) tem comprimento variável de 50 a 150 cm, e diâmetro
médio interno de 1,6mm e externo de 4 mm, com marcas numéricas ao longo de sua
extensão, facilitando posicionamentos, maleáveis, com fio-guia metálico e flexível,
radiopaca. A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda
nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago,
e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle por Raios-X para
verificação do local da sonda.Tem como função apenas a alimentação do paciente,
sendo de escolha no caso de pacientes que receberam alimentação via sonda por
tempo indeterminado e prolongado. Por isso, esta sonda só permanece aberta
durante o tempo de infusão da alimentação. A técnica de sondagem se assemelha
com a técnica de sondagem nasogástrica.

Material

• Sonda enteral com fio guia (mandril);


• Seringa de 20 ml;
• Copo com água;
• Gaze;
• Benzina;
• Toalha de rosto;
• Xylocaína gel;
• Fita adesiva;
• Estetoscópio;
• Biombo s/n;
• Luvas de procedimento;
• Sacos para lixo.

Procedimento

1. Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada


para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
2. Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
3. Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
4. Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do
apêndice (acrescentar mais 10 cm);
5. Marcar com adesivo;
6. Calçar luvas;
7. Injetar água dentro da sonda (com mandril);
8. Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
9. Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta –
introduzir até a marca do adesivo;
10. Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X para
confirmação do local da sonda;
11. Retirar o fio-guia após a passagem correta;
12. Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;

Para verificar se a sonda está no local:

1. Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice


xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
2. Colocar a ponta da sonda no copo com água – se tiver borbulhamento está na
traquéia, deve ser retirada;
3. Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para
evitar a entrada de ar;
4. Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
5. Fixar a sonda não tracionando a narina;
6. Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda
até o duodeno seja facilitada pela peristalce gástrica.

Cuidados de Enfermagem com a Sonda Nasoenteral (SNE)


A passagem da Sonda Nasoenteral pelo enfermeiro, é regulamentada pelo Conselho
Federal de Enferamgem (Cofen) através da Resolução Cofen Nº 619/2019, ela
stabelece as diretrizes necessárias para atuação da equipe de enfermagem na
sondagem orogástrica, nasogástrica e nasoentérica, com o objetivo de obter a efetiva
segurança do paciente ao ser submetido ao procedimento de sondagem,
independente de sua finalidade.

A Resolução Nº 619/2019 do Conselho Federal de Enferamgem, trás a


competência do profissional enfermeiro bem como os demais membros da equipe de
enfermagem na assistência ao paciente que faz ou que fará uso desse procedimento.

Compete ao Técnico de Enfermagem ou ao Auxiliar de Enfermagem:

• Auxiliar ao enfermeiro na execução do procedimento da sondagem


oro/nasoenteral;
• Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de
enfermagem ou protocolo pré-estabelecido;
• Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda do procedimento;
• Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma
clara, precisa e pontual;
• Participar das atualizações.

A alimentação por sonda pode ser administrada no hospital, em centros de


reabilitação, centros de enfermagem especializado e em home care. Há evidências
crescentes de que há benefícios significativos da nutrição enteral em comparação
com a nutrição intravenosa, mas isso é outro assunto que falaremo depois.

O movimento crescente em direção à alimentação enteral exige que os enfermeiros


compreendam a necessidade, os fatores de risco, o posicionamento adequado do
paciente e a importância da colocação do tubo. O conhecimento ajudará o enfermeiro
ou o profissional de saúde a fornecer cuidados ideais ao paciente, o que, por sua vez,
melhorará os resultados do paciente.

O Conselho Federal de Enferamgem finaliza a redação da Resolução Nº


619/2019 afirmando que o procedimento da Sondagem Orogástrica ou Nasoenteral,
deve ser executado no contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se às
determinações da Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009 e
da Resolução Cofen nº 429, de 30 de maio de 2012 e aos princípios da Política
Nacional de Segurança do Paciente, do Sistema Único de Saúde (SUS).

Bianca Rocha
Gastrostomia
A gastrostomia é uma cirurgia realizada para a colocação de um pequeno tubo
flexível, conhecido como sonda, através da pele da barriga diretamente até ao
estômago, para permitir a alimentação e fornecimento de nutrientes nos casos em que
a pessoa não consegue se alimentar pela boca.

Esse tipo de cirurgia permite a alimentação adequada através da nutrição enteral, que
pode ser preparada triturando alimentos ou usando fórmulas específicas. Idealmente,
este tipo de nutrição deve ser orientada por um nutricionista, de acordo com as
necessidades calóricas da pessoa.

A gastrostomia pode ser indicada de forma permanente, dependendo da condição de


saúde da pessoa, ou de forma temporária, como depois de uma cirurgia do aparelho
digestivo, por exemplo, devendo ser recomendada e realizada pelo
gastroenterologista. Além disso, o enfermeiro também pode dar algumas orientações
sobre como cuidar da ferida e os cuidados com a sonda.

Quando é indicada

A gastrostomia é indicada quando o intestino está funcionando corretamente para


prevenir ou tratar a desnutrição em caso de:

• Alimentação prolongada, superior a 30 dias com desnutrição moderada a


grave;
• AVC;
• Hemorragia cerebral;
• Paralisia cerebral;
• Demência;
• Tumores no cérebro, no esôfago ou na garganta;
• Esclerose lateral amiotrófica;
• Esclerose múltipla;
• Doença de Parkinson;
• Dificuldade grave para engolir;
• Fístula traqueo-esofágica congênita;
• Doença de Crohn;
• Descompressão gástrica;
• AIDS;
• Queimaduras;
• Fibrose cística;
• Coma prolongado;
• Perfuração do esôfago por ingestão de cáusticos.
Alguns destes casos podem ser temporários, como acontece em situações de AVC, em
que a pessoa utiliza a gastrostomia até que consiga se alimentar novamente, mas em
outros pode ser necessário manter a sonda por vários anos ou, até, por toda a vida.

Esta técnica pode ainda ser utilizada temporariamente após cirurgias, especialmente
quando envolve o aparelho digestivo ou respiratório, por exemplo.

Como é feita

A gastrostomia é feita pelo cirurgião gástrico gastroenterologista e um cirurgião para


inserir uma sonda diretamente no estômago, que é um tubo flexível, através de uma
abertura pela pele.

Antes da cirurgia, a pessoa recebe uma anestesia geral, ou um remédio sedativo, para
provocar sono e anestesiar a pele, permitindo que o tubo seja colocado sem causar
qualquer tipo de desconforto.

Existem dois métodos usados para realizar a gastrostomia que são: a cirurgia
convencional, em que o médico faz um corte no abdômen para alcançar o estômago e
inserir o tubo; ou uma forma menos invasiva, que é a gastrostomia endoscópica
percutânea (PEG), em que o tubo é inserido no estômago pela pele, por endoscopia, e
guiado por radiografia ou ultrassonografia.

Como alimentar através da sonda

Para alimentar uma pessoa por gastrostomia, devem ser seguidos os passos a seguir:

1. Colocar a pessoa sentada ou com a cabeceira da cama elevada, de forma


a evitar que a comida suba do estômago para o esôfago, provocando sensação
de azia;

2. Examinar o tubo para garantir que não existem dobras que possam impedir a
passagem da comida;

3. Fechar o tubo, usando o clip ou dobrando a ponta, para que o ar não entre no
tubo quando se retirar a tampa;

4. Abrir a tampa da sonda e colocar a seringa de alimentação (100 mL) no


tubo da gastrostomia;

5. Desdobrar a sonda e puxar lentamente o êmbolo da seringa para aspirar o


líquido que está dentro do estômago. Caso se consiga aspirar mais de 100 ml é
recomendado alimentar a pessoa mais tarde, quando o conteúdo for inferior a
esse valor. O conteúdo aspirado deve ser sempre colocado novamente no
estômago.
6. Voltar a dobrar a ponta da sonda ou fechar o tubo com o clip e depois retirar
a seringa;

7. Encher a seringa com 20 a 40 mL de águae voltar a colocar na sonda.


Desdobrar a sonda e pressionar o êmbolo lentamente até que toda a água
entre no estômago;

8. Voltar a dobrar a ponta da sonda ou fechar o tubo com o clip e depois retirar
a seringa;

9. Encher a seringa com a comida triturada e coada, na quantidade de 50 a 60


mL;

10. Voltar a repetir os passos para fechar o tubo e colocar a seringa na sonda,
tendo sempre cuidado para não deixar o tubo aberto;

11. Empurrar o êmbolo da seringa com cuidado, inserindo a comida lentamente


no estômago. Repetir as vezes necessárias até administrar a quantidade
recomendada pelo médico ou nutricionista, que geralmente não ultrapassa os
300 ml.

Após administrar toda a comida através da sonda é importante lavar a seringa e encher
com 40 mL de água, voltando a colocar através da sonda para lavá-la e evitar que os
pedaços de comida se acumulem, obstruindo o tubo

Como administrar medicamentos pela sonda

Para administrar medicamentos pela sonda da gastrostomia, deve-se seguir algumas


recomendações, que incluem:

1. Lavar as mãos com água e sabonete neutro antes de preparar o medicamento;

2. Colocar a pessoa sentada ou parcialmente sentada, elevando a cabeceira da


cama;

3. Interromper a administração da dieta, usando o clip da sonda, nos casos em


que a alimentação está acontecendo através de uma bomba nutricional enteral
no hospital;

4. Desconectar a dieta da sonda, para conectar a seringa;

5. Abrir a tampa da sonda e colocar a seringa com 30 mL de água para “lavar” o


alimento que está dentro da sonda. O volume de água para lavar a sonda deve
ser cerca de 30 mL para adultos ou 10 a 15 mL para crianças;

6. Administrar o medicamento lentamentepela sonda;

7. Lavar a sonda com água para “empurrar” todo o medicamento para dentro do
estômago;
8. Desconectar a seringa da sonda e fechar a sonda por meio do clip;

9. Manter a posição elevada, por pelo menos 30 minutos, após administrar o


remédio para evitar refluxo gástrico.
O preparo do medicamento deve ser feito imediatamente antes da aplicação pela
sonda. Geralmente, o médico deve dar preferência para utilização de medicamentos
líquidos, como xarope, solução em gotas ou suspensão. No entanto, se for necessário
utilizar comprimidos ou cápsulas, deve-se triturar o comprimido ou abrir a cápsula antes
do uso, e misturar com 10 a 15 mL de água até que o medicamento esteja
completamente dissolvido.

Nos casos de utilização de mais de um medicamento, é recomendado lavar a sonda


com cerca de 5 mL de água entre a administração de cada remédio.

Como cuidar da ferida da gastrostomia

Nas primeiras 2 a 3 semanas, a ferida da gastrostomia é tratada por um enfermeiro no


hospital, pois é preciso ter mais cuidados para evitar uma infecção e até avaliar o local
constantemente. No entanto, depois de ter alta e voltar para casa é preciso manter
alguns cuidados com a ferida, para evitar que a pele fique irritada e surja algum tipo de
desconforto.

O cuidado mais importante é manter o local sempre limpo e seco e, por isso, é
aconselhado lavar a região, pelo menos, 1 vez por dia com água morna, uma gaze
limpa e sabão de pH neutro. Mas também é importante evitar roupas muito apertadas
ou colocar cremes com perfumes ou produtos químicos no local.

Ao lavar a região da ferida deve-se ainda rodar a sonda ligeiramente, para evitar que
acabe grudando na pele, aumentando as chances de uma infecção. Esse movimento
de rodar a sonda deve ser feito 1 vez por dia, ou de acordo com a orientação do médico.

Possíveis complicações

A gastrostomia é um procedimento considerado seguro, no entanto, como em qualquer


cirurgia, algumas complicações podem ocorrer, como:

• Hemorragia;
• Infecção no local do corte em que o tubo está inserido na pele, podendo causar
sintomas como febre e calafrios;
• Irritação ou vermelhidão da pele ao redor do tubo;
• Peritonite, que é uma inflamação do peritônio, uma membrana que envolve a
cavidade abdominal, devido ao vazamento dos alimentos do tubo na cavidade
abdominal;
• Deslocamento ou saída acidental do tubo;
• Bloqueio ou obstrução do tubo;
• Pneumonia por aspiração;
• Perfuração do intestino.
É importante que a pessoa esteja atenta a sinais que possam indicar o aparecimento
de complicações, como vermelhidão na pele, febre, calafrios, tosse ou vômitos, por
exemplo. Nesses casos, deve-se comunicar imediatamente ao médico para que
possam ser tratadas.

Gabriella Ciriaco
O que é endoscopia digestiva alta?
A endoscopia digestiva alta (EDA) é um exame cujo objetivo é visualizar diretamente
a parte superior do trato gastrointestinal, composta pelo esôfago, estômago e o
duodeno (primeira porção do intestino delgado).

A endoscopia também pode ser chamada de esofagogastroduodenoscopia, pois é um


exame endoscópico que permite a visualização direta do interior do esôfago,
estômago e duodeno.

A EDA é um procedimento habitualmente feito pelo médico gastroenterologista e pode


ser usada tanto como meio diagnóstico quanto para tratamento de diversos problemas
do sistema digestivo alto.

Como é o aparelho de endoscopia digestiva?

O exame é feito através um aparelho chamado endoscópio, um longo e fino tubo


flexível que possui um câmera na sua extremidade, permitindo que o interior dos
órgãos digestivos sejam filmados. Os endoscópios atuais têm alta definição de
imagem e podem filmar em HDTV.

Os endoscópios modernos têm cerca de 1 metro de comprimento e 8 a 11 milímetros


(0,8 a 1,1 cm) de diâmetro. Já existem endoscópios ultrafinos que possuem apenas
0,5 cm de diâmetro.

O endoscópio possui uma câmera de alta resolução e uma fonte de luz própria, que
serve para iluminar o interior dos órgãos. O aparelho também é capaz de aspirar e
injetar água para limpar secreções que possam estar atrapalhando a visualização
direta da mucosa do esôfago, estômago ou duodeno.

A endoscopia digestiva não serve apenas para ver e filmar o interior do esôfago,
estômago e duodeno, ela também pode ser usada para realização de biópsias e
tratamento de alguns problemas, como úlceras ou varizes sangrantes.

Através do endoscópio é possível introduzir uma série de ferramentas, como pinças


de biópsia, laços, agulhas, sondas para escleroterapia ou eletrocautério, balão para
dilatação, redes e cestos. Deste modo, uma variedade de procedimentos podem ser
realizados durante a endoscopia digestiva alta.
Indicações

A endoscopia digestiva alta é um procedimento habitualmente indicado nas seguintes


situações:

• Investigação de quadros de dor ou desconforto inexplicável no abdome


superior.
• Avaliação da gravidade da doença do refluxo gastroesofágico, que não
responde ao tratamento clínico inicial.
• Exame de rastreio de câncer em pacientes com diagnóstico prévio de
esôfago de Barrett.
• Investigação de quadro de náuseas e vômitos persistentes.
• Avaliação e possível tratamento para quadros de sangramentos do trato
gastrointestinal superior (como vômitos com sangue ou sinais de sangue
digerido nas fezes, sugerindo o estômago como causa).
• Investigação de varizes de esôfago em pacientes com cirrose e/ou
hipertensão portal.
• Investigação de quadros de anemia por carência de ferro sem causa
definida.
• Investigação de quadros de dificuldade de engolir alimentos ou sensação
de comida entalada no esôfago.
• Remoção de corpo estranho acidentalmente engolido.
• Avaliar gravidade da lesão do esôfago em pacientes que ingeriram soda
cáustica, água sanitária (lixívia) ou qualquer outra substância corrosiva.
• Avaliar cura ou evolução de pólipos, tumores ou úlceras encontradas em
endoscopias anteriores.

A endoscopia digestiva alta também pode ser usada para diagnosticar infecções
pela bactéria H.pylori, apesar de já existirem outros métodos diagnósticos menos
invasivos que podem ser usados em substituição à endoscopia.

Preparação

Para maximizar os resultados e diminuir os riscos de complicações, todo paciente que


será submetido a uma endoscopia digestiva deve realizar uma preparação para o
exame.

O paciente que tem uma endoscopia digestiva alta programada não deve se alimentar
nas 4 a 8 horas que antecedem o exame. O tempo certo será decidido pelo
gastroenterologista, de acordo com a situação clínica do paciente.

Água pode ser ingerida até 2 horas antes do procedimento. É importante que o
estômago esteja vazio para que não haja risco do paciente vomitar durante o exame e
para que o médico possa visualizar todo interior sem ser atrapalhado por restos de
alimentos.
A maioria dos medicamentos pode ser mantida até o momento da endoscopia,
devendo apenas se ter o cuidado de tomá-los com pequenos goles de água para não
chegar na hora do exame com o estômago cheio.

Alguns remédios podem necessitar de ajustes na dose, tais como medicamentos


para a diabetes, devido ao jejum que deve ser feito por até 8 horas antes da
endoscopia.

A decisão de suspender medicamentos antiplaquetários (ex: clopidogrel ou ticlopidina)


ou anticoagulantes (ex: heparina ou varfarina) deve ser individualizada, tendo em
conta o risco de hemorragia durante a endoscopia. Os pacientes que usam aspirina
em dose baixa geralmente não precisam suspendê-la antes do procedimento.

Não é preciso tomar antibióticos antes de se fazer uma endoscopia digestiva, mesmo
nos pacientes com risco de endocardite infecciosa.

Obviamente, se a endoscopia for indicada de urgência, como nos pacientes com


sangramento digestivo ativo, o exame acaba sendo realizado sem preparo algum.

Sedação e anestesia

A endoscopia digestiva alta pode ser feita com ou sem sedação. Na maioria dos
casos, o exame é feito com o paciente acordado, apenas com uma leve sedação e um
analgésico opioide (da família da morfina). Um spray anestésico também costuma ser
usado na garganta para o paciente tolerar melhor a passagem do endoscópio.

Muitos pacientes acabam dormindo durante o exame e outros encontram-se tão


relaxados que quase não se incomodam com o procedimento.

Os endoscópios ultrafinos podem ser introduzidos através do nariz e não necessitam


de sedação, pois causam mínimo desconforto.

Ao final da endoscopia, o paciente permanece sendo observado por um curto período


de tempo, geralmente inferior a uma hora, enquanto o efeito da medicação sedativa
desaparece.

Alguns dos medicamentos usados podem causar alguma sensação temporária de


cansado ou dificuldade de concentração. O paciente costuma ser instruído a não
dirigir e não voltar a trabalhar até o dia seguinte.

O desconforto mais comum após o exame é uma sensação de distensão abdominal,


que ocorre como resultado do ar introduzido durante o exame. Este incomodo
geralmente se resolve rapidamente.

Algumas pessoas podem se queixar de uma leve dor de garganta após o exame. A
maioria dos pacientes são capazes de comer logo após chegarem em casa.
Como é feita a endoscopia digestiva alta?

A endoscopia é um exame relativamente rápido, com duração total de 15 a 30


minutos. Não é preciso internação hospitalar, e o paciente pode voltar para casa logo
após o final do exame.

Para realizar a endoscopia digestiva, o paciente é colocado de lado e uma veia do


braço é puncionada para administração de medicamentos sedativos e analgésicos.
Um protetor bucal de plástico costuma ser colocado entre a boca e o endoscópio para
impedir o paciente de mordê-lo.

O exame inicia-se com a introdução do endoscópio pela boca, sendo empurrado


lentamente através da orofaringe, esôfago, estômago e duodeno. Enquanto avança
ao longo do sistema digestivo, o gastroenterologista vai avaliando o estado da
mucosa e procurando por lesões. O endoscópio é introduzido apenas no trato
digestivo, não havendo nenhuma interferência no trato respiratório; o paciente não
sente dificuldade alguma em respirar.

Caso encontre lesões suspeitas, o médico pode realizar biópsias, retirando pequenos
pedaços da mucosa para posterior avaliação por um médico patologista. A biópsia é
procedimento indolor. Se o médico encontrar pólipos, os mesmos podem ser
retirados. No caso de lesões sangrantes, o gastroenterologista pode cauterizar a
lesão, estancando a perda de sangue. O endoscópio também serve para dilatar
constrições do esôfago ou para retirar objetos estranhos que tenham sido engolidos.

Complicações

A endoscopia digestiva é um procedimento bastante seguro, com baixo risco de


complicações na maioria dos pacientes. A atual taxa de complicações de 0,0002%
nas endoscopias apenas diagnósticas e 0,15% nas endoscopias em que uma
intervenção é realizada. O risco de perfuração do esôfago ou estômago é menor que
0,03%.

Se os aparelhos forem devidamente esterilizados, seguindo protocolos internacionais,


não há risco de contrair infecções, como hepatite ou HIV após uma endoscopia
digestiva. Aline Dantas
O que é a colonoscopia?
A colonoscopia é um exame cujo o objetivo é permitir que o médico
gastroenterologista possa olhar diretamente para dentro do cólon, também conhecido
como intestino grosso. Para tal, é usado um aparelho endoscópico chamado
colonoscópio.

O colonoscópio é um longo e fino tubo flexível, com comprimento que pode chegar até
aproximadamente 185 cm e um diâmetro que varia entre 1,0 e 1,3 cm.

A colonoscopia é feita através da introdução do colonoscópio pelo ânus e progressão


do mesmo até o início do cólon e final do intestino delgado. O aparelho é semelhante
ao endoscópio utilizado na endoscopia digestiva feita para avaliar esôfago e
estômago.

Na extremidade do colonoscópio há uma microcâmera que transmite em tempo real


as imagens para um monitor, permitindo que o médico veja e grave o que ocorre
dentro do intestino grosso. Os últimos centímetros do colonoscópio são articulados e
podem girar em vários ângulos, para facilitar a visualização de todo o interior do cólon.

A colonoscopia é um procedimento endoscópico que fornece informações que os


testes radiológicos comuns podem não ser capazes de dar. A colonoscopia tem a
vantagem de poder ser usada tanto para fins diagnósticos como para tratamento de
algumas doenças que acometem o cólon e o reto.

O colonoscópio também permite que o médico introduza uma espécie de pinça, que
pode ser usada para fazer biópsias e remover lesões suspeitas, como pólipos.
O que é retossigmoidoscopia?

A retossigmoidoscopia é uma variação da tradicional colonoscopia, sendo feita com


um aparelho mais curto, que só vai até o final do cólon descendente (segmento em
amarelo na ilustração acima).

A retossigmoidoscopia permite a visualização do reto, sigmoide e cólon descendente,


que são as regiões do intestino que mais frequentemente apresentam lesões
tumorais.

Razões para se fazer uma colonoscopia

Como a colonoscopia permite a visualização direta do interior do intestino, ela


costuma ser indicada como meio diagnóstico para uma variedade de condições do
trato intestinal. As razões mais comuns para se indicar a realização de uma
colonoscopia são:

• Exame de rastreio para o câncer de cólon.


• Investigação de sangramento intestinal.
• Investigação de alterações nos hábitos intestinais, como diarreia
persistente.
• Investigação de anemia por carência de ferro.
• Como exame de acompanhamento de pessoas com pólipos intestinais.
• Investigação de dor abdominal crônica e sem causa aparente.
• Confirmação de resultados anormais em exames não invasivos, como
radiografias, tomografia computadorizada ou ultrassonografia.

Como é o preparo?

Antes de colonoscopia, o cólon deve estar completamente limpo para que o médico
possa ver a mucosa do cólon sem interferências. A maioria dos pacientes considera a
preparação mais desagradável do que o exame em si.

O preparo começa com uma dieta livre de alimentos sólidos na véspera do exame.
Para limpar o cólon, é habitual a utilização de um laxante forte para tomar na noite
anterior ao exame. Alguns médicos também indicam a realização de um enema para
ajudar na limpeza.

Após a toma do laxante, o protocolo de limpeza indica consumo de grande quantidade


de líquido, geralmente de 1,5 a 2 litros ao longo de 2 horas. Cerca de 6 horas antes
do exame, o esquema costuma repetido. Cada instituição tem um protocolo próprio
que deve ser seguido a risca.

O objetivo é mesmo causar uma forte diarreia, de modo que não sobre restos de
fezes no cólon, capazes de atrapalhar a colonoscopia.

É importante beber bastante líquido na véspera. Os mais indicados são:


• Suco de frutas coado.
• Água.
• Café puro.
• Chá comum.
• Bebidas esportivas, como Gatorade.
• Gelatina.

Deve-se evitar refrigerantes, leite ou qualquer líquido de coloração avermelhada ou


com gás. Também deve-se evitar realizar a hidratação somente com água. O ideal é
misturar diversos tipos de líquido.

Sedação

A colonoscopia pode ser feita sem sedação, com sedação leve ou com sedação mais
profunda. Quando uma sedação mais profunda é desejada, geralmente um
anestesiologista é chamado para acompanhar o exame.

O grau de sedação é decidido de acordo com o nível de ansiedade do paciente, da


sua capacidade de colaborar durante o exame e das condições do seu estado clínico.
Pacientes obesos, com doenças cardíacas ou pulmonares, por exemplo, toleram mal
sedações mais agressivas. O ideal é sempre realizar o exame com o mínimo de
sedação necessário para que o paciente sinta-se bem e permita a realização
adequada da colonoscopia. Em geral, os pacientes ficam sonolentos, mas mantêm-se
acordados.

Como é feito o exame de colonoscopia?

Na hora do exame o paciente será colocado de lado e ficará com seus sinais vitais
monitorizados. Uma enfermeira irá pegar uma veia para administração de soro e
medicamentos. Quando o paciente estiver relaxado e adequadamente sedado, o
exame terá início.

O médico irá introduzir o colonoscópio através do ânus, progredindo lentamente pelo


reto e depois cólon, conforme vai injetando gás carbônico para insuflar as alças
intestinais. Durante o exame o médico pode pedir para o paciente fazer pequenos
movimentos com o corpo de modo a facilitar a passagem do colonoscópio.

Se durante o procedimento o médico identificar pólipos, os mesmo podem ser


retirados pelo colonoscópio. Do mesmo modo, lesões suspeitas podem ser biopsiadas
para melhor avaliação por um médico patologista à procura de sinais de câncer. O
resultado da avaliação do material retirado costuma demorar alguns dias para ser
liberado.

O exame demora entre 20 e 60 minutos. Se a limpeza do cólon não estiver


satisfatória, o médico costuma optar por interromper o exame, remarcando-o para
outra data.
O sedativo leva tempo para desaparecer completamente. Os pacientes podem ter que
permanecer na clínica durante 1 a 2 horas após o fim da colonoscopia. A recuperação
total da sedação só está prevista para o dia seguinte. Por isso, o paciente deve
sempre ir acompanhado para o exame, pois alguém terá que ajudá-lo a voltar para
casa. O paciente não deve mais trabalhar, dirigir veículos, nem operar máquinas
pesadas neste dia.

Após chegar em casa o paciente pode lanchar ou jantar, se assim desejar. Se o


médico tiver retirado um ou mais pólipos é possível que ele indique uma dieta especial
para os próximos dias. Nos casos em que houve retirada de pólipos ou biópsia de
lesões suspeitas, uma pequena quantidade de sangue nas primeiras fezes após o
exame é normal. Todavia, grandes quantidade de sangue e/ou sangramento
persistente nas fezes não são habituais e devem ser comunicados ao médico.

Cólicas e eliminação de flatos podem ocorrer durante uma ou duas hora após o
procedimento. Se o paciente ainda estiver cheio de gases ao chegar em casa, andar
ajuda a eliminá-los.

Aline Dantas
O que é uma biópsia?
A biópsia é um procedimento que consiste na extração de uma amostra de tecidos ou
células para posterior estudo em laboratório. É frequentemente utilizada para
diagnosticar se um tumor é benigno ou maligno, bem como acompanhar a possível
evolução de uma determinada doença crônica.
Se confirmada a malignidade de uma lesão, o exame é capaz de rastrear dados
importantes para o diagnóstico e tratamento, como a taxa de crescimento e severidade
do problema.
Quando fazer uma biópsia?
A biópsia normalmente é solicitada pelo médico, não apenas em casos de suspeita de
neoplasia — tumor causado por crescimento celular anormal — em diferentes órgãos
e partes de corpo, mas também para investigar verrugas, manchas na pele ou outras
doenças infecciosas e autoimunes.
Normalmente, primeiro são feitos exames laboratoriais menos invasivos, como os de
sangue e de imagem, e logo após para dar continuidade à investigação, uma biópsia
poderá ser solicitada.
O exame também pode ser necessário a fim de descartar a hipótese de outras doenças,
proporcionar um diagnóstico mais preciso e auxiliar na escolha do tratamento
adequado.
Como é a preparação para o exame?
A preparação será indicada pelo profissional responsável pelo exame, a depender do
tipo e do órgão a ser analisado. Em alguns casos é preciso jejum e suspensão do uso
de medicamentos de rotina.
Quais são os tipos mais comuns de biópsia?
Muitos fatores podem influenciar a escolha de um determinado tipo de biópsia, como
local da lesão, formato e indicação médica. Essas classificações se dividem de acordo
com a forma que o exame é feito, podendo ser cirúrgica ou não cirúrgica. São elas:
• Externas, através da pele ou mucosas, ou internas, feitas através de raio-x,
punção ou endoscopia, em órgãos maciços ou ocos;
• Do tipo incisional, em que apenas uma parte da lesão ou tumor é removida ou
do tipo excisional, em que a lesão ou o tumor são removidos inteiramente através de
um procedimento cirúrgico mais complexo que exige anestesia geral ou local,
principalmente em casos de suspeita de melanoma.
• Podem ser através de agulhas, como a punção e aspiração com agulha fina
(PAAF), em que são retiradas as células e líquido de glândulas como tireoide e mama;
é considerada menos invasiva, porém o diagnóstico pode ser impreciso. Ou punção e
aspiração com agulha grossa (PAAG), em que mais amostras são retiradas do tecido
glandular, aumentando a probabilidade de precisão. Geralmente feita com anestesia
local.
Como é a recuperação pós exame?
Normalmente o paciente pode retomar as suas atividades logo após o fim do exame.
Porém, é fundamental consultar o profissional responsável, já que em alguns casos é
necessário o repouso. Também é importante ficar atento a possíveis hematomas, dores
ou desconforto no local do exame. Aline Dantas
Nutrição parenteral: o que é, para que serve e como administrar
A nutrição parenteral, ou parentérica (NP), é um método de administração de nutrientes
que é feito diretamente na veia, quando não é possível obter os nutrientes através da
alimentação normal. Assim, este tipo de nutrição é utilizada quando a pessoa já não
tem um trato gastrointestinal funcionando corretamente, o que mais frequentemente
acontece em pessoas em estado muito crítico, como é o caso de câncer do estômago
ou intestino em fase muito avançada, por exemplo parenteral: o que é, para que serve
e como administrar.

Existem dois tipos principais de nutrição parenteral:


Nutrição parenteral parcial: são administrados apenas alguns tipos de nutrientes e
vitaminas através da veia;
Nutrição parenteral total (NPT): são administrados todos os tipos de nutrientes e
vitaminas através da veia.
Geralmente, as pessoas que estão fazendo este tipo de alimentação também se
encontram internadas no hospital, para manter uma avaliação contínua do seu estado
de saúde, no entanto, é possível que, em alguns casos, a nutrição parenteral também
seja feita em casa e, nessas situações, o médico ou o enfermeiro devem explicar como
administrar a alimentação corretamente.

Quando é indicada
A nutrição parenteral é utilizada com o objetivo de evitar a malnutrição, principalmente
em pessoas que, por algum motivo, não têm um trato gastrointestinal funcional ou que
precisam dar descanso para o estômago ou intestino.
Por esse motivo, a nutrição parenteral também é indicada quando a alimentação por
via oral, mesmo com sonda, não pode ser feita em condições ótimas por mais de 5 ou
7 dias.
A indicação deste tipo de nutrição pode ainda ser feita por curto prazo, quando é feita
por até 1 mês, ou a longo prazo, dependendo da situação de cada pessoa:
Curto prazo (até 1 mês) Longo prazo (mais de 1 mês)
Remoção de grande parte do intestino Delgado
• Síndrome do intestino curto
• Fístula enterocutânea de alto débito
• Pseudo oclusão crônica do intestino
• Enterotomia proximal
• Doença de Crohn grave
• Mal formações congênitas graves
• Cirurgia múltiplas
• Pancreatite ou doença inflamatória intestinal grave
• Atrofia da mucosa do intestino com má-absorção persistente
• Doença ulcerativa crônica Fase paliativa do câncer
• Síndrome de supercrescimento bacteriano (SBID)
• Enterocolite necrosante
• Complicação da doença de Hirschsprung
• Doenças metabólicas congênitas
• Queimaduras extensas, traumatismos graves ou cirurgias complexas
• Transplante de medula óssea, doenças do sangue ou câncer
• Insuficiência renal ou hepática que afeta o intestino
Como administrar a nutrição parenteral
Na maior parte das vezes, a nutrição parenteral é feita pela equipe de enfermagem no
hospital, no entanto, quando é preciso fazer a administração em casa é importante que
primeiro se avalie a bolsa da alimentação, garantindo que está dentro do prazo de
validade, que a bolsa se mantém intacta e que mantém as características normais.
Depois, no caso de administração por um cateter periférico, deve-se seguir o passo-a-
passo:
• Lavar as mãos com água e sabão;
• Parar qualquer infusão de soro ou medicamento que esteja sendo administrada
pelo cateter;
• Desinfectar a conexão do sistema de soro, utilizando uma compressa
esterilizada com álcool;
• Retirar o sistema de soro que estava no local;
• Injetar lentamente 20 mL de soro fisiológico;
• Conectar o sistema da nutrição parenteral.
Todo este procedimento deve ser feito com a utilização do material indicado pelo
médico ou enfermeiro, assim como uma bomba de administração calibrada que garanta
que a alimentação é fornecida na velocidade correta e pelo tempo indicado pelo
médico.
Este passo-a-passo também deve ser ensinado e treinado com o enfermeiro no
hospital, para tirar todas as dúvidas e garantir que não surgem complicações.
O que ficar atento durante a administração
Durante a administração da nutrição parentérica é importante ir avaliando o local de
inserção do cateter, avaliando a presença de inchaço, vermelhidão ou dor. Caso surja
algum desses sinais, é aconselhado parar a alimentação parenteral e ir no hospital.

Tipo de nutrição parenteral


O tipo de nutrição parenteral pode ser classificada de acordo com a via de
administração:
Nutrição parenteral central: é feita através de um cateter venoso central, que é um
pequeno tubo que é colocado dentro de uma veia de grande calibre, como a veia cava,
e que permite a administração de nutrientes por um período superior a 7 dias;
Nutrição parenteral periférica (NPP): é realizada através de um cateter venoso
periférico, que é colocado em uma veia menor do corpo, geralmente no braço ou mão.
Este tipo é mais indicado quando a nutrição é mantido por até 7 ou 10 dias, ou quando
não é possível colocar um cateter venoso central.
A composição das bolsas usadas na nutrição parenteral pode variar de acordo com
cada caso, mas geralmente inclui gorduras, glicose e aminoácidos, assim como água
e vários sais minerais e vitaminas.

Possíveis complicações
As complicações que podem surgir com a nutrição parenteral são muito variadas e, por
isso, é sempre importante seguir todas as orientações feitas pelo médico e outros
profissionais de saúde.

Os principais tipos de complicações podem ser agrupados de acordo com a duração


da NP:
1. Curto prazo
A curto prazo, as complicações mais frequentes incluem aquelas relacionadas com a
colocação do cateter venoso central, como pneumotórax, hidrotórax, hemorragia
interna, lesão dos nervos do braço ou lesão no vaso sanguíneo.
Além disso, pode ainda acontecer infecção da ferida do cateter, inflamação do vaso
sanguíneo, obstrução do cateter, trombose ou infecção generalizada por vírus,
bactérias ou fungos.
A nível metabólico, a maior parte das complicações incluem alterações dos níveis de
açúcar no sangue, acidose ou alcalose metabólica, diminuição dos ácidos graxos
essenciais, alterações dos eletrólitos (sódio, potássio, cálcio) e aumenta da ureia ou da
creatinina.

2. Longo prazo
Já quando a nutrição parentérica é usada por um longo prazo, as principais
complicações incluem alterações no fígado e vesícula, como fígado gordo, colecistite e
fibrose portal. Por esse motivo, é comum que a pessoa apresente aumento das
enzimas hepáticas nos exames de sangue (transaminase, fosfatase alcalina, gama-GT
e bilirrubina total).
Além disso, pode ainda acontecer deficiência de ácidos graxos e de carnitina, alteração
da flora intestinal e atrofia das velosidades e musculatura intestinal.
Denise Ferreira
CONCLUSÃO

O Sistema digestivo ou sistema digestório é o sistema responsável por obter os


alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo,
como crescimento, energia para reprodução, locomoção e outros...
É composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão.
Bianca Rocha

Hepatite A é uma infecção causada pelo vírus (Hav) da hepatite, conhecida como
"hepatite infecciosa" causando inflamação no fígado e alguns sintomas fadiga, mal-
estar, febre entre outros...
A transmissão da hepatite A é fecal — Oral, em alimentos, águas inseguros,
saneamento básico, higiene pessoal, contato com pessoa próximo, contato sexual. O
Diagnóstico pode ser feito por exame de sangue, e não a tratamento específico para
hepatite A. Para isso é importante manter sempre alguns cuidados e higiene básicos
lavando as mãos, usar preservativos e tomando a vacina que é altamente eficaz e
segura. Bianca Rocha

Sonda Nasoenteral (SNE) tem como função alimentação do paciente, é passada da


narina até o intestino tem calibre mais fino causando menos trauma ao esôfago,
necessitando de controle de raio x para a verificação do local da sonda. Tem os
materiais necessários, procedimentos e os cuidados da enfermagem com a sonda
nasoenteral regulamentada pelo conselho federal de enfermagem (Cofen).
Bianca Rocha

Úlcera péptica é decorrente de uma lesão consequente de um desbalanço das forças


que atuam no nosso trato gastrointestinal, é baseado nos sintomas de dores gástricas
e nos resultados de um exame do estômago realizado pela inserção de um tubo
flexível para visualização (endoscopia digestiva alta) e exames de Helicobacter pylori.
Gabriella Ciriaco

A gastrostomia é uma cirurgia realizada para a colocação de um pequeno tubo flexível,


conhecido como sonda, através da pele da barriga diretamente até ao estômago,
para permitir a alimentação e fornecimento de nutrientes nos casos em que a pessoa
não consegue se alimentar pela boca. Gabriella Ciriaco

Concluir que a hemorragia digestiva alta e um sangramento, causados por uso


excessivo de álcool, fumo e o uso prolongado de anti- flamatorios. Mas com tratamento,
exames, adequados obtemos bons resultados. Debora Brito
Conclusão: Conclui-se que o câncer gástrico é caracterizado como a mais frequente
neoplasia do aparelho digestivo, sendo uma patologia de origem multifatorial que se
desenvolve a partir de lesões na mucosa gástrica causadas pela ação de fatores
endógenos e exógenos durante um período de tempo prolongado. Apresenta alta taxa
de mortalidade devido ao diagnóstico ser usualmente realizado em estágios avançados
da doença, pois a maioria dos pacientes sintomáticos encontram-se nesse estágio
Aline Dantas

Conclui-se que o câncer do intestino ou câncer colorretal é um tumor que pode surgir
no intestino grosso, também chamada de cólon ou no reto. Na maioria dos casos, pode
ser tratado e curado , principalmente se detectado precocemente. É muito importante
reconhecer os principais sintomas dos tumores do reto e intestino, para que o
diagnóstico possa ser realizado o mais precoce possível. Aline Dantas

A Endoscopia é um exame de grande importância para o diagnóstico de diversas


doenças. Com ela é possível identificar problemas como inflações (esofagite, gastrite,
colite), tumores, focos e sangramento, entre outros. O exame analisa a mucosa do
esôfago, estômago e o duodeno (1ª parte do intestino delgado). Aline Dantas

A colonoscopia é o principal exame recomendado pelos médicos para rastrear e


prevenir o câncer colorretal, tumores que afetam o cólon (parte central do intestino
grosso) e o reto (parte final do intestino grosso). Atualmente, essa doença é a terceira
maior causa de mortes por câncer no Brasil e no mundo. Aline Dantas

Por meio da biópsia, é possível saber qual é o tipo de câncer, onde o tumor se originou,
de que forma ele se desenvolveu e se houve ou não metástase. Ela revela se há
alterações na forma e tamanho das células, sendo útil não só no diagnóstico de câncer,
como também na verificação de outros problemas de saúde, como doenças
inflamatórias e infecciosas. A partir da biópsia, há como saber se o tumor é primário, se
as manifestações cancerígenas são reincidentes de uma primeira lesão ou se são um
novo câncer. Aline Dantas

Conclui que :A hérnia hiatal pode levar o ácido do estômago a subir para o esôfago,
gerando um refluxo acima da quantidade normal e assim causando lesões no
revestimento interno do esôfago. Os sintomas da DRGE podem incluir: Azia,
especialmente depois de comer ou deitar: pirose; Disfagia (dificuldade em engolir);
Sabrina França
A hemorragia digestiva baixa é todo sangramento que ocorre a partir do ângulo de
Treitz, ou seja, da flexura duodenojejunal. A principal manifestação clínica desse
quadro é a hematoquezia, que corresponde à eliminação de sangue vivo nas fezes.
Dentre as principais causas de sangramento, temos a doença diverticular, a
angiodisplasia, o câncer colorretal e as doenças inflamatórias intestinais, como a
retoculite ulcerativa e a doença de Crohn. Denise Ferreira

A nutrição parenteral é dada como uma solução líquida diretamente no fluxo sanguíneo.
Ela fornece as calorias e os nutrientes de que o paciente precisa. A nutrição parenteral
pode ser usada para suporte nutricional parcial ou completo. O suporte nutricional
completo é conhecido como nutrição parenteral total (NPT). Denise Ferreira
Bibliografia

Sistema Digestório: função, órgãos e resumo completo - Toda Matéria


(todamateria.com.br)

http://www.tuasaude.com/

Doenças da sintomática ao plano de alta (Livro)

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hepatites-
virais/hepatite-a

https://www.souenfermagem.com.br/fundamentos/sonda-nasoenteral-sne/

https://www.rededorsaoluiz.com.br/

https://hospitaligesp.com.br/cancer-de-estomago-saiba-mais-sobre-essa-
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https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/endoscopia-digestiva-alta/

https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/colonoscopia/

https://digem.com.br/blog/biopsia/

https://www.sanarmed.com/cancer-de-intestino-sintomas-diagnostico-
tratamento-e-prevencao-posmfc

Sanar saúde.com

https://nutritotal.com.br/pro/o-que-a-nutria-a-o-parenteral-perifa-rica/

https://www.sanarmed.com/saiba-tudo-sobre-a-hemorragia-digestiva-baixa

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