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Índice

Introdução.................................................................................................................................2

1.Sistema digestivo...................................................................................................................3

1.2. Saliva e Peristaltismo.........................................................................................................5

1.2.1 Estômago e Suco gástrico................................................................................................5

1.2.2.Harmónios.......................................................................................................................6

1.2.3.Intestino delgado, Suco pancreático e Bile......................................................................6

1.2.4.Absorção de nutrientes no intestino delgado...................................................................7

1.2. Intestino grosso..................................................................................................................7

Conclusão.................................................................................................................................8

Referências bibliográficas........................................................................................................9

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Introdução

O presente trabalho de investigação tem como tema central: “o sistema digestivo”,


considerado como o processamento garantido graças à acção dos vários órgãos que
compõem o canal alimentar, bem como pela presença de glândulas acessórias, que
sintetizam substâncias que são essenciais no processo de digestão, composto por órgãos que
actuam juntos para permitir a absorção da maior quantidade de nutrientes possíveis dos
alimentos ingeridos.

Neste contexto, o trabalho tem como objectivo geral compreender o funcionamento do


aparelho digestivo. Tem-se também objectivos específicos: descrever as funções dos órgãos
do sistema digestivo, incluindo a Saliva e Peristaltismo; Estômago e Suco gástrico;
Harmónios; Intestino delgado, Suco pancreático e Bile; Intestino grosso, etc.

Vale salientar que a pesquisa escolhida a ser realizada neste trabalho é classificada como
bibliográfica. Este tipo de pesquisa se realiza através de um trabalho de investigação de
materiais, técnicas e conhecimentos teóricos já instituídos que se implementados na prática
poderão confirmar o que está sendo proposto.

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1.Sistema digestivo

De acordo com Junqueira e Carneiro (2008) O sistema ou aparelho digestivo (também


chamado sistema digestório) é o sistema que, nos animais, é responsável por obter dos
alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, como
crescimento, energia para reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de
órgãos que têm por função a realização da digestão.

O tubo digestivo apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esófago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso e ânus. A parede do tubo digestivo tem a mesma estrutura da boca
ao ânus, sendo formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.

Fig.1: Órgãos do sistema digestório

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-digestivo.htm

1.1.Funções dos órgãos do sistema digestivo

Segundo Tortora (2000) na boca, que é rodeada pelos lábios, são encontrados os dentes e a
língua. Os dentes estão relacionados com a quebra de alimentos em partículas menores em
um processo chamado de mastigação. Essas estruturas apresentam-se em várias formas
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diferentes (incisivos, caninos, pré-molares e molares), cada uma adaptada a uma função
específica. É importante destacar que, caso um dente se apresente defeituoso, pode
comprometer seriamente o processo de digestão.

A língua também é uma estrutura encontrada na boca e possui relevância no processo de


digestão, uma vez que mistura o alimento triturado com a saliva e empurra-o para trás para
que ocorra a deglutição. Além disso, é importante para a percepção de sabores.

Ao ser deglutido, o bolo alimentar segue para a faringe, uma porção comum ao sistema
digestório e respiratório. É essa estrutura musculosa que permite que respiremos pela boca.

Logo após a faringe, encontramos o esófago, um tubo longo, de aproximadamente 25


centímetros, que atravessa o diafragma e liga-se ao estômago. Essa estrutura está situada
atrás da traqueia e antes da coluna vertebral. A sua porção final funciona como um esfíncter,
que se abre apenas com a chegada de uma onda peristáltica.

Depois do esófago, temos o estômago, a porção mais dilatada do tubo digestivo. Esse órgão
está localizado logo abaixo do diafragma e pode ser dividido em três partes básicas: o
fundo, o corpo e a porção pilórica. O fundo é a parte superior do estômago e está mais
deslocado para a esquerda. O corpo, por sua vez, é a porção central do órgão. Já a porção
pilórica é a região final, que está situada antes do local de junção desse órgão com o
duodeno. A abertura que liga o estômago ao esófago recebe o nome de cárdia, enquanto a
abertura que liga o estômago ao duodeno recebe o nome de piloro (Santos, 2014).

O intestino delgado inicia-se logo após o esfincter pilórico e possui aproximadamente 6,5


m. Pode ser dividido em três partes: o duodeno, o jejuno e o íleo. É nesse local que ocorre a
maior absorção de nutrientes, graças às especializações da mucosa: pregas circulares,
vilosidades e microvilosidades. As pregas são dobras grandes e permanentes. Já as
vilosidades são pequenas projecções digitiformes. As microvilosidades, por sua vez, são
projecções na superfície livre das células epiteliais.
Ligado ao intestino delgado, temos o intestino grosso, uma estrutura de aproximadamente
1,5 m de comprimento, que, diferentemente do intestino delgado, não apresenta vilosidades
e microvilosidades. Pode ser dividido em: ceco, cólon, reto e canal anal.

No ceco, uma estrutura em forma de bolsa alongada, encontra-se o apêndice


vermiforme, uma estrutura considerada como um órgão vestigial nos humanos. Após o
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ceco, há o cólon, que possui formato de U invertido e pode ser dividido em cólon
ascendente, transversal, descendente e sigmoide. Por fim, temos o reto que termina no ânus.

1.2. Saliva e Peristaltismo

A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os


em moléculas de maltose (dissacarídeo). Os sais, na saliva, neutralizam substâncias ácidas e
mantêm, na boca, um pH levemente ácido (6, 7), ideal para a acção da ptialina. O alimento,
que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe,
sendo encaminhado para o esófago, impulsionado pelas ondas peristálticas, levando entre 5 e
10 segundos para percorrer o esófago. Através do peristaltismo, você pode ficar de cabeça
para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em acção um
mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.

Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o
interior do estômago.

1.2.1 Estômago e Suco gástrico

De acordo com Junqueira & Carneiro (2008) o estômago, o alimento é misturado com a
secreção estomacal, o suco gástrico (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas). A
pepsina decompõe as proteínas em peptídeos pequenos. A renina, produzida em grande
quantidade no estômago de recémnascidos, separa o leite em fracções líquidas e sólidas.

Apesar de estarem protegidas por uma densa camada de muco, as células da mucosa
estomacal são continuamente lesadas e mortas pela acção do suco gástrico. Por isso, a
mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja
totalmente reconstituída a cada três dias.

O estômago produz cerca de três litros de suco gástrico por dia. O alimento pode permanecer
no estômago por até quatro horas ou mais e se mistura ao suco gástrico auxiliado pelas
contracções da musculatura estomacal. O bolo alimentar transforma-se em uma massa
acidificada e semilíquida, o quimo. Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo
vai sendo aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a parte mais importante da
digestão.

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1.2.2.Harmónios

Durante a digestão, são produzidos certos harmónios essenciais ao processo digestivo. No


estômago, ocorre a formação de gastrina, harmónio cuja função é estimular a produção de
ácido clorídrico.

Já no intestino, ocorre a produção de três harmónios essenciais ao processo digestivo. A


secretina atua sobre o pâncreas, estimulando a liberação de bicarbonato, enquanto que o
hormônio colecistoquinina estimula a liberação de bile pela vesícula biliar e a liberação de
enzimas pelo pâncreas. Por fim, o harmónio enterogastrona atua sobre o estômago, inibindo
o peristaltismo estomacal.

1.2.3.Intestino delgado, Suco pancreático e Bile

O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro
e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo
(cerca de 1,5 cm). A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas
primeiras porções do jejuno.

No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas
enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e
armazenada na vesícula biliar.

O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou
emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas). O suco
pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de
bicarbonato de sódio.

O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela
hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e
ácidos nucléicos. A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em
enzimas e de pH aproximadamente neutro.

No sucoentérico há enzimas que dão sequência à hidrólise das proteínas. No intestino, as


contracções rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o

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quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo
transformado em quilo.

1.2.4.Absorção de nutrientes no intestino delgado

O álcool etílico, alguns sais e a água podem ser absorvidos directamente no estômago. A
maioria dos nutrientes é absorvida pela mucosa do intestino delgado, de onde passam para a
corrente sanguínea. Aminoácidos e açúcares atravessam as células do revestimento intestinal
e passam para o sangue, que se encarrega de distribuí-los a todas as células do corpo. O
glicerol e os ácidos graxos resultantes da digestão de lipídios são absorvidos pelas células
intestinais, onde são convertidos em lipídios e agrupados, formando pequenos grãos, que são
decretados nos vasos linfáticos das vilosidades intestinais, atingindo a corrente sanguínea.

Depois de uma refeição rica em gorduras, o sangue fica com aparência leitosa, devido ao
grande número de gotículas de lipídios. Após uma refeição rica em açúcares, a glicose em
excesso presente no sangue é absorvida pelas células hepáticas e transformada em
glicogénio e sendo convertida em glicose novamente assim que a taxa de glicose no sangue
cai.

1.2. Intestino grosso

É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das
secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes,
facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.

Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em


dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger
o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.

As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas,


contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença
torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. Como o intestino grosso absorve muita
água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis. A distensão provocada
pela presença de fezes estimula terminações nervosas do reto, permitindo a expulsão de
fezes, processo denominado defecação (Junqueira & Carneiro, 2008).

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Conclusão

Com o trabalho conclui-se que o sistema digestório é composto por órgãos que actuam
juntos para permitir a absorção da maior quantidade de nutrientes possíveis dos alimentos
ingeridos. Ele é formado pelos seguintes órgãos: boca, faringe, esófago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso e ânus. Além disso, está ligado a glândulas que lançam sua
secreção no interior do tubo digestório, são elas: glândulas salivares, pâncreas, fígado e
vesícula biliar.

Desta forma, o sistema digestório é o sistema do corpo humano responsável por garantir o
processamento do alimento que ingerimos, promovendo a absorção dos nutrientes nele
contidos e a eliminação do material que não será utilizado pelo corpo. Esse processamento é
garantido graças à acção dos vários órgãos que compõem o canal alimentar, bem como pela
presença de glândulas acessórias, que sintetizam substâncias que são essenciais no processo
de digestão.

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Referências bibliográficas

Santos, Vanessa Sardinha dos. Sistema digestivo. 2014. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pele.htm. Acesso em 10 de Dezembro de 2020.

Junqueira, L.C.U. & Carneiro, J. Histologia Básica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.

Tortora, G. J. Corpo humano. Fundamento da anatomia e fisiologia. 4ª ed. Porto Alegre:


Artes Medicas, 2000.

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