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1.

Estudo de sociologia na prática sexual no ambiente sem críticas

Trata-se da liberdade que os indivíduos têm de praticar a sua sexualidade sem discriminação.
Este processo apesar condenado na sociedade favorece a informação e cuidados a saúde sexual
para os adolescentes quando considerado como temas transversais nas escolas, igrejas e bem
orientado em casa.

No entanto a liberdade pode levar a libertinagem trazendo também diversas consequências como
as comuns nos nossos dias (gravidez precoce, HIV, DTS entre outras).

2.Barreiras sexuais

Barreiras sexuais refere-se as repreensões que os indivíduos recebem de outros gerando


impossibilidade ou liberdade a sua sexualidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), alguns grupos de adolescentes “são especialmente vulneráveis, porque sofrem maior
exposição aos riscos para a saúde. Eles geralmente têm menos acesso aos serviços de saúde,
piores resultados de saúde e mais consequências sociais adversas como resultado da saúde
precária”. São representados, por exemplo: pelos estigmatizados/marginalizados por causa de
orientação sexual, identidade de género ou etnia; pelos que vivem em contextos humanitários e
frágeis; pelos que não estão na escola, empregados ou em treinamento; entre outros.

A aceitabilidade das/dos adolescentes é condicionada pela forma como a família e os serviços de


saúde concebem a saúde sexual e reprodutiva. Por vezes, a família pode ser a primeira barreira
de acesso, sobretudo em relação às meninas. Mas também a organização dos serviços pode se
constituir numa barreira ao não reconhecer em conta os adolescentes como sujeito de direitos na
sua diversidade, especialmente para grupos mais vulneráveis como as meninas e as/os
adolescentes homossexuais.

3.Tabus sexuais

Quando o assunto é sexo muitas dúvidas, preocupações, mitos e inverdades assombram nossa


imaginação. Isso é devido principalmente a questões culturais que colocam o tema como errado,
pecaminoso, sujo e todos os seus desdobramentos como imoral e depravado.
O termo tabu é utilizado para referir-se ao conjunto de valores, comportamentos e atitudes
opostos ao que é socialmente aceitável. O tabu constitui o que está proibido dizer ou fazer em
uma sociedade, porque contraria as normas tradicionais/hegemónicas (sociais, religiosas,
políticas, entre outras) 16. Na sociedade contemporânea, a repressão sexual é uma forma de
expressão do tabu. Por um lado, existe uma concepção banalizada do sexo, como produto de
mercado e de outro, instituições (famílias/ escolas/serviços de saúde) que lidam com a
sexualidade com repressão.

Em algumas crenças religiosas o acto sexual visa somente a reprodução, tornando pecado
quaisquer outros motivos para ser praticado. É importante respeitar as crenças religiosas de
qualquer pessoa, porém muitos sentem-se culpados, infelizes quando o praticam ou sentem
prazer em fazê-lo, provocando em casos extremos algumas disfunções sexuais.

Neste sentido, precisamos compreender que o sexo é algo natural e necessário, que todas as
espécies realizam e nem sempre com a finalidade da procriação.

Da mesma forma, por muito tempo a masturbação foi considerada pecado, e por isso foi-se
criando muitos mitos e tabus sobre ela, como o crescimento de pelos nas mãos e no corpo, a
aquisição de doenças mentais e neurológicas, como epilepsia e esquizofrenia.

Porém, a masturbação tem muitos benefícios e é essencial para a realização sexual de um adulto,
porque através da masturbação tantos homens quanto mulheres conhecem o seu próprio corpo e
descobrem o que lhe dão prazer e como eles sentem prazer. Para além disso, alguns tabus mais
falados são:
 O sexo é sujo
Não há nada de sujo nas secreções que saem do pênis e da vagina, ambas servem para ajudar na
lubrificação, diminuindo o atrito durante a atividade sexual evitando dores ou algum tipo de
lesão.
A mucosa localizada na vagina também contribui para a conservação da flora vaginal saudável,
da mesma forma a lubrificação e as secreções que saem do pênis auxiliam no deslocamento do
sêmen e neutraliza o canal da urina, já que no homem a urina e os espermatozoides passam pelo
mesmo canal.
Por isso, somente em casos de infecções os órgãos genitais vão apresentar mau cheiro, ardências
ou coceiras, sendo importante nesses casos realizar a consulta com um médico para ele
diagnosticar os motivos desses sintomas.

 Homens gostam mais de sexo que as mulheres

O desejo sexual do homem é igual o da mulher. A cultura, a sociedade, os papéis de gênero é que
criam o mito de que homens precisam mais de sexo que as mulheres. Mas não existe nenhum
dado biológico que faça as mulheres gostarem menos de sexo do que homens.
Claro que existem pessoas, homens e mulheres, que não gostam, ou não têm interesse pelo sexo,
mas isso é uma particularidade do indivíduo e não tem relação com ser homem ou mulher.
 A primeira vez sempre dói
As mulheres sentem dor em qualquer momento, se elas estiverem tensas e com a musculatura
contraída, a falta de lubrificação também pode ser um factor que pode levar à dor. O que
acontece normalmente pela inexperiência, expectativas e medos que a primeira vez pode
ocasionar.
Por isso, deve-se sempre “caprichar” nas preliminares, usar lubrificante quando necessário e
estar relaxada para ter-se um momento maximamente prazeroso, sem desconforto ou dor.

Já o sangramento pode acontecer devido ao rompimento do hímen que existe na entrada da


vagina, mas há casos que a não há rompimento total do hímen na primeira relação sexual.

4.Preconceitos sexuais

O Preconceito trata-se de um conceito associado à discriminação e as diferenças que existem no


mundo.

O preconceito sexual é associado à população LGBT e orientações sexuais e de género de cada


indivíduo, por exemplo, a homofobia e transfobia. Assim, o primeiro trata-se do preconceito
desenvolvido sobre as pessoas que possuam relações homoafetivas. Já a transfobia é o
preconceito de pessoas que apresentam hostilidade com indivíduos transgênero, ou seja, que
possuem outra identidade de género.

Há ainda o preconceito contra as mulheres e o universo feminino, que pode ser identificado com
o termo misoginia.
Na identidade de género são estabelecidos pela sociedade diferentes valores, padrões de
comportamento, características ditas como “naturais” ao sexo feminino. Esses estereótipos são
histórico e culturalmente formados e modificados. Tudo que foge a essas características
consideradas “ideais” sofre um processo, às vezes oculto, de discriminação. Os estereótipos são
crenças socialmente compartilhadas a respeito dos membros de uma categoria social, que se
referem às suposições sobre a homogeneidade grupal e aos padrões comuns de comportamento
dos indivíduos que pertencem a um mesmo grupo social. Sustentam-se em teorias implícitas
sobre os factores que determinam os padrões de conduta dos indivíduos, cuja expressão mais
evidente encontra-se na aplicação de julgamentos categóricos, que usualmente se fundamentam
em suposições sobre a existência de essências ou traços psicológicos intercambiáveis entre os
membros de uma mesma categoria social.

5.Desconforto sexual

Mais da metade da população mundial feminina sofre com algum tipo de disfunção sexual.
Dessas, 7% são afectadas com vaginismo, um factor psicológico que bloqueia ou dificulta a
penetração, que pode ser desde o ato sexual até a introdução de absorventes internos e exames
ginecológicos. O vaginismo são contracções espasmódicas involuntárias do músculo da parede
vaginal, causadas por medo da penetração, gerando dores e desconforto à mulher.

As causas variam dependendo se a dor é superficial ou profunda.

 Dor superficial
A relação sexual pode ser dolorosa porque a vagina não produz líquido suficiente. Então, a
vagina fica seca, e a lubrificação para a relação sexual é inadequada. Lubrificação inadequada
muitas vezes é resultado de poucos preliminares. Além disso, à medida que a mulher
envelhece, o revestimento da vagina fica mais fino e pode ficar ressecado, porque os níveis
de estrogénio diminuem. Esse quadro clínico é chamado de vaginite atrófica. Durante a
amamentação, a vagina pode ficar ressecada porque os níveis de estrogénio são baixos. Anti-
histamínicos podem causar secura ligeira e temporária da vagina.
Dor superficial também pode ser causada por:
 Aumento da sensibilidade da área genital para dor (vestibulodinia provocada –
Vestibulodinia provocada (Vestibulite vulvar ), que é a causa mais comum;
 Inflamação ou infecção na área genital (incluindo herpes genital), da vagina, ou
glândulas de Bartholin (as glândulas pequenas em um dos lados da abertura vaginal);
 Inflamação ou infecção do trato urinário;
 Machucados na área genital;
 Radioterapia que afecta a vagina, o que pode deixar a vagina menos elástica e pode
causar cicatrizes, fazendo com que a área em torno da vagina seja menor e mais curta;
 Uma reacção alérgica a espumas ou geleias anticoncepcionais ou a preservativos de látex
 Contracção involuntária dos músculos vaginais (vaginismo)
 Raramente, uma anomalia congénita (como uma partição anormal dentro da vagina) ou
um hímen que interfere na entrada do pénis.

 Dor profunda
Dor profunda durante ou após a relação sexual pode ser causada por:

 Infecção do colo do útero, do útero ou das trompas de Falópio (doença inflamatória


pélvica), que podem causar acúmulo de pus (abscessos) na pelve
 Endometriose
 Nódulos na pelve (por exemplo, tumores e cistos ovarianos)
 Faixas de tecido com cicatriz (adesões) entre os órgãos da pelve, que podem surgir após
uma infecção, cirurgia ou radioterapia para câncer em um órgão pélvico (por exemplo,
bexiga, útero, colo do útero, trompas de Falópio ou ovários).

Às vezes, um desses distúrbios (tais como miomas) faz com que o útero fique preso em uma
direcção inclinada para trás (chamada retroversão), resultando em dor profunda. Forte
contracção indesejada (involuntária) dos músculos da pelve (chamada hipertonia muscular
pélvica) pode causar ou resultar de dor profunda.

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