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Pornografia

Um recente estudo divulgado  pela organização “Treasures”, voltada ao resgate


de pessoas do tráfico sexual, trouxe números impressionantes da indústria que
movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano. Estima-se que ultrapassou o tráfico de
drogas e alcançou a 2ª posição no ranking de lucratividade para o crime organizado,
ficando apenas atrás do tráfico de armas. Apenas para se ter uma ideia do valor
estupidamente alto movimentado pela atividade, a cada segundo (!) são gastos mais
de R$ 10 mil com pornografia.
De acordo com esse estudo, 90% das mulheres da indústria do sexo foram
abusadas quando crianças e que a taxa de desenvolvimento de síndrome de stress pós
traumático é equivalente aos de veteranos de guerras no EUA.
Devemos nos ater também ao fato de que nem todas aquelas pessoas que
trabalham no mercado da pornografia são pessoas que querem estar lá, mas que
foram para lá por causa de abusos cometidos na infância e adolescência, além da falta
de conhecimento dos problemas que elas desenvolveriam após participarem desses
trabalhos, tais como dificuldades para conseguir outros empregos e relacionamentos;
a possibilidade de adquirirem doenças sexualmente transmissíveis; sofrerem abusos e
acabarem desenvolvendo problemas psicológicos.
No entanto, nem todos os vídeos de pornografia disponíveis em sites na
internet contem conteúdo do mercado pornográfico. Entretanto, muitos vídeos que
esses sites hospedam são gravações de estupros e abusos. Isso sem falar dos casos de
pornografia de vingança, que acontece quando depois do término de um
relacionamento, um dos envolvidos divulga imagens íntimas do outro, expondo aquela
pessoa por conta do sentimento de vingança.
Logo, quanto mais acessamos esses sites e consumimos conteúdo indústria
pornográfica, mais estamos patrocinando um mercado terrível como esse e ajudando a
perpetuar abusos e outros crimes.

OS EFEITOS DA PORNOGRAFIA

A pornografia, que em sua maioria tem seu enredo focado nos homens, visto
que sempre terminam quando o homem obtém o orgasmo, acaba criando uma visão
egoísta e errada de que o sexo deve ter como proporcionar ao homem, e não o casal, o
prazer sexual, coisa que vai contra os ensinos bíblicos (1 Co 7.3-4)

"– A pornografia gera uma desconexão com a realidade, apresentando modelos de


pessoas e de relações que causam ilusão, distorcendo a visão que o usuário tem a respeito da
sexualidade e dos relacionamentos;"

O psicólogo Yuri Busin explica que quando o hábito vira obsessão é hora de
procurar ajuda profissional. O indivíduo entra numa espécie de vício e passa a recorrer
a esses estímulos externos na busca por prazer. “O sujeito começa a pensar que
precisa fazer mais aquilo para obter os prazeres na vida dele. O que era uma rota de
fuga para buscar um prazer se torna realmente uma grande dor.” 
Outro aspecto que vem se mostrando nocivo nos últimos anos é a projeção do
“espetáculo pornográfico” na vida real. O ator Rodrigo Barros, protagonista da
série Três Quartos, trama que aborda, entre outras coisas, questões relacionadas à
sexualidade, conta como passou a rever o próprio consumo e, principalmente, o papel
desses filmes como referência de sexo. “Isso afeta nossos corpos, já que nos cobramos
fisicamente quanto a tamanho, corpo e cobrança por desempenho", diz.
A comparação pode colocar o indivíduo dentro de um ciclo de autocobrança.
“Acaba entrando num fluxo tanto de autocobrança quanto de frustração de achar que
todo mundo tem que ser um ator pornô e fazer tudo aquilo que vê em filmes pornôs.
Isso traz muito sofrimento às vezes e uma confusão entre realidade e o lúdico do
filme”, completa Yuri Busin.

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