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A educação sexual tem como principal efeito, ajudar pessoas, de qualquer gênero, a se
relacionarem de forma segura e acima de tudo respeitarem os limites de seus corpos e dos
corpos de seus parceiros, porém, o que muito se prega na sociedade é que a educação sexual
serve para ensinar crianças e adolescentes a fazerem sexo. Essa realidade pregada pela
sociedade, que falam que se for implantado nas escolas, as crianças vão começar a receber os
“kits” gays e vão assistir vídeos de pessoas fazendo sexo, o que em pleno século 21, é um
pensamento de certa forma atrasado. Esse tipo de pensamento gera muitas consequências, e
é que impede que muitos que precisam, não tenham acesso a esse tipo educação básica e por
causa disso as taxas de ists e gravidez na adolescência tem crescido tanto. Alguns dados que
foram coletados do PrEP 15-19 Minas – projeto desenvolvido pela Faculdade de Medicina da
UFMG para avaliar o uso da Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP) nessa população-chave
entre 15 e 19 anos – mostrou que dos 214 participantes recrutados de 2019 a junho de 2021,
13,64% fizeram teste para a infecção sífilis, e o maior percentual encontrado era exatamente
entre as idades de 15 à 19 anos. O infectologista e professor de Medicina na UFMG (Faculdade
Federal de Minas Gerais), Mateus Westin falou, “Em outros estudos, essa prevalência entre
HSH fica entre 5% a 10%, o que mostra que estamos recrutando uma população ainda mais
vulnerável, com risco acrescido para práticas desprotegidas, múltiplas parcerias,
vulnerabilidades raciais, econômicas, entre outras”, e, “Os números chamam atenção por
refletirem relações sexuais desprotegidas e que veiculam infecções que facilitam a efetivação
da infecção pelo HIV, seja por úlceras ou inflamações das células do canal uretral, anal ou
vaginal”. E com isso se mostra que por mais que jovens terem muita informação, e como ainda
é pouco conversado em suas casas e escolas, essas informações são de certa forma ignoradas,
gerando inúmeras consequências e fazendo com adolescentes busquem de forma cada vez
mais rápida dessas informações na internet, mas o que muitos buscam, para saberem alguma
coisa, é a pornografia, que além de ser bem mais “prático” é muito visual.
Todos os pontos que foram citados até agora, são para servir de exemplo de como a
sociedade acaba vendo sexualidade e educação sexual -que são duas coisas ao mesmo tempo
tão diferentes, mas tão ligadas- como coisas vergonhosas e que não se podem falar nas escolas
e até mesmo nas próprias casas. As ações uma vez feitas não tem mais volta, e as
consequências da falta da educação sexual e do uso da pornografia como educador, iram
surgir com cada vez mais força mos próximos anos. Além disso as relações vão cada vez se
tornar cada vez mais superficiais, pois até o sexo, que é um ato tão íntimo é falso, os outros
passos dos relacionamentos vão seguir esse mesmo fluxo. Por isso esses temas não tem que
ser vistos com tabus, mas sim como assuntos que precisam ser conversados de uma forma
natural, até porque há sexualidade é algo normal.