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Lucas G. L. Portes*
Milena Menck Guimarães**
RESUMO
Por tempos, muitos pais deixaram de dialogar com seus filhos sobre a sexualidade
dos mesmos, e devido a era tecnológica em que estamos vivendo, a gama de
informações livres para serem pesquisadas pelos adolescentes no que diz respeito à
sexualidade, é muito grande, e por haver a necessidade do adolescente em ser
aceito na sociedade como adulto, gera neles a curiosidade das coisas que dizem
respeito aos adultos. Levamos em conta que os hormônios estão mais acentuados e
cada vez mais cedo os adolescentes passam a ter transformações no seu corpo,
gerando neles o desejo de firmar sua sexualidade mediante a família e sociedade.
Devido o adolescente não ter informações suficientes sobre a sexualidade, passa a
agir de maneira errada, atraindo para si um risco de contrair DST’s como por
exemplo a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; uma gravidez não
planejada devido a falta de proteção, conflitos mediante a sociedade que não
consegue apresentar o sexo como um ato de amor e afeto, e também conflito com
seus pais, que perdem sua figura de pais infalíveis mostrando sua fragilidade, devido
sua passagem para uma nova fase de desenvolvimento que lhes apresentará uma
nova realidade.
1 INTRODUÇÃO
*Acadêmicos do curso de psicologia, do terceiro período A, da Faculdade União de Campo Mourão (UNICAMPO), 16/06/2014.
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2 DESENVOLVIMENTO
“Uma das grandes preocupações dos pais através dos tempos sempre foi a
vida sexual dos filhos. Só que até a algumas décadas esse assunto era resolvido
com grande dose de repressão e mantendo crianças e jovens no desconhecimento
[...]”. (ZAGURY, T. 2009, p. 189)
EMBRATEL lança o Serviço Internet Comercial [...]. Cinco mil usuários foram
escolhidos para testar o serviço.
“Os pais não conversam mais com os filhos, que buscavam se informar como
conseguiam: lendo escondido livros e revistas que encontravam, conversando com
amigos, irmãos mais velhos etc.” (ZAGURY, T. 2009, p. 189).
“Mas, alguns pais relatam que não conseguem dialogar com os filhos sobre
sexo, visto que eles reagem alegando que já possuem conhecimento prévio sobre o
assunto e que não são mais crianças.” (UNESCO, 2004, p. 114)
diferente das moças, buscam a iniciação sexual com mais ansiedade, e nisto
passam a persuadir as moças para se relacionarem com elas. O adolescente
buscava experimentar sensações sexuais sem ter propriamente dito, o ato sexual.
Para Kinsey (1948) apud Taquette (1997), no decorrer dos anos, a primeira
relação sexual vem ocorrendo cada vez mais cedo, diminuindo a faixa etária dos que
se relacionam sexualmente com seu parceiro (a). Sendo este um parceiro habitual
ou de primeiro encontro, não há critérios para impedir que o ato ocorra, já que para
os adolescentes se envolverem, precisa-se haver interesse, curiosidade, desejo,
cumplicidade, aceitação, e uma pequena parcela de confiança.
Hoje os adolescentes passam a se relacionar não só com um parceiro, mas
um relacionamento com vários parceiros durante a adolescência, pois assim terão
experiência para todas às vezes em que forem se relacionar com um novo parceiro
ou para quando encontrarem a pessoa a qual firmará um compromisso mais
duradouro. Há uma importância para eles a aceitação dentro dos grupos que já se
envolveram sexualmente com um ou mais parceiros, para que não sejam tachados
como inaptos a fazerem parte de uma ideologia grupal.
“Em 1960, 20% dos homens e 12% das mulheres de 15 a 19 anos tinham
atividade sexual. Na década de 70 esse percentual subiu para 55% para os homens
e 46% para as mulheres (STRASBURGER, 1985b; CURTIS et al., 1988 apud
TAQUETTE, S. R. 1997, p. 17).
3 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
“Em função disso, a gravidez na adolescência passou a ser vista como uma
situação de risco biopsicossocial, capaz de trazer consequências negativas não
apenas para as adolescentes, mas para toda a sociedade.” (DIAS, A. C. G., &
TEIXEIRA, M. A. P. 2010, p. 124)
4 DST
É-nos explanado ainda, por Pinheiro (2014), que as DSTs não são
necessariamente, transmitidas pela via sexual. Como sendo a principal doença,
encontra-se a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), porém devido o
avanço da ciência, é possível alguns tratamentos que impedem a ação do vírus e
em muitos casos é possível alcançar a cura.
5 CONSEQUÊNCIA EMOCIONAL
6 CONSEQUÊNCIA SOCIAL
“Para a jovem, tem-se [...] proibições: não deve sair sozinha, não pode transar
com o namorado entre outros. Mas para o rapaz, tudo é permitido e até estimulado:
sair só, beber, fumar, voltar para casa de madrugada, ter relações sexuais.” (Marçal,
E. 2013, não paginado)
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Segundo Tiba (1986 apud Cano; Ferriani, 2000), os adultos dessa época se
consideram psicologizados, sabendo-se que nem sempre os adolescentes levam em
conta as regras da sociedade. Querendo que seus filhos sejam felizes e realizem
tudo que desejam, mas não sabem como falar e esclarecer suas duvidas com eles
sobre essa problemática.
7 CONSEQUÊNCIA FAMILIAR
“Os jovens falam muito em liberdade, o que eles já têm. Querendo ou não,
não se pode deixar de dizer a eles que a liberdade vai até aonde começa a do outro,
que pode ser inclusive essa nova vida.” (ZAGURY; ZALUAR, 2000, apud THOMÉ,
C. L. e HENSEL, D. 2011, p. 86)
“[...] alguns pais têm receio de que, ao conversar sobre sexo, estarão
despertando os filhos para uma vida sexual. Ao contrário. A falta de
informação, a ignorância que aumentam a curiosidade e empurram o
jovem para aprender apenas através da experiência, nem sempre
bem orientada e consciente. É importante que esses pais percebam
que uma conversa, inclusive sobre as intimidades no namoro, vai
orientar e diminuir a angústia do adolescente. (SUPLICY, 1998, p.
36, apud THOMÉ, C. L. e HENSEL, D. 2011, p. 83 ).
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AMARAL, M.. Educação, Psicanálise e Direito. Ed. 1ª. Editora Casa do Psicólogo,
São Paulo, 2006.
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DIAS, A. C. G., & TEIXEIRA, M. A. P.. Gravidez na adolescência. Vol. 20, n. 45, p.
123-131, 2010. Disponível em: <www.scielo.br/paideia>, Acesso em: 14 mar. 2014
às 21h43min.
ZAGURY, T.. O Adolescente por ele mesmo. Ed. 16ª. Editora Record, Rio de
Janeiro, 2009, p. 189-197