Atualmente nas escolas brasileiras fala-se muito sobre um determinado
assunto “educação sexual”. Um tema que antigamente era considerado um grande tabu, hoje tem grande repercussão, não só nas escolas como nas mídias sociais. O que apavora é que em vez disso fazer uma diferença significante em casos de ISTs e gravidezes precoces, ocorre o contrário. A dúvida que fica é, por que em meio há tanto acesso ao conhecimento, esses jovens permitem que isso ocorra? Segundo dados do MS (Ministério da Saúde), estamos passando por uma epidemia de gravidez na adolescência no Brasil, entre jovens de 10 e 19 anos, sendo que a maioria vem de periferias. As causas são múltiplas, geralmente relacionadas a baixa renda, vulnerabilidade social, poucas perspectivas intelectuais, sociais e profissionais. Além de falta de orientação da família sobre o assunto, fazendo com que os adolescentes aprendam sobre sexualidade de forma errônea, como pelas redes sociais, em sites pornográficos — uma indústria que apresenta o sexo sem uso de preservativos. Além dos riscos à saúde física dessas adolescentes, há também grandes consequências emocionais para os jovens pais, isso quando ambos assumem a responsabilidade, pois muitos deles desistem de direitos básicos instituídos pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), como direito ao estudo e ao lazer. Portanto é necessário que o Ministério da Educação promova palestras com ginecologistas e psicólogos nas escolas, não só para os alunos mas para os pais também, incentivando-os a conversarem sobre educação sexual com seus filhos, a fim de que o assunto pare de ser um tabu, e que esses adolescentes parem de banalizar e romantizar as relações sexuais, aprendendo sobre as consequências de uma vida sexual ativa sem cuidados, e como evitar essa problemática.
Educação e Saúde na Escola: abordagens pedagógicas da educação sexual nas escolas do ensino fundamental da rede pública da cidade do Recife, Pernambuco