Diante de uma realidade alarmante quanto à gravidez
precoce, é de se imaginar que a educação sexual nas escolas é uma prática que será recepcionada de braços abertos pela população. Infelizmente, no Brasil, as coisas aparentam não ser como deveriam, já que falar sobre a polêmica educação sexual virou sinônimo de corromper a juventude ou de promover a “libertinagem”.
Em uma época de descontrução de valores considerados
tradicionais, apesar de alguns avanços – como a recente retomada da educação sexual e reprodutiva no Programa Saúde na Escola – muitas convicções ainda precisam ser desmistificadas.
No seriado “Sex Education”, são abordadas diversas questões
relacionadas à sexualidade, à adolescência e, principalmente, à educação sexual. A abordagem da série mostra que tratar da prática sexual no cotidiano tem muito a acrescentar para a sociedade, pois abrir portas para esse diálogo permite tornar público debates sobre questões de gênero, infecções sexualmente transmissíveis, conhecimento do próprio corpo e identidade.
Além disso, uma sociedade mais letrada nesse assunto pode
inverter o cenário de gestações na adolescência que é observado no Brasil – até porque falar sobre o problema é melhor do que fingir que o problema não existe.
Sendo assim, nota-se necessária a introdução efetiva da
educação sexual no ambiente escolar a partir da inserção desse tópico na Base Nacional Comum Curricular, a fim de qualificar o debate e de garantir melhores condições de vida para os jovens. A adoção dessa medida é um excelente começo para a construção de uma sociedade mais mente aberta e mais focada em resolver suas mazelas.
Educação e Saúde na Escola: abordagens pedagógicas da educação sexual nas escolas do ensino fundamental da rede pública da cidade do Recife, Pernambuco