Você está na página 1de 3

educação sexual nas escolas permite que crianças e adolescentes tenham acesso a


diferentes tipos de informações. Entre os conteúdos abordados pelos professores nas
aulas, os mais comuns são: mudanças no corpo humano, puberdade, sistema
reprodutor etc.
Dessa forma, trabalhar o tema nas instituições de ensino não é ensinar as crianças e
adolescentes a fazerem sexo, mas sim a fornecer o conhecimento sobre o próprio
corpo. A seguir você entenderá qual a importância de trabalhar a educação sexual
na escola e dicas de atividades de como abordar o assunto. Confira!
O que é educação sexual?
O objetivo da educação sexual é preparar os estudantes para a vida sexual de
forma segura. Ela também permite o esclarecimento de dúvidas para que a criança
cresça tendo consciência sobre o seu corpo. Dessa forma, ela chegará à fase adulta
mais preparada para tomar decisões com responsabilidade. 
Para ter efeito positivo, é importante trabalhar a educação sexual na escola com
linguagens que respeitem a faixa etária de cada aluno. Outro ponto importante é
capacitar os professores para que eles saibam abordar os assuntos de forma adequada
entre as crianças. 
A escola também deve estabelecer uma relação de confiança com as famílias e
reforçar a relevância da educação sexual para:
•Prevenção de gravidez na adolescência;
•Adoção de hábitos saudáveis entre os jovens;
•Uso adequado de métodos contraceptivos;
•Cuidados com corpo;
•Higiene pessoal.
Qual a importância da educação sexual nas escolas?
Na opinião da Mary Neide Damico Figueiró, mestre em Psicologia Escolar pela USP
e doutora em Educação pela Unesp, a educação sexual para crianças está muito
presente no cotidiano. Por isso, é preciso abordar o tema em casa, nas escolas e na
relação entre as pessoas.
“A educação sexual é toda oportunidade que a criança, o adolescente, ou qualquer
outro indivíduo, tem de receber informações, esclarecimentos, sobre tudo que diz
respeito ao seu corpo. Do desenvolvimento da sexualidade às questões de gênero.
O principal objetivo é promover conhecimento sobre o corpo e o sexo de forma
natural, positiva e sincera. No entanto, o despreparo para lidar com temas ligados
a esses dois assuntos pode fazer com que o aprendizado aconteça de uma maneira
não satisfatória, tanto em espaços escolares quanto em casa”.
Mary Neide Damico Figueiró

Ainda segundo a especialista, a falta de cuidado ao abordar as questões relacionadas


ao sexo cria uma visão negativa nas crianças. Além disso, os tabus sobre o assunto
também dificultam o diálogo entre pais e filhos. 
“Resumindo: educação sexual é todo espaço em que a criança ou adolescente tem
a oportunidade de aprender a respeito do corpo, da sexualidade. Pode ser em uma
aula ou em um espaço de conversa proposital, em que o adulto tenha intenção de
sentar e conversar abertamente. E também de maneira informal, no cotidiano”,
explica. 
A educação sexual nas escolas também pode ajudar com que as crianças e os
adolescentes tenham mais conhecimento sobre DSTS e gravidez. Caso as instituições
de ensino não abordem o tema, eles irão buscar informações sobre o assunto em
lugares errados.
Qual o papel da escola na prevenção contra abusos?
Muita gente não imagina, mas as aulas de educação sexual também ajudam a
combater casos de abusos e pedofilia. Além disso, na educação infantil, as crianças
devem aprender o nome correto dos órgãos genitais e os conceitos de privacidade. 
Segundo especialistas, a maior parte dos abusos sexuais contra crianças e
adolescentes acontecem no ambiente doméstico e são praticados por pessoas
próximas da família.
Nesse contexto, o papel da escola é orientar os estudantes para se protegerem e
encontrarem um canal seguro para fazer denúncias. A criança deve entender o que é
certo ou errado para buscar ajuda, caso passe por alguma situação inadequada.
No caso das crianças pequenas, a ideia é que elas conheçam o próprio corpo e
consigam perceber a diferença entre carinho e carícias não permitidas. Elas devem
entender que, caso se sintam desconfortáveis, podem dizer não e relatar a situação
para alguém de confiança. 
Por ser um tema complexo, muitas crianças não costumam falar abertamente que
estão sofrendo abuso. Geralmente, isso acontece por medo ou por vergonha. Assim, a
ideia da educação sexual é informá-las que se elas passaram por situações de abuso,
precisam denunciar imediatamente.
No entanto, a criança costuma dar sinais de violência sexual por de meio mudanças
no comportamento, queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade e crises
de choro. Sendo assim, as escolas devem qualificar a equipe pedagógica para
observar essas situações.
Atividades para abordar a educação sexual na sala de aula
Como vimos, a educação sexual traz diversos benefícios para crianças e jovens,
incluindo: prevenção de gravidez, doenças e combate a abusos. Vale lembrar que a
educação sexual não precisa ser tratada como uma disciplina específica. Ao
contrário, ela pode ser abordada nas aulas de biologia, redação, geografia, história,
entre outros. 
Para garantir que sua escola tenha aulas significativas para os alunos, vale investir em
conteúdos teóricos e outras dinâmicas. Algumas atividades que podem ser abordadas
são: 
•Atividades lúdicas;
•Contação de histórias;
•Jogos educativos;
•Debates;
•Rodas de conversas;
•Palestras com médicos ou especialistas;
•Atividades em grupo;
•Pesquisas;
•Uso de bonecos;
•Exibição de vídeos, filmes e séries, como Sex Education;
•Oficinas;
•Atividades externas, como visitas a ONGs ou hospitais.
Lembre-se de manter a comunicação com os pais e responsáveis para que o trabalho
de educação sexual aconteça de forma integrada.

Você também pode gostar