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Educação Sexual

Letícia Gabrielly de Oliveira Araújo


Josileny Carolyne Ferreira Gomes
Priscila da Silva Santos
Yuri Silva Bispo

RESUMO
O tema escolhido foi educação sexual, porque é uma problemática grande e
que deveria ser mais abordada. Poucas pessoas sabem, mas educação sexual
não é ensinar as pessoas a fazer sexo, pelo contrário, é previnir DST’s
(doenças sexualmente transmissíveis, como por exemplo: aids, herpes, sífilis,
gonorreia, entre outras), evitar gravidez precoce, ensinar a crianças que em
certos lugares de seu corpo nem todos podem mexer, explicar os cuidados e
os riscos que as pessoas devem ter ao ter relações sexuais, etc. Com base
nisso, fizemos um levantamento com 255 alunos da Escola Técnica Estadual –
José Joaquim da Silva Filho, entre 15 e 17 anos (1º a 3º ano do ensino médio),
para ter uma noção do que os jovens acham e sabem sobre a educação
sexual. Distribuímos os panfletos que fizemos com as perguntas abaixo:
1. Você sabe o que é educação sexual?
2. Você sabe qual a importância da educação sexual?
3. Sabe o que a falta da educação sexual pode causar/tem causado?
4. Você sabe o que é DST?
5. Você concorda em ter aula de educação sexual nas escolas?
Baseado nas respostas dos 255 alunos entrevistados (103 de 15 anos; 90
de 16 anos e 62 de 17 anos), chegamos à conclusão de que boa parte dos
jovens gostaria de ter aula sobre educação sexual e que nem todos sabem o
que é e qual a importância dela. Usamos o método da coleta de dados através
de panfletos com as perguntas acima. Utilizamos os seguintes tipos de
pesquisa: aplicada, qualitativa, quantitativa, descritiva, explicativa,
levantamento, estudo de campo e pesquisa-ação.

PALAVRAS-CHAVES: 
Gravidez; DST’s; Prevenção; Educação.

INTRODUÇÃO
A educação sexual é o nome dado ao processo que visa educar, ou seja,
esclarecer jovens e adolescentes a respeito da responsabilidade particular de
cada um quando esses decidem entregar seu corpo a alguém. O tema ainda
envolve mitos, tabus e constrangimentos para pais e professores. A educação
sexual aborda temas como o sexo, a gravidez, o aborto, métodos
contraceptivos, a importância da camisinha e doenças sexualmente
transmissíveis. Alguns defendem que tal termo já caiu em desuso cedendo
lugar para o termo orientação sexual, mas esse ainda confunde algumas
pessoas, pois também é empregado para designar a opção sexual de cada
indivíduo, ou seja, sua preferência por indivíduos de gênero igual, diferente ou
por ambos.
Educação sexual é tão importante que é assunto de uma das séries da
Netflix mais assistidas no Brasil e no mundo. Atualmente em sua segunda
temporada, Sex Education se passa em uma escola de ensino médio, no
interior da Inglaterra. Um aluno chamado Otis Milburn (Asa Butterfield), cuja
mãe é uma renomada sexóloga, começa a dar conselhos e informações em
torno do tema a outros alunos, transformando a prática em um negócio com a
ajuda de sua
colega Maeves (Emma Mackey). Fazer sexo sem orientação não leva apenas à
gravidez precoce. Outro problema é a maior exposição a doenças sexualmente
transmissíveis (DST’s). Segundo a ONU, uma menina entre 15 e 19 anos é
infectada com o vírus HIV, causador da aids, a cada três minutos no mundo.

METODOLOGIA
Tipos de pesquisa utilizados:
Aplicada; qualitativa; quantitativa; descritiva; explicativa; levantamento; estudo
de campo e pesquisa-ação.

DESENVOLVIMENTO
A prevenção de DST’s na adolescência contam com o respaldo de
programas desde o final dos anos 80, em reforço à luta contra a aids. Desde
essa época, mais de 757 mil casos da doença foram registrados no Brasil pelo
Ministério da Saúde. A condição de epidemia foi estabilizada, mas o
surgimento de 39 mil novos casos ao ano ainda ressalta o quanto é importante
investir em ostensiva orientação aos mais jovens, inclusive nas operadoras de
saúde. O ministério persegue a meta 90-90-90 das Nações Unidas contra a
aids: 90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral
indetectável até 2020. O uso da camisinha, que é o método mais eficaz na
prevenção à aids, é também a melhor forma de proteção contra muitas
doenças sexualmente transmissíveis, como tipos de hepatites e a sífilis.
Entretanto, estudos que falam do impacto de programas governamentais de
prevenção de DST’s na adolescência revelam que mesmo as estratégias já
estabelecidas não garantem a adesão dos jovens e demandam reforço. A
afirmação se reflete pelo seguinte:
 As campanhas não vêm retardando a iniciação sexual dos adolescentes;
 Elas não aumentam o uso de métodos contraceptivos entre os mais
jovens;
 Elas não reduzem índices de gravidez na adolescência.
O desenvolvimento das ações socioeducativas justifica-se na tentativa de se
formular estratégias para a prevenção da AIDS, ressaltando a educação e
informação, contextualização dos sujeitos na vida cotidiana para este tipo de
atividades pois, através destas, o indivíduo pode conhecer as suas
possibilidades/desafios de mudança e desenvolvê-las. Tais resultados reforçam
a necessidade de ações de cunho educativo, pois, pode-se perceber a
demanda e contribuir para o rompimento das barreiras que envolvem a
discussão sobre a sexualidade e os seus rebatimentos na saúde reprodutiva e
sexual da população, contribuindo assim para a superação dos tabus que
envolvem tal temática, na busca de uma sensibilização para a problemática das
DST’s/AIDS. Autores como Vasconcelos (1971), Nunes (1996), Gagliotto
(2009), Tuckmantel (2009) e Lembeck (2011) sugerem refletir sobre a
construção da sexualidade com o viés da educação sexual.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pergunta 1 - Você sabe o que é educação sexual?
15 anos: 16 anos: 17 anos:
98 sim 86 sim 59 sim
5 não 4 não 3 não

Pergunta 2 - Você sabe qual a importância da educação sexual?


15 anos: 16 anos: 17 anos:
97 sim 80 sim 60 sim
6 não 10 não 2 não

Pergunta 3 - Sabe o que a falta dela pode causar/tem causado?


15 anos: 16 anos: 17 anos:
85 sim 78 sim 58 sim
18 não 12 não 4 não

Pergunta 4 – Você sabe o que é DST?


15 anos: 16 anos: 17 anos:
82 sim 72 sim 55 sim
21 não 18 não 7 não

Pergunta 5 – Você concorda em ter aula de educação sexual nas escolas?


15 anos: 16 anos: 17 anos:
93 sim 79 sim 59 sim
9 não 11 não 2 não
1 nulo         1 nulo
Com base nas pesquisas feitas conseguimos perceber que muitos
gostariam de ter aulas/debates sobre educação sexual, porém com uma
abordagem específica e adequada para tal fim. Vimos também que, grande
parte dos alunos sabem sim o que é educação sexual e sabem também que
ela é importante, mas vemos uma pequena parcela que não sabe o que é, e o
fato de não saberem do que se trata vem causando muitos problemas; um dos
abordados é a gravidez precoce e o grande número de casos de DST's.
Podemos perceber que muitos ainda tratam o tema de educação sexual
como um tabu, o fato de algumas pessoas não saberem o que é, indica que
esse ainda é um tema sensível para muitos, muitas vezes, por pais não darem
abertura aos filhos para esse tipo de conversa, fazendo com que, assim, muitos
cresçam sem saber o que é e sem saber como se prevenir em determinadas
situações.
Segundo Gagliotto e Lembeck (2011) pode-se afirmar que: se a escola não
tratar da questão sexual ou tratar apenas por meio da dimensão biológica do
assunto, ela estará disseminando entre os/as alunos/as, a impressão de que se
trata de um tema que é mesmo um tabu, sobre o qual não se pode falar. Em
educação sexual no contexto familiar e escolar por Gonçalves, Faleiro e
Malafaia (2013) pode-se dizer, portanto, que maior atenção deve ser dada à
temática sexualidade e sua abordagem nas escolas e nas relações entre pais e
filhos. Maior aproximação entre pais, filhos e escolas mostra-se como
importante estratégia a ser adotada, assim como o estímulo a debates nas
instituições educacionais, consideradas espaços privilegiados para a
aprendizagem e realização de reflexões de temas socialmente relevantes.

CONCLUSÃO
Concluímos que a educação sexual ainda é um assunto fora do
conhecimento de muitas pessoas, principalmente dos jovens. Apesar do
número de casos de DST’s terem diminuído ao longo das décadas, as
campanhas de conscientização ainda não estão sendo eficientes para garantir
que jovens tenham conhecimento da importância da educação sexual, pois o
número de casos ainda continua alto.
Com base na pesquisa feita com alunos entre 15 e 17 anos (1º a 3º ano do
ensino médio), nota-se que a grande maioria tem conhecimento sobre a
educação sexual (mais ou menos 95% dos entrevistados) e DST’s (81% sabem
o que significa) sendo algo positivo, além disso 90% concordou em ter aulas de
educação sexual nas escolas. Mas, apesar da maioria dos jovens terem
conhecimento sobre educação sexual e DST’s, ainda existe uma minoria que
precisa ser informada, para que dessa forma, os números de gravidez precoce
e DST’s sejam ainda mais inibidos e controlados.
Para isso é necessário melhorar e aumentar a demanda de ações que
conscientizam a prevenção e o uso de preservativos e quebrar barreiras que
envolvem a discussão da sexualidade e seus impactos na saúde reprodutiva e
sexual da população, assim, além de diminuir os casos de DST’s, também
pode-se evitar os casos de gravidez precoce, que atrapalha no processo de
formação estudantil e profissional de ambos os jovens pais.

REFERÊNCIAS

https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/sexualidade/educacao-sexual.htm

https://revistagalileu.globo.com/amp/Sociedade/noticia/2020/04/por-que-
educacao-sexual-e-tao-importante-para-criancas-e-adolescentes.html

https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/download/784/741/5533

https://www.previva.com.br/novosite/a-importancia-da-prevencao-de-dsts-na-
adolescencia/

https://www.ufpe.br/documents/1192056/0/A%C3%A7%C3%B5es+s
%C3%B3cio-educativas+na+preven
%C3%A7%C3%A3o+das+DST+AIDS+no+interior+de+Pernambuco.pdf/
dadbb13a-b377-4297-948e-fab76a9c02b7

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