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RESUMO
INTRODUÇÃO
Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau – Fortaleza.CE – E-mail:
valdineide.campelo@gmail.com.
Mestra em Educação Profissional em Saúde pela Escola Politécnica Joaquim Venâncio/FIOCRUZ
(RJ). Docente do Centro Universitário Maurício de Nassau – Fortaleza.CE – E-mail:
fran2429@hotmail.com.
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O Que é a Adolescência?
Diversas questões surgem quando evocamos esse conceito. Será uma fase
meramente definida pela idade? Um período de indefinições, questionamentos e
confrontos frente à cultura? Ou apenas um processo de mudanças hormonais e
fisiológicas que ocasiona transformações no corpo infantil? É, portanto, perceptível
que o conceito de adolescência perpasse por diferentes aspectos, áreas e contexto.
O senso comum nos ensina que a adolescência é uma fase do
desenvolvimento humano comum a todas as pessoas, independentemente das suas
condições sociais, esse período do desenvolvimento humano é utilizado para
designar a etapa de transição entre vida infantil e a vida adulta. Pais, educadores,
profissionais da área da saúde, apropriam-se do termo adolescente para explicar os
acontecimentos específicos deste período da vida, como se esta fosse vivenciada,
indistintamente, por jovens de quaisquer seguimentos (UNFPA, 2017).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência compreende um
período entre os 10 e 19 anos, sendo a juventude o intervalo entre os 15 e os 24
anos, ambos desencadeados por mudanças corporais e fisiológicas advindas da
maturação fisiológica. No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
reconhece como adolescência o momento que estende dos 12 aos 18 anos – Lei n°.
8.069/1990 (BRASIL, 1990).
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Sexualidade na Adolescência
temor de falar sobre sexo revela que a sexualidade é tratada no cotidiano escolar de
forma escamoteada, uma vez que muitas escolas abordam esta temática por meio
de várias disciplinas, ou seja, da transversalidade, assim:
Fatores biológicos
A cada dia mais adolescentes engravidam em faixas etárias cada vez mais
precoces, desde a idade do advento da menarca até o aumento do número de
adolescentes gestantes na população geral. A significativa diminuição da idade na
qual a menarca ocorre tem sido apontada como um dos fatores para o aumento da
fecundidade, fazendo com que as mulheres tenham capacidade reprodutiva
precocemente (UNFPA, 2021).
Ferreira (2013), observa que a idade em que ocorre a menarca tem se
adiantado, marcando o estágio da maturação uterina e anunciando o
desenvolvimento do corpo para a reprodução, mas não indica que o corpo
totalmente desenvolvido para a execução dessa função. Desta forma, muitos
adolescentes necessitam de apoio de adultos, para aprenderem a lidar com as
mudanças que ocorrem no seu corpo, sendo a menarca uma das últimas análises, a
resposta orgânica que reflete a interação dos vários segmentos do eixo
neuroendócrino feminino. Quanto mais precocemente ocorrer, mais exposta estará a
adolescente a gestação.
Fatores Sociais
Para Santos et al. (2018) além dos riscos para a saúde, a gravidez na
adolescência, também apresenta consequências sociais importantes como o
abandono dos estudos, diminuição do padrão de vida, e como resultado alteração no
futuro em relação a projetos profissionais.
A religião tem um grande desempenho na sociedade, pois alguns
profissionais que trabalham com esses jovens, tiveram a impressão de que as
adolescentes que frequentam as igrejas iniciam a prática sexual mais tardiamente
(GUIMARÃES, 2001).
Nesse cenário as atitudes individuais dos adolescentes são condicionadas
concomitantemente pela sociedade e pela família. No entanto, a postura adotada
entre as religiões tem participação importante como prenunciadora de atitudes
sexuais.
Segundo os PCN (2001) a escola tem um papel importante tendo o dever de
informar, problematizar e debater os diferentes tabus, preconceitos, crença e
atitudes existentes na sociedade, buscando não a inserção total. Ressaltando a
importância significativa e eficiente do envolvimento da comunidade, professores e
familiares para buscar, identificar e aplicar meios que favoreçam um diálogo
esclarecedor desse tema aos nossos adolescentes, por meio de uma abordagem
reflexiva, enfatizando as causas e consequências de uma gravidez não programada.
Dentro deste contexto, a discussão do assunto, seja no ambiente escolar ou
familiar, proporcionará avanços progressivos que levam os nossos jovens a entender
os seus riscos e as diversas formas existentes para proteção e prevenção eficazes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
CRUZ, Judite Maria Zamith. Sexualidade e educação. Ciência, História, Mito e Arte.
Braga: Centro de Formação de Associação de Escolas Braga-Sul, 2010.
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FREUD, S. A dissolução do complexo de Édipo. São Paulo: Cia. das letras, 2011.
ZAGURY, T. O adolescente por ele mesmo. 16. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2009.