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NAKA, Daniel.1
HEGEDUS, José Paulo.2
ULH, Jullyara Valléria Corbari Ulh.3
OLIVEIRA, Nicollas Renan Cardozo..4
LINARTEVICHI, Vagner Fagnani 5
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
O cuidado farmacêutico é uma prática que tem por finalidade orientar o paciente, a família e a
comunidade, visando a promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de agravos,
juntamente com a resolução de problemas farmacoterapêutico e o uso racional dos medicamentos.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
A doença celíaca é uma doença autoimune e é causada por intolerância ao glúten, uma
proteína encontrada no trigo, aveia, centeio, cevada, etc. Os principais sintomas são diarreia, dor
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Acadêmico do 10º período do Curso de Farmácia do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. E-mail:
jphegedus@minha.fag.edu.br
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Acadêmico do 10º período do Curso de Farmácia do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. E-mail:
dhnaka@minhaa.fag.edu.br
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Acadêmico do 10º período do Curso de Farmácia do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. E-mail:
Jvculh@minha.fag.edu.br
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Acadêmico do 10º período do Curso de Farmácia do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. E-mail:
nrcoliveira@minha.fag.edu.br
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Doutor em Farmacologia pela UFSC. Professor Titular do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. E-
mail:linartevichi@fag.edu.br
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A doença celíaca é uma doença autoimune que ocorre através da ingestão de glúten. Sendo
uma doença frequente, com predisposição genética, onde a prevalência média na população geral, é
de 1-2% (RODRIGO apud RITO NOBRE, et al, 2007). Define-se por inflamação crônica da
mucosa e submucosa do intestino delgado, também, pode-se relatar enteropatia sensível ao glúten.
(RODRIGO; LEPERS, et al apud RITO NOBRE, et al, 2007).
As manifestações clínicas da doença celíaca podem ser identificadas das seguintes maneiras
(PRESUTTI, et al; TORRES, et al apud da GAMA e SILVA & FURLANETTO, 2010):
Forma clássica: Há a má absorção intestinal sintomática, onde pode ocorrer diarreia crônica, dor e
distensão abdominal, flatulência e emagrecimento.
Forma atípica: Sintomas mínimos ou ausência de sintomas gastrointestinais, podem haver sintomas
atípicos, como anemia ferropriva, osteopenia ou osteoporose, infertilidade e baixa estatura. Sendo a
apresentação mais comum.
Forma latente: Podem ocorrer em duas formas diferentes. Em pacientes com diagnóstico antecipado
da doença celíaca, que responderam à dieta livre de glúten, e possuem histologia normal ou com
aumento de linfócitos intraepiteliais. Na segunda forma, pode ocorrer em pacientes com mucosa
intestinal normal, que estão sob dieta com glúten, e consequentemente, desenvolverão a doença
celíaca.
2.3 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico pode ser realizado por teste sorológico e por biópsias intestinais. Onde o teste
IgA anti-tTG (Tranglutaminase tecidual, anticorpos IgA) possui maior precisão, com especificidade
maior que 95% e sensibilidade de 90% a 96%. Deve-se realizar o teste antes de uma dieta restritiva
de glúten. Caso o teste for positivo, durante a dieta, verificar se há alterações histológicas
(KAGNOFF, 2006).
2.4.1 PARENTES
Os parentes de primeiro grau de um indivíduo com a doença celíaca, dispõem maior risco da
confirmação da doença por biópsia, com uma prevalência de aproximadamente 10%,
2.4.3 OSTEOPOROSE
Em pacientes com diabetes mellitus tipo 1, a prevalência da doença celíaca pode variar de
2% a % em adultos e de 3% a 8% em crianças. Ao diagnosticar a diabetes tipo 1, o profissional da
saúde deve ficar atento da associação entre estas duas doenças. A realização do teste para doença
celíaca se houver sintomas é crucial (KAGNOFF, 2006).
2.4.6 GENÉTICA
A prevalência em pessoas com tireoide crônica pode variar de 1,5% a 6,7%. Não há
justificativas para realizar a triagem de rotina em pacientes com a doença celíaca e da tireoide
quando não há sintomas sugestivos para a doença (KAGNOFF, 2006).
A doença celíaca também pode ser associada às seguintes doenças e distúrbios: nefropatia
por IgA, doença de Addison, epilepsia idiopática, ataxia, e calcificações occipitais. (KAGNOFF,
2006).
O tratamento da doença celíaca só é possível através de uma dieta livre de glúten, essa dieta
deve ser seguida durante toda a vida do paciente. Durante essa dieta, caso necessário, o paciente
pode receber tratamento nutricional se houver deficiência nutritiva (ferro, ácido fólico, vitamina
B12) (KAGNOFF, 2006; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
3. METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Como fontes de consulta
foram utilizadas as bases eletrônicas Google Acadêmico, Pubmed e Scielo, buscando-se artigos
publicados em periódicos científicos entre os anos de 1995 e 2021 (abril), nos idiomas português ou
inglês. A seleção dos artigos dos artigos ocorreu entre março e agosto de 2021.
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES
O farmacêutico tem um impacto direto na vida dos pacientes acometidos com a doença
célica, atuando desde a indústria na produção de medicamentos isentos de glúten, passando pela
farmácia hospitalar onde por meio da supervisão da administração medicamentosa tem o encargo de
garantir a não administração de medicamentos que contenham glúten a esses pacientes, por meio de
pesquisas no âmbito cientifico buscando novas alternativas de terapêutica e principalmente na
farmácia comunitária, onde o mesmo tem o importante papel na identificação de medicamentos
seguros e no aconselhamento ao paciente (SILVA, NAVES and VIDAL, 2008).
A mudança de vida do paciente pode começar já quando criança, com o profissional introduzindo
glúten na alimentação de forma progressiva após os 6 messes de idade, começando por papas sem
glúten e posteriormente adicionando essas proteínas de forma gradual, possibilitando assim verificar
uma possível intolerância. Na vida adulta pacientes podem chegar com déficits nutritivos devido a
deficiência na absorção de vitaminas como ferro, ácido fólico e b12, o farmacêutico pode
aconselhar suplementos alimentares elucidando essas carências que afetam diretamente na vida do
paciente. (Leitão, 2016)
No estudo de Piva and Wolkweis, (2020), 56,7% dos 180 pacientes celíacos entrevistados relataram
se auto medicar a fim de diminuir os sintomas da doença, evidenciando assim a relevância da
atuação do farmacêutico, atuação essa que pode trazer grandes melhoras na vida do paciente. Nesse
contexto o farmacêutico pode agir retirando medicamentos desnecessários, corrigindo possíveis
interações medicamentosas, orientando sobre a possível presença de glúten em alguns deles, assim
evitando prováveis complicações, garantindo uma farmacoterapia adequada e uma boa qualidade de
vida ao paciente. (LEITÃO, 2016)
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho é de grande importância, pois mostra que além do cuidado com
alimentação de forma a garantir que o paciente não venha a consumir alimentos que contenham
glúten os cuidados com os fármacos são um ponto de grande relevância para garantir uma boa
qualidade de vida e bem estar aos pacientes celíacos, desse modo o farmacêutico é um profissional
de grande relevância visto que o mesmo está envolvido em todas as etapas relacionadas ao
medicamento desde sua produção até sua dispensação, assim como muitas vezes é o profissional
que terá o primeiro contato com o paciente. Assim o Farmacêutico deve sempre intervir quando
necessário de forma a melhorar farmacoterapia sempre com uma boa relação com os demais
profissionais envolvidos no tratamento como o médico e o nutricionista visando sempre o bem estar
do paciente.
6. REFERÊNCIAS