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DISCIPLINA: LITERATURA INFANTIL

SEMESTRE: 2022.2

Contos de fadas: dos primórdios aos dias de hoje

Vivemos em uma época na qual o mercado se especializou em escritores por nicho. Peças de teatro
Infantil, novelas infantis, filmes infantis, músicas infantis, romances infantis: a descoberta e
desenvolvimento do conceito de “criança” impulsionou a sociedade para novos caminhos. E essa
origem está nos contos de fadas, os quais, originariamente, tinham um caráter oral.

É relativamente comum ouvirmos que determinada história tem uma versão diferente, na qual
as coisas acontecem de outra forma. Isso ocorre porque, na origem, esses contos
possuíam variações. Há contos que eram transmitidos de maneira diferente de acordo com a região,
acrescentando um detalhe ou outro – como aquelas versões de Chapeuzinho Vermelho que você
provavelmente já ouviu, mas desacreditou. São contos muito antigos, associados ao folclore de um
povo e, por isso, ancestrais. Ocorre que, à medida que passam a ser registrados na modalidade
escrita, determinadas versões começam a ser cristalizadas.

CURIOSIDADE
Você já assistiu ao filme Malévola, da Disney? No final, o narrador da história diz “e foi assim que
aconteceu embora, talvez, com o tempo, mudem um detalhe ou outro”. O texto brinca com esse
conceito, pois apresenta a história da Bela Adormecida sob o ponto de vista da Malévola. Trata-se de
um filme revisionista, na medida em que mostra o passado com base em valores contemporâneos.
Porém, também mostra como certas versões dos contos de fadas passaram a ser mais aceitas do
que outras e, consequentemente, se perpetuaram.

Com base nisso, é possível afirmar que a publicação de Contos da mãe gansa, de Perrault,
proporcionará o surgimento da produção literária infantil nos moldes como a conhecemos e
concebemos até os dias de hoje. Muitas dessas histórias chegaram ao conhecimento do escritor por
parte de sua mãe e nos salões de paris, o que já aponta como ele estava tendo acesso a versões de
outros textos.
Originalmente, esses textos tinham raízes em narrativas célticas, bretãs e indianas, as quais,
gradativamente, foram se mesclando com outras fontes e sofrendo adaptações e, em alguns casos,
perdendo seu sentido original (COELHO, 2012). Assim, posteriormente o escritor lançará outras
obras igualmente importantes, como A bela adormecida no bosque, Chapeuzinho vermelho, O barba
azul, O gato de botas, As fadas, A gata borralheira, Henrique do topete e O pequeno polegar.
Com isso, podem-se apontar dois acontecimentos fundamentais causados pela produção
literária de Perrault: pela primeira vez na história ocorre um surto na produção de literatura infantil, a
ponto de, à posteriori, outros escritores também receberem esse título: o de escritores de literatura
infantil, como La Fontaine; o outro foi a ascendência do gênero conto de fadas como o preferido por
outros escritores para a produção de uma literatura direcionada para crianças. Soa estranho falar em
“surto”, mas lembre-se que a prensa móvel foi criada por Gutenberg no século XV, o que propiciou
uma liberação da inteligência criativa dos indivíduos.
Portanto, percebe-se que Perrault trouxe para a literatura infantil o mundo de sonho e magia,
o que caracterizou, em sua época, o enfraquecimento do racionalismo clássico, que valorizava a
razão. Com o enaltecimento do imaginário, do impossível, do sonho, essa literatura se fortaleceu e
se tornou um gênero literário “oficial”.
Essa produção literária passará por um novo momento no século XIX devido ao advento do
Romantismo e a busca pela cultura local. Aqui, as narrativas folclóricas voltaram a ser presença
marcante no campo da literatura infantil no momento em que o Romantismo e Realismo disputavam
o mesmo espaço, trazendo a valorização da reconstrução do mundo imaginário e maravilhoso.
Desse modo, a literatura se alicerça com novo estilo e técnica. Esse período foi denominado o século
do ouro da literatura infantil, visto que esta passou a atingir todos os tipos de classe social, tendo
contato com os mais importantes entretenimentos literários.

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No começo do século XIX, a literatura infantil ganhou novos rumos e alcançou uma expansão
significativa com textos literários de sucesso graças aos irmãos Grimm. Ambos eram linguistas que
realizavam pesquisas sobre o folclore alemão, e um de seus objetivos era conceber o estudo do que
viria a ser a língua alemã. Um de seus resultados foi o recolhimento de contos orais que
posteriormente, em 1812, no espírito do Romantismo, foram lançados em uma coleção de contos de
fadas. É a partir desse momento que o termo “contos de fadas” passa a significar “literatura infantil”.
Pode-se dizer que, a partir disso, o gênero começou a se consolidar, uma vez que já
delimitava um leitor-modelo estabelecido: o público infantil. Isso também influenciou suas principais
características, como a preferência por histórias que emanam fantasia e magia. É esse modelo que
será seguido posteriormente por escritores como Hans Christian Andersen, em Contos (1833), Lewis
Carroll, em Alice no país das maravilhas (1863), Collodi, em Pinóquio (1883) e James Barrie,
em Peter Pan (1911) (LAJOLO; ZILBERMAN, 2007).
Foi com as obras dos irmãos Grimm que a literatura infantil chegou ao leitor mirim, com suas
narrativas baseadas no folclore e nas tradições populares, revelando um mundo de fantasia para
todas as crianças de vários lugares do mundo. Consequentemente, suas obras se tornaram uma
literatura universal. É possível apontar, dentre as obras dos irmãos, contos como Branca de neve e
os sete anões, Cinderela, A gata borralheira, A touca mágica, O pequeno polegar, O pássaro de
ouro, entre outros.
Talvez tenha gerado estranhamento A gata borralheira ter sido referenciada como um texto
dos irmãos Grimm e, anteriormente, de Perrault. Lembre-se do que foi dito: são contos presentes na
tradição oral, no folclore dos povos. Ocorre que muitos foram suavizados nos salões parisienses,
mas mantiveram seu caráter mais cru nas versões alemãs. E, com o advento do mercado editorial
infantil, até mesmo as versões dos irmãos Grimm atingem o público mirim com suas devidas
adaptações.
No século XIX, com o aumento dos jornais, surge o romance de folhetim: obra literária
publicada em capítulos até atingir sua conclusão. Muitos clássicos que conhecemos hoje foram
lançados assim e, posteriormente, em formato de livro. O mesmo ocorre com obras que hoje
possuem o formato de novelas e romances, mas originalmente eram publicados em jornais como
uma sequência de contos interligados. Cada história em si era independente, mas o escritor
precisava finalizar aquele trecho de forma que o leitor desejaria ler a continuação na semana
seguinte.
Foi assim que surgiram clássicos como Pinóquio, do italiano Carlo Collodi, considerado um
livro literário universal por trazer uma obra ficcional de cunho filosófico que retrata o sentimento
existente entre pai e filho, demonstrando o arrependimento de um filho alicerçado a questões morais
e o antagonismo entre o bem o mal, entre outros aspectos que demarcam universalidade. A inovação
estética e experimental promovida pelo autor de Pinóquio fez com que surgisse uma obra
fundamentalmente desenvolvida e polissêmica em todo o seu dualismo filosófico: “boneco de pau,
filho humano; no seu pluralismo despretensioso de reações humanas; na realização de uma
verdadeira obra de ficção – Pinóquio é um tipo de literário universal” (CARVALHO, 1989, p. 112).
As proposições apresentadas em Pinóquio não são aleatórias: perceba que há um trajeto que
considera o caráter pedagógico do texto literário, culminando em uma produção literária pós-
Revolução Francesa que precisa dar conta de uma crescente população letrada. Porém, uma
população letrada que não tem tradição literária não está plenamente habituada à leitura dos
clássicos. E, uma vez que há direcionamento para uma parte da população, é por meio da narrativa
curta que determinadas questões passam a ser abordadas, na brevidade de um jornal.
Outro clássico infantil foi Alice no país das maravilhas (1865), de Lewis Carroll. Nessa obra-
prima da literatura inglesa, o autor traz um mundo mágico por meio de uma aventura fantástica em
um lugar no qual tudo acontece ao contrário do mundo real. Essa obra correu o mundo por meio de
várias adaptações e demarcou o mundo da fantasia, embora Carroll tivesse outra intenção: a de
“ridicularizar o esnobismo, as arbitrariedades e os vícios de uma época” (CARVALHO, 1989, p. 113).
Se debates literários ocorriam livremente em saraus, o autor trazia essas mesmas discussões para o
texto infantil. Segundo Coelho, a importância da obra reside na seguinte constatação:
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Ao se divulgar como obra-prima da Literatura Infantil, das


maravilhas perdeu o estilo peculiar de Carroll: a verdadeira intencionalidade da
criação realizada desapareceu completamente. O que ficou foi o sentido do
mágico, do maravilhoso ou do absurdo que pode ser encontrado dentro do
cotidiano comum e prosaico; e que Carroll foi um dos que primeiro que o
descobriram para o mundo de ontem e de hoje (2010, p. 173).

Outra obra igualmente significativa – e um dos motivos desse período ser conhecido como
século de ouro da literatura infantil – será a obra Peter Pan, de James M. Barrie, que ficou conhecido
no mundo todo, encantando as crianças com suas aventuras na Terra do Nunca. Peter Pan, o
menino que não queria crescer e que desejava viver apenas em aventuras, trouxe fantasia, magia e
humor, tornando-se um sucesso imediato entre o público infantil.
Essa obra tem como característica apresentar a existência de uma tradição já consolidada de
escritores de literatura infantil. Barrie era leitor dos textos de vários escritores, como Charles Dickens.
Embora tenha sido um escritor e dramaturgo profícuo, o que o consagrou mundialmente foi a criação
de Peter Pan. Essa encantadora personagem do universo literário infantil aparece pela primeira vez
no conto O pequeno pássaro branco escrito em e publicado em . Por influ ncia do
empres rio de suas peças, esse conto é transformado em peça teatral: Peter Pan, o menino que não
queria crescer. O sucesso da personagem levou Barrie a escrever outros contos, Peter Pan nos
jardins de Kessington, em 1907, e Peter Pan e Wendy, em 1911.
Essa tradição literária que trabalha e reinventa o gênero do conto de fadas perdura até os
dias de hoje. Uma das mais belas obras literárias da literatura infantil, O Pequeno Príncipe, do
escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, caracteriza-se como um livro-poema universal. Trata-se
de uma obra-prima em todos os seus aspectos, permeada por um lirismo subjetivo e crítico. O texto
possui uma abordagem de extraordinária beleza e delicadeza, além de estar carregado de um grau
de originalidade sem igual na ficção, cuja fantasia está explícita, gerando absoluta felicidade e
sentimento crítico em cada página.
Os contos de fadas, ora como histórias isoladas, ora como textos seriados, perduraram e, por
sua estrutura mercadológica, continuam até os dias de hoje. Abordaremos, em outras unidades,
como outros temas vão sendo explorados, e como esses textos tornam-se significativos em suas
épocas.

A literatura infantil brasileira

É a partir do Romantismo e da independência do Brasil que se torna uma questão a busca por uma literatura
nacional e que representasse um estado recém-formado. É também nesse período que surge uma literatura
infantil influenciada, por exemplo, pela literatura francesa de La Fontaine e Perrault, apresentados ao Brasil por
intermédio de Portugal. Assim, a literatura infantil no Brasil começou a se consolidar a partir do século XIX,
conscientizando os leitores sobre uma literatura específica para a criança.

Carvalho (1989) atesta que Contos da Carochinha, de Alberto Figueiredo Pimentel, teria sido
a primeira publicação do gênero. Entretanto, a autora também ressalta a relação com a escola ao
afirmar em seus estudos sobre literatura infantil no Brasil, por meio de um traçado histórico, que foi a
partir de 1820, mesmo ano de formação do Colégio Caraça, que a literatura e a escola se tornaram
restritas, ou seja: somente as classes social e economicamente dominantes tinham acesso à
educação e às obras infantis consideradas clássicas.
Segundo Cunha (1999, p. 20), “no Brasil, a produção literária para crianças se inicia com
obras de teor pedagógico e, ainda por cima, são adaptações de textos portugueses, o que demonstra
a subserviência cultural colonial”. Vale destacar que, para a autora, a legítima literatura infantil
brasileira foi iniciada efetivamente com o surgimento das obras de Monteiro Lobato, por ele ser um
escritor que proporcionou a diversidade de temas, contextos e gênero literário, trazendo personagens

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que ultrapassam os estilos convencionais literários e criando, com isso, seu próprio estilo e universo
ficcional.
Nesse sentido, surge José Bento Monteiro Lobato na literatura infantil brasileira com suas
obras Narizinho arrebitado, Sítio do Pica-pau Amarelo, Reinações de Narizinho e outras que
revolucionaram o campo da literatura infantil no país, com textos que retratavam a realidade social e
cultural e com personagens contemporâneos, como a boneca de pano, Emília.
Em O Sítio do Pica-pau Amarelo, por exemplo, Lobato, por meio de uma série de histórias,
trouxe aspectos da vida rural, como fazendas de café, com intuito de revelar as questões nacionais
do País, bem como histórias com aspectos folclóricos, narradas por uma cozinheira negra, que
representavam os valores morais e culturais de um povo. E, logo em seguida, “adotando postura
iconoclasta perante os valores culturais populares, Monteiro Lobato promove a cozinheira do sítio a
narradora titular em Histórias da Tia Nastácia” (LAJOLO; ZILBERMAN, 1985, p. 65).
Histórias da Tia Nastácia tem uma proximidade temática com a obra de Perrault, Contos da
mãe gansa. Não é aleatório: uma geração de escritores lia, nos jornais brasileiros, os contos de
Perrault, traduzidos por Machado de Assis. As histórias da Tia Nastácia seguiam o mesmo estilo de
contação de histórias como causos populares e regionais, resgatando elementos do folclore e da
cultura oral.
Cabe então a discussão: literatura infantil no Brasil, ou do Brasil? Para Nely Novaes Coelho
(2010), essa separação é feita por Monteiro Lobato. O autor promove uma ruptura com os
estereótipos literários por meio da adaptação das narrativas europeias ao contexto brasileiro, e abre
possibilidades para novas ideias que circulavam pelo ambiente.
Assim, o mesmo Lobato realizou adaptações dos clássicos europeus, fazendo com que
interagissem com a cultura brasileira. Personagens como Peter Pan, inclusive, visitavam o Sítio do
Pica-pau Amarelo. Monteiro Lobato, ao realizar adaptações de obras clássicas, apresentava a
intenção de levar às crianças o conhecimento da tradição, seja com seus heróis reais ou fictícios, as
conquistas da ciência, entre outros, e também questionar com elas as verdades concebidas. No
entanto, Lobato propõe no campo literário infantil a ficção e a magia a partir do contexto da realidade
nacional, lançando mão da representação da relação familiar, da vida no campo e do folclore afro-
brasileiro.
Portanto, vale ressaltar que na literatura infantil brasileira, além de Monteiro Lobato, vários outros
autores dessa época se destacaram, a exemplo de “Coelho Neto e Olavo Bilac (Contos pátrios),
Tales de Andrade (Saudade), Arnaldo de Oliveira Barreto (A festa das aves), entre outros” (LAJOLO;
ZILBERMAN, 2007, p. 27-28).
Assim, a partir de Lobato, sugiram novos escritores de narrativas infantis com perfil inovador,
como ocorre com as revistas em quadrinhos, que trouxeram outra forma de leitura, bem como a
televisão, que transformou as leituras dos livros infantis em seriados de entretenimento para crianças
e jovens. Um exemplo é a inesquecível série infantil O Sitio do Pica-pau Amarelo, adaptada da obra
de Monteiro Lobato e produzida pela Rede Globo. Nely Novaes aponta que:
Em 1950, a revista em quadrinhos Pato Donald é introduzida no Brasil (a Ed. Abril SP cria o
sistema de postos de venda para distribuiç o em quase todo o territ rio nacional . partir da abre--
se o nosso mercado às Produções de Walt Disney. Registre-se também, no âmbito da literatura
quadrinizada, a voga das revistas de terror (cuja popularidade se mantém até hoje, não só em
revistas, como em filmes, no cinema e na televisão) (2010, p. 275).
Atualmente, a literatura infantil brasileira encontra-se alinhada aos novos tempos, mostrando-
se preocupada com as questões sociais, culturais, políticas e especialmente com as diferenças
sociais, uma vez que todo o tipo de diversidade (gêneros, etnias, raças) está inserida na sociedade
brasileira, possibilitando ao indivíduo a busca para compreender o diferente. Assim, percebe-se que
os escritores do nosso século apresentam, em suas narrativas, um contexto voltado a essas
questões, de maneira a proporcionar à criança ou ao jovem a oportunidade de vivenciar histórias do
mundo mágico que lhes aproximem da sua própria realidade.
Nesse sentido, para Zilberman, literatura infantil contemporânea brasileira apresenta-se no
seu melhor tempo:
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A literatura brasileira experimenta um momento particularmente favorável:


estatisticamente, cresceu o número de publicações originadas de autores nascidos no
Brasil; diversificaram-se os gêneros em que um escritor pode se manifestar,
estendendo-se as opções dos modelos mais elevados da ficção e da poesia à
produção para a imprensa, para o cinema ou para o público jovem; profissionalizam-
se os criadores de arte, adotando a prática de agentes literários, que medeiam as
relações com editores, tradutores e divulgadores no campo cultural (2007, p. 183).

Desse modo, observa-se que os literatos infantis estão se adequando à nova criança da
atualidade, inserida na era da tecnologia digital, da internet e dos jogos interativos, de maneira a
buscar meios de interagir e conquistar os pequenos leitores por meio das mídias sociais, como a
hiperm dia, que é a “encadeaç o eletrônica de palavras, sons e imagens, e o hipertexto – múltiplos
textos em potencial, que s se completam pela aç o do leitor” N SCIMENTO, 7, p. .
O hipertexto possibilita ao leitor a liberdade de interação com o texto e incorpora
vários elementos eletrônicos, com a diferença de que o foco parece estar em técnicas exclusivas,
como por exemplo o site Glide, que apresenta uma exploração interativa da linguagem visual.
Desse modo, percebe-se que a literatura infantil no Brasil passou por uma significativa
mudança desde os tempos idos do século XX, e, ao chegar ao século XXI, adequou-se às inovações
tecnológicas, assim como acompanhou o progresso na área educacional, continuando assim a ser
uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento cognitivo da criança.
Mesmo a literatura infantil alicerçada a novas tecnologias, continuará proporcionando ao leitor
mirim o contato com o mundo mágico e com o maravilhoso, de forma a conceber o seu mundo real a
partir de uma construção crítica e reflexiva do contexto social em que está inserida.

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