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ESTADO DE SANTA CATARINA

FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL


DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO
GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO
NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

DIRETRIZES PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO


PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
AEE-AH/SD

Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação

São José, 2020


ESTADO DE SANTA CATARINA
FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO
GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO, ARTICULAÇÃO E EXTENSÃO
NÚCLEO DE ATIVIDADES DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

DIRETRIZES PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO


PARA ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO -
AEE-AH/SD

Instituições Proponentes
Secretaria de Estado da Educação
Fundação Catarinense de Educação Especial

Coordenação
Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S-SC)

Elaboração
Aline Mendes
Ananda Ludwig Burin
Andréia Rosélia Alves Panchiniak
Sandra Duarte Hottersbach
Sirlei Ignácio

Colaboração
Equipe do NAAH/S-SC

São José, 2020

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Sumário
1. INTRODUÇÃO 4

2. ALUNO COM AH/SD: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS 6


2.1. DEFINIÇÃO 7

3. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) - AH/SD 8


3.1. CARACTERIZAÇÃO 9
3.2. OBJETIVO 10
3.2.1. Geral 10
3.2.2. Específico 10
3.3. ELEGIBILIDADE 11
3.4. IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO AEE - AH/SD 11
3.5. INCLUSÃO DE ALUNOS 13
3.6. Continuidade do AEE-AH/SD 15
3.7. DESLIGAMENTO DE ALUNOS 16
3.8. CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS 17

4. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 18
4.1. ENTURMAÇÃO NO AEE-AH/SD 19
4.2. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR 19
4.3. ATRIBUIÇÃO DO PROFESSOR ASSESSOR 20
4.4. ESTRUTURA FÍSICA 22

5. MÉTODOS DE ENSINO, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS 23


5.1. IDENTIFICAÇÃO 24
5.1.1. Busca Intencional 24
5.1.1.1. Mapeamento de um grupo para investigação 25
5.1.1.2. Processo de Avaliação Inicial 25
5.1.1.3. Roteiro para análise dos protocolos de identificação 27
5.1.1.4. Roteiro para elaboração de parecer pedagógico 28
5.1.2. Outras Formas de Identificação 28
5.2. ATENDIMENTO 30
5.3. AVALIAÇÃO 33

REFERÊNCIAS 36

ANEXOS 39
ANEXO A - Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) 39
ANEXO B - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD - Professor (QUIIAHSD - Pr) 40
ANEXO C - Questionário para identificação de indicadores de AH/SD - Responsáveis (QUIIAHSD - R) 42
ANEXO D - Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD 1º ao 4º ano - Autonomeação (QIIAHSD - A 1º
- 4º - Autonomeação 45
ANEXO E - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD - Aluno (QIIAHSD - A) 46
ANEXO F - Respostas mais comuns em Adolescentes com AH/SD 49
ANEXO G - Parecer Pedagógico 51
ANEXO H - Termo de Desligamento 54
ANEXO I - Plano de Ação 56
ANEXO J - Relatório de Plano de Ação 58

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1. INTRODUÇÃO

Alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação (AH/SD)


são aqueles que, quando comparados a seus pares, de mesma faixa etária e
escolaridade, apresentam habilidade significativamente superior, em uma ou
mais áreas do conhecimento. Além de habilidade superior, apresentam
engajamento na sua(s) área(s) de interesse, necessitando de pouco estímulo
para finalizar uma atividade; assim como pensamento criativo, demonstrando,
também, curiosidade. Pelo reconhecimento das diferenças de ritmo e de estilo
de aprendizagem, esses alunos foram incluídos como um dos públicos da
Educação Especial com direito de receber Atendimento Educacional
Especializado (AEE), visando ao pleno desenvolvimento de suas habilidades
em todas as etapas e modalidades da educação básica.
Casos de pessoas com AH/SD não são isolados segundo literatura
científica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número
de pessoas com AH/SD pode alcançar até 5% da população geral (PEREZ,
2003) quando considerados apenas superdotados na área acadêmica. Ao
incluirmos outras áreas do conhecimento, tais como competências
psicomotoras, artísticas, liderança e criatividade, as estatísticas referentes à
superdotação podem chegar até 30% da população (VIRGOLIM, 2014). Isso
significa que temos um número expressivo de alunos com AH/SD matriculados
nas escolas, porém não são devidamente identificados e, em razão disso, não
recebem o atendimento adequado às necessidades educacionais específicas
que apresentam.
A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de Setembro de 2001, que institui
diretrizes nacionais para a Educação Especial na educação básica, preconiza,
em seu Art. 8º, que as escolas da rede regular de ensino, na organização de
suas classes comuns, devem prever e prover:

[...] atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas


habilidades/superdotação, o aprofundamento e enriquecimento de

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aspectos curriculares, mediante desafios suplementares nas classes


comuns, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos
sistemas de ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo, da
série ou etapa escolar (BRASIL, 2001. p. 3).

O Decreto nº 7.611/2011, que dispõe sobre a Educação Especial e o


atendimento educacional especializado, complementa a Resolução CNE/CEB
nº. 2, citada anteriormente, e preconiza a construção de um sistema
educacional inclusivo ao sugerir que esse atendimento seja compreendido
como “[...] o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados institucional e continuamente” (BRASIL, 2011, p. 2) prestado como
suplementar à formação de alunos com AH/SD.
Cumprindo a legislação, a Secretaria de Educação Especial do
Ministério da Educação e Cultura (MEC), em parceria com as Secretarias de
Educação dos Estados (SED), implantou, em 2005, os Núcleos de Atividades
de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S) em todas as unidades da
Federação com o objetivo de

[...] fomentar e difundir o conhecimento científico na área das AH/SD,


orientando quanto a implantação de serviços de atendimento
educacional especializado para alunos com AH/SD em todo o estado;
Avaliar alunos com indicadores de AH/SD, identificando suas áreas
de interesse específico, e promover atendimento educacional
especializado; e Desenvolver metodologias para identificação e
atendimento de alunos com AH/SD através de pesquisas científicas
(SANTA CATARINA, 2016a, p. 35).

O NAAH/S do estado de Santa Catarina (NAAH/S-SC) faz parte dos


serviços prestados pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE)
e fundamenta suas ações nos princípios filosóficos que embasam a Educação
Inclusiva, tendo como objetivo definir e coordenar a política de atendimento aos
alunos com indicadores de AH/SD no estado de Santa Catarina. Cabe a esse
Núcleo, além de identificar, de avaliar e de atender alunos com indicadores de

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AH/SD, ministrar cursos, palestras, seminários e encontros sobre o tema


AH/SD. E, desde 2014, em parceria com a SED, vem implantando Salas de
Atendimento Educacional Especializado para alunos com Altas
Habilidades/Superdotação (AEE-AH/SD) em diversos municípios do estado,
descentralizando o serviço e alcançando, desta forma, maior número de alunos
identificados e atendidos (BURIN, 2019).
O NAAH/S-SC também realiza orientação técnica e pedagógica,
capacitações e assessorias (presencial e na modalidade à distância) e
disponibiliza recursos didático-pedagógicos aos profissionais que atuam no
estado.

2. ALUNO COM AH/SD: DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

A Fundação Catarinense de Educação Especial, órgão responsável


pela política pública para educação especial no estado de Santa Catarina,
utiliza oficialmente a terminologia Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD)
conforme instituída pela Resolução CEE/SC n. 100 de 13 de Dezembro de
2016, que estabelece normas para a Educação Especial no Sistema Estadual
de Educação de Santa Catarina (SANTA CATARINA, 2016). Na nova Política
Nacional de Educação Especial, instituída pelo Decreto n. 10.502 de 30 de
Setembro de 2020 (BRASIL, 2020), a terminologia Altas
Habilidades/Superdotação foi substituída por Altas Habilidades ou
Superdotação, substituindo a “/” pela conjunção “ou”. Entretanto, cabe salientar
que ambas as terminologias referem-se ao mesmo público.

2.1. DEFINIÇÃO

A nova Política Nacional de Educação Especial conceitua “educandos


com altas habilidades ou superdotação que apresentem desenvolvimento ou

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potencial elevado em qualquer área de domínio, isolada ou combinada,


criatividade e envolvimento com as atividades escolares” (BRASIL, 2020, p.
60). Este conceito respalda a política anterior que define alunos com AH/SD
como aqueles que:

[...] demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes


áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade,
grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em
áreas de seu interesse. (BRASIL, 2008, p. 15).

Das áreas citadas, destacam-se alguns aspectos e características


mencionadas por Virgolim (2007) e pelas Diretrizes Gerais para o Atendimento
Educacional aos Alunos Portadores de Altas Habilidades/Superdotação e
Talentos (BRASIL, 1995), quais sejam:

Capacidade intelectual: Envolve curiosidade intelectual, rapidez,


fluência, independência e flexibilidade de pensamento, poder excepcional de
observação, julgamento crítico, pensamento abstrato e associativo, produção
intelectual, excelente capacidade de memória, persistência em atingir seus
objetivos e ótimo raciocínio lógico.

Aptidão acadêmica: Envolve atenção, concentração, boa memória,


rapidez de aprendizagem, habilidade para avaliar, sintetizar e organizar o
conhecimento, motivação por disciplinas e tarefas acadêmicas do interesse
deles, capacidade de produção acadêmica, alta pontuação em testes
acadêmicos e desempenho excepcional na escola.

Liderança: Envolve sensibilidade interpessoal e sociabilidade


expressiva, atitude cooperativa, poder de persuasão e de influência no grupo,
habilidade de estabelecer relações sociais, atitude cooperativa, capacidade de

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resolver situações sociais complexas, habilidade de desenvolver uma interação


produtiva com os demais e sensibilidade aos sentimentos dos outros.

Psicomotricidade: Compreende desempenho superior em esportes e


atividades físicas, coordenação motora, agilidade de movimentos, força,
resistência, velocidade, flexibilidade corporal e alta performance atlética.

Artes: Envolve habilidade em expressar sentimentos e pensamentos


por meio da arte, da dança, do teatro ou da música, alto desempenho em artes
plásticas, dramáticas ou literárias, talento especial para música, alto grau de
criatividade e originalidade.

Diante das características, percebe-se a diversidade de perfis que


podem apresentar os alunos com indicadores de AH/SD e a necessidade de
qualificação dos profissionais a fim de que possam prestar o devido
atendimento a esse público.

3. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) - AH/SD

O AEE-AH/SD configura-se em um serviço educacional para alunos


com indicadores de AH/SD, sendo responsável por acompanhar a demanda
desse público nas unidades escolares das diversas regiões do estado; por
atender alunos com de AH/SD com indicadores relativos à Capacidade
Intelectual e à Aptidão Acadêmica; por encaminhar e acompanhar alunos com
indicadores nas áreas de Liderança, Artes e Psicomotricidade para
atendimentos em serviços/projetos na escola e/ou comunidade, de acordo com
suas habilidades.

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3.1. CARACTERIZAÇÃO

A Resolução nº 4, de 2 de Outubro de 2009, que institui diretrizes


operacionais para o AEE na educação básica, modalidade Educação Especial,
orienta o AEE para AH/SD:

Art. 7o Os alunos com Altas Habilidades/Superdotação terão suas


atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de
escolas públicas de ensino regular, em interface com os núcleos de
atividades em altas habilidades/superdotação e com as instituições de
ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoção
de pesquisa, as artes e dos esportes (BRASIL, 2009, p. 2).

O AEE-AH/SD ocorre, então, de forma a suplementar as áreas de


destaque com o propósito de proporcionar o aprofundamento de
conhecimentos e favorecer a interação social. As atividades deverão ser
propostas de acordo com o potencial, o interesse e as áreas de habilidades dos
alunos e devem ser proporcionadas em ambiente estimulador e desafiador ao
desenvolvimento delas.
O AEE-AH/SD pode ter estrutura de Polo ou Sala de Atendimento.
Compreende-se Polo de AEE-AH/SD, o serviço que contará com estes dois
profissionais: Professor e Professor Assessor; e Sala de AEE-AH/SD quando
somente o Professor atuar.
O Professor Assessor do Polo de AEE-AH/SD terá como atribuição
prestar atendimento às Salas de AEE-AH/SD. Também no que se refere à
avaliação inicial e à articulação dos encaminhamentos necessários para a
suplementação das necessidades educacionais dos alunos; e,atuará de forma
itinerante. O Professor é o profissional que atuará no atendimento dos alunos
na sala de AEE-AH/SD.
Os critérios para definir o Polo ou a Sala de AEE-AH/SD serão
articulados com a SED de acordo com o número e zoneamento de alunos.

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3.2. OBJETIVO

3.2.1. Geral

Identificar, avaliar e atender alunos com indicadores de AH/SD que


frequentam o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio da rede pública estadual
ou da rede privada.

3.2.2. Específico

● Promover busca intencional de alunos com indicadores de AH/SD na


rede pública estadual de Educação Básica, a partir do Ensino Fundamental I;
● Capacitar e orientar a comunidade escolar sobre a temática das AH/SD;
● Orientar a rede regular de ensino quanto a formas de enriquecimento
escolar e adequações curriculares;
● Promover parcerias e cooperação técnica com instituições e/ou
profissionais que atuam em áreas específicas, relacionadas às habilidades e
interesses dos alunos;
● Registrar, organizar e armazenar documentos referentes aos
procedimentos do AEE-AH/SD; e,
● Participar de pesquisas na área das AH/SD em parceria com a SED,
Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e FCEE.

Referentes aos alunos com indicadores de AH/SD incluídos no


AEE-AH/SD, o serviço deverá:

● Avaliar processualmente os indicadores;


● Identificar a área de interesse específica;

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● Suplementar as áreas de potencial elevado e/ou habilidades acima da


média;
● Avaliar a evolução de desempenho de forma processual;
● Encaminhar os alunos para atividades suplementares que contemplem
suas áreas de interesses, quando necessário e acompanhar o desempenho
deles;
● Registrar, organizar e armazenar dados referentes aos alunos, aos
atendimentos e às parcerias; e,
● Realizar Parecer Pedagógico (Anexo G) individual.

3.3. ELEGIBILIDADE

O aluno elegível para o AEE-AH/SD deverá apresentar indicadores de


AH/SD em uma ou mais áreas do conhecimento e estar matriculado no Ensino
Fundamental I, Fundamental II ou Médio, na rede pública estadual ou rede
particular. Os pedidos de inclusão no AEE-AH/SD de alunos da rede particular
serão analisados individualmente por meio de processo encaminhado pela
CRE ao NAAH/S-SC.

3.4. IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO AEE - AH/SD

A equipe técnica pedagógica da escola e o profissional que responde


pela Educação Especial da CRE são os responsáveis pelo processo de
identificação de alunos com indicadores de AH/SD nas escolas da rede
estadual de ensino sob orientação do NAAH/S-SC e da Coordenação de
Educação Especial (COESP) da SED. A implantação do Polo ou da Sala do
AEE-AH/SD ocorrerá quando houver demanda de alunos identificados e não
deve ultrapassar o número de 24 alunos por Polo ou Sala. A partir de 25

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alunos, será analisada, via o NAAHS-SC, SED, CRE, a possibilidade da


implantação de um novo Polo ou Sala de AEE-AH/SD.
Quando não houver estrutura mínima para implantar Polo ou Sala de
AEE-AH/SD na cidade/região, o aluno com indicadores de AH/SD poderá ser
incluído no AEE de Matriz Curricular Mista, também ofertado nas unidades
escolares da rede pública estadual, disponível no Estado, sendo necessário,
para o atendimento, que o professor siga as diretrizes do AEE-AH/SD.
Salienta-se que os alunos com indicadores de AH/SD incluídos nesses serviços
deverão receber atendimento em horários distintos dos demais alunos, público
da Educação Especial, respeitando as suas especificidades.
Para a abertura de um novo Polo ou Sala de AEE-AH/SD, a escola
deverá encaminhar um processo ao responsável pela Educação Especial da
CRE, que fará o encaminhamento via Sistema de Gestão de Processos
Eletrônicos (SGPE) à FCEE para análise técnica, contendo os seguintes
documentos:

● Ofício da CRE, solicitando a implantação;


● Ofício da escola, solicitando a implantação e contendo a lista de alunos
identificados para avaliação no AEE-AH/SD;
● Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A)
preenchida pelo professor pedagogo em caso de aplicação em turmas do
Ensino Fundamental I ou preenchidas pelo professor de área específica em
caso de aplicação em turmas do Ensino Fundamental II e Médio; e
● Enturmação do ano/série na qual o aluno está matriculado na Rede
Regular de Ensino.

Para cada um dos alunos que será incluído no AEE-AH/SD, o processo


também deve conter:

● Parecer pedagógico detalhado do professor regente, no caso de alunos


do Ensino Fundamental I ou Parecer das habilidades dos alunos indicados pelo

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professor da área em que o aluno apresenta destaque, uma vez que sejam
alunos do Ensino Fundamental II ou Médio;
● Protocolos de Identificação: Questionário de Identificação de Indicadores
de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de Identificação de
Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); Questionário de
Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º), no caso de alunos do Ensino Fundamental I
(Anexo D); Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno
(QIIAHSD-A), no caso de alunos do Ensino Fundamental II ou Médio (Anexo
E);
● Parecer Pedagógico (Anexo G) elaborado pelo Professor Assessor, com
análise dos Protocolos de Identificação de acordo com o documento Respostas
mais Comuns (Anexo F);
● Relatório psicológico de avaliação de inteligência do aluno, quando
houver;
● Certificado ou documento comprobatório de premiação em olimpíadas
de conhecimento, quando houver; e
● Produções do aluno, quando este for identificado pela área artística.

Após análise técnica a FCEE enviará seu parecer à SED que


encaminhará a CRE para as devidas providências.

3.5. INCLUSÃO DE ALUNOS

Para a inclusão de alunos nos Polos ou nas Salas de AEE-AH/SD, a


escola deverá encaminhar processo ao responsável pela Educação Especial
da CRE, que fará o devido encaminhamento à FCEE, via Sistema de Gestão
Educacional de Santa Catarina (SISGESC), para análise técnica, contendo os
seguintes documentos:

● Ofício da CRE solicitando a inclusão do aluno;

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● Ofício da escola na qual o AEE-AH/SD está implantado, solicitando a


inclusão do aluno;
● Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A)
preenchida pelo professor pedagogo, em caso de aplicação em turmas do
Ensino Fundamental I ou preenchidas pelo professor de área específica, em
caso de aplicação em turmas do Ensino Fundamental II e Médio, quando
houver, ou seja, caso tenha sido feita uma busca intencional;
● Enturmação do ano/série na qual o aluno está matriculado na rede
regular de ensino;
● Parecer pedagógico detalhado do professor regente, no caso de alunos
do Ensino Fundamental I ou das habilidades dos alunos indicados pelo
professor da área em que o aluno se destaca, uma vez que sejam alunos do
Ensino Fundamental II ou Médio;
● Protocolos de Identificação: Questionário de Identificação de Indicadores
de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de Identificação de
Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); Questionário de
Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D), no caso de alunos do Ensino
Fundamental I; Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno
(QIIAHSD-A) (Anexo E), no caso de alunos do Ensino Fundamental II ou
Médio;
● Parecer Pedagógico (Anexo G) elaborado pelo Professor Assessor, com
análise dos Protocolos de Identificação de acordo com o documento Respostas
mais Comuns (Anexo F);
● Relatório psicológico de avaliação de inteligência do aluno, quando
houver;
● Certificado ou documento comprobatório de premiação em olimpíadas
de conhecimento, quando houver; e,
● Produções do aluno, quando este for identificado pela área artística.

Após análise técnica a FCEE enviará seu parecer à SED que


encaminhará a CRE para as devidas providências.

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3.6. Continuidade do AEE-AH/SD

Para a continuidade do Polo ou Sala de AEE-AH/SD na unidade de


ensino, a escola deverá encaminhar processo ao responsável pela Educação
Especial da CRE que fará o devido encaminhamento via SGPE, à FCEE, em
período estabelecido a cada ano pela SED, em parceria com a FCEE, para
análise técnica, contendo os seguintes documentos:

● Ofício da CRE;
● Ofício da escola, solicitando a continuidade do AEE-AH/SD, contendo:
● relação de alunos que continuarão no processo de avaliação do
AEE-AH/SD com seus respectivos números de matrícula, turno de atendimento
e série/ano escolar do próximo ano e a área de destaque do aluno (exemplo:
Artes, Matemática);
● Enturmação do ano/série na qual o aluno está matriculado na rede
regular de ensino;
● Parecer Pedagógico (Anexo G) individual do aluno do AEE-AH/SD,
informando que foram observados indicadores sugestivos de AH/SD,
justificando, assim, a continuidade do aluno no atendimento;
● Relatório das atividades desenvolvidas pelo Professor Assessor, em
parceria com o Professor do AEE-AH/SD (enriquecimentos, parcerias,
capacitações, palestras, busca intencional nas escolas, atendimento às
famílias, campeonatos, etc.); e,
● Relação de alunos que serão desligados, com seus respectivos números
de matrícula. Observação: Os documentos de desligamento dos alunos
deverão ser encaminhados conforme a orientação do item 3.7. Desligamento
de alunos.

Após análise técnica a FCEE enviará seu parecer à SED, que


encaminhará a CRE para as devidas providências e, somente após a emissão
do parecer favorável à continuidade do AEE-AH/SD na unidade escolar, emitido

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pela FCEE, a SED autorizará a contratação do Professor e do Professor


Assessor.

3.7. DESLIGAMENTO DE ALUNOS

Serão desligados do AEE-AH/SD aqueles alunos cujos indicadores de


AH/SD não se confirmarem, ocorrer mudança de cidade ou região, que a
família solicitar desligamento ou houver evasão do atendimento.
Para aqueles alunos cujos indicadores de AH/SD não se confirmarem,
o professor deverá disponibilizar o Parecer Pedagógico (Anexo G) à família e
solicitar o desligamento após o período mínimo de seis meses de atendimento.
Caso o desligamento seja em virtude da mudança de cidade/região e o
aluno esteja em período de avaliação, os profissionais do Polo ou de Sala
deverão fornecer o Parecer Pedagógico (Anexo G) à família e orientá-la quanto
aos encaminhamentos para atendimento na nova cidade/região.
Quando se tratar de desligamento por solicitação do aluno ou da
família em decorrência de demandas pessoais ou por evasão do atendimento e
não por falta de indicadores de AH/SD, os profissionais do AEE-AH/SD
deverão realizar estudo de caso, levantando informações com família, com os
professores de sala e com o próprio aluno, objetivando conhecer os reais
motivos a fim de zelar pela permanência do aluno no AEE-AH/SD e promover
os encaminhamentos necessários.
Para solicitar o desligamento de um aluno, a escola deverá encaminhar
o processo ao responsável pela Educação Especial da CRE, que fará o devido
encaminhamento, via SISGESC à FCEE para análise técnica, contendo os
seguintes documentos:

● Ofício da CRE, solicitando o desligamento e informando o motivo;


● Ofício emitido pela escola, onde o Polo ou a Sala de AEE-AH/SD estão
implantados, solicitando o desligamento e informando o motivo;

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● Termo de Desligamento (Anexo H) assinado pelos responsáveis,


cientes, então, das razões do desligamento; e
● Parecer Pedagógico (Anexo G) do período em que o aluno frequentou o
AEE-AH/SD, detalhando todas as ações desenvolvidas durante o atendimento.

Após análise técnica, a FCEE enviará seu parecer à SED, que


encaminhará a CRE para as devidas providências.

3.8. CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS

Para cada Polo implantado, serão contratados dois profissionais, um


Professor e um Professor Assessor, que atuará de forma itinerante conforme
apresentado nas Atribuições do Professor Assessor (subseção 4.3).
Na cidade/região em que já exista um polo e que haja necessidade de
abertura de outra sala de AH/SD, será contratado apenas o Professor para o
atendimento aos alunos, que será orientado pelo Professor Assessor do polo
já implantado. Ambos os profissionais contratados deverão ser graduados em
Pedagogia ou Educação Especial. Casos omissos a essa orientação, serão
analisadas pela FCEE e pela SED. O Professor Assessor do Polo será
contratado com carga horária de 40 horas semanais, enquanto o Professor que
atuará na sala de AEE-AH/SD deverá seguir a Quadro 1 e 2:

Quadro 1- Relação entre nº de alunos e carga horária do professor do


AEE-AH/SD
Número de Alunos que receberão Carga horária do Professor que atuará
atendimento no AEE-AH/SD no AEE-AH/SD
01 à 04 alunos 10 horas semanais
05 à 12 alunos 20 horas semanais

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40 horas semanais (podendo ser


13 à 24 alunos
desmembrado em 20h+20h)
FONTE: Elaborado pelo autor.

Quadro 2- Matriz e disciplinas para o AEE-AH/SD


Horas Jornada de
Serviço Disciplina Matriz
Aula trabalho
4005 (professor)
AEE-AH/SD 2950 08h 10
4006 (assessor)
4005 (professor)
AEE-AH/SD 2948 16h 20h
4006 (assessor)
AEE-AH/SD - 4005 (professor)
2949 16h 20h
noturno 4006 (assessor)
FONTE: Documento elaborado pela SED/DIGR/GEMPE (2018).

4. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

O atendimento ao aluno com indicadores de AH/SD ocorrerá uma vez


por semana, obrigatoriamente no contraturno escolar, com duração de 3 horas
de atendimento e, dessas 3 horas, 20 minutos são destinados ao intervalo.
O agrupamento por enriquecimento no AEE-AH/SD deverá ser
organizado em grupos de no máximo quatro alunos e, caso seja necessário, o
atendimento poderá ocorrer de forma individual. A formação dos grupos deve
considerar as áreas de interesse/habilidades em comum dos alunos, a fim de
proporcionar aprofundamento de conhecimentos e favorecer a interação social.
Os alunos permanecerão em avaliação pelo período de seis meses a
um ano e, ao final desse tempo, se confirmados os indicadores de AH/SD,
permanecerão em atendimento no AEE-AH/SD, e, caso não se confirmem,
serão desligados do serviço. Ressalta-se que se forem identificadas outras
demandas além dos indicadores de AH/SD, o Professor ou Professor Assessor

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deverá informar a família e a SED para que proceda aos devidos


encaminhamentos.

4.1. ENTURMAÇÃO NO AEE-AH/SD

A enturmação dos alunos no AEE-AH/SD será feita pela Escola onde


está implantado o Polo ou a Sala de AEE-AH/SD, sempre no contraturno da
turma regular a qual estão matriculados. Os alunos devem ser enturmados no
AEE-AH/SD uma única vez, e serão divididos em duas turmas: uma no período
matutino e outra no período vespertino. Os alunos que participam de projetos
na comunidade e não frequentam o Polo ou a Sala do AEE-AH/SD também
deverão ser enturmados no AEE-AH/SD no período de contraturno escolar.

4.2. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR

Ao Professor do AEE-AH/SD compete:

● Oferecer Atendimento Educacional Especializado aos alunos com


indicadores de AH/SD por meio de suplementação e enriquecimento escolar;
● Participar de busca intencional, com o Professor Assessor, quando tiver
disponibilidade na carga horária;
● Explorar as áreas de interesse dos alunos para que desenvolvam
habilidades na área que demonstram potencial elevado;
● Favorecer as interações socioafetivas;
● Orientar o professor de sala de aula regular quanto às formas de
suplementação curricular;
● Desenvolver plano de atendimento educacional individualizado em
consonância com a área de destaque e de interesse do aluno;

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● Orientar a comunidade escolar com respeito às características próprias


dos alunos com AH/SD;
● Realizar registros de atendimentos aos alunos e dos projetos
desenvolvidos;
● Realizar registro de atendimento e orientações às famílias;
● Realizar registro das assessorias prestadas às escolas;
● Realizar Parecer Pedagógico (Anexo G), indicando a continuidade do
aluno no atendimento, com cópias, sendo uma entregue à família e outra
anexada à sua documentação escolar, sempre no fim do ano letivo;
● Realizar Parecer Pedagógico (Anexo G), com cópias, indicando o
desligamento quando o aluno não apresentar os indicadores de AH/SD. Uma
cópia deverá ser entregue à família e outra anexada à documentação escolar
dele, assim que se efetivar o desligamento;
● Armazenar cópia dos registros emitidos no prontuário do aluno.
● Participar de reuniões e conselhos de classe na unidade escolar onde o
aluno está matriculado;
● Solicitar, por escrito, à equipe de Educação Especial da CRE, assessoria
técnica, material específico para atividades pedagógicas e avaliações
periódicas, capacitação e outras orientações; e,
● Reportar ao Professor Assessor do seu Polo de AEE-AH/SD as
dificuldades encontradas no trabalho, para juntos buscarem soluções.

4.3. ATRIBUIÇÃO DO PROFESSOR ASSESSOR

Ao Professor Assessor do AEE-AH/SD compete:

● Atuar de forma itinerante dando suporte às escolas da rede estadual da


cidade/região as quais o Polo pertence;
● Realizar busca intencional de alunos com indicadores de AH/SD nas
escolas da rede estadual de sua cidade/região;

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● Buscar, junto aos professores das escolas, auxílio na suplementação de


áreas específicas;
● Realizar avaliação inicial por meio de entrevista com os
pais/responsáveis e aplicação de protocolos de identificação de indicadores
com os professores da sala de aula regular, responsáveis e alunos;
● Realizar registro da avaliação inicial;
● Assessorar os professores e a equipe técnica da(s) escola(s) onde os
alunos estão matriculados;
● Realizar registros dos alunos atendidos por meio de projetos
relacionados às áreas de Liderança, Psicomotricidade e Artes, que não são
contempladas no Polo ou na Sala do AEE-AH/SD;
● Realizar registro de atendimento e orientações às famílias;
● Assessorar a implantação de Salas de AEE-AH/SD em sua
cidade/região, com o responsável pela Educação Especial da SED/CRE;
● Realizar registro de assessorias prestadas nas escolas;
● Orientar o(s) Professor(s) do(s) AEE-AH/SD da cidade/região quanto à
instrumentalização do atendimento, estratégias de enriquecimento curricular,
dentre outros;
● Realizar, em conjunto com o(s) Professor(es) do(s) AEE-AH/SD,
relatório pedagógico anual, que será entregue às famílias e anexado ao
prontuário do aluno;
● Planejar ações para a identificação de alunos e intervenções
pedagógicas nas escolas da cidade/região;
● Promover palestras e encontros com professores e outros profissionais
das escolas, bem como, com os pais, alunos e comunidade, contando com a
parceria da equipe de Educação Especial da CRE;
● Orientar as escolas sobre as possibilidades de aceleração escolar
(Resolução n. 183/2013 - CEE n. 100/2016 e LDB n. 9.394/96 Art. 59), quando
necessária ou solicitada;
● Estabelecer parcerias com instituições (Universidades, profissionais de
áreas específicas, instituições de ensino, cursos técnicos ou de artes,

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empresas, etc.), encaminhando alunos identificados pelo Polo ou pela Sala de


AEE-AH/SD para que recebam suplementação acadêmica de profissionais de
áreas específicas, conforme o interesse/destaque do aluno;
● Encaminhar alunos com indicadores nas áreas de psicomotricidade,
artes e liderança para serviços/projetos na escola e/ou comunidade, realizando
o acompanhamento, sistemático, do desenvolvimento desses alunos nos
atendimentos;
● Orientar as escolas para que registrem os alunos identificados com
indicadores de AH/SD na Ficha Cadastral do SISGESC;
● Reportar à direção da escola e ao responsável pela Educação Especial
na CRE, se necessário, as dificuldades encontradas nos AEE-AH/SD com a
finalidade de se encontrar soluções para eventuais problemas;
● Organizar com a escola a montagem dos processos de implantação,
continuidade, inclusão e desligamentos de alunos no AEE-AH/SD;
● Desenvolver Plano de Ação que, uma vez aprovado pela direção da
escola e responsável pela Educação Especial na CRE, deverá ser
encaminhado à FCEE por meio do e-mail naahssc.pedagogia@gmail.com. A
data de entrega para este documento será oportunamente notificada pelo
NAAH/S-SC por meio de comunicação oficial; e,
● Encaminhar semestralmente ao NAAH/S-SC por meio do e-mail
naahssc.pedagogia@gmail.com o relatório do Plano de Ação contendo as
atividades desenvolvidas no decorrer do semestre.

4.4. ESTRUTURA FÍSICA

A seguir, aspectos importantes que devem ser considerados ao se


pensar na estrutura física para o Polo ou Sala de AEE-AH/SD.

● Sala com tamanho mínimo de 12 m²;


● Iluminação e ventilação adequadas;

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● Mínimo de três computadores e uma impressora;


● Internet (com acesso ao Youtube, as redes sociais e a jogos);
● Jogos de estimulação cognitiva;
● Material da LEGO, quando disponível na escola;
● Uma mesa com cadeiras para trabalhos em grupo;
● Três mesas com cadeiras para computadores;
● Um armário;
● Uma estante para livros;
● Uma lousa; e,
● Livros diversos.

5. MÉTODOS DE ENSINO, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS

O modelo utilizado como aporte teórico para o atendimento


especializado aos alunos com AH/SD no NAAH/S-SC e nos AEE-AH/SD é o
Modelo de Enriquecimento Escolar (MEE) dos americanos Dr. Joseph Renzulli,
e a Dra. Sally M. Reis, sua parceira. Em sua teoria, Renzulli (2005) retrata dois
tipos diferentes de superdotação: a superdotação acadêmica, a qual está
relacionada às áreas intelectual e acadêmica; e a superdotação
criativo-produtiva, a qual está relacionada às áreas de liderança,
psicomotricidade e artes.
O MEE vai além de um modelo a ser seguido, ele é um:

[...] plano de organização extremamente democrático e flexível que


pode ser adaptado a qualquer realidade escolar e aplicado em
qualquer série ou modalidade de ensino conforme as necessidades
do professor e do aluno e as características do ambiente educacional
(BURIN, 2019, p. 67).

E está sustentado em três bases: o Modelo de Identificação das Portas


Giratórias, que proporciona meios para a identificação dos alunos com

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indicadores de AH/SD; o Modelo dos Três Anéis, que define e caracteriza os


alunos com AH/SD; e o Modelo Triádico de Enriquecimento, que apresenta
modelos de atividades de enriquecimento para todos os alunos no contexto
escolar.

5.1. IDENTIFICAÇÃO

Identificar alunos com destaques em áreas acadêmicas ou como


criativos-produtivos é o primeiro passo para assegurar a inclusão deles.
Depois, é prestar-lhes o devido atendimento educacional especializado e
desenvolver metodologias que atendam às suas necessidades. Assim, a
identificação de alunos com indicadores de AH/SD é um processo que exige
capacitação na área e deve partir de um conjunto de materiais e de
instrumentos que permitam a visão integral do sujeito.

5.1.1. Busca Intencional

A busca intencional pode ser feita por meio da aplicação de listas de


verificação e protocolos de identificação que envolvem a análise de
características nos alunos. A Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD
(LIVIAHSD) (Anexo A) indica quais alunos deverão passar pelo processo de
avaliação inicial. Os Protocolos de Identificação, compostos por um grupo de
três instrumentos (Questionário de Identificação de Indicadores de
AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de Identificação de
Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C); Questionário de
Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D), no caso de educandos do Ensino
Fundamental I; Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno
(QIIAHSD-A) (Anexo E), no caso de alunos do Ensino Fundamental II ou Médio

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assinalam quais indicadores são apresentados pelos alunos e devem ser


analisados de acordo com o documento Respostas mais Comuns (Anexo F).
A busca intencional deve ser realizada conforme orientação a seguir.

5.1.1.1. Mapeamento de um grupo para investigação

O mapeamento de alunos pode ser feito por meio da aplicação da Lista


de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A) com o
professor da sala de aula regular. No Ensino Fundamental I, a Lista deve ser
preenchida pelo professor regente, no Ensino Fundamental II e Médio deve ser
preenchida pelo professor de área específica.
O Professor Assessor orientará o professor da sala de aula regular
quanto a esse preenchimento, que deve ocorrer da seguinte forma: Solicita-se
ao professor da classe que leia o questionário e, pensando em cada um de
seus alunos, indique, para cada questão, o nome de dois alunos que mais se
destacam em cada item na turma. Vale lembrar que nem todos os alunos da
classe precisam aparecer e que alguns nomes poderão se repetir.
Os alunos indicados neste instrumento deverão passar pelo processo
de avaliação inicial.

5.1.1.2. Processo de Avaliação Inicial

Após o mapeamento dos alunos mediante a Lista de Verificação de


Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD) (Anexo A) ou por meio de outras formas de
identificação (conforme item 4.1.2.), abre-se o processo de avaliação inicial.
O Professor Assessor deve seguir, com cada um dos alunos, as etapas
a seguir elencadas.

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● Solicitar ao professor de sala de aula regular o relatório pedagógico


detalhado referente ao desenvolvimento de cada um dos alunos;
● Aplicar ao professor de sala de aula regular o Protocolo de Identificação:
Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Professor
(QIIAHSD-Pr) (Anexo B);
● Solicitar ao responsável pelo aluno relatório psicológico de avaliação de
inteligência e/ou certificado ou documento comprobatório de premiação, com
medalha, do aluno em olimpíadas ou em competições, quando houver;
● Submeter o responsável pelo aluno a Protocolos de Identificação:
Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis
(QIIAHSD-R) (Anexo C);
● Aplicar ao aluno os Protocolos de Identificação: em caso de alunos
matriculados no Ensino Fundamental I, aplicar o Questionário de
Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D); e no caso de alunos
matriculados no Ensino Fundamental II e Médio, o Questionário de
Identificação de Indicadores de AH/SD-Aluno (QIIAHSD-A) (Anexo E); e,
● Elaborar o Parecer Pedagógico (Anexo G) com análise dos Protocolos
de Identificação de acordo com o documento Respostas mais Comuns (Anexo
F), informando se foram ou não percebidos indicadores.

Caso o aluno apresente indicadores de AH/SD, o processo de inclusão


no AEE-AH/SD deverá ser encaminhado conforme o que se apresenta na
subseção 3.5 Inclusão de alunos. Caso não sejam constatados indicadores no
aluno, o Professor Assessor deverá arquivar os documentos coletados na Sala
do AEE-AH/SD e proceder à devolutiva para o responsável pelo aluno,
entregando-lhe apenas uma cópia do Parecer Pedagógico (Anexo G) e
explicando-lhe tudo o que foi observado durante o processo avaliativo.

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5.1.1.3. Roteiro para análise dos protocolos de identificação

Os Protocolos de Identificação (Questionário de Identificação de


Indicadores de AH/SD-Professor (QIIAHSD-Pr) (Anexo B); Questionário de
Identificação de Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C);
Questionário de Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D), no caso de
alunos do Ensino Fundamental I; Questionário de Identificação de Indicadores
de AH/SD-Aluno (QIIAHSD-A) (Anexo E), no caso de alunos do Ensino
Fundamental II ou Médio, são compostos por: dados do aluno, do responsável
e do professor e eles devem ser preenchidos com informações básicas, como:
nome, idade e e-mail do respondente; questões referentes às características de
AH/SD apresentadas pelo aluno, subdivididas em 5 blocos: Características
Gerais, Liderança, Habilidade Acima da Média, Criatividade e
Comprometimento com a Tarefa; e questões referentes às atividades artísticas
e esportivas do aluno.
Cada Questionário deve ser corrigido de acordo com o documento
Respostas Mais Comuns (Anexo F). Em, pelo menos, um bloco
(Características Gerais, Liderança, Habilidade Acima da Média, Criatividade e
Comprometimento com a Tarefa) deve ter sido marcado um percentual acima
de 50% das respostas compatíveis às respostas comuns aos alunos com
AH/SD.
Após a correção, deve-se analisar e cruzar as informações dos
Questionários (Professor, Responsável e Aluno) para verificar a
compatibilidade de informações entre eles. Serão considerados alunos com
indicadores de AH/SD, aqueles que apresentarem compatibilidade de
informações, nos mesmos blocos, em pelo menos, dois questionários.
Observação: Para a análise dos questionários aplicados aos alunos do
Ensino Fundamental I, deverão ser cruzados apenas os dados dos Protocolos
de Identificação Questionário de Identificação de Indicadores de
AH/SD-Professor (QIIAHSD-P) (Anexo B) e Questionário de Identificação de
Indicadores de AH/SD-Responsáveis (QIIAHSD-R) (Anexo C), seguindo os

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critérios citados anteriormente. Os dados coletados no Questionário de


Autonomeação (QIIAHSD-A-1º-4º) (Anexo D) deverão também constar no
Parecer Pedagógico (Anexo G).

5.1.1.4. Roteiro para elaboração de parecer pedagógico

O Parecer Pedagógico (Anexo G) tem como objetivo nortear a


elaboração da avaliação descritiva de desempenho dos alunos atendidos no
AEE-AH/SD durante o período de permanência no serviço.
O relatório de desempenho do aluno deverá evidenciar a percepção da
professora quanto ao desenvolvimento individual do aluno em relação aos
aspectos intelectual, emocional, social e outros que julgar importante,
considerando as atividades que foram propostas durante o período em que foi
atendido no serviço.
Considerando os conceitos que permeiam nossa prática, levaremos em
conta os traços e características comuns às pessoas com AH/SD, apontados
por Renzulli (1977), buscando observar se o aluno apresentou, ao longo das
atividades propostas, habilidades acima da média, criatividade e
comprometimento com a tarefa, ou seja, comportamento de superdotação.

5.1.2. Outras Formas de Identificação

A seguir, outras formas para se proceder à identificação de alunos com


indicadores de altas habilidades/superdotação.

Testes padronizados, de inteligência e/ou de criatividade: Devem


ser aplicados por profissionais de área específica e o alto desempenho do
aluno será considerado como um indicador de AH/SD. Ressalta-se que o baixo

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desempenho do aluno nos testes não elimina a possibilidade de o aluno


apresentar outros indicadores e ser encaminhado ao AEE-AH/SD.

Indicação pela família: A família é uma excelente fonte de informação


no processo de identificação dos indicadores de AH/SD, pois é ela quem relata
como e quando aconteceu o desenvolvimento de cada etapa na vida do aluno.

Autoindicação: Esse processo de identificação ocorre quando o aluno


observa em si características comuns aos alunos com AH/SD ou, então,
quando ele expõe suas produções, que são classificadas/reconhecidas como
de qualidade.

Destaque em competições: Destacar-se em competições, em


torneios na área esportiva, em concursos artísticos, musicais e literários, em
olimpíadas do conhecimento como Olimpíada Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas e Privadas (OBMEP), Olimpíada Regional de Matemática
(ORM), Olimpíada Regional de Matemática Mirim (ORMM), Olimpíadas
Brasileiras de Matemática (OBM), Olimpíadas Brasileiras de Química (OBQ),
Olimpíadas Brasileiras de Física (OBF), Olimpíadas Brasileiras de Robótica
(OBR), entre outros, pode ser considerado como um indicador de AH/SD.

Indicação pelos professores: O fato do professor ser um observador


do comportamento e do desempenho dos alunos faz com que ele se torne um
importante agente de identificação de alunos com indicadores de AH/SD.

Ressalta-se que todas as formas de identificação e de indicação de


alunos para o AEE-AH/SD devem ser seguidas de processo de avaliação
inicial.

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5.2. ATENDIMENTO

A orientação para o atendimento no AEE-AH/SD é que ele deva ocorrer


em forma de agrupamento com enriquecimento de maneira a suplementar, cujo
objetivo é atender as necessidades educacionais especiais dos alunos,
respeitando seu acelerado ritmo de aprendizagem.
Para tal, deve-se adotar alguns critérios, quais sejam:

● Reconhecer as diferenças individuais e a heterogeneidade do grupo,


proporcionando sempre instruções individualizadas;
● Evitar a segregação, dando oportunidade aos alunos de conviverem com
outros que possuem diferentes habilidades;
● Qualificar os professores, que devem estar constantemente atualizados
quanto às pesquisas, formas de avaliação e propostas curriculares específicas
para esses alunos;
● Encorajar o desenvolvimento de diversas áreas, além da intelectual; e
● Manter a comunicação entre os diversos professores em relação às
individualidades do aluno.

O Agrupamento configura-se como uma prática educacional na qual os


alunos são atendidos em grupos por áreas de interesse e separados por nível
de habilidade ou por desempenho.
O Enriquecimento constitui-se em uma prática educacional flexível que
pressupõe uma variedade de experiências de aprendizagem que estimulem o
potencial do aluno. Renzulli (1977, 2014) propôs o Modelo Triádico de
Enriquecimento para todos os alunos da escola, inclusive para o atendimento
aos alunos com indicadores de AH/SD e está dividido em três tipos: Tipo I, Tipo
II e Tipo III.

A Figura 1 representa o Modelo Triádico de Enriquecimento de


Renzulli.

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Figura 1 - Modelo Triádico de Enriquecimento

Fonte: CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007, p. 59.

Atividades de Enriquecimento do Tipo I: Diz respeito a experiências


e atividades exploratórias ou introdutórias destinadas a colocar o aluno em
contato com uma ampla variedade de tópicos ou áreas de conhecimentos. As
experiências devem expor os alunos a uma variedade de tópicos, conteúdos e
conceitos e ser planejadas a partir do interesse dos alunos. Exemplos: grupos
de enriquecimento por área específica (cálculo, robótica, produção de texto,
etc.), visitas e passeios (museus, eventos, instituições, bibliotecas, trilhas, etc.),
palestras com profissionais especializados (bombeiro, chaveiro, soldador,
pesquisador, veterinário, etc.), oficinas, minicursos e atividades de temas
diferenciados mesmo que a área geral seja uma disciplina do currículo
(exercícios de raciocínio lógico, xadrez, origami, fotografia, desenho, etc.),
utilização de mídias (vídeos, áudios, mídias impressas, tecnologias
computacionais, etc.), dentre outros (CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA,
2007).

Atividades de Enriquecimento do Tipo II: Os alunos são encorajados


a aplicar os conhecimentos adquiridos nas atividades de Tipo I, elaborando

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projetos, produtos ou serviços. Envolve treinamento em técnicas de


observação, seleção, classificação, organização, análise e registro de dados. A
ênfase, no enriquecimento do Tipo II, é a oferta de atividades, com as quais se
desenvolvem habilidades de “como fazer” e aquelas relativas a características
pessoais, como autonomia para desenvolver com produtividade as atividades
de interesse. Exemplos: treinamentos específicos de técnicas em determinadas
áreas, análise e registro de dados; elaboração de projetos com objetivos
definidos e cronograma de execução, manuseio de recursos audiovisuais e
tecnológicos para o desenvolvimento de trabalhos (slides, vídeos, gravadores,
máquinas fotográficas, banco de dados, computador, impressora, microscópios,
lupas, telescópios); entre outros (CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007).

Atividades de Enriquecimento do Tipo III: Consiste na investigação


de problemas reais por meio de métodos adequados de investigação, produção
de conhecimento novo, solução de problemas ou apresentação de um produto
ou serviço. O aluno deve ser capaz de agir e produzir como um profissional de
uma área específica do conhecimento. Esse tipo de atividade requer do aluno
envolvimento com a tarefa, criatividade e habilidade acima da média e o
professor tem o papel de facilitador e mediador (orientador). Exemplos:
elaboração de produtos originais como livros, revistas, história em quadrinhos,
roteiros de peças de teatro, quadros, esculturas, artigos tecnológicos, etc.
(CHAGAS; MAIA-PINTO; PEREIRA, 2007).

Atividades de Enriquecimento do Tipo IV: Freitas e Pérez (2010)


desenvolveram as Atividades do Tipo IV, que são um adendo ao Modelo de
Renzulli (1977) e derivam das atividades do Tipo III, já concluídas, evoluindo
para níveis ainda mais avançados. Atividades do Tipo IV constituem o fazer
mais, são atividades de produção criativa e concreta em nível profissional, que
são socializadas na comunidade (BURIN, 2019).

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Planejar alternativas de atendimento a alunos com indicadores de


AH/SD que atinjam suas reais necessidades, sem entrar em conflito com o
ensino regular, exige dos educadores o conhecimento de estratégias e de
práticas educacionais para a suplementação. As estratégias de atendimento ao
aluno com AH/SD devem estar em consonância com o contexto educacional no
qual o sujeito está inserido. Assim o AEE-AH/SD não deve funcionar como
reforço escolar, mas sim, como forma de suplementar a(s) área(s) de destaque
e/ou de interesse do aluno.

5.3. AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos que estão em atendimento no Polo ou em Sala


de AEE-AH/SD será feita pelo Professor mediante o desempenho apresentado
durante as Atividades de Enriquecimento do Tipo I, II, III e IV. A avaliação dos
alunos que participam de projetos na comunidade e não frequentam o Polo ou
a Sala do AEE-AH/SD, deverá ser feita pelo Professor Assessor em parceria
com o profissional que atende o aluno.
A confirmação do comportamento de superdotação ocorrerá após a
constatação de três grupos de traços no aluno: Habilidade acima da média;
Envolvimento com a Tarefa; e, Criatividade (RENZULLI, 2005).

A Figura 2 representa a interação entre os três anéis de Renzulli.

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Figura 2-Modelo dos Três Anéis

Fonte: SANTA CATARINA, 2016, p.19.

Habilidade Acima da Média: Habilidades gerais: consistem na


capacidade de processar informações, de integrar experiências que resultem
em respostas apropriadas e adequadas a novas situações e, na capacidade de
se engajar em novas situações; Habilidades específicas: consistem na
capacidade de adquirir conhecimento, prática e habilidades para atuar em uma
ou mais atividades de uma área específica. Essas habilidades, em alguma área
do conhecimento, não são, necessariamente, muito acima da média.

Envolvimento com a tarefa: Constitui-se no componente motivacional


e representaria a energia que o indivíduo canaliza para resolver determinado
problema ou tarefa. Inclui atributos pessoais, como perseverança, dedicação,
esforço, autoconfiança e a crença na própria habilidade de desenvolver um
importante trabalho. Está associado à energia investida na execução de um
projeto ou na resolução de problemas, sendo definido em termos de altos
níveis de perseverança, dedicação, concentração e motivação.

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Criatividade: Envolve aspectos que, geralmente, aparecem juntos na


literatura: fluência, flexibilidade e originalidade de pensamento e fatores
associados a traços de personalidade, como abertura a novas experiências,
curiosidade, sensibilidade e coragem de correr riscos, e a características da
produção dos indivíduos superdotados, como inovação, riqueza de detalhes e
abundância.

Não existe uma ordem de importância entre esses traços e eles não
precisam estar presentes ao mesmo tempo e nem se manifestar com igual
intensidade ao longo da vida produtiva do aluno, o mais importante é que eles
interajam em algum grau para que um alto nível de produtividade criativa possa
emergir no aluno, caracterizando, desse modo, o comportamento de
superdotação (BURIN, 2019).

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Diretrizes gerais para o atendimento educacional aos alunos


portadores de altas habilidades/superdotação e talentos. [S.l.]: Ministério
da Educação e do Desporto,
Secretaria de Educação Especial, 1995.

BRASIL. Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui diretrizes


nacionais para a educação especial na educação básica. CEB BRASÍLIA, DF,
2001.

BRASIL. Política nacional de educação especial na perspectiva da


educação inclusiva. Brasília, DF, 2008.

BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009. Institui


Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial. [S.l.]: Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 2009.

BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a


educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, PODER
EXECUTIVO BRASÍLIA, DF, 2011.

BURIN, Ananda Ludwig. Alunos Matematicamente Habilidosos: uma


proposta de atividades para potencializar sua identificação. 2019. 232 f. Tese
(Mestrado) - Departamento de Matemática, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2019. Disponível em:
https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=170660341. Acesso
em: 04 ago. 2020.

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CHAGAS, J. F.; MAIA-PINTO, R. R.; PEREIRA, V. L. P. Modelo de


enriquecimento escolar. A construção de práticas educacionais para alunos
com altas habilidades/superdotação, v. 2, p. 55-80, 2007.

FREITAS, S. N.; PÉREZ, S. G. P. B. Altas habilidades/superdotação:


atendimento especializado. Marília: Abpee, 2010.

FREITAS, S. N.; PÉREZ, S. G. P. B. Manual de identificação de altas


habilidades/superdotação. Guarapuava: Apprehendere, 2016.

PÉREZ, S. Mitos e crenças sobre as pessoas com altas habilidades: alguns


aspectos que dificultam o seu atendimento. Cadernos de Educação Especial,
v. 2, n. 22, p. 45-59, 2003.

RENZULLI, J. S. The enrichment triad model: A guide for developing


defensible programs for the gifted and talented. [S.l.]: Creative Learning Pr,
1977.

RENZULLI, J. S. The three-ring conception of giftedness: A developmental


model for promoting creative productivity. Conceptions of giftedness, Waco, TX:
Prufrock Press, p. 55-99, 2005.

RENZULLI, J. S. Modelo de enriquecimento para toda a escola: um plano


abrangente para o desenvolvimento de talentos e superdotação. Revista
Educação Especial, v. 27, n. 50, p. 539-562, 2014.

SANTA.CATARINA. Altas Habilidades/Superdotação: rompendo as barreiras


do anonimato. [S.l.]: São José, DIOESC, 2016.

VIRGOLIM, A. M. R. Altas habilidades/superdotação: encorajando


potenciais. [S.l.]: Ministério da Educação, Brasília, DF, 2007.

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VIRGOLIM, A. M. R. A contribuição dos instrumentos de investigação de


Joseph Renzulli para a identificação de estudantes com altas
habilidades/superdotação. Revista Educação Especial, Universidade Federal
de Santa Maria, v. 27, n. 50, p. 581-609, 2014.

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ANEXOS

ANEXO A - Lista de Verificação de Indicadores de AH/SD (LIVIAH/SD)

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ANEXO B - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD -


Professor (QUIIAHSD - Pr)

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ANEXO C - Questionário para identificação de indicadores de AH/SD -


Responsáveis (QUIIAHSD - R)

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FREITAS ; PÉREZ, 2016.

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ANEXO D - Questionário de Identificação de Indicadores de AH/SD 1º ao 4º


ano - Autonomeação (QIIAHSD - A 1º - 4º - Autonomeação

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ANEXO E - Questionário para Identificação de Indicadores de AH/SD - Aluno


(QIIAHSD - A)

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ANEXO F - Respostas mais comuns em Adolescentes com AH/SD

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FREITAS ; PÉREZ, 2016.

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ANEXO G - Parecer Pedagógico

PARECER PEDAGÓGICO
Nome do aluno: Nascimento:
Professor:
Professor Assessor:
Diretor:

Texto introdutório contendo:


● Quando o aluno iniciou atendimento no AEE-AH/SD?
● Relatar sobre quais assuntos o aluno mais gosta
conversar/estudar/pesquisar e as atividades que ele mais gosta de fazer. Os
interesses do aluno estão voltados a qual (quais) áreas? Qual (quais) sua(s)
área(s) de domínio? O aluno iniciou atendimentos nesta oficina com
indicativos de AH/SD em qual(quais) área(s)?
● Relatar quais atividades foram propostas, tendo em vista os interesses
do aluno. Quais atividades/projetos/visitas o aluno realizou?
● Relatar quais comportamentos observados/relatados/demonstrados
pelo aluno (Diante das atividades propostas, foi possível observar que o
aluno...).

Texto avaliativo contendo:


O aluno apresentou HABILIDADES ACIMA DA MÉDIA?
Alguns traços observáveis: vocabulário avançado; boa memória;
aprende de forma rápida e fácil; ampla capacidade para receber e reter
informações; faz generalizações com grande habilidade; compreende novas
idéias facilmente; faz abstrações sem dificuldades; percebe rapidamente

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semelhanças, diferenças e relações entre as coisas; analisa e toma decisões;


memória destacada em assuntos de seu interesse; muitas informações sobre
temas de seu interesse; faz perguntas inteligentes; pensamento abstrato
desenvolvido.

O aluno apresentou CRIATIVIDADE?


Alguns traços observáveis: curiosidade inusitada sobre vários temas;
possui muitas ideias (fluidez); percebe as coisas de forma muito variada
(flexibilidade); tem ideias únicas e diferentes (originalidade); agrega detalhes
às coisas; transforma e/ou modificá ideias diferentes; vê as implicações e
consequências facilmente; é especulativo, gosta de arriscar-se; sente-se livre
para não estar de acordo com o estabelecido; demonstra um aguçado senso
de humor.

O aluno apresentou COMPROMETIMENTO COM A TAREFA?


Alguns traços observáveis: alta motivação com relação a uma tarefa
ou interesse em uma área específica; exigente e crítico consigo mesmo;
insiste em buscar soluções para os problemas; tem sua própria organização;
determinação de metas e normas elevadas; intenso compromisso com a
tarefa e problemas que lhe interessam; entusiasta com seus interesses e
atividades; precisa pouca motivação externa para iniciar e/ou finalizar seus
trabalhos; preferência por concentrar-se em seus próprios projetos e
interesses; despende grande nível de energia sobre seu interesse;
perseverante, não abandona facilmente o que está trabalhando; seus
produtos e suas ações tendem a completar-se sempre; entusiasta e ávido
diante de novos projetos e desafios; assume responsabilidades com a tarefa.

Características sócio-emocionais - Alguns traços observáveis:


Prefere trabalhar isoladamente ou em grupo; demonstra timidez;
demonstra prazer no convívio social; Apresenta interesse e preocupação com

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os outros; Demonstra cordialidade; É sensível às situações do grupo e/ou


causas sociais; Respeita normas de convívio social; É cooperativo(a);
Costuma ser respeitado por seus colegas; Apresenta tendência a dirigir as
atividades quando está envolvido com outras pessoas; É responsável;
Apresenta habilidade em articular ideias e se comunicar bem os outros;
Demonstra autoconfiança e autonomia para lidar com ideias e situações
conflitantes; Apresenta capacidade de julgamento e o faz com base em
argumentos consistentes.

Texto de conclusão contendo:


“Conclui-se que (nome do aluno) apresenta / não apresenta
indicadores de AH/SD nesse momento”, ou “Conclui-se que (nome do aluno)
apresenta / não apresenta comportamento de superdotação nesse
momento”.

Texto de encaminhamento contendo:


Encaminhamento: a) Permanência no AEE-AH/SD para investigar por
mais tempo ou para potencializar suas habilidades; b) Desligamento; c)
Atendimento extensivo; d) Orientação à escola; e) Outro.

______________, ______ de _________ de _______.


______________________________________________
Professor do AEE AH/SD
_______________________________________________
Professor Assessor do AEE-AH/SD
_______________________________________________
Gestor da Escola

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ANEXO H - Termo de Desligamento

TERMO DE DESLIGAMENTO

Eu, ___________(nome do responsável)___________; responsável


pelo(a) aluno(a) ___________(nome do aluno(a))___________, enturmado
no Polo ou Sala de AEE–AH/SD da ___________(nome da unidade
escolar)___________, estou ciente do desligamento do serviço, pela(s)
seguinte(s) razão(ões):
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________.

Encaminhamento e orientação à família


_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________.

______________, ______ de _________ de _______.

_______________________________________________
Professor do AEE AH/SD

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_______________________________________________
Professor Assessor do AEE-AH/SD

_______________________________________________
Gestor da Escola

_______________________________________________
Responsável pelo aluno

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ANEXO I - Plano de Ação

PLANO DE AÇÃO
Professor Assessor:
Nº de alunos no AEE-AH/SD:
Turnos de atendimento:

Elaborar o Plano de Ação com cronograma das atividades a serem


desenvolvidas durante o ano, conforme as atribuições definidas nas
Diretrizes para o Atendimento Educacional Especializado para alunos com
AH/SD.

Exemplos:
● Mapeamento das escolas junto a CRE/SUPRE que participação do
processo de identificação de alunos com indicadores de AH/SD para
implantação de novos Polos ou Salas de AEE-AH/SD;
● Cronograma de reuniões previstas com gestores e equipe técnica nas
escolas;
● Cronograma de capacitações para profissionais da educação visando
a formação continuada;
● Busca de parcerias para suplementação acadêmica dos alunos
identificados (ex.:Universidades, Empresas, Profissionais de áreas
específicas, associações, clubes, etc.).

A data para entrega do Relatório do Plano de Ação (ANEXO J) será


orientada pelo NAAH/S-SC por meio de comunicação oficial como já citado.

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Mês Local Atividade Prevista

______________, ______ de _________ de _______.

_______________________________________________
Professor do AEE AH/SD

_______________________________________________
Professor Assessor do AEE-AH/SD

_______________________________________________
Gestor da Escola

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ANEXO J - Relatório de Plano de Ação

RELATÓRIO DO PLANO DE AÇÃO

Professor Assessor:
Nº de alunos no AEE-AH/SD:
Turnos de atendimento:

Elaborar relatório das ações desenvolvidas do Plano de Ação (Anexo


I), mencionando e justificando inclusive as atividades não realizadas. Este
relatório deverá ser entregue semestralmente para a direção da escola que
encaminhará para a CRE/SUPRE, e esta para o NAAH/S-SC através do
e-mail já citado acima. A data para entrega do Relatório será orientada pelo
NAAH/S-SC por meio de comunicação oficial como já citado.

Exemplos:
● Como foram realizadas as atividades;
● Quais as parcerias; etc.

______________, ______ de _________ de _______.

_______________________________________________
Professor do AEE AH/SD
______________________________________________
Professor Assessor do AEE-AH/SD
_______________________________________________
Gestor da Escola

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