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ALTAS HABILIDADES

Característica também conhecida como superdotação, a pessoa com


altas habilidades apresenta desempenho acima da média da população, em
uma ou mais áreas do conhecimento. Além disso, considera-se o envolvimento
com a tarefa e criatividade apresentadas pelo indivíduo. Ainda não há
consenso sobre a definição acerca das Altas Habilidades. Porém, sabe-se que
as altas habilidades só podem ser consideradas se comparadas ao contexto
cultural no qual o indivíduo está inserido, ou seja, para ele estar acima da
média, seu desempenho deve ser comparado com a média da população do
seu contexto. Entretanto, é preciso diferenciar superdotação de conceitos como
precocidade, hiperestimulação, genialidade ou criança prodígio, bem como
averiguar a presença de algum outro transtorno, usualmente confundidos com
Altas Habilidades, como ocorre com o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade e com Síndrome de Asperger (nomenclatura não utilizada pelo
DSM V).
O fato de uma pessoa ter altas habilidades é determinado através de
fatores genéticos associados aos estímulos recebidos e às experiências e
interações sociais que são proporcionadas ao indivíduo. Dessa forma, afirma-
se que nenhuma pessoa nasce superdotada, mas sim com potencial para
superdotação, o qual será desenvolvido a partir das oportunidades ofertadas
(ALENCAR, 2007).
Joseph Renzulli (apud NEGRINI, 2011) descreve duas categorias de
superdotação: acadêmica ou escolar e criativo-produtiva. A primeira relaciona-
se com o desempenho escolar e às habilidades comumente trabalhadas na
escola – linguística e lógico-matemática. Dessa forma, é mais facilmente
identificada. Já a categoria relacionada à habilidade criativa e prática, engloba
indivíduos com altas habilidades em produções artísticas originais e criação de
ideias. Essa diferenciação permite propor intervenções específicas e
estratégias de estimulação individualizadas para a necessidade de cada aluno.
Os traços comuns às pessoas com superdotação são: boa memória; alto
grau de curiosidade; atenção concentrada; independência e autonomia;
persistência; interesse por diferentes conhecimentos; facilidade de
aprendizagem; criatividade; iniciativa; liderança; vocabulário avançado para a
idade cronológica; riqueza na expressão verbal; habilidade para lidar com
ideias abstratas e perceber diferentes pontos de vista; interesse por livros e
fontes de conhecimento; alto nível de energia; originalidade para resolver
problemas; preferência por ideias novas (BRASIL, 2004).
Eunice de Alencar (2007) ressalta que há uma crença de que a pessoa
com superdotação não precisa de estímulos para se desenvolver, visto ter
“condições privilegiadas de inteligência e criatividade” (op. cit., p. 16). Há ainda
a crença de que a pessoa com superdotação não apresenta questões ou
dificuldades em seu rendimento acadêmico. Entretanto, o indivíduo com
superdotação pode se sobressair em uma área do conhecimento (ex:
matemática) e apresentar defasagem em outra (ex: linguística). Outra
característica da pessoa com altas habilidades diz respeito ao fato dela
apresentar alto nível de energia, excitação psicomotora e devaneio criativo
(OUROFINO; GUIMARÃES, 2007), fator que induz erroneamente ao quadro de
hiperatividade.
A partir da forma como as pessoas com superdotação aprendem,
justifica o fato delas se enquadrarem no quadro de pessoas que podem
apresentar necessidades educativas especiais, pois se trata de uma demanda
que exige adequações escolares específicas. O contexto da superdotação
abrange um rol de características que faz com que a pessoa tenha um estilo
único de aprendizagem.

TIPOS DE INTERVENÇÃO:
 Variedade de experiências, que enriqueçam e valorizem o
potencial do aluno;
 Respeitar o ritmo de aprendizagem do aluno;
 Programas escolares específicos de desafios que dialogam com
as habilidades do aluno, que possibilitam seu desenvolvimento
pessoal e o fortalecimento dos seus talentos;
 Explorar diferentes níveis de profundidade e complexidade na
apresentação dos conteúdos;
 Possibilitar a continuidade aos assuntos que a criança começou a
investigar sozinha;
 Possibilitar que o aluno com superdotação possa auxiliar outros
alunos em sala.

FILMES:
 Gênio Indomável (1998)
 Encontrando Forrester (2000)
 Uma mente brilhante (2001)
 Billy Elliot (2000)
 O Solista (2009)
 Shine (1996)

http://www.altashabilidades.com.br/

LIVROS E ARTIGOS:

FLEITH, D. S. (Org). A construção de práticas educacionais para alunos


com altas habilidades/superdotação. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2007. Disponível em:
http://drb-m.org/Arnulpho/Ed.Inclusiva/altashab2.pdf#page=41. Acesso em:
27/04/2018.

HAKIM, C. Superdotação e dupla excepcionalidade. Curitiba: Juruá Editora,


2015.

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