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1 SUPERDOTAÇÃO ...................................................................................... 2
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 23
Fonte: www.wscom.com.br
Fonte: www.3.bp.blogspot.com
Fonte: www.logustiead.com.br
Fonte: www.pequenada.com
Fonte: www.rede.novaescolaclube.org
Fonte: www.altas-habilidades-e-superdotacaoa.com.br
Com relação a esse aspecto, Sternberg & Davidson (1986) lembram, por
exemplo, que, quando se volta à História e se buscam os pilares das grandes
civilizações, invariavelmente as contribuições artísticas, filosóficas e científicas, frutos
da inteligência, talento e criatividade de alguns indivíduos ou grupos de indivíduos,
são apontadas ou enaltecidas.
Com relação à educação infantil, sabe-se que o período que antecede a
educação fundamental é da maior importância para o desenvolvimento cognitivo e
psicossocial. Nesse período, as influências do ambiente desempenham um papel
fundamental para o desenvolvimento do potencial de cada criança. Propiciar
condições que permitam a ela expressar seus interesses e desenvolver possíveis
talentos deveria ser o ponto de partida de uma educação diferenciada.
Observa-se, entretanto, que poucas são as oportunidades educacionais
oferecidas ao aluno com altas habilidades/superdotado para desenvolver de forma
mais plena as suas habilidades. Uma possível explicação para este cenário são os
vários mitos sobre o superdotado, frequentes em nossa sociedade, que constituem
entrave à provisão de condições favoráveis à sua educação. Predomina, por exemplo,
a ideia de que esse indivíduo tem recursos suficientes para desenvolver suas
habilidades por si só, não sendo necessária a intervenção do ambiente.
No entanto, é preciso salientar e divulgar entre educadores que o aluno com
altas habilidades/superdotado necessita de uma variedade de experiências de
aprendizagem enriquecedoras, que estimulem seu potencial. Outro mito é a de que
essa criança apresenta necessariamente um bom rendimento escolar. Porém, o que
se tem observado é que indivíduos superdotados podem apresentar um rendimento
aquém de seu potencial, revelando uma discrepância entre seu potencial e seu
desempenho real (ALENCAR & FLEITH, 2001; ALENCAR & VIRGOLIM, 1999).
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Fonte: www.desenvolvimentodobebe.com.br
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Fonte: www.i0.statig.com.br
Fonte: www.mibebeyyo.com.mx.com
Alencar & Fleith (2001) sugerem outras atividades a serem implementadas com
alunos superdotados:
• Atividades que levem o aluno a produzir muitas ideias
• Atividades que levem o aluno a brincar com ideias, situações e objetos (ex.:
brincadeiras de faz-de-conta: casinha, supermercado etc.)
• Atividades que envolvam análise crítica de um acontecimento
• Atividades que estimulem o aluno a levantar questões
• Atividades que levem o aluno gerar múltiplas hipóteses
• Atividades que desenvolvam no aluno a habilidade de explorar
consequências para acontecimentos que poderão ocorrer no futuro
• Atividades que envolvam a discussão de problemas do mundo real
• Atividades que estimulem o aluno a definir e solucionar problemas
• Atividades de pesquisa sobre tópicos do interesse do aluno
• Atividades que estimulem a imaginação dos alunos
• Atividades que possibilitem ao aluno explorar e conhecer diferentes áreas
do Conhecimento.
Fonte: www.isonhei.com.br
Fonte: www.Fis-your-gifted-student-being-supported-in-public-school.com
BIBLIOGRAFIA
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9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: CC, 1996. Disponivel em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>. Acesso em: 12 maio 2010.
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
FREEMAN, J. & GUENTHER, Z.C. Educando os mais capazes. São Paulo: EPU.
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PELOSI, Miryan Bonadiu. In.: Seminário internacional sociedade inclusiva PUC Minas.
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REILY, Lúcia. Escola inclusiva: linguagem e mediação. São Paulo: Papirus, 2004.
SASSAKI, Romeu. Por que o termo “Tecnologia Assitiva”? 1996. Disponível em:
http://www.cedionline.com.br/ta.html. Acesso em 24 mar. de 2007.
VIRGOLIM, A.M.R., FLEITH, D.S. & NEVES-PEREIRA, M.S. Toc toc... plim plim.
Lidando com as emoções, brincando com o pensamento através da criatividade
(3a. ed.). Campinas: Papirus, 2001.
VYGOTSKY LS. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
RESUMO
As políticas públicas brasileiras embasadas no aporte dos documentos legais direcionam os serviços
de Educação Especial, mesmo com concepção inclusiva, a categorizar as necessidades educacionais
especiais (NEE) em grupos quais sejam: deficiências, transtorno global do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Por sua vez, o censo escolar apresenta as matrículas desses educandos
divididos em categorias demarcadas conforme os ditames legais. Este trabalho tem como objetivo
expor a possibilidade desses educandos possuírem dupla NEE, no caso em questão, altas habilidades
e surdez e/ ou deficiência auditiva. A metodologia utilizada foi a bibliográfica e documental servindo-se
de pesquisas em livros, revistas e artigos acadêmicos disponíveis na Rede Mundial de Computadores
(Internet). Os resultados mostram que o sistema educacional brasileiro voltado à Educação Especial
volta-se para identificar e atender os educandos com NEE de maneira categorial, ou seja, atender
apenas a uma NEE, prioritariamente a deficiência (surdez e/ou deficiência auditiva) esquecendo-se da
possibilidade desses educandos possuírem a dupla NEE: altas habilidades e surdez e ou/ deficiência
auditiva.
INTRODUÇÃO
Sempre que se discute sobre necessidades educacionais especiais no âmbito
dos conceitos, do atendimento e de ações políticas, volta-se para uma visão
dicotômica ou facetada das categorias dessas necessidades. Observa-se que as
necessidades educacionais especiais (NEE) variam de acordo com a cultura do
sistema socioeducacional de cada lugar.
A legislação brasileira mais recente, denominada Políticas Nacionais de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), entende
para fins de atendimento educacional especializado quais sejam: deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação1.
Nesses três grupos, o atendimento é realizado por categorias e não há dados no
censo escolar que indicam que esses educandos, em situação de inclusão possam
estar identificados e atendidos em duas categorias que tenham dupla NEE.
Surge então os questionamentos: a) O que há com o sistema que impossibilita
que pessoas possam ter ao mesmo tempo altas habilidades/superdotação e
deficiência ou síndrome ou, mesmo algum transtorno funcional que não é considerado
para efeito de atendimento educacional especializado, segundo as Políticas Nacionais
mais recentes? b) Será que o sistema educacional desconhece essa condição de
dupla NEE?
Uma breve observação em estudos sobre dupla NEE das altas habilidades/
superdotação com outra necessidade especial infere-se que o conhecimento da área
é necessário. Há que se ter conscientização dessa possibilidade, primeiramente,
evitando que os educandos sejam atendidos em uma só categoria de NEE
consumando a unicidade categorizante, geralmente voltada para as limitações de
suas potencialidades.
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo expor a possibilidade desses
educandos possuírem dupla NEE, no caso em questão, altas
habilidades/superdotação e surdez e/ ou deficiência auditiva.
INICIANDO A DISCUSSÃO
1 Altas habilidades/superdotação é termo utilizado oficialmente nos documentos legais brasileiros, apesar da divergência
conceitual e terminológica entre os estudiosos da área.
Neste início de discussão, é pertinente que se apresente quem são os
educandos com NEE atendidos pela Educação Especial no Brasil.
Em 1996, foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9.394 (BRASIL, 1996) em que pela primeira vez trouxe um capítulo inteiro dedicado à
Educação Especial, Capítulo V. Veio, com isso, reforçar e incentivar políticas voltadas
para as necessidades especiais. No entanto, a Lei não explicitou quem seriam os
educandos atendidos, apenas mencionando educandos portadores de necessidades
especiais (artigo, 58) e superdotados (artigo 59, II).
Em vigor, desde 1994, a Política Nacional de Educação Especial, publicada pelo
Ministério da Educação e do Desporto (MEC) e Secretaria de Educação Especial
(SEESP) (BRASIL, 1994) configurava em suas diretrizes quem seria o alunado da
Educação Especial: altas habilidades, condutas típicas, deficiência auditiva,
deficiência física, deficiência mental, deficiência múltipla e deficiência visual.
A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1994, p. 45) tinha como
objetivo geral “[...]servir como fundamentação e orientação do processo global da
educação de pessoas portadoras de deficiências, condutas típicas e de altas
habilidades, criando condições adequadas para o desenvolvimento pleno de suas
potencialidades, com vistas ao exercício consciente da cidadania”. E acrescentava: “A
divulgação deste documento facilitaria o trabalho dos profissionais da educação que
atuam na área, garantindo o atendimento especializado a todos os alunos que
fazem jus à educação especial no Brasil” (p. 10) (grifo nosso).
Percebe-se que qualquer outra categoria que, por ventura, surgisse nos
educandos estaria excluído de atendimento pela Educação Especial, haja vista que
as recomendações da Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994) ampliavam o leque
de necessidades especiais e com princípios inclusivos.
A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1994) deu lugar à Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL,
2008) com nova configuração, com abordagem inclusiva, porém, gessando as
necessidades especiais a serem atendidas em três grupos:
1. Pessoa com deficiência, “aquela que tem impedimento de longo prazo, de
natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras,
podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na
sociedade”;
2. Transtornos globais do desenvolvimento “são aqueles que apresentam
alterações qualitativas das interações das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito,
estereotipados e repetitivo”;
3. Altas habilidades/superdotação, “aqueles que demonstram potencial elevado
em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança psicomotricidade e artes, além de apresentar grande
criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas
de seu interesse” (p. 9).
No aporte legal que comanda as ações políticas e pedagógicas, ficam excluídos
do documento outras necessidades especiais. Essa Política recente menciona sem
explicitação contida nos três grupos a serem atendidos, o transtorno funcional que não
consta como NEE considerada na Educação Especial do Brasil, diferentemente de
outros países, como os Estados Unidos.
Desta forma, com a inclusão e exclusão de necessidades especiais que a
legislação recomenda, este trabalho apresenta a dupla NEE – altas
habilidades/superdotação-surdez e ou/deficiência auditiva - para exemplificar a
possibilidade dual.
Leitura precoce;
Excelente memória;
Habilidade para ajustar à escola regular;
Habilidades na fala e leitura sem instrução;
Rapidez no domínio das ideias;
Habilidade de raciocinar;
Alta performance na escola;
Muitos interesses;
Maneira não tradicional de absorver problemas;
Habilidades de resolver problemas do dia-a-dia, possivelmente em alto nível;
Atraso em conhecimento de conceitos;
Alto iniciativa;
Senso de humor;
Intuição;
Engenhosidade em resolver problemas;
Habilidade em linguagem de símbolos.
2 Dotação e talento são termos utilizados pelo pesquisador canadense Francoys Gagné.
3 Talentees – neologismo criado por Gagné (2010) para descrever qualquer pessoa participante de um programa sistemático
de desenvolvimento de talento.
Negrini (2009) em pesquisa realizada para identificar características de altas
habilidades/superdotação em 28 crianças surdas, pré-escolares e dos ciclos iniciais
em escola especializada, salienta que as características encontradas são
consonantes às outras crianças, pois são pessoais e individuais. Menciona, ainda, que
as características poderiam ser observadas em outras instituições de ensino. Apenas
ressalta que, a escola de surdos facilita a identificação porque é valorizada a Libras e
a forma de ser, seus interesses e habilidades.
As características de educandos com dupla NEE altas habilidades/superdotação
e surdez e/ ou deficiência auditiva tem semelhanças com as características de altas
habilidades/superdotação apresentadas pelo Ministério da Educação (2002) que são:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho buscou apresentar uma exposição e reflexão sobre a dupla NEE
envolvendo os superdotados e surdos. Procurou mostrar, como é visto, na Educação
Especial, sob o aporte legal e sua consequência no atendimento.
O atendimento especial é feito por categorias de NEE que privilegiam umas em
detrimento de outras. É o caso dos altos habilidosos/superdotados que estão
protegidos pela legislação desde 1971 e ratificada nas demais leis pertinentes à
Educação Especial e Inclusiva e, no entanto, são ínfimas as matrículas de educandos
atendidos em todo o país.
Em sentido contrário, sobe vertiginosamente os serviços educacionais aos
alunos com deficiência e síndromes (transtornos globais do desenvolvimento), porém,
pouco se conhece e se discute sobre a possibilidade desses milhares de alunos
possuírem altas habilidades/superdotação contrariando a Organização Mundial da
Saúde que 3,5 a 5% de qualquer população é de superdotados, apenas considerando
as áreas lógico – matemática e verbal e outros índices mais elásticos podem chegar
a 15 a 20% em todas as áreas de domínio apenas para aqueles que possuem altas
habilidades/superdotação, no entanto, em pesquisa realizada em crianças surdas com
características de altas habilidades/superdotação observou-se a cifra de 25%.
Desta forma, a escola brasileira não tem cumprido seu papel em incluir o
atendimento educacional especial a essa parcela de alunos e, menos ainda,
desconhece a possibilidade da dupla NEE desses indivíduos. Provavelmente, uma
das causas que impede o reconhecimento de talento em pessoas com dificuldades
físicas, sensoriais, intelectuais, funcionais e síndromes esteja nos mitos e
preconceitos acerca dessas pessoas. São vistas como incapazes e que são forçadas
a se normalizarem pelo sistema educacional padronizante vigente em nossas escolas
que os impede de se desenvolverem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SITES CONSULTADOS
http://www.cec.sped.org/AM/Template.cfm?Section=Home&TEMPLATE=/CM/Conten
tDisplay.cfm&CONTENTID=5823 Acesso em 25/02/2011.