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SUMÁRIO

1 SUPERDOTAÇÃO ...................................................................................... 2

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 23

2 ARTIGO PARA REFLEXÃO ..................................................................... 27


1 SUPERDOTAÇÃO

Fonte: www.wscom.com.br

Para o Conselho Nacional de Educação os portadores de superdotação são:


Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais
os que durante o processo educacional apresentarem:
III – altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os
leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
Art. 8o As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na
organização de suas classes comuns:
IX – Atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas
habilidades/superdotação, o aprofundamento e enriquecimento de aspectos
curriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala de
recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para
conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar, nos termos do Artigo 24, V,
“c”, da Lei 9.394/96.
Segundo o Conselho Brasileiro para Superdotação – ConBraSD:
O superdotado/talentoso/portador de altas habilidades é aquele indivíduo que,
quando comparado à população geral, apresenta uma habilidade significativamente
superior em alguma área do conhecimento, podendo se destacar em uma ou várias
áreas:
• Acadêmica: tira boas notas em algumas matérias na escola – não
necessariamente em todas – tem facilidade com as abstrações,
compreensão rápida das coisas, demonstra facilidade em memorizar etc.

Fonte: www.3.bp.blogspot.com

• Criativa: é curioso, imaginativo, gosta de brincar com ideias, tem respostas


bem humoradas e diferentes do usual.
• Liderança: é cooperativo, gosta de liderar os que estão a seu redor, é
sociável e prefere não estar só.
• Artística: habilidade em expressar sentimentos, pensamentos e humores
através da arte, dança, teatro ou música.
• Psicomotora: Habilidade em esportes e atividades que requeiram o uso do
corpo ou parte dele; boa coordenação psicomotora.
• Motivação: torna-se totalmente envolvido pela atividade do seu interesse,
resiste à interrupção, facilmente se chateia com tarefas de rotina, se esforça
para atingir a perfeição, e necessita pequena motivação externa para
completar um trabalho percebido como estimulante.
Para o ConBraSD, a superdotação, a precocidade, o prodígio e a genialidade
são gradações de um mesmo fenômeno estudado há décadas em diversos países.
Assim, para o Conselho:

• Precoce é a criança que apresenta alguma habilidade específica


prematuramente desenvolvida em qualquer área do conhecimento, seja na
música, na matemática, na linguagem ou na leitura.
• “Criança prodígio” é o termo usado para sugerir algo extremo, raro e único,
fora do curso normal da natureza. Um exemplo seria Wolfgang Amadeus
Mozart, que começou a tocar piano aos três anos de idade. Aos quatro anos,
sem orientação formal, já aprendia peças com rapidez e aos sete, já
compunha regularmente e se apresentava nos principais salões da Europa.

Fonte: www.logustiead.com.br

• Mozart, assim como Einstein, Gandhi, Freud e Portinari, entre outros


mestres, são exemplos de gênios, termo reservado para aqueles que deram
contribuições extraordinárias à humanidade. São aqueles raros indivíduos
que, até entre os extraordinários, se destacam e deixam sua marca na
história.
As pessoas citadas tenham sido elas precoces, prodígios ou gênios, podem
então ser ditos “portadoras de altas habilidades” ou superdotadas.
Joseph Renzulli, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa sobre o
Superdotado e Talentoso, da Universidade de Connecticut, Estados Unidos, em seu
Modelo dos Três Anéis, considera que os comportamentos de superdotação resultam
de três conjuntos de traços:
a) Habilidade acima da média em alguma área do conhecimento (não
necessariamente muito superior à média);
b) Envolvimento com a tarefa (implica motivação, vontade de realizar uma
tarefa, perseverança e concentração); e
c) Criatividade (capacidade de pensar em algo diferente, ver novos
significados e implicações, retirar ideias de um contexto e usá-las em
outro).

Fonte: www.pequenada.com

Renzulli entende a superdotação como condição ou comportamento que pode


ser desenvolvido em algumas pessoas (aquelas que apresentam alguma habilidade
superior à média da população), em certas ocasiões (e não continuamente, uma vez
que é possível se evidenciar comportamentos de superdotação na infância, mas não
na idade adulta, ou apenas em alguma série escolar ou em um momento da vida) e
sob certas circunstâncias (e não em todas as circunstâncias da vida de uma pessoa)
[Renzulli & Reis, 1997]. Esta diferenciação é importante, pois ao considerar a
superdotação como um comportamento a ser desenvolvido, o autor desloca a
discussão, esvaziando a tendência, muitas vezes estéril, de se rotular uma criança
como superdotada.

Fonte: www.rede.novaescolaclube.org

Ele enfoca a necessidade de que sejam oferecidas oportunidades educacionais


variadas aos alunos em geral, para que um número maior de crianças tenha a
oportunidade de se desenvolver e apresentar comportamentos de superdotação.
Segue-se, então, que tais comportamentos podem ser desenvolvidos em pessoas que
não são, necessariamente, as que tiram as melhores notas ou apresentam maiores
resultados em testes de QI.

As crianças superdotadas, também definidas como portadoras de altas


habilidades (PAH) ou talentos, constituem um segmento do grupo maior de
crianças que, por serem detentores de traços individuais específicos, são
definidos como portadores de necessidades (educacionais) especiais (MAIA,
2004, P. 24)

Uma educação democrática deve levar em consideração as diferenças


individuais e, portanto, oferecer oportunidades de aprendizagem conforme as
habilidades, interesses, estilos de aprendizagem e potencialidades dos alunos. Nesse
sentido, alunos com altas habilidades/superdotados merecem ter acesso a práticas
educacionais que atendam às suas necessidades, possibilitando um melhor
desenvolvimento de suas habilidades. Segundo Renzulli (1986, P. 05), o propósito da
educação dos indivíduos superdotados é “fornecer aos jovens oportunidades máximas
de auto realização por meio do desenvolvimento e expressão de uma ou mais áreas
de desempenho onde o potencial superior esteja presente”.

Fonte: www.altas-habilidades-e-superdotacaoa.com.br

Tanto as legislações nacionais quanto a bases normativas referentes aos


direitos das pessoas com altas habilidades/superdotadas são escassas. Este
segmento social, quando considerado na legislação, via de regra o é como se
subconjunto fosse do segmento maior das ‘pessoas com deficiência’, não obstante a
evidente impropriedade. Entre as várias consequências deste fato, está o tratamento
legal muito mais detalhado e específico das deficiências e a ligeireza, falta de atenção
ou, na maior parte dos casos, a desconsideração pura e simples dos aspectos
especificamente concernentes aos alunos talentosos ou portadores de altas
habilidades.
Várias são as razões para justificar a necessidade de uma atenção diferenciada
ao superdotado. Uma delas é por ser o potencial superior um dos recursos naturais
mais preciosos, responsável pelas contribuições mais significativas ao
desenvolvimento de uma civilização.
Fonte: www.leandroteles.com.br

Com relação a esse aspecto, Sternberg & Davidson (1986) lembram, por
exemplo, que, quando se volta à História e se buscam os pilares das grandes
civilizações, invariavelmente as contribuições artísticas, filosóficas e científicas, frutos
da inteligência, talento e criatividade de alguns indivíduos ou grupos de indivíduos,
são apontadas ou enaltecidas.
Com relação à educação infantil, sabe-se que o período que antecede a
educação fundamental é da maior importância para o desenvolvimento cognitivo e
psicossocial. Nesse período, as influências do ambiente desempenham um papel
fundamental para o desenvolvimento do potencial de cada criança. Propiciar
condições que permitam a ela expressar seus interesses e desenvolver possíveis
talentos deveria ser o ponto de partida de uma educação diferenciada.
Observa-se, entretanto, que poucas são as oportunidades educacionais
oferecidas ao aluno com altas habilidades/superdotado para desenvolver de forma
mais plena as suas habilidades. Uma possível explicação para este cenário são os
vários mitos sobre o superdotado, frequentes em nossa sociedade, que constituem
entrave à provisão de condições favoráveis à sua educação. Predomina, por exemplo,
a ideia de que esse indivíduo tem recursos suficientes para desenvolver suas
habilidades por si só, não sendo necessária a intervenção do ambiente.
No entanto, é preciso salientar e divulgar entre educadores que o aluno com
altas habilidades/superdotado necessita de uma variedade de experiências de
aprendizagem enriquecedoras, que estimulem seu potencial. Outro mito é a de que
essa criança apresenta necessariamente um bom rendimento escolar. Porém, o que
se tem observado é que indivíduos superdotados podem apresentar um rendimento
aquém de seu potencial, revelando uma discrepância entre seu potencial e seu
desempenho real (ALENCAR & FLEITH, 2001; ALENCAR & VIRGOLIM, 1999).

Fonte: www.cache.almanaquedospais.com.br

Muitas vezes, o aluno com altas habilidades/superdotado pode ficar


desmotivado com as atividades implementadas em sala de aula, com o currículo ou
métodos de ensino utilizados (especialmente a excessiva repetição do conteúdo,
aulas monótonas e pouco estimuladoras, e ritmo mais lento da classe).
Fonte: www.taquara.rs.gov.br

Acredita-se, ainda, que superdotação é um fenômeno raro e que são poucas


as crianças e jovens de nossas escolas que poderiam ser considerados superdotados.
O que pode ser salientado é que se realmente as condições forem inadequadas,
dificilmente o indivíduo com um potencial maior terá condições de desenvolvê-lo.
Assim, da mesma forma que uma boa semente necessita de condições adequadas
de solo, luz e umidade para desenvolver-se, também o aluno com altas
habilidades/superdotado necessita de um ambiente adequado estimulador e rico em
experiências.
Observa-se, também, uma tendência no sentido de se acreditar que os
superdotados estariam concentrados em apenas uma parcela da população, que seria
entre indivíduos do sexo masculino, de nível socioeconômico médio. De modo geral,
tanto a mulher como o indivíduo proveniente de um meio pobre que apresentem uma
habilidade ou um talento especial tendem não apenas a passar despercebidos, mas
também a sofrer uma pressão no sentido de um desempenho mais baixo (ALENCAR
& FLEITH, 2001).
Superdotação tem sido, ainda, vista, erroneamente, como genialidade. Esses
termos, entretanto, não são sinônimos. O gênio seria aquele indivíduo reconhecido
por ter dado uma contribuição original e de grande valor para a sociedade (por
exemplo, Einstein, Darwin, Picasso).
Fonte: www.cdn.doutissima.com.br

No âmbito das políticas educacionais, inicialmente, as diretrizes básicas da


Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação e do Desporto (BRASIL,
1995) consideravam superdotados (ou portadores de altas habilidades) aqueles
alunos que apresentavam notável desempenho e/ou elevada potencialidade em
qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual,
aptidão acadêmica ou específica (por exemplo, aptidão matemática), pensamento
criativo e produtivo, capacidade de liderança, talento para artes visuais, artes
dramáticas e música e capacidade psicomotora.
Atualmente, segundo o artigo 5º, parágrafo III, da Resolução CNE/CEB Nº 2,
de 2001, que instituiu as Diretrizes nacionais para a educação especial na educação
básica (BRASIL 2001D), educandos com altas habilidades/superdotação são aqueles
que apresentam grande facilidade de aprendizagem, levando-os a dominar
rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
Fonte: www.i.ytimg.com

Como consequência, estes alunos apresentam condições de aprofundar e


enriquecer conteúdos escolares. Considerando as políticas educacionais inclusivas, o
aluno deve ser cada vez mais atendido em seus interesses, necessidades e
potencialidades, cabendo à escola ousar, rever suas concepções e paradigmas
educacionais, lidando com as evidências que o desenvolvimento humano oferece.
Uma criança pré-escolar que apresente um desenvolvimento cognitivo, sócio
afetivo e/ou psicomotor diferenciado e avançado para a idade não pode ser
desconsiderada e/ou desqualificada no âmbito escolar. Nesse sentido, é importante
atender os alunos de altas habilidades/superdotados, considerando seu
desenvolvimento real, evitando contemplar níveis de desenvolvimento padronizados,
conforme os apresentados em escalas de desenvolvimento.
Cabe, portanto, à escola definir no projeto pedagógico seu compromisso com
uma educação de qualidade para todos seus alunos, inclusive o de altas
habilidades/superdotados, respeitando e valorizando essa diversidade, e definindo
sua responsabilidade na criação de novos espaços inclusivos.
Além disso, é na educação infantil que se aponta para a possibilidade de
realização de novas interações sociais por meio dos reagrupamentos escolares,
conforme preconizam os artigos 23 e 24 da nova LDBEN e que buscam, em última
instância, não que o aluno se molde ou se adapte à escola, mas que a escola se
coloque à disposição do aluno, como um espaço inclusivo.
Na educação infantil se inicia a construção de um processo escolar que poderá
ser concluído em menor tempo quanto à série em que o aluno estejam cursando,
etapa escolar em que o aluno esteja inserido ou mesmo em relação a toda a sua
escolarização. Dessa forma, é fundamental oferecer desafios suplementares aos
alunos de altas habilidades/superdotados.

Fonte: www.desenvolvimentodobebe.com.br

Para isso é importante a definição de um projeto pedagógico que inclua a


modalidade de ensino educação especial no cotidiano escolar, oferecendo aos alunos
de altas habilidades/superdotados alternativas motivadoras e criativas de
aprendizagem que possam garantir o seu sucesso escolar. É importante ressaltar que
crianças superdotadas em idade pré-escolar constituem um grupo heterogêneo em
termos de interesses, níveis de habilidades, desenvolvimento emocional, social e
físico (CLINE & SCHWARTZ, 1999).
Nesse sentido, podemos nos deparar com uma criança avançada do ponto de
vista intelectual, mas imatura emocionalmente. O professor deve estar atento a essa
possível falta de sincronia entre desenvolvimento intelectual e afetivo ou físico.
Por exemplo, uma criança superdotada pode apresentar leitura precoce, porém
ter dificuldade em manipular um lápis, pois suas habilidades motoras não estão
totalmente desenvolvidas. Além disso, a habilidade superior demonstrada por essa
criança pode ser resultado de uma estimulação intensa por parte das pessoas
significativas de seu ambiente. Ao atingir a idade escolar, o desenvolvimento dessa
criança pode se normalizar e ela passar a apresentar um desempenho semelhante
aos alunos de sua idade. Por isso, nem sempre uma criança precoce poderá ser
caracterizada como superdotada.

Fonte: www.media-cache-ak0.pinimg.com

É essencial, portanto, acompanhar o desempenho dessa criança, registrando


habilidades e interesses demonstrados ao longo dos primeiros anos de escolarização,
oferecendo várias oportunidades estimuladoras e enriquecedoras ao seu potencial.
Dentre as características mais comumente encontradas em crianças
superdotadas em idade pré-escolar destacam-se (CLINE & SCHWARTZ, 1999;
LEWIS & LOUIS, 1991):
• Alto grau de curiosidade
• Boa memória
• Atenção concentrada
• Persistência
• Independência e autonomia
• Interesse por áreas e tópicos diversos
• Aprendizagem rápida
• Criatividade e imaginação
• Iniciativa
• Liderança

Fonte: www.i0.statig.com.br

• Vocabulário avançado para a sua idade cronológica


• Riqueza de expressão verbal (elaboração e fluência de ideias)
• Habilidade para considerar pontos de vistas de outras pessoas
• Facilidade de interagir com crianças mais velhas ou com adultos
• Habilidade para lidar com ideias abstratas
• Habilidade para perceber discrepâncias entre ideias e pontos de vista
• Interesse por livros e outras fontes de conhecimento
• Alto nível de energia
• Preferência por situações/objetos novos
• Senso de humor
• Originalidade para resolver problemas
Crianças com altas habilidades/superdotadas em idade pré-escolar devem
vivenciar diversas situações de aprendizagem de forma a desenvolver suas
habilidades e talentos. Isso significa implementar atividades que envolvam o
pensamento criativo (produção de muitas ideias originais e variadas) e crítico, e que
levem a criança a fazer conexões entre ideias, resolver problemas e levantar
questionamentos. É importante, ainda, proporcionar à criança oportunidades para
explorar mais amplamente um tema de seu interesse. Sob uma perspectiva efetiva,
espera-se que a criança com altas habilidades/superdotada desenvolva suas
habilidades interpessoais e de comunicação, autonomia, iniciativa, um autoconceito
positivo, e uma compreensão do outro e seu ponto de vista.

Fonte: www.mibebeyyo.com.mx.com

Embora estejamos cônscios dos recursos limitados em muitas escolas, em


termos ideais um ambiente estimulador deve incluir material de consulta diversificado
impresso ou eletrônico (por exemplo, livros, revistas, jornais, enciclopédias, dicionário,
programas de computador), materiais para manipulação e exploração (brinquedos,
bolas, blocos e jogos pedagógicos, objetos com sons e formatos diferentes, lupas e
lentes de aumento), equipamentos (vídeo, globo terrestre, aparelho de som e, se
possível, computador).
Além disso, seria altamente desejável que o aluno tivesse oportunidade de
conhecer e frequentar bibliotecas, de participar de atividades (na escola ou em outros
locais da comunidade), conforme seu interesse e área de habilidade. Na área artística,
materiais de consumo como tintas, lápis, pincéis, canetas, massinha, argila, telas, bem
como instrumentos musicais (flauta, por exemplo) devem, também, ser
disponibilizados aos alunos.
É relevante ressaltar a necessidade não apenas de recursos materiais, como
também de recursos humanos diversos (por exemplo, bibliotecário, professores bem
qualificados de música, educação física, educação artística etc.).
Fonte: www.leianoticias.com.br

Um projeto pedagógico inclusivo para alunos de altas habilidades na pré-escola


não pode deixar de considerar as atividades que favoreçam o saber-aprender, o
saber-fazer e o saber ser, favorecendo aprendizagens para toda a vida. Seeley (1998)
sugere o desenvolvimento de atividades que envolvam o uso da linguagem, a
representação de experiências e ideias, o raciocínio lógico e criativo, a compreensão
de tempo e espaço e uma aprendizagem ativa por parte do aluno com altas
habilidades/superdotado
Fonte: www.sesirs.org.br

Exemplos de atividades são:


• Descrição de objetos, eventos e relações
• Conversa com colegas acerca de experiências importantes
• Expressão de sentimentos em palavras
• Ouvir e criar ou completar histórias
• Ouvir, criar ou recriar canções
• Imitações ou criações de sons
• Sonorizar poemas (por meio de sons do corpo, objetos ou instrumentos
musicais)
• Dramatizações
• Reconhecimento de objetos pelo som, cheiro e formato
• Identificação de diferenças e semelhanças entre objetos
• Descrição de objetos de várias maneiras
• Comparação de tamanho, peso, texturas, comprimento etc.
• Observação de objetos sob diferentes perspectivas
• Representação de seu corpo
• Descrição de relações espaciais presentes em desenhos e figuras.
Fonte: www.lebanon24.com

Alencar & Fleith (2001) sugerem outras atividades a serem implementadas com
alunos superdotados:
• Atividades que levem o aluno a produzir muitas ideias
• Atividades que levem o aluno a brincar com ideias, situações e objetos (ex.:
brincadeiras de faz-de-conta: casinha, supermercado etc.)
• Atividades que envolvam análise crítica de um acontecimento
• Atividades que estimulem o aluno a levantar questões
• Atividades que levem o aluno gerar múltiplas hipóteses
• Atividades que desenvolvam no aluno a habilidade de explorar
consequências para acontecimentos que poderão ocorrer no futuro
• Atividades que envolvam a discussão de problemas do mundo real
• Atividades que estimulem o aluno a definir e solucionar problemas
• Atividades de pesquisa sobre tópicos do interesse do aluno
• Atividades que estimulem a imaginação dos alunos
• Atividades que possibilitem ao aluno explorar e conhecer diferentes áreas
do Conhecimento.

A avaliação da aprendizagem de alunos com necessidades educacionais


especiais em idade pré-escolar deve ser orientada por dois propósitos principais: a
identificação das necessidades educacionais especiais e a tomada de decisão quanto
ao atendimento que esses alunos devem receber, conforme previsto na nova
legislação.

Fonte: www.isonhei.com.br

Dada a diversidade de estilos de aprendizagem, estilos de expressão e


habilidades dos alunos superdotados, múltiplas formas de avaliação da aprendizagem
devem ser consideradas, visando não somente assegurar respostas educativas de
qualidade, mas, também, a tomada de decisões quanto ao atendimento de que a
criança pré-escolar necessita no âmbito da escola, nas modalidades de apoio,
complemento ou suplemento escolar, garantindo a educação e o desenvolvimento das
potencialidades desses educandos.
Além disso, em situações de desenvolvimento dessincronizado na pré-escola
(por exemplo, desenvolvimento intelectual mais avançado do que o emocional), um
cuidadoso e exaustivo trabalho de avaliação escolar deve ser realizado a fim de
fundamentar decisões tomadas como a de aceleração de estudos de alunos
autodidatas ou que apresentem ritmos de aprendizagem acelerados em uma ou várias
áreas de aprendizagem escolar.
Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br

Além das alternativas tradicionais de avaliação, outras poderão ser utilizadas


como, por exemplo, auto avaliação, relatório de atividades e avaliação de produtos
elaborados pelos alunos. A estratégia ideal de avaliação é aquela em que o progresso
do aluno é ressaltado. Isso possibilita ao aluno desenvolver um senso de realização
acadêmica e, consequentemente, levá-lo a se sentir intrinsecamente motivado em
relação ao seu processo de aprendizagem (FELDHUSEN, 1994).
É importante, ainda, que o professor incentive múltiplas formas de produto final.
Ou seja, o aluno pode demonstrar sua proficiência por meio de um produto escrito
(história, poesia, carta etc.), oral (dramatização, música, contar histórias etc.), visual
(desenho, colagem, mural etc.) e/ou concreto (móbile, máscara, brinquedos, jogos
etc.), de forma a contemplar os diferentes estilos de expressão dos alunos. Toda
informação sobre o aluno (por exemplo, trabalhos de classe e extraclasse, outras
produções do aluno, áreas/atividades de interesse) deve ser documentada e guardada
em um portfólio, ou seja, em uma pasta para cada aluno, com sua produção, de forma
que as habilidades, interesses, estilos de aprendizagem e expressão do aluno
superdotado sejam ressaltados e o professor possa, portanto, conhecê-lo melhor e
estruturar a aula visando atender às suas necessidades educacionais (PURCELL &
RENZULLI, 1998).
Pensar a construção da educação inclusiva de alunos de altas
habilidades/superdotados na pré-escola envolve superar desafios que vão desde a
organização dos sistemas de ensino, passando pela escola e pela família, garantindo
condições escolares de qualidade que favoreçam a formação de cidadãos brasileiros
que poderão, definitivamente, contribuir para a construção de uma sociedade
verdadeiramente democrática.

Fonte: www.Fis-your-gifted-student-being-supported-in-public-school.com
BIBLIOGRAFIA

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superdotado. In: F.P.N. Sobrinho & A.C.B. Cunha (Orgs.) Dos problemas
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2 ARTIGO PARA REFLEXÃO

Autores: Rosemeire de Araújo Rangni e Maria da Piedade Resende da Costa


Disponível em: http://www.fe.ufrj.br/anpedinha2011/trabalhos/EDUFSCEE_UFSCAR_009.632.638-
70_trabalho.doc
Acesso: 15 de setembro de 2015

ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO E SURDEZ E/ OU DEFICIÊNCIA


AUDITIVA: DISCUSSÃO ACERCA DA DUPLA NECESSIDADE EDUCACIONAL
ESPECIAL

Rosemeire de Araújo Rangni


Doutoranda do Programa de Pós – Graduação em Educação Especial - PPGEE da
UFSCar
Maria da Piedade Resende da Costa
Orientadora do Programa de Pós – Graduação em Educação Especial - PPGEE da
UFSCar
Eixo 3 – Pesquisa em Pós – Graduação em Educação e Políticas Públicas.
Comunicação Oral

RESUMO

As políticas públicas brasileiras embasadas no aporte dos documentos legais direcionam os serviços
de Educação Especial, mesmo com concepção inclusiva, a categorizar as necessidades educacionais
especiais (NEE) em grupos quais sejam: deficiências, transtorno global do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Por sua vez, o censo escolar apresenta as matrículas desses educandos
divididos em categorias demarcadas conforme os ditames legais. Este trabalho tem como objetivo
expor a possibilidade desses educandos possuírem dupla NEE, no caso em questão, altas habilidades
e surdez e/ ou deficiência auditiva. A metodologia utilizada foi a bibliográfica e documental servindo-se
de pesquisas em livros, revistas e artigos acadêmicos disponíveis na Rede Mundial de Computadores
(Internet). Os resultados mostram que o sistema educacional brasileiro voltado à Educação Especial
volta-se para identificar e atender os educandos com NEE de maneira categorial, ou seja, atender
apenas a uma NEE, prioritariamente a deficiência (surdez e/ou deficiência auditiva) esquecendo-se da
possibilidade desses educandos possuírem a dupla NEE: altas habilidades e surdez e ou/ deficiência
auditiva.

Palavras chave: Altas habilidades/superdotação, surdez/deficiência auditiva, dupla


necessidade Educacional Especial.

INTRODUÇÃO
Sempre que se discute sobre necessidades educacionais especiais no âmbito
dos conceitos, do atendimento e de ações políticas, volta-se para uma visão
dicotômica ou facetada das categorias dessas necessidades. Observa-se que as
necessidades educacionais especiais (NEE) variam de acordo com a cultura do
sistema socioeducacional de cada lugar.
A legislação brasileira mais recente, denominada Políticas Nacionais de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), entende
para fins de atendimento educacional especializado quais sejam: deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação1.
Nesses três grupos, o atendimento é realizado por categorias e não há dados no
censo escolar que indicam que esses educandos, em situação de inclusão possam
estar identificados e atendidos em duas categorias que tenham dupla NEE.
Surge então os questionamentos: a) O que há com o sistema que impossibilita
que pessoas possam ter ao mesmo tempo altas habilidades/superdotação e
deficiência ou síndrome ou, mesmo algum transtorno funcional que não é considerado
para efeito de atendimento educacional especializado, segundo as Políticas Nacionais
mais recentes? b) Será que o sistema educacional desconhece essa condição de
dupla NEE?
Uma breve observação em estudos sobre dupla NEE das altas habilidades/
superdotação com outra necessidade especial infere-se que o conhecimento da área
é necessário. Há que se ter conscientização dessa possibilidade, primeiramente,
evitando que os educandos sejam atendidos em uma só categoria de NEE
consumando a unicidade categorizante, geralmente voltada para as limitações de
suas potencialidades.
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo expor a possibilidade desses
educandos possuírem dupla NEE, no caso em questão, altas
habilidades/superdotação e surdez e/ ou deficiência auditiva.

INICIANDO A DISCUSSÃO

1 Altas habilidades/superdotação é termo utilizado oficialmente nos documentos legais brasileiros, apesar da divergência
conceitual e terminológica entre os estudiosos da área.
Neste início de discussão, é pertinente que se apresente quem são os
educandos com NEE atendidos pela Educação Especial no Brasil.
Em 1996, foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9.394 (BRASIL, 1996) em que pela primeira vez trouxe um capítulo inteiro dedicado à
Educação Especial, Capítulo V. Veio, com isso, reforçar e incentivar políticas voltadas
para as necessidades especiais. No entanto, a Lei não explicitou quem seriam os
educandos atendidos, apenas mencionando educandos portadores de necessidades
especiais (artigo, 58) e superdotados (artigo 59, II).
Em vigor, desde 1994, a Política Nacional de Educação Especial, publicada pelo
Ministério da Educação e do Desporto (MEC) e Secretaria de Educação Especial
(SEESP) (BRASIL, 1994) configurava em suas diretrizes quem seria o alunado da
Educação Especial: altas habilidades, condutas típicas, deficiência auditiva,
deficiência física, deficiência mental, deficiência múltipla e deficiência visual.
A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1994, p. 45) tinha como
objetivo geral “[...]servir como fundamentação e orientação do processo global da
educação de pessoas portadoras de deficiências, condutas típicas e de altas
habilidades, criando condições adequadas para o desenvolvimento pleno de suas
potencialidades, com vistas ao exercício consciente da cidadania”. E acrescentava: “A
divulgação deste documento facilitaria o trabalho dos profissionais da educação que
atuam na área, garantindo o atendimento especializado a todos os alunos que
fazem jus à educação especial no Brasil” (p. 10) (grifo nosso).
Percebe-se que qualquer outra categoria que, por ventura, surgisse nos
educandos estaria excluído de atendimento pela Educação Especial, haja vista que
as recomendações da Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994) ampliavam o leque
de necessidades especiais e com princípios inclusivos.
A Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1994) deu lugar à Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL,
2008) com nova configuração, com abordagem inclusiva, porém, gessando as
necessidades especiais a serem atendidas em três grupos:
1. Pessoa com deficiência, “aquela que tem impedimento de longo prazo, de
natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras,
podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na
sociedade”;
2. Transtornos globais do desenvolvimento “são aqueles que apresentam
alterações qualitativas das interações das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito,
estereotipados e repetitivo”;
3. Altas habilidades/superdotação, “aqueles que demonstram potencial elevado
em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança psicomotricidade e artes, além de apresentar grande
criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas
de seu interesse” (p. 9).
No aporte legal que comanda as ações políticas e pedagógicas, ficam excluídos
do documento outras necessidades especiais. Essa Política recente menciona sem
explicitação contida nos três grupos a serem atendidos, o transtorno funcional que não
consta como NEE considerada na Educação Especial do Brasil, diferentemente de
outros países, como os Estados Unidos.
Desta forma, com a inclusão e exclusão de necessidades especiais que a
legislação recomenda, este trabalho apresenta a dupla NEE – altas
habilidades/superdotação-surdez e ou/deficiência auditiva - para exemplificar a
possibilidade dual.

ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO E SURDEZ E/OU DEFICIÊNCIA


AUDITIVA

A temática altas habilidades/superdotação já é um assunto denso e de muitas


polêmicas. Vista com desatenção em relação às outras NEE, os educandos mais
capazes estão rodeados de mitos, preconceitos e exclusão. Prova disso, é o número
ínfimo de educandos identificados e atendidos no Brasil. Segundo o Censo Escolar
2010, há 5. 637 matrículas (DEL PRETTO, 2010).
Considerados por muitos educadores, que desconhecem sobre as altas
habilidades/superdotação, como uma educação de elite ou que esses sujeitos
caminham por si sós. Esse imaginário de crenças e desconhecimento tem acarretado
barreiras que levam esses educandos, já integrados nas escolas, a não serem
reconhecidos, levando-os à exclusão e, provavelmente, muitas vezes à evasão.
Paradoxalmente, os educandos com deficiências têm recebido mais apoio do
sistema escolar, especialmente, adentrando ao sistema regular de ensino, isso
acontecendo mais enfaticamente após os pressupostos da Declaração de Salamanca
(BRASIL, 1994). É o caso dos surdos e/ou deficientes auditivos.
Segundo Sales, Santos, Albres & Jordão (2010) “o indivíduo com incapacidade
auditiva é aquele cuja percepção de sons não é funcional na vida comum. Aquele cuja
percepção de sons ainda que comprometida, mas funcional com ou sem prótese
auditiva, é chamado de pessoa com deficiência auditiva”.
Pretende-se, neste texto, não discutir a polêmica entre os termos surdez e
deficiência auditiva consideradas comunidades diferentes, aquela por se utilizar a
Língua Brasileira de Sinais (Libras) e está por ser composta de indivíduos oralizados
na língua da comunidade ouvinte ou que não utilizam Libras. Importa, contudo, para
a discussão, que uma perda auditiva existe em ambos os grupos e, para isso,
educacionalmente necessitam de atendimento especializado.
O Censo Escolar mostrou que em 2006, o total de matrículas em todas as
necessidades especiais eram de 700.624 e 69.420 educandos surdos leves ou
severos. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 3,5 a 5%
de qualquer população é superdotada (SABATELLA, 2005). Desta forma, admite-se
que dessa população do alunado com deficiência auditiva pode haver superdotados.
Ao proceder a identificação em alunos surdos das séries iniciais com
características de altas habilidades/superdotação, Negrini (2009) chegou ao índice de
25% o que configura que a dificuldade de audição não revela limitações em outras
áreas do domínio humano.
Smith (2008) assinala que pessoas com deficiência que desenvolveram
habilidades proeminentes como Ludwig van Beethoven, Helen Keller, entre outros que
independente de suas deficiências graves, trouxeram contribuições com seus talentos
e ressalta: “[...] lembre-se de que, não importa qual seja a deficiência, alguém pode
ter capacidades, habilidades ou criatividade excepcionais” (p. 211).
A educação dos alunos surdos e/ ou deficientes auditivos é debatida e não se
configura de fácil operacionalidade. Há posições contrárias à inclusão dos surdos em
classes comuns, por estas, não atenderem a diversidade linguística e direcionarem as
propostas pedagógicas para a incapacidade. Assim, Negrini (2009) pontua que a
comunidade de indivíduos com surdez preferem, muitas vezes, instituições onde
podem utilizar a Libras e sua cultura e consideram espaço de resistência e luta contra
práticas ouvintes.
Winstanley (2003) pontua que é difícil de definir a dupla excepcionalidade,
superdotação e surdez. Salienta que a variedade de termos para definir a
superdotação, bem como, a complexidade da cultura surda o que faz disso unicidade
entre as deficiências. Diz que encontrar material sobre crianças altamente capazes
que são surdas provou ser tarefa complexa.
Segundo Guenther (2000, p. 27) “talentosa é a pessoa que realiza com alto grau
de qualidade, alcançando reconhecido sucesso, algo que representa expressão de
uma característica que a sociedade reconhece e aprecia, ou desempenha em nível
de qualidade superior em alguma área que a sociedade valoriza”.
Guenther (no prelo) embasada em Gagné (2005, 2008) salienta que a dotação 2
é um construto que designa posse e uso de notável capacidade natural, um dom dado
ao indivíduo pela vida, assim, relacionado a origem genética e que o talento está
enraizado mais na aquisição do que em herança. E para que o desenvolvimento do
talento, segundo Gagné (2010, p. 3) “é formalmente definido como engajamento
sistemático por parte dos talentees3, por um período de tempo significativo, em um
programa estruturado de atividades levando a uma meta especifica de excelência”.
As características para alunos com dupla NEE superdotados e surdos e/ ou
deficientes auditivos pontuados pelo Education Resource Information Center –ERIC-
(2007) são:

Leitura precoce;
Excelente memória;
Habilidade para ajustar à escola regular;
Habilidades na fala e leitura sem instrução;
Rapidez no domínio das ideias;
Habilidade de raciocinar;
Alta performance na escola;
Muitos interesses;
Maneira não tradicional de absorver problemas;
Habilidades de resolver problemas do dia-a-dia, possivelmente em alto nível;
Atraso em conhecimento de conceitos;
Alto iniciativa;
Senso de humor;
Intuição;
Engenhosidade em resolver problemas;
Habilidade em linguagem de símbolos.

2 Dotação e talento são termos utilizados pelo pesquisador canadense Francoys Gagné.
3 Talentees – neologismo criado por Gagné (2010) para descrever qualquer pessoa participante de um programa sistemático
de desenvolvimento de talento.
Negrini (2009) em pesquisa realizada para identificar características de altas
habilidades/superdotação em 28 crianças surdas, pré-escolares e dos ciclos iniciais
em escola especializada, salienta que as características encontradas são
consonantes às outras crianças, pois são pessoais e individuais. Menciona, ainda, que
as características poderiam ser observadas em outras instituições de ensino. Apenas
ressalta que, a escola de surdos facilita a identificação porque é valorizada a Libras e
a forma de ser, seus interesses e habilidades.
As características de educandos com dupla NEE altas habilidades/superdotação
e surdez e/ ou deficiência auditiva tem semelhanças com as características de altas
habilidades/superdotação apresentadas pelo Ministério da Educação (2002) que são:

Grande curiosidade, envolvimento com muitos tipos de atividades


exploratórias;
Auto iniciativa;
Originalidade de expressão oral e escrita;
talento incomum para expressão em artes;
Habilidade para apresentar alternativas de soluções com flexibilidade
de pensamentos;
Abertura para a realidade, sagacidade e capacidade de observação;
Capacidade de enriquecimento com situação problema;
Capacidade para usar conhecimento e informação;
Combinação de elementos, ideias e experiência de forma peculiar;
Capacidade de julgamento e avaliação superiores;
Produção de ideias e respostas variadas;
Gosto por correr riscos;
Habilidade em ver relações entre fatos;
Aprendizado rápido, fácil e eficiente, especialmente em sua área de
interesse.

É importante ressaltar que uma pessoa superdotada não apresenta todas as


características relacionadas.
Leva-se a refletir que no Brasil, os educandos com deficiência têm sido atendidos
apenas em sua (d) eficiência, deixando à margem suas capacidades, o que leva a
concluir que há dicotomia e exclusão no atendimento educacional especializado.
As áreas consideradas nas altas habilidades/superdotação são intelectual,
acadêmica, psicomotricidade, artes, liderança e criatividade e os educandos podem
apresentá-las isoladas ou combinadamente. Canalizar atenção ou priorizar
intervenções pedagógicas às suas dificuldades é negar o direito de terem suas
potencialidades, fora de suas limitações, desenvolvidas.
Ainda permanece, nas escolas brasileiras, onde os educandos altos
habilidosos/superdotados não são reconhecidos, a perda imensurável de talentos que
acabam se evadindo pelo fracasso escolar por conta de categorizações padronizantes
de atendimento (OMOTE, 1994, 1996). Assim, possivelmente, encontram respaldo e,
quando o encontra, fora dos muros escolares. Então, onde está o papel da escola em
atender a todos em suas singularidades e especificidades? Que inclusão estamos
falando?

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a busca documental realizada em livros, revistas e artigos acadêmicos


disponíveis na Rede Mundial de Computadores (Internet), foram obtidos os seguintes
resultados conforme indicação contida no quadro 1.

Quadro 1. Dupla Necessidade Educacional Especial: altas


habilidades/superdotação e surdez e /ou deficiência auditiva

Ordem Tipo de Publicação Ano Autor(es) Título


1 Editorial S/D Council for
Exceptional Children - Twice exceptional
CEC
2 Artigo S/D Council for
Children with communication
Exceptional Children -
disorders.
CEC
3 Artigo Imagine teaching Robin
Carolyn Cosmos Williams. Twice-exceptional
children in your school.
4 Artigo S/D National Association
for Gifted Children - Twice – exceptional (gifted with
NAGC special needs)

5 Artigo 1996 Constructing a culturally


Vialle, W.; Paterson,
sensitive education for gifted
J.
deaf students.

6 Artigo 1989 Identification of giftedness in


Yewchuk,C.; Bibby,
severely and profoundaly
M. A.
hearing impaired students
No texto “twice exceptional” editorial do Council for Exceptional Children – CEC
(S.D) apresenta a dificuldade de identificação das altas habilidades/superdotação em
estudantes com deficiências. Os testes convencionais e observacionais são
inadequados e podem mascarar potenciais. Crianças com deficiência de audição
podem responder às direções e podem ter falta de vocabulário que reflete a
complexidade de seus pensamentos.
O artigo “Children with communication desorder” (S.D) mostra que a dificuldade
de audição incluem surdez e perda de audição. Assinala que quando uma criança tem
perda auditiva nos anos de desenvolvimento, todas as áreas de desenvolvimento
podem ser afetadas significativamente, como o sistema de comunicação, a habilidade
de interação com os outros e a aquisição de habilidades acadêmicas. A identificação
precoce da perda de audição é importante para o ajustamento emocional e
acadêmico.
Cosmos (S.D.) pontua que o sistema não é desenhado para orientar as
necessidades da criança que é superdotada e tem deficiência. Acrescenta que
estudantes que tem grande gama de capacidades podem ter seus scores em testes
anulados por seus déficits. Cosmos cita Cindy Little que orienta estratégias para
crianças superdotadas com deficiência em sala de aula: a) tecnologias apropriadas
que podem apoiar e compensar as deficiências, b) apoio tutorial e mentores, estes
podem ser encontrados na comunidade, c) apoio de aconselhamento (ajudá-los com
suas diferenças e frustrações), d) elogiar sua força (geralmente dá-se mais atenção
às limitações), e) uso de grupos flexíveis, compactação de currículo.
O artigo “Twice exceptional (gifted with special needs)” (S.D) apresentado pelo
National Association for Gifted Children – NAGC aponta crianças com dupla
excepcionalidade (termo utilizado pelo NAGC) podem ser mal percebidas como
preguiçosas, teimosas, descuidadas ou desmotivadas. Assinala, que os pais
reconhecem o potencial dos filhos. Eles veem a capacidade marcante, como também,
se confundem com as inconsistências. O artigo não aponta a surdez especificamente.
Vialle, Paterson (1996) discutem os problemas persistentes de identificação da
superdotação em grupos minoritários. A ênfase no idioma facilita a discriminação
desses grupos. A situação é exacerbada para os estudantes com deficiência física e
de aprendizagem. As pessoas surdas tem o problema educacional relatados em sua
capacidade de comunicação. Os referidos autores concluem que devem ser dados
senso de orgulho e identidade em um ambiente educacional que reconheça suas
potencialidade e não direcione para os déficits. Ainda, discute a valorização do
bilinguismo e biculturalismo para os estudantes surdos como elemento essencial para
educação dos superdotados e estender formação aos professores para se
sensibilizarem quanto aos surdos.
Yewchuk, Bibby (1988) expõe estudo em 178 estudantes de 5 a 20 anos com
severas perdas auditivas com acesso a teste de inteligência não verbal, indicação de
professores e nomeação de pais. Nenhuma correlação houve entre os três
procedimentos de identificação. Características muito similares foram encontradas às
características em estudantes surdos superdotados.
Os artigos pesquisados sobre dupla NEE mostram claramente a dificuldade de
se identificar e atender essa população minoritária, altos habilidosos/superdotados
com deficiências, mais precisamente, os com deficiência auditiva. Outra inferência,
diante da pesquisa nesses artigos, é que há necessidade de estudos e pesquisas
mais atualizadas sobre a temática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho buscou apresentar uma exposição e reflexão sobre a dupla NEE
envolvendo os superdotados e surdos. Procurou mostrar, como é visto, na Educação
Especial, sob o aporte legal e sua consequência no atendimento.
O atendimento especial é feito por categorias de NEE que privilegiam umas em
detrimento de outras. É o caso dos altos habilidosos/superdotados que estão
protegidos pela legislação desde 1971 e ratificada nas demais leis pertinentes à
Educação Especial e Inclusiva e, no entanto, são ínfimas as matrículas de educandos
atendidos em todo o país.
Em sentido contrário, sobe vertiginosamente os serviços educacionais aos
alunos com deficiência e síndromes (transtornos globais do desenvolvimento), porém,
pouco se conhece e se discute sobre a possibilidade desses milhares de alunos
possuírem altas habilidades/superdotação contrariando a Organização Mundial da
Saúde que 3,5 a 5% de qualquer população é de superdotados, apenas considerando
as áreas lógico – matemática e verbal e outros índices mais elásticos podem chegar
a 15 a 20% em todas as áreas de domínio apenas para aqueles que possuem altas
habilidades/superdotação, no entanto, em pesquisa realizada em crianças surdas com
características de altas habilidades/superdotação observou-se a cifra de 25%.
Desta forma, a escola brasileira não tem cumprido seu papel em incluir o
atendimento educacional especial a essa parcela de alunos e, menos ainda,
desconhece a possibilidade da dupla NEE desses indivíduos. Provavelmente, uma
das causas que impede o reconhecimento de talento em pessoas com dificuldades
físicas, sensoriais, intelectuais, funcionais e síndromes esteja nos mitos e
preconceitos acerca dessas pessoas. São vistas como incapazes e que são forçadas
a se normalizarem pelo sistema educacional padronizante vigente em nossas escolas
que os impede de se desenvolverem.

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