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Curso de Formaçã o de Bombeiro Civil

Legislaçã o

Sidney Marcos Cunha


Capacitador
LEGISLAÇÃO

Legislação é o conjunto de leis existentes no município, estado e


união, que devem ser cumpridas, para regular a relação entre as pessoas.

No Brasil existem legislações específicas para normatizar alguns


setores de relacionamento da sociedade.

TIPOS DE LEGISLAÇÕES

 Legislação Financeira

 Legislação Penal (Civil e Militar)

 Legislação Latifundiária

 Legislação Econômica

 Legislação Trabalhista

CONCEITOS DE LEIS

Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere,
que significa "aquilo que se lê") é uma norma ou conjunto de normas
jurídicas criadas através dos processos próprios do ato normativo e
estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.

SURGIMENTO DAS LEIS

As leis sugiram junto com a necessidade de o homem viver em


sociedade, umas das primeiras leis foi as 7 tábuas, as de Moisés, e a partir
veio se modificando e se adequando as dinamismo da cultura e necessidade
do homem.

AS LEIS NO BRASIL

A Partir de 1824, o Brasil começa a se organizar legislativamente


adotando o modelo constitucional como forma de melhor organizar a
sociedade de forma justa, ordeira e igualitária.

O modelo constitucional adota em um único bloco um conjunto de


leis que criam as regras básicas principiantes e fundamentais a manutenção
da ordem, da liberdade e do progresso do país.
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

A primeira Constituição do Brasil nasceu no período do império,


mais precisamente no dia 25 de março de 1824, outorgada por Dom Pedro
I, com fortes influências europeias.

 Constituição de 1824

 Constituição de 1891

 Constituição de 1934

 Constituição de 1937

 Constituição de 1946

 Constituição de 1967

 Constituição de 1988

A CONSTITUIÇÃO E O REGIME MILITAR

No período do regime militar, a Constituição que estava em vigor era


a de 1946. Os Atos Institucionais estavam sendo elaborados, e acabariam
com os resquícios de democracia e liberalismo no país.

Os atos eram decretos emitidos durante esse período para legalizar e


legitimar as ações políticas dos militares no poder. Nos anos de 1964 até
1969 foram decretados 17 atos regulamentados por 104 atos
complementares. Os marcantes foram os: AI1, AI2, AI3, AI4 e finalmente
o AI5.

Estes Atos assumiram o papel da constituição, transformando-a em


uma mera formalidade que era submetida e anulada pelos AIS. Eram “leis
ordinárias” governando e virando de cabeça pra baixo a hierarquia do
ordenamento jurídico.

Por isso pode se considerar que o Governo obtinha sua legitimidade


nos AIS, e nesse ambiente que se viu nascer uma Constituição (1967) que
com um Congresso enfraquecido aprovou-a e “promulgou-a”. Essa Carta
Magna manteve os direitos e garantias individuais da anterior (1967)
embora tenha sido semântica, ou seja, uma folha de papel.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,


promulgada em 5 de outubro é a lei fundamental e suprema do Brasil,
servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies normativas,
situando-se no topo do ordenamento jurídico.

CONTEXTO HISTÓRICO BRASILEIRO

A Constituição de 88 marca o início de uma nova era dos direitos


democráticos, institucionais e da liberdade humana.

Estrutura

2.1 Título I — Princípios Fundamentais

2.2 Título II — Direitos e Garantias Fundamentais

2.3 Título III — Organização do Estado

2.4 Título IV — Organização dos Poderes

2.5 Título V — Defesa do Estado e das Instituições

2.6 Título VI — Tributação e Orçamento

2.7 Título VII — Ordem Econômica e Financeira

2.8 Título VIII — Ordem Social

TÍTULO II — DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


Da o embasamento legal a criação de leis específicas que garantem
os direitos dos cidadãos tais como TRABALHO, saúde, transporte e
educação.

Profissão Bombeiro Civil

A Lei Federal nº 11.901 de 12 de Janeiro de 2009;


• Portaria Nº 397 de 09 de outubro de 2002,
• Lei n.º 8.078 de 11 de setembro de 1990, CDC (Código de Defesa
do Consumidor)
• Normas Brasileiras Regulamentadoras expedidas pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas)
CB 24; (Comitê Brasileiro de segurança contra incêndio );
PROFISSÃO BOMBEIRO CIVIL

A Profissão de Bombeiro Profissional Civil existe no país desde os


anos 60, difundido pelas grandes empresas internacionais que trouxeram
este conceito para o Brasil e os Bombeiros Voluntários já existem desde o
início do País.
Constantes conflitos de identidade entre os próprios profissionais no
mercado em si e até com Bombeiros Militares, desinformação e outras
complicações marcam a historia da profissão.
Desde 1991 um projeto de Lei Federal para regulamentar a profissão
ficou engavetado nos tramites do congresso por mais de 17 anos, sendo
aprovada em 12 de janeiro de 2009.
No decorrer deste tempo, associações, sindicatos, entidades e heróis
solitários surgiram em prol da profissão, normas foram publicadas e
evoluiu-se muito desde os anos 80 e 90 quando se fazia o curso de
Bombeiro Profissional Civil em um final de semana, depois em uma
semana e hoje em média de 5 meses.
A lei que legaliza a profissão foi criada mas não citaram o órgão
responsável por credenciar as escolas de formação de bombeiro
profissional civil, e diante disto, o curso ainda que profissionalizante,
enquadra se como livre, conforme estabelece o DECRETO Nº 5.154 DE
23 DE JULHO DE 2004, não necessitando de prévia autorização para
funcionamento nem de posterior reconhecimento do conselho de educação
competente, sendo que, a jurisprudência do conselho federal de educação
tem sido no sentido de declarar-lhes a equivalência conforme segue:

Art. 1º A educação profissional, prevista no art. 39 da Lei n. 9.394, de 20


de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional),
observada as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho
Nacional de Educação, será desenvolvida por meio de cursos e programas
de:
I - formação inicial e continuada de trabalhadores;
II - educação profissional técnica de nível médio; e
III - educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação.
LEI 11901/2009

A lei 11901/2009 legaliza a profissão Bombeiro Civil e abre espaço


para a conquista de direitos e garantias a todos os profissionais por ela
amparados.

Vamos ler e comentar a Lei para que possamos entendê-la melhor e


desta forma saber o que ainda precisa ser feito no sentido de dar melhor
segurança a este segmento profissional.

Nota: Para melhor compreensão, a Lei estará em caracteres


pretos e os comentários em caracteres vermelhos

Lei nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-se-á pelo disposto


nesta Lei.

Art. 2º Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos


desta Lei, exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de
prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente
por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou
empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate
a incêndio.

A lei considera Bombeiro Civil, aquele que exerce a atividade


remunerada, ou seja, alguém contratado de forma direta ou indireta para
FUNÇÂO EXCLUSIVA de prevenção e combate a incêndio.

Entendemos que esteja implícito na Prevenção e Combate à Incêndio


toda ação de prevenção e socorro em emergências e riscos que possam
ocorrer no local onde este profissional trabalhe.

Este texto da Lei, bem como o explicito na NBR 14608 Bombeiro


Profissional Civil Requisitos da ABNT, e nas Diretrizes e Resoluções do
ICBP, define o profissional como exclusivo para esta função, de forma
alguma o Bombeiro Civil deve exercer atividades de vigilância ou
segurança patrimonial, de portaria, manutenção ou outras fora do contexto
de sua atividade explicita.
As empresas que tenham contratado “Vigilante Brigadista”
exercendo a função de Bombeiro Civil podem ser consideradas fora da
legalidade, e completamente fora de Normas Técnicas Nacionais.

A prestação e primeiros socorros, mesmo não estando explicita no


texto da lei, é implícita na profissão, em especial o Suporte Básico á Vida e
o primeiro atendimento, até chegada de Suporte Avançado e ou pessoal
especializado da área da saúde.

A segunda parte do segundo item, deixa ampla a possibilidade de


emprego deste profissional.

§ 1º (VETADO)

§ 2º No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros


Civis e o Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações
caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à corporação militar.

Esta foi à primeira emenda que a lei ainda quando projeto em 1991
recebeu, e se deu pela responsabilidade do Estado em prestar segurança ao
cidadão. Desta forma mesmo que empresas tenham equipes de Bombeiros
atuando em um sinistro, o Estado e o Município ainda são legalmente os
responsáveis de que nada de mal aconteça, e Bombeiro Militar é
representante do Estado.

Por maiores controvérsias e polêmicas que o tema possa gerar, o


texto é claro, no caso de Bombeiros Voluntários ou Comunitários que
atendam municípios sem forças estaduais será necessário um bom
entendimento entre as partes nos sinistros em que precisem atuar em
conjunto.

Art. 4º As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas:

I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;

II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e


combate a incêndio, em nível de ensino médio, comandante de guarnição
em seu horário de trabalho;

III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização


em prevenção e combate a incêndio, responsável pelo Departamento de
Prevenção e Combate a Incêndio.
Podemos entender que O Bombeiro Civil Básico, é o profissional
que fez o curso de formação de bombeiro nos moldes das Diretrizes 2009
para Curso de Bombeiro Civil do ICBP e da ABNT-NBR 14608, pelo
menos até que aconteçam novas publicações e um programa específico de
curso oficial vindo do Governo.

O Bombeiro Civil Básico é o profissional de base que compões as


equipes, estas equipes formam os turnos.

Bombeiro Civil Líder, além da formação de Bombeiro Civil, a


partir desta lei precisa ter curso Técnico, o curso exigido, Técnico em
Prevenção e Combate a Incêndio, ainda não existe, e quando existir não
será um curso livre, devera seguir grade oficial e outros trâmites
governamentais de cursos técnicos.

Entendemos que nesse tempo o Bombeiro Civil que tenha a função


de Líder, dever ter o curso de Técnico de Segurança do Trabalho e
dependendo dos riscos da empresa em que trabalhe Técnico em Química ou
similar ao risco. A formação em Técnico de Segurança do Trabalho é a
melhor opção ao Bombeiro Civil Líder, até novidades governamentais,
o Bombeiro Civil Líder é o responsável pela equipe, cada turno tem seu
Líder que é responsável nesse turno, prestando serviço no horário e junto a
sua equipe.

Já o Bombeiro Civil Mestre, é um profissional que, além de


recomendado a formação básica de Bombeiro Civil, tenha curso superior
de Engenharia, com especialização, entendemos que enquanto o curso de
especialização em Prevenção e Combate à Incêndio é tão pouco difundido,
o Engenheiro com Especialização em Segurança do Trabalho seja o
profissional indicado para ser o responsável por todas as equipes em todos
os turnos, mesmo a distância e fora de seu turno de trabalho.

O Departamento de Prevenção e Combate a Incêndo foi uma


preocupação desde o início da Lei em associar o Bombeiro Civil a suas
atividades, ao departamento de Saúde e Segurança do Trabalho. O termo
hoje seria Departamento de Segurança Contra Incêndio e Emergências.
É claro que a gerência e supervisão dos serviços de Bombeiro Civil devem
ser próprias e associadas ao Departamento de Segurança do Trabalho e de
forma alguma a segurança patrimonial (vigilância) como acontece em
algumas empresas.
Art. 5º A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho
por 36 (trinta e seis) horas de descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas
semanais.

Esse excelente artigo cria as condições de trabalho para o


profissional que passa a ter tempo para recuperar-se do turno, descansar,
viver, estudar, se aprimorar de forma física e intelectual para melhor
desempenho de suas atividades.

Empresas prestadoras de serviço que vendiam Bombeiros Civis


como se fossem vigilantes em escalas de 12 horas diárias em plantões de
4x1, 5x2, e outros absurdos, a partir desta lei precisarão adequar tanto os
turnos quanto a jornada semanal, o texto é claro 12x36 e 36 horas totais por
semana.

Empresas de evento que exigiam, do profissional virar mais de 20


horas em um evento NÃO PODEM MAIS FAZE-LO. Já houve caso de
morte em São Paulo de um profissional que virou 24 horas num evento e
dormiu na direção ao voltar do trabalho. Mesmo em eventos o turno do
Profissional agora é de 12x36.

Art. 6º É assegurado ao Bombeiro Civil:

I - uniforme especial a expensas do empregador;

Vamos entender o uniforme operacional aquele de uso no dia a dia e


os EPI e EPC próprios para situação de combate a incêndio, socorro e
salvamento relacionados a atividade. Entendemos que mesmo prestadoras
de serviço em eventos também são responsáveis por fornecer uniforme e
equipamentos aos seus profissionais durante a prestação do serviço,
empresas de evento não estão acima da Lei.

II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;

Não será descontado do profissional, como é estipulado pelo


empregador este é responsável por ele.

III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário


mensal sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa;
Agora está bem explicito na Lei, este adicional é sobre o salario que
o profissional recebe.

IV - o direito à reciclagem periódica.

A empresa a qual o profissional está contratado é obrigada a arcar


com os custos da reciclagem.

Art. 7º (VETADO)

Infelizmente foi vetado o artigo que estipulava o piso de 3 salários


mínimos ao profissional, ficando esta tarefa a cargo dos sindicatos
regionais.

Art. 8º As empresas especializadas e os cursos de formação de


Bombeiro Civil, bem como os cursos técnicos de segundo grau de
prevenção e combate a incêndio que infringirem as disposições desta Lei,
ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

I - advertência;

II – (VETADO)

III - proibição temporária de funcionamento;

IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.

Entende-se que órgãos do Ministério Público serão responsáveis pela


fiscalização em suas instâncias, mas de forma alguma o Corpo de
Bombeiro Miliar deve responder por habilitação ou registro destas
entidades, experiências assim no Rio de Janeiro e agora no Espirito Santo
são desastrosas, arruinando a profissão nestes estados.

Deve-se entender que assim que os Órgãos Governamentais


pertinentes estipularem os cursos o profissional tenha um registro junto ao
Ministério do trabalho como hoje acontece ao Técnico de Segurança do
Trabalho, continuamos na expectativa de mudanças.

Existe trâmite para um Conselho da classe que deve aflorar ainda


este ano de 2009, enquanto isso os sindicatos regionais são a melhor opção
para assegurar os direitos e desenvolver a profissão, é altamente
recomendado que se filiem, e caso não exista criem um.
Art. 9º As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de
Bombeiros Civis poderão firmar convênios com os Corpos de Bombeiros
Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para assistência
técnica a seus profissionais.

Vamos esclarecer bem este item. O convênio que se propõe este


ponto é relacionado a apoio técnico ao serviço, de forma alguma autoriza
militares a prestarem serviço de Bombeiro Civil, que no caso específico é
proibido ao Bombeiro Militar., salvo na condição de professor, instrutor ou
Assessor Técnico.

Há uma enorme diferença nas atividades do Bombeiro Civil e do


Bombeiro Militar, é tolo dizer que um é melhor que o outro, ambos são
excelentes em sua área de atuação, e ambos estariam deslocados em outra
área. É prudente considerar estas diferenças, um é policial militar e outro é
um cidadão a serviço da empresa, mudam ainda os meios de ação e
situações para o qual estão preparados.

Pela Lei, uma escola ou empresa que preste serviço pode solicitar
junto ao Corpo de Bombeiros Militar da Região uma visita técnica, parecer
sobre alguma questão ou similar ou mesmo a contratação do profissional
Bombeiro Militar como professor, instrutor ou assessor técnico a fim de
melhorar a qualidade do serviço prestado pelos Bombeiros Civis, já o
oposto não é legal embora também possa vir a ser benéfico e mereça ser
considerado, desde que se avalie o nível de formação.

Art. 10. (VETADO)

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Ou seja, já é valida em todo Território Nacional.

Brasília 12 de janeiro de 2009

Luiz Inácio Lula da Silva


Presidente da República Federativa do Brasil

Autoridade com poder legal constituído para dar validade a Lei, que neste
caso foi o presidente da república.
Uma lei pode em pouco tempo caducar, ou seja, ficar ultrapassada
aos avanços de uma sociedade ou coletividade a quem esta mesma lei se
refira, podendo deste modo ser necessário uma nova reestruturação da lei
como forma de uma nova adequação de realidade.

E isto está acontecendo com a Lei 11901/2009, que já precisa de uma


nova revisão e novas adequações a realidade da profissão, como forma de
proteger e manter as garantias do Bombeiro Civil.

Sendo assim é muito importante tomar conhecimento do projeto de


Lei que altera a Lei 11901 de autoria do Dep. Federal Paulo Piau.

PROJETO DE LEI QUE ALTERA A LEI


11.901.

PROJETO DE LEI N.º, DE 2010.

(DEP. Paulo Piau)

Altera os dispositivos da Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, que


dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º A ementa e os arts. 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 8º e 9º da Lei n.º 11.901, de
12 de janeiro de 2009, que dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá
outras providências, passam a vigorar
Art. 1o O exercício da profissão de Brigadista Particular reger-se-á pelo
disposto nesta Lei.
Art. 2o Considera-se Brigadista Particular aquele que, habilitado nos
termos desta Lei, exerça, em caráter habitual, função remunerada e
exclusiva
de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado
diretamente
por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou
empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate
a
incêndio.
Parágrafo único: No atendimento ao sinistros em que atuem, em conjunto,
os Brigadistas Particulares e o Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação
e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à
corporação militar.
Art. 3o As funções de Brigadista Particular são assim classificadas:
I - Brigadista Particular, com formação de nível básico, combatente direto
ou não do fogo;
II - Brigadista Particular Líder, com formação em nível de ensino médio,
comandante de guarnição em seu horário de trabalho;
III - Brigadista Particular Mestre, com formação em curso superior, em
nível de 3º grau, responsável pela Unidade de Prevenção e Combate a
Incêndio.
Art. 4o A jornada de trabalho semanal do Brigadista Particular é a prevista
no inciso XIII do artigo 7º da Constituição Federal, facultada a redução de
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Art. 5o É assegurado ao Brigadista Particular:
I – uniforme especial a expensas do empregador;
II – seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;
III – o direito à reciclagem periódica.
Art. 6o As empresas especializadas e os cursos de formação de Brigadista
Particular que infringirem as disposições desta Lei ficarão sujeitos às
seguintes penalidades, pelos Bombeiros Militares dos Estados ou do
Distrito Federal:
I – advertência;
II – proibição temporária de funcionamento;
III – cancelamento da autorização para funcionar.
Art. 7o As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de
Brigadista Particular poderão firmar convênios com os Corpos de
Bombeiros
Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para assistência
técnica a seus profissionais.
Art. 8o Esta lei revoga os artigos 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 8º e 9º da Lei n.º
11.901, de 12 de janeiro de 2009.
Art. 9o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO
1) Da nomenclatura

A substituição do nome “Bombeiro Civil” para “Brigadista Particular”


se dá com o fim de evitar que se faça confusão entre o Bombeiro do Estado
com o Brigadista Particular que, por sua vez, está ligado à iniciativa
privada.
O fato de se usar o termo Bombeiro para identificar um profissional da
iniciativa privada pode acarretar problemas de ordem jurídica, visto que
este não tem vínculo com o Estado, enquanto o Bombeiro Militar, que
existe para atender à sociedade, como responsabilidade constitucional do
Estado, é historicamente identificado como Bombeiro, pertencente às
forças de segurança pública dos Estados.

2) Da limitação da jornada de trabalho

É de conhecimento público e notório que as atividades dos


Brigadistas Particulares devem ser contínuas, 24 (vinte e quatro) horas por
dia, nos 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias no ano.
Entretanto, estes profissionais estão presentes nas fábricas, no
comércio, no mercado de trabalho de uma forma geral, participando da
mesma jornada de trabalho que seus colegas. Estes profissionais estão
presentes no mercado de trabalho tal quais estão outros tantos, que já tem
sua jornada de trabalho estabelecida pela Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988.
Os Brigadistas Particulares que trabalham nas indústrias de todo
gênero são alcançados pelos benefícios concedidos pelas empresas, da
mesma forma que participam os demais trabalhadores, inclusive com o
fornecimento de transporte coletivo especial, com horários pré-definidos.
Ademais, a escala de trabalho proposta pela Lei 11.901/2009
contempla, apenas, seis dias da semana. Isto é, em um dia da semana não
haverá o serviço de Bombeiros, para zelar pela vida e pelo patrimônio. Para
se fazer a cobertura desse dia a empresa deverá contratar um profissional
para trabalhar somente 1 (um) dia por semana, podendo ser esse dia,
inclusive, o domingo.
Entretanto, a prática nos ensina que, dificilmente, um trabalhador se
emprega para trabalhar um único dia na semana. Por exemplo, um
trabalhador que tem jornada de 12 (doze) horas, de 06h00min as 18h00min
horas, na segunda-feira, folga as 36 (trinta e seis) horas e retorna ao
trabalho na quarta-feira, as 06h00min horas.
Da mesma maneira, folga na quinta-feira, retomando ao trabalho na
sexta-feira.
Tendo, portanto, trabalhado 3 (três) dias na semana, completou a jornada
semanal de 36 (trinta e seis) horas. Assim, deve folgar na parte da noite de
sexta, o sábado e o domingo, e retornar na segunda-feira. Para cobertura
das 24 horas outro trabalhador deveria cumprir jornada das 18h00min às
06h00min horas, nos mesmos dias, (segunda, quarta e sexta-feira) e outros
dois trabalharão na terça, quinta e sábado.
Antes da publicação da Lei 11.901/2009 estes trabalhadores tinham
jornada semanal máxima de 44 (quarenta e quatro) horas, sem que
houvesse qualquer prejuízo para estes profissionais, portanto, entende-se
que a jornada de trabalho deve permanecer a jornada legal constitucional.
3) Do Adicional de Periculosidade

No caso de ter assegurado ao Brigadista Particular um adicional de


periculosidade no importe de 30% (trinta por cento) sobre sua remuneração
a lei desconsidera, por completo, a Portaria nº 3.214/78 do Ministério do
Trabalho e Emprego, NR 16, que traz no seu corpo, de maneira exaustiva,
as atividades que ensejam o pagamento do adicional de periculosidade.
Exemplificando, pelo disposto nesta lei um Bombeiro Civil
empregado de um Shopping Center, que trabalha fazendo prevenção em
frente a uma loja de calçados, faz jus ao recebimento do adicional de
periculosidade, pelo simples fato de ser Bombeiro Civil, ignorando, por
completo, a NR 16, que estabelece que o pagamento do adicional de
periculosidade deva estar relacionado à exposição a determinados agentes
classificados como periculosos (inflamáveis, explosivos, alta tensão,
radioativos). Considera, ainda, a distância mínima que o trabalhador deve
exercer suas atividades, em relação a esses agentes de risco.
O que se sabe é que a figura do Bombeiro Civil fora inicialmente
imaginada como atuando apenas em empresas químicas, petroquímicas e
de fornecimento de energia elétrica. No entanto, a figura profissional do
Bombeiro Civil cresceu baste e se expandiu para outros seguimentos da
cadeia produtiva e demais áreas de criação de capital como, por exemplo, o
comércio, os condomínios de prestação de serviço de profissionais liberais,
dentre outros, tendo este profissional recebido, ao longo deste tempo,
reconhecimento e relevância no mercado de trabalho.
Ainda, há que se dizer que houve uma grande confusão quanto à
finalidade do adicional de periculosidade previsto na legislação, pois este
visa remunerar de forma diferenciada aquele trabalhador que está exposto a
agentes periculosos.
Não tem o adicional de periculosidade a finalidade de remunerar
atividades que são consideradas perigosas, do ponto de vista prático, ou
seja, trabalhos realizados em alturas elevadas (pintura externa de um prédio
de 30 andares), trabalhos de adestramento de animais ferozes etc.
Portanto, o pagamento do adicional de periculosidade deve estar
atrelado à norma específica para tal, que é a Portaria 3214/78 do Ministério
do Trabalho e Emprego, NR 16.

4) Da formação exigida

Segundo disposto no artigo 4º exige-se do Bombeiro Civil Líder a


formação “técnica em prevenção a combate e incêndio”. Entretanto, não se
encontram esses cursos de formação profissional nas localidades onde as
empresas possuem estes bombeiros, incluindo-se alguns dos principais
centros industriais do país.
Ainda no artigo 4º, para o exercício da profissão de Bombeiro Civil
Mestre, exige-se a formação “em engenharia, com especialização em
prevenção de combate a incêndio”. Aqui, destacamos dois pontos: Reserva
de mercado.
Do modo como proposto na lei, apenas profissionais com formação
em engenharia podem exercer a função de Bombeiro Civil Mestre,
ignorando, por completo, todas as demais formações que permitem a
profissionais qualificados há anos continuarem a exercer essa profissão.
Por exemplo, um profissional graduado em outra área do saber, com anos
de experiência e profundo conhecimento no exercício da profissão, deveria
ser demitido, pois, apesar de ser referência na sua área de atuação, a
profissão somente poderia ser exercida por um engenheiro. O que,
consequentemente, demonstra ser uma medida de mera reserva de mercado
para esses profissionais.
Ainda, devemos ressaltar que não é exigida a formação de
engenheiro ou técnico para o Bombeiro Público, função obrigatória do
Estado que visa defender toda a comunidade, ao contrário do que está se
exigindo das empresas.
- Especialização em prevenção e combate a incêndio.
Aqui, do mesmo modo como ressaltado anteriormente, por pesquisas no
mercado, não foi identificada nenhuma entidade que possuísse em seus
quadros o referido curso de especialização em prevenção e combate a
incêndio.
Assim sendo, as empresas não têm como contratar e/ou qualificar
seus profissionais para atender o disposto na legislação.
Portanto, solicitamos as alterações propostas para a Lei 11.901/2009.
Sala das Sessões, em ____de de 2010.

Deputado Paulo Piau.


CÓDIGO DE ÉTICA

Código de ética é um instrumento que busca a realização dos


princípios, visão e missão profissional.

Serve para orientar as ações do Bombeiro Civil e explicitar a postura


social do profissional em face dos diferentes públicos com os quais
interage.

CÓDIGO DE ÉTICA

PORTARIA 1.2304, 05 DE JANEIRO DE 2012.

Código de Ética Profissional dos Bombeiros Civis

CAPÍTULO I

Seção I

Das Regras Deontológicas

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios


morais são primados maiores que devem nortear o Bombeiro Civil, seja no
exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da
vocação. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços emergência.

II - O bombeiro civil não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua


conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as
regras contidas no art. 5°, da Constituição Federal.

III - A moralidade do exercício da profissão não se limita à distinção entre


o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
profissional, é que poderá consolidar a moralidade do ato.

IV- A remuneração do profissional é custeada pela empresa contratante ou


indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como
contrapartida, que a moralidade no exercício da função se integre no
Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade,
erigindo-se, como consequência em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo bombeiro civil perante a comunidade


deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como
cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser
considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função de bombeiro deve ser tida como exercício profissional e,


portanto, se integra na vida particular de cada profissional. Assim, os fatos
e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou


interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei,
a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia
e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem
comum, imputável a quem a negar.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O profissional não pode omiti-la
ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração privada. Nenhuma entidade profissional
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro,
da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade
humana quanto mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço


de emergências caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma
pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe
dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado,
mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

X - Deixar o bombeiro civil qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo com o que a crise
se alastre, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos e
privados.

XI - 0 profissional deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus


superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a
conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função.

XII - Toda ausência injustificada do profissional de seu local de trabalho é


fator de desmoralização do serviço emergência, o que quase sempre conduz
à desordem nas relações humanas.

XIII - 0 profissional que trabalha em harmonia com a estrutura


organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de
todos pode receber colaboração, pois sua atividade é a grande oportunidade
para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Seção II

Dos Principais Deveres do Bombeiro Civil

XIV - São deveres fundamentais do Bombeiro Civil:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego de


que seja titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim


ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias,
principalmente diante de emergências ou de qualquer outra espécie de
atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições,
com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu


caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor
e a mais vantajosa para o bem comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da


gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o


processo de comunicação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços de emergências;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a


capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço de
emergências, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social,
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra


qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder
Público ou privado;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,


interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou
vantagens indevidas em decorrência de ações morais, ilegais ou aéticas e
denunciá-las;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da


defesa da vida e da segurança coletiva;

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência


provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o
sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato


contrário ao interesse público ou privado, exigindo as providências
cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os


métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria


do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem
comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da


função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a


legislação pertinente ao órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores,
as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério,
segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer, com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhe


sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos
interesses dos usuários do serviço público e privado e dos jurisdicionados
administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade


com finalidade estranha ao interesse público e privado, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a


existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Seção III

Das Vedações ao Bombeiro Civil

XV - E vedado ao Bombeiro Civil;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e


influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de


cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou


infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de


direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do


seu conhecimento para atendimento do seu mister.

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou


interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os
jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente
superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda


financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro profissional para o
mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para


providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em


serviços de emergências públicos ou privados;

j) desviar para atendimento a interesse particular;

l) retirar da repartição pública ou privada, sem estar legalmente autorizado,


qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público ou
privado;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu


serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a


honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a


empreendimentos de cunho duvidoso.

q) Fazer o uso de seu uniforme após seu horário de serviço em meios


públicos;

s) Fazer o uso de breves ou emblemas pertencentes às forças de segurança


públicas, Corpo de Bombeiros Militares;

t) Fazer o uso de seu documento de identificação funcional para obter


vantagem alheia

u) Fazer o uso de passe livre nos meios de transportes públicos.


MINAS GERAIS, 05 DE JANEIRO DE 2012.

Atos da Presidência

Handeson Fabio Alves

CONTEÚDO DO CÓDIGO DE ÉTICA

O conteúdo do código de ética é formado de um conjunto de políticas


e práticas específicas, abrangendo os campos mais vulneráveis.

Este material é reunido em um relatório de fácil compreensão para


que possa circular adequadamente entre todos os interessados.

Uma vez aprimorado com sugestões e críticas de todos os envolvidos


o relatório dará origem a um documento que servirá de parâmetro para
determinados comportamentos, tornando claras as responsabilidades.

ABNT NBR 14608:2007

Bombeiro profissional civil

Objetivo:

Estabelece os requisitos técnicos para determinar o número mínimo


de bombeiros profissionais civis em uma planta, bem como sua formação,
qualificação, reciclagem e atuação.

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