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1 – JUSTIFICATIVA

O ser humano independente de qualquer particularidade age de forma


instintiva e por este motivo, algumas vezes, a imprensa escrita ou televisiva informa
que uma pessoa matou a outra por uma cédula de um real, um copo de cerveja, ou
mesmo por motivo fútil, aí percebe-se que o ser humano é um animal que age
também pela irracionalidade, por instinto; no entanto, vem a tona quando este ser é
instigado a se utilizar de seus instintos primitivos diante de uma situação de risco, a
reação cresce no momento em que encontram-se na área urbana onde a violência é
extrema e se avoluma com a banalidade diante da violência de forma geral,
deixando em xeque a ação do poder público para um víeis de solução para a
segurança pública.
A mulher que culturalmente é vítima de violência sem poder apelar de
forma efetiva ao poder público, ultima instância para defender seus direitos para
uma cidadania plena, fica obstacularizada por costumes antigos de submetê-la as
circunstâncias diversas de violência doméstica resultando em todo tipo de
conseqüências seja física ou psicológica.
Sabe-se que as políticas sociais públicas atuam como via de acesso aos
direitos de cidadania, posto que foram criadas para atender as “mazelas” produzidas
pelo sistema capitalista, o qual impulsiona à dominância de uma classe sobre a
outra, provocando lacunas que se constituem como a manutenção do capital, já que
este sobrevive pela exploração e luta de classes.
Neste universo a mulher vem sendo marginalizada, abusada, violentada e
muitas vezes, descartada, considerando que em alguns lugares, predomina a figura
do homem como o tomador de decisões, restando à mulher a resignação e
confinamento na sua “frágil” estrutura, o denominado “sexo frágil”, cuja função é tão
somente cuidar da casa, do marido e dos filhos, e ainda apanhar por isso.
Diante das contradições oriundas da sociedade capitalista, estudiosos,
cientistas sociais e pesquisadores, se empenharam em conhecer este fenômeno
que norteia a vida de qualquer mulher, e forneceram subsídios à criação de uma
base de dados que possam servir de norte diante da necessidade da mulher, em
procurar um serviço público.
No rastro do avanço tecnológico, o Observatório Paraense, ampliou sua
atuação, fornecendo indicadores para gestores e planejadores das políticas públicas
destinadas ao atendimento específico à mulher, contendo informações, que possam
orientar, esclarecer e direcionar esta demanda, a fim de que recebam um tratamento
digno, nas áreas que agregam sua política de planejamento (educação, saúde,
trabalho, justiça, etc), á nível de município, uma conquista que objetiva facilitar o
acesso a tais informações.
No entanto, muitas vezes deparamo-nos com situações envolvendo a
violência contra a mulher, sendo que esta fica desnorteada diante do que fazer
naquela situação violenta e somente poderá recorrer aos órgãos governamentais
para ampará-la, para tal, procuram a Seccional Urbana da Cidade Nova, em busca
de seus direitos e também em busca de uma solução que muitas das vezes não as
satisfaz completamente, já que com a Lei 11.340/06, seus maridos ou mesmo
concunbinos ficam recolhidos no xadrez da Seccional e isto as coloca a prova com
relação a sua cultura do “perdão” do “deixa pra lá”, ou mesmo “não quero prosseguir
com o processo”; aqui a auto-estima e suas educações culturais estão à prova de
qualquer norma escrita.
Existem situações em que a denunciante somente procura a Seccional
Cidade Nova quando seu companheiro lhe agride seja física ou psicologicamente
mais de uma vez, no que a mulher sempre releva em função da ideologia de que
tudo pode ser perdoado em nome da família, aí inserido fatores históricos e sociais
mais abrangentes.
A Seccional Cidade Nova tem uma circunscrição muito grande já que
atende uma área envolvendo os bairros do Coqueiro; Cidade Nova; Quarenta Horas;
Icuí-guajará; Icuí-laranjeira; Jibóia-branca; Levilândia. Esta área parte de um
determinado ponto na Rodovia Br 316 alcança parte da margem da citada Rodovia
desde o viaduto do Coqueiro, se estendendo pela Rodovia Mario Covas, alcançando
parte do bairro da Cabanagem até o Conjunto Satélite e dali retorna em uma linha
quase reta pelo bairro Jibóia Branca se ligando ao bairro do 40 Horas, abrangendo o
Icuí-guajará a Cidade Nova e o bairro do Coqueiro se estendendo até um ponto
inicial na Rodovia BR 316, aí incluídos áreas de ocupação (invasão).
Para combater e prevenir a violência doméstica contra a mulher cabe a
Seccional Cidade Nova estruturar uma Delegacia de Combate ao Crime Contra a
Mulher, tendo ali uma Delegada de Polícia; Uma Escrivã; Quatro Investigadoras;
Uma Psicóloga; Uma Assistente Social; além de uma viatura somente para assuntos
desta natureza criminal e ainda um abrigo com suporte para hospedar mulheres e
seus dependentes que são obrigados a saírem do lar familiar em decorrência da
violência aqui estudada.
No entanto, a realidade é outra, já que trabalho como Escrivão de Polícia
da Seccional Cidade Nova e ali me deparo com situações em que as mulheres
vítimas de violência doméstica ficam sem saber o que fazer e muitas vezes são
expulsas por seus agressores do lar familiar, sem documentos e sem dinheiro para
mantê-las longe de casa; na grande maioria as mulheres são totalmente
dependentes financeiramente do marido ou companheiro. Ali não se tem estrutura
para amparar tais vítimas e muita das vezes tenta-se ajuda-las, porém não é o ideal.
Nesse contexto, o presente estudo visa analisar as políticas públicas
necessárias para implementar com eficácia o verdadeiro objetivo da Seccional no
que tange a prevenir e combater a violência doméstica contra a mulher.
Tal pesquisa é relevante a minha formação como futuro profissional na
área do direito penal diante da Nova Lei 11.340/06 e também como cidadão no
sentido de implementar no outro a cidadania plena, para que possamos encontrar
soluções para as necessidades das mulheres vítimas de violência doméstica, as
quais não contam com sua base familiar para enfrentar as dificuldades diárias e se
agrava mais ainda quando estão acompanhadas de seus dependentes, neste
sentido, com esta pesquisa tenta-se identificar possível víeis de saída para tal
problemática diante das políticas públicas.
2 – PROBLEMATIZAÇÃO

Será que as reivindicações das mulheres, não só com respeito às relações


amorosas livres, mas também da dissolubilidade do casamento a qualquer
momento, da manutenção do concubinato e da defesa dos direitos dos filhos, assim
como as liberdades reprodutivas, representam argumentos de ruptura com este
imaginário; uma vez que se sabe que o controle da sexualidade e da capacidade
procriadora da mulher foi e evidentemente ainda é motivo e estimulo de opressão
das mulheres?
De que maneira a mulher vem recebendo apoio por parte das políticas
públicas, a partir da Delegacia da Mulher na Seccional Cidade Nova com base na
nova Lei 11.340/06?
Há o empenho e preparo técnico para que os profissionais da Seccional
Cidade Nova consigam alcançar os objetivos da Lei 11.340/06 com relação a
prevenção e combate a violência doméstica contra a mulher?
O que falta em matéria de pessoal e estrutura material para dar mais
suporte e amparo as mulheres vítimas de violência doméstica, em algumas vezes
estão acompanhadas de seus dependentes, na área de circunscrição da Seccional
Cidade Nova?
3 – OBJETIVOS:

3.1 – Geral:

Analisar as políticas públicas necessárias para implementar com eficácia o


verdadeiro objetivo da Seccional Cidade Nova, no que tange a prevenir e combater a
violência doméstica contra a mulher.

3.2 – Específicos:

Resgatar o contexto histórico que norteou a criação de leis com suas


respectivas controvérsias na efetivação no combate e na prevenção da violência
doméstica contra a mulher;

Verificar como se estrutura e em que condições agem os profissionais da


Seccional Cidade Nova em comparação, segundo a lei com o verdadeiro objetivo e
atuação de uma Seccional;

Constatar a postura dos atores sociais que formam o “corpo” profissional


da Seccional da Cidade Nova, seus anseios e alternativas para a eficácia da
Seccional no combate e na prevenção contra a violência contra a mulher.
4 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

A construção deste estudo, utilizaram-se como procedimentos


metodológicos, as seguintes etapas:
- pesquisa bibliográfica e documental;
- abordagem qualitativa;
- método descritivo;
- sujeito da pesquisa: a mulher vitimizada no ambiente doméstico;
- objeto: profissional da Seccional Cidade Nova e estrutura para atendimento
de mulheres vítimas de violência doméstica.
5 –REFERENCIAL TEÓRICO

A violência contra mulher é um tema antigo, contudo, mais em evidência


atualmente devido à inserção da mulher no mercado de trabalho de forma cada vez
mais freqüente. No universo globalizado, uma figura vem se destacando ora por
suas conquistas, avanços e sucessos, ora pelos recuos, pela situação de
inferioridade e sujeição, a que muitas se submetem pelo medo e dependência,
estamos falando da mulher, e para tanto, traçaremos uma evolução histórica do seu
mundo complexo e sua representatividade na sociedade atual.
Primitivamente no relacionamento entre homem e mulher, esta
desempenhava uma função social igual a do homem. Enquanto o homem caçava e
pescava, à mulher competia o desenvolvimento da agricultura e tarefas domésticas.
Com o aumento da riqueza individual do homem, a monopolização da política bem
como a queda do direito materno, ocorreu uma enorme desigualdade jurídico-social
entre homens e mulheres.
A mulher por muitos anos teve uma educação diferenciada da educação
dada ao homem. A mulher era educada para servir, o homem era educado para
assumir a posição de senhor todo poderoso. Quando solteira vivia sob a dominação
do pai ou do irmão mais velho, ao casar-se, o pai transmitia todos os seus direitos
ao marido, submetendo a mulher à autoridade deste. A mulher nada mais era do que
um objeto. Em algumas culturas o marido podia escolher o próximo marido de sua
mulher em caso de morte; em outras, com a morte do marido, matavam-na e
enterravam-na a fim de continuar servindo-o no outro mundo.
O próprio Direito Romano, berço da cultura jurídica, já desprovia a mulher
de capacidade jurídica. A religião era prerrogativa masculina da qual a mulher
somente participaria com a autorização do pai ou do marido. Também o parentesco
só se transmitia pelos homens, apenas por razões genéticas o impedimento
matrimonial relativo à mulher era evocado. No Brasil-colônia a Igreja deu início à
educação, no entanto, a instrução ministrada pela igreja não incluía as mulheres.
A igreja da época pregava que a mulher devia obediência cega não só ao
pai e o marido como também a religião. Conseqüentemente, a mulher vivia
enclausurada sem contato com o mundo exterior. Seus dois únicos motivos de viver
eram o lar e a igreja. Não era permitido que mulher estudasse e aprendesse a ler.
Nas escolas, administradas pela igreja, somente lhes eram ensinadas técnicas
manuais e domésticas. Esta ignorância lhe era imposta de forma a mantê-la
subjugada desprovendo-a de conhecimentos que lhe permitissem pensar em
igualdade de direitos. Era educada para sentir-se feliz como "mero objeto" porquanto
só conhecia obrigações.
Com a mudança da Corte Portuguesa para o Brasil foram abertas algumas
escolas não religiosas onde as mulheres podiam estudar, entretanto, restritas aos
conhecimentos de trabalhos manuais domésticos e português de Portugal ao nível
do antigo primário.
Com a Constituição de 1824 surgiram escolas destinadas à educação da
mulher, mas, ainda, voltada a trabalhos manuais domésticos, cânticos e ensino
brasileiro de instrução primária. Ainda era vedado que mulheres freqüentassem
escolas masculinas. A vedação da mulher ao conhecimento escolar tinha dois
motivos básicos, quais sejam, em primeiro lugar o convívio entre homens e
mulheres, conforme a igreja, poderia provocar relacionamentos espúrios, e, em
segundo lugar porque sendo a instrução dada aos homens em nível mais elevado,
não poderiam mulheres freqüentar as mesmas escolas.
Somente no início do século XX foi permitido que homens e mulheres
estudassem juntos. O Brasil colônia regulava-se pelas leis portuguesas e mesmo
após ter se tornado independente continuou valendo-se de legislação estrangeira.
Por mais de trezentos anos vigeu as Ordenações Filipinas que em nada se
identificavam com nossos usos, costumes e tradições.
As Ordenações Filipinas traziam em seu âmago o conservadorismo do
poder patriarcal vivido na idade média. No regime das Ordenações ao marido não
era imputado pena por aplicação de castigos corporais à mulher e aos filhos; à
mulher era vedado ser testemunha em testamento público; o pátrio poder era de
exclusividade do marido, não podendo a mulher ser tutora ou curadora sempre que
contraísse novas núpcias, as viúvas poderiam sê-lo desde que "vivessem
honestamente". Não podia, a mulher, praticar quase nenhum ato sem a autorização
do marido. Todavia, podia promover ação para os casos de doações por ele feitas à
concubina.
Com a implantação do regime republicano brasileiro veio o Decreto nº 181,
de 24 de janeiro de 1890, que manteve o domínio patriarcal, no entanto, de forma
mais suave quando dispôs sobre o casamento civil e retirou do marido o direito de
impor castigo corpóreo à mulher e aos filhos.
Às filhas era reservado o mesmo destino das mães quando não lhes
restava o celibato ou a vida religiosa. Todos os passos familiares eram dados de
forma minuciosamente pensada e elaborada de forma a preservar e se possível
aumentar o patrimônio da família, fosse esse material ou moral.
Toda essa repressão à personalidade própria do indivíduo trouxe a tona,
paulatinamente, o desejo de liberdade, o desejo de amar e ser amado, o desejo de
realização fosse pessoal ou profissional, desejo esses que sempre existiram, se não
abertamente ao menos no íntimo do indivíduo.
Desejos que eram compartilhados tão somente via pensamento ou
escritos secretos, pois outra forma não era permitida e sequer ousada pelos
participantes. Quando num rompante de coragem o indivíduo se rebelava contra as
convicções paternas, certamente a pena era o exílio da entidade familiar. A revolta
enrustida e todo esse anseio de liberdade trouxeram drásticas e profundas
modificações.
As mulheres passaram a bradar por todo o tipo de liberdade. Passaram a
lutar pela liberdade moral, intelectual, social e até mesmo física. Ser o que quiser,
quando quiser, da forma que quiser. A mulher, principalmente da região sul e
sudeste do Brasil, passou a exigir espaço e direitos de igualdade tanto no que tange
aos direitos quanto ao que se refere às obrigações. Tal movimento surgiu naquelas
regiões em virtude do desenvolvimento econômico brasileiro ser mais acentuado ali
e devido a este diferencial, as mulheres daquelas regiões passaram a reagir e exigir
uma legislação que não as oprimissem; já no Estado do Pará as mulheres
esperavam os resultados que vinham daquelas regiões já mencionadas, até porque
a dependência financeira diante do homem, aqui é maior.
Fatores externos acabaram por ajudar, em muito, este movimento de
libertação. O pai que era o centro do universo familiar perdeu o "status" de senhor
todo poderoso e detentor do conhecimento. Não raras vezes, foi superado
intelectualmente pelos filhos que munidos de informações externas passavam a ter e
exteriorizar conhecimentos e pensamentos próprios. Deixou de existir uma
transmissão pura e simples de valores econômicos e sociais. Deu-se uma revolução
cultural onde o pai deixou de escrever o futuro dos filhos e a estrutura familiar
modificou-se definitivamente.
Por muitos anos a mulher foi inteiramente submissa não só por ser mais
fraca fisicamente, mas principalmente por não participar diretamente da produção de
riquezas. Importante passo para a libertação econômica da mulher foi a vigência do
Código Comercial que passou a admitir a mulher como comerciante.
Transformações sociais e econômicas havidas no mundo, e em especial no Brasil,
trouxeram à mulher a oportunidade de prestar atividades lucrativas, antes
destinadas exclusivamente ao homem.
A luta pela sobrevivência e o crescente desenvolvimento capitalista
impeliram as mulheres à participação direta na produção social, através da grande
indústria mecanizada, que acelerou o processo de ascensão social e independência
econômica das operárias, ampliando-lhes as perspectivas e criando novas
condições de existência, infinitamente superiores ao confinamento patriarcal e
artesanal pré-capitalista.
Uma vez lhe dado chance, a mulher pôde provar que sua "fragilidade" e
"incapacidade" verdadeiramente não existiam. Ficou patente que a aptidão mental
de homens e mulheres em nada diferia. Como conseqüência natural desta
produtividade feminina houve, obrigatoriamente, uma gradativa adaptação da
legislação que antes lhe negavam diversas profissões e diversos direitos.
Comprovadamente a necessidade da entrada da mulher no mercado de
trabalho e sua conseqüente contribuição econômica para a sociedade aliada a
possibilidade do desenvolvimento cultural da mulher, selaram, definitivamente, sua
independência.
Foucault (1997) aborda a questão conjugal como uma das bases para a
legitimação de valores hegemônicos no período greco-romano. Ao reconhecer
diferentes papeis ligados ao sexo, à moral e à religião para homens e mulheres,
percebe-se que a submissão da mulher e a negação do homossexualismo são
condições legitimadas historicamente e cristalizadas nos hábitos culturais de
diferentes épocas. Segundo o filosofo, o casamento compõe uma moral individual e
social.
Esta relação entre uma moral individual e social e a finalidade do
casamento tem como parâmetro o vinculo tradicional entre o ato sexual e o
casamento, a partir e em função da necessidade de ter uma descendência. Esse fim
procriador figurava, segundo Foucault, entre as razões para se casar; era ele que
tornava necessária as relações sexuais no casamento e que servia de elemento
básico para a condenação do adultério e a repressão da sexualidade.
Segundo o autor, os preceitos conjugais são responsáveis pelo pudor e
pelos segredos que envolvem não somente o ato procriador, mas os gestos de
prazer, como beijos e carícias. É por estes princípios morais que por muito tempo se
dissociou a mulher da sexualidade.
No Brasil a mulher somente assumiu sua cidadania eleitoral a partir do
Governo de Getúlio Vargas, o qual resolve simplificar todas as restrições às
mulheres. Através do Decreto nº. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, é instituído o
Código Eleitoral Brasileiro, e o artigo 2 disciplinava que era eleitor o cidadão maior
de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma do código. É de ressaltar que
as disposições transitórias, no artigo 121, dispunham que os homens com mais de
60 anos e as mulheres em qualquer idade podiam isentar-se de qualquer obrigação
ou serviço de natureza eleitoral. Logo, não havia obrigatoriedade do voto feminino.
Percebe-se que em muitos casos a mulher era abandonada pelo marido
com vários filhos e que tinha que prover o lar, sendo que para tal foi à luta e
conseguiu o seu espaço no mercado de trabalho, sendo este um dos motivos que
impulsionaram a inserção gradativa da mulher no que tange a sua vida social,
política e econômica; surge aí a mulher como cabeça de família e ignora conceitos
antigos de preservar a dona de casa; a dona do lar.
A mulher se insere no mercado de trabalho - como operária, enfermeira,
secretária e professora - somente a partir do século XX, com o crescente processo
de industrialização. A visível diferença de salários em relação aos homens se tornou
uma das principais bandeiras da época, denunciando situações de exploração. É
somente em 1943 que a mulher passa a trabalhar livremente, sem depender da
autorização do esposo - uma conquista da Frente Única de Mulheres.
Desde a metade do século XIX até depois da Primeira Guerra Mundial, o
panorama econômico e cultural do Brasil mudou profundamente. A industrialização e
a urbanização alteraram a vida cotidiana, particularmente das mulheres, que
passaram a, cada vez mais, ocupar o espaço das ruas, a trabalhar fora de casa, a
estudar etc. Vale a pena ler a análise de Besse (1999) para se compreender o
quanto essa transformação da infra-estrutura econômica, mais a alfabetização das
mulheres, o cinema, os meios de transporte, a substituição de bens produzidos em
casa pelos oferecidos pelas casas comerciais, alterou inteiramente o ritmo de vida e
os contatos que as mulheres e homens passaram a desfrutar. Essas mudanças
trouxeram o contato com comportamentos e valores de outros países, os quais
passaram a ser confrontados com os costumes patriarcais ainda vigentes embora
enfraquecidos.
De acordo com a autora, dentre estas mudanças destacou-se a discussão
sobre o casamento. Mulheres das classes média e alta, graças à educação e ao
trabalho remunerado, adquiriram maior "poder social e econômico" e passaram a
protestar contra a "tirania dos homens" no casamento, sua infidelidade, brutalidade,
abandono - temas freqüentes entre escritoras, jornalistas e feministas dos anos de
1920 (Besse cita, entre elas, Cecilia Bandeira de Melo Rebêlo de Vasconcelos, que
escrevia sob o pseudônimo de Chrisanthème, Elizabeth Bastos, Iracema, Amélia de
Resende Martins, Andradina de Oliveira etc.) além das inúmeras leitoras da Revista
Feminina.
Na visão de Besse (1999) já então se apontava que maridos tinham sido
assassinados por mulheres brutalizadas e a interpretação dessas queixas era
traduzida como "crise" na família e o no casamento, cujos responsáveis seriam o
trabalho feminino e a paixão.
Assim, durante muito tempo, uma mulher ideal era “de família”, sabia
bordar, agradar, parir, mas ler, nem pensar... Pesquisadores reconhecem que
somente no século XIX o Brasil percebeu que a população feminina merecia ser
educada. Conforme observa Várzea, a primeira legislação relativa à educação
feminina surgiu em 1827 e permitia apenas a criação de escolas elementares,
somente de meninas.
As regras em torno da ideologia patriarcal definem-se, neste sentido, como
um sistema de dominação sexual que não permite à mulher o desenvolvimento de
determinadas funções sociais. De acordo com Michelle Perrot, “o militar, o religioso,
o político, como as três ordens da Idade Média, constituem três santuários que
fogem às mulheres. Núcleos de poder, são os centros de decisão, real ou ilusória,
ao mesmo tempo que símbolos da diferença dos sexos'' (2002:107). A repressão às
mulheres foi forjando, ao longo do tempo, argumentos para a oposição entre os
sexos “existiam lugares completamente proibidos às mulheres - políticos, judiciários,
intelectuais e até esportivos... - e, outros, que lhes são quase exclusivamente
reservados - lavanderias, grandes magazines, salões de chá'' (Perrot, 2002, p.37).
Perrot enfatiza as fronteiras entre os sexos no século XIX que se
manifestam nos espaços públicos e na proibição de determinados hábitos como o
cigarro, as calças e os cabelos curtos, exclusivos para os homens. Mesmo com
todas as restrições, a mulher vai aos poucos encontrando formas de se inserir no
ambiente social, principalmente através da leitura e da escrita.
Segundo o autor a idéia de que a natureza das mulheres a destine ao
silêncio e à obscuridade está profundamente arraigada em nossas culturas.
Restritas ao espaço do privado, no melhor dos casos ao espaço dos salões
mundanos, as mulheres permanecem durante muito tempo excluídas da palavra
pública. “[...] Sem o poder, como as mulheres ganham influência nas redes durante
tanto tempo dominadas pelos homens? Primeiro, pela correspondência, depois pela
literatura e, por fim, pela imprensa” (Perrot, 2002, p. 59).
O autor afirma que é importante lembrar também que a imprensa se
constitui, no século XIX e nas primeiras décadas do século XX, como um universo
exclusivamente masculino, de que as mulheres vão lentamente se apropriando. Os
cafés, círculos e clubes, as salas de leitura, onde se lêem principalmente os jornais,
são reservados aos homens. Todavia, as mulheres se insinuavam no jornal pelos
rodapés, que lhes eram progressivamente reservados, sob forma de crônicas de
viagens ou mundanas e, sobretudo de romances-folhetins, cada vez mais femininos
por suas intrigas, suas heroínas e até por sua moral. (Perrot, 2002, p. 77)
Uma diversidade de acontecimentos marca a trajetória da mulher: rupturas
políticas, revoluções, guerras, lutas nacionais, além de aspectos científicos e
filosóficos. As mulheres conquistam com muito esforço a escrita e as artes plásticas,
mas a arquitetura, a música e o campo dos saberes permanecem distantes do seu
universo. Essas divisões, enquanto não rompidas, atribuíam à mulher a sua
condição de inferioridade.
A Revolução Industrial significou o início do processo de acumulação
rápida de bens de capital, com conseqüente aumento da mecanização. Isso se deve

ao fato de o capitalismo (economia de mercado) estar como sistema econômico

vigente.

A característica essencial da Revolução Industrial é que antes dela o

progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a renda per
capita aumentasse sensivelmente),e depois a renda per capita e a população

começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história da

humanidade. Por exemplo, entre 1500 e 1780 a população da Inglaterra aumentou de

3.5 milhões para 8.5, já entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhões, devido à

drástica redução da mortalidade infantil.

Antes da Revolução Industrial, a atividade de produzir era feita pelos


artesãos, os quais muitas vezes, eram proprietários da matéria-prima e
comercializavam o produto final do seu trabalho manual. Utilizam apenas algumas
ferramentas, um único artesão realizava o trabalho ou um grupo se organizava para
dividir as etapas do processo da produção, sem utilizar máquinas, por isso se chama
manufatura. Esses trabalhos eram realizados em oficinas construídas nas casas dos
próprios artesãos.Depois da Revolução Industrial, os trabalhadores não eram mais
os “donos” do processo. Eles passaram a trabalhar para um patrão como operários
ou empregados. A matéria-prima e o produto final não lhes pertenciam mais.
Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam ao
empresário, dono dos mecanismos de produção e para o qual se destinava o lucro.
Pelo trabalho ser realizado com máquinas ficou conhecido por maquinofatura.
Esse momento revolucionário, de passagem da energia humana,
hidráulica e animal para motriz, é o ponto culminante de uma evolução tecnológica,

social e econômica que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade

Média, com particular incidência nos países onde a Reforma Protestante tinha

conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países

Baixos, Suécia. Nos países que permaneceram católicos a revolução industrial

aparece, regra geral, mais tarde e num esforço declarado de copiar aquilo que se
fazia nos países mais avançados tecnologicamente (os países protestantes).
Já de acordo com a teoria de Marx (1975) , a Revolução Industrial, iniciada

na Inglaterra, integra o conjunto das chamadas “revoluções burguesas” do século

XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo

comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a


Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos

princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade

Contemporânea. Para ele, o capitalismo seria um produto da revolução industrial e

não sua causa. A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até
terceira e quarta Revoluções Industriais. Porém, se concebermos a industrialização
como um processo, seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a

vapor no século XVIII), num segundo momento (energia elétrica no século XIX) e num

terceiro e quarto momentos, representados respectivamente pela energia nuclear e

pelo avanço da informática.

Conforme Peixoto apud Besse (1999) naquela época, como hoje,


afirmava-se que o trabalho feminino fora de casa provocava a desagregação da
família. Daí o Estado ter incluído no Código Civil (1916), para proteger a família
(mesmo a pobre), que a mulher deveria ter autorização do marido para poder
trabalhar.Quanto ao casamento, reagia-se afirmando que era necessário retirar dele
a romântica união por amor, substituindo-a pelo amor "civilizado", dotado de razão,
excluindo a paixão, responsável pelos "crimes passionais sanguinários".
Já Besse (1999) menciona que os crimes passionais, um dos mais graves
problemas da época, constituíam uma verdadeira "epidemia" para algumas
feministas. Encabeçando o movimento contra estes crimes, Promotores Públicos
como Roberto Lyra, Carlos Sussekind de Mendonça, Caetano Pinto de Miranda
Montenegro e Lourenço de Mattos Borges fundaram o Conselho Brasileiro de
Hygiene Social. Pretendiam coibir e punir os crimes passionais então tolerados pela
sociedade e pela Justiça. Não era propriamente a defesa das mulheres que eles
visavam, mas pretendiam, efetivamente, proteger a instituição família.
A atuação das mulheres nas décadas de 1920 e 1930, mais a ação dos
Promotores Públicos e do Juiz Nelson Hungria, apontam o gravíssimo problema do
assassinato de esposas e companheiras, até hoje não resolvido, se é que não foi
incrementado.
O movimento dos Promotores e das feministas alcançou êxito relativo,
embora o assassinato por amor continuasse a ocorrer e os assassinos a serem
absolvidos.
Com a anistia de 1979, a eleição direta de governadores em 1982 e a
reorganização partidária, o cenário feminista se fortaleceu mas se segmentou em
grupos partidários.
Massuno (2002) ressalta que para fazer frente às demandas de igualdade
de gênero foi criado, em 1983, o primeiro Conselho Estadual da Condição Feminina
em São Paulo. Em 1985, criou-se a primeira Delegacia de Defesa da Mulher, órgão
eminentemente voltado para reprimir a violência contra a mulher.
Paralelamente, na sociedade civil, como já apontamos, vigoravam vários
grupos feministas de apoio às mulheres vítimas. Intenso trabalho, quase sempre
com escassos recursos e muito voluntariado, tentava suprir uma lacuna que agora,
timidamente, começava a ser encampada pelo Estado.
Nos anos anteriores, as mulheres que recorriam às Delegacias em geral
sentiam-se ameaçadas ou eram vítimas de incompreensão, machismo e até mesmo
de violência sexual. Com a criação das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) o
quadro começou a ser alterado. O serviço nas DDMs era e é prestado por mulheres,
mas isto não bastava, pois muitas destas profissionais tinham sido socializadas
numa cultura machista e agiam de acordo com tais padrões. Foi necessário muito
treinamento e conscientização para formar profissionais, mulheres e homens, que
entendessem que meninas e mulheres tinham o direito de não aceitar a violência
cometida por pais, padrastos, maridos, companheiros e outros. Esta tarefa de
reciclagem deve ser permanente, pois os quadros funcionais mudam e também os
problemas.Alterar essa relação de subordinação de gênero foi o início de uma
revolução parcialmente bem-sucedida nos papéis sociais. Os crimes de gênero
continuaram.
Em todo mundo, pelo menos uma em cada três mulheres já foi
espancada, coagida ao sexo ou sofreu alguma outra forma de abuso durante a vida.
O agressor é, geralmente, um membro de sua própria família. A violência contra as
mulheres é o tipo mais generalizado de abuso dos direitos humanos no mundo e o
menos reconhecido. A Assembléia Geral das Nações Unidas, de 1993, definiu
oficialmente a violência contra as mulheres, como:
Qualquer ato de violência de gênero que resulte ou possa resultar
em dano físico, sexual, psicológico ou sofrimento para a mulher,
inclusive ameaças de tais atos, coerção ou privação arbitrária da
liberdade, quer ocorra em público ou na vida privada.
A agressão do parceiro íntimo - também conhecida como violência
doméstica, maus-tratos ou espancamento da esposa - é, quase sempre,
acompanhada de agressão psicológica e, de um quarto a metade das vezes,
também de sexo forçado.
A violência contra as mulheres é diferente da violência interpessoal em
geral. Os homens têm maior probabilidade de serem vítimas de pessoas estranhas
ou pouco conhecidas, enquanto que as mulheres têm maior probabilidade de serem
vítimas de membros de suas próprias famílias ou de seus parceiros íntimos. Na sua
forma mais grave, a violência leva à morte da mulher. Sabe-se que de 40 a 70% dos
homicídios femininos, no mundo, são cometidos por parceiros íntimos. Em
comparação, os percentuais de homens assassinados por suas parceiras são
mínimos e, freqüentemente, nestes casos, as mulheres estavam se defendendo ou
revidando o abuso sofrido. A pobreza aumenta a probabilidade das mulheres serem
vítimas de violência.
No que tange as regras impostas à mulher, baseadas no pensamento
cristão, em que surgem os tabus principalmente em torno da sexualidade,
reservando à mulher a finalidade de procriação. De outro lado, vale reconhecer que
com os tabus também surge o erotismo em torno da nudez feminina: “ou santa ou
prostituta'', nas palavras de Mariana Várzea. Questiona-se se a nova Lei 11.340/06
vai quebrar tais tabus históricos?
Na violência doméstica contra a mulher, o abuso pelo parceiro íntimo é
mais comumente parte de um padrão repetitivo, de controle e dominação, do que um
ato único de agressão física. O abuso pelo parceiro pode tomar várias formas, tais
como: Agressões físicas como golpes, tapas, chutes e surras, tentativas de
estrangulamento e queimaduras, quebras de objetos favoritos, móveis, ameaças de
ferir as crianças ou outros membros da família; Abuso psicológico por menosprezo,
intimidações e humilhação constantes; Coerção sexual; Comportamentos de
controle tipo isolamento forçado da mulher em relação à sua família e amigos,
vigilância constante de suas ações e restrição de acesso a recursos variados.
O que provoca a violência contra as mulheres? A tendência atual dos
pesquisadores é de considerar a interação de diferentes fatores pessoais,
situacionais e socioculturais combinando-se para provocar o abuso.
As reações femininas são diversas, algumas resistem, outras fogem e
outras tentam manter a paz, submetendo-se às exigências de seus maridos. A
reação da mulher à violência é freqüentemente limitada pelas opções à sua
disposição. Os motivos mais alegados para continuar em um relacionamento
abusivo são: medo de represália, perda do suporte financeiro, preocupação com os
filhos, dependência emocional e financeira, perda de suporte da família e dos
amigos, esperança de que "ele vai mudar um dia". Outras se arrependem de ter
registrado a ocorrência e ainda sob promessas de que seu companheiro, não
cometerá mais o ato violento, resolvem “dar uma segunda chance” ,até o próximo
“ataque”.
É importante chamar atenção para o fato de que os serviços médico-
hospitalares identificam menos casos de agressões múltiplas a crianças que os
conselhos tutelares. Também as mulheres vítimas de abusos intrafamiliares,
freqüentadoras assíduas de unidades de atendimento de saúde com queixas vagas,
taxadas de "poli queixosas", não têm o problema da vitimização diagnosticado.
Os profissionais da saúde mantêm uma posição de desinformação,
indiferença, negação, preconceito e temor com respeito ao problema da violência
doméstica e as suas conseqüências, assim como na detecção e prevenção de
situações potencialmente perigosas, muitas vezes rotulando como "caso de IPF", na
esperança de eximir-se de tomar atitudes. O medo de obrigações legais impede de
tomar atitudes que pudessem auxiliar as vítimas. Este tema sequer faz parte dos
programas das universidades, em sua maioria.
6 – CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

2008
MAR. ABR. MAIO JUN. AGOS. SET. OUT. NOV.
Levantamento
bibliográfico
Entrega do
Projeto de
pesquisa
Coleta de
dados
Radação final
Entrega da
monografia
Defesa da
monografia
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