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Faculdade de Educação
Educação Especial:
Superdotado e gênio como sinônimos: é comum acreditar que para ser considerado superdotado
o indivíduo necessariamente tenha que apresentar um desempenho surpreendentemente
significativo e superior desde muito jovens, ou dado contribuições originais na área científica ou
artística reconhecida como de inestimável valor para a sociedade.
O superdotado tem recursos intelectuais suficientes para desenvolver por conta própria o seu
potencial superior: Acredita-se ser desnecessário o estímulo a uma criança superdotada.
Valores culturais a favor de um atendimento especial apenas a alunos com distúrbio de conduta e
deficiência: Existe uma preocupação muito grande com o grupo citado, e os superdotados
acabam sendo deixados de lado, a educação é voltada para alunos médios e abaixo da média.
O superdotado tem maior predisposição a apresentar problemas sociais e emocionais: Não existe
tal predisposição.
Quando se fala em superdotação é necessário que se tenha em mente sobre esse grupo:
O processo de identificação desse aluno deve ter como base referenciais teóricos consistentes e
resultados de pesquisas sobre o tema. O objetivo e discutir maneiras de construção do processo
de identificação, que gerem informações sobre o aluno com alto potencial e orientem a pratica
docente em termos do planejamento de aula, seleção de estratégias de ensino e métodos de
avaliação do desempenho escolar.
Escalas e testes não fazem diagnósticos, entretanto são ferramentas importantes e servem de
rastreamento, pois fornecem dados objetivos úteis para avaliação, intervenção e pesquisa.
A identificação deve ser enriquecida por outras fontes de informação, de forma a privilegiar uma
visão sistêmica e global do individuo e não somente sua inteligência superior medida por meio
de um teste de QI.
Escala de frequência com que certos comportamentos são registrados no dia-a-dia do aluno:
Aprendizagem
O aluno demonstra vocabulário avançado para a idade; O aluno possui uma grande bagagem de
informações sobre um tópico específico; O aluno tem facilidade para lembrar informações; O
aluno tem perspicácia em perceber relações de causa e efeito.
Criatividade
O aluno demonstra senso de humor; O aluno demonstra espírito de aventura ou disposição para
correr riscos; O aluno demonstra atitude não conformista, não temendo ser diferente; O aluno
demonstra imaginação.
Motivação
O aluno demonstra obstinação em procurar informações sobre tópicos de seu interesse; O aluno
demonstra persistência; O aluno demonstra envolvimento intenso quando trabalha certos tópicos
ou problemas; O aluno demonstra comportamento que requer pouca orientação dos professores.
Concluindo, uma única fonte de informação jamais será suficiente. O desempenho superior pode
estar mais relacionado a vida familiar, aos traços de personalidade e ao engajamento em
atividades de seu interesse, do que simplesmente as habilidades cognitivas superiores. Estudos
recentes estão mostrando que existe a possibilidade de alto potencial em alunos com dificuldade
de aprendizagem (uma dificuldade especifica por um lado e o alto potencial por outro). Esses
alunos podem encantar com sua fluência verbal, porem sua escrita e ortografia contradizem essa
imagem. Algumas vezes esses alunos que parecem saber tudo, se mostram esquecidos,
desorganizados e desinteressados.
Práticas educacionais de atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotação
Por mais excepcional que sejam tais aptidões e talentos, caso não haja estímulo e atendimento
adequados, os indivíduos dificilmente atingiram um nível de excelência.
Planejar alternativas de atendimento a estes alunos que atinjam suas reais necessidades,
expectativas dos pais, bem como correspondam à filosofia educacional das escolas, sem entrar
em conflito com o ensino regular, é um trabalho difícil, que deve ser executado com cuidado.
O papel do programa específico para estes alunos especiais é suprir e complementar suas
necessidades, possibilitando seu amplo desenvolvimento pessoal e criando oportunidades para
que eles encontrem desafios compatíveis com as suas habilidades. Sem este atendimento o aluno
vai tentar se adaptar à rotina do ensino convencional, podendo gerar desperdício de talento,
potencial ou desmotivação por não estar devidamente assistido.
Uma das grandes dificuldades para implantar esse atendimento se deve à tentativa de
implementar um programa pretendendo ajustá-lo aos grupos já estabelecidos na seriação escolar,
cuja separação por faixa etária pressupõe uma correspondente igualdade de nível intelectual; mas
alunos com altas habilidades/superdotação têm, basicamente, dois grupos de companheiros com
os quais necessitam interagir:
Os pares de mesma idade (onde experimentam inclusão e aprendem a viver com a desigualdade);
Dispensa de curso;
Enriquecimento
Enriquecimento extracurricular:
Considerações:
Lembrar que a motivação fica comprometida sempre que novos conceitos são muito fáceis ou
muito difíceis; o desafio deve ser apropriado ao nível de prontidão do aluno.
O aluno pode ainda sofrer preconceito por parte dos professores, seja porque se ressentem da
falta de informações sobre as altas habilidades, ou pela insegurança de ter sucesso no manejo da
diversidade e receio pela capacidade de adaptação do aluno.
Evitar a sobreposição de conteúdos que serão ensinados em séries posteriores (estaremos apenas
adiando o problema de desinteresse e da falta de motivação destes alunos). Não podemos,
também, sobrecarregar a criança com um grande volume de tarefas, pois assim ela estaria sendo
penalizada por suas habilidades. Evitar tensões usualmente vividas pelos superdotados,
pressionados – seja pelo ambiente, seja por eles mesmos – a manter um desempenho superior
constante, numa condição emocionalmente desgastante.
http://www.vademecum.com.br/sapiens/escola3.htm
Cartilha: Política educacional para alunos com altas habilidades/superdotação – Porto Alegre
2006 : Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas
Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades/Superdotação no Rio Grande do Sul - FADERS
Manual para o professor : Alunos com altas habilidades superdotação – Ministério da Educação
2007