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EDUCAÇÃO MARANHENSE
Resumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar a teoria curricular de Michael Young e
suas contribuições para o papel do currículo nas escolas maranhenses. A partir de
uma breve exposição sobre sua biografia e seus princípios que levam a construção
dos conhecimentos: poderoso e dos poderosos e o papel do currículo nas escolas
que em sua concepção ignora o contexto dos educandos. Prosseguindo a partir da
contextualização de sua proposta curricular, auxiliando como os sistemas de ensino,
podem estabelecer uma relação indissociável entre o conhecimento escolar e o
contexto no qual ele se desenvolve e se realiza como forma de viabilizar a
necessária criatividade para a transformação da sociedade. E no âmbito escolar
maranhense, apresentamos concepções que envolvem a região.
Introdução
No contexto da educação, pode-se entender currículo como um texto que
abrange desde os planos de aula que o professor elabora até os documentos
curriculares de uma rede ou sistema de ensino que reflitam a visão dos educadores
e da comunidade escolar sobre aspectos políticos e sociais locais e sua inter-relação
com a educação.
Ele frequentou várias escolas, uma delas em Dartington Hall, conhecida por
ser uma nova escola progressiva em Devon na década de 1920, onde teve uma
longa associação com esta pequena escola não só como aluno, mas como
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Um manifesto dos trabalhadores para as eleições gerais de 1945 produto de extensas discussões
dentro do partido sobre o futuro britânico no pós-guerra.
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um tipo de advogado em jurisdições de direito comum, eles se especializam principalmente em
advocacia e litígio no tribunal, em que suas tarefas incluem a tomada de processos em tribunais e
tribunais superiores, elaborando argumentos legais, pesquisando a filosofia, hipóteses e histórico da
lei, e dando pareceres jurídicos especializados.
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Em 1958, Young escreveu a influente sátira “The Rise of the Meritocracy”, originalmente para a
Fabian Society, que se recusou a publicá-la. Nele, ele cunhou a palavra “meritocracia”, a que deu
conotações negativas, e ficou desapontado com a forma como o conceito passou a ser visto como um
conceito viável, que vale a pena persegui r.
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Conhecido como o curso ou teste de admissão do primário para o secundário.
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Embora um igualitário, Young aceitou um “Life Peer”em 20 de março de 1978, no Reino Unido,
os“Life Peer” são nomeados membros de um sistema jurídico historicamente constituído por títulos,
que não podem ser herdados, em contraste com os títulos hereditários. Foi quando recebeu o título
de Baron Young de Dartington.
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Seu princípio básico era dar às pessoas mais palavras ao dirigir suas vidas e instituições, baseando-
se em órgãos de pesquisa existentes em psicologia social e sociologia para destacar a relevância da
família alargada na sociedade moderna e oferecer um modelo de cidadania socialista, solidariedade e
apoio mútuo não vinculado ao trabalho produtivo.
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deverá ser ensinado, mas saber também por que tal conhecimento foi selecionado e
não o outro.
Nesses termos, entende-se portanto, que o conhecimento é um processo que
constitui o currículo, no qual deverá ser pensado no sujeito. Assim,o currículo vai
muito além do seu processo normativo, precisando está ligado com o seu papel
crítico, no qual se diferencia das demais teorias curriculares tradicionais que mantém
uma posição de neutralidade,concentrando-se em questões técnicas que visem a
reprodução de ideias para uma sociedade vigente. Assim, o currículo ligado ao seu
papel crítico e reflexivo irá ter uma concepção entre os conteúdos e a experiência de
vida de cada aluno.
Na Inglaterra, com a antiga sociologia da educação por volta nos anos de 1960, se
mantiveram fortes as idéias elitistas, tradicionais e técnicas do currículo, que viam
as escolas como fábricas, no qual costumavam tratar os professores como
trabalhadores manuais impondo o que e como deveriam ensinar nas escolas.
A NSE (nova sociologia da educação), que tinha como principal teórico Michael
Young, buscava romper com a tradição inicial da sociologia da educação, que era
voltada numa perspectiva do fracasso escolar dos alunos pertencentes à classe
operária. A NSE propunha um novo campo de investigação no qual se preocupava
com o conhecimento escolar, porém mais ligada com o processamento de cada
indivíduo do que com o processo do conhecimento. Dessa forma, essa nova
sociologia da educação tratava em responder questões sobre a distribuição do poder
na sociedade e a organização do conhecimento curricular.
Entretanto, com o seu foco no poder e em quem decide tudo o que essa
perspectiva aponta é a necessidade de mudar os grupos que tomam as
decisões (YOUNG, 2016, p. 32)
Dessa forma, é esse conhecimento que permite aos estudantes ampliar seus
conhecimentos acerca de algum aspecto do mundo sobre o qual eles já possuem
algum conhecimento, construído principalmente através da experiência cotidiana. E
para que uma escola tenha sucesso em capacitar seus alunos a adquirir
conhecimento poderoso ela precisa contar, segundo Young, com um currículo
baseado nesse conhecimento poderoso, no qual no currículo estão expressas as
intenções que a sociedade ou determinado país tem para com a educação, ou seja,
“o currículo é um recurso para guiar os objetivos do professor, da escola e do país –
o que é valorizado como essencial para todos os estudantes terem acesso”
(YOUNG, 2016, p.34).
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condições básicas para que isso efetivamente aconteça, bem como assegurar a
formação continuada indispensável para o bom desempenho dos professores e o
alcance do sucesso escolar dos estudantes. Desse modo, Young defende uma
posição contrária à defesa de um currículo por resultados, instrumental e imediatista,
ressaltando a necessidade de garantir acesso ao conhecimento, em especial para
crianças e jovens ds grupos sociais desfavorecidos; e que a escola não afaste de
sua tarefa específica, disponibilizando o conhecimento especializado,o que não se
acessa na vida cotidiana e que pode oferecer generalização e base para fazer
julgamentos, fornecendo parâmetros de compreensão de mundo.
Considerações Finais
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Referências
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