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CEJA PROFESSORA RAQUEL CASTRO E SILVA DE MIRANDA

ENSINO FUNDAMENTAL
ETAPA 1
Módulo 17 - AVALIAÇÃO 1 – CAP. 1 – O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA

Módulo 18 - AVALIAÇÃO 2 – CAP. 2 – ESPORTES E JOGOS

ETAPA 2

Módulo 19 - AVALIAÇÃO 3 – CAP 3 – DANÇAS E RITMOS

Módulo 20 - AVALIAÇÃO 4 – CAP. 4 – CONHECIMENTO SOBRE O CORPO

ETAPA 3

Módulo 21- AVALIAÇÃO 5 - CAP. 5 – SAÚDE E NUTRIÇÃO

Módulo 22- AVALIAÇÃO 6 - CAP. 6 – CONCEITOS E TIPOS DE LAZER

ETAPA 4

Módulo 23 - AVALIAÇÃO 7 - CAP. 7 – ESPORTES RADICAIS

Módulo 24 - AVALIAÇÃO 8 - CAP.8 – SOCORROS DE URGÊNCIA


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CAPÍTULO 1
AFINAL O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA?
Desde os primórdios da humanidade, o homem teve a necessidade de se mover, mexer
o corpo era primordial para sua sobrevivência, pois necessitavam caçar, pescar subir em árvores
e demais atividades para que pudessem ter o alimento e sobreviver. Com o passar dos tempos,
o homem viu que havia a necessidade de buscar novos locais para sua sobrevivência, pois o
local em que habitavam ficou escasso de recursos.
De acordo com relatos históricos que datam de 60.000 anos a.C., a atividade física fez
com que o homem pudesse mostrar suas habilidades e forma de expressar sentimentos e
qualidades através da dança. A dança era praticada por todos os povos, segundo Oliveira
(2004), a dança primitiva podia ter características eminentemente lúdicas como também um
caráter ritualístico, a qual havia demonstrações de alegria pela caça e pesca feliz ou a
dramatização de qualquer evento que merecesse destaque, como os nascimentos e funerais.
Outros relatos históricos denotam a Educação Física como preparação dos soldados
para a guerra, povos como os Gregos e os Romanos tinham o entendimento da potencialidade
da preparação dos corpos para a batalha. Com o tempo, a educação desses povos passará a
ser uma forma de elevar o espirito através das danças ritualísticas e da filosofia.
A importância do conhecimento do corpo e da necessidade de movimentar-se
transformou a Educação Física em uma das disciplinas fundamentais para o desenvolvimento do
ser humano, a ideia de proporcionar saúde e benefícios mostrou que cada vez mais a Educação
Física tem um fator essencial para o desenvolvimento humano. A Educação Física compreende
o ideal da Cultura Corporal do Movimento, sendo o movimento o fator primordial para a
manutenção e apropriação da saúde. Além disso, a Educação Física comporta uma bagagem de
conceitos que são divididos em: Esportes, Danças, Lutas, Jogos, entre outras atividades
expressivas.
A Educação Física é o fenômeno sociocultural, que tem no jogo o seu vínculo cultural e
na competição o seu elemento essencial e que, nas suas diferentes formas, contribui para a
formação e aproximação dos seres humanos ao reforçar o desenvolvimento de valores como a
moral, a ética, a solidariedade, a fraternidade e a cooperação, o que o torna um dos meios mais
eficazes para a convivência humana. (TUBINO, 2005).
A Educação Física na atualidade deve ser vista como uma área do conhecimento
que trabalha com o corpo como fenômeno sociocultural. Isso quer dizer que seus
exercícios devem ser voltados não só aos aspectos fisiológicos, mas também a
importância do autoconhecimento corporal e suas necessidades dentro de uma
determinada sociedade. Para isso se faz necessária à transmissão de específicos
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conhecimentos psicossociais e didáticos pedagógicos, além de uma gama de exercícios


multidisciplinares.
É na fase escolar, que ocorre o desenvolvimento psicomotor da criança, que é
essencial para a formação de seu vocabulário motor, isto é, seus conhecimentos básicos
de si mesmo e de suas possibilidades motoras.
A Educação Física escolar tem como meta que o aluno vivencie e interiorize os
movimentos, possibilitando a ele ter inúmeros estímulos para que no futuro possa
perceber qual o desporto, atividade física ou exercício físico que mais lhe agrada, tendo
inclusive através destas atividades iniciais a possibilidade de transferir a desenvoltura
dos movimentos para conseguir uma melhor performance seja a nível de clubes e
seleções ou simplesmente adquirir o hábito para a prática permanente da atividade física
e lazer, estimulando um convívio social perante as pessoas que o cercam no seu dia a
dia.
As aulas devem possibilitar a máxima exploração de movimentos fundamentais
para o desenvolvimento de nossos alunos.
No mundo moderno e violento de hoje, no qual os avanços da tecnologia com
computadores e games de última geração deixam as crianças cada vez mais longe de
vivenciar atividades e movimentos importantes na formação e manutenção do seu
alfabeto motor. A escola passa a ter papel fundamental em proporcionar essas
atividades, além de discutir, refletir e criar nos alunos uma visão crítica em relação à
gama de atividades que são oferecidas dentro e fora dela.
Observamos nos dias de hoje muitas informações, dicas, instruções e orientações
que muitas vezes nos conduz a práticas desportivas inadequadas. Precisamos estar
atentos se as informações que são lançadas diariamente pelos mais diversos veículos de
comunicação, buscam atender as indústrias do fitness e farmacológicas ou realmente
nos transmitem conhecimentos valiosos para que possamos ter autonomia na escolha e
execução da prática esportiva.
CAPÍTULO 2
ESPORTES E JOGOS
 QUAL A DIFERENÇA ENTRE JOGO E ESPORTE?

JOGO
Atividade ou ocupação voluntária, exercido dentro de determinados limites de
tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente
obrigatórias; dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão
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e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana (HUIZINGA, 2004,


p. 33).
Huizinga, filósofo holandês, em seu clássico Homo Ludens, aponta seis
características do jogo que apoiam a busca de uma definição:
1) O jogo é uma atividade voluntária. Sujeito a ordens, deixa de ser jogo, podendo
no máximo ser uma imitação forçada.
2) O jogo não é vida "corrente" nem vida "real". Trata-se de uma evasão para
uma esfera temporária de atividade com orientação própria.
3) No jogo há algo em suspenso, o seu resultado é incerto. Sempre existe a
possibilidade do êxito ou do fracasso.
4) O jogo cria ordem e é ordem. Introduz na confusão da vida e na imperfeição do
mundo uma perfeição temporária e limitada, exigindo uma ordem suprema e absoluta.
5) O jogo é praticado dentro de certos limites próprios de espaço e de tempo.
6) O jogo cria a sociabilidade, o partilhar algo importante, conservando a sua
magia para além da duração do jogo.

Extraindo ideias-chaves dessas características, podemos afirmar que o jogo é


"toda a ação livre, desenvolvida dentro de certos limites de tempo e espaço, não fazendo
parte da vida ordinária e que, contendo algo de incerto, cria a ordem e estimula a
sociabilização". (OLIVEIRA, 2004, p. 33).
Jogos Populares - Quando localizamos um jogo que está muito enraizado numa
determinada região e os habitantes do lugar os praticam habitualmente, quer seja no
conjunto (diferentes idades e gêneros) ou em setores específicos da população (por
exemplo, crianças e idosos), podemos denominar esse jogo de popular. Neste caso,
popular tem o sentido de pertencente ao povo, às pessoas do lugar, que – com suas
características, crenças e estilos de vida locais – o têm incorporado a seu cotidiano
(LAVEGA BURGUÉS, 2000, p. 31).
Jogos Tradicionais - Aqueles jogos que são praticados desde sempre, que as
pessoas mais velhas recordam desde o tempo de infância. São práticas que têm se
mantido ao longo dos anos e, portanto, têm sido transmitidas entre as distintas gerações.
Os jogos tradicionais fazem parte de um processo de transmissão cultural que tem
continuidade ao longo de um determinado período histórico. Ainda que não sejam mais
praticados hoje em dia e tenham se perdido no tempo (LAVEGA BURGUÉS, 2000, p.
31).
Jogos Desportivos - São aqueles em que sua função é orientar para a prática de
determinada modalidade esportiva, trabalhando em seu princípio atividades que
desenvolvam habilidades básicas para a prática do desporto. Essas habilidades
compreendem as capacidades corporais básicas, desde uma simples corrida a um salto
em distância. Logo os Jogos Desportivos têm a capacidade de englobar os fundamentos
básicos das modalidades esportivas de forma simples que permite ao praticante
aprender de forma simplificada tais fundamentos. Algumas habilidades básicas de
fundamentos das modalidades esportivas que são trabalhados nestes jogos:
 Corridas
 Saltos
 Quedas
 Arremessos
 Chutes, entre outras.
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ESPORTE

Praticado pelo homem desde as mais remotas épocas, o esporte tem suas raízes
etimológicas no francês desport, que os ingleses alteraram para sport. O termo tinha,
então, a conotação de prazer, divertimento, descanso. E, apesar das diversas nuances
que o esporte assumiu ao longo do nosso século, as pessoas continuam fiéis ao seu
sentido original. Até hoje, por exemplo, quando se pretende manifestar algum
descompromisso, diz-se que se fez alguma coisa por esporte.
Manifestação da cultura corporal de movimento, orientada pela comparação de
um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos (adversários); regida por um
conjunto de regras institucionalizadas por organizações (associações, federações e
confederações esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o
desenvolvimento da modalidade em todos os níveis de competição.
Para o pensador Georges Magnane que, em busca de uma definição para o
esporte, considera-o "uma atividade de lazer cuja predominância é o esforço físico,
participando simultaneamente do jogo e do trabalho, praticada de maneira competitiva,
comportando regulamentos e instituições específicas, e suscetível de transformar-se em
atividade profissional". Um outro aspecto importante é a preocupação com o rendimento.
Coubertin já afirmava ser o esporte "o culto voluntário e habitual do esforço muscular
intensivo, apoiado no desejo de progresso e podendo ir até o risco". O próprio lema
olímpico revela a busca do rendimento máximo como um objeto primordial: Citius, Altius,
Fortius (mais veloz, mais alto, mais forte).

De acordo com Tubino (2010) p. 42, o movimento esportivo é organizado em três


esferas:
a) Esporte-Educação (voltado para a formação da cidadania) está dividido em:
Esporte Educacional e Esporte Escolar.
O Esporte Educacional, também chamado de Esporte na Escola, pode ser
oferecido também para crianças e adolescentes fora da escola (comunidades em estado
de carência, por exemplo). O Esporte Educacional, deve estar referenciado nos
princípios da: inclusão, participação, cooperação, co-educação e corresponsabilidade.
O Esporte Escolar e praticado por jovens com algum talento para a prática
esportiva. O Esporte Escolar, embora compreenda competições entre escolas, não
prescinde de formação para a cidadania, como uma manifestação do Esporte Educação.
O Esporte Escolar esta referenciado nos princípios do Desenvolvimento Esportivo e do
Desenvolvimento do Espírito Esportivo. O Espírito Esportivo e mais do que “Fair-play”,
pois compreende também a determinação em enfrentar desafios e outras qualidades
morais importantes.
b) Esporte-Lazer, também conhecido como Esporte Popular, praticado de forma
espontânea, tem relações com a Saúde e as regras. Estas podem ser oficiais, adaptadas
ou até criadas, pois são estabelecidas entre os participantes. O Esporte-Lazer, que
também e conhecido como Esporte Comunitário, Esporte-Ócio, Esporte-Participação ou
Esporte do Tempo Livre, tem como princípios: a participação, o prazer e a inclusão.
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c) Esporte de Desempenho, conhecido também como Esporte de Competição,


Esporte-Performance e Esporte Institucionalizado, e aquele praticado obedecendo a
códigos e regras estabelecidos por entidades internacionais. Objetiva resultados, vitórias,
recordes, títulos esportivos, projeções na mídia e prêmios financeiros. A ética deve ser
uma referencia nas competições e nos treinamentos. Os dois princípios do Esporte de
Desempenho são: a Superação e o Desenvolvimento Esportivo. Convém esclarecer que
o Esporte de Desempenho pode ser: de Rendimento ou de Alto Rendimento (Alta
Competição, Alto Nível etc.). Os princípios para essas duas manifestações do Esporte de
desempenho são comuns.

Sugestões de vídeos sobre esporte:

(O esporte ao longo da vida).

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6813

(O esporte e lazer).

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6762

(O esporte como fator de inclusão).

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=6772

CAPÍTULO 3
DANÇA E RITMOS

Uma ação que traz uma sensação de alegria, de poder, de euforia interna e,
principalmente, da superação dos limites dos seus movimentos. Algumas pessoas não se
importam com o passo correto ou errado e fazem do ato de dançar uma explosão de
emoção e ritmo que comove quem assiste. (BARRETO, 2008, p.1)

A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e


ritmos, criando uma harmonia própria.
Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os
movimentos podem acontecer independente do som que se ouve, e até mesmo sem ele.
A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na pré-história,
quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade
aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as
mãos, através das palmas.
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, onde
as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros
registros dessas danças mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois mil anos
antes de Cristo.
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Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia,


em virtude das comemorações aos jogos olímpicos.
O Japão preservou o caráter religioso das danças, onde as mesmas são feitas até
hoje, nas cerimônias dos tempos primitivos.
Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao
deus Baco (deus do vinho), onde dançava-se em festas.
Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que
estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito.
Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos
teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura.
No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, onde cada localidade
apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares,
como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos
mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo
musical e, consequentemente, os ritmos das danças.
Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram
se difundindo.
O maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois através das danças vindas
dos negros, dos índios e dos europeus esses ritmos se originaram.
Segundo Capri e Finck (2009), a dança pode ser praticada de diferentes formas,
lúdica, recreativa, enquanto arte, estando presente em: academias, comemorações,
festivais religiosos ou folclóricos, e é na variação de intenção do dançarino ou bailarino,
que está presente a diferenciação entre essas formas, quando objetiva principalmente o
entretenimento, ela pode ser chamada de recreativa, quando ressalta as formas e
desenhos com cuidados de um artista, ela direciona-se para a arte, não é que cada
dança tenha apenas um dessas determinadas características, por vezes acontece uma
integração entre esses elementos com o predomínio de algum.
Encontra-se ainda referência à dança educativa, que como o próprio nome indica
é a dança voltada para a educação, presente em escolas e que não tem como objetivo a
formação de bailarinos, mas sim a proposta de um mecanismo educativo através da
dança. Todavia, essa denominação não faz muito sentido, pois de acordo com
Strazzacappa (2001) toda dança é educativa.

Estilos de dança: Tipos

Quem nunca se movimentou com o toque de uma música ou de um som? Difícil


alguém não ter dado uma reboladinha se quer, não é?
Pois é, então você deve ter dançado algum tipo de dança. As danças têm os seus
mais variados estilos, são tantos pelo fato de terem surgido cada uma em um local ou
cultura diferente.
São ritmos lentos, agitados, contemporâneos, dançados individualmente, com
parceiro, em grupo, casal, etc. os tipos de dança se dividem categorias como: de salão,
populares, contemporânea e de apresentação.
Alguns ritmos são originários do Brasil, como por exemplo, o xaxado, muito
conhecido no nordeste do país. Também o frevo e o axé, característicos no carnaval
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brasileiro, a maior festa popular, danças que envolvem bastante coreografia individual,
passos rápidos. Também um ritmo conhecido principalmente no norte do país.
Já o sertanejo e pagode são ritmos bastante presente no centro oeste e sudeste,
que atualmente vem recebendo um grande destaque, principalmente o sertanejo
universitário, que é um sucesso em todo o país.
A dança é realmente contagiosa, dependendo do ritmo você nem precisa ficar
horas na academia, é uma boa dica para entrar em forma, sem aquela monotonia, o
corpo com certeza vai ficar bem definido, além de outros benefícios, como até mesmo o
ganho da flexibilidade.
Abaixo você confere os ritmos de dança mais característico dos brasileiros. Vale a
pena conhecer um pouquinho mais de cada um. Com certeza você vai encontrar a sua
dança preferida.
• Tango, • Lambada,
• Frevo, • Cancan,
• Ballet, • Hula,
• Dança do ventre, • Sapateado,
• Break, • Dança de rua,
• Forró, • Flamenco,
• Vanerão, • Quadrilha,
• Country, • Bolero,
• Rock, • Pagode,
• Funk, • Hip Hop,
• Valsa, • Jongo.

A dança na Educação Física

Existem diferentes jeitos de se trabalhar um mesmo conteúdo em Educação


Física, pode-se trabalhar numa perspectiva mais lúdica, ou enfatizando o gesto técnico,
pode-se introduzir a repetição ou inspirar a criação nos alunos, isso depende
principalmente do enfoque que o professor dá nas suas aulas. Contudo, relata-se na
literatura um despreparo para transcender no ensino de determinados conteúdos.
[…] o que se percebe além da falta de preparo nos bancos universitários para atuação
com conteúdos “rítmicos expressivos”, é a falta de conhecimento individual como ser -
humano que sente, pensa e se expressa além do gesto técnico e linguagem verbal. Este
conhecimento de comunicação corporal expressiva não é estimulado [...]. (CAPRI e
FINCK, 2009).

Pelas palavras de Capri e Finck (2009), está claro que existem professores de
Educação Física que não estão preparados para trabalharem com dança, devido à
ausência de uma formação para tal, o que reflete nos conteúdos abordados (ou não) em
suas aulas. Já me disseram que falta interesse em trabalhar os conteúdos da Educação
Física pelos professores, por outro lado Strazzacappa (2001) encontrou em seus estudos
relatos opostos a esse possível argumento, dos alunos do curso de graduação em
Educação Física, pois eles demonstraram interesses em trabalhar a dança.
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RÍTMOS

Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento
regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida.
Nas artes, como na vida, o ritmo está presente. Vemos isso na música e no
poema. Temos a nos reger vários ritmos biológicos que estão sujeitas a evoluções
rítmicas como o dos batimentos cardíacos, da respiração, do sono e vigília etc. Até no
andar temos um ritmo próprio.

Conceito: Ritmo é o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenômeno repetitivo,


mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado à música, à
dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração
de sons com o tempo. Quando se rege por regras, chama-se métrica. O estudo do ritmo,
entoação e intensidade do discurso chama-se prosódia e é um tópico pertencente à
linguística. Na música, todos os instrumentistas lidam com o ritmo, mas é frequentemente
encarado como o domínio principal dos bateristas e percussionistas.

O ritmo pode ser individual (ritmo próprio), grupal (caracterizado muito bem pela
dança, o nado sincronizado e por uma série de atividades por equipe), mecânico
(uniforme, que não varia), disciplinado (condicionamento de um ritmo predeterminado),
natural (ritmo biológico), espontâneo (realizado livremente) e refletido (reflexão sobre a
temática realizada), todas estas variações de ritmo podem ser trabalhadas na escola com
diferentes atividades. O ritmo é a pulsação da música. Sem ritmo não há música.

Em dança, o ritmo é intencional, obedece a uma escolha do dançarino. […] o


ritmo organiza o fluxo de energia do movimento através do tempo e do espaço,
instituindo relações de ordem e proporção de quantidade e qualidade e de periodicidade
entre as estruturas dinâmicos temporais do movimento (DANTAS, 1999, p.19)

Para Capri e Finck (2009) utiliza-se do termo 'atividades rítmicas' tanto em


escolas quanto em academias, para facilitar a aceitação e minimizar as impressões das
pessoas que consideram a dança como prática feminina.

Mendes (1985) relaciona a dança e o ritmo; dizendo que o ritmo interno ou


externo seria o ponto de partida, o momento mais recuado da dança; atividade essa que
se desenrola num espaço e num tempo determinado, cuja configuração é o ritmo.

Ao relacionar o ritmo com a dança o autor ainda não explica o que vem a ser o
ritmo e também sua composição, ele apresenta que há tempo e espaço envolvidos,
porém não explica como estas estruturas físicas ocorrem no ritmo. Se nos pautarmos na
explicação apresentada pelo autor sobre o que vem a ser ritmo será que estaremos
ensinado ritmo aos nossos estudantes?

Caracterizar uma união do ritmo e da dança, e apontando o ritmo interno e


externo como ponto de partida fica vago, já a questão apresentada sobre a dança em um
espaço e tempo determinado já mostra algumas propriedades do ritmo, porém ainda
entendemos como insuficiente para a compreensão do mesmo e de sua composição.
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Para Le Boulch (1983), o movimento humano desenrola-se simultaneamente no


espaço e no tempo. O movimento humano representa um todo que tem uma organização
interna e é caracterizado por sua duração, ou seja, o movimento acontece num
determinado tempo e espaço.

Observando o corpo humano (entendido como uma unidade, corpo e mente


inseparáveis), com relação as suas possibilidades de movimentar-se no espaço, pode-se
ver que ele não se desloca em bloco, com um movimento único, mas sim, de uma
maneira descontínua, por meio da execução de uma série de apoios que constituem
divisões naturais do movimento. Vários segmentos entram em cena na ação de um
movimento, realizando um trabalho global, porém com subdivisões, que ocorrem ao
mesmo tempo.

Em sua busca de definição, Le Boulch (1983) considera o ritmo como uma


organização ou estruturação de fenômenos que se desenrolam no tempo. A organização
do tempo pode apresentar dois níveis de significação diferentes: o nível da percepção
imediata e o nível da representação mental; sendo que a criança só alcança o segundo
nível "mais tarde", pelo fato de ocorrer em função da evolução da sua inteligência,

CAPÍTULO 4
CONHECIMENTO SOBRE O CORPO E CORPOREIDADE
O corpo vem sendo estudado a partir de diferentes práticas como: da medicina
esportiva; da genética e hoje da medicina moderna, a biotecnologia, com vista à
possibilidade exploratória para o consumo. A mídia contribui bastante nesse processo,
determinando qual o estereótipo de corpo que deve predominar na sociedade, ditando
valores, costumes e padrões de beleza. Os indivíduos envolvidos pelos apelos da mídia
começam a perder a noção da sua essência significativa no mundo na busca por esse
ideal de beleza. Aqueles que não podem se sujeitar aos apelos do consumo, muitas
vezes, entra num estado de angustia, de baixa autoestima.

O narcisismo tornou-se uma neurose coletiva, como “opção por um eixo


civilizatório identificado por um etnocentrismo exacerbado, quanto do ponto de vista
individual, com uma preocupação excessiva consigo mesmo, dada a busca pela
identidade, tendo o desenvolvimento das tecnologias do corpo como um estado de
culminância desse processo” (SILVA, 2001, p. 83-84).

Nesses termos, o indivíduo não compreende aquilo que lhe é ou não inerente. A
artificialidade do corpo é o caminho para o seu bem estar, os “cuidados” com o corpo
torna-se uma exigência, com isso, o mercado de produtos e serviços para atender as
perspectivas do corpo “perfeito”, vão se expandindo. É através do corpo estetizado,
remodelado pelas cirurgias plásticas, pelos implantes de silicone que os sujeitos se
realizam. A racionalidade moderna impõe aos indivíduos à incorporação lógica da
máquina, ignora a essência humana e aponta para uma desvalorização dos aspectos
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emocionais. “Vivemos uma cultura que desvaloriza as emoções, e não vemos o


entrelaçamento cotidiano entre razão e emoção, que constitui nosso viver humano”
(MATURANA, 1998, p.15).

UM NOVO OLHAR SOBRE O CORPO

Dessas considerações, afirma-se cada vez mais a necessidade de uma


fenomenologia do corpo que se funda pela essência do ser no mundo como forma de
mediar seus conflitos e na contribuição que tem o jogo estésico das experiências vividas,
apontando-se para um (re) pensar esse corpo e suas atitudes perante o consumismo,
pois se chega o momento certo de se apropriar do eu, tornando-se ator de sua própria
história encarnada nessa metamorfose transfigurada pela autonomia desse repensar.
Assim sendo, proclama-se esse novo olhar que partiu de um corpo estetizado e tatuado
de forma objetiva para um corpo elaborado pela autonomia do viver que se configura
pelos códigos da sensibilidade perceptiva.

A busca por uma compreensão do corpo além da visão dualista que


historicamente delegou ao corpo a condição de instrumento em relação à mente e/ou
alma, aponta o estudo da corporeidade como concepção que restitui a unidade corpórea,
ou seja, a relação do corpo com o mundo e a indivisibilidade corpo- mente-alma.

A partir do conceito de corporeidade é possível entender o corpo como possuidor


de uma singularidade que somente se compreende na pluralidade da existência de
outros corpos, e que é capaz de gerar conhecimento, autogerando-se, a cada momento,
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a partir da inevitabilidade da coexistência entre a sensibilidade e a razão. Assim, a


corporeidade desvela o corpo em sua essência existencial complexa. Restitui a este a
sua capacidade de gerar conhecimento, de reconhecer-se como sujeito da percepção,
sendo ao mesmo tempo objeto percebido por outros corpos, numa época (século XX) em
que a predominância do racionalismo ainda se faz presente (PORPINO, 2006, p. 63).

O CONCEITO DE CORPOREIDADE

Corporeidade é a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como


instrumento relacional com o mundo.

O corpo é movido por intenções provenientes da mente. As intenções


manifestam-se através do corpo, que interage com o mundo, que dá uma resposta para
o corpo, que informa a mente através de seus órgãos sensoriais, que, analisando as
respostas obtidas do ambiente, muda ou reafirma suas intenções, utilizando o corpo para
novas manifestações.

A esta capacidade de o indivíduo sentir e utilizar o corpo como ferramenta de


manifestação e interação com o mundo chamamos de corporeidade.

A corporeidade do indivíduo evolui com a idade. É lógico que a corporeidade do


recém-nascido é totalmente diferente daquela da criança de dez anos, do adulto ou do
velho de oitenta anos; a do homem é diferente da mulher; como a do indivíduo doente o
é da que possui quando sadio.

Durante a evolução da criança, a qualidade da corporeidade é um dos principais


determinantes da estruturação neuropsicomotora. Por outro lado, a estruturação corporal
na mente da criança é fundamental para o desenvolvimento do próprio corpo como
organismo físico. Crianças privadas de adequado relacionamento corporal com o mundo
tendem a ter desenvolvimento físico atrasado em relação às demais (o que chamamos
em clínica de nanismo psicoafetivo).

A qualidade da corporeidade depende, como em todas as funções neurológicas,


da qualidade e desenvolvimento das relações neuroniais estabelecidas entre as áreas
sensoriais e motoras do cérebro. Estas relações, a maioria estabelecida durante a
primeira infância, desenvolvem-se através do treinamento corporal. Para ilustrar a que
ponto o ser humano pode desenvolver a corporeidade, basta observar um grande
dançarino de balé, um ginasta olímpico ou um campeão de judô. Nem é preciso dizer
que, quanto mais cedo na vida do indivíduo as atividades forem treinadas, melhor será a
performance. Mais adiante, demonstrarei algumas técnicas simples para o
desenvolvimento dos diversos aspectos da corporeidade, em cada período da primeira
infância.

EDUCAÇÃO FÍSICA E O CORPO

A Educação Física está relacionada à corporeidade e ao movimento do ser


humano, ou seja, na intencionalidade do homem de um ser corpóreo e motriz, tendo
como abrangências as diversas formas de atividades físicas, por exemplo, as ginásticas
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em geral, os jogos e as manifestações rítmicas, que incluem diversos tipos de danças, e


os esportes em geral (GONÇALVES, 2012).

Essas formas de atividades físicas representam a cultura ou os fenômenos


culturais de determinada região ou sociedade, e isso corresponde a uma apropriação
pelo sujeito ou pelo homem, integrando a sua história, ao ser uma realidade sócio-
histórica pertencente ao processo de formação da história da humanidade.

Por conseguinte, a Educação Física tem de tratar o conceito de corpo-objeto para


o corpo-sujeito, aquele que apresenta uma intencionalidade, o que irá caracterizar a
corporeidade, como apresentado na ideia de Merleau-Ponty (MOREIRA; SIMÕES, 2013).

Diferentes discussões envolvem a corporeidade, em diversas perspectivas


teóricas que têm o objetivo de restabelecer a relação entre o corpo e a mente, ou seja, a
corporeidade se apresenta como uma proposta de superar a visão mecanicista ou a
dicotomia fragmentadora de uma unidade do ser humano.

Dessa forma, o movimento passa a ser o reflexo ou a intencionalidade de um


corpo com dimensões indissociáveis na constituição do sujeito (JOÃO; BRITO, 2004).

Mesmo por meio da ciência, na tentativa de compreensão do ser humano em


suas diversas facetas, ele como um ser no mundo, que necessita ter o seu
relacionamento com o meio em que se desenvolve para que lhe confira um significado,
dentro da Educação Física, ainda se discute a abordagem de que o corpo é tratado com
uma máquina de reprodução de movimentos preestabelecidos e determinados, muitas
vezes chamados de técnicas, retratando um mecanizado.

Essa visão de corpo-objeto pode ser encontrada em conceitos estéticos das


sociedades modernas, em que se tem um padrão a ser seguido na questão corporal
segundo um modelo preestabelecido, por exemplo: se estão faltando seios, implanta-se
organismos não pertencentes ao corpo; falta volume nas nádegas, também se implanta,
tratando o corpo como um objeto passível de manipulação em busca de uma beleza
padronizada (MOREIRA; SIMÕES, 2013).

O corpo-objeto participa de um mundo objetivo de trocas, e a sua realidade é


determinada pelos interesses de um sistema social, uma vez que sua divisão possibilita
ao corpo transformar-se em um objeto, uma mercadoria, que obedecerá a uma lógica de
sistema. Logo, o corpo nunca será real, mas haverá modelos em que a realidade
corporal deverá se ajustar com as suas transições e mudanças.

Segundo Melani (2011), esses modelos instigam e forçam o consumo de bens do


corpo real para se atingir o corpo ideal, porém são normalmente inatingíveis, gerando um
fracasso e, consequentemente, uma angústia.

Deste modo, o corpo-máquina ou corpo-objeto é conhecido e trabalhado em seus


mínimos detalhes e “mecanismos”, manipulando suas partes, ajustando, moldando e
ditando seu funcionamento. Por isso está relacionado à Educação Física com uma
abordagem mais biológica, pertinente à manutenção da saúde corporal, à conquista de
14

aptidão física, que está envolvida com o desenvolvimento de capacidades físicas,


habilidades motoras e desempenho esportivo (GONÇALVES, 2012).

Por exemplo, correr em volta da quadra, realizar movimentos preestabelecidos de


alongamento sem saber o motivo e quais as funções desse movimento em processo
repetitivo, em alguns casos até a exaustão, e, quando não se consegue obter os
resultados esperados, apela-se para o uso de anabolizantes com o intuito de passar o
limite imposto pelo corpo (MOREIRA; SIMÕES, 2013).
É o corpo-máquina, por isso mesmo acrítico, que busca, nas academias de ginásticas –
templos modernos de adoração ao corpo – modelar a massa muscular, espelhado em
“Rambos” ou em atrizes e modelos famosos (MOREIRA; SIMÕES, 2013, p. 99).

Tem-se na concepção de corpo-máquina as ideias desenvolvidas de um corpo


dócil, um objeto de poder, pois pode ser manipulado, modelado, treinado, sendo o
homem passivo perante o mundo real, e o ato de se obter conhecimento é uma mera
adequação à realidade vivente, ou seja, um conformismo.

Assim, traz a ideia de um corpo-mercadoria, um corpo que pode ser comprado,


modificado e trocado de acordo com ondas de modismos da cultura social vigente,
relacionada com o capitalismo de consumo exagerado e desenfreado. Isso pode ser
observado em diversas ações de marketing para padrões e expressões corporais da
“atualidade” que têm resultado econômico extremamente vantajoso para quem controla
as tendências vendendo ideias distorcidas (MORAIS, 2008).

Essa ideia de corpo-mercadoria, que vive de conceitos e padrões


preestabelecidos pela cultura social vigente, como visto anteriormente, pode afetar o
corpo e a corporeidade dos indivíduos de uma maneira danosa e prejudicial. Segundo
Saikali et al. (2004), as questões culturais que determinam as normas sociais de
relacionamento com o corpo, ditando práticas de beleza, manipulação e mutilação, têm
um significado superficial e simbólico.

De acordo com Saikali et al. (2004), o conceito de autoimagem ou imagem


corporal envolve três componentes:

• Perceptivo: relacionado à forma precisa da aparência física, que envolve


estimativa do tamanho e do peso corporal.

• Subjetivo: relacionado à satisfação da aparência, associado à preocupação e à


ansiedade.

• Comportamental: relacionado a situações de fuga pelo indivíduo, por ter


momentos de desconforto ligados à aparência corporal.

Portanto, corporeidade é um conceito aberto, que requer compromisso com a existência.


Conceber, perceber, viver e conhecer o corpo na Educação Física, individual e
coletivamente, tendo como regra de qualificação do gênero humano.
15

CAPÍTULO 5
SAÚDE E NUTRIÇÃO
(A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL)

Os principais nutrientes presentes nos alimentos


Nutrientes são substâncias que formam e
compõem os alimentos. Desempenham no
organismo funções como produção de energia
(glicídios, lipídeos e proteínas), construção de
tecidos (proteínas), além disso, os minerais e a
água, junto às vitaminas, têm ação reguladora de
funções orgânicas. A seguir, vamos descrever as
principais características desses nutrientes.
Os glicídios ou carboidratos são nutrientes combustíveis do nosso corpo, pois
produzem energia e calor, efetuando todos os processos biológicos. Estão presentes em
abundância na alimentação e podem ser armazenados pelo organismo, podendo ser
utilizados quando houver necessidade. Podem ser encontrados no açúcar, farinhas
(pães, macarrão), batata, cereais, leguminosas, vegetais, frutas e arroz. Todo carboidrato
depois de ingerido é transformado em glicose. A glicose sanguínea mantém o cérebro e
o organismo em funcionamento.

O índice glicêmico dos alimentos é uma medida numérica que indica como um
carboidrato eleva o açúcar do sangue circulante. Uma refeição que contenha alimentos
de alto índice glicêmico eleva rapidamente a concentração de açúcar no sangue.
Portanto, esses alimentos devem ser consumidos durante e depois de uma atividade
física. Os alimentos de baixo índice glicêmico devem ser consumidos antes das
atividades físicas de longa duração, em caso de diabetes e regime para emagrecimento,
pois possuem uma ação lenta na elevação da glicose sanguínea.

Exemplos:
• Alimentos de baixo índice glicêmico: leite com chocolate, linguiça, pão de aveia, iogurte.
• Alimentos de médio índice glicêmico: maçã, banana, beterraba, abacaxi, pipoca.
• Alimentos de alto índice glicêmico: pão de forma branco, batata, açúcar, melancia,
mandioca, bolacha maisena.
As proteínas são indispensáveis ao ser humano, e são formadas por 20
aminoácidos, dos quais:
• 9 são chamados de essenciais (que precisam ser adquiridos através da alimentação,
pois nosso organismo não consegue sintetizá-los).
• 11 são chamados de não-essenciais (pois o organismo é capaz de sintetizá-los).
16

As principais fontes de proteínas são: carnes em geral, aves, peixes, leite e seus
derivados (queijo, iogurte), ovos e leguminosas. As proteínas são necessárias ao longo
da vida, tendo grande importância durante o crescimento, gestação, amamentação e
adolescência.
Os lipídeos ou gorduras são alimentos combustíveis que além de servirem como
transportadores de algumas vitaminas também protegem os órgãos contra choques e
são isolante do frio. O excesso é armazenado sob a forma de tecido adiposo. A gordura,
quando ingerida, produz sensação de saciedade e prazer, porém devemos consumir as
gorduras em pequenas quantidades.
Os lipídeos são classificados como: - Insaturados: polinsaturados e
monoinsaturados. - Saturados.
Os poli ou monoinsaturados são de origem vegetal, como margarina, óleo
vegetal, azeite, sementes oleaginosas (amêndoas, nozes, castanhas), e sem excesso
fazem bem à saúde. Alguns polinsaturados como ômega -3 e ômega-6 também são
encontrados em peixes de água fria, como salmão e sardinha.
Os saturados não são benéficos à saúde, devendo ser consumidos com
moderação ou mesmo ter seu consumo evitado. São eles: carnes gordurosas (cupim,
costela), frango com pele, manteiga, queijos amarelos, bacon, embutidos (salame,
mortadela, presunto, linguiça), maionese, creme de leite, chantili e banha. As vitaminas e
minerais auxiliam todas as reações e funções que ocorrem no organismo, ou seja, sem
elas o corpo não consegue absorver, formar, transportar outros nutrientes. São
conhecidas como micronutrientes por serem necessários em menor quantidade pelo
organismo.
Geralmente, uma alimentação variada garante quantidades adequadas de
vitaminas.
17

CUIDADOS NA MANIPULAÇÃO E PREPARO


DOS ALIMENTOS

Para garantirmos que os alimentos que vamos consumir não estejam contaminados,
devemos tomar alguns cuidados muito importantes:

1- Usar somente água potável: A água usada para beber, cozinhar, fazer gelo, cozinhar
e lavar frutas e verduras deve ser sempre potável. Nunca beba água que não seja
potável!

2- Fazer periodicamente o controle de pragas: As pragas como baratas, moscas,


ratos, além de pássaros, gatos e outros animais devem ser eliminados do local onde se
manipula alimentos. Para controlá-los, manter o local sempre limpo, evitar deixar restos
de alimentos no chão, eliminar frestas e azulejos quebrados e manter latas de lixo
tampadas.

3 - Ter bons hábitos de higiene pessoal:


a) Tomar banho e trocar de roupa todos os dias;
b) Lavar a cabeça pelo menos 3 vezes por semana, pois os cabelos podem conter
microrganismos existentes no ar. Para retirar esses microrganismos, os cabelos devem
ser lavados com água e xampu;
c) Escovar os dentes após cada refeição, retirando os resíduos dos alimentos que ficam
nos dentes, evitando assim a multiplicação das bactérias que ficam na boca. Na nossa
boca, nariz e garganta existem microrganismos perigosos, chamados estafilococos, que
podem contaminar os alimentos;
d) Manter as unhas curtas, limpas e sem esmalte. Esse é um dos locais preferidos pelos
microrganismos;
e) Manter o cabelo preso ao manipular alimentos, evitando que caia algum fio sobre o
alimento que será servido;
f) Lavar as mãos com água e sabão sempre, e desinfetá-la com álcool-gel ou outra
substância desinfetante, quando necessário;
g) Quando for manipular alimentos, lavar os braços até a altura dos cotovelos.

4 - Cortes e ferimentos devem ser cobertos com curativo especial por conterem uma
carga maior de micro-organismos.

5 - Não provar alimentos com talheres e colocá-los de novo na panela sem antes lavá-
los.

6 - Não utilizar joias e bijuterias, pois estes são um esconderijo para microorganismos,
além do perigo de caírem nos alimentos, causando uma contaminação física, podem
causar engasgamento ou até quebrar um dente.

7 - Manter o ambiente sempre limpo:


a) Manter sempre limpo o piso, pia e bancadas da cozinha. Lavar sempre com água e
sabão, enxaguando bem;
b) Os utensílios devem ser guardados em local limpo e seco e devem ficar protegidos de
poeira e insetos;
c) Se o utensílio cair no chão, lave com água e sabão antes de reutilizá-lo;
d) Evitar colher e tábua de madeira por serem muito porosos (fácil de abrigar micro-
organismos);
18

e) Remover o lixo sempre e devidamente ensacado.

8 - Alguns cuidados extras devem ser tomados:


a) Lavar com água e sabão as latas antes de abri-las;
b) Manipular produtos cárneos em temperatura ambiente, por no máximo 30 minutos;
c) Lavar os ovos antes de utilizá-los;
d) Lavar frutas, legumes e hortaliças em água corrente;
e) Não manipular vários tipos de alimentos juntos, principalmente cozidos com crus, pois
um alimento pode contaminar o outro.

9 - Antes de consumir as hortaliças cruas deve-se:


a) Selecionar as folhas retirando manchas,
b) Lavar em água corrente uma a uma,
c) Imergir em solução clorada por 15 minutos (1 colher de sopa de cloro a 2,5% para
cada 1 litro de água),
d) Enxaguar bem as folhas,
e) Após a imersão de cloro, pode-se deixar as folhas em solução de vinagre por 5
minutos (1 colher de sopa de vinagre para cada 1 litro de agua),
f) Enxaguar bem as folhas. A solução de cloro é tóxica a uma boa parte dos
microrganismos e, portanto, os elimina. A solução de vinagre não mata microrganismos,
mas faz com que os ovos de larvas, insetos ou lagartas presentes se soltem das folhas
durante a lavagem em água corrente.

10 - Alguns cuidados também devem ser tomados durante a estocagem e utilização


dos alimentos:
a) Os alimentos devem ser armazenados de acordo com a especificação do
fabricante;
b) Nunca armazenar alimentos perto de produtos de limpeza para evitar a
contaminação química;
c) Armazenar os alimentos bem tampados;
d) Não armazenar produto aberto dentro de latas, transferindo sempre para recipiente
de vidro ou plástico;
e) Ficar atento ao prazo de validade dos alimentos.

11 - Qualquer alimento pode ser guardado quente na geladeira. Recomenda-se esperar


sair o vapor, para evitar a condensação de água na geladeira.
12 - Nunca guarde ou trabalhe com o alimento cru perto do cozido, evitando assim a
contaminação cruzada.

13 - Sempre observe o estado das embalagens antes de comprar o alimento.


As embalagens não devem estar: amassadas, enferrujadas, estufadas, com espuma,
apresentando vazamento, trincadas, rasgadas ou sem rótulo. Embalagens amassadas
ou danificadas devem ser descartadas, pois nessas regiões encontram-se pequenas
“portas” de entrada para microrganismos que podem estragar o produto. Embalagens
estufadas ou com espuma são um sinal de que o produto já está estragado ou
contaminado. O estufamento é um indicador de que microrganismos patogênicos (que
causam doença) ou deterioradores (que estragam o alimento) entraram em contato com
o alimento. Embalagens de plástico rasgadas são um indicador de que insetos ou
roedores entraram em contato com o produto.
14 - Não utilizar alimentos com cheiro ou aspecto diferente do estado normal do alimento.
19

O CUIDADO NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS É


RESPONSABILIDADE DE TODOS, E É ESSENCIAL PARA BOA PRESERVAÇÃO
DOS ALIMENTOS!

PRINCIPAIS NUTRIENTES DE CADA GRUPO ALIMENTAR


- Pães, arroz, cereais, massas: carboidratos complexos (vitaminas do complexo B e
fibras);
- Hortaliças e vegetais (vitamina A, vitamina C, folato, ferro, fibras);
- Frutas; (vitamina A, vitamina C, potássio, folato, ferro, fibras);
- Leite, iogurtes e queijos (cálcio, proteína, vitamina A, vitamina D);
- Carnes, aves, peixes, ovos, feijão, nozes; (ferro, zinco, vitaminas do complexo B,
proteínas);
- Gorduras, óleos e açúcares; (vitamina E, ácidos graxos essenciais, carboidratos,
porém são ricos em calorias e devem ser utilizados esporadicamente).

CONHECENDO OS NUTRIENTES E SUAS AÇÕES:


A importância de uma alimentação equilibrada com uma ingestão correta dos
alimentos com propriedades fundamentais para a nutrição do nosso corpo deve ser
observada em todas as idades, desde o nascimento até a velhice. Sabendo disso o
conhecimento dos nutrientes deve ser compreendido por todos para que possamos
coloca-los na nossa dieta diária, sabendo o que cada um tem a proporcionar para nosso
organismo e seus benefícios para nossa saúde.
Temos em nossa alimentação os seguintes nutrientes: as proteínas, os
carboidratos, os lipídios, as vitaminas e minerais. Cada um deles tendo sua importância e
seu fator nutricional bem definidos dentro de uma dieta saudável.

PROTEÍNAS
As proteínas estão amplamente distribuídas na natureza, mas poucos alimentos
contêm proteínas com todos os aminoácidos essenciais, como as proteínas do ovo e do
leite utilizadas como referência. Alimentos de origem animal, como carnes, aves, peixes,
leite, queijo e ovo, possuem proteínas de boa qualidade, suficiente para serem
consideradas as melhores fontes de aminoácidos essenciais.

CARBOIDRATOS
A maior parte dos carboidratos da dieta é proveniente de alimentos de origem
vegetal. A única exceção é a lactose, dissacarídeo que ocorre no leite e seus derivados.
A frutose está presente em grandes quantidades em frutas e no mel. Os três açúcares
duplos (dissacarídeos) que são comuns na alimentação: sacarose, lactose e maltose. A
sacarose é o açúcar comum de mesa e o mais disseminado na natureza sendo
encontrado em todos os vegetais que efetuam a fotossíntese e é obtida industrialmente
da cana-de-açúcar da beterraba.
Quando o amido é hidrolisado pela enzima diastase, um produto é a maltose. A
maior fonte de maltose é a de grãos em germinação. O amido em grãos se rompe
durante a germinação formando a maltose. Isso ocorre antes dos grãos serem usados na
fabricação da cerveja. No processo de produção da cerveja ocorre a mudança de
maltose em “malte”, que é mais fácil de ser metabolizado do que o amido original no
grão. São poucas as fontes de maltose em nossa dieta. Assim, a maltose possui papel
significativo como produto intermediário da digestão do amido. O amido ocorre como
grânulos microscópicos nas raízes, nos tubérculos e nas sementes dos vegetais. As
maiores fontes de amido incluem milho, batata, trigo e arroz.
20

LIPÍDIOS
Os lipídios são fundamentais na alimentação para: transportar as vitaminas
lipossolúveis, fornecer a maior quantidade de calorias por grama, fornecer os ácidos
graxos essenciais etc. Os ácidos graxos essenciais são poliinsaturados e não podem ser
sintetizados pelo organismo humano, sendo obtidos a partir da alimentação. Os ácidos
graxos essenciais são o ácido linoléico e o ácido linolênico, mas há duvidas se o
linolênico é essencial.
Os ácidos graxos essenciais fazem parte da estrutura dos fosfolipídios que são
componentes importantes das membranas e da matriz estrutural de todas as células. O
ácido linoléico é comum na maioria dos óleos vegetais.

VITAMINAS E MINERAIS
Características básicas das vitaminas:
- São compostos orgânicos, os quais precisamos ingerir
em pequena quantidade.
- Não são utilizadas para propósitos estruturais ou
geração de energia.
- Em geral são co-fatores de enzimas.
- Exemplo: piruvato dehidrogenase: possui 5 co-fatores, 4
deles são vitaminas. Algumas Vitaminas: A, complexo B,
C, D, E, entre outras.

Os minerais também são elementos essenciais


para a vida. Precisamos de alguns deles em grandes quantidades e de outros em
quantidades extremamente reduzidas. Alguns minerais: Cálcio, Fósforo, Zinco, Magnésio
entre outros.
CAPÍTULO 6
CONCEITOS E TIPOS DE LAZER

DEFINIÇÃO DE LAZER

EDUCAÇÃO FÍSICA
Lazer – Definição e Tipos

Um dos conceitos de lazer pode ser o de se praticar alguma atividade prazerosa


durante um determinado tempo do dia. Essas atividades podem ser desde ler um livro,
ver TV, ouvir uma música, até dançar, fazer um cooper, jogar boliche, tênis…

O importante é que se pratique uma atividade de lazer ao, dia. Por quê? Em uma
sociedade onde a globalização chegou muito rápido e junto com ela a tecnologia, a
tendência de nós, seres humanos, é cada vez mais vivermos isolados e sozinhos, em
frente ao mais famoso e discutido invento do homem: o microcomputador. Nem que seja
durante uma hora, ou talvez, até minutos do dia, é necessário termos um momento em
que possamos sentir prazer e/ou diversão por alguma coisa.

Lazer e turismo na história


O lazer e o turismo são fenômenos que vêm ganhando um peso cada vez maior
no quotidiano da vida moderna. De elementos da vida aristocrática, reservados aos
21

integrantes do topo da pirâmide sócieconômica das sociedades pré-modernas, o lazer e


o turismo tornaram-se acessíveis a um público cada vez mais extenso, graças aos
processos de democratização ocidental (como a Revolução Francesa e a Revolução
Americana) e ao progresso tecnológico e organizacional, que aumentou a produtividade,
reduziu custos e as jornadas de trabalho e elevou o nível de recursos disponíveis para
consumo discricionário (inclusive de tempo) em mãos de camadas cada vez mais amplas
da sociedade.

No século XX, o lazer e o turismo tornaram-se atividades de massas, trazendo à


tona, assim, muitas oportunidades de novos negócios; e passaram a ser objeto de
investimentos e administração profissionais. Após a Segunda Guerra, atingiram um
patamar de crescimento que fez com que, do ponto de vista econômico, passassem a ser
considerados como “indústrias”. Atualmente a indústria e os serviços ligados ao lazer e
ao turismo estão entre os campeões de crescimento, alinhando-se seguramente entre os
mais promissores para o futuro.

DEFINIÇÃO DE LAZER
A definição mais conhecida de lazer é do sociólogo francês Dumazedier. Este
autor define lazer da seguinte maneira: “o lazer é um conjunto de ocupações às quais o
indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se,
recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação
desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após
livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”.

Mas atualmente, falam que:

O lazer tem sido, historicamente, uma atividade necessária ao desenvolvimento


bio-psíquico-social do homem; o lazer está relacionado à disponibilidade do tempo livre;
o lazer diz respeito mais diretamente às classes privilegiadas pela sua situação
sócieconômica; por fim, a prática do lazer é influenciada, sobretudo pelo Estado, na
medida em que este pode implementar políticas públicas para o setor, além de oferecer
espaços físicos necessários e adequados para a sua execução.

TIPOS DE LAZER

Lazer doméstico: atividades prazerosas que podem ser realizadas dentro do


próprio lar e que proporcionam interação e diversão da família. Exemplo: olhar TV, jogos
de tabuleiro, navegar na internet.

Lazer turístico: abrange viagens e passeios com o propósito de relaxar e


conhecer novos ares, está intimamente relacionado a férias. Exemplo: excursões pelo
país, reconhecimento de interiores do estado, cruzeiros.

Lazer trabalhista: é a atividade realizada em determinado tempo vago que é


dado ao trabalhador, geralmente as grandes empresas dão aos servidores 15 min para
lancharem e realizaram estas atividades. Exemplo: ver tv, conversar com os outros
funcionários tranquilamente, fazer ioga ou academia.
22

Lazer escolar: pode ser visto no recreio dos alunos ou na aula de Ed. Física,
além disso, em aulas práticas de todas as matérias. Exemplo: exposição de pintura na
aula de Artes, interclasse, show de talentos, festivais esportivos.

Enfim, o lazer é uma atividade de extrema importância para o ser humano, uma
vez que ele se envolve com muitas atividades obrigatórias e cansativas (trabalho, estudo)
e merece um momento de descanso, tranquilidade e diversão.

Este momento é acompanhado de diversas atividades as quais chamamos


LAZER. O lazer é uma atividade prazerosa que deve fazer parte do seu cotidiano, mas
não dominá-lo, ou seja, o lazer é bem-vindo mas não pode ser o centro de sua vida.

Como exemplo de lazer podemos dar desde olhar tv até fazer um cruzeiro. O
lazer varia de acordo com a classe social, pois cada um realiza o que lhe proporciona
felicidade e está ao seu alcance.

CAPÍTULO 7
ESPORTES RADICAIS OU ESPORTES DE AVENTURA

Para entendermos um pouco mais sobre a palavra aventura, vamos à definição


de Pereira e Armbrust (2010), que dizem:

A palavra aventura deriva do latim adventura, e quer dizer o que está por vir, com o
sentido de desconhecido, imprevisível. Esse sentido aproxima-se do sentimento de buscar
algo que não é tangível num primeiro momento, que é muito comum aos praticantes de
modalidades na natureza, principalmente aquelas onde a distância, o clima, o esforço
físico, a privação e a incerteza estão presentes (PEREIRA; ARMBRUST, 2010, p. 16).

A palavra natureza tem vários significados, mas o que se encaixa melhor nesse
trabalho é: tudo o que existe e não foi fabricado pelo homem. De acordo com Giaretta
(2003), na história da humanidade verifica-se que a sociedade deu uso à natureza com
atividades diversas. Por exemplo, ao verificar o uso do mar, percebe-se que ele se deu
pela subsistência, pela pesca, pela navegação, pela conservação dos alimentos (sal),
pela apreciação da paisagem, pelo passeio na beira-mar, pelos banhos por prescrição
médica e hoje para atividades de lazer, seja pela contemplação ou pela recreação
através de vários esportes praticados na praia e no mar. Entre esses esportes podemos
destacar o esporte de aventura e natureza surf.
Os esportes de aventura e natureza podem também ser denominados como
AFAN (Atividades Físicas de Aventura na Natureza), e são frequentemente chamados
pelos meios de comunicação social como “esportes radicais”.
Os esportes de aventura e natureza vêm ganhando cada vez mais destaque,
inclusive entre o público jovem. Pereira e Armbrust (2010) afirmam que os esportes de
aventura e natureza são atividades novas na cultura esportiva, pois se difundiram e
ganharam muitos adeptos a partir da década de 1990, com a divulgação pela mídia, a
oferta como atividade de lazer e turismo na natureza e a expansão globalizada do
comércio em torno deles. Porém, alguns estudos indicam que essas atividades eram
praticadas há muito tempo.
De acordo com Bruhns e Marinho (2006) os esportes de aventura e natureza
apresentam atualmente três âmbitos de atuação: o turístico recreativo, o de rendimento-
competição e o educativo-pedagógico. O terceiro âmbito refere-se à progressiva
incorporação dessas atividades no entorno educativo.
23

Conforme Pereira e Armbrust (2010), na Educação Física brasileira, quem


primeiro se debruçou sobre o estudo dos esportes de aventura e natureza foram os
estudiosos da teoria do lazer, pois perceberam a necessidade de compreensão dessas
atividades como manifestação da cultura de tempo livre das pessoas, entre eles
destacam-se no Brasil: Uvinha (2001), Marinho (2007), Dias (2007) entre outros.

TIPOS DE ESPORTES RADICAIS


Uma das principais características dos esportes radicais é a forte emoção que
causa no corpo humano. Eles podem ser realizados de forma competitiva ou não.
Os esportes radicais são divididos em duas modalidades:
Esportes radicais de aventura: os locais de escolha para a realização dos
desportos são baseados em condições geográficas que explorem os desafios das
possibilidades da condição humana, de preferência na natureza (água, ar, neve e gelo).
Esse tipo de esporte exige bastante movimento de força e resistência. Eles
compreendem as atividades competitivas ou não. Exemplos: paintball, ciclismo de
montanha, rafting e etc.
Esportes radicais de ação: a principal característica dessa categoria é a execução
de manobras perfeitas que exigem equilíbrio e velocidade com risco calculado. O lazer é
um dos objetivos, além de manifestações educacionais, realizados em ambientes
artificiais ou controlados. Exemplo: bung jump, skate, kite surf, etc.

MAIS MODALIDADES DE ESPORTES RADICAIS

Acquaride
O acquaride surgiu com o folclore. A categoria tem como característica a prática
de descer corredeiras sob uma câmara de ar em formato ovalado utilizando as mãos. Os
equipamentos de segurança obrigatórios para a prática do esporte são luvas e capacete.

Asa-delta
Praticado no Brasil e no mundo, a cidade do Rio de Janeiro é considerada a
melhor para aprender o esporte. Diferente de outros esportes de ar, no qual a adrenalina
está na queda, a asa-delta tem a finalidade de planar. É importante que o piloto saiba as
técnicas para garantir uma melhor segurança na execução da atividade.

BMX ou Bicicross
O BMX, também conhecido como bicicross, é o “filho” do ciclismo. O BMX
expandiu de forma rápida, principalmente entre os jovens. É um esporte praticado com
bicicletas especiais, especialmente em corrida em pistas de terra com rampas e
obstáculos.

Motocross, MX ou MotoX
Praticado com motocicletas, é um esporte bastante perigoso devido às manobras
arriscadas. São executados fora da estrada, de preferência em lugares fechados, com
terrenos desnivelados. É necessária boa condução do piloto. É considerado um modelo
de esporte de custo alto, requer muito investimento.

Parapente
Parapente ou paraglider, em inglês, se assemelha a um paraquedas por
apresentar estrutura flexível. É um tipo de voo livre que pode ser praticado como lazer ou
como competição. O piloto tem um voo dinâmico, no qual pode controlar a sua direção e
pode voar por longos períodos.
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Snowboard
É um esporte radical praticado na neve natural ou artificial, no qual o piloto se
equilibra em cima de uma prancha. Atletas que praticam as modalidades de surf, skate e
wakeboard costumam ir para fora para praticar o snowboard.

Parkour
É uma atividade cujo objetivo é se locomover de um ponto a outro de forma
rápida contornando os obstáculos sejam eles naturais ou urbanos. Nessa modalidade o
uso é somente corporal. Associam esse esporte a uma prática grosseira intitulada
“puladores de prédios”. Para passar por essas barreiras eles correm, realizam alguns
tipos de rolamentos, escalam, saltam, além de outras formas de movimento.

Wingsuit
Pode ser realizado de qualquer lugar que tenha altitude suficiente. É um macacão
forrado com membranas parecidas às asas dos pássaros e abaixo dos braços e entre as
pernas para garantir que o piloto possa planar paralelamente à superfície da Terra. Os
voos tem velocidade de 220 km/hora na horizontal e 30 km/hora na vertical. É necessário
muito treino e conhecimento das técnicas.

CAPÍTULO 8
SOCORROS DE URGÊNCIA

Acidentes acontecem. Uma criança pode engasgar com objetos pequenos, ou


alguém pode ser picado por uma abelha. É importante saber quando chamar a
emergência. Enquanto se espera pela ajuda profissional chegar, você pode ser capaz de
salvar a vida de alguém, com algum entendimento de primeiros socorros. Ressuscitação
cardiopulmonar (CPR) é para as pessoas cujos corações ou respiração pararam e deve
ser feito apenas por pessoas que fizeram o treinamento. A manobra de Heimlich são
para pessoas que estão sufocando. Você também pode aprender a lidar com lesões
comuns e feridas. Cortes e arranhões, por exemplo, devem ser lavados com água fria.
Para parar a hemorragia, aplique pressão firme, mas suave, usando gaze. Se o sangue
ensopar a gaze, adicione mais gaze, mantendo a primeira camada no local. Continue
aplicando pressão.
É importante ter um kit de primeiros socorros disponíveis. Mantenha um em casa
e uma em seu carro. Ele deve incluir um guia de primeiros socorros. Leia o guia para
aprender a usar os itens, então você está pronto no caso de acontecer uma emergência.

PRIMEIROS SOCORROS
Se todos soubessem noções básicas de primeiros socorros muitas vidas
poderiam ser salvas. Iremos apresentar alguns procedimentos que poderão auxiliá-lo em
caso de emergência. O objetivo dos Primeiros Socorros é de manter o paciente com vida
ou até a chegada de socorro médico apropriado ou até que o ferido chegue até um local
onde possa ser dado o devido atendimento. É importante mencionar que a prestação de
primeiros socorros não deve ser um ato que comprometa a sua vida ou a vida do
paciente e, logicamente, não exclui a importância de um médico.

FERIMENTOS
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Limpe as mãos com água e sabão, se possível utilize uma luva. Lave o ferimento
com água, desinfete com água oxigenada. Se houver algum corpo estranho (caco de
vidro, farpa, espinho, etc.) remova-o com a pinça apenas se o objeto foi pequeno e se
puder fazei-lo com facilidade, se não, deixe esta tarefa para o médico. Depois da
aplicação de água oxigenada, seque o ferimento com um pouco de algodão e aplique um
anti-séptico (Povidine, por exemplo). Se o ferimento for pequeno cubra com um Band-
Aid, se for maior coloque uma atadura de gaze esterilizada e prenda com esparadrapo.

TEMPERATURA
A temperatura é o grau do calor que o corpo possui. Quando a temperatura de
uma pessoa está alta (o normal está entre 36,5 e 37 graus centígrados), dizemos que ela
está com febre. A febre, em si mesma, não é uma doença, mas pode ser o sinal de
alguma doença. Pode-se identificar vários sintomas de febre: Sensação de frio; Mal-estar
geral; Respiração rápida; Rubor de face; Sede; Olhos brilhantes e lacrimejantes ou Pele
quente. A febre alta é perigosa, pois pode provocar delírios e convulsões. Quando uma
pessoal tiver febre, podem-se tomar as providências a seguir. Se estiver acamada, retire
o lençol ou cobertor. Se for criança pequena, desagasalhe-a, deixando apenas roupa
leve até que a temperatura chegue ao normal. Ofereça líquidos à vítima. Toda pessoa
com febre deve beber bastante líquido, como sucos.
É importante saber quando a febre começa, quanto tempo ela dura e como
acaba, para melhor informar ao médico. Ponha panos molhados com água e álcool (meio
a meio) sobre o peito e a testa. Troque-os com frequência, para mantê-los frios, e
continue fazendo isso até que a febre abaixe. Se houver condições, dê um banho morno
prolongado, em bacia, banheira ou chuveiro. Você pode ter ideia da temperatura
colocando as costas de uma de suas mãos na testa da pessoa doente e a outra na sua
testa, Se a pessoa doente tiver febre, você sentirá a diferença. A febre muito alta e
persistente é perigosa, você deverá procurar socorro médico o quanto antes.

ENTORSE
Os ossos do esqueleto humano estão unidos aos outros através dos músculos,
mas as superfícies de contato são mantidas umas de encontro às outras por meio dos
ligamentos. A vítima de entorse sente dor intensa na articulação afetada. Acompanhando
a dor, surge o edema (inchação). Quando os vasos sanguíneos são rompidos, a pele da
região pode ficar, de imediato, com manchas arroxeadas. Quando a mancha escura
surge 24 ou 48 horas após o acidente, pode ter havido fratura e, nesses casos, deve-se
providenciar ajuda médica, de imediato. As entorses mais comuns são as do punho, do
joelho e do pé.
O Socorrista de uma vítima com entorse deve imobilizar a articulação afetada
como no caso de uma fratura, e pode colocar gelo ou compressas frias no local antes da
imobilização. Podemos também imobilizar a articulação através de enfaixamento, usando
ataduras ou lenços. Não se deve permitir que a vítima use a articulação machucada.
Após o primeiro dia, podem-se fazer compressas quentes e mergulhar a parte afetada
em água quente, na temperatura que a vítima suportar. Fazendo aplicações de calor
várias vezes por dia e mantendo-a imóvel, a articulação atingida por uma entorse
normalmente recupera-se dentro de uma semana. Isso se não houver outras
complicações, como derrame interno, ruptura dos ligamentos ou mesmo uma fratura.
Vale a pena consultar o médico e providenciar um exame mais completo.
26

HEMORRAGIAS
É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, requer
intervenção médica imediata.

 HEMORRAGIA EXTERNA – É resultante de um ferimento com


exteriorização sanguínea. Primeiros socorros: Compreensão da área
afetada e elevação de membro. Ao contrário do que vemos em muitos
filmes não se deve aplicar nenhuma forma de torniquete, a excessão é
apenas quando um membro é amputado ou esmagado.
 HEMORRAGIA INTERNA – É resultante de um ferimento profundo com
lesão de órgão interno. Sintomas: Pulso fraco e rápido; Pele fria; Sudorese;
Sede; Tonteira.

TIPOS DE HEMORRAGIA INTERNA ESTOMATORRAGIA – Hemorragia proveniente da


boca. Primeiros socorros: Dar líquidos gelado para vitima beber.

 METRORRAGIA – Hemorragia por via vaginal Sintomas: Perda anormal de


sangue pela vagina entre os períodos menstruais. Causas: Abortamento,
gravidez ectópica (nas trompas); violência sexual; tumores; retenção de
membrana placentárias no parto; ruptura urinária no parto; traumatismo no
parto. Primeiros socorros: Manter a vítima em repouso; Aplicar compressas
geladas ou bolsas de gelo sobre o baixo ventre; providenciar socorro
médico.
 HEMOPTISE – Hemorragia proveniente dos pulmões. Sintomas: O sangue
sai em golfadas pela boca, vermelho vivo e espumoso. Primeiros socorros:
Bolsa de gelo no tórax; Deitar a vitima de forma que a cabeça fique mais
baixa que o corpo; elevando os baços e pernas.
 HEMATÊMESE – Hemorragia proveniente do estômago. Sintomas: O
sangue sai pela boca como se fosse borra de café, pode vir ou não com
restos de alimentos. Primeiros socorros: Bolsa de gelo abaixo do umbigo.
 OTÓRRAGIA – Hemorragia proveniente do ouvido. Primeiros socorros:
Compressão à distancia ( temporal ou facial). Tapar com algodão ou gaze
seco Composta.
 TCE (traumatismo crânio encefálico) – Sangra pouco e o sangue sai com
liquor. Primeiros socorros: Lateralizar a cabeça de forma que o sangue
saia.
 EPISTAXE – Hemorragia proveniente do nariz. Primeiros socorros: Tapar
com algodão ou gaze seco. Comprimir a narina.

AFOGAMENTO

Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar. Muitas vezes até um
bom nadador se vê em apuros por algum problema imprevisto: uma cãibra, um mau jeito,
uma onda mais forte. Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem se lança
na água sem saber nadar. E pode ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí
surgindo vítimas de afogamento. Existem dois tipos de materiais que servem para auxiliar
a retirar da água uma vítima de afogamento: Materiais nos quais a vítima pode agarrar-se
para ser resgatada: cordas, pedaços de pau, remo, etc.; materiais que permitem que a
vítima flutue até chegar o salvamento: barcos, pranchas, bóias, etc.
27

Evidentemente ninguém irá atirar-se à água ao primeiro grito de socorro que


ouvir. Você deve proceder de modo exposto a seguir. Providencie uma corda, barco, bóia
ou outro material que possa chegar até a vítima.
Caso não disponha de nada disso, parta para outras alternativas. Se souber
nadar bem, procure prestar socorro adequadamente. Verifique a existência ou não de
correnteza ou de água agitadas. Certifique-se do estado da vítima: se está imóvel ou
debatendo-se. Mesmo os melhores nadadores encontrarão dificuldades em nadar contra
uma correntezas e águas agitadas e qual a melhor maneira de chegar até a vítima.
Uma vítima de afogamento pode estar desacordada quando o salvamento chegar.
Se não estiver inconsciente e desacordada, certamente estará em pânico e terá grande
dificuldades de raciocinar. Procure segurá-la por trás, de forma qual a mesma não possa
se agarrar a você e impedi-lo de nadar.
Quando você chegar à margem com a vítima, seu trabalho de salvamento ainda
não terá terminado. Caso o afogado esteja consciente e só tenha engolido um pouco de
água, basta confortá-lo e tranquilizá-lo. Se estiver sentindo frio, procure aquecê-lo. Em
qualquer circunstância, é aconselhável encaminhá-lo a Socorro médico.
Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é muito provável que apresente a
pele arroxeada, fria e ausência de respiração e pulso. Nesses casos, a reanimação tem
de ser rápida e eficiente; pode começar a ser feita enquanto você estiver retirando a
vítima da água. Vire-a e passe a aplicar-lhe a respiração boca-a-boca. Se necessário,
faça também massagem cardíaca. Assim que a vítima estiver melhor e consciente,
providencie sua remoção para um hospital. Em termos técnicos: É um acidente de
asfixia, por imersão prolongada em um meio liquido com inundação e enxarcamento
alveolar. O termo asfixia, indica concomitância de um baixo nível de oxigênio e um
excesso de gás carbônico no organismo.

Classificação e sintomas do grau de afogamento:

Grau I ou Benigno: É o chamado afobado. É aquele que entra em pânico dentro


d’água, ao menor indicio de se afogar. Esse afogado, muitas das vezes, não chega a
aspirar a água, apenas apresenta-se:

1. Nervoso – Cefaléia (dor de cabeça) – Pulso rápido, Náuseas/vômitos, Pálido,


Respiração e Trêmulo. Primeiros Socorros: Muitas das vezes, o afogado é retirado da
água, não apresentando queixas. Neste caso, a única providência é registrá-lo e orientá-
lo. Repouso e Aquecimento.
2. Grau II ou Moderado: Neste caso já são notadas sinais de agressão
respiratória e por vez, repercussão no Aparelho Cárdio-Circulatório, mas consciência
mantida. Os sintomas são: Ligeira Cianose, Secreção Nasal e Bucal com pouca espuma,
Pulso Rápido, Palidez, Náuseas/vômitos, Tremores ou Cefaléia. Primeiros Socorros:
Repouso, Aquecimento, Oxigênio e observação em algum Centro Médico.
3. Grau III ou Grave: Neste caso o afogado apresenta os seguintes
sintomas: Cianose, Ausento de secreção Nasal e Bucal, Dificuldade Respiratória,
Alteração Cardíaca e Edema Agudo do Pulmão Sofrimento do Sistema Nervoso Central.
Primeiros Socorros: Deitar a vítima em decúbito dorsal e em declive, Aquecimento, Hiper-
28

estender o pescoço, Limpar a secreção Nasal e Bucal – Providenciar remoção para


algum Centro Médico
4. Grau IV ou Gravíssimo: A vítima apresenta-se em parada Cárdio-Respiratória,
tendo como sintomas: Ausência de Respiração, Ausência de Pulso, Midríase Paralítica,
Cianose e Palidez. Primeiros Socorros: Desobstrução das Vias Aéreas Superiores, Apoio
Circulatório Apoio Respiratório, Providenciar remoção para algum Centro Médico.

CHOQUE ELÉTRICO
Os choques elétricos podem acontecer com frequência, mesmo porque vivemos
cercados por máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos. Em casos de alta voltagem,
os choques podem ser fortes e causar queimaduras fortes ou até mesmo a morte.
Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de
apresentarem riscos menores, devem merecer atenção e cuidado. Em qualquer acidente
com corrente elétrica, o tempo gasto para prestar socorro é fundamental.
Qualquer demora poderá ocasionar sérios problemas. Muitas vezes a pessoa que
leva um choque elétrico fica presa à corrente elétrica. Não toque na vítima sem antes
desligar a corrente elétrica. Se o Socorrista tocar na pessoa, a corrente irá atingi-lo
também. Por isso, é necessário tomar todo o cuidado.
Antes de mais nada, o Socorrista deve desligar a chave geral ou tirar os fusíveis.
Se por acaso não for possível tomar nenhuma dessas providências, há ainda
alternativas: afastar a vítima do fio elétrico com um cabo de vassoura ou com uma vara
de madeira, bem secos. Antes, porém, verifique se os seus pés estão secos e se você
não está pisando em chão molhado.
Para afastar a vítima, use algum material que não conduza corrente elétrica,
como por exemplo, madeira seca, borracha, etc. Em seguida, inicie imediatamente o
atendimento à vítima.
Deite-a e verifique se ela está respirando, ou se precisa de respiração artificial
e/ou massagens cardíacas. Se necessário, aja imediatamente. Observe se a língua não
está bloqueando a passagem do ar. Logo após, verifique se a vítima sofreu alguma
queimadura. Cuide das queimaduras, de acordo com o grau que elas tenham sido
atingidas. Tendo prestado os primeiros socorros você deve providenciar a assistência
médica.
As correntes de alta tensão passam pelos cabos elétricos que vemos nas ruas e
avenidas. Quando ocorre em fios de alta tensão, na rua, só a central elétrica pode
desligá-los. Nestes casos, procure um telefone e chame a central elétrica, os bombeiros
ou a polícia. Indique o local exato em que está ocorrendo o acidente. Procedendo desta
maneira você poderá evitar novos acidentes.
Enquanto a corrente não for desligada, mantenha-se afastado da vítima, a uma
distância mínima de 4 metros. Não deixe que ninguém se aproxime ou tente ajudá-la.
Somente após a corrente de alta tensão ter sido desligada você deverá socorrer a
vítima.

CONVULSÃO EPILÉTICA
A crise convulsiva caracteriza-se pela perda repentina de consciência,
acompanhada de contrações musculares violentas. A vítima de uma crise convulsiva
sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater
29

violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos


arroxeados.
Em certos casos, a vítima baba e urina. Estas contrações fortes duram de dois a
quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se
lentamente. A crise convulsiva pode acontecer em consequência de febre muito alta,
intoxicação ou, ainda, devido a epilepsia ou lesões no cérebro.
Diante de um caso de convulsão, tome as providências seguintes:

1. Deite a vítima no chão e afaste tudo o que esteja ao seu redor e possa
machucá-la (móveis, objetos, pedras, etc.) não impeça os movimentos
da vítima.
2. Retire as próteses dentárias, óculos, colares e outras coisas que
possam se quebradas ou machucar a vítima.
3. Para evitar que a vítima morda a língua ou se sufoque com ela,
coloque-lhe um lenço ou pano dobrado na boca entre os dentes.
4. No caso de a vítima já ter cerrado os dentes, não tente abrir-lhe a
boca.

Por isso, é preciso tomar mais uma providência para evitar que fique sufocada:
deite-a com a cabeça de lado e fique segurando a cabeça nesta posição. Desta forma a
saliva escoará com facilidade. Não dê a vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca,
pois ela poderá sufocar.
Cessada a convulsão, deixe a vítima em repouso até que recupere a consciência.
Após a convulsão, a pessoa dorme e este sono pode durar segundo ou horas. Coloque-a
na cama ou em algum lugar confortável e deixe-a dormir.
Em seguida, encaminhe-a à assistência médica. Nunca deixe de prestar socorro à
vítima de uma crise epilética convulsiva, pois sua saliva (baba) não é contagiosa.

INSOLAÇÃO

Pode manifestar-se de diversas maneiras: subitamente, quando a pessoa cai


desacordado, maneando a pulsação e a respiração; ou após o aparecimento de sintomas
e sinais como tonturas, enjoos, dor de cabeça, pele seca e quente, rosto avermelhado,
febre alta, pulso rápido e respiração difícil.
Os sintomas e sinais de insolação nem sempre aparecem ao mesmo tempo.
Normalmente podemos verificar apenas alguns. O importante então é que você saiba
exatamente o que fazer no caso de uma pessoa passar muito tempo exposta ao sol e
apresentar algum sinal de insolação.
Enquanto você aguarda o socorro médico, procure colocar a vítima à sombra,
fazer compressas frias sobre a sua cabeça e envolver seu corpo em toalhas molhadas.
Isso é feito para baixar a temperatura. Em seguida deite a pessoa de costas, apoiando a
cabeça e os ombros para que fiquem mais altos que resto do corpo.
O ideal é que a temperatura desça lentamente, para que não ocorra o colapso,
próprio de quedas bruscas de temperatura. Após ter prestado os primeiros socorros,
deve se procura ajuda médica, com urgência.

QUEIMADURAS
Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão ocasionada no organismo
humano pela ação curta ou prolongada de temperaturas extremas sobre o corpo
30

humano. As queimaduras podem ser superficiais ou profundas e é possível dividi-las em


diferentes tipos, de acordo com a gravidade.
A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau de lesão, mas
também pela extensão da área atingida. São consideradas grandes queimaduras
aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso de adultos. Para crianças de até 10
anos, são considerados grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 10% do
corpo.
Para avaliar melhor a gravidade de uma queimadura, você pode adotar a tabela
abaixo Cabeça 9% Pescoço 1% Tórax e abdômen, inclusive órgãos genitais 18% Costas
e região lombar 18% Membro superior direito (braço) 9% Membro superior esquerdo
(braço) 9% Membro inferior direito (perna) 18% Membro inferior r esquerdo (perna) 18%.
Se o socorrista souber classificar uma grande queimadura e encaminhar a vítima para
um pronto socorro, já será de grande valia. Vamos conhecer e especificar cada caso e
saber como agir em cada um deles.
Se o socorrista souber classificar uma grande queimadura e encaminhar a vítima
para um pronto socorro, já será de grande valia. Vamos conhecer e especificar cada
caso e saber como agir em cada um deles.
Os primeiros socorros dependem muito da extensão e causa do ferimento,
pequenas queimaduras podem ser colocadas sob água corrente apenas, em nenhum
caso o uso de óleos ou pomadas não é recomendado. Também não se deve furar
bolhas e, em acidentes automobilísticos, não se deve dar nenhum líquido sem antes
avaliar outras possíveis lesões.

QUEIMADURA POR FOGO


Quando a queimadura for causada por fogo e as roupas estiverem se
incendiando, a primeira providência é, naturalmente, apagar o fogo. Dependendo do local
do acidente e dos recursos disponíveis, de imediato pode-se usar um cobertor para
sufocar as chamas ou rolar a vítima no chão. Se as queimaduras atingirem o tórax,
abdômen ou costas pode-se jogar água fria sobre as feridas, para aliviar as dores. Em
seguida, remover a vítima para um hospital. Se a vítima estiver consciente, dê-lhe
bastante líquido para beber: água, chá ou sucos. Anime-a e tranquilize-a.

QUEIMADURA POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (tintas, ácidos, detergentes, etc.)


Antes de cuidar dos ferimentos, é preciso verificar se a substância química não
reage com água ao invés de ser dissolvida por ela, só neste último caso é que
molhamos todas as peças de roupa que estejam impregnadas pela substância para
remove-las sem causar maiores danos. Isso porque o contato com a roupa pode gerar
novas queimaduras . Depois, devemos lavar o local queimado com água em abundância,
durante 10 a 15 minutos, para que não reste qualquer resíduo da substância química e,
em seguida, proteger as feridas com gaze ou pano limpo. A queimadura nos olhos é um
caso muito especial. A ação deve ser rápida, para evitar a perda parcial o total da visão.
Neste caso, devemos lavar o olho da vítima com bastante água. Depois que a ferida
estiver limpa, deve-se colocar sobre ela um curativo de gaze ou pano limpo.

CORPOS ESTRANHOS
Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos,
sementes ou pequenos insetos (mosquitos, formigas, mosca, besouros, etc.), podem
penetrar nos olhos, no nariz ou nos ouvidos. Se isso ocorrer, tome os seguintes
cuidados: OLHOS – Nunca esfregue o olho, não tente retirar corpos estranhos no globo
ocular.
31

Primeiras providências Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as


lagrimas lavem e removam o corpo estranho. Se o processo falhar, lave bem as mãos e
adote as seguintes providências: pegue a pálpebra superior e puxe para baixo, sobre a
pálpebra inferior, para deslocar a partícula; Irrigue o olho com água limpa, de preferência
usando conta-gotas peça à vítima para pestanejar.

Se, ainda assim não resolver passe às terceiras providências: Puxe para baixo a
pálpebra inferior, revirando para cima a pálpebra superior, descoberto o corpo estranho,
tente retirá-lo com cuidados, tocando-o de leve com a ponta úmida de um lenço limpo.
SE O CISCO ESTIVER SOBRE O GLOBO OCULAR, NÃO TENTE RETIRÁ-LO.
COLOQUE UMA COMPRESSA OU PANO LIMPO E LEVE A VÍTIMA AO MÉDICO. OS
MESMOS CUIDADOS DEVE, SER TOMADOS QUANDO SE TRATAR DE CORPO
ESTRANHO ENCRAVADO NO OLHO.

NARIZ – Comprima com dedo a narina não obstruída. Com a boca fechada tente expelir
o ar pela narina em que se encontra o corpo estranho. Não permita que a vítima assoe
com violência. Não introduza instrumentos na narina (arame, palito, grampo, pinça etc.).
Eles poderão causar complicações. Se o corpo estranho não puder ser retirado com
facilidade, procure um medico imediatamente.

OUVIDOS – Não introduza no ouvido nenhum instrumento (ex.: arame, palito, grampo,
pinça, alfinete), seja qual for a natureza do corpo estranho a remover. No caso de
pequeno inseto, o socorro imediato consiste em colocar gotas de azeite ou óleo
comestível no ouvido, a fim de imobilizar e matar o inseto. Conserve o paciente deitado
de lado, com o ouvido afetado voltado para cima. Mantenha-o assim, com o azeite
dentro, por alguns minutos, após os quais deve ser mudada a posição da cabeça para
escorrer o azeite. Geralmente, nessa ocasião, sai também o inseto morto. Se o copo
estranho não puder ser retirado com facilidade, o melhor mesmo é procurar logo um
médico.

REFERÊNCIAS

BENDA, Rodolfo Novellino & GRECO, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Universal: Da
aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo horizonte, MG: Editora UFMG, 2001.
DANTAS, Estélio H. M. A Prática da Preparação Física. 3ª edição. Rio de Janeiro: Shape, 1995.
GOMES DA COSTA, Marcelo. Ginástica Localizada. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 1996.
LUSSAC, Ricardo Martins Porto (Mestre Teco). Desenvolvimento psicomotor fundamentado na
prática da capoeira e baseado na experiência e vivência de um mestre da capoeiragem graduado em
Educação Física. Universidade Cândido Mendes, Pós-Graduação “Lato Sensu”, Projeto A vez do Mestre.
Rio de Janeiro: 2004.
MATTOS, Mauro Gomes de; ROSSETO JÚNIOR, José; BLECHER, Shelly. Teoria e prática da
metodologia da pesquisa em Educação Física: construindo seu trabalho acadêmico: monografia, artigo
científico e projeto de ação. São Paulo: Phorte, 2004.
TUBINO, Manoel José Gomes. Metodologia científica do treinamento desportivo. 3ª edição. São
Paulo: Ibrasa, 1984.
WEINECK, Jürgen. Manual de Treinamento Esportivo. 2ª edição. São Paulo: Editora Manole,
1989.
32

__, Jürgen. Biologia do Esporte. São Paulo: Editora Manole, 1991.


PAIM, M. C. C. Visões estereotipadas sobre a mulher no esporte. EFDeportes.com, Revista
Digital. Buenos Aires, ano 10, n. 75, 2004. http://www.efdeportes.com/efd75/mulher.htm
PAIM, M. C. C.; STREY, M. N. Corpos em metamorfose: um breve olhar sobre os corpos na
história, e novas configurações de corpos na atualidade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires,
ano 10, n. 74, 2004. http://www.efdeportes.com/efd79/corpos.htm
PALLAZZO, V. Imagem Corporal. Grupo de Apoio e Tratamento dos Distúrbios Alimentares. São
Paulo, 2003. Disponível em: http://www.gatda.psc.br/imagem.htm. Acesso em: 06 abr. 2008.
PELEGRINI, T. Imagens do corpo: reflexões sobre as acepções corporais construídas pelas
sociedades ocidentais. Revista Urutágua. Maringá, n. 8, 2004.
PICCININI, C. A. et al. Estereótipos Sociais vinculados aos formatos corporais em adolescentes.
Aletheia, 3, p. 11-16, 1996.
RODRIGUES, A. Psicologia Social para principiantes: Estudo da Interação Humana. Petrópolis:
Editora Vozes, 2003.
TUBINO, Manoel José Gomes; GARRIDO, Fernando Antonio Cardoso; TUBINO, Fabio Mazern.
Dicionário Enciclopédico Tubino do Esporte. Rio de Janeiro: SENAC RIO, 2007
33

TD AV1 A/B/C/D/E – Educação Física -


1ª Etapa –Fundamental
Capítulo: 01
Nome do Aluno (a):
01) De acordo com relatos históricos que datam de 60.000 anos a.c., a atividade física fez com que o
homem pudesse mostrar o que?
02) Defina Educação Física segundo Turbino (2005).
03) Quais as características da dança segundo Oliveira (2004) ?
04) Quais os conceitos que comportam a Educação Física?
05) Explique a assertiva a seguir: É na fase escolar, que ocorre o desenvolvimento psicomotor da
criança, que é essencial para a formação de seu vocabulário motor, isto é, seus conhecimentos básicos
de si mesmo e de suas possibilidades motoras.
06) Como a educação física é vista na atualidade?
07) Qual a meta da Educação Física?
08) Em que fase ocorre o desenvolvimento psicomotor da criança, que é essencial para a formação de
seu vocabulário motor, isto é, seus conhecimentos básicos de si mesmo e de suas possibilidades
motoras?
09) Coloque (V) para as assertivas verdadeiras e (F) para as assertivas falsas.

I. É na fase escolar, que ocorre o desenvolvimento psicomotor da criança, que é essencial


para a formação de seu vocabulário motor, isto é, seus conhecimentos básicos de si
mesmo e de suas possibilidades motoras.
II. Os exercícios físicos devem ser voltados para os aspectos fisiológicos, mas também a
importância do autoconhecimento corporal e suas necessidades dentro de uma
determinada sociedade.
III. Educação Física comporta uma bagagem de conceitos que são divididos em: Esportes,
Danças, Esportes Radicais, Lutas, Jogos, Esportes aquáticos e outras atividades
expressivas.
IV. A Educação Física compreende o ideal da Cultura Corporal do Movimento, sendo o
movimento o fator primordial para a manutenção e apropriação da saúde.

A) V, V, F, V.
B) Todas as assertivas são falsas
C) F, F, V, V.
D) Todas as assertivas são verdadeiras.

10) Leia a tirinha abaixo e marque a assertiva verdadeira

A) No mundo moderno e violento de hoje, no qual os avanços da tecnologia com computadores e


games de última geração deixam as crianças cada vez mais longe de vivenciar atividades e
movimentos importantes na formação e manutenção do seu alfabeto motor.
B) O esporte praticado pelo paciente é natação.
C) Podemos considerar uma prática desportiva correr atrás do ônibus diariamente.
D) Correr atrás do ônibus um fenômeno sociocultural com diferentes formas de manifestação de
acordo com o sentido e a modalidade da prática.
34

TD AV2 A/B/C/D/E – Educação Física –


Capítulo: 02
1ª Etapa –Fundamental
Nome do Aluno (a):

01. Defina Jogo.


02. De acordo com Huizinga (2004), quais as seis características de um jogo?
03. O jogo é "toda a ação livre, desenvolvida dentro de certos limites de tempo e espaço, não
fazendo parte da vida ordinária e que, contendo algo de incerto, cria a ordem e estimula a
sociabilização". De acordo com esta afirmação, como podemos classificar os jogos?
04. Defina Jogos Populares e Jogos Tradicionais.
05. Quais habilidades básicas de fundamentos das modalidades esportivas que são
trabalhados nos jogos desportivos?

06. Complete as lacunas a seguir da frase: Praticado pelo homem desde as mais remotas
épocas, o esporte tem suas raízes etimológicas no _______________ desport, que os
_____________ alteraram para sport. O termo tinha, então, a conotação de
___________, divertimento, ______________. E, apesar das diversas nuances que o
____________ assumiu ao longo do nosso século, as pessoas continuam fiéis ao seu
sentido original.

A. Ingleses, francês, divertimento, prazer, voleibol.


B. Francês, ingleses, prazer, divertimento, handebol.
C. Francês, ingleses, prazer, psicomotricidade, futebol.
D. Francês, ingleses, prazer, descanso, esporte.

07. Marque a alternativa que contém o objetivo do lema olímpico.

A. O agito ("Eu me movo" em latim)


B. Citius, Altius, Fortius (mais veloz, mais alto, mais forte).
C. Non possum vincere"Posso vencer. Mas se não conseguir, que seja corajoso para
tentar."
D. “All in one rhythm”, que significa Juntos num só ritmo.

08. Quais as três esferas segundo Turbino (2010) que organizam o movimento esportivo?
09. Quais os dois princípios do Esporte de Desempenho?
10. Quais os princípios do esporte educacional?
11. O esporte lazer também é conhecido como o que?
12. O que é “fair play”?
35

TD AV3 A/B/C/D/E – Educação Física –


Capítulo: 3
2ª Etapa –Fundamental
Nome do Aluno (a):

01. Defina dança.


02. De acordo com a história da dança, quando se deu o seu surgimento?
03. Marque (V) para as assertivas verdadeiras e (F) para assertivas falsas.

I. O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, onde as
pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. ( )
II. Os primeiros registros das danças em grupo mostram que as mesmas surgiram no
França, há dois mil anos antes de Cristo. ( )
III. A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na idade média, quando
os homens batiam os pés no chão. ( )
IV. O Japão preservou o caráter místico das danças, onde as mesmas são feitas até hoje,
nas cerimônias dos tempos primitivos.( )
a) V, F, F, V.
b) V, V, F, V.
c) F, V, V, V.
d) V, V, F, F

04. Quais as danças surgiram no século XIX?


05. Quais são as danças que surgiram através das danças advinda dos negros, dos índios e
europeus?
06. Segundo Capri e Fink (2009) quais são as formas que a dança pode ser praticada.

07. No que se refere às danças populares, é correto afirmar que:

a) são danças que trazem elementos da tradição, sendo passíveis de ressignificações no


contexto cultural presente.
b) o termo dança popular está vinculado diretamente às manifestações vivenciadas apenas
por determinados grupos étnicos.
c) a vivência dessas danças está relacionada e restrita apenas às classes sociais menos
favorecidas e desse fato advêm determinados preconceitos.
d) as danças populares são expressões típicas das comunidades locais e periféricas e, por
isso, só podem ser ensinadas por representantes da comunidade a que pertencem.

08. Que ritmos foram originados no Brasil?


09. O sertanejo e pagode estão mais presentes em qual região do nosso país?
10. A prática da dança gera que benefícios?
11. O que significa Ritmo?
12. O que é prosódia?
13. Explique os tipos de ritmos.
14. Como Mendes(1985) relaciona a dança e o ritmo.
15. Para Le Boulch (1983) como movimento humano se desenrola?
16. Segundo Le Boulch (1983) o tempo pode apresentar dois níveis de significação
diferentes, quais são eles. Explique-os.
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TD AV4 A/B/C/D/E – Educação Física –


Capítulos: 4
2ª Etapa –Fundamental

1. Comente a frase: “Vivemos uma cultura que desvaloriza as emoções, e não vemos o
entrelaçamento cotidiano entre razão e emoção, que constitui nosso viver humano”
(MATURANA, 1998, p.15).

2. Sobre as relações entre mídia e corpo, coloque (V) para as assertivas Verdadeiras e (F)
para as assertivas Falsas.

I. O culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral atravessando todos os setores,
classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso ora voltada à questão estética, ora
à preocupação com a saúde.
II. A percepção do corpo na atividade é dominada pela existência de um vasto arsenal de
imagens visuais e técnicas que investem na transformação corporal, projetando corpos
perfeitos para sociedade, de modo que não basta ser saudável: há que ser belo, jovem,
estar na moda e ser ativo
III. A sociedade, a propaganda e a mídia sem se dar conta trazem danos aos indivíduos. É
comum nos dias de hoje encontrarmos pessoas que colocam suas vidas em riscos,
consumindo remédios para emagrecer e anabolizantes, fazendo cirurgias desnecessárias.
É muito comum encontrarmos também pessoas com algum tipo de doença como a
anorexia, a bulimia, vigorexia entre outros.
IV. Na atualidade, o corpo se tornou um objeto manipulado pela sociedade, e isso mostra
como somos submissos aos padrões de beleza impostos pela sociedade econômica, pela
mídia e pela propaganda.

A) Todas as assertivas estão falsas


B) Todas as assertivas estão verdadeiras
C) As assertivas I e III são verdadeiras e as assertivas II e IV são falsas
D) As assertivas I, II, III são verdadeiras e a assertiva IV é falsa.

3. Defina Corporeidade?
4. Defina Corpo?

5. A corporeidade do individuo evolui através de que?


A) Idade
B) Peso
C) Rotina de exercícios
D) Altura

6. A qualidade da corporeidade depende de que?


7. o que chamamos em clínica de nanismo psicoafetivo?
8. Quando observamos um grande dançarino de balé, um ginasta olímpico ou um campeão
de judô o que percebemos?

9. Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu um sentido de corpo ideal e esteve tão
em evidência como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido, exposto em diversas
revistas femininas e masculinas, está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais,
manchetes publicitárias, e se transformou em sonho de consumo para milhares de
pessoas. Partindo dessa concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem
comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso.
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Entretanto, como afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente possível ser gordo e
saudável. Frequentemente os gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim pelo
estresse, pela opressão a que são submetidos. VASCONCELOS, N.A; SUDO, I; SUDO,
N; Um peso na alma: o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade. N. 1,
mar 2004 (adaptado)

No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a relação entre saúde e corpo recebe a
seguinte crítica:

A) Difusão das estéticas antigas.


B) Exaltação das crendices populares.
C) Propagação das conclusões científicas.
D) Contestação dos estereótipos consolidados.

10. Comente a frase: A partir do conceito de corporeidade é possível entender o corpo como
possuidor de uma singularidade que somente se compreende na pluralidade da existência
de outros corpos, e que é capaz de gerar conhecimento, autogerando-se, a cada
momento, a partir da inevitabilidade da coexistência entre a sensibilidade e a razão.

11. Como a Educação Física está relacionada à corporeidade e ao movimento?

12. O que seria corpo-objeto?

13. Defina corpo-máquina.

14. Segundo Saikali et al. (2004), o conceito de autoimagem ou imagem corporal


envolve três componentes quais são eles? Defina-os

15. Qual a concepção de corpo segundo Descartes e Platão?

16. Qual a concepção de corpo segundo Karl Marx e Aristóteles?


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TD AV5 A/B/C/D/E – Educação Física - 3ª Etapa –


Capítulos: 5 e 6
Fundamental

01. O que são nutrientes?


02. Uma alimentação adequada é aquela que inclui todos os nutrientes necessários para
o funcionamento do nosso corpo. Entre os nutrientes que nos fornecem energia,
podemos citar:
A. Proteínas
B. Vitaminas
C. Água
D. Carboidratos

03. Em que alimentos os carboidratos podem ser encontrados?


04. O que acontece com os carboidratos quando são ingeridos?
05. Qual a importância das proteínas?
06. O que são lipídeos?
07. Quais lipídeos devem ser evitados em uma dieta saudável?
08. Em que quantidade as vitaminas e minerais devem ser consumidos?
09. Cite alguns cuidados que devemos ter ao manipular e preparar alimentos.
10. Cite atividades que podem ser consideradas lazer.
11. Qual a relação entre o lazer, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial?
12. Qual a definição de lazer segundo o sociólogo francês Dumazedier?
13. Como o Estado pode influenciar a prática do lazer?
14. Cite tipos de lazer.

15. Os macronutrientes têm um importante papel como combustível biológico, uma vez
que fornecem a energia necessária para manter as funções corporais em repouso e
em atividade física. São considerados macronutrientes:

A. proteínas, vitaminas e carboidratos.


B. proteínas, gorduras e água.
C. carboidratos, vitaminas e sais minerais.
D. carboidratos, gorduras e proteínas.
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TD AV6 A/B/C/D/E – Educação Física - 3ª Etapa –


Capítulos: 7 e 8
Fundamental

01. Como os esportes de aventura e natureza também são chamados?

02. São considerados esportes da natureza ou esportes radicais?

A. Voleibol, rapel e futebol.


B. Bicicross, parapente e Motocross.
C. Natação, futsal e Bicicross.
D. Basquetebol, handebol de areia e futebol.

03. Quais os âmbitos de atuação dos esportes de aventura e natureza?


04. Cite uma das principais características dos esportes radicais.
05. Diante de um acidente, o que pode ser feito enquanto se espera a emergência chegar?
06. Qual o objetivo dos primeiros socorros?

07. Ocorreu um acidente com vítima na área central de uma cidade. A vítima é um
motociclista com suspeita de ter fraturado a perna. Qual é o procedimento mais seguro a
ser adotado até à chegada do socorro adequado?
A) Deitar em cima da vítima e a segurar com força.
B) Aglomerar-se no local para impedir o trânsito e esquentar a vítima.
C) Imobilizar o local com suspeita de lesão e acalmar a vítima.
D) Trazer um pouco de sal e fazer a vítima engolir, segurando-a.

08. O que deve ser feito em caso de ferimentos?


09. Quando podemos considerar que alguém está com febre?
10. Por que a febre alta é perigosa?
11. O que deve ser feito em caso de febre?
12. Que procedimentos devem ser feitos em caso de entorse?
13. O que é hemorragia externa?
14. O que é hemorragia interna?
15. Como tratar uma vítima de afogamento?
16. São cuidados a serem adotados como primeiros socorros às crianças com queimaduras
de 1º grau:

I. ( ) Aplicar no local queimado uma colher de sopa de açúcar;


II. ( ) Aplicar no local queimado pasta de dente;
III. ( ) Lavar o local com água corrente.

Considerando (V) verdadeiro e (F) falso, complete as lacunas acima e assinale alternativa que
apresenta a ordem correta de preenchimento de cima para baixo:
A. V-V-F.
B. F-F-V.
C. V-F-F.
D. F-V-V.
17. Qual a primeira medida a ser tomada em caso de choque elétrico?
18. Que aspectos são analisados para saber a gravidade de um queimadura?

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