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Professor: Disciplina: Educação Física


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Unidade temática
Objeto de conhecimento
Habilidades

O Jogo e o Esporte: o cooperar e o competir 

O termo esporte, embora internacionalmente difundido, aceito e usado, permite que


seu conceito tenha variações acerca de sua interpretação. Barbanti (2006) define esporte
como uma atividade competitiva institucionalizada que envolve esforço físico vigoroso ou o
uso de habilidades motoras relativamente complexas, por indivíduos, cuja participação é
motivada por uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos”. Nessa concepção
deve ser considerada três situações:

1)  esporte refere-se a tipos específicos de atividades;

2) esporte depende das condições sob as quais as atividades acontecem; e

3) esporte depende da orientação subjetiva dos participantes envolvidos nas


atividades. 

Já para Rondinelli (2020) o termo esporte se refere a qualquer tipo de prática que
esteja vinculada a Federações e Confederações, cujo papel é o de regulamentar as regras
dessa prática.  Podemos extrair quatro características que são fundamentais para dizer se
determinada prática é um  esporte: 1) ter regras fixas; 2) a subordinação dessa prática a
algum órgão oficial; 3) é uma atividade  competitiva; e 4) o atleta está sempre em busca de
um tipo de recompensa maior do que o prazer de  praticar o esporte. 

Sobre a origem do esporte podemos dizer que desde a era primitiva já existia a
prática do  esporte, quando para sobreviver os homens precisavam nadar, caçar, saltar e
correr para fugir de  animais predadores, lutar para disputar áreas e domínios, lançar
objetos, praticar arco e flecha para  se alimentarem entre outras habilidades as quais hoje
possui modalidades esportivas específicas. 

Por volta de 1850 a.C., foi descoberto no Egito, na Necrópole de Beni-Hassan, um


mural com imagens que mostravam a luta em vários movimentos. Em 1830 a.C. foram
relatados na Irlanda arremessos e em 1500 a.C., em Creta, praticava-se o pugilismo. Em
1160 a. C. na Irlanda há indícios da prática do salto em altura. Em 776 a.C. temos os
Jogos Olímpicos gregos, com importância local e regional, que depois passam a ser o
próprio calendário, pois eram disputados de quatro em quatro anos e eram uma
homenagem ao deus grego Zeus. 

Os Jogos Olímpicos assumiram um papel fundamental na vida dos gregos. Para se


ter uma ideia, as competições eram capazes de interromper as guerras entre as cidades,
num ritual conhecido por “trégua sagrada”. As primeiras ‘corridas de fundo’, com 4 mil
metros e 164 centímetros, são disputadas em 720 a.C. Os primeiros registros sobre o polo
que se tem jogo datam do ano 5 a.C., na Pérsia. A luta e o pentatlo (corrida, disco, luta,
salto em distância e dardo) estão nos Jogos de 708 a.C.  

Acredita-se que o esporte começou a ser considerado profissional a partir de 580


a.C., onde inicia-se a premiação em dinheiro e outros itens aos campeões, tais como
prêmios de 500 dracmas e também ânforas de óleo. As Olimpíadas perdem prestígio com
o domínio romano na Grécia, no século II a.C. Em 392, o imperador Teodósio I converte-se
ao cristianismo e proíbe todas as festas pagãs, inclusive as Olimpíadas.  

Mas em 6 de abril de 1896 começava em Atenas, na Grécia, a primeira edição dos


Jogos Olímpicos da Era Moderna. O renascimento do espírito olímpico, interrompido no
ano 392, deveu-se ao francês Barão de Coubertin. Charles Freddye Pierre era o nome do
Barão de Coubertin, pai da Olimpíada Moderna. Motivado pelo ideal da educação através
do esporte, Coubertin queria propagar seu uso como um instrumento de aproximação entre
os povos, em benefício da paz.  

Depois de data de início já tivemos 31 edições e a 32 seria neste ano de 2020 e


Devido à pandemia de coronavírus, os Jogos no Japão foram adiados para o ano de 2021.
O pai das olimpíadas modernas, “o Barão Pierre de Coubertin” nos deixou uma célebre
frase: "o importante é competir". Mas seria o ser humano competitivo por natureza?  

De acordo com Max apud Brito (2006), ao estudar sobre a relação existente entre
natureza e  cultura na constituição do ser humano, afirma que, por exemplo, que os cinco
sentidos (audição,  olfato, tato, visão e paladar) são naturais, biológicos, mas são também
culturais e sociais, em outras  palavras, mesmo os sentidos ditos naturais são
humanizados. 

Na tentativa de esclarecer acerca do conceito de natureza e cultura, Brito (2006)


apresenta os apontamentos de Chauí (2003):  

A natureza (...) é constituída por estruturas e processos necessários, que existem


em si e por si mesmos, independentemente de nós: a chuva, por exemplo, é um fenômeno
meteorológico, cujas causas e cujos efeitos necessários não dependem de nós e que
apenas podemos explicar. 

A cultura, por sua vez, nasce da maneira como os seres humanos interpretam a si
mesmos e as suas relações com a natureza, acrescentando-lhe sentidos novos, intervindo
nela, alterando-a por meio do trabalho e da técnica, dando-lhe significados simbólicos e
valores. A natureza humana é um conjunto de características descritas na Filosofia,
incluindo formas de sentir, agir e pensar, que todos os seres humanos têm em comum. 

Trata-se do conjunto de conhecimentos, valores, símbolos, tradições, ideias,


costumes e práticas que se tornam características de um grupo, seja ele familiar, social,
étnico, religioso, etc. A cultura molda a sociedade. Os seres humanos são culturais e
históricos, variam em consequência das condições sociais, econômicas, políticas e
históricas em que vivem. Para Brito (2006), o problema das tentativas de naturalização dos
sentidos, dos valores, dos comportamentos e das ações humanas é que elas anulam a
dimensão cultural e política da dimensão humana. Assim, na medida que em aceitamos
essa ordem de determinações como sendo naturais e necessárias, portanto, independente
de nós, das nossas vontades e ações, geralmente nos submetemos a processos a
processos de dominação engendrados pela própria sociedade. É preciso compreender que
a humanidade se caracteriza pela natureza e pela humanização dessa natureza através da
cultura e da história. 

Vamos então, após essa rápida análise dos conceitos de natureza e cultura retornar
ao nosso tema: o ser humano é naturalmente competitivo ou o meio o influencia para que
se torne assim? Competição ou cooperação? Jogo ou esporte? 

É possível trabalhar de maneira conjunta, buscando resultados benéficos a uma


coletividade a partir da soma de forças. Na escola, seja abordando qualquer um dos
conteúdos: jogos, lutas, danças,  ginástica, esportes; por meio da cooperação ou da
competição, precisamos em nossas aulas possibilitar a valorização da participação de
todos nas atividades, independente de níveis de  habilidades ou diferenças de
constituições físicas, como também propiciar à reflexão dos aspectos  conceituais das
modalidades esportivas, e utilizá-las para uma melhora dos nossos comportamentos  e
atitudes em relação ao outro. 

Agora, vamos a atividade! 

E lembre-se de entregar a lista de exercícios em sua escola!

Exercícios Aula  

1. Em que aspectos convergem o conceito de Esporte para


Rondinelli (2020), Barbanti (2006) e Brasil (1998)? 

a) O Esporte é uma atividade física que envolve esforço vigoroso e


participação motivada por fatores internos e externos. 

b) O esporte é uma atividade que depende das condições sob as


quais elas acontecem e pela busca por um tipo de recompensa. 

c) O esporte é uma atividade competitiva, institucionalizada,


vinculada e organizada pelas federações. 

d) Os autores não apresentam ideias em comum. 

2. Sobre os Esportes e as Olimpíadas é INCORRETO afirmar que: 

a) Desde a era dos primitivos já existia a prática do esporte, mesmo


que não institucionalizado, quando para sobreviver, os homens: corriam,
saltavam, lançavam, entre outras habilidades. 

b) Os Jogos Olímpicos da Era Antiga aconteciam de 4 em 4 anos


para homenagear o Imperador Teodósio I, que foi um grande propulsor do
aparecimento de esportes. 

c) O esporte passou a ser considerado profissional por volta de 580


a.C., nesta época iniciou a premiação em dinheiro “Dracmas e ânforas de
óleo”.
d) Em 392 d.C. as Olimpíadas foram interrompidas pelo Imperador
da época por ser considerada uma festa pagã. 

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