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Os campos de actuação ginástica: um estudo da percepção dos estudantes de


Educação Física

Article · October 2015

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6 authors, including:

Africa Calvo Lluch Vania Brandão Loureiro


Universidad Pablo de Olavide Polytechnic Institute of Beja
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Cíntia de la Rocha Freitas


Federal University of Santa Catarina
99 PUBLICATIONS   381 CITATIONS   

SEE PROFILE

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Torque and Range Of Motion Assessment in Volleyball Players. View project

Effects of low level laser therapy (LLLT) on neuromuscular parameters, performance, and fatigue View project

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e-ISSN 1881-4690

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte


Brazilian Journal of Physical Education and Sport
São Paulo v.29 Suplemento n.8 outubro 2015

2 e 3 de outubro de 2015

Escola de Educação Física e Esporte - USP

São Paulo, SP - Brasil

Escola de Educação Física e Esporte


Universidade de São Paulo
Coordenação Geral
Michele Viviene Carbinatto (EEFE-USP) - Presidente
Myrian Nunomura (EEFERP-USP)
Eliana de Toledo (FCA-UNICAMP)
Laurita Marconi Schiavon (FEF-UNICAMP)
Marco Antonio Coelho Bortoleto (FEF-UNICAMP)

Comissão Organizadora
Amanda Wirges (EEFE-USP)
Bruno Pinheiro (EEFE-USP)
Daniela Bento Soares (FEF-UNICAMP)
Douglas Silva (FEF-UNICAMP)
Fernanda Raffi Menegaldo (FEF-UNICAMP)
Helaine Cristina Lima (FPG)
Iago Richard dos Santos (EEFE-USP)
Jessica Shizuka Yahiro da Silva Oliveira (FEF-UNICAMP)
Kamau Monteiro (EEFERP-USP)
Laura Ribeiro Tostes (FEF-UNICAMP)
Lígia Bahu (EEFE-USP)
Maria Gabriela Fuga (FEF-UNICAMP)
Marina Aggio Murbach (UNESP-Rio Claro)
Mateus Henrique de Oliveira (FCA-UNICAMP)
Nathalia Moreira (EACH-USP)
Pâmela Pires (EEFE-USP)
Raísa Valvassori (EEFE-USP)
Renata Angélica Barbosa (FCA-UNICAMP)
Tamiris Lima Patrício (FEF-UNICAMP)
Valéria de Souza Ruiz (FCA-UNICAMP)
Vitor Ricci Costa (EEFERP-USP)
William Santana (EEFE-USP)
Yuji Yamaguti (EEFE-USP)

Comissão Científica
Kizzy Antualpa (EEFE-USP e Metrocamp) - Presidente
Maurício Santos Oliveira (UFES) - Presidente
Myrian Nunomura (EEFERP-USP)
Michele Viviene Carbinatto (EEFE-USP)
Eliana de Toledo (FCA-UNICAMP)
Laurita Marconi Schiavon (FEF-UNICAMP)
Marco Antonio Coelho Bortoleto (FEF-UNICAMP)
Letícia Queiroz Lima (UNESP-Rio Claro)
Pareceristas
Artemis Soares (UFAM)
Carlos Araújo (UFP - Portugal)
Ieda Parra Barbosa-Rinaldi (UEM/PR)
João Oliva (UFRGS)
Maria Luisa Bellotto (FEF-UNICAMP)
Rossana Benck (UnB)
Márcia Aversani (UNOPAR)
Paulo Carrara (FMU e EEFE-USP)
Priscila Regina Lopes (UFVJM)
Eunice Lebre (UP - Portugal)
João Luís Campos Pereira da Cruz Viana (Instituto Universitário da Maia)
Lígia Andréa P. Gonçalves (UNIPAR/PR)
Roberta Cortez Gaio (UNISAL)
Regina Maria Rovigati Simões (UFTM)
Mariana Harumi Cruz Tsukamoto (EACH-USP)
Thais Cevada d’Almeida (UERJ)
Ivana Montandon Soares Aleixo (UFMG)
Silvia Deutsch (UNESP - Rio Claro)
Márcia Aversani (UNOPAR)
Elizabeth Paoliello (UNICAMP)

Apoio Acadêmico-Científico
Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica da USP - GYMNUSP
Grupo de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica da UNESP-Rio Claro - GEPPEGIN
Grupo de Pesquisa em Ginástica do Laboratório de Experiências e Pesquisas em Ginástica - LEPEGI-FCA-UNICAMP
Grupo de Pesquisa em Ginástica FEF/UNICAMP

Apoio Científico
Science of Gymnastics Journal
Revista Brasileira de Educação Física e Esporte - EEFE-USP

Objetivos
No IV SIGARC pretendemos discutir, compartilhar e difundir os saberes entre treinadores, acadêmicos
e demais pessoas envolvidas com a Ginástica competitiva. Com esse intuito, especialistas nacionais e
internacionais expressivos debaterão diversos temas relacionados à Ginástica Artística e Ginástica Rítmica
com os participantes.
O encontro é uma oportunidade de intercâmbio de conhecimentos e que será concretizada na forma
de apresentações de pôsteres, workshops e conferências.
Esperamos que o público participante se atualize sobre temas na GA e GR, criem network para futuras
colaborações e parcerias e compartilhar experiências práticas com seus pares.
Programação

2/10 (sexta-feira)

12h Inscrição dos participantes e retirada dos materiais


Local: EEFE-USP

13h Palestra
“The enhancement of gymnastics performance: where to start and what should be included?
How do physiology, biomechanics and psychology interact in this process.”*
Monèm Jemni (Department of Sport Science, College of Arts and Sciences, Qatar University, Qatar)

14h às 17h30 Atividades Simultâneas


Workshop de Ginástica Artística
“Biomechanics in competitive artistic gymnastics.”**
Keith Russel (Comitê Científico da Federação Internacional de Ginástica)

Mini-Curso Ginástica Rítmica


“Artist quality in rhythmic gymnastics.”**
Monique Loquet (University of Rennes 2 - France).
Local: Quadras EEFE e salão D ou CEPEUSP

19h30 Cerimônia de Abertura


“Homenagens a professores, técnicos, atletas e árbitros que contribuiram com a Ginástica Brasileira.”
Local: Auditório István Jancsó (Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária)

20h30 Conferência de Abertura


“An overview of the coach education initiatives and Brazil’s participation in them.”**
Hardy Fink (Federação Internacional de Ginástica)
Mediação: Michele Viviene Carbinatto (EEFE-USP)
Local: Auditório István Jancsó (Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária)

*palestra será proferida em inglês, sem tradução.


**palestra com tradução simultânea.
3/10 (sábado)

8h30 Mesas-Redondas simultâneas


Ginástica Artística I
“The Soviet coach in NZ: examining cross-cultural expectations in gymnastics.” **
Roslyn Kerr (Lincoln University - Christchurch - New Zealand)

“Coming of age in WAG: an ecological perspective of factors contributing to career prolongation.”**


Natalie Barker and Astrid Schubing (Department of Food and Nutrition, and Sport
Science, University of Gothenburg - Sweden)
Mediação: Prof. Dr. Marco Antonio Coelho Bortoleto (FEF-UNICAMP)
Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE-USP

Ginástica Rítmica I
“Gestão esportiva na GR.”
Anita Kleman (Clube Grêmio Náutico União) e Anna Danielyan (Associação Recreativa Sadia)

“Gestão esportiva nas Olimpíadas RIO 2016.”


Letícia Barros (Coordenadora Técnica da Ginástica Rítmica da Confederação Brasileira de Ginástica;
Coordenadora da Organização da Ginástica Rítmica para RIO2016)
Mediação: Profa. Dnda. Kizzy Antualpa (EEFE-USP e Metrocamp)
Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE-USP

10h30 Intervalo

11h Mesa-Redonda simultânea


Ginástica Artística II
“Bolsa Atleta.”
Mosiah Rodrigues (Ministério do Esporte)

“Arbitragem na GA.”
Rodrigo Caron (Federação Paulista de Ginástica)
Mediação: Profa. Dra. Laurita Marconi Schiavon (FEF-UNICAMP)
Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE

Ginástica Rítmica II
“Promoting artistic quality in rhythmic gymnastics,
a didactic analysis from high performance to school practice.”**
Monique Loquet (University of Rennes 2 - France)

“Ginástica rítmica de alto rendimento desportivo.”


Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho (Universidade do Porto - Portugal)
Mediação: Profa. Dra. Eliana de Toledo (FCA-UNICAMP)
Local: Salão A da EEFE-USP
12h Almoço

14h Atividades simultâneas


Mini Curso GA II

Mini Curso GR II
“Composição coreográfica e dança criativa”.
Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho (Universidade do Porto - Portugal)
Local: Salão A da EEFE-USP

15h30 Intervalo

16h Sessão de Pôsteres / Exposição Fotográfica


Local: Hall de Entrada EEFE-USP

18h às 19h Encontro paralelo


Docentes de Ginástica do Brasil
Local: Sala de aula da EEFE-USP

19h30 Avaliação do Evento


Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE-USP

20h Conferência de Encerramento


“Cautions of competitive gymnastics.”**
Keith Russel (Comitê Científico da Federação Internacional de Ginástica)
Mediação: Profa. Dra. Myrian Nunomura (EEFERP-USP)

21h Coquetel final para todos os participantes.


Local: Salão A da EEFE-USP
Sumário e-ISSN 1981-4690

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 29, outubro 2015. Suplemento n. 8.


IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

7 Apresentação

Ensaios

9 The enhancement of gymnastics performance: where to start and what should be included?
How do physiology, biomechanics and psychology interact in this process.
JEMNI, Monèn

13 An overview of the coach education initiatives and Brazil’s participation in them.


FINK, Hardy

15 The Soviet coach in NZ: examining cross-cultural expectations in gymnastics.


KERR, Roslyn

17 Coming of age in wag: an ecological perspective of factors contributing to career prolongation.


SCHUBRING, Astrid; BARKER-RUCHTI, Natalie; KERR, Roslyn;
CERVIN, Georgia; NUNOMURA, Myrian

19 Ginástica rítmica de alto rendimento.


CARVALHO, Maria de Lurdes Tristão Ávila

23 O profissional de Educação Física e Esporte.


CARBINATTO, Michele Viviene

Resumos

Sociocultural
R.1 Ginástica Artística
R.9 Ginástica Rítmica
R.11 Outros

Biodinâmica
R.15 Ginástica Artística
R.21 Ginástica Rítmica
R.29 Outros

R.29 Comportamental
R.41 Ginástica Artística
R.57 Ginástica Rítmica
Outros

R.63 Índice de Autores dos Resumos

Os artigos apresentados são de responsabilidade dos Autores; os resumos foram aprovados pelos Revisores do Seminário.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8 •
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Apresentação
O IV Seminário Internacional de Ginástica Ginástica (LAPEGI-FCA-UNICAMP); Grupo
Artística e Rítmica de Competição (SIGARC) de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica
é um evento acadêmico-científico que inclui (GEPPEGIN – Unesp) e Grupo de Estudos e
apresentações em formato de conferências, mesas- Pesquisas em Ginástica da USP (GYMNUSP),
redondas e exposição de trabalhos científicos. vem ocupando posições de destaque no estudo em
Em vista da aproximação dos Jogos Olímpicos do ginástica e seus desdobramentos, tanto no cenário
Rio de Janeiro em 2016, cabe ressaltar a expansão regional, nacional e também internacional.
internacional do esporte de competição no Brasil, Assim, as três universidades públicas do Estado
em particular, das modalidades de Ginástica de São Paulo, voltam a reunir seus esforços para
Artística (GA) e Ginástica Rítmica (GR). O presente concretizar mais uma edição do SIGARC, dessa
evento fomenta um momento de apresentações, de vez coordenada pela USP. E, então, assumem
reflexões e de compartilhamento de informações e o compromisso de contribuir na produção
conhecimento cientifico e tecnológico que viabilize do conhecimento científico da área, e manter
a continuidade do processo de desenvolvimento a tendência revelada no estudo de Oliveira e
dessas modalidades no país. colaboradores.
A repercussão da primeira edição deste evento, Em outras palavras, estamos diante de mais
realizado na cidade do Rio de Janeiro em 2007, na uma oportunidade para prestigiar os trabalhos em
ocasião dos Jogos Pan-Americanos, foi evidente, ginástica no país e do exterior. E, por conseguinte,
pois potencializou o intercâmbio entre instituições, criar aproximações entre estudantes, pesquisadores,
pesquisadores, treinadores, federações e demais técnicos, professores e árbitros das modalidades em
envolvidos na GA e GR. prol do desenvolvimento da ginástica!
Na segunda edição, em 2010, realizada na
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Saudações Ginásticas!
número de participantes do evento triplicou. Cresceu,
também, o número de palestrantes internacionais
expressivos, assim como de profissionais de
destaque nas modalidades no âmbito nacional.
A terceira edição, em 2012, foi realizada na cidade Prof. Dra. Michele Viviene Carbinatto
de Rio Claro – SP, na Universidade Estadual Paulista (EEFE-USP)
“Julia de Mesquita Filho” (Unesp), e também com Profa. Dra. Myrian Nunomura
o propósito firme de discutir os avanços no âmbito (EEFERP-USP)
científico-acadêmico dessas modalidades olímpicas. Profa. Dra. Eliana de Toledo
(FCA-UNICAMP)
Ressaltamos que os proponentes e organizadores
Profa. Dra. Laurita Marconi Schiavon
deste evento, por meio de seus grupos de pesquisa: (FEF-UNICAMP)
Grupo de Pesquisa em Ginástica (FEF- UNICAMP); Prof. Dr. Marco Antonio Coelho Bortoleto
Laboratório de Pesquisas e experiências em (FEF-UNICAMP)

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:7 • 7
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

The enhancement of gymnastics performance:

Ensaios
where to start and what should be included?
How do physiology, biomechanics
and psychology interact in this process
Monèm JEMNI
College of Arts and Sciences, Qatar University, Doah, Qatar

Introduction
Although scientists have been actively investigating to a better understanding of gymnastics performance.
several variables influencing artistic gymnastics performers The coaching processes, the pedagogies and performance
and performances, the number of publications and analysis would be under scrutiny as an entire picture
citations are still scares by margin compared to other in an attempt to consider real-sporting context. This
sports. Each one from a separate side enhancing the full picture would certainly assist the end-users to fully
state of the art scientifically based literature in an attempt expand their expertise and to apply a modern strategy
to promoting this sport. However, not much has been into the make off future champions. The physiologists’
published within a cross-collaboration attempts between points of view will be developed in this context in
different experts. The objective of this editorial is to order to wrap-up the interaction concept. Note that
give an insight into how physiology, biomechanics and other points of views could be found in The Science of
psychology interact with each other in order to contribute Gymnastics, Chapter 41.

The physiologists’ contribution


Based on the fact that humans react differently under the quality of his/her performance. The “environment”
different conditions and regimes, exercise physiologists in which gymnasts perform is very special because of
aim to understand how human systems work under these the specificities of the apparatus and with major safety
conditions. Such conditions have various impacts stress concern associated to it. Equipment engineers have
levels, arousal states, hormonal regulation that directly contributed to the immense gymnastics’ evolution from
affect muscle physiology, force production and changes the 70s to nowadays. Coaches, gymnasts, medical staff,
the neural control of the movement pattern2. The impact physiologists, biomechanists and psychologists interacted
of a “stress/situation” differs between the context of a with manufacturers, each from their respective point
gymnastics training and/or competition. The way the of view in order to improve, not only the safety of the
gymnast interacts with the external environment (coach, practitioners but also to insure a parallel evolution of the
team mates, spectators and even the apparatus) changes equipment that equal the increasing gymnastic difficulties.
according to the situation and subsequently influences Here some evidence-based of these interactions.

Interaction between physiologists & psychologists:


growth and development versus individual and group personality
How many times have you heard about conflicts about severe injuries in gymnasts? Have you ever tried
between a coach and a gymnast? How many times have to understand why?
you heard about a very talented gymnast who made a The history of gymnastics provides several examples of
huge success at junior level but disappeared / burnt- clashes between gymnasts and their coaches. However, it
out after few years? How many times have you heard has been shown that most of these issues occur around

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

adolescence and could have been avoided if coaches some individuals might have stronger roles/status than
Ensaios
had wider range of knowledge and manoeuvres about others in each of the above “groupings”. The coach has
this sensitive period. Indeed, teenagers undergo, various to understand all these “group components / psychology”
physiological changes which directly affect their mood and while considering the individual variables. There are many
psychology. Heredity, maturity, gender, nutrition, rest, sleep, coaches who succeeded in working with younger age groups
level of fitness, illness/injury, motivation and environmental but completely failed with older gymnasts and vice versa.
conditions influence the response of a gymnast to training Shall we end up by believing in common sense that says:
stimulus. Obviously, each gymnast’s response is different “oh, this coach is born to work with children”!?
to another. Male gymnasts generally reach their peak For these reasons, one of the principles of training
of performance in their early twenties, whereas female to fastidiously apply is individualization. A wise coach
gymnasts tend to reach their peak in their mid-to-late teens should detect individual responses and formulate
BALE & GOODWAY3. Working with different age groups is appropriate reactions for each athlete. However, there are
indeed one of the biggest challenges for a coach. Each many cases when coaching a team makes individualizing
age group has different “group psychology”, “group a practical impossibility. Consulting sport psychologists
personality” and also “group fitness” which might be can resolve major clashes and retrieve situations. Few
totally different to the respective individual components. high level gymnasts have indeed seen their career ending
In fact, the “individual personality” merges within the because of the lack of collaboration between coaches,
group’s personality to create a “trend”. In the mean time, psychologists and physiologists.

Interaction between physiologists & biomechanists:


growth and development versus technique and skills design
Working with younger gymnasts has a crucial advantage the “gym” to assess the progress of the gymnasts before
from a technical versus body composition point of view. raising the load stimulus versus stage and readiness.
Young gymnasts are typically lighter and shorter than Physiologists have demonstrated that gymnasts
older gymnasts. This slender physique has biomechanical (mainly females artistic and rhythmic) are prone to
advantages in performing high risk acrobatic skills common an increased risk of eating disorders and mineral
to contemporary gymnastics. It is widely accepted that the deficiencies with a remaining issue: if they eat enough,
short stature and reduced weight, typically observed in elite what do they eat!?11-13. In addition, many gymnasts and
gymnasts, offers less inertia to the angular momentum coaches are at risk of severe behavior in an attempt to
dominant in gymnastics performance4. Coaches consider maintain a lean body size; including extreme dieting,
the pre-puberty phase as an important period of action; dehydration by the use of diuretics, punishment and food
in fact gymnasts are very receptive to “technical learning” deprivation by the coach if gymnasts put some weight
and strength and power gain during this period. It is on, etc. Evidence showed that inappropriate diet leads to
also well known that puberty is associated not only with a decreased performance and an increased risk of injuries
morphological and hormonal transformations but also and some severe health issues14. In order to prevent such
with an increase of the maximal power5-6. issues, physiology provides tools to monitor gymnasts’
It has been proven that the high level of stress health and body composition via standardized tests and
imposed by huge training volume and conditioning blood / saliva analysis. Regular medical and psychological
has an impact on menarche, bone heath and growth exams are indeed recommended, particularly at high level
and development1,7-10. Thus, young children become and could be of a great support in many difficult cases.
potentially at greater risk of different types of injuries. One of the main areas where biomechanists, coaches
It is therefore, very important to understand all these and physiologists interact effectively is the “invention/
issues when working with young gymnasts. Key elements design of new skills”. It is thanks to the collaborative work
that physiology provides in order to avoid these heath of these trios, that gymnastics has seen an extraordinary
risks are: overload and progression, individual response, expansion of the technical repertoire. There is evidence of
readiness and periodisation. A very clear and progressive work that has been previously performed using computer
periodisation of the training seasons taking into account simulators in order to address the required biomechanical
all the above is necessary to avoid burnout. In addition, variables, in particular for high aerial acrobatic elements
few tests could also be performed in the laboratory or on on the high bar, parallel and uneven bars and vault15-22.

10 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:9-12
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Some of these studies have been published but others As a conclusion, gymnastics’ improvement depends

Ensaios
kept “secret”. Also, some of these simulations have not only on a better understanding of the skills’
been successful but some others did not show any performance, but also on the technical progress,
applications23-26. A close link with the physiologists is a the thorough understanding of the perfor mer
key point in order to guarantee the success of the “new physiologically and psychologically and surely on the
designed element”. Body composition modeling versus collaboration between scientists and manufacturers in
gravity and motion laws is indeed very important to innovating material and equipment.
consider in order to guaranteeing a successful new skill.

References
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2. Mikulas S. Evolution du niveau de l’état fonctionnel de l’analyseur vestibulaire en gymnastique sportive (garçons). In: Ganzin
M, editor. Gymnastique artistique et GRS: communications scientifiques et techniques d’experts étrangers. Paris: INSEP. 1994.
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4. Faria IE, Faria EW. Relationship of the anthropometric and physical characteristics of male junior gymnasts to performance. J
Sports Med Phys Fitness. 1989;29:369-78.
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and low altitudes. J Appl Physiol. 1991;70:1031-7.
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special reference to sexual maturation. Eur J Appl Physiol. 1991;62:151-6.
7. Jemni M, Friemel F, Le Chevalier JM, Origas M. Heart rate and blood lactate concentration analysis during a high level men’s
gymnastics competition. J Strength Cond Res. 2000;14:389-94.
8. Sands WA, Hofman MG, Nattiv A. Menstruation, disordered eating behavior, and stature: a comparison of female gymnasts and
their mothers. Int Sport J. 2002;6:1-13.
9. Theodoropoulou A, Markou KB, Vagenakis GA, et al. Delayed but normally progressed puberty is more pronounced in artistic
compared with rhythmic elite gymnasts due to the intensity of training. J Clin Endocrinol Metab. 2005;90:6022-7.
10. Courteix D, Rieth N, Thomas T, et al. Preserved bone health in adolescent elite rhythmic gymnasts despite hypoleptinemia.
Horm Res. 2007;68:20-7.
11. Lindholm C, Hagenfeldt K, Hagman U. A nutrition study in juvenile elite gymnasts. Acta Paediatr. 1995;84:273-7.
12. Filaire E, Lac C. Nutritional status and body composition of juvenile elite female gymnasts. J Sports Med Phys Fitness. 2002;42:65-70.
13. Jankauskienė R, Kardelis K. Body image and weight reduction attempts among adolescent girls involved in physical activity.
Medicina (Kaunas). 2005;41:796-801.
14. Benardot D. Nutrition for gymnasts. In: Marshall NT, editor. The athlete wellness book. Indianapolis: USA Gymnastics; 1999. p.1-28.
15. Holvoet P, Lacouture P, Duboy J. Practical use of airborne simulation in a release-regrasp skill on the high bar. J Appl Biomech.
2002;18:332-44.
16. Mkaouer B, Jemni M, Amara SM, et al. Analyse des paramètres déterminants de la performance lors du grand jeté lancer-rattraper
en GR. Proceedings of the 5th International Conference of the Association Française pour la Recherche en Activités Gymniques
et Acrobatiques (AFRAGA); 2005 Apr 11-13; Hammamet, Tunisia. Hammamet: AFRAGA; 2005.
17. Sands WA, Jemni M, Stone M, McNeal J, Smith SL, Piacentini T. Kinematics of vault board behaviours: a preliminay comparison.
Proceedings of the 5th International Conference of the Association Française pour la Recherche en Activités Gymniques et
Acrobatiques (AFRAGA); 2005 Apr 11-13; Hammamet, Tunisia. Hammamet: AFRAGA; 2005.
18. Yeadon MR, King MA, Hiley MJ. Computer simulation of gymnastics skills. Proceedings of the 5th International Conference of
the Association Française pour la Recherche en Activités Gymniques et Acrobatiques (AFRAGA); 2005 Apr 11-13; Hammamet,
Tunisia. Hammamet: AFRAGA; 2005.
19. Sands W, McNeal J, Stone M, Russell E, Jemni M. Flexibility enhancement with vibration: acute and long-term. Med Sci Sports
Exerc. 2006;38:720-5.
20. Sands WA, Stone M, McNeal J, et al. A pilot study to measure force development during a simulated Maltese Cross for gymnastics still
rings. XXIV International Symposium on Biomechanics in Sports (ISBS); 2006 July 14-18; Salzburg, Austria. Salzburg: ISBS; 2006.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:9-12 • 11
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

21. Hars M, Holvoet P, Barbier F, Gillet C, Lepoutre FX. Study of impulses during a walkover backward on the balance beam in
women gymnasts. Proceedings of the 1st Scientific Symposium of the Asian Gymnastics Union; 2008 Nov 14; Doha, Qatar.
Doha: Aspire Academy; 2008.
22. Mkaouer B, Jemni M, Amara S, Tabka Z. Kinematics study of jump in backward rotation. Proceedings of the 1st Scientific
Symposium of the Asian Gymnastics Union; 2008 Nov 14; Doha, Qatar. Doha: Aspire Academy; 2008.
23. Know YH, Fortney VL, Shin IS. Analysis of Yurchenko vaults performed by female gymnasts during the 1988 Seoul Olympic
Games. Int J Sport Biomech. 1990;2:157-77.
24. Milev N. Analyse cinématique comparative du double salto arrière tendu avec et sans vrille (360°) à la barre fixe. In: Ganzin M, editor.
Gymnastique artistique et GRS: communications scientifiques et techniques d’experts étrangers. Paris: INSEP; 1994. p.115-24.
25. Petrov V. Modèle expérimental d’exécution du double salto avant groupe avec reprise de barre à la barre fixe. In: Ganzin M, editor.
Gymnastique artistique et GRS: communications scientifiques et techniques d’experts étrangers. Paris: INSEP; 1994. p.135-41.
26. Petrov V. Technique et méthode d’exécution d’un salto avant jambes écartées à partir d’un grand tour jusqu’à la reprise de la
barre en suspension arrière. In: Ganzin M, editor. Gymnastique artistique et GRS: communications scientifiques et techniques
d’experts étrangers. Paris: INSEP; 1994. p.169-75.

ADRESS
Monèm Jemni
Department of Sport Science
College of Arts and Sciences
Qatar University
P.O. Box: 2713
Doha - QATAR
e-mail: m.jemni@qu.edu.qa

12 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:9-12
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

An overview of the coach education initiatives

Ensaios
and Brazil’s participation in them
Hardy FINK
International Gymnastics Federation (FIG)

The Academy Program has the goal to provide The Age Group Development and Competition
lesser developed as well as highly developed gymnastics Program includes a testing and monitoring and
countries with a common knowledge base for the development program for physical abilities and technical
development of high performance gymnasts. The skills as well as a complete two-stream multi-level
information is scientifically based on the growth and competition program with modified rules for age-group
development characteristics of the developing child: it gymnasts and compulsory exercises for all ages.
is athlete centered; and it provides examples of what is The FIG has now organized nearly 300 coach
considered “best world practice”. education events in seventy-five countries with
Over time, the FIG Academy Program has included participants from 125 member federations.
all of the gymnastics sports and in the past few years Brazil was one of the early hosts of and participants
was enhanced with a comprehensive FIG Age Group in the academy program but the continued interest seems
Development and Competition Program. to have abated. Nevertheless, some of the most active
experts for the FIG Academy Program are Brazilians.

ENDEREÇO
Hardy Fink
International Gymnastics Federation - FIG
Avenue de la Gare, 12
630 1001 - Laussanne - SWITZERLAND
e-mail: hfink@shaw.ca

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

The Soviet coach in NZ:

Ensaios
examining cross-cultural expectations in gymnastics
Roslyn KERR
Lincoln University, New Zealand

In the 1990s, the former Soviet Union (FSU) was or being recommended for, an appropriate coaching
described as experiencing a ‘brain drain’, as many job through someone that they already knew, usually
professionals migrated from the FSU to the West1. another coach from the FSU. This finding is significant
One type of migrant professional was the gymnastics for Western gymnastics clubs seeking to employ
coach, with many Western countries eager to employ gymnastics coaches, who often advertise for coaches
coaches from the highly successful Soviet gymnastics using internet employment sites yet may benefit from
system 2 . Previous studies have found that FSU utilizing gymnastics coaching networks.
migrants encounter significantly different sociocultural The study also found that coaches were particularly
expectations in their new countries (see for example, struck by a number of differences between the FSU and
HUTCHISON3; REMENNICK4; SHOR5). However, there has New Zealand. Specifically, coaches focused on the role
been surprisingly little attention to the experiences of of the state in sport, parents’ role/s in children’s sport,
migrant sports coaches within sporting literature6-7. the role of sport in a child’s life, as well as children’s
This presentation presents analyses of interviews with work-ethic and physical movement skills. All these
a selection of gymnastic coaches from the FSU who factors combined together to emphasize the significant
have migrated to New Zealand, focusing on how they difference between working in a socialist, state-funded
came to arrive in New Zealand and their experiences of institution and a capitalist system where parents pay fees
coaching in New Zealand. to clubs who then pay coaches. This meant that coaches
Semi-structured life story interviews were conducted needed to shift from thinking of gymnasts as products
with six coaches who migrated from the FSU to New of the state, who would likely receive significant financial
Zealand and became employed by clubs as full-time rewards if successful, to thinking of gymnasts as
gymnastics coaches. Interviewees included two women, consumers who paid clubs for coaching.
two men and one married couple. All were born in All the coaches in the study described how they had
the FSU, considered Russian their native tongue and adapted their coaching style to suit the New Zealand
identified themselves as Russian (two were born in what environment. In line with the need for coaches to
is now Uzbekistan). Participants were identified through reconceptualize gymnasts as consumers rather than
the researcher’s previous gymnastics research. products, various changes were reported. These included
Interview questions covered coaching experiences in changing from terse instruction to ‘soft’ speaking, using
the FSU and New Zealand, reasons for migrating and constant reassurance and utilizing games. However,
how migration occurred. Interviews were conducted in the coaches found that these efforts were only partially
English throughout 2013 and 2014. Interviewees chose successful. The experience of these coaches, overall,
the interview location. Each interview took approximately was one of a marked challenge to practices which had
one hour, was tape recorded and fully transcribed. The previously resulted in considerable coaching success.
author coded the data following BRAUN and CLARKE’s8 In large measure, they attributed this to sociocultural
six step process. Transcripts were read repeatedly, initial differences in how children could be treated in a training
codes developed and themes then identified. environment. In the FSU, both coaches and children
One of the most significant findings was the role (gymnasts) are products of a national system designed
that social capital played in facilitating migration. Social to produce successful competitors, whereas in New
capital refers to the ability for an individual to secure Zealand, private training clubs exist with the dual focus
benefits through their connections with others9. In of producing success and providing a well-rounded
this study, migration was seen by all the participants childhood experience. Thus, coaches migrating to New
as a benefit that they received owing to their personal Zealand from the FSU were challenged to produce both
social connections. Indeed, all the interviewed migrants successful gymnasts and well-rounded children, which
came to New Zealand as a result of hearing of, and/ was very different from their previous experience.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

References
Ensaios

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2002;40:99-121.
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grants from the former Soviet Union in Israel. Early Child Dev Care. 2005;175:457-65.
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Leisure Stud. 2014. doi:10.1080/02614367.2014.939988
8. Braun V, Clarke V. Using thematic analysis in psychology. Qual Res Psychol. 2006;3:77-101.
9. Portes A. Social capital: its origins and applications in modern sociology. Annu Rev Sociol. 1998;24:1-24.

ENDEREÇO
Roslyn Kerr
Lincoln University
7th Floor Forbes
PO Box 85084
Lincoln 7647 - Christchurch - NEW ZEALAND
e-mail: Roslyn.Kerr@lincoln.ac.nz

16 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:15-16
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Coming of age in wag: an ecological perspective

Ensaios
of factors contributing to career prolongation
Astrid SCHUBRING
University of Gothenburg, Sweden
Natalie BARKER-RUCHTI
University of Gothenburg, Sweden
Roslyn KERR
Lincoln University, New Zealand
Georgia CERVIN
University of Western Australia, Australia
Myrian NUNOMURA
University of Sao Paulo, Brazil

Introduction
Women’s artistic gymnastics (WAG) has been characterised point, the research project ‘Coming of Age: Towards Best
as a sport of short careers. In recent years, however, a Practice in Women’s Artistic Gymnastics’ investigates the
considerable number of elite gymnasts have extended their causes and effects of this trend1. Central to this research is
careers into their twenties. Taking the international presence the question of which factors actually allow elite gymnasts
of ‘older’ gymnasts at the highest level of sport as a starting to prolong their careers?

Theoretical and methodological approach


While there is a large body of literature on athlete we adopt BRONFENBRENNER’S2 theory of ecological
development and athletic career pathways, most studies systems. This theory proposes that individuals learn and
focus either on training issues, physical dispositions and/ develop in interaction with factors situated in nested
or psychological skills. As a consequence, they miss an contextual systems (micro-, meso-, exo-, macrosystem),
integrative approach. Further, much of this research and in relation to historical contexts (chrono-system).
adopts a predictive design and is thus unable to provide For the purpose of our research, the theory supports
evidence of how long-term successful careers are the retrospective examination of factors that allowed
actually being developed. To counter these shortcomings, successful career development in WAG.

Research methods
We draw on data from the ‘Coming of Age’ research and two judges. Using a thematic analysis, we identified
project, namely biographical interview material that was different layers of influence and grouped these using
provided by an international sample of 10 gymnasts Bronfenbrenner’ theoretical model. Several themes
who have been or are currently competing at the highest emerged as more dominant than others and received
level and are older than 20 years of age, five coaches further analytic exploration.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Findings
Ensaios

The factors that influence gymnasts to prolong their aspects (esp. a-d) developed as gymnasts transitioned
careers are complex and interact in dynamic and diverse through puberty and in several cases, experienced
ways. However, five aspects could be identified as critical periods of reflection because of timeouts from WAG.
for successful career continuation: a) athletes fitting the As an outcome, gymnasts developed self-, body- and
idealised WAG physique; b) an equal coach-gymnast performance autonomy, which allowed them to direct
relationship; c) flexible career development models; d) the relationships with their coaches and their training.
an opening up of age- and performance-related beliefs; As a result, gymnasts were increasingly able to control
and e) changes in sporting regulations. Importantly, these their health and career pathways.

Conclusion
The findings challenge the common belief that WAG to act a positive transition that allows gymnasts to
success depends on a young and slender body, early become autonomous, which in turn positively develops
entrance and peaking, intensive training and stringent relationships and training, and health and performance.
coach control. They particularly reject the assumption Certainly, for the gymnasts of our study, the increased
that pubertal development ends WAG careers. Instead, autonomy significantly extended careers and produced
the results demonstrate how puberty has the potential long-term competitive success.

References
1. Kerr R, Barker-Ruchti N, Schubring A, Cervin G, Nunomura M. Coming of age: towards best practice is women’s artistic
gymnastics. Canterbury: Lincoln University; 2015. (LEaP Research Report, 37).
2. Bronfenbrenner U. The ecology of human development: experiments by nature and design. Harvard: Harvard University Press;
1979.

ENDEREÇO
Astrid Schubring
University of Gothenburg
R. Läroverksgatan 7
405 30 - Gothenburg - SWEDEN
e-mail: astrid.schubring@gu.se

18 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:17-18
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Ginástica rítmica de alto rendimento desportivo

Ensaios
Maria de Lurdes Tristão Ávila CARVALHO
Faculdade de Desporto, Universidade do Porto

Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos


O trabalho realizado em conjuntos teve como princi- corporal e da idade da menarca as que se apresentam
pais objetivos analisar as características antropométricas, substancialmente relevantes na explicação do sucesso em
composição corporal, idade da menarca, volume de horas competição destas ginastas. No entanto, concluímos que
de treino, o início da atividade desportiva e anos de prática essas características são comuns às ginastas de elevado
das ginastas de Elite de conjuntos de Ginástica Rítmica nível de desempenho. O elevado volume de horas de
e analisar, em função do desempenho em competição, o treino semanal (cerca de 42 horas) explicou 42% do
conteúdo dos exercícios de competição desses conjuntos sucesso em competição. A iniciação precoce em GR (aos
contribuindo para a caracterização quer das ginastas quer seis anos de idade) e o elevado número de anos de prática
da performance dos conjuntos de excelência em GR. são significativamente relevantes no alcance do patamar
Analisar a composição coreográfica de conjuntos de Elite. de excelência em conjuntos de GR.
Foram analisadas as características de 84 ginastas de A idade da menarca observada nas ginastas foi signi-
conjuntos que participaram nas Taças do Mundo de GR ficativamente mais tardia nas ginastas mais velhas pelo
de Portimão em 2009 e 2010 e analisado o conteúdo de maior número de anos de treino em GR que antecede-
126 exercícios de competição de conjuntos de 28 países ram o aparecimento da menarca. Os resultados referen-
que submeteram as cartas de competição durante quatro tes à análise do conteúdo dos exercícios permitiu-nos
Taças do Mundo de GR em Portimão (2007 a 2010). Para considerar como consistente o padrão das composições
a análise das características das ginastas foi calculado o dos exercícios de competição de elevado nível de de-
índice de massa corporal, massa gorda e massa magra, sempenho desportivo. Estes incluem: maior número e
as duas últimas estimadas a partir de pregas cutâneas e complexidade na utilização de elementos de dificuldade
perímetros corporais. A informação relativa à idade da em troca, dificuldades em equilíbrio executadas na sua
menarca das ginastas assim como a idade de início do maioria com elevada amplitude e executadas com dife-
treino em GR, anos de prática e volume de horas de rentes apoios de forma dinâmica, dificuldades em salto
treino (diário e semanal) foi recolhida apartir de questio- maioritariamente executados com rotação, dificuldades
nário. Para a análise do conteúdo dos exercícios, todos os em rotação executadas na sua maioria com elevada
elementos de dificuldade corporal, de aparelho e espe- complexidade técnica, maior utilização de critérios asso-
cíficos de conjuntos registrados nas fichas técnicas dos ciados aos lançamentos (explicando 6% do sucesso em
conjuntos fornecidas nas competições foram analisadas. competição) em detrimento de critérios associados às
A partir dos resultados referentes à caracterização das receções, maior utilização de colaborações com perda de
ginastas de elite de conjuntos de GR, consideramos que contato visual com o aparelho durante o voo explicando
não são as características antropométricas, da composição 16,5% do sucesso em competição.

Análise do conteúdo dos exercícios de competição individual


O trabalho realizado através de exercícios individuais teve do desempenho, perceber como é interpretado o Código
como principal objetivo analisar o conteúdo das dificuldades de Pontuação e conhecer estratégias utilizadas nessas com-
dos exercícios de competição das ginastas de elite individual posições. Os dados da pesquisa foram recolhidos a partir
de Ginástica Rítmica de acordo com o desempenho em das folhas oficiais de dificuldade dos exercícios fornecidas
competição e aparelhos de competição. A informação quan- nas competições. Analisamos o conteúdo de 288 exercícios
titativa adquirida a partir desta análise permite caracterizar de competição de ginastas de elite individuais nos quatro
a composição dos exercícios de competição das ginastas e aparelhos (arco, bola, maças e fita) nas Taças do Mundo
portanto é possível identificar as tendências da estruturação de Lisboa em 2013 e 2014. As ginastas foram divididas em

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

três subgrupos de acordo com o ranking nas competições O maior número de passos de dança e de elementos
Ensaios
analisadas: Grupo 1: 1º a 8º posição (Ginastas finalistas); do grupo fundamental do aparelho associados aos passos
Grupo 2: 9º a 22º posição (2ª parte do ranking); Grupo 3: de dança estão presentes nos exercícios de fita e maças.
23ª a 36º posição (3ª parte do ranking). As ginastas de todos os grupos analisados realizaram o
Os resultados referentes a análise das quatro dificul- maior número de mestrias do aparelho nos exercícios
dades (dificuldades corporais, maestrias, combinação de de arco e bola. Portanto, concluímos que as ginastas têm
passos de dança e elementos dinâmicos com rotação e investido mais em passos de dança e menos em mestria
lançamento) permitiu-nos verificar que não foram encon- nos exercícios de fita e maças e o contrário ocorre nos
tradas diferenças significativas nas ginastas dos diferentes exercícios de arco e bola.
rankings analisados. Deste modo, concluímos que as gi- Acerca da maestria de aparelho, verificamos 6 dife-
nastas de elite apresentam as folhas oficiais de dificuldade rentes tipos de combinações de bases e critérios como
com características semelhantes, no entanto, o número requisitos desta dificuldade. No entanto, a combinação
de dificuldades validadas pelos juízes e a nota alcançada mais utilizada em todos os grupos analisados foi de 1
através dos critérios de execução avaliados (faltas técnicas e base e 2 critérios. Além disso, notamos que a maior
artísticas) traduzem o ranking das ginastas nas competições. parte das mestrias de aparelho das finalistas e ginastas
Algumas informações adquiridas e algumas diferen- da 2ª parte do ranking são realizadas com elementos do
ças nos rankings analisados sem significado estatístico, grupo não fundamental do aparelho, e com elementos
merecem destaque. Relativamente às dificuldades cor- do grupo fundamental do aparelho nas ginastas da 3ª
porais verificamos a utilização de 25 diferentes tipos de parte do ranking.
saltos, 21 tipos de equilíbrios e 27 tipos de rotações nos Através da análise dos elementos dinâmicos com
exercícios analisados. As ginastas da 3ª parte do ranking rotação e lançamento foi possível verificar que o maior
apresentaram menores valores nas rotações. Além disso, número de rotações é realizado nos exercícios de fita
estas ginastas mostraram menor número de dificuldades e maças, o maior número de critérios adicionais são
múltiplas que as finalistas e ginastas da 2ª parte do ranking. observados nos exercícios de arco e maças, contudo, o
O maior valor de saltos e menor valor de equilíbrios critério adicional rotação do corpo apresentou valores
encontram-se nos exercícios de fita em todos os grupos equivalentes em todos os aparelhos. O maior e o me-
analisados. As combinações de dificuldades mistas mais nor número de critérios adicionais de lançamento do
utilizadas são: equilíbrio + equilíbrio; rotação + rotação e aparelho foram encontrados nos exercícios de maças e
rotação + equilíbrio. Por fim, observamos que o grupo das bola, respectivamente. Assim como o maior e o menor
ginastas finalistas apresentou o menor número de dificulda- número de critérios adicionais de receção do aparelho
des realizadas com uma onda de corpo e/ou uma rotação foram encontrados nos exercícios de bola e fita, res-
adicional como forma de bonificação da dificuldade. pectivamente.

Ajuízamento
Em competição de alto rendimento, muitas vezes as atribuídos por cada juiz a cada elemento de dificuldade).
diferenças entre as concorrentes são tão pequenas, que O trabalho realizado sobre o conteúdo dos exercícios
pequenos desvios sistemáticos das juízes e/ ou pequenos teve como principais objetivos: 1) fazer uma análise das
pormenores da estrutura do exercício, podem interferir tendências de desenvolvimento da modalidade em geral
na posição final do ranking, pelo que a nossa análise e da carga dos exercícios em especial; 2) Identificar as
incide sobre o ajuizamento e o conteúdo estrutural do características estruturais na composição dos exercícios,
exercício. O trabalho realizado sobre o ajuizamento teve a diversidade e variedade de utilização dos diferentes
como principais objetivos: 1) caracterizar as juízes inter- elementos técnicos.
nacionais de Ginástica Rítmica (GR), oriundas de todas Foi analisada toda a atividade das quatro juízes de
as partes do mundo, com as suas culturas próprias e co- dificuldade, bem como o conteúdo da composição, re-
nhecer a perspetiva do avaliador relativa à objetividade na portada nas cartas de Competição usadas nos exercícios
aplicação das regras e as suas orientações para promover individuais durante o Campeonato do Mundo Kiev 2013,
a evolução da modalidade; 2) analisar a confiabilidade e de acordo com: 1) posição no ranking (1ª parte , 2ª parte
validade do ajuizamento de Dificuldade (D)(Score final); e 3ª parte); e 2) aparelho (Arco, Bola, Maças e Fita). Isto,
e 3) a precisão no ajuizamento da Dificuldade (scores inclui um total de 1152 cartas de Competição, respetivas

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a 288 exercícios. Responderam a um questionário, com- os diferentes aparelhos, quer quando se considera as três

Ensaios
posto por 15 questões agrupadas em duas categorias: 1) partes do Ranking. É na segunda parte do ranking que se
Informações pessoais, formação académica, formação e verifica maior desacordo e nos aparelhos Arco e Maças. Os
experiencia profissional; e 2) objetividade na avaliação critérios de avaliação para cada um dos grupos de dificuldade,
da GR e propostas de alteração de regras com vista ao revelam-se precisos na avaliação dos saltos e equilíbrios. O
enriquecimento da modalidade, 162 juízes internacionais mesmo não acontece nos restantes grupos, onde sobressai
de ginástica rítmica, provenientes dos cinco continentes. os grupos de dificuldade de Mestria e elementos de risco,
A partir dos resultados referentes ao ajuizamento, onde se identifica falta de precisão na avaliação, em todos
constatamos que, as juízes internacionais têm em média os aparelhos e em todas as partes do ranking.
43,4 anos de idade, (mínimo 22 - máximo 68), 98,8% Os resultados referentes à análise do conteúdo dos
são do sexo feminino, com habilitações académicas de exercícios permitiu-nos considerar que nas diferentes
grau superior (Licenciatura-49,3%, mestrado-31,4%, composições, são utilizados elementos de dificuldade
Doutoramento-9,4%). Tem larga experiencia de ajuiza- corporal similares com variedade limitada. Os elemen-
mento (mais de dois ciclos Olímpicos) e são na maioria tos preferidos e com maior número de repetições são:
treinadores de GR. “pivot” em atitude, “pivot” a agarrar a perna atras e
A maioria das juízes (64,8%) propõem alterações nos rotação em “penché”; equilíbrio perna livre em elevação
critérios de avaliação e nas exigências de Composição superior, em diferentes posições; tronco à horizontal ou
limitando a repetição de elementos de dificuldade nos abaixo da horizontal sem ajuda; Salto “jeté en tournant”
diferentes aparelhos, com vista ao enriquecimento da varie- com e sem flexão do tronco. Os elementos com mais
dade e diversidade dos exercícios. Destacaram com menor valor são os elementos de risco e Rotações e representam
objetividade na avaliação os grupos de Mestria, Passos 50% do valor total da composição. Representam uma
Rítmicos e elementos de risco, na dificuldade corporal e o evolução significativa no coeficiente de dificuldade dos
grupo de faltas artísticas na execução, com incidência nos exercícios. As dificuldades de equilíbrio foi a categoria
itens de Unidade na Composição e Música Movimento. menos utilizada. As principais diferenças na composi-
Podemos considerar que existe índices elevados de ção dos exercícios quando analisadas as três partes do
validade e confiabilidade no ajuizamento das ginastas ranking e que determinam o sucesso em competição são:
com melhores e piores resultados desportivos(1ª e 3ª 1) O número de rotações na planta do pé ou outra parte
parte do ranking). O mesmo não se verifica nas ginastas do corpo, rotações “fouette” e dificuldades mistas; 2) o
de nível médio (2ª parte do ranking). valor de saltos, rotações, elementos de risco e dificulda-
O aparelho não é uma causa de variabilidade no ajui- des mistas. Não encontramos diferenças significativas de
zamento, já que, não se verificam diferenças de validade número e valor dos Passos Rítmicos e Mestrias.
e confiabilidade quando analisados os scores finais nos Finalmente, estes estudos providenciam informações
diferentes aparelhos. importantes sobre o conteúdo dos exercícios de GR
As quatro juízes de dificuldade de GR discordam na no que respeita a: a) possíveis alterações do código de
sua avaliação em 40% dos casos analisados. Verifica- pontuação, que favoreçam a precisão no ajuizamento e
se discordância na avaliação entre as quatro juízes, nos a variedade e diversidade das composições; b) processo
diferentes grupos de dificuldade, quer quando se considera de treino e performance individual das ginastas.

Bibliografia recomendada
Leandro C, Ávila-Carvalho L, Sierra-Palmeiro E, Bobo-Arce M. Accuracy in judgment the difficulty score in elite rhythmic gymnastics
individual routines. Sci Gymnastics J. Forthcoming 2015.
Batista Santos A, Lemos ME, Lebre E, Ávila Carvalho L. (2015). Active and passive lower limb flexibility in hight level. Rhytmic
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Ávila-Carvalho L, Lebre E. Dança na educação física: princípios metodológicos. In: Monteiro E, Alves MJ, editores. Livro de atas do
Seminário Internacional Descobrir a dança/ Descobrir através da dança. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana; 2011. p.307-19.

ENDEREÇO
Lurdes Ávila Carvalho
Faculdade de Desporto
Universidade do Porto
R. Dr. Plácido Costa, 91
4200-450 - Porto - PORTUGAL
e-mail: lurdesavila@fade.up.pt

22 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:19-22
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

O profissional de Educaçaõ Física e Esporte

Ensaios
Michele Viviene CARBINATTO
Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo

É comum na área da Educação Física e do Esporte consolidada apenas com a reflexão constante das ações,
persistir o fato de que as experiências anteriores é o olhar para a própria ação de maneira particular e
na modalidade esportiva sejam suficientes como à distância, para melhor entendermos o que fizemos,
conhecimento para trabalhar como técnico da estamos fazendo e faremos4.
modalidade. A reflexão não deve ser considerada como
A experiência prévia em um esporte traz conhecimentos conhecimento “puro”, mas um conhecimento
valiosos na atuação profissional, mas é preciso questionar impregnado por conotações, valores, cenários da própria
casos em que o técnico se restringe a essa experiência e experiência vital daquele que reflete. Refletir é, enquanto
não busca outras fontes para complementar sua sapiência ação consciente, a imersão em seu próprio mundo, e
na modalidade em questão. possibilita desfazer de dúvidas e falsas justificativas. O
É neste sentido que defendemos que a formação ato de refletir proporciona, também, segurança na escolha
profissional não se restringe à aplicação da vivência das opções e, então, maiores possibilidades de realizações.
acumulada na carreira esportiva, mas, à gestão de É neste sentido que o profissional não deve perder de
situações-problemas advindos da realidade de sua vista que sua formação é um processo ininterrupto, pois
atuação. É preciso que os profissionais tenham o “talento não é possível fundamentá-la em um curso específico.
artístico profissional”1, e que sejam capazes de lidar com A formação precisa perdurar e acompanhar todos
situações únicas, incertas e conflituosas de um ginásio, os dias da atuação. Portanto, não basta uma reflexão
muitas vezes completamente diferentes da vivida. superficial, é preciso um movimento em que a prática e
Não obstante, ter sido um atleta não é situação “sine as experiências possam elucidar as construções teóricas
qua non” para a atuação, pois o “know-how” de um e, as teorias, por sua vez, sejam a possibilidade para a
técnico esportivo2 poderá ser adquirido por um conjunto superação dos problemas da prática.
de fatores, como o ensino formal (ensino superior; pós- O profissional deve associar, de maneira consistente,
graduação, dentre outros); o ensino informal (canais o contexto e o entorno com as preocupações resultantes
específicos no “youtube”, blogs, comunidades de prática, da coerência interna da área da Educação Física e
conversa entre pares) e não-formal (como a participação do Esporte. É preciso trabalhar os princípios de um
de cursos, congressos e encontros, como o IV SIGARC). conhecimento pertinente e de um ensino preocupado
Soma-se a isso o fato das constantes mudanças que com a condição humana.
ocorrem nas modalidades esportivas, inclusas a ginástica E, o caminho a ser trilhado para isso exige5: a) o
artística e rítmica: novos equipamentos oficiais e auxiliares, enfrentamento de nossas incertezas; b) a aprendizagem
novas tecnologias para o acesso e registro de treinos do sentir, do ver e do ouvir; c) uma educação para nos
e/ou competições, novos elementos e combinações tornarmos pessoas compreensíveis e sensíveis, ações
de elementos ginásticos, novas metodologias de ausentes no ensino escolar atual; d) o encontro com o
treinamento, dentre outros. real; e, e) o estabelecimento de uma ética centrada no
O importante é que o profissional apresente um ser humano, entendido esse humano ao mesmo tempo
estado contínuo e constante de curiosidade ingênua3, como indivíduo, sociedade e espécie.

Apoio
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:23-24 • 23
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Referências
Ensaios

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mento complexo. In: Bento JO, Tani G, Prista A. Desporto e educação física em português. Porto: Universidade do Porto; 2010.

ENDEREÇO
Michele V. Carbinatto
Escola de Educação Física e Esporte - USP
Av. Prof. Mello Moraes, 65
05508-030 - São Paulo - SP - BRASIL
e-mail: mcarbinatto@usp.br

24 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:23-24
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

001

Sociocultural: Ginástica Artística


CHRONOLOGICAL TABLE ABOUT ELEMENTS FOR POMMEL HORSE PERFORMANCE IN MEN’S ARTISTIC GYMNASTICS
NAKASONE M.
nakasone@bss.ac.jp Biwak0 Seikei Sport College

Currently, more than 100 elements on the Pommel Horse (PH) have been recorded in the Gymnastics Code of
Points. However, we wonder by whom, when or where these various elements are performed. The purpose of this
study was to collate data elements on the PH in men’s artistic gymnastics and to suggest new elements in the future.
The method of study was undertaken by bibliographic analysis. This article refers mainly to journals that were
published by the Japan Gymnastic Association, and a list that was made regarding the occurrence of new elements
on PH in men’s artistic gymnastics. From the analysis, the author gatherd data regarding various elememts that were
performed. For example, A other travel forward in cross support to other end (3/3) was performed by MAGYAR.Z
in the 1972 Olympic. Flair was performed by TOMAS.K in the 1976 Olympics. Flair through handstand dismounts
was performed by KORLEV.Y in the 1981 World Championships. Another example, scissor forward with 1/4
turn through handstand on 1 pommel, lower to support with straddle legs was performed by Li Ning in the 1984
Olympics. In recent years, Reverse Stöckli straddle through handstand, 3/3 travel (forward - backward), 360° to
flair was performed by BSNARI.A in the 2011 European championships. Any side support 1/1 spindle with hand
support to the other side and return (maximum 2 flairs or circles) was performed by EICHORN.W, Travel 3/3
over both pommels with 1⁄2 spindle was performed by NIN REYES.A and on the leather, from cross support,
Russian Wendeswing with 360° over both pommels was performance by VAMMEN.H in World championshipsin
in the 2014. In conclusion, developments of PH elements are greatly influenced by rules of the era and improved
skills of men’s gymnastics. As a result, we have to pay attention to changes to the Men’s Code of Points. In the
near future, directions of new occurring elements on the PH may add twists to the existing elements.

Key words: Pommel horse; New elements.

002

INSPIRAÇÃO COMO MOTIVAÇÃO E MODELO NA NARRATIVA DE UMA GINASTA OLÍMPICA BRASILEIRA


PEREZ CR, QUINTILIO NK.
reyperez@uol.com.br Escola de Educação Física e Esporte - USP
Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-EEFE-USP)

Os Jogos Olímpicos é a atividade de mais visibilidade do contexto esportivo, representando o maior evento
sociocultural do planeta. Para nós, o maior legado que os Jogos Olímpicos podem deixar para a sociedade é o atleta.
Ele representa os valores olímpicos, que são um tipo de código de conduta para guiar atitudes e ações de todos os
envolvidos com as atividades olímpicas. A inspiração é apontada como um dos valores olímpicos juntamente com a
coragem, a excelência, a amizade, a igualdade, a determinação e o respeito. É a consideração do sensível, a incorporação
dos planos afetivos e intuitivos necessários para a realização de uma tarefa que pode ser imposta por uma estímulo
externo ou interno, resultante de uma ação sistemática e não esotérica. O objetivo deste trabalho é apresentar o
valor inspiração presente na narrativa biográfica da atleta Tatiana Figueiredo que participou dos Jogos Olímpicos de
Los Angeles (1984), cuja narrativa manifestou espontaneamente esse valor. A narrativa biográfica inclui as histórias
de vida que são uma forma particular de história oral e um instrumento para a captura e organização da memória
que interessa ao pesquisador. Na sua narrativa encontramos esse elemento que caracterizou sua iniciação esportiva,
optando pela ginástica artística ao assistir uma competição na qual estava presente a atleta Nadia Comaneci, bem como,
na sua carreira de treinadora, em que é uma referência e modelo. Para ela, a inspiração representa um incentivo às
novas gerações para prática do desporto, não só na reprodução de gestos técnicos, mas na superação das dificuldades,
dando ao esporte e a vida uma possibilidade ilimitada. Assim, o valor inspiração favorece o entendimento de como
o ser humano se mobiliza na busca de seus objetivos e o desempenho do atleta pode ser um fator estimulante não
apenas para os novos atletas, mas para sociedade como um todo.

Palavras-chave: Jogos olímpicos; Valores olímpicos; Narrativa biográfica; Inspiração.


Apoio: CNPq.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.1-R.7 • R.1
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

003
Sociocultural: Ginástica Artística

VERA CASLAVSKA: UM ELEMENTO DE CONFLITO NOS JOGOS OLÍMPICOS DO MÉXICO 1968


ROSINA D, RUBIO K.
dhenisrosina@gmail.com Escola de Educação Física e Esporte - USP
Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-EEFE-USP)

Os Jogos Olímpicos de 1968 na Cidade do México marcaram de forma especial a história do esporte: por ser
a primeira olimpíada no continente latino-americano, formado por países que compunham o bloco do terceiro
mundo, conforme a dinâmica política, econômica e cultural posta na década de 1960; a mídia, particularmente
a televisiva, que nesse Jogos se mostrou como uma ferramenta de projeção mundial dos atletas e de seus feitos;
a especificidade dos acontecimentos do ano de 1968 (destaca-se a organização e manifestações do movimento
estudantil, a primavera de Praga e o movimento negro dos EUA) que, pelo manifesto de atletas, se fizeram presente
nos pódios da pista de atletismo e do ginásio onde aconteceram as competições de Ginástica Artística. A atitude
desses atletas colocou mais uma vez a prova o fio tênue entre política e movimento olímpico reavivando essa
discussão de forma impar no cenário da historiografia olímpica. A partir disso tomamos o exemplo da atleta, da
Ginástica Artística, da Thecolosvakia, Vera Caslavska; que no momento de sua quarta premiação divide o pódio com
uma atleta da União Soviética quando na execução do hino nacional soviético a atleta theca se vira, demonstrando
o seu repúdio e indignação pela invasão de seu país pelos soviéticos. Mesmo consciente das punições previstas pelo
COI, que vigoraram para os atletas negros americanos dos Estados Unidos, a atleta theca fez uso do pódio para
dar visibilidade ao conflito político entre thecolosvakia e União Soviética com uma atitude, considerada pelo COI,
de desrespeito aos símbolos nacionais (bandeira e hino do país) e antidesportiva em relação a atleta soviética. A
não punição da atleta da ginástica artística se deve a formação de um imaginário, no qual, a mulher não é símbolo
de força política. Sua imagem esta relacionada a graça e a delicadeza reforçada pelas características da modalidade;
e sua atitude considerada pelo COI como algo inofensivo que vem de uma criança que não sabe o que faz.

Palavras-chave: Esporte; Política; Ginástica artística; Olimpismo.


Apoio: CAPES.

004

ANÁLISE HISTÓRICA DA EQUIPE FEMININA NORTE AMERICANA DE GINÁSTICA ARTÍSTICA


EM COMPETIÇÕES OLÍMPICAS
BARBOSA DA SILVA S.
tefo_barbosa@hotmail.com Universidade de Franca

Em se tratando de ginástica artística, é inegável a soberania dos Estados Unidos ao longo dos anos, consolidando-se
como principal equipe da atualidade, com atletas de alto níveis, medalhistas olímpicos, cujas apresentações inovam-se e
aprimoram-se, atingindo pontuações cada vez mais altas e um nível de excelência que inspira equipes de outras nacionalidades.
Nos últimos anos, a equipe americana alcançou grandes conquistas, dentre elas o ouro olímpico por equipes nos Jogos
Olímpicos de Londres (2012), trazendo apresentações que ficaram marcadas não somente pelo rigor formal e técnico da
execução das acrobacias, mas também pelo alto nível de exigência e dificuldade de cada uma dessas técnicas. Diante desse
panorama, o objetivo deste trabalho é analisar a evolução histórica olímpica da equipe americana de ginástica artística,
reunindo dados como: quantidade de medalhas conquistadas; ginastas recordistas e aparelhos de maior destaque. Nosso
corpus de análise compreende as apresentações feitas desde 1948, data em que os Estados Unidos obtiveram a primeira
medalha na ginástica artística, durante os Jogos Olímpicos de Londres, até a última medalha obtida pela equipe, também
em Londres, nos Jogos Olímpicos de 2012. Com base nos resultados obtidas nessa primeira análise, selecionaremos as
duas ginastas de maior destaque e, em seguida, será escolhido um dos aparelhos em que ambas atuaram, a fim de traçar
uma análise comparativa entre as técnicas, execuções e nível de dificuldade presente em cada uma das apresentações. Como
conclusão, buscar-se-á identificar o cerne da evolução histórica da ginástica olímpica americana, explicitando os principais
aspectos que se transformaram ao longo dos anos e a consolidaram como verdadeira referência desportiva dessa modalidade.

Palavras-chave: Ginástica artística; Estados Unidos; Olimpíadas; Evolução.

R.2 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8: 15-21
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

005

Sociocultural: Ginástica Artística


A RETOMADA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NA CIDADE DE SÃO PAULO
ZIMMERMANN MA, SAMPAIO CM.
mariaalice.zimmermann@gmail.com Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação - SP
Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-EEFE-USP)

Em 2008 as Secretarias Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (SEME) e a Secretaria Municipal de Educação
(SME) de São Paulo, sentindo a necessidade da retomada da prática da modalidade Ginástica Artística (GA), nas
Escolas Municipais, Centro Educacionais Unificados (CEU) e Clubes Municipais(CM), se uniram no planejamento
de estratégias de incentivo aos professores de Educação Física das escolas,dos CEUs e CMA SME iniciou o Projeto
Olimpíadas Estudantis(OE) em 2007, com competições em diversas modalidades esportivas para difundir o esporte
na escola. Para a GA especificamente realizou formação de atualização em arbitragem, atualização pedagógica com o
preparo de material de apoio,(DVD com as séries obrigatórias). A SEME criou o Projeto denominado:¨PRATIQUE,
CRIE E VIVA A GINÁSTICA ARTÍSTICA, que foi idealizado pelas Professoras Nilma Alonso e Corine Sampaio, da
SEME e contou com o apoio da SME, Profa. Maria Alice Zirmmermann, coordenadora das OE. O conteúdo do curso:
História da GA, apresentação dos aparelhos, iniciação ao preparo físico adequado, aos movimentos acrobáticos,adaptação
das aulas dos CM para as aulas nas escolas. Em 2009 o conteúdo foi aprimorado: “Desenvolvendo a GA da Iniciação
ao Encaminhamento para o Alto Nível do Esporte”.Participaram 107 professores de SME e SEME, os Festivais
Regionalizados participaram 700 crianças, dos CM, dos CEUS e das Escolas Municipais, realizamos o primeiro
Campeonato de GA: Desafio de G.A.Simultaneamente o projeto OE da SME ampliou a participação dos profs.,dos
alunos nas competições regionais e Finais Municipais.Em 2014 nas OE a GA contou com 3.058 participações, no
Festival Geral de GA na Virada Esportiva-SEME participaram 576 crianças,no Desafio de GA da SEME somou-se 510
participações. Com ampla formação tanto na SME, como nos CM, a GA pode retornar ao cenário esportivo da cidade,
estimulando vários professores e alunos a vivenciar, aprender, relembrar e principalmente voltar a praticar a modalidade.

Palavras-chave: Prática escolar; Clubes; Formação docente.


006

A HISTÓRIA DA GINÁSTICA NO VALE DO TAQUARI - RS


DICK TR, OTSUKA MM.
tais-r-dick@hotmail.com Centro Universitário UNIVATES

A ginástica artística (GA) e a ginástica de trampolim (GT) são modalidades esportivas difundidas em diversos locais do
mundo, reconhecida por seus movimentos técnicos que a destacam no meio esportivo. Analisando a representatividade
destas modalidades surgiu o problema de pesquisa que descreveu o processo de inserção e desenvolvimento da GA
e GT no Vale do Taquari - RS, considerando os fatores culturais que influenciaram este processo. O estudo foi de
corte qualitativo e os instrumentos de coleta de dados foram as análises documentais e as entrevistas aos gestores e
professores das instituições pioneiras na instalação da modalidade na região: Sociedade Ginástica Estrela (SOGES),
Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT) e Centro Universitário Univates (UNIVATES). A análise de dados foi
realizada de acordo com o método denominado triangulação de dados que considera informações de três meios
para a categorização de análises. O estudo possibilitou datar o surgimento da GA no Vale do Taquari em meados de
1907 com a criação do Turnverein Estrela, por imigrantes alemães que ajudaram a colonizar a região de Teutônia. O
Turnverein foi criado com o intuito de manter as tradições e cultura do povo alemão e manter seu caráter de sociedade
mesmo longe de sua pátria mãe. Em decorrência de fatores externos teve seu nome alterado para Sociedade Ginástica
Estrela, e por momentos interrompeu a prática da GA. Até meados de 2000 a SOGES era a única escola que oferecia
a GA, nesta época o CEAT integrou a modalidade às suas atividades extracurriculares e neste contexto a Ginástica de
Trampolim. Em 2007 surgiu na UNIVATES um novo local para a prática com uma estrutura física que contempla
a GA e a GT. O quadro da GA e GT alterou-se bastante com o decorrer dos anos, perdeu o caráter germânico que
foi o fator de sua instalação e evoluiu, passando de um local de prática para um cenário que possui várias escolas
atualmente, difundindo as modalidades pela região e tornando-as conhecidas.

Palavras-chave: Ginástica artística; Ginástica de trampolim; Cultura; Escolas de ginástica.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.1-R.7 • R.3
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

007
Sociocultural: Ginástica Artística

A IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO RS E O CONTEXTO GINÁSTICO


DICK TR, OTSUKA MM.
tais-r-dick@hotmail.com Centro Universitário UNIVATES

A ginástica é um movimento que já existe á milhares de anos e se reportava aos cuidados em saúde, como formação
do corpo e manutenção do mesmo. Na Alemanha, o movimento ginástico surgiu pelo idealismo do Sr. Johann
Friedrich Ludwig Christoph Jahn, que inseriu termo Turnen dentro do contexto ginástico e criou um método
baseado no militarismo e amor a pátria. Com a marcante presença das comunidades alemãs no RS, pesquisamos
a relação da carga cultural trazida por eles de sua pátria mãe e as implicações da introdução desta cultura em um
novo contexto, é um relato de experiência visualizado em uma Sociedade de Ginástica localizado em Estrela –RS.
Com o movimento migratório os alemães chegaram ao RS e criaram colônias, onde pregavam seu estilo de vida
e as tradições de sua pátria mãe. Entre as tradições que trouxeram consigo estava a prática da ginástica de Jahn.
Imigrantes alemães vindos de Porto Alegre em meados de 1848 povoaram as margens do rio Taquari e fundaram a
colônia de Teutônia. Com a povoação da colônia e o cultivo das tradições foi criado em 1907 o Turnverein Estrella,
com o intuito de manter vivas as tradições, a língua e convívio na comunidade. A ginástica praticada no Turnverein
e a própria organização da sociedade deixou resquícios muito marcantes na sociedade da região, a língua materna,
a organização social ainda é presente e deixa claro que a colonização e suas práticas foram muito importantes
para a formação da identidade do povo. O Turnverein era o ponto de encontro das famílias e evoluiu dentro do
contexto histórico, sobreviveu as dificuldades como as Guerras Mundiais, as restrições á língua e á cultura alemã
durante este período e conseguiu manter-se ativa até os dias atuais, e mantendo a prática da ginástica por todo este
período, houveram algumas interrupções que não interferiram no restante das atividades e sempre retornavam.

Palavras-chave: Ginástica artística; Turnverein; Cultura alemã; Colonização.

008

A GINÁSTICA ARTÍSTICA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SÓCIO HISTÓRICA


TEIXEIRA MC.
marinateixeira_89@hotmail.com Spinflip

A Ginástica Artística (GA), esporte em ascensão no Brasil, enfrenta muitas barreiras que retardam o seu
desenvolvimento, como a dificuldade de investimento, falta de incentivo por parte do Estado e a baixa procura de
praticantes e espectadores. Essas barreiras estão inseridas tanto dentro da própria concepção da GA enquanto esporte,
quanto do contexto brasileiro em relação ao esporte. Assim o presente estudo tem como objetivo compreender a
GA no Brasil enquanto um fenômeno esportivo e compreender algumas das limitações impostas sobre a modalidade
através de uma revisão de literatura pautada em conceitos, como os de habitus, campo e capital simbólico de Pierre
Bourdieu. Com esses conceitos conseguimos: caracterizar o esporte dentro de um campo, ou seja o meio que ela está
inserido; perceber os elementos que o constituem enquanto uma modalidade - praticantes, técnicos, espectadores
e instituições; e o que ele representa para a sociedade - expectativas, objetivos e significado. A revisão de literatura
nos permitiu analisar elementos históricos e sociológicos para o melhor entendimento do objeto estudado. Ao
relacionar o movimento ginástico europeu com a ginástica moderna percebemos uma ressignificação do esporte.
Essa mudança aconteceu após a revolução industrial, com o início do esporte moderno e com a institucionalização
da modalidade. Regras e competições tornaram-se a base da ginástica e assim surgiu a ideia de espetáculo. A partir
deste trabalho conseguimos caracterizar o esporte na atual conjuntura da sociedade, como elitizado e carente dos
agentes que o compõem. A GA, então, passou por ressignificações ao longo de sua existência e, no Brasil, ainda
encontramos dificuldades em popularizá-la entre praticantes, patrocinadores e espectadores. Também concluímos
que o simples aumento de oferta para a prática da modalidade não resultaria diretamente em um aumento de sua
popularidade, pois seria preciso um maior interesse de todos os agentes quase que simultaneamente.

Palavras-chave: História do esporte; Sociologia do esporte.

R.4 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8: 15-21
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

009

Sociocultural: Ginástica Artística


ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CÓDIGOS DE PONTUAÇÃO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
DO CICLO 2001-2004 E 2013-2016
MOLINARI CI, ARAUJO HM, NUNOMURA M.
carolmolina.cm@gmail.com Academia Brasileira de Treinadores

A Educação Física consta no ambiente escolar desde 1851, com a reforma Couto Ferraz. Hoje se fundamenta como
A ginástica artística feminina é um esporte que explora uma ampla diversidade de habilidades corporais, em que
a competição consiste na apresentação de séries de movimentos em cada aparelho - salto sobre a mesa, paralelas
assimétricas, trave de equilíbrio e solo. As competições têm como guia central o Código de Pontuação, que são as
diretrizes que regulamentam o esporte e orientam os árbitros nas avaliações das séries das ginastas. Esse instrumento
foi criado e é atualizado, continuamente, pelo comitê técnico da Federação Internacional de Ginástica, seguindo-se
os ciclos olímpicos. As mudanças no Código de Pontuação sempre causam grande impacto na comunidade desse
esporte, pois influenciam o formato de suas expressões, as séries apresentadas na competição, e, consequentemente,
todo o treinamento dos ginastas nessa modalidade. Considerando a importância desse instrumento, dedicamo-nos
a analisar as alterações no Código de Pontuação de Ginástica Artística Feminina, e investigamos os seus efeitos,
tendências e implicações no treinamento esportivo da modalidade. A metodologia utilizada foi a análise documental
do Código de Pontuação do ciclo 2001-2004 e do ciclo 2013-2016 e revisão bibliográfica sobre as consequências
de suas alterações. Concluímos que as modificações nesse instrumento de avaliação mostram que a Federação
Internacional de Ginástica vem buscando manter a atratividade e espetacularização do esporte, em que é necessário
o equilíbrio entre elementos artísticos e acrobáticos. No entanto, a integridade e a longevidade da carreira do ginasta
sofrem diretamente os efeitos dessas alterações. Assim, entendemos que a participação de técnicos envolvidos no
treinamento deve se fazer mais evidente na definição e decisões das alterações no regulamento da modalidade.

Palavras-chave: Evolução na ginástica; Regulamentos; Treinamento esportivo; Esporte espetáculo.

010

PANORAMA DA FORMAÇÃO DE BASE NA GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA NO BRASIL


MOLINARI CI, NUNOMURA M.
carolmolina.cm@gmail.com Circocan

O treinamento esportivo da ginástica artística feminina (GAF) visa preparar a atleta para exibir o máximo de dificuldade
nos elementos de suas séries e com excelente execução técnica. As características competitivas dessa modalidade
implicam em um longo processo de treinamento, que vem sendo abordadas por meio de uma especialização precoce
na formação do atleta. Outro fator que induz a um treinamento mais extenso é a regulamentação proposta pela
Confederação Brasileira de Ginástica e pelas federações, necessário para cumprir todas as exigências técnicas, e,
assim, apresentar resultados significativos dentro do âmbito nacional, para futuramente integrar a seleção brasileira. A
categoria pré-infantil e infantil da GAF é composta por meninas de 09 a 11 anos de idade e representa o treinamento
de base. Como essa fase da formação do ginasta é um grande alicerce para o alto nível de rendimento, orientamos
essa pesquisa a partir do seguinte questionamento: como os treinadores brasileiros de GAF realizam o treinamento
nas categorias pré-infantil e infantil? A pesquisa será de natureza qualitativa descritiva e analisará o treinamento das
categorias pré-infantil e infantil por meio do discurso dos treinadores. Os sujeitos da pesquisa serão selecionados
de acordo com a sua experiência na modalidade, no mínimo 5 anos atuando como técnico, e participação em
campeonatos brasileiros e de torneio nacional nos últimos do anos, nas categorias A ou B. Esperamos determinar
o nível de compreensão geral dos treinadores sobre essa fase de treinamento em relação à formação do ginasta e
traçar um panorama do cenário nacional dessa categoria no Brasil, apontando suas qualidades e fragilidades.

Palavras-chave: Formação de técnicos; Treinamento esportivo; Alto rendimento; Iniciação esportiva.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.1-R.7 • R.5
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

011
Sociocultural: Ginástica Artística

O SURGIMENTO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ-SC:


ENTRE QUEDAS, EQUILÍBRIOS E SUPERAÇÕES
MARTINS MQ, FRANCISCHI VG.
profvanessa@unochapecó.edu.br Universidade Comunitária da Região de Chapecó-UNOCHAPECÓ
Prefeitura Municipal de Chapecó
Associação de Ginástica Olímpica de Chapecó-AGOCH

Este relato de experiência apresenta como foi a implantação e o desenvolvimento da Ginástica Artística (GA) no município
de Chapecó-SC. O trabalho iniciou no ano de 2006 com a iniciativa pessoal da professora Márcia de Quadros Martins, que
na ocasião apresentou um projeto à Prefeitura Municipal de Chapecó (PMC). As aulas iniciaram no ginásio de esportes
da Universidade Comunitária da Região de Chapecó-Unochapecó, de forma gratuita e contava com 15 alunos com idade
entre 7 e 10 anos. Devido ao crescimento e aos bons resultados obtidos, houve empenho na busca de recursos, em 2009,
foi criada a Associação de Ginástica Olímpica de Chapecó - AGOCH que passa a receber um pequeno recurso da PMC.
Novas turmas foram criadas a cada ano e os atletas mais experientes, foram para a equipe participar das competições oficiais.
Mesmo treinando em aparelhos adaptados e nas competições utilizando os aparelhos oficiais, conseguiu-se bons resultados,
que impulsionaram novos investimentos. No ano de 2012 a Federação de Ginástica de Santa Catarina-FGSC, através do
Projeto Ginasta do Futuro do Ministério do Esporte, em acordo firmado com PMC, enviou uniformes e aparelhos novos,
sendo que ainda aguarda-se a chegada de outros, já que o espaço destinado a GA foi ampliado. A coordenação técnica é da
professora Márcia, auxiliam nas escolinhas dois atletas, acadêmicos de Educação Física, que tem bolsa de estudos integral,
sendo que um deles contratado da PMC. A escolinha atende 70 crianças, com idades de 5 a 13 anos, organizadas em 06
turmas. A equipe de competição feminina está organizada com 10 alunas com idades de 13 a 19 anos, que treinam 3 horas
por dia, quatro vezes por semana. Os resultados nas competições vem sendo melhores a cada ano, obtendo os vitórias em
torneio e competições de rendimento. Percebe-se muitas necessidades de melhorias nos equipamentos, espaço físico e na
contratação de profissionais, porém acredita-se que é possível desenvolver um trabalho comprometido com a modalidade.

Palavras-chave: Ginástica artística; Iniciação esportiva; Rendimento; História.


012

AS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DO PATRIOTISMO NA


COPA DO MUNDO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA - SÃO PAULO 2015
GOMES MA, GUIOTI TT, TOLEDO E
maatt.me@live.com UNICAMP
Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI-UNICAMP)

Há uma distinção entre os conceitos de nacionalismo e patriotismo. O nacionalismo é tido como uma ideologia política
que está ligada a alguns fatores, como por exemplo, às origens da soberania popular. Assim, pode ser entendido como um
movimento político social que visa uma organização que se fundamenta na coesão social, a identidade coletiva e a cultura
das nações. E é por meio do nacionalismo que advém o patriotismo, revelando-se como uma forma de sentimento, pois o
mesmo é mais postulado do que verificado. As manifestações patrióticas e nacionalistas são comumente vividas no esporte,
especialmente em eventos internacionais. Nesse contexto, essa pesquisa objetiva diagnosticar as formas de manifestação
coletivas patrióticas dos torcedores (público) na Copa do Mundo de Ginástica Artística - São Paulo - 2015, especificamente
o dia 03 de maio, dia cujas provas havia destaques brasileiros. Utilizando-se da pesquisa documental, analisou-se de forma
videográfica todo o evento nesse dia. Concluiu-se que muitas foram às formas voluntárias de demonstração patriótica
coletiva, dentre elas: a composição de uma grande bandeira brasileira na arquibancada (de forma voluntária); grande
número de pessoas cantando o hino nacional, inclusive continuando a cantá-lo após a música instrumental ter parado;
muitos vestindo a camiseta azul do maior patrocinador das equipes brasileiras de GA que é nacional (Caixa Econômica
Federal); aplausos aos ginastas brasileiros em diferentes momentos da competição. De maneira geral, constatou-se que
mesmo havendo uma insatisfação popular em relação à atual situação político-econômica do Brasil, veiculada por vários
meios de comunicação, por meio do esporte retoma-se ou vive-se o orgulho nacional por meio do patriotismo, como uma
expressão e um sentimento coletivo e por meio do nacionalismo, de forma indireta, já que o evento fora patrocinado por
um Banco de cunho nacional que representa os alicerces nacionalistas do Estado-nação brasileiro.

Palavras-chave: Nacionalismo; Sentimento; Estado-nação; Cultura.

R.6 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8: 15-21
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

013

Sociocultural: Ginástica Artística


ARBITRAGEM NA COPA DO MUNDO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA DE SÃO PAULO 2015
CARRARA P.
paulocarrara@usp.br Escola de Educação Física e Esporte - USP

A atuação em arbitragem requer preparação específica, o que limita a participação do público em geral. A federação
internacional de ginastica (FIG) determina que somente árbitros com qualificação internacional possam exercer
função em copas do mundo. As bancas de arbitragem forma adaptadas (quantidade reduzida de árbitros) nas
preliminares e banca completa na final, com no máximo um árbitro de cada país na banca de execução. A função
de cada árbitro foi determinada em sorteio, uma hora antes do inicio da competição. Cada país deve indicar um
ou mais árbitros, de acordo com o número de ginastas inscritos. Sorteado para atuar na linha de salto masculino, a
função exercida foi apreciar os desvios dos ginastas do eixo da mesa, em linhas demarcadas no próprio colchão de
aterrissagem. Entretanto, com o decorrer das aterrissagens dos ginastas, foi observado que o colchão demarcado se
deslocava, distanciando-se da mesa de salto e do correto eixo longitudinal. Assim sendo, foi necessário comunicar
a pausa da competição ao arbitro chefe, inclusive entre os dois saltos do mesmo ginasta. Convém salientar que
os equipamentos utilizados nesta competição são oficiais, como também o nível de competitividade, onde falhas
mínimas no aparelho podem interferir no resultado final. A função de arrumar o colchão de salto foi dividida pelo
árbitro e pelo câmera da FIG. Deveria haver mais auxiliares com conhecimento sobre o sistema de competição, que
saberiam o momento correto de atuar para não atrapalhar o ginasta. É importante destacar que a aparelhagem será
do mesmo fabricante durante os jogos olímpicos no Brasil. Este relato tem como finalidade divulgar a experiência
do autor na condição de árbitro na copa do mundo de Ginástica Artística de 2015, na cidade de São Paulo.

Palavras-chave: Competição; Regras; Aparelhos.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.1-R.7 • R.7
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

014

Sociocultural: Ginástica Rítmica


CIRCUITO 3 ESTAÇÕES DE GINÁSTICA RÍTMICA
PAZ B, PIRES V, ROSA JP, PAZ JRL.
paz.bruna77@gmail.com Universidade Norte do Paraná

O “Circuito 3 Estações de Ginástica Rítmica” é um evento realizado anualmente em Florianópolis-SC desde 2012, sob
a responsabilidade da Associação Esportiva e Social de Florianópolis – ASTEL e do Colégio Catarinense. O objetivo
principal do evento é proporcionar uma disputa saudável entre as participantes, buscando sempre atingir o maior número
de ginastas praticantes de Ginástica Rítmica, além de difundir e desenvolver cada vez mais a modalidade em todos os seus
ambientes e níveis de prática. A motivação para criação do mesmo foi proporcionar às ginastas não federadas oportunidade
de participar de um torneio com competidoras de nível técnico semelhante e regulamento adaptado, sem descaracterizar a
modalidade. O evento é composto por duas etapas individuais onde as categorias são divididas em Pré-infantil (nove e 10
anos), Infantil (11 e 12 anos), Juvenil (13 a 15 anos) e Adulto (acima de 16 anos). Em cada etapa a ginasta apresenta uma
serie com diferentes aparelhos. Ambas com premiações por categoria e por aparelho. Na segunda etapa acontece também
a premiação do individual geral, onde soma-se as notas das duas etapas para referendar a ginasta campeã geral. Este circuito
foi planejado pensando nas expectativas e motivações das ginastas em suas rotinas de treinamento, que mesmo em um
processo de formação, sem objetivo do alto rendimento, são incentivadas pelo brilho e graciosidade das apresentações
da Ginástica Rítmica. Desde sua primeira edição já participaram aproximadamente 300 ginastas, 30 profissionais, 40
acadêmicos de Educação Física e cerca de 10 instituições, entre elas clubes, escolas e fundações municipais de esportes.
Para a 4ª edição do evento em 2015, a expectativa é de grande envolvimento da comunidade gímnica e uma vez mais
oportunizar as crianças vivências no âmbito esportivo. Assim, o evento proporciona mais que experiências no contexto
competitivo, pois busca promover um espaço de troca de experiências, amizade e diversão.

Palavras-chave: Competição; Iniciação esportiva; Ginastas; Ginástica rítmica.

015

RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA GINÁSTICA RÍTMICA NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE


DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
MESQUITA RM.
rosamesq@usp.br Escola de Educação Física e Esporte - USP

O marco inicial da história da Ginástica Rítmica (GR) na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de
São Paulo (EEFEUSP) foi o desenvolvimento da disciplina de Ginástica Feminina (GF) ministrada pelas professoras
Stella Guérios e Astrid Schulman. A partir de 1975 a professora Renata Stark, sucessora de Schulman, introduziu GR
no conteúdo programático da disciplina de GF. Além disso, em 1976, organizou e treinou um grupo de alunas da
licenciatura da EEFUSP para o Campeonato Brasileiro de GR realizado pela CBG. A convite de Stark, em 1977, Rosa
Maria Mesquita ex-aluna e ex-ginasta inicia sua trajetória acadêmica na EEFEUSP, colaborando no desenvolvimento
das atividades da disciplina de GF, juntamente com demais auxiliares. Desta data em diante, paulatinamente assumiu a
disciplina de GF e os grupos mirim, juvenil e adulto de GR do Serviço de Extensão a Comunidade (SEC), inicialmente
como treinadora e posteriormente como coordenadora. A partir da década de 80, a disciplina de GF foi extinta do
currículo de graduação, sendo substituída pela disciplina de Ginástica Rítmica Desportiva até o ano de 1996. Sob a
chancela da EEFEUSP e responsabilidade organizacional da professora Mesquita, o professor Assakura e auxiliares,
da Universidade de Kokushikan, desenvolveram cursos GRD feminina e masculina no Brasil, em 1982 e 1983.
Assim, a partir destes cursos Mesquita assume também a disciplina de GRD para a turma masculina. No ano de
1997, a disciplina de GRD passa para o Departamento de Esportes e não é mais oferecida. De 1977 a 1996, foram
desenvolvidas atividades docentes como dissertação de mestrado, pesquisas e artigos científicos com temas relativos
à GRD, cursos de GRD em nível nacional e internacional, curso de GRD com professores da Rússia e Bulgária, bem
como participações dos grupos de GRD em competições e apresentações estaduais e no Chile, apresentações de GR
por alunos e alunas do curso de graduação, realização do I Torneio Universitário Paulista de GR.

Palavras-chave: Histórico; Universidade; Disciplina; GR masculina.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.9-R.10 • R.9
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

016
Sociocultural: Ginástica Rítmica

HISTÓRIA DO TORNEIO UNIVERSITÁRIO PAULISTA (TUP)


MESQUITA RM, TIBEAU CP, LIMA CLL.
rosamesq@usp.br Escola de Educação Física e Esporte - USP

O Torneio Universitário Paulista (TUP) foi um evento pioneiro na GR de competição, teve sua origem e chancelaria
na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFEUSP). Professoras da disciplina de
Ginástica Feminina bem como treinadoras e ginastas do grupo de GRD do Serviço de Extensão à Comunidade tiveram
um importante papel na sua idealização e realização. Este evento foi criado com o objetivo de promover a Ginástica
Rítmica de competição no meio universitário e oportunizar as alunas da graduação dos cursos de Educação Física
a experiência de treinar e poder competir em provas individuais e de conjunto desta modalidade esportiva. Assim,
por meio desta vivencia teriam mais subsídios teóricos e práticos para trabalharem e difundirem esse esporte como
meio educativo e como fim desportivo em escolas, clubes e centros esportivos. O I TUP foi Idealizado em 1980 e
realizado pela primeira vez em dezembro de 1981, na cidade de São Paulo, no ginásio de esportes Paulo Machado de
Carvalho, com o apoio da Coordenadoria de Esportes e Recreação da Secretaria de Esporte e Turismo do Estado
de São Paulo. Neste primeiro torneio, com a finalidade de fundamentar o trabalho na GR, o regulamento técnico
estabelecia que os grupos universitários participantes deveriam executar uma série à mãos livres com elementos
totalmente obrigatórios, elaborada pela entidade patrocinadora (EEFEUSP), e poderiam também inscrever suas
ginastas em provas individuais livres com aparelhos. A série obrigatória a mãos livres em conjunto foi totalmente
transcrita, a música gravada em fita K7 e entregues a cada equipe participante. Encontros realizados entre a entidade
patrocinadora e as demais participantes deu oportunidade para a aprendizagem na prática. Em novembro de 1981,
foi realizado um curso de arbitragem de GR patrocinado pela Coordenadoria de Esportes e Recreação da Secretaria
de Esporte e Turismo do Estado de São Paulo com a finalidade de habilitar árbitros para o evento. É importante
lembrar que, em função das regras do Código de Pontuação vigentes na época, os conjuntos eram formados por 6
ginastas e o acompanhamento musical deveria ser feito por um só instrumento. Desta forma, 3 pianistas, importantes
nos trabalhos das equipes, faziam arranjos necessários para a composição musical das séries, que eram gravadas em
fitas K7 para treinos e competições. Além disso, a área de competição era demarcada com fita adesiva e não havia
tapete para a pratica. O I TUP contou com a participação de onze entidades universitárias: USP, UNESP, NÁUTICO
MOGIANO, OSEC(UNISA), UNIMEP, PUC CAMPINAS, UMEC, FIG, FEFISA e ESEF. No cerimonial de
encerramento, a execução simultânea da série obrigatória a mãos livres por todos os grupos participantes foi uma
demonstração de união e confraternização entre todas as entidades universitárias. Outras seis edições do TUP foram
realizadas: II TUP-1982 promovido pela Faculdade de Educação Física do Clube Náutico Mogiano; IIIº TUP-1983
sediado pela Universidade Metodista de Piracicaba; o IVº TUP-1984 realizado pela Faculdade Integrada de Educação
Física de Guarulhos; o Vº TUP-1985 aconteceu na Faculdade de Educação Física de Santo André e, o VIº e último
TUP promovido pela UNESP Rio Claro, em dezembro de 1986. Devido à diversidade da execução técnica das
ginastas individuais, evidenciada a partir do primeiro TUP até a sua 4ª edição, foi implementado no regulamento
do 5º TUP, em 1985, duas categorias distintas a categoria A para ginastas iniciantes e a categoria B tanto para as
ginastas que já haviam conquistado premiação nos eventos anteriores ao 5º TUP quanto para aquelas que já eram
federadas. O Torneio Universitário Paulista (TUP) propiciou dessa maneira uma oportunidade a mais de experiência
e aprendizagem da GR que foi fundamental para a ampliação do grupo de profissionais que atuam até hoje junto a
esta modalidade desportiva quer seja esta atuação no âmbito escolar ou desportivo, como pesquisadoras, professoras
universitárias, treinadoras ou árbitros.

Palavras-chave: Histórico; Universidade; Disciplina; GR torneio.

R.10 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8: 23-24
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

017

Sociocultural: Outros
GINÁSTICA DE TRAMPOLIM NA CIDADE DE CAMPINAS: UM INÍCIO A PARTIR DA GINÁSTICA ARTÍSTICA
FERRANTE AS, ANTUALPA KF.
ferrante.alex@hotmail.com Faculdade Metrocamp

A Ginástica de Trampolim (GTR) é uma das grandes ramificações da Ginástica, bem como uma das três modalidades
gímnicas pertencentes aos Jogos Olímpicos. Caracterizada por ser praticada por atletas do sexo feminino e masculino,
e ser composta de acrobacias aéreas realizadas em diferentes tipos de aparelhos, é uma modalidade que está em
grande ascensão no mundo, apesar de ainda ser pouco difundida quando comparada com outras modalidades
esportivas. Buscando contribuir para sua a democratização, este estudo teve como objetivo apresentar o processo
de surgimento da GTR na cidade de Campinas (SP), a partir de uma modalidade de destaque em seu quadro
esportivo, a Ginástica Artística (GA). O estudo, realizado em Agosto de 2014, contou com oito entrevistados
(dois técnicos, quatro atletas e dois ex-atletas) e se baseou no método de História Oral. Para a coleta de dados foi
elaborado um roteiro de entrevista, organizado em seis diferentes temas. Tais temas abrangeram as dificuldades e
realizações durante o processo de estruturação da GTR na cidade, até os dias atuais. A análise dos depoimentos dos
entrevistados mostrou que a trajetória da GTR em Campinas teve um início, indiretamente pautado, nos trabalhos
voltados à GA desde 1986. Seu surgimento, em meados do ano 2000, esteve vinculado com as precárias condições
em que os materiais para a prática da GA se encontravam, o que de fato instigou a busca por uma nova alternativa
de atividade para a população. A partir dos relatos foi possível perceber a importância da GA durante os primeiros
passos da GTR na cidade de Campinas, o que não só proporcionou o início de uma nova modalidade, mas agregou
conquistas, tanto em ações físicas (espaço físico, materiais, viagens nacionais e internacionais, títulos), como no
ensino e treinamento dos elementos corporais da GTR. A aproximação entre as duas modalidades viabilizou novos
desafios, e vem resultando em diversos capítulos na construção histórica de Ginástica de Trampolim na cidade.

Palavras-chave: Democratização; Trajetória; Surgimento; História oral.

018

A GINÁSTICA COMO TEMA DOS ESTÁGIOS CURRICULARES DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
PAZ B, PIRES V, PAZ JRL.
paz.bruna77@gmail.com Universidade Norte do Paraná

Para que a ginástica se garanta como conteúdo de ensino nas aulas de Educação Física, é necessário que na formação
de professores seja proposto espaços de discussões pedagógicas efetivas sobre o tema. Para tal, este estudo identificou
o impacto das disciplinas de ginástica de um curso de formação em seus estágios supervisionados. Foram analisados
documentos de registro dos estágios das 5a, 6a, 7a, e 8a fases no intuito de verificar quantos trabalhos e como a ginástica
era tratada nas práticas pedagógicas. O curso pesquisado possui 4 disciplinas de Ginástica: Bases teórico metodológico
da ginástica (2a fase), Ginástica escolar (4a fase), Ginástica Rítmica (7a fase) e Ginástica artística (8a fase), que buscam
uma reflexão pedagógica na contextualização de princípios para e no campo educativo. Nos estágios do curso cada dupla
de acadêmicos escolhe um tema para as intervenções e deste emerge uma pesquisa sobre a docência, que aprofunda
teoricamente o tema. Até o momento 510 alunos concluíram os estágios, destes 184 acadêmicos utilizaram a ginástica em
suas propostas. No estágio da 5a fase - educação infantil - foram 50 trabalhos que refletiram a exploração do movimento,
materiais alternativos, e construção de materiais. Além destas, na 6a fase, 76 trabalhos trataram especificamente da
Ginástica rítmica, artística, de academia, e acrobática, no ensino fundamental. O ensino médio no estágio da 7a fase acresce
à estas temáticas os alongamentos, a ginástica como atividade física, e ginástica e a saúde. No último estágio, a ginástica
foi tema de 24 práticas pedagógicas em espaços como asilos, ONG, centros sociais urbanos e APAES. Conclui-se que
há um impacto efetivo dos conteúdos das disciplinas de ginástica nos estágios do curso e que ginástica é discutida por
diferentes perspectivas pelos acadêmicos, favorecendo sua exploração e benefícios nos espaços educativos. Sugere-se
outro estudo que identifique como estes trabalhos são aproveitados pelos campos após os estágios.

Palavras-chave: Formação inicial; Estágios; Professor de Educação Física; Prática pedagógica; ginástica.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.11-R.13 • R.11
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

019
Sociocultural: Outros

A GINÁSTICA NA FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA:


ENTRE A INICIAÇÃO ESPORTIVA E A DIVERSIDADE DA CULTURA GINÁSTICA
TUCUNDUVA BBP, MOLINARI CI.
btucunduva@gmail.com Universidade Estadual de Maringá e Circocan

A ginástica possui um espaço restrito no currículo da formação inicial em Educação Física, tendo em vista a pluralidade de
suas modalidades esportivas e o conjunto de saberes gímnicos que integram os fundamentos dessa área profissional. Nesse
contexto, o docente que atua com a(s) disciplina(s) de ginástica tem que fazer opções sobre o que e como irá abordar esse
universo da ginástica, sempre priorizando reflexões sobre o porquê dessas decisões, afinal, isso influenciará as perspectivas
de atuação do profissional e sua capacidade de promover a cultura ginástica como um todo. Nesse trabalho realizamos
uma discussão sobre uma dificuldade que os docentes apresentam: como promover a capacitação para trabalhar com a
iniciação esportiva e ainda abordar a diversidade da cultura ginástica, sendo que ambos demandam muito tempo? Para
isso, combinamos à revisão de literatura dois relatos de experiência: o relato de uma técnica de ginástica artística feminina
(GAF) de alto rendimento sobre a sua atuação na formação continuada de profissionais em Educação Física; e o relato
de um docente da formação inicial em Educação Física sobre o desenvolvimento das disciplinas de ginástica realizadas
em três instituições de ensino superior diferentes. A pesquisa nos mostrou que se optarmos pela formação voltada para
a iniciação esportiva, restringiremos demais as possibilidades reais de atuação profissional e a difusão plural da ginástica.
No entanto, um problema encontrado é que a noção dos fundamentos técnico-pedagógicos da ginástica é superficial em
muitos casos. Indicamos que deve haver uma maior qualificação e aprofundamento nesses fundamentos, relacionando-os
aos aspectos históricos, sociais e culturais da ginástica, pois isso permitirá ao profissional introduzir a prática esportiva
com efetividade e sem hiatos com a iniciação esportiva. Aliado a isso, deve haver opções de aprofundamento técnico-
desportivo na forma de extensão e pesquisa, gerando demanda para atuação nesse segmento.

Palavras-chave: Docência; Formação técnica; Disciplina; Ensino superior; Formação profissional.

020

OS CAMPOS DE ATUAÇÃO DA GINÁSTICA: UM ESTUDO DA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA


MACAMO AJ, BONETTI A, RIBEIRO ER, LLUCH AC, LOUREIRO VAFB, FREITAS CLR.
tidesmacamo@yahoo.com.br Universidade Federal de Santa Catarina

A ginástica é um dos elementos da cultura corporal que está presente na vida do homem desde a pré-história.
Destarte, a sua história confunde-se com a origem da Educação Física, já que ela era utilizada como referência
a todo tipo de atividade física sistematizada. Entretanto, a partir de 1800, ela ganhou uma conotação voltada à
prática do exercício físico, e o seu universo de abrangência dilatou-se, podendo, hoje, ser categorizadaem cinco
áreas: condicionamento físico, competição, fisioterápica, conscientização corporal e demonstração. Neste contexto,
a presente composição indagou-se sobre as modalidades de ginástica presentes nas concepções dos discentes dos
cursos de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC – Brasil), Faculdade
de Educação Física e Desporto (Moçambique) e da Universidade Pablo de Olavide (UPO – Espanha), visando
desvendar os fatores relacionados à formação que estariam impossibilitando a legitimação dessa modalidade no
campo educacional. Para atingir o objetivo supradito, aplicamos um questionário padronizado e, para a análise,
percorremos três etapas: segmentação, identificação das unidades de significado e agrupamento em subcategorias;
construção de núcleos temáticos emergentes; interpretação dos dados. Constatamos que as modalidades conhecidas
pela pluralidade são as retratadas pela mídia, pois, nos depoimentos dos discentes das três instituições, as ginásticas
de competição apareceram em primeiro lugar, seguidas das ginásticas de condicionamento físico. As categorias de
ginásticas fisioterápicas e ginásticas de conscientização corporal apareceram, em número significativo, somente na
UFSC, e os únicos que mencionaram a ginástica geral foram os discentes da UPO. À vista disso, concluímos que
além dos currículos estarem fracionando o conhecimento das disciplinas ginásticas, a associação entre o esporte e
mídia inviabiliza que os acadêmicos vislumbrem as possibilidades de trabalho com a ginástica na escola.

Palavras-chave: Formação inicial; Licenciatura; Ginásticas; Escola

R.12 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8: 25-27
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

021

Sociocultural: Outros
A GINÁSTICA ESTÁ NO CIRCO
GUIMARÃES LM, FERREIRA MR, MARTINS JL.
luanamamus@hotmail.com Universidade Federal do Paraná

Antigamente para ser integrante da trupe do circo deveria estar dentro de uma família tradicional. Com o passar
dos anos essa configuração foi sendo modificada, e atualmente a composição da trupe é bastante eclética. Os circos
percorriam longas distâncias em caravanas, levando culturas diferentes para quem vivia em locais mais remotos,
assim como a cultura do circo, por meio das caravanas, que traziam muitas vezes além do picadeiro e dos artistas,
animais para compor seu número. Com a finalidade de enaltecer o espetáculo, mesmo que isso custasse, por
exemplo, a liberdade do animal e o total empenho do artistatleta nas apresentações. Na atualidade as apresentações
de grandes circos são em teatros, não são menos imponentes, possui propagandas nas mídias, o que acaba criando
uma legião de fãs, seja pela impulsão da mídia ou simplesmente por um modismo, reinventados, como acrobacias
de solo/aéreas, pirâmides humanas. Através desse novo modo de práticas de circo, os integrantes não precisam
estar vivendo com outros participantes, podendo um indivíduo fazer parte de uma academia de circo quando esse
já participou de competições de ginástica artística. Assim abriram-se portas de entrada para atletas que não são
frutos originalmente de famílias circenses, e isso mostra que o incentivo a essas práticas circenses também está
ligada no gosto pela arte. Os profissionais que trabalham com o ensino das práticas circenses muitas vezes não
são integrantes originais do circo, muitos vêm da ginástica. Sendo associado ao mundo fitness, só que agora não
mais em um espetáculo com lona e picadeiro, mas sim em confortáveis academias que possuem várias vertentes
do circo como a acro-yoga, acro-pilates, sendo estes valores muitas vezes atribuídos pela espetacularização de
algumas atividades que permeiam o circo, como é caso da Ginástica artística que é transmitida pela mídia que acaba
alimentando o desejo em vários indivíduos, que não tem o intuito de competir.

Palavras-chave: Midia; Aceitação; Sociedade; Resistencia; Transformação.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.11-R.13 • R.13
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

022

Biodinâmica: Ginástica Artística


ANÁLISE DAS CAPACIDADES MOTORAS DETERMINANTES PARA A IDENTIFICAÇÃO
DE TALENTOS NA GINÁSTICA ARTÍSTICA
RAMOS RA, ALEIXO IMS.
rosamaral@gmail.com Universidade Federal de Minas Gerais

A Ginástica Artística é uma modalidade ensinada e praticada em diversos contextos. É composta de uma enorme
variedade de habilidades e de elementos técnicos que exigem muito das capacidades motoras e psicológicas dos
praticantes, e estas precisam ser constantemente desenvolvidas. As capacidades motoras são foco das Ciências do
Esporte, que vem avançando com o aumento de estudos que buscam a otimização do desempenho. O presente
trabalho visa verificar as capacidades motoras determinantes para ingresso em uma equipe iniciante de Ginástica
Artística do Minas Tênis Clube. Como foco central foram analisados os testes de seleção dos anos de 2012 e 2013
para equipes iniciantes de Ginástica Artística masculina e feminina do clube, os exercícios relacionados nos testes
e os resultados das crianças aprovadas. A partir da análise dos testes, amparada pela literatura científica, foi possível
concluir que a capacidade motora determinante para o ingresso nas equipes iniciantes do Minas Tênis Clube é a
força muscular. A média das crianças do sexo feminino no teste de Abdominal no Espaldar foi de 18,8, enquanto
a média das crianças do sexo masculino foi de 18 abdominais. No teste de Impulsão Horizontal a média foi de 1,37
m para o sexo feminino e 1,49 m para o sexo masculino. O teste de Corrida 20 m apresentou média de 4,40 s para
o sexo feminino e 4,06 s para o sexo masculino. E o teste de Flexão de Braço, média de 5,20 para o sexo feminino
e 7,75 para o sexo masculino. Esse estudo auxiliará na identificação de crianças do curso de Ginástica Artística do
referido clube com potencial para ingressar na equipe.

Palavras-chave: Seleção; Aptidão física; Força; Teste.

023

PREVALÊNCIA DE LESÕES NA GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA DE ALTO RENDIMENTO:


PRÉ-INFANTIL AO ADULTO
LUNARDI M, LINK A, VAZ MA, MELO MO, OLIVA JC, GOULART NBA.
morganalunardi.edf@gmail.com Universidade de Caxias do Sul
Grupo de Pesquisa e Estudos em Ginásticas (GPEGIN-UCS;UFRGS;UNIVASF)
Grupo de Pesquisas em Biomecanica e Cinesiologia (GPBIC-UFRGS)

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de lesões entre as categorias do alto rendimento da GA. Participaram
do estudo 79 atletas masculinos de GA, sendo 18 da categoria pré-infantil (8 a 11 anos), 33 da categoria infantil (12
a 14 anos), 7 da categoria juvenil (15 a 17 anos) e 21 da categoria adulta (acima de 18 anos) durante os respectivos
Campeonatos Brasileiros. Por meio de um questionário de avaliação do histórico de lesões, foram adquiridos os dados
de identificação, além do tipo de lesão que possuem ou já possuíram, o local anatômico lesionado e em que aparelho
ginástico a lesão ocorreu. As lesões na categoria adulta são 26,27% pelo excesso de treinamento, sendo 36,59%
inflamações, na juvenil 37,50% das lesões são no cavalo com alças, sendo 50,00% fraturas. Nas categorias pré-infantil
e infantil foram encontrados 64,29% e 42,47% das lesões no solo sendo 50,00% e 20,90% entorses, respectivamente.
Os riscos de lesões podem estar relacionados a diversos fatores, além de estarem interligados com a categoria, pois
quanto mais elevada (adulto), maior a exigência técnica dos exercícios durante os treinamentos e/ou competições.
Nota-se que os riscos e os tipos de lesão na GA parecem ser proporcionais ao nível de habilidade dos ginastas. Pode-
se concluir que nas categorias: pré-infantil e infantil há uma maior predominância de lesões no solo, com prevalência
de entorses, na juvenil há uma maior predominância de lesões no cavalo com alças, com prevalência de fraturas. E na
adulta há uma maior predominância de lesões pelo excesso de treinamento, com prevalência de inflamações. Acredita-se
que o ensino da forma correta e controlada do movimento, bem como a utilização de exercícios para fortalecimento
das musculaturas mais exigidas em cada categoria, e constantes avaliações a fim de evitar possíveis desequilíbrios nas
musculaturas agonista/antagonistas são estratégias importantes na prevenção e minimização das lesões.

Palavras-chave: Categorias; Morbidade referida; Local anatômico; Aparelho ginástico.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.15-R-19 • R.15
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

024
Biodinâmica: Ginástica Artística

AVALIAÇÃO DAS ETAPAS DE EXECUÇÃO DO ELEMENTO KIPE NAS PARALELAS ASSIMÉTRICAS


LINK A, LUNARDI M, MELO MO, GOULART NBA.
anny.link93@gmail.com Universidade de Caxias do Sul
Grupo de Pesquisa e Estudos em Ginásticas (GPEGIN-UCS;UFRGS;UNIVASF)
Grupo de Pesquisas em Biomecânica e Cinesiologia (GPBIC-UFRGS)

O presente estudo buscou analisar as etapas de execução do elemento kipe de pernas unidas terminando ao apoio
facial, de forma a ilustrar uma linha cronológica de aprendizado. Foram analisadas 50 filmagens por meio do programa
KINOVEA, com 12 atletas femininas de ginástica artística, com idade entre 9 e 18 anos, com 4,83±2,25 anos de
prática no esporte, e que competem em Campeonatos Nacionais e Torneios Estaduais de Ginástica Artística. O kipe
pode ser dividido em 4 etapas: 1. Balanço da entrada de kipe: Iniciada sobre um trampolim, salto com pernas unidas
e estendidas, alongamento do corpo todo à frente - 16,7% das atletas se encontravam nesta etapa com idade média
de 10,5±2,12 anos; 2. Levar as pernas ao barrote: trazer os tornozelos para a barra com pernas em posição carpada –
41,7% das atletas conseguiam executar esta etapa, com idade média de 12,8±3,17 anos; 3. Puxar o corpo para cima da
barra terminando em apoio facial: utilizando a impulsão e principalmente a força abdominal e de membros superiores
puxar o barrote na altura entre o quadril e os joelhos – 25% se encontravam nesta etapa, com idade média de 13,3±1,52
anos; 4. Lançamento a vertical com a chegada à barra: assim que ocorre a puxada, a atleta já se encontra em posição
vertical na barra, a mesma deve se impulsionar para trás e para cima na tentativa de chegar à parada de mãos (180°) –
apenas 16,7% já se encontram neste nível, com idade média de 17,5±0,7. Acredita-se que o ensino da técnica correta
e a utilização de exercícios na preparação física, adequados para cada etapa do desenvolvimento gímnico, sejam os
principais fatores de sucesso para o aprendizado deste elemento. A diferença de mais de 4 anos entre as etapas 3 e
4, aponta para necessidade de um enfoque maior no refinamento da técnica e uma diversificação e ampliação dos
exercícios de força e pedagógicos para que assim seja alcançado o resultado desejado com maior antecedência.

Palavras-chave: Aprendizagem; Habilidades gímnicas; Treinamento; Técnica.

025

LATERALITY IN ARTISTIC GYMNASTICS


BESSI F.
fb@sport.uni-freiburg.de University of Freiburg - Germany

Worldwide trainers ask if there is a rotation scheme, which improves the gymnastics performance and / or facilitate
the learning of the elements with longitudinal rotations. Although there are some research on it, they did not attempt
to verify a total scheme, but merely to see the relationship between two elements, the Round-off and the direction
of the pirouette or four elements, extended vertical jump with full turn, Round-off, direction of the pirouette and
handstand with one turn rotation. In this study we analyse the appreciation of the experts N=140 coaches from
different levels of expertise and from different countries (ARG, BOL, BRA, CHI, ECU, GER, PER, URU) with
12.1 ± 8.5 years of experience regarding how gymnasts should execute 27 different elements in 5 male apparatus.
We chose these elements, because we wanted to have movements with rotation in upright stance, upside down
and in combination with transversal rotation. Through a questionnaire for coaches, we tried to verify if there are
differences, coincidences or even immovable rules in the rotation scheme that gymnasts use (or should use). The
answers were typologized with three categories of rotational preference which: unilateral consistent twister, bilateral
consistent twister and inconsistent twister. The study aimed to answer several questions: 1. Do coaches agree on
how the rotation scheme should be in gymnastics?; 2. How do coaches (former gymnasts) determined which way
to turn?; 3. Does the preferred use of a hand or a foot influence on the direction of rotation?; 4. Does the personal
rotation scheme influence on the concept of appropriate rotation scheme?; 5. Do the national practices influence the
rotation scheme?; 6. Are there differences in appreciation between coaches at different levels?; 7. Are unambiguous
rules among the elements? The results are manifold and cannot be summarized in a couple of sentences.

Palavras-chave: Laterality; Rotational preference; Artistic gymnastics.

R.16 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.15-R-19
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

026

Biodinâmica: Ginástica Artística


A COPA DO MUNDO DE GINASTICA ARTÍSTICA COMO PREPARAÇÃO
DE GINASTAS MEDALHISTAS DE JOGOS OLÍMPICOS
LIMA LBQ, MURBACH MA, SCHIAVON LM.
leticia_queiroz@hotmail.com UNESP
Grupo de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica (GEPPEGIN-UNESP)

A Copa do Mundo (CM) de Ginástica Artística (GA) é um campeonato internacional que contempla apenas a competição
“Final por aparelhos” (CIII), classificando os ginastas em etapas e estabelecendo-se também um ranking anual. A CM
tem sido bastante destacada pela mídia, no entanto, não é possível comparar o nível de competitividade da CM ao de
Campeonatos Mundiais ou Jogos Olímpicos (JO), nos quais as principais potências da modalidade participam. Esta pesquisa
documental pretende investigar a relação entre ginastas finalistas por aparelho da Ginástica Artística Feminina (GAF)
em JO e a participação das mesmas em etapas da CM como possível preparação para os JO. Assim, foram analisados
dois tipos de documentação: 1. Resultados da GAF nas diferentes etapas da CM nos anos de 2010 a 2012; 2. Resultados
da GAF dos JO de Londres (2012). Cinco foram os países que conquistaram medalhas nos JO de 2012. Destes, 80%
(4) participaram de pelo menos uma etapa das CM analisadas. Com relação às atletas finalistas em JO, observou-se um
padrão semelhante entre as participantes dos aparelhos Salto e Solo. Nesses aparelhos, 50% das atletas participaram de
pelo menos uma etapa de CM com medalha no respectivo aparelho das finais dos JO; 12% participaram sem medalhas;
13% participaram em outro aparelho e; 25% não participaram de etapas de CM. Em relação às Barras Assimétricas, a
correlação entre as atletas finalistas e medalhistas em CM foi 75% e 25% não participaram da CM. Por fim, a Trave de
Equilíbrio apresentou a menor relação entre o número de finalistas medalhistas em CM neste aparelho (25%), além, de
um aumento considerável no número de atletas não participantes em CM (37%). Desta forma, observou-se que a CM tem
sido utilizada, por países medalhistas em JO, como forma de avaliação, preparação e aquisição de experiência internacional
de seus ginastas, especialmente observado nos aparelhos Salto, Solo e Assimétricas.

Palavras-chave: Ginástica; Competição; Resultados; Periodização.

027

EFEITOS DE 3 MESES DE INTERRUPÇÃO NO TREINO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA


COM CRIANÇAS INICIANTES EM TÉCNICAS BÁSICAS DE SOLO
NOGUEIRA RD, SANTOS FCP.
br.flavia@gmail.com Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - UNILESTE

A Ginástica Artística vem recebendo destaque cada vez maior no cenário esportivo nacional, sendo ela caracterizada pela
busca da perfeição técnica na execução de seus movimentos. As técnicas de solo são consideradas a base para o processo
de aprendizagem dos outros aparelhos, pois proporcionam aos ginastas mais domínio do corpo nas rotações, velocidade,
flexibilidade, força e postura. A prática de exercícios físicos causa adaptações ao organismo e o destreino, seja ele ocasionado
por lesão, férias ou outro motivo, resulta em perdas morfológicas dessas alterações, mas sua interferência na técnica não está
completamente elucidada. Assim sendo, o objetivo desse estudo foi analisar os efeitos do destreinamento pelo período de
3 meses no domínio de 5 técnicas básicas de acrobacia de solo da ginástica artística em ginastas iniciantes de uma academia
do Estado de Minas Gerais. Participaram do estudo 11 crianças, de 7 a 13 anos de idade (idade média = 9,09 ± 2,02) e
com tempo médio de prática de 17,55 ±15,10 meses, em um período de destreino de 3 meses. Foi realizada a filmagem
das técnicas, as quais foram analisadas e pontuadas em uma escala de 0 a 3 pontos, em dois momentos: nas três últimas
semanas de novembro e nas três primeiras semanas de março do ano seguinte, após férias de fim de ano. As técnicas
avaliadas foram: rolamentos para frente grupado e afastado, rolamento para trás grupado e afastado e a estrela. As médias
da soma dos pontos obtidos pelos ginastas foram comparadas através do teste t de Student (p > 0,05). A média geral da
pontuação dos ginastas avaliados (de 0 a 3) foi de 1,93 ±0,31 antes das férias e de 1,85 ±0,31 na avaliação pós-férias. Dessa
forma os resultados apontaram que esse período de destreinamento não foi suficiente para que ocorresse uma significante
alteração no nível técnico dos ginastas nas cinco acrobacias básicas de solo, logo, conclui-se que, para o grupo estudado,
o período de férias não interfere no seu desenvolvimento técnico.

Palavras-chave: Ginástica artística; Destreinamento; Técnica; Iniciantes.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.15-R-19 • R.17
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

028
Biodinâmica: Ginástica Artística

HÁBITOS ALIMENTARES E O USO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS NA GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA


OLIVEIRA MA, OLIVEIRA MS.
matheus_agnez@hotmail.com Universidade Federal do Espirito Santo

A cada ciclo olímpico, a Ginástica Artística (GA) altera suas regras em busca do equilíbrio entre esporte e arte.
Nos últimos anos, observamos o aumento na complexidade dos elementos apresentados pelos ginastas elevando as
demandas físicas, técnicas, psicológicas e, também, táticas sobre os atletas. A diferença entre os ginastas campeões
é estabelecida em décimos e, até mesmo, milésimos de ponto. Isso sinaliza a necessidade de uma abordagem
multidisciplinar e multidimensional no processo de formação em longo prazo. Em busca de incrementar a dificuldade
dos elementos e aprimorar a execução em busca da perfeição, os ginastas são submetidos a sessões longas de
treinamento, as quais levam o seu corpo ao limite. Nesse contexto, os cuidados com a alimentação se tornam essenciais
para o desenvolvimento desses atletas e adquire a atenção de todos os envolvidos com a modalidade. Sabemos que
uma boa alimentação é fundamental para lograr bons resultados nos treinamento e nas competições e, acima de
tudo, manter a saúde do ginasta. Por isso, esse estudo tem o objetivo de avaliar e analisar os hábitos alimentares e
o uso de suplementos na GA Masculina. Metodologicamente optamos por um estudo descritivo-exploratório no
qual utilizaremos um Questionário de Frequência Alimentar, o qual será aplicado com atletas de alto rendimento
na modalidade no Brasil. Consideramos que as informações que serão coletadas nesse estudo podem trazer luz
para essa problemática e, assim, contribuir com o cotidiano de treinamentos no ginásio. O estudo está em fase de
desenvolvimento, o que nos impede de divulgar os seus resultados no momento.

Palavras-chave: Treinamento; Nutrição esportiva; Recursos ergogênicos; Dietas.

029

RELAÇÃO DA AMPLITUDE ARTICULAR E RISCOS DE LESÕES EM ATLETAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA


DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
HEUER S, TAVARES ET.
silvia.heuer2@gmail.com Universidade Federal do Paraná

A Ginastica Artística é uma modalidade esportiva que abrange e combina gestos biomecânicos de alta complexidade
que dependem de capacidades físicas específicas, como a flexibilidade. Devido à intensidade e duração dos
treinamentos, o corpo das atletas é submetido a uma sobrecarga física, gerando estresse articular. Para atingir
determinados movimentos, as ginastas devem realizar uma amplitude muito maior do que a considerada normal,
gerando portando hiperflexibilidade, que pode estar associada aos riscos de lesões articulares. Quatro atletas de
Ginástica Artística da equipe de competições da Universidade Federal do Paraná foram submetidas à avaliação
da amplitude de movimento, utilizando o método da goniometria e, após análise quantitativa e comparando
com a literatura, os valores apresentados se mostraram fora do padrão. Os movimentos que apresentaram maior
discrepância de amplitude articular (quando comparado aos valores normais de referência) foram: flexão e extensão
dorso lombar; flexão e extensão de cintura escapular; flexão, extensão e abdução de quadril e flexão plantar. Já em
relação a rotação interna de cintura escapular, houve amplitude muito inferior em relação aos valores de referência.
Esses valores se mostraram alterados pelas quatro atletas. Como descrito no estudo, para que a maioria das posturas
desse esporte sejam alcançadas, é necessário maior flexibilidade/amplitude de movimento de seu praticante, gerando
desequilíbrio osteomuscular e acarretando em fatores passíveis de lesões.

Palavras-chave: Ginástica artística; Hiperflexibilidade; Goniometria; Lesões.

R.18 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.15-R-19
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

030

Biodinâmica: Ginástica Artística


CARACTERIZAÇÃO DA FORÇA DO OMBRO DE GINASTAS EM TESTES ISOCINÉTICOS
VIEIRA G, CARRARA P, MASCARIN M, ANDRADE M, MOCHIZUKI L.
geangv@hotmail.com Escola de Educação Física e Esporte - USP
UNIFESP

Na modalidade Ginástica Artística Masculina (GAM) o ginasta deve apresentar exercícios que demonstrem sua força
(tanto força rápida e máxima quanto força resistente), sobretudo nos membros superiores. Avaliações físicas de
ginastas incluem testes de força resistente, força máxima e força rápida (definida pela força em função do tempo).
Poucos trabalhos foram encontrados sobre esta temática, embora a força seja uma capacidade de suma importância
na performance da modalidade. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar os níveis de força no ombro de ginastas de
alto rendimento. A amostra contou com 14 ginastas de elite do Brasil, do sexo masculino. Quanto ao teste isocinético,
foram realizados movimentos de adução e abdução de ombro com os braços estendidos nas velocidades 60º/s e
120º/s (no modo concêntrico/concêntrico), semelhante ao elemento crucifixo realizado no aparelho Argolas). Tal
protocolo buscou avaliar os ginastas em uma situação de produção de força que fosse o mais específica possível ao
contexto prático da modalidade, tendo em vista que existem exercícios no aparelho Argolas que, apesar de exigir
do ginasta uma produção de altos níveis de força, o coloca tanto em situações dinâmicas quanto isométricas. Os
resultados servem como base para caracterizar alguns parâmetros sobre a força de membros superiores de ginastas,
possibilitando compreender os níveis necessários que estes precisam apresentar para realizar certos exercícios.

Palavras-chave: Ginástica; Força; Dinamômetro.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.15-R-19 • R.19
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

031

Biodinâmica: Ginástica Rímica


APTIDÃO FÍSICA E PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS DE ATLETAS
DE GINÁSTICA RÍTMICA DA REGIÃO METROPOLITANA CURITIBA
SALAMUNES ACC, STADNIK AMW.
anacarlasalamunes@yahoo.com.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná

A ginástica rítmica é um esporte complexo, que exige habilidade em diferentes valências motoras, tornando
necessária uma seleção específica de talentos, numa idade precoce. Na região metropolitana de Curitiba, foram
encontradas equipes de treinamento e competição da modalidade, e indagou-se se as ginastas destes centros
esportivos apresentavam possível aptidão para o esporte. Este estudo avaliou 37 ginastas ingressantes no ano de
2013 a quatro equipes de ginástica rítmica da região, todas as atletas com idade de seis a 12 anos. Foram aplicados
quatro testes desenvolvidos na Bulgária: um de força abdominal, um de flexibilidade de membros inferiores e dois
de antropometria. O desempenho foi calculado levando em consideração o esperado para as diferentes idades
estudadas. Cada teste gerou uma pontuação de zero a 50, totalizando um máximo de 200 pontos por ginasta. Para
ser considerada apta ao esporte, esta deveria alcançar, no mínimo, 100 pontos. Proporcionalmente, foi considerado
como aceitável, ao menos, 25 pontos em cada teste. No teste de estatura, 48,6% da amostra obteve pontuação acima
de 25. No índice de Manuvier, 51,35% teve valores antropométricos considerados adequados. Nenhuma ginasta
desempenhou o teste de força abdominal de forma satisfatória. Já no teste de flexibilidade, 75,68% da amostra
pontuou acima de 25. Na somatória dos testes, apenas 21,6% das ginastas obtiveram pontuação satisfatória. A partir
destes resultados, o estudo concluiu que a flexibilidade de membros inferiores pode ter sido a principal forma de
detecção de talentos das equipes de competição avaliadas. Os índices antropométricos possivelmente não foram
mensurados na seleção, uma vez que apenas a metade das ginastas, aproximadamente, apresentou estatura e índice
de Manuvier considerados ideais. O desempenho das ginastas foi bastante abaixo do esperado no teste de força
abdominal, o que indicou a provável ausência deste teste para o ingresso de atletas nos centros de treinamento.

Palavras-chave: Esporte; Treinamento; Flexibilidade; Força.

032

COMPARAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA DE ADOLESCENTES PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE GINÁSTICA RÍTMICA


MARRONI PCT, YAMAMURA RAMH, ELIAS RMG.
paulamarroni@gmail.com Universidade Estadual de Maringá

O presente estudo tem como objetivo comparar a aptidão física de adolescentes praticantes e não praticantes de
ginástica rítmica na região de Maringá (PR. A pesquisa se caracteriza como um estudo descritivo. A população da
pesquisa foi composta de 22 adolescentes entre 12 e 15 anos, divididas em dois grupos. O primeiro foi composto
por oito meninas não praticantes de ginástica rítmica,pertencentes a um colégio estadual do município de Sarandi
(PR). O segundo foi composto por quatorze atletas da equipe juvenil de ginástica rítmica na cidade de Maringá que
estavam treinando há pelo menos cinco meses. Todas as participantes do estudo possuíam autorização dos pais
para a pesquisa através de Termo de Consentimento Livre Esclarecido. O instrumento de avaliação foi a bateria
de medidas e testes do PROESP-BR, que avalia a aptidão física de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. As
adolescentes foram classificadas seguindo os critérios de referência do PROESP-BR. Foi encontrado um grande
número de adolescentes com baixo peso. No teste de abdominal (por minuto) as ginastas tiveram um desempenho
superior ao das não praticantes. No teste de flexibilidade todas as avaliadas praticantes de ginástica tiveram uma
“boa aptidão”, porém no teste de envergadura 100% da amostra obteve resultados inferiores. O mesmo aconteceu
para o teste de resistência cardiorrespiratória (teste de 6 minutos). Segundo os dados obtidos foi possível concluir
que a prática de ginástica rítmica, neste grupo, parece influenciar na flexibilidade e força abdominal de adolescentes,
porém é necessária uma maior atenção ao índice de massa corpórea e no condicionamento cardiorrespiratório das
praticantes da modalidade em questão.

Palavras-chave: Aptidão; Ginástica rítmica; PROESP-BR; Avaliação física.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.21-R.26 • R.21
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

033
Biodinâmica: Ginástica Rítmica

TREINAMENTO A LONGO PRAZO APLICADO À GINÁSTICA RÍTMICA


SANTOS LF.
laisa_lfs@hotmail.com USP

A Ginástica Rítmica (GR) é um esporte que encanta pessoas no mundo todo pela sua beleza e plasticidade. No
Brasil, o esporte vem crescendo e conquistando bons resultados dentro do continente, no entanto, ainda são
encontradas muitas dificuldades para seu desenvolvimento. Essa dificuldade pode ser reflexo de uma deficiência
de um programa de treinamento a longo prazo (TLP) bem planejado e estruturado que possa auxiliar na detecção,
seleção e promoção de talentos esportivos para a modalidade. O treinamento a longo prazo adequado com cargas
lógicas e progressivas, somado ao processo de detecção, seleção e promoção de talentos, fornece condições
adequadas para o indivíduo alcançar um elevado desempenho na modalidade. Através da revisão de trabalhos a
respeito de TLP e do modelo Canadense de TLP aplicado à ginástica de uma forma geral, foi possível formular
uma proposta de TLP aplicado a GR, realizando uma adaptação desse modelo. Essa proposta é formada por oito
etapas que deverão ser desenvolvidas no decorrer da vida das atletas, e procuram associar as capacidades físicas,
psicológicas, técnicas e táticas exigidas pela modalidade, às características maturacionais das atletas desde o seu
início no esporte até o alto rendimento. As crianças devem passar por todas as etapas conforme sua faixa etária
e seu desenvolvimento, havendo aqueles que vão progredir sequencialmente através das etapas do TLP e aqueles
que em determinado momento não conseguirão mais acompanhar o processo. Sendo assim, esse trabalho tem
como objetivo apresentar cada uma dessas etapas, acreditando que as mesmas possam servir de base para que os
técnicos da modalidade consigam organizar seu treinamento.

Palavras-chave: Treinamento a longo prazo; Ginástica rítmica; Treinamento esportivo.

034

POLIMORFISMO GENÉTICO I/D DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA


DE ATLETAS BRASILEIRAS DE GINÁSTICA RÍTMICA
ZANINI D, SAAVEDRA FJF.
daniela.zanini@unoesc.edu Universidade do Oeste de Santa Catarina

Para entender os aspectos biológicos do desempenho é essencial analisar as implicações genéticas, e para este
efeito, o polimorfismo I/D da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) vem sendo alvo de estudos recentes
acerca do tema biologia molecular e desempenho esportivo, e tem sido sugerido para influenciar as variações do
músculo esquelético. O objetivo do estudo foi comparar a distribuição do genótipo I/D da ECA em praticantes e
não praticantes de Ginástica Rítmica (GR). A amostra foi composta por 31 indivíduos do sexo feminino, divididos
em dois grupos: praticantes de GR (grupo experimental) e não praticantes (grupo controle), com média de idade
16,7 ±1,54; 18,6 ±1,15 anos, respectivamente. Para a observação do gene da ECA foi coletada uma amostra de
saliva epitélio bucal, com a utilização de Swab para posterior análise do gene. Os indivíduos foram genotipados
para o polimorfismo da ECA e classificados em DD, ID e II, por meio das técnicas de Reação em Cadeia de
Polimerase e Polimorfismo do Comprimento de Fragmentos de Restrição, com enzima de restrição após extração
do DNA. Objetivando verificar o perfil dos indivíduos aplicou-se a estatística descritiva, e para a análise inferencial
utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis, com significância p<0,05. Em relação à distribuição da frequência do genótipo
da ECA, a presença do genótipo ID foi 26,3% nas ginastas, sendo o mais frequente o genótipo DD 57,9% e o
menos frequente o genótipo II 15,8%. O Grupo Controle apresentou 8,3% do genótipo II, 91,7% DD, e nenhum
participante apresentou o genótipo ID. Observou-se tendência de maior frequência do genótipo da ECA no Grupo
Experimental comparado ao Grupo Controle, porém, não apresentaram diferenças significativas entre os grupos.
Verificou-se a predominância do genótipo DD no grupo das ginastas, o que não nos permite conclusões em relação
a um parâmetro, mas se observa uma tendência às atletas de GR a determinadas características genéticas.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Enzima conversora de angiotensina; Atletas de elite.

R.22 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.21-R.26
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

035

Biodinâmica: Ginástica Rímica


MONITORAMENTO DO TREINAMENTO DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA RÍTMICA
DURANTE PREPARAÇÃO PARA OS JOGOS PANAMERICANOS
DEBIEN PB, MILOSKI B, BARA FILHO MG.
paulinhadebien@hotmail.com Universidade Federal de Juiz de Fora
Grupo de Estudos em Controle da Carga de Treinamento (GECCAT-UFJF)

Para atingir as adaptações ideais, além de controlar as cargas de treinamento, é necessário que haja um equilíbrio entre
os estímulos estressores do treinamento e a recuperação, possibilitando que alterações psicofisiológicas ocorram de
maneira adequada. A ginástica rítmica é caracterizada por elevados volumes de treinamento e calendário competitivo
peculiar, o que reforça a importância de um monitoramento preciso e frequente das variáveis envolvidas no treinamento
desta modalidade. Dessa forma, este estudo teve como objetivo descrever e analisar o comportamento da carga interna
de treinamento e níveis de recuperação das atletas da seleção brasileira de ginástica rítmica durante preparação para os
Jogos Panamericanos de 2015. A amostra deste estudo foi composta por seis ginastas integrantes da seleção brasileira de
conjuntos de ginástica rítmica no ano de 2015. Foram monitoradas sete semanas de treinamento, sendo uma do período
preparatório básico (PPB) e seis do específico (PPE). Diariamente, antes da sessão de treinamento, as atletas responderam
à escala de Qualidade Total de Recuperação e ao final de cada sessão, responderam à escala de Percepção Subjetiva do
Esforço (PSE) da sessão. A carga de treinamento foi obtida através do produto da PSE da sessão pela duração da sessão
em minutos. Foram utilizados seguintes testes estatísticos: Shapiro-Wilk, Levene e ANOVA de medidas repetidas com
post-hoc de Tuckey. A análise estatística foi feita através dos softwares SPSS 20.0 e Statistca 8.0 e o nível de significância
adotado foi p<0,05. A semana do PPB apresentou carga de treinamento significativamente menor do que as semanas 2,
3, 4 e 6 do PPE. Os níveis de recuperação do PPE foram ligeiramente mais baixos do que do PPB, mas não apresentaram
diferença estatisticamente significativas. Conclui-se que as cargas de treinamento apresentaram um comportamento
crescente ao longo das semanas analisadas e a recuperação se manteve praticamente constante.

Palavras-chave: Carga de treinamento; Recuperação; GR; PSE da sessão.

036

DIFERENÇA DE FLEXIBILIDADE ENTRE OS MEMBROS INFERIORES DE ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA


SALAMUNES ACC, STADNIK AMW.
anacarlasalamunes@yahoo.com.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Estudos mostram alta prevalência de escoliose em atletas de ginástica rítmica (GR), sem explorar sua causa. A GR busca
a perfeição dos movimentos, sendo frequente a execução das séries de competição apenas com o lado do corpo melhor
desenvolvido. Com isso, acreditou-se que o trabalho desigual de alongamento entre os lados do corpo poderia ser uma das
causas de tal desvio postural. O objetivo do estudo foi comparar a flexibilidade de membros inferiores direito e esquerdo
de atletas de GR. Foram testadas 28 ginastas com idade 12,71±2,19 anos. Com o auxílio de um goniômetro, foi registrada
a angulação da articulação do quadril na posição de spacat, que consiste no afastamento anteroposterior dos membros
inferiores. A posição foi executada em suspensão, para que os membros pudessem alcançar um ângulo maior que 180°,
apoiando num espaldar a região do calcâneo, à frente, e, num banco sueco, a perna, atrás. Com o software Minitab,
aplicou-se o teste t pareado de duas formas: comparando o spacat com membro direito à frente (SD) com o esquerdo
(SE) e comparando o membro mais flexível (SM) com o de menor angulação (SP). Entre SD e SE, não houve diferença
estatística (p=0,168), com médias 192,32°±12,68 e 189,21°±10,73, respectivamente. Entre SM E SP, foi registrada diferença
estatística (p=0,000), com médias de 195,89°±11,25 e 185,64°±10,00, respectivamente. A partir disso, conclui-se que há,
provavelmente, uma diferença no trabalho unilateral da flexibilidade de membros inferiores, que resultou numa diferença
de cerca de 10° entre SM e SP. Acredita-se que não tenha sido verificada diferença entre SD e SE porque cada ginasta
teria maior facilidade com um membro, tornando improvável um único lado ser o melhor para a maioria. Com isso, é
possível que a flexibilidade desigual entre os membros seja a causa da escoliose. Sugere-se a elaboração de estudos mais
aprofundados sobre o assunto e uma maior preocupação em treinamentos compensatórios, visando à saúde das atletas.

Palavras-chave: Alongamento; Escoliose; Esporte; Treinamento.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.21-R.26 • R.23
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

037
Biodinâmica: Ginástica Rítmica

CORRELAÇÃO ENTRE O TREINAMENTO E A INCIDÊNCIA DA HIPERLORDOSE LOMBAR POSTURAL


EM ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA
AGOSTINI BR.
babedson@hotmail.com Centro Universitário Estácio FIC/CE
Grupo de Pesquisas do Centro de Treinamento de Ginástica Estácio FIC/CE

A prática desta modalidade competitiva se por volta dos 5 anos de idade. O treinamento exige o desenvolvimento
de altos índices nos níveis de flexibilidade ativa e passiva de inúmeras articulações corporais, porém principalmente
das estruturas ósseas e musculares da coluna vertebral. A lordose lombar é uma curva no plano sagital da coluna
lombar com vértice anterior, a Scoliosis Research Society (SRS) estipulou como ângulos fisiológicos o intervalo
entre 31º e 79º, portanto o diagnóstico de hiperlordose lombar é estabelecido quando se identifica uma curva com
um ângulo superior ao fisiológico. A hiperlordose lombar é atribuída à retração de cadeias musculares importantes
do nosso corpo, que podem causar alterações ósseas, articulares e também à nível dos núcleos pulposos. Neste
estudo foi realizada uma pesquisa de campo experimental, com corte transversal que buscou investigar a correlação
entre o treinamento de alto rendimento e a incidência de hiperlordose lombar em atletas de ginástica rítmica. A
amostra foi composta por 16 ginastas de alto rendimento pertencentes da cidade de Fortaleza/CE. Foi realizada
uma avaliação fisioterápica postural no início da prática desportiva (6 anos), na qual detectamos que 100% das
mesmas não tinham hiperlordose postural. A mesma avaliação foi repetida após 7 anos de treinamento (13 anos de
idade) quando as atletas se encontravam na categoria juvenil. Foi detectado que 87,5% (14 ginastas) apresentaram
hiperlordose lombar postural. Como conclusão pudemos observar que existe uma relação direta entre o treinamento
da modalidade e o desenvolvimento deste desvio postural.

Palavras-chave: Coluna vertebral; Hiperlordose; Ginástica rítmica; Treinamento.


Apoio: Estácio FIC/CE

038

A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO NOS PROJETOS SOCIAIS DE GR


AGOSTINI BR.
babedson@hotmail.com Centro Universitário Estácio FIC/CE
Grupo de Pesquisas do Centro de Treinamento de Ginástica Estácio FIC/CE

Com o aumento de incentivo às politicas esportivas, e a crescente população carente em nosso país, o número de
projetos voltados para a área esportiva vem aumentando consideravelmente. Projetos sociais são, antes de tudo, um
exercício de cidadania, pois envolvem as pessoas para além do seu campo de vivência, permitindo a transposição
de barreiras e preconceitos em benefício do outro. Portanto o objetivo geral foi investigar como ocorre a avaliação
do desenvolvimento físico, psicológico e nutricional das praticantes de Ginástica Rítmica em Projetos Sociais.
Foi realizada uma pesquisa de campo com abordagem quantitativa, o instrumento foi um questionário composto
por 11 questões. Os participantes foram educadores/acadêmicos responsáveis por 4 projetos sociais na cidade de
Fortaleza/CE, que ao todo atendiam 184 crianças. Todos os projetos afirmaram realizar avaliações nas suas alunas.
Os projetos A, B e C realizam testes físicos periodicamente, já o projeto D respondeu que já havia realizado, mas
não de forma periódica. Todos afirmaram que a condição física (talento desportivo) não é determinante para a
permanência da criança no projeto. Em relação a avaliação psicológica, apenas o projeto A realizava com a ajuda de
equipe especializada, e os demais projetos, apenas se a criança apresentasse algum problema seria direcionada para
profissionais responsáveis, e, desta maneira o perfil psicológico não poderia ser determinante para a permanência das
alunas nos projetos. Porém nos projetos A e C eram realizadas dinâmicas relacionais para verificar o entrosamento
das alunas e sua capacidade de sociabilização. Em nenhum dos projetos foi relatada avaliação da condição nutricional.
Como conclusão percebemos que a avaliação nos projetos sociais onde a GR é a prática comum não tem um suporte
que possibilite aos educadores elaborarem instrumentos avaliativos mais complexos e integradores.

Palavras-chave: Ginástica Rítmica; Avaliação; Projetos; Treinamento


Apoio: Estácio FIC/CE

R.24 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.21-R.26
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

039

Biodinâmica: Ginástica Rímica


A EVOLUÇÃO DOS ELEMENTOS CORPORAIS DA GINÁSTICA RÍTMICA DE ACORDO COM O CÓDIGO DE PONTUAÇÃO
COSTA CR, LOURENÇO MRA, RINALDI IPB.
karolruivo@hotmail.com Universidade Estadual de Maringá

A ginástica rítmica (GR) é resultado de uma sistematização e cientifização do movimento ginástico, que foi
influenciado por várias correntes e escolas gímnicas. Caracteriza-se como uma modalidade especificamente feminina
em competições oficiais, que nos encanta pelo fato de aliar o movimento expressivo do corpo com a técnica da
utilização ou não de aparelhos característicos, (corda, arco, bola, maças e fita) somados com a interpretação de
uma música. Esses movimentos se encontram descritos no código de pontuação da modalidade publicado pela
Federação Internacional de Ginástica, e sofrem mudanças a cada ciclo olímpico. Esta pesquisa teve por objetivo
investigar as mudanças dos elementos corporais de dificuldade ocorridas no código de pontuação da GR de 1977
a 2016, visando compreender como se deu o processo de alteração destes movimentos. Para atender o objetivo
proposto, utilizamos análise documental com base em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico,
no nosso caso os códigos de pontuação de ginástica rítmica. Analisamos as mudanças ocorridas nas dificuldades
corporais de saltos, equilíbrios, pivots, flexibilidades/ondas existentes nas dez edições dos códigos. Constatou-se
que ocorreram mudanças significativas quanto à quantidade, nível e valor dos elementos corporais, frequência de
aparição e características dos elementos. Muitas dessas alterações exigiram das ginastas capacidades físicas extras
para executar os movimentos com perfeição e consequentemente obtenção de notas melhores, destacando-se das
demais atletas. Percebemos uma recente preocupação com a saúde das ginastas o que pode ter influenciado nas
mudanças ocorridas no código de pontuação, tanto nas dificuldades quanto nas regras.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; Mudanças; Dificuldades corporais.

040

ANÁLISE BIOMECÂNICA DOS ELEMENTOS CORPORAIS DA GINÁSTICA RÍTMICA


SILVA DS, OLIVEIRA VS, SUSUKI F, GAIO RC.
rcgaio@ig.com.br Universidade Nove de Julho
Grupo de Pesquisa em Pedagogia do Movimento (GPM-UNINOVE)

Uma série de ginástica rítmica possui uma duração determinada e para executá-la com perfeição a ginasta deve
estar preparada fisicamente e psicologicamente, para manter o desempenho e obter sucesso, pois os movimentos
em uma apresentação, seja de individual ou de conjunto, devem ser únicos e o erro pode trazer consequências
negativas. Assim, esse estudo tem como objetivo mensurar como os aspectos biomecânicos contribuem para a
melhora da performance de atletas de ginástica rítmica. A pesquisa é de natureza descritiva. Inicialmente a ginasta
recebe marcações em pontos anatômicos específicos (pescoço, tronco, quadril, joelho, tornozelo, ombro, cotovelo
e punho), constituídas de marcas esféricas reflexivas adesivas de 19 mm de diâmetro. Em seguida, para a filmagem,
será utilizada uma câmera de vídeo digital (JVC e/ou Panassonic), com capacidade a 30 Hz, com filmagem de
60 quadros por segundo, apoiadas em tripés, a uma distância determinada das ginastas que será estabelecida no
local de coleta e colocada a uma altura que permita que a mesma fique centralizada com o foco e que entre as
câmeras e a ginasta forme um ângulo de 90º. O campo de filmagem das câmeras será ajustado de maneira a conter
todo o movimento. Os cálculos de todas as variáveis cinemáticas serão feitos utilizando o programa Skill Spector,
utilizando-se, fundamentalmente, como entrada as coordenadas tridimensionais dos pontos anatômicos marcados
na ginasta que são as variáveis de saída do programa. As ginastas realizam os elementos corporais fundamentais
(saltos, equilíbrios e rotações) e os mesmos serão analisados com o intuito de melhorar a performance, visando
a melhor técnica em competições. O referido estudo está em andamento e somente a escolha dos movimentos,
bem com as análises quanto as articulações (tipos e movimentos) e os músculos (fase de ação, grupos e agonistas)
envolvidos dos movimentos foram realizadas.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Performance; Análise biomecânica; Treinamento.


Apoio: FAPIC/UNINOVE

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.21-R.26 • R.25
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

041
Biodinâmica: Ginástica Rítmica

GINÁSTICA RÍTMICA: NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE PRÉ E PÓS TREINAMENTO


ANDRADE WB, LOURENÇO MRA, BARAZETTI L, AGUIAR AF.
walquiria.fel@gmail.com Universidade Norte do Paraná

A ginástica rítmica é uma modalidade esportiva que requer alto grau de flexibilidade em virtude da exigência dos
elementos corporais específicos. O objetivo do presente estudo foi comparar e apresentar os níveis de flexibilidade de
sete ginastas da categoria juvenil antes e depois de uma sessão de treinamento, assim como relacionar tais níveis com
a percepção de esforço. As ginastas foram avaliadas no momento pré e pós treinamento utilizando o Flexímetro da
marca Sanny e a Escala Modificada de Borg, nas variáveis: “Hiperextensão de Coluna”, “Pencheé” direita e esquerda
e “Mundial” direita e esquerda. De acordo com os resultados alcançados verificou-se um aumento significativo na
variável “Mundial” direita (p<0,05), este grau de significância não foi encontrado nas demais variáveis avaliadas nesse
estudo. Consideramos que outros fatores devem ser analisados para a obtenção de um resultado mais concreto e
significativo sobre o aumento ou diminuição da flexibilidade quando comparadas às avaliações no início e final de
uma sessão de treinamento.

Palavras-chave: Avaliação; Ginastas; Treinamento; Mobilidade articular.

R.26 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.21-R.26
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

042

Biodinâmica: Outros
UMA ANÁLISE NOS CÓDIGOS DE PONTUAÇÃO DOS ELEMENTOS DE FLEXIBILIDADE
NA GINÁSTICA ARTÍSTICA E NA GINÁSTICA RÍTMICA
MASSARO I, PIZZOL V, TOLEDO E.
isabela.massaro@hotmail.com Faculdade de Ciências Aplicadas- FCA-UNICAMP
Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginásticas (LAPEGI-UNICAMP)

É perceptível maior incidência de elementos de flexibilidade, em séries de Ginástica Rítmica (GR) se comparadas
às de Ginástica Artística (GA) de solo, devido às diferentes exigências das modalidades, apesar de conter elementos
de flexibilidade idênticos nesses esportes gímnicos com valorações distintas. Objetivou-se nessa pesquisa de caráter
documental, identificar os elementos de flexibilidade semelhantes e analisar suas pontuações nos respectivos
Códigos de Pontuação - CPs (FIG, 2015a; FIG, 2015b). Constatou-se que apesar da GR e da GA terem elementos
de flexibilidade semelhantes, a GR possui em seu CP uma maior diversidade e quantidade de elementos corporais
que utilizam maior amplitude articular e já na GA, essa maior diversidade e quantidade reside nos elementos
acrobáticos (exigindo mais a capacidade física força). Com uma análise mais precisa dos elementos semelhantes,
diagnosticou-se que o elemento Butterfly, na GA vale 0.30, e na GR vale 0.50; O elemento Salto Anel (Ring Jump),
vale na GA 0.20, e na GR 0.40; E o Giro Simples em Attittude e o Giro do Escorpião, ambos valem na GA 0.20,
e na GR 0.30. Concluímos que a prevalência de elementos de flexibilidade ocorre mais na GR, em relação à GA,
por alguns fatores: a) maior quantidade e diversidade de elementos que possuem maior amplitude articular, com
grande variabilidade de valoração; b) as combinações de flexibilidade e força em elementos ginásticos são mais
fáceis de serem executadas na GA (que é uma modalidade que exige mais a capacidade física força), portanto, na
GR valem mais e são mais usadas, e como na GA são executadas com maior facilidade, acabam valendo menos; c)
na GA há maior valoração e exigências de quantidade de elementos acrobáticos, que em sua maioria, não utilizam
grande amplitude articular.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Ginástica artística; Flexibilidade; Código de pontuação.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.27 • R.27
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

043

Comportamental: Ginástica Artística


GINÁSTICA ARTÍSTICA: DO PRAZER DO LÚDICO À PRESSÃO DO RENDIMENTO
COSTA AR, MULLER J, FLOR K.
andrize.costa@gmail.com NEFEF-Universidade Federal de Santa Catarina

A Ginástica Artística enquanto modalidade competitiva apresenta um grau de dificuldade elevado e é conhecida
por envolver horas de treinamento árduo, dedicação e busca da perfeição em cada elemento. São comuns críticas
à especialização de crianças na modalidade, sem respeitar seu processo biológico, psicológico e fisiológico. O
objetivo do presente estudo é verificar a visão dos treinadores da Ginástica Artística sobre a idade considerada ideal
para especializar a modalidade e ideais metodologias a serem utilizadas na iniciação ao treinamento da Ginástica
Artística. Foram entrevistados dez treinadores do estado de Santa Catarina, que trabalham com a modalidade
visando rendimento em eventos da Federação de Ginástica de Santa Catarina. Esta é uma investigação qualitativa,
com característica descritiva onde aplicamos um questionário aberto, para o tratamento de dados, utilizou-se a
análise de conteúdo de Bardin. Constatou-se que os treinadores utilizam metodologias de treinamento específicas
para crianças de seis a oito anos, buscando atingir muitas vezes apenas as exigências das competições. Em geral,
os treinadores sabem dos malefícios em iniciar treinos sistematizados em tenra idade, alegam o riscos de lesões e
também sobre a especialização precoce e como consequências disso o abandono da modalidade e desmotivação
em continuar com os treinos. As cobranças por resultados estão fazendo com que os treinadores sigam uma linha
metodológica de treino, baseada apenas nas exigências de Federações e estes mesmo sabendo da importância do
trabalho lúdico e que desperte maior prazer da criança, acabam não introduzindo aos treinamentos e a criança passa
a acreditar que a satisfação é apenas chegar ao pódio, sem reconhecer os reais benefícios que a prática esportiva
pode trazer, se bem trabalhada. Os treinadores e demais envolvidos no esporte não devem poupar esforços para
proteger seus atletas, para prolongar sua participação e principalmente, sua experiência esportiva.

Palavras-chave: Rendimento; Iniciação esportiva; Crianças; Ginástica artística

044

ALTERAÇÕES NOS ESTADOS DE ÂNIMO INFANTIS EM ATIVIDADES NO TABLADO DE SOLO


E EM APARELHOS NA GINÁSTICA ARTÍSTICA
SILVA AO, CASTRO BS, NEVES SAF, SANTOS FCP.
br.flavia@gmail.com
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais -UNILESTE

Todo esporte provoca alterações fisiológicas, psicológicas, cognitivas e sociais em seus praticantes. Muito pouco se sabe
sobre os efeitos psicológicos do uso de equipamentos em um treino de ginástica artística. O presente estudo procurou
identificar alterações nos estados de ânimo em crianças praticantes de ginástica artística comparando atividades em aparelhos
com outras realizadas apenas no solo, objetivando descobrir o papel dos aparelhos como fator motivador da prática.
Estados de ânimo são considerados como o tônus afetivo do ser humano, tendo a capacidade de alterar a forma como
o mesmo percebe as experiências reais, ampliando ou reduzindo seus impactos. Eles são gerados por uma ação externa
que faz com que os as pessoas sintam ou não satisfação em realizar certa atividade física, sendo essa sensação duradoura.
O experimento foi realizado coletando os estados de ânimo dos ginastas através da Lista de Estados de Ânimo Reduzida
e Ilustrada de Volp (2000) antes e após duas aulas de uma hora de duração cada: uma utilizando aparelhos (paralelas
simétricas e assimétricas, trave de equilíbrio, mesa de saltos, mini trampolim e cogumelo) e outra apenas no tablado de solo.
A amostra foi composta de doze crianças na faixa etária de 8 a 12 anos, praticantes de ginástica artística há pelo menos um
ano, devidamente autorizadas pelos pais. Os dados foram tratados, após teste de normalidade de Shapiro Wilk, pelo teste t
de Student pareado (p 0,05). Os resultados mostraram que, dos sete estados de ânimo positivos da lista, houve aumento
estatisticamente significativo em quatro após a aula com aparelhos e em apenas um na aula de ginástica no solo. Os sete
estados de ânimo negativos não apresentaram alterações estatisticamente significativas em nenhuma as aulas. Concluiu-se
que o uso dos aparelhos da ginástica artística foi fator determinante para o aumento dos estados de ânimo positivos de
seus praticantes, podendo ser considerado como fator motivador.

Palavras-chave: Estados de ânimo; Ginástica artística; Solo; Aparelhos.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.29
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

045
Comportamental: Ginástica Artística

A ELABORAÇÃO DE VÍDEOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO NA GINÁSTICA ARTÍSTICA


NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
MIRANDA RCF, LIMA LR, RESENDE FF, NUNES MO, FANTINATO RM.
rifernandes36@gmail.com Universidade Federal de Uberlândia

O presente trabalho teve como objetivo desenvolver e aplicar uma proposta de utilização de vídeos como estratégia
de ensino-aprendizagem visando ao aprofundamento e análise dos sistemas de ajuda na Ginástica Artística. Os
vídeos foram elaborados coletivamente com a participação dos alunos e alunas do curso de Educação Física da
Universidade Federal de Uberlândia/ MG sob a supervisão da docente responsável pela disciplina. O enfoque dos
vídeos estava pautado na análise biomecânica quanto ao posicionamento dos diferentes segmentos corporais durante
a realização dos fundamentos, tanto no solo como nos diferentes aparelhos, os eixos, planos e direções, apontando o
sistema de ajuda utilizado, além das principais ações a serem realizadas pelo docente no processo. Entendemos que
o trabalho possibilitou aos futuros professores uma visão mais ampla e criteriosa dos fundamentos, suas variações,
possibilidades metodológicas e especificidades. Defendemos também que o avanço da pedagogia do esporte depende
fundamentalmente do reconhecimento da centralidade do sujeito praticante, seus objetivos, interesses e características.
Além disso, enfatizamos a relevância do papel do professor como mediador ao possibilitar a valorização de uma
cultura de segurança nas aulas, minimizando possíveis quedas, lesões ou situações indesejáveis que contribuam para
a desmotivação ou mesmo prejudiquem o desenvolvimento pleno dos alunos. Concluímos que o trabalho realizado
oportunizou a aprendizagem significativa através da vivência de uma estratégia de ensino inovadora e enriquecedora
no contexto da formação de professores de Educação Física, chamando os discentes a assumirem um papel central nas
aulas, por meio do diálogo, do trabalho colaborativo e comprometido, não somente como meros espectadores, mas
como sujeitos críticos que produzem conhecimentos, reconhecem suas limitações e valorizam a diversidade no coletivo.

Palavras-chave: Educação superior; Pedagogia; Biomecânica; Metodologia.

046

FORMAÇÃO DE GINASTAS: O CASO DA ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE


SIERRA MF, BENELI LM, MONTAGNER PC.
mflorencia.sierra93@gmail.com UNICAMP

A Ginástica Artística Feminina (GAF) é um esporte que passou por mudanças ao longo de sua história e nos últimos anos
tem apresentado uma grande evolução no Brasil. É uma modalidade que chama a atenção pela elevada complexidade dos
movimentos executados, desenvolvendo em seus praticantes uma destacável aptidão física, porém geram preocupações
quanto aos riscos do treinamento intensivo as quais as ginastas são submetidas em uma idade pré-púbere. Ao observar
características do processo de formação de ginastas na GAF levantaram-se os seguintes questionamentos: porque a GAF
especializa meninas tão novas? Será que a especialização precoce é prejudicial às ginastas? O fenômeno da especialização
precoce fez-se recorrente no mundo esportivo, mas a eficiência do mesmo no processo de formação de atletas vitoriosos
começa a ser contestada nas últimas décadas. Visto que o envolvimento de crianças no esporte é um fenômeno que tem
crescido, a preocupação de desenvolver o esporte para esse público tornou-se relevante. Diante deste cenário torna-
se importante estudar o processo de formação das ginastas, e o presente estudo possui como objetivo identificar as
principais dificuldades do desenvolvimento da modalidade quanto à formação de atletas de alto-rendimento ao analisar
as características do treinamento da GAF, em especial o fenômeno da especialização precoce. Para isso foi realizada uma
pesquisa bibliográfica com o intuito de reunir estudos sobre a GAF, sobre treinamento desportivo e sobre especialização
precoce. Também realizou-se uma pesquisa documental a fim de reunir documentos da GAF que permitiu descrever o
funcionamento da modalidade no Brasil. Esse estudo pretende servir de auxilio para profissionais de Educação Física que
procuram entender mais sobre a GAF, através da apresentação do desenvolvimento da modalidade no país, tendo em vista
que ainda existem poucos estudos que abordem a modalidade como temática.

Palavras-chave: Ginástica artística; Treinamento desportivo; Especialização esportiva precoce.


Apoio: SAE- UNICAMP

R.30 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

047

Comportamental: Ginástica Artística


A INFLUÊNCIA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA SOBRE O EQUILÍBRIO EM CRIANÇAS
ANDRADE TVC, MARTINS C, ALVES MP.
thaisvinciprova@hotmail.com UniFOA

O presente estudo tem como objetivo verificar se a Ginástica Artística exerce influencia na melhora do equilíbrio
dinâmico e estático em crianças de 6 a 10 anos. Sua relevância está em mostrar a Ginástica Artística (GA) como
uma modalidade esportiva que trás benefícios ao seu praticante, aumentando as possibilidades de aplicação desse
esporte que é tão rico para o desenvolvimento da criança e pouco explorado nesse aspecto. Um segundo ponto a ser
ressaltado é a falta de estudos e publicações sobre a GA, o que dificulta o aprimoramento de profissionais interessados
em atuar na modalidade. A metodologia utilizada tem como base uma pesquisa de campo, onde a amostra foi
composta por 28 crianças do sexo feminino, sendo 14 praticantes de Ginástica Artística (Grupo Experimental) e 14
que não praticam nenhuma atividade física regular, fora a Educação Física Escolar (Grupo Controle). Todas foram
submetidas a um pré-teste e um pós-teste (após três meses) seguindo o protocolo do teste Bruininks - Oseretsky.
O resultado obtido sobre as amostras do pré-teste e do pós-teste do grupo experimental apresentou probabilidade
média de 98,41%, superior à significância referenciada de 95,00% usada no teste “t” de Student, comprovando a
significativa melhora do grupo experimental. Já o resultado obtido sobre as amostras do pré-teste e do pós-teste do
grupo controle, apresentou probabilidade média de 38,29%, muito inferior a significância referenciada de 95,00%
usada no teste “t” de Student, comprovando não haver significante melhora no grupo de controle. Desta maneira,
foi constatado e comprovado a significativa melhora do grupo experimental face ao grupo controle.

Palavras-chave: Ginástica artística; Equilíbrio dinâmico; Equilíbrio estático; Crianças.

048

DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO MOTOR EM ATLETAS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA


FERREIRA LP, BENDA RN, MARINHO NFS, SILVA PCR, BRITO WS.
rodolfobenda@yahoo.com.br Universidade Federal de Minas Gerais
Grupo de Estudo em Desenvolvimento e Aprendizagem Motora (GEDAM-UFMG)

A infância é considerada uma fase de grandes mudanças, quando a criança desenvolve habilidades motoras
fundamentais que serão importantes para o efetivo desempenho de habilidades especializadas. A prática esportiva
na infância tem sido considerada benéfica para o desenvolvimento motor, porém críticas são levantadas quando
crianças são requeridas a apresentar um desempenho motor de alto rendimento. Portanto, este estudo teve por
objetivo diagnosticar o nível de desenvolvimento motor em atletas da modalidade de Ginástica Artística Feminina
(GAF). A amostra foi constituída por 11 atletas de rendimento da GAF, com faixa etária de 6 a 10 anos de idade
com tempo de prática correspondente a 20 horas semanais. O nível de desenvolvimento motor foi avaliado através
do Test of Gross Motor Development (TGMD-2). As medidas foram compostas pela soma dos escores padrão,
cociente motor grosso e percentil do cociente motor. Os resultados indicaram que 9,09% das atletas se encontraram
com nível de desenvolvimento abaixo da média; 36,36% na média; 9,09% acima da média; 18,18% superior à média
e 27,27% muito superior à média. Os resultados permitem inferir que o treinamento em GAF se mostra eficiente
no que diz respeito ao nível de desenvolvimento motor, visto que estudos recentes têm encontrado atrasos motores
em crianças da mesma faixa etária. Diferente do que tradicionalmente se preconiza, a prática esportiva competitiva
precoce é prejudicial ao desenvolvimento motor, observou-se neste estudo desempenho na média ou acima da
média da maioria absoluta das atletas. Tal resultado por ser explicado pela prática da Ginástica agir como estímulo
necessário ao desenvolvimento motor num contexto atual em que as atividades de lazer sedentário são preferidas
pelas crianças. Estudos futuros devem ser feitos com crianças que não estão inseridas em um contexto de alto
rendimento da GAF com a finalidade de comparar o efeito do nível de habilidade em GA no desenvolvimento
de habilidades básicas.

Palavras-chave: Esporte; Habilidade motora; Criança; Prática.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.31
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

049
Comportamental: Ginástica Artística

MODELOS DE ENSINO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA


VIANA LVR, ALEIXO IMS.
vianaluisa@yahoo.com.br Universidade Federal de Minas Gerais
Grupo de Estudos Sociologia e Pedagogia do Esporte GESPE-UFMG

A Ginástica Artística (GA) é uma modalidade usualmente ensinada e treinada em diferentes contextos de prática,
revelando-se extremamente rica no processo de formação educativa. Por definição, a GA se baseia num conjunto
de exercícios corporais sistematizados que envolvem o balançar, saltar, apoiar, girar, dentre outros movimentos,
considerados “naturais” do ser humano, podendo ser praticada nos âmbitos do lazer, participação, educacional e de alto
rendimento. Assim como qualquer outra modalidade esportiva, a GA é um instrumento pelo qual se trabalha a formação
social, humana e pessoal do praticante, papel do desporto considerado importantíssimo na missão de fomentar valores
e princípios no praticante. O objetivo do presente trabalho é verificar, por meio da literatura e relato de experiência, as
vantagens e desvantagens da utilização de modelos de ensino específicos da GA, como meios facilitadores no amplo
processo de ensino/aprendizagem da modalidade. O esporte para crianças e jovens é um campo de aprendizagens,
de formas construtivas, autônomas e de perspectiva de vida. A partir da pesquisa realizada estes dados foram obtidos,
reunidos e contextualizados com outras informações já disponíveis na literatura. Ao analisar os diversos modelos de
ensino na GA foi possível apontar por meio da experiência prática obtida ao longo da vida profissional, que, durante
a intervenção didático-pedagógica, são necessários estudos do processo de ensino-aprendizagem, especificamente
sobre a natureza dos métodos de ensino. Cabe ao professor saber identificar as vantagens e desvantagens de cada
método, sendo fundamental qualificar o processo de ensino-aprendizagem, de modo a tornar as experiências de
aprendizagem atrativas e significativas, servindo, assim, aos seus propósitos enquanto meio de formação geral e de
formação desportiva, em particular, facilitando e otimizando desta forma a formação do praticante.

Palavras-chave: Ginástica artística; Modelos de ensino; Infância e adolescência; Processos pedagógicos de ensino.

050

INSATISFAÇÃO CORPORAL E COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNO ALIMENTAR


EM ATLETAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA
NEVES CM, MEIRELES JFF, CARVALHO PHC, FERREIRA MEC.
clarinhamockdece@hotmail.com Universidade Federal de Juiz de Fora
Grupo de Estudos Corpo e Diversidade

Na ginástica artística, um padrão de corpo com baixa gordura é cobrado das atletas, podendo acarretar uma busca
incessante por esse ideal e, consequentemente, imagem corporal negativa e adoção de comportamentos alimentares
inadequados. Dessa forma, o objetivo foi verificar a prevalência de insatisfação corporal e de comportamentos de
risco para transtornos alimentares em meninas atletas de ginástica artística. A amostra foi constituída por 244 atletas,
que foram divididas em dois grupos: atletas de base (n=207) e de alto rendimento (n=37), de acordo com a carga
de treinamento semanal. As jovens tinham idade entre 10 e 18 anos (média de 12,67±1,87) e treinavam na cidade de
Três Rios-RJ. O Body Shape Questionnaire (BSQ) foi utilizado para a avaliação da insatisfação corporal, e as ginastas
foram consideradas como: livres de insatisfação (BSQ<80) ou insatisfeitas (BSQ 80). O Eating Attitudes Test-26
(EAT-26) foi utilizado para o rastreio de comportamentos de risco para transtorno alimentar, classificando as ginastas
como: com comportamento alimentar adequado (EAT<20) ou inadequado (EAT 20). A partir dos resultados do
BSQ, verificou-se que 25,1% (n=52) e 16,2% (n=6) das atletas de base e de alto rendimento, respectivamente, estavam
insatisfeitas. Quanto ao EAT-26, a prevalência de comportamentos de risco para transtornos alimentares foi de
45,9% (n=17) para as ginastas de alto rendimento e 32,9% (n=68) para as de base. Conclui-se que as atletas de alto
rendimento apresentaram menor insatisfação corporal, possivelmente devido ao fato de que o treinamento intenso
contribui para a aproximação do ideal corporal socialmente aceito para o sexo feminino (magreza). Entretanto, esse
grupo apresentou maior comportamento de risco para transtornos alimentares, o que merece atenção por parte
dos treinadores. A avaliação dessas variável é de extrema importância já que a insatisfação com a imagem corporal
é considerada fator de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares.

Palavras-chave: Imagem corporal; Maturação somática; Estirão de crescimento; Adolescentes.

R.32 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

051

Comportamental: Ginástica Artística


INSATISFAÇÃO CORPORAL EM DIFERENTES ESTÁGIOS MATURACIONAIS DE ATLETAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA
NEVES CM, MEIRELES JFF, CARVALHO PHC, FERREIRA MEC.
clarinhamockdece@hotmail.com Universidade Federal de Juiz de Fora
Grupo de Estudos Corpo e Diversidade

São recentes estudos que associam a imagem corporal à maturação biológica em jovens atletas. Em se tratando da
ginástica artística, essa avaliação é relevante devido à crença do senso comum de que esse esporte pode comprometer
o crescimento em estatura. Dessa forma, o objetivo foi verificar a prevalência de insatisfação corporal em meninas
atletas de ginástica artística de diferentes estágios maturacionais. A amostra foi constituída por 244 atletas de ginástica
artística. As jovens tinham idade entre 10 e 18 anos (média de 12,67±1,87) e treinavam na cidade de Três Rios-RJ
durante o período de coleta de dados. O Body Shape Questionnaire foi utilizado para a avaliação da insatisfação
corporal, e as ginastas foram consideradas como: livres de insatisfação (BSQ<80) e insatisfeitas (BSQ 80). Foram
coletados dados de estatura, massa corporal e altura tronco encefálica a fim de mensurar o estágio maturacional
das atletas, classificando-as em: pré, durante e pós estirão de crescimento. A partir dos resultados, verificou-se
que a maioria das ginastas estavam no período pré estirão de crescimento (75%; n=183), enquanto que 24,6%
(n=60) e 0,4% (n=1) foram classificadas como durante e pós estirão, respectivamente. Com relação à prevalência
de insatisfação corporal entre os grupos, verificou-se que, 20,8% (n=38) das ginastas pré estirão de crescimento
estavam insatisfeitas com seu corpo. Já entre aquelas durante o estirão, esse percentual foi de 33,3%(n=20). Não
houve insatisfação corporal na categoria de pós estirão de crescimento. Conclui-se que as atletas durante estirão de
crescimento tiveram um maior percentual de insatisfação corporal, mesmo não sendo o grupo com maior número
amostral. Ao avaliar a insatisfação corporal em atletas de ginástica artística, deve-se considerar a maturação somática
devido às implicações na saúde psicológica da atleta.

Palavras-chave: Imagem corporal; Maturação somática; Estirão de crescimento; Adolescentes.

052

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA PARA O INÍCIO DA PRÁTICA DE GINÁSTICA ARTÍSTICA


COSTA VR, NUNOMURA M.
vitor.costabr@gmail.com Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto - USP
Grupo de Estudos e Pesquisa em Aspectos Socioculturais e Pedagógicos do Esporte (GEPESPE-RP)

No esporte a motivação é essencial para o início da prática. Existem fatores extrínsecos e intrínsecos que favorecem
a iniciação esportiva. Acredita-se que os fatores extrínsecos sejam mais influentes sobre as crianças. Dentre esses
podemos citar a família como um dos fatores mais importantes. Quando tratamos de um esporte ainda pouco popular
como a Ginástica Artística (GA), é fundamental identificar quais motivos que levam à iniciação. Acreditamos que
a compreensão da relevância do papel da família auxiliaria no delineamento de estratégias para atrair e ampliar a
participação na prática de GA. O objetivo do estudo foi identificar e analisar como a família influencia a iniciação
na GA. Fizeram parte do estudo crianças de 7 a 10 anos, do sexo feminino e masculino, iniciantes na GA. Para
a coleta de dados realizamos a entrevista semiestruturada, para o tratamento dos dados, utilizamos a técnica de
“Análise de Conteúdo”. Verificamos que a família está diretamente relacionada com a motivação das crianças para
o início da prática da GA: “Os meus pais me incentivaram” (G15). Identificamos a relação positiva na maneira
como a família influencia nos objetivos esportivos das crianças: “A minha mãe e meu pai eles gostam bastante que
eu faço ginástica.” (G15). Pais-atletas geralmente apoiam os filhos a se tornarem atletas: “Minha mãe falou pra
eu fazer ginástica porque quando ela era pequena ela treinava também.” (G2). Identificamos que os irmãos mais
velhos costumam despertar a curiosidade das crianças: “A ginástica artística é porque meu irmão, já fazia” (G21).
Podemos concluir que comportamentos e características das crianças serão influenciados a partir de inter-relações
primárias que acontecem no ambiente familiar. Os familiares devem participar ativamente e contribuir na prática
esportiva dos filhos. Contudo, eles devem compreender que tanto excessos quanto descasos podem influenciar
negativamente no processo de motivação na prática esportiva.

Palavras-chave: Pedagogia do esporte; Iniciação esportiva; Formação esportiva; Motivação e esporte.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.33
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

053
Comportamental: Ginástica Artística

A INFLUÊNCIA PSICOLÓGICA EM PRATICANTES DE GINÁSTICA ARTÍSTICA


FINCO M, POLLI T, VARGAS C, GUERRA N, GIRARDI R, BRANDALISE S.
mateusfinco@gmail.com Faculdade da Serra Gaúcha

Um esforço considerável tem sido feito para desenvolver e entender o aspecto mental da Ginástica Artística durante
os últimos anos, este esforço baseia-se em dois pontos fundamentais: primeiramente o grande número de atletas
que participam do esporte de competição e segundo, no continuo debate sobre a influência dos fatores mentais no
rendimento esportivo. O objetivo desse estudo foi de investigar a influência psicológica praticantes de ginástica artística
em um centro de treinamento em Farroupilha, Rio Grande do Sul. A metodologia empregada foi de cunho qualitativo,
com a aplicação de um questionário de análise psicológica. Participaram do estudo doze ginastas com um mínimo de
três anos de prática, com idades entre nove a treze anos de idade. As atividades de treinamento ocorrem com uma
periodicidade de três vezes por semana, realizadas na cidade de Farroupilha. O questionário foi aplicado no próprio
local de treinamento, em um único dia logo após a sessão de aula. Entre os principais resultados, observamos que no
quesito a “importância da prática da ginástica artística na sua vida”, 3 meninas afirmam que com a ginástica artística
houve mudança de hábitos, 6 pelo simples fato de gostar e 3 pelo aprendizado que a ginástica artística proporciona
à elas. Através dos resultados foi possível observar que, grande parte das ginastas do estudo começam na ginástica
artística por influência de amigas e outras pelo encanto ao ver apresentações. A prática da ginástica artística traz muitas
mudanças para a vida delas, como por exemplo, a dedicação para o treinamento e rotinas.

Palavras-chave: Ginástica artística; Esporte; Psicologia; Rendimento.

054

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO MOTOR DE ALUNOS NA GINÁSTICA ARTÍSTICA


FINCO M.
mateusfinco@gmail.com Faculdade da Serra Gaúcha

Esta pesquisa foi desenvolvida com o intuito de averiguar e comparar os níveis de comportamento motor de alunos
do Ensino Fundamental frente a atividades acrobáticas em práticas de Ginástica Geral. Esta avaliação ocorreu
no projeto de Ginástica Geral da disciplina de Ginástica Escolar do curso de Educação Física Licenciatura da
Faculdade da Serra Gaúcha, localizada em Caxias do Sul. As atividades foram realizadas no período de um mês,
com três encontros para ensaios e prática das atividades de Ginástica, com crianças e adolescentes de cinco a
quatorze anos de idade, que foram convidadas em cinco diferentes escolas da rede pública e privada de Caxias
do Sul, totalizando 28 participantes. Os alunos foram divididos em duas turmas (uma turma com alunos de seis
a nove anos e outra com alunos de dez a quatorze anos), e organizada uma coreografia envolvendo elementos de
dança, expressão corporal, manuseio de materiais e cinco elementos acrobáticos para a apresentação final dentro do
Festival de Ginástica Geral de 2011. Analisando os resultados da pesquisa, a turma com alunos de menor faixa etária
teve melhor desempenho motor na realização das atividades acrobáticas, tanto nas atividades de ensaio quanto na
apresentação do Festival, enquanto a turma de maior faixa etária, apresentou maiores dificuldades nas execuções
dos ensaios e também na apresentação, onde os mesmos tiveram melhor desempenho nos elementos rítmico-
expressivos. Concluiu-se que as atividades de Ginástica devem ser estimuladas tanto nos anos iniciais do Ensino
Fundamental quanto nos anos finais, pois a Ginástica deve fazer parte da cultura corporal desde a infância até a
adolescência, ofertando novas experiências e permitindo que os alunos tenham contato com novas aprendizagens
e modalidades, como a Ginástica Geral.

Palavras-chave: Comportamento motor; Ginástica artística; Cultura corporal; Educação física.

R.34 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

055

Comportamental: Ginástica Artística


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE ESTUDOS TEÓRICOS SOBRE A GINÁSTICA ARTÍSTICA
BARROS TES, RAMOS V, KUHN F, BRASIL VZ, GODTSFRIEDT J, SOUZA JR, GODA C, CONTI BC.
thais_emanuellibarros@hotmail.com Universidade Federal de Santa Catarina
Laboratório de Pedagogia do Esporte e da Educação Física (LAPEF-CEFID-UDESC)
Laboratório de Pedagogia do Esporte (LAPE-UFSC)

O presente estudo teve por objetivo identificar as temáticas existentes entre os artigos de cunho teórico sobre a
Ginástica Artística (GA). Para isto, realizou-se a busca dos artigos, utilizando procedimentos de revisão sistemática
através do Google Acadêmico, além das bases de dados EBSCO, Medline, Scielo, SportDiscus, ScienceDirect, tendo
como critério de inclusão: Conter a palavra Ginástica Artística; Textos completos publicados disponíveis; Artigos de
cunho teórico e Período de publicação de 2000 a 2014. Foram utilizadas as combinações “Ginástica Artística” OR
“Ginástica Olímpica”; separadamente; como marcador de “Qualquer lugar do artigo” em todas as bases supracitadas.
Como resultados foram encontrados 14 estudos teóricos que utilizavam como metodologia: ensaio teórico (2 estudos),
revisão bibliográfica (2 estudos) e estudos de revisão (10 estudos). As temáticas apresentadas como objetos de estudos
relacionaram-se respectivamente aos aspectos maturacionais, formação de atletas, estatura, periodização de treinamento,
nutrição, gênero, código de pontuação, resultados de competições, puberdade, evolução histórica da GA, a GA no
ambiente escolar, apresentação artística, panorama GA brasileira e lesões. Diante deste cenário de discussões a respeito
da GA, pôde-se perceber a variedade e dispersão dos temas geradores destas pesquisas. Essas características, podem
de certo modo, indicar questões ainda pouco discutidas entre os pesquisadores. Entretanto, se tratando de um esporte
com literaturas ainda pouco difundidas no ambiente acadêmico, pode ser apresentada como um ponto de partida para
novas pesquisas, contribuindo para a formação e informação de profissionais interessados na área.

Palavras-chave: Ginástica artística; Produção científica; Estudos teóricos.

056

ESTUDOS SOBRE A GINÁSTICA ARTÍSTICA: ANÁLISE DAS METODOLOGIAS UTILIZADAS


BARROS TES, RAMOS, V, KUHN F, BRASIL VZ, GODTSFRIEDT J, SOUZA JR, GODA C, CONTI BC.
thais_emanuellibarros@hotmail.com Universidade Federal de Santa Catarina
Laboratório de Pedagogia do Esporte e da Educação Física (LAPEF-CEFID-UDESC)
Laboratório de Pedagogia do Esporte (LAPE-UFSC)

O objetivo deste estudo foi analisar os tipos de metodologias utilizadas em estudos nacionais e internacionais sobre
a Ginástica Artística (GA) no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2014. O levantamento foi realizado no
Google Acadêmico, além das bases de dados Nacionais e Internacionais como EBSCO, Medline, Scielo, SportDiscus,
ScienceDirect, tendo como critério de inclusão: Textos completos publicados disponíveis; Artigos originais e Período
de publicação de 2000 a 2014. Foram utilizadas as combinações “Ginástica Artística” OR “Ginástica Olímpica”;
“Artistic Gymnastics” OR “Olympic Gymnastics”; “Gimnasia Artística” OR “Gimnasia Olímpica” separadamente;
como marcador “Qualquer lugar do artigo”, em todas as bases supracitadas. Foram encontrados 275 estudos de
acordo com os critérios estabelecidos a priori. Referente às metodologias mais utilizadas, obteve destaque estudos
com abordagem quantitativa de pesquisa (240). A respeito do tipo de instrumento utilizado por estes estudos, obteve
destaque baterias de testes e análise de vídeos. Em contra partida, os estudos de cunho qualitativos (35), apresentaram
a utilização de entrevistas e análise de conteúdo. A partir da análise realizada percebeu-se a preponderância de estudos
com o foco na biomecânica dos elementos ginásticos especificamente nos aparelhos: Mesa de salto (24); Barra fixa
(23); Paralelas assimétricas (17). Diante deste cenário de investigação, foi possível perceber temas de investigação
bem definidos, com ênfase na performance técnica dos elementos ginásticos. No entanto, existe preocupação por
parte de alguns pesquisadores com relação à formação e qualificação dos profissionais, para atuar no ensino desta
modalidade. Apesar de estas pesquisas apresentarem temas em menores proporções investigativas, nacionalmente
esta preocupação tem sido apontada a mais de uma década, e ainda indicam preocupações e necessidades de estudos
que apontem rumos para a formação qualificada destes profissionais.

Palavras-chave: Ginástica artística; Metodologias de pesquisa; Formação profissional.


.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.35
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

057
Comportamental: Ginástica Artística

TREINAMENTO EM GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA: AS SUPERFÍCIES ELÁSTICAS COMO RECURSO PEDAGÓGICO


SORDI ICE, BORTOLETO MAC.
isa_desordi@hotmail.com UNICAMP
Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG)-FEF-UNICAMP

Esta pesquisa teve como objetivo analisar o emprego das Superfícies Elásticas (SpE) durante o processo de treinamento
da Ginástica Artística Feminina (GAF), a partir de um estudo de caso no Clube Campineiro de Regatas e Natação
(CCRN), de Campinas-SP. Trata-se de um estudo descritivo, realizado por peio de observação direta com registro em
diário de campo (15 sessões) e entrevistas semi-estruturadas junto às quatro treinadoras.
Observamos que embora o CCRN tenha significativa tradição na modalidade, com resultados competitivos expressivos
no âmbito estadual, seu ginásio de GAF dispõe de apenas dois equipamentos elásticos (Tumble Track; Trampolim
Acrobático), além do praticável de solo. Constatamos que as SpE não são utilizadas com frequência, pois são
incorporadas no treinamento de uma à duas vezes na semana, e apenas as ginastas que estão lesionadas usam quase
todos os dias para substituir ou complementar o treino de solo. E quando usadas, as SpE são utilizadas para elementos
acrobáticos do solo, educativos para salto e paralela, além de saltos ginásticos e sequências acrobáticas.
Parece-nos que a falta de formação sobre tendências contemporâneas de treino com uso das SpE contribui para seu
pouco uso durante os treinamentos. O alto custo dos equipamentos, muitas vezes importados uma vez que a tecnologia
nacional não oferece qualidade similar, foi apontado como a maior dificuldade para equipar o ginásio.
Constatamos também que o uso dessas tecnologias é dificultado devido a necessidade de conciliar três equipes - de
distintas categorias - em um mesmo espaço de treino e período. De modo geral, embora se reconheça a contribuição
das SpE no treinamento da GAF, como aparelhos auxiliares especialmente para o treino acrobático das ginastas, é
necessário a aquisição de novos equipamentos e formação específica para as treinadoras, uma vez que todas elas foram
qualificadas no mesmo ginásio onde ainda há escassa cultura no uso das SpE como meio para o treinamento da GAF.

Palavras-chave: Treinamento; Ginástica; Superfícies elásticas; Acrobacias.


Apoio: PIBIC/CNPQ

058

ANÁLISE DOS REGULAMENTOS DE COMPETIÇÃO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA


SILVA PP, SANTANA WF, CARBINATTO MV.
pamela.pires.silva@usp.br USP
Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

É defendido pelos teóricos da Pedagogia do Esporte que a competição para crianças e adolescentes deve ser inserida de
forma gradual e permitir o cultivo de valores, a afirmação de competências e capacidades e a possibilidade de avaliar-
se, sobretudo para que a formação esportiva seja concebida para o longo prazo. Por meio da pesquisa qualitativa do
tipo documental, analisamos os regulamentos estaduais da GAF de São Paulo nas categorias: Pré-Infantil (PI); Infantil
(I); Juvenil (J) e Adulto (A) para verificar se coadunam com os preceitos teóricos. Os resultados detectados foram:
a) Crianças de 7 anos podem participar da competição estadual, altamente sistematizada. Tal fato pode induzir a
especialização precoce; b) As adaptações nos aparelhos nas diferentes categorias são mínimas, apenas a altura da mesa
de salto é significativamente modificada, ou seja, desde a mais tenra idade, a atleta compete nos equipamentos oficiais;
c) As rotinas obrigatórias a serem apresentadas pelas ginastas no PI e I possuem pouca diversidade o que implica num
direcionamento muito direto do tipo de elemento a ser aprendido. No J e A as séries livres apresentam adaptações no
valor dos elementos no nível B, geralmente com valor superior do código oficial; d) Com exceção do nível C do PI, as
penalidades e deduções são altamente detalhadas no componente artístico. Em todos, há significativa perda de pontos
na não execução de elementos. É preciso atentar para a estética da modalidade, mas há excessiva cobrança, sobretudo
nas faixas etárias menores; e) Todos os atletas recebem certificado e medalha (quer seja como primeiras colocações,
quer seja como de participação). Acreditamos que o regulamento ainda pode ser reorganizado para melhor atender as
características da faixa etária e o que preconiza a PE, visto que, apesar da premiação ser ampla, os regulamentos parecem
levar a uma especialização precoce de elementos, sobretudo pela pouca variação das sérias propostas.

Palavras-chave: Esporte; Competição; Ginástica; Ginástica artística; Regulamento esportivo.

R.36 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

059

Comportamental: Ginástica Artística


ANÁLISE DOS REGULAMENTOS DE COMPETIÇÃO EM GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
SANTANA WF, SILVA PP, CARBINATTO MV.
william.santana@usp.br USP
Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

É nítido o crescimento do esporte no âmbito da sociedade, sendo cada vez mais expressivo o número de crianças
e adolescentes que acessam programas esportivos estruturados. Dentre os componentes inerentes a formação
esportiva do jovem atleta, está a competição, foco de nosso estudo que, no caso da Ginástica Artística (GA), é
comum a inserção em tenra idade. Portanto, pautados na metodologia de pesquisa qualitativa, de cunho documental,
analisamos características dos regulamentos das competições estaduais de GA masculina de São Paulo nas categorias
pré-infantil (PI), infantil (I), juvenil(J) e adulto (A) no sentido de verificar se há um processo coerente entre as
competições em prol da formação do atleta em longo prazo. Como resultados encontramos: a) As categorias são
pautadas nas idades cronológicas, sendo a menor delas com início aos 9 anos o que pode induzir a especialização
precoce na modalidade. A categoria A é permitida a partir dos 15 anos. b) Apesar de considerarmos importante a
liberdade na composição da série do ginasta, notamos que há uma preocupação em diversificá-las quando a mesma
é obrigatória. Esta obrigação pode, inclusive, auxiliar a constituição de treinos de jovens técnicos; c) É oferecida
premiação a todos os ginastas, sendo essas diferenciadas em troféus para as equipes, medalhas aos três primeiros
colocados e certificado de participação. Destacamos que para a categoria PI são premiados com medalhas os 10
primeiros colocados e na categoria I os seis primeiros, fato importante para o aspecto motivacional dos sujeitos;
d) poucas adaptações aos aparelhos nas diferentes categorias e, desde o PI o ginasta compete em todos aqueles,
o que exige uma alta demanda de aulas/treinos para realizar as séries em cada um deles e, por fim, e) no PI e I
já há perda significativa de pontos quando do não cumprimento de cada elemento da série e no juvenil e adulto,
aplicam-se regras da federação internacional, demasiado para o nível de competição e faixas etárias.

Palavras-chave: Esporte; Competição; Ginástica; Ginástica artística; Regulamento esportivo.

060

COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA NA GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA: ENCAMINHAMENTOS PRÁTICOS


MARTINS GA, SILVA PP, CARBINATTO MV.
gabriellamartins7@hotmail.com USP
Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

A Ginástica Artística (GA) é uma modalidade cuja apresentação dos componentes físicos e técnicos estão uníssonos
ao componente estético. Especialmente nas apresentações nos aparelhos solo e trave, a composição da coreografia
é essencial para harmonizar os elementos e demonstrar segurança e postura na execução. A inserção de aulas de
dança, sobretudo do balé clássico, é defendido como auxiliador naquele processo. Por meio da pesquisa documental
realizada por vídeos oficiais da federação da modalidade, apontamos neste trabalho os elementos do balé utilizados
pelas atletas participantes da Copa do Mundo de GAF Etapa Belga (2013), no intuito de identificar os elementos
mais frequentes em cada um dos aparatos. Como resultados encontramos que no solo os elementos mais utilizados
foram o salto ciseaux, o passé e o chassé e na trave o salto ciseaux, o passé e o jeté. Levando em consideração
que décimos na pontuação das ginastas fazem muita diferença os exercícios que fazem consonância com o balé,
podem ser também, de caráter decisivo. As deduções ou falhas nos componentes artísticos e observados pelo
painel de jurados na banca de execução voltam-se à análise do alinhamento corporal, segurança e estabilidade,
falta de habilidade em atuar como um personagem, a falta de criatividade nos movimentos e transições, falta de
habilidade em seguir movimentos e transições, falta de habilidade em seguir as batidas musicais, ritmo e compasso,
dentre outros. Essas características são facilmente observadas e vivenciadas em aulas de dança, sobretudo, no balé
clássico. Analisar os elementos do balé mais utilizados pelas ginastas de alto rendimento, pois estes poderão balizar
as composições coreográficas e a organização do treinamento de ginastas brasileiras, em quaisquer níveis de prática.

Palavras-chave: Ginástica; Coreografia; Balé; Ginástica artística.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.37
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

061
Comportamental: Ginástica Artística

CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA A INSERÇÃO DE CRIANÇAS EM CAMPEONATOS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA


RUIZ V, TOLEDO E.
vaal_ruiz@hotmail.com Faculdade de Ciências Aplicadas-UNICAMP
Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI-FCA-UNICAMP)

A Ginástica Artística (GA) é uma modalidade esportiva que vem ganhando mais adeptos nas últimas duas décadas,
principalmente devido aos destaques brasileiros em nível internacional. Porém, há uma grande preocupação de
acadêmicos da Pedagogia do Esporte com o desenvolvimento das crianças, dado a inserção precoce ao ambiente
competitivo (PAES, 2007; BENTO, 2006; SCAGLIA, 2004; NISTA-PICCOLO e TOLEDO, 2014), com treinamentos
que possuem como base o regulamento oficial determinado pela Federação Internacional de Ginástica (FIG, 2015),
desrespeitando um adequado desenvolvimento infantil. Diante desse diagnóstico ainda vigente, realizou-se a pesquisa
intitulada “A interferência das normativas do Código de Pontuação (CP) da Ginástica Artística na iniciação esportiva
de crianças à modalidade: Um olhar pedagógico”, tendo como um dos objetivos identificar quais os critérios utilizados
por técnicos de GA para inserir crianças praticantes em eventos organizados pelas Federações. A pesquisa, de cunho
exploratório, utilizou a técnica do questionário, tendo uma amostra de 21 técnicos de GA que lecionam em instituições
esportivas do estado de São Paulo, para categorias de base e de treinamento, e a Análise de Conteúdo de Bardin (1977)
para interpretação dos dados. Concluiu-se que as exigências do CP e, consequentemente, o nível técnico de habilidades
são os principais critérios para que as crianças participem de campeonatos federados, avançando para um nível de
dificuldade superior, independente da faixa etária. Assim, de maneira geral, há ainda uma supremacia da execução
de habilidades específicas de alta complexidade como critério determinante para a inserção da criança ao ambiente
competitivo, o que parece não ter avançado muito na área. No entanto, há de se ressaltar a presença de outros critérios
que vem sendo adotados, em sintonia com as prerrogativas da Pedagogia do Esporte, que abrangem outras ações e
comportamentos que respeitam o melhor desenvolvimento integral infantil.

Palavras-chave: Ginástica artística; Código de pontuação; Iniciação esportiva; Inserção precoce em campeonatos.
Apoio: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)
Conselho Nacional de Desenvolvimento - CNPq

062

A INFLUÊNCIA DOS PAIS SOBRE O TREINAMENTO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA EM CATEGORIAS DE BASE


SIQUEIRA TL, BORTOLETO MAC
tadeu_2211@hotmail.com UNICAMP
Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG)-FEF-UNICAMP

Esta pesquisa teve como objetivo analisar a influência de pais/responsáveis no treinamento da Ginástica Artística
em categorias de base (pré-infantil e infantil) do sexo feminino. Foi aplicado um questionário semiestruturado a 29
pais/responsáveis (sendo 19 validados) e a cinco treinadoras de dois clubes da Região Metropolitana de Campinas-SP.
Os dados foram tratados por meio de Estatística Descritiva, com suporte do programa Excel. Pudemos observar
que os pais/responsáveis acreditam influenciar nos suporte na recuperação de lesões, e que a maioria acredita que
deva atuar motivando para permanência na prática. Quanto ao motivo do ingresso na modalidade, relataram a
importância da prática esportiva, e, em quantidade menor, a busca o fomento ao convívio social e a melhora da
saúde. Alguns sujeitos acreditam que é de sua responsabilidade controlar a segurança, o apoio psicológico, a organizar
da alimentação e acompanhar os filhos em competições e treinamentos. A maioria eles afirmou acompanhar as
competições porém não aos treinamentos, coincidindo inclusive com a opinião das treinadoras. Pretendemos
expandir o estudo no futuro para um maior número de clubes e, por conseguinte, de sujeitos.

Palavras-chave: Ginástica de competição; Treinamento esportivo; Psicologia do esporte; Suporte familiar.

R.38 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

063

Comportamental: Ginástica Artística


MOTIVATION AND ARTISTIC GYMNASTICS AT SCHOOL: THE TEACHER’S PERSPECTIVE
LOPES P, OLIVEIRA MS, NUNOMURA M.
priscalopes@usp.br Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Sports idols can favor popularity and adherence to the sport practice. In the case of Artistic Gymnastics (AG),
athletes like Arthur Zanetti and Daiane dos Santos gained notoriety in our society and seem to contribute to attract
new athletes to this sport in Brazil. However, these novice gymnasts will need to be continually motivated as there
are favorable and unfavorable factors surrounding this sport phenomenon. In order to discuss these factors, this
study aimed to identify within the teachers the aspects that favor or disfavor the motivation to practice AG at
schools. As methodological procedure, we opted for a field survey in which we conducted semi-structured interviews
with professionals who teach AG as after school activities on the outskirts of São Paulo city. The data treatment
followed the guidelines of Content Analysis proposed by Bardin (2006). The results indicate the prevalence of
unfavorable factors in relation to the favorable ones. The lack of progress in the sport, absence of goals and
objectives, excess of school activities, little participation in events, and the lack of parental encouragement were
mentioned by the coaches as unfavorable motivational factors. Among the favorable aspects, the coaches pointed
out the AG infrastructure at school with good equipment and apparatus, the good results achieved in competitive
events and festivals, and the quality of the work carried out in the gym. We observed that teachers do not have the
habit of questioning their students about their reasons that attracted them to AG. Most of them only inquiry the
gymnasts when there’s evident problem in relation to motivation. We believe that the physical education teachers
need to know, reflect, and act upon the unfavorable factors in order to decrease the rate of dropout of this sport
practice. We highlight that knowing the favorable factors would contribute positively to the motivation, as the
teacher may meet the students’ desires and needs.

Palavras-chave: Motivation; Gymnast; Extracurricular activity; Sport at School.

064

VISITA TÉCNICA À COPA DO MUNDO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA EM SÃO PAULO


SOARES DB, SEMIONATTO AF, CARVALHO BLP.
danibsoares@hotmail.com Faculdade de Jaguariúna

No dia 3 de maio de 2015 ocorreu a segunda parte das competições finais da etapa brasileira da Copa do Mundo
de Ginástica Artística (GA). O evento possibilitou ao público em geral a oportunidade de assistir ao vivo a
uma competição de alto nível deste esporte. Especialmente, para estudantes de graduação em Educação Física,
esta vivência in loco é fundamental para o entendimento do esporte em sua abrangência. A fim de aproveitar a
oportunidade, a Faculdade de Jaguariúna (FAJ), através de seus docentes, organizou uma visita técnica para os
alunos do terceiro semestre matriculados na disciplina “Metodologia de Ensino de Ginástica Artística e Rítmica”.
O objetivo da visita foi propiciar um momento de experiência, que “algo os tocasse, abrisse os olhos e os ouvidos”.
Ao todo 21 alunos puderam vivenciar as explicações teóricas sobre as competições de GA, como a composição de
notas e os aparelhos oficiais. Isto é importante, pois, na realidade esportiva brasileira, é difícil entender a dimensão
de um campeonato como esse apenas pelas informações divulgadas pela mídia, pois estas são raras e incompletas.
Os meios de comunicação de massa tem a tendência de divulgar a GA como sendo um esporte espetáculo e
elitizado e, por esse motivo, normalmente são transmitidos apenas grandes eventos e em situações em que os
atletas brasileiros competem, muitas vezes sem que sejam televisionados na íntegra. Desta forma, os estudantes
puderam acompanhar os momentos de aquecimento, entrada dos árbitros, performances, divulgação das notas,
manifestações da torcida e premiações, detectando assim as características de formalidade da ginástica e relações
entre ginastas, técnicos e torcida. A reação dos alunos ao evento foi positiva e atendeu as expectativas das docentes,
de que os alunos se sentissem próximos e contagiados por esse esporte e dispostos a estudá-lo e divulgá-lo em
suas futuras aulas e para amigos e familiares.

Palavras-chave: Formação; Ensino superior; Educação física; Experiência.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.39
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

065
Comportamental: Ginástica Artística

A GINÁSTICA ARTÍSTICA COMO POSSIBILIDADE DE PRÁTICA NA VIDA ADULTA


CAVALHIERI ACM, TSUKAMOTO MHC.
ana.cavalhieri@usp.br Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP

O presente estudo de revisão tem como objetivo analisar a modalidade Ginástica Artística (GA) como possibilidade
de prática na vida adulta, sem o foco na competição. A GA é uma modalidade esportiva que encanta por seu caráter
espetacular e pela grande destreza dos ginastas ao executarem as habilidades. A prática em alto nível, forma competitiva
e voltada ao rendimento, tem como finalidade a busca pela perfeição dos movimentos através do domínio corporal,
combinando diversas capacidades físicas e habilidades. Apesar da dimensão mais conhecida da GA ser a competitiva,
não podemos ignorar seu potencial como prática formativa ou de lazer, uma vez que além de desenvolver de maneira
substancial o aspecto físico, também trabalha a coragem, responsabilidade e disciplina, além de proporcionar aos indivíduos
experiências motoras diferenciadas em virtude dos aparelhos utilizados e habilidades envolvidas. Existe uma vasta oferta
de atividades físicas (AF) para os indivíduos adultos, no entanto, devido à falta de motivação e interesse, algumas atividades
podem se tornar pouco atrativas, levando à desistência da prática e, consequentemente, à inatividade e ao sedentarismo.
Estudos mostram que pessoas na idade adulta buscam atividades como a musculação, corrida, futebol e ginástica (de
academia) principalmente pela saúde e estética, e os motivos para o abandono mais frequentes das atividades seriam a
falta de motivação, tempo e problemas financeiros. Neste cenário, a GA não competitiva, pode surgir como uma opção
de prática interessante, por proporcionar diferentes desafios e ampla variação de situações de aprendizagem. Sabemos que
existem outras alternativas disponíveis no mercado, mas em uma realidade na qual temas como a promoção da saúde e a
busca pela qualidade de vida parecem ser preocupações reais, torna-se interessante ampliar o máximo possível a gama de
AF e práticas corporais com as quais os indivíduos possam se interessar e se envolver, de forma consistente e duradoura.

Palavras-chave: Práticas corporais; Qualidade de vida; Promoção da saúde; Motivação.

066

A IMPORTÂNCIA DA DIFERENCIAÇÃO ENTRE IDADE BIOLÓGICA, CRONOLÓGICA


E MOTORA NO DESENVOLVIMENTO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA
CAJUEIRO MOB.
monique.cajueiro@gmail.com Clube Atlético São Paulo

A Ginástica artística (GA) pode ser vista como ginástica recreativa ou de alto rendimento. Ela é ótima ferramenta
para o desenvolvimento motor, cognitivo e social. Contudo, é necessário criar meios para adequar as atividades,
considerando as possibilidades e limitações, relacionando com a idade cronológica, fisiológica e emocional da criança
na modalidade. Observamos que em vários clubes que contam com a GA no âmbito recreacional há dificuldade
na divisão das turmas, desde a iniciação até a especialização. Erros na diferenciação entre crianças ocasionam
desistências. Entretanto, ao observar e vivenciar esses problemas quanto à formação da GA a nível recreacional,
propomos subdivisões que atendessem os requisitos de idade cronológica, idade biológica e motora. Inicialmente, o
clube em que desempenhamos o trabalho fornecia aulas para crianças acima de 6 anos e sem diferenciação quanto a
experiência prévia com a modalidade. Por esse motivo, decidimos encontrar uma estratégia para intervir neste quadro
e buscar uma melhora qualitativa e quantitativa nas turmas de GA. A primeira intervenção se deu pela criação de
uma turma inicial de ginástica artística, intitulada ginástica baby que atenderia crianças entre 4 a 6 anos de idade. A
segunda intervenção deu-se com a triagem de crianças acima de 6 anos sem experiência prévia as colocando nas
turmas de ginástica baby. A terceira intervenção foi modificar nossa estratégia anterior subdividindo as turmas em
ginástica baby I e II e GA I e II. Os resultados mostraram que as crianças se mostraram mais motivadas à prática
de modalidade, facilitação do ensino e a aprendizagem, diminuição significativa no número de desistências para
cerca de 2%, um aumento considerável quanto ao número de adeptos à prática da modalidade, cerca de 40%.
Concluímos assim, que a subdivisão entre níveis e faixas etárias é fundamental para o desenvolvimento da GA em
clubes de nível recreacional.

Palavras-chave: Aprendizagem; Pedagogia; Metodologia da ginástica; Formação humana.

R.40 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

067

Comportamental: Ginástica Rítmica


ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA RELACIONADA A GINÁSTICA RÍTMICA NA BASE DE DADOS LILACS
SAMPAIO GBS, KRAESKI AC, FARIAS GO.
gabybreggue@gmail.com Universidade Federal de Santa Catarina
Núcleo de Pesquisa em Pedagogia do Esporte (NUPPE)
Laboratório de Pedagogia do Esporte (LAPE) - FSC

A Ginástica Rítmica (GR) é considerada uma modalidade esportiva completa, que combina, de forma muito harmônica
técnicas corporais e dos aparelhos característicos do esporte: corda, arco, bola, maças e fita, considerando a GR dirigida
ao desenvolvimento físico, artístico e expressivo a partir da interação entre música e atividade gímnica. O objetivo
do estudo foi analisar a produção científica relacionada à GR no bancos de dados: LILACS. Utilizou-se o descritor
“ginastica” , considerou-se estudos realizados entre 2006 e 2014. Os critérios de inclusão foram os artigos em português,
com as palavras Ginástica Rítmica no título e os critérios de exclusão os estudos de Monografias, Teses e Dissertações.
Inicialmente foram listados 188 estudos, após a retirada dos artigos que não atendiam aos critérios fizeram parte do
estudo 13 artigos. Os artigos foram organizados por aspectos: Biopsicossocial: estudos relacionados ao contexto
biológico, psicológico bem como social/ Escolar: que tratem de questões do âmbito escolar/ Morfofisiológico e
Esportivo: assuntos ligados às questões específicas das atletas e do desporto. Verificou-se que (69%) enquadrou-se
no aspecto Morfofisiológico e Esportivo, apenas 7% abordam a ginástica rítmica escolar, e o aspecto biopsicossocial
apareceu em 23% dos artigos. Os estudos sobre aspectos Morfofisiológicos e Esportivos, apresentam na sua maioria
temas relacionados a treinamento, avaliações, investigações quantitativas e fatores ligados à competição. Os trabalhos
ligados ao aspecto biopsicossocial mostram uma preocupação especial com o feedback e imagem corporal e o único
estudo do aspecto Escolar foi publicado em 2010. Um número considerável de pesquisas foi realizado nos anos (4)
2014 e (4) 2012, mostrando que o interesse em publicações relacionadas a esta modalidade vêm sendo uma crescente.

Palavras-chave: Ginástica; Ginástica rítmica; Esporte; Revisão.


068

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS NO ENSINO DE MOVIMENTOS GINÁSTICOS:


RELATO DE EXPERIÊNCIA DE GINÁSTICA RÍTMICA EM RONDÔNIA
OLIVEIRA JC, TOURINHO EK, FREIRE IA, SCHMITT NT.
juscimara09@gmail.com Secretaria Municipal de Educação - SEMED

As escolinhas de iniciação esportivas exercem papel importante na formação do cidadão consciente, crítico,
participativo e favorece às diversas manifestações corporais. Nesse sentido, a questão metodológica é considerada
variável fundamental no processo ensino aprendizagem no alcance dos objetivos. A tendência atual do ensino
eficaz aproxima-se de estratégias vinculadas a formação da autonomia do aluno e reflexão crítica, orientadas por
participação ativa no processo. Significa ações pedagógicas que envolvam o planejamento e sistematização de
atividades vinculadas à finalidade pretendedida. O presente relato descreve a estratégia metodológica utilizada
para ministrar os conteúdos de Corporeidade, Técnica de Movimento, Ritmo, Força e Flexibilidade. A experiência
foi realizada em duas escolas municipais, Projeto Piloto de GR na cidade de Porto Velho/RO, com cem crianças,
faixa etária de 5 a 10 anos. Os movimentos corporais trabalhados na modalidade foram: a) Croquete; b) Espacato;
c) Vela; d) Ponte; e) Deslocamentos; f) Saltos; g) Saltitos. Estratégia de trabalho: a) Execução dos movimentos;
b) Exposição dialogal, visual e comentários; c) Tarefa para casa: cadernos individuais, ginasta era orientada para
realizar atividades; d) Conteúdo das Tarefas: Ginastas não alfabetizadas: desenhar o movimento indicado; Ginastas
alfabetizadas: desenhar, escrever o nome, efetuar descrição do movimento. Da experiência verificou-se resultados
em curto prazo (manifestação de interesse sobre os conteúdos, envolvimento dos pais/responsáveis); médio
prazo (aspectos positivos relacionados à higiene pessoal, cumprimento de tarefas, assimilação dos movimentos,
nomenclatura). Constatou efeitos positivos no contexto escolar formal (melhoria da escrita e interpretação). O
planejamento cuidadoso das atividades foi fator importante para os resultados obtidos. Conclui que as estratégias
de ensino, como afirma a literatura, permanece sendo elemento significativo no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Ginastas; Planejamento; Estratégias metodológicas.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.41
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

069
Comportamental: Ginástica Rítmica

GINÁSTICA RÍTMICA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:
EM EXPERIÊNCIA EM PORTO VELHO - RONDÔNIA
OLIVEIRA JC, TOURINHO EK, FREIRE IA, SCHMITT NT.
juscimara09@gmail.com Secretaria Municipal de Educação - SEMED

Durante a experiência vivenciada no projeto Jovem Promessa de Ginástica Rítmica (GR) - Centro de Excelência
Caixa, desenvolvido na cidade de Porto Velho, estado de Rondônia, deparou-se com certo desconhecimento por
parte da população em geral sobre a referida modalidade esportiva. Daí, a motivação para conhecer até que ponto
ocorre à inserção da GR ou dos movimentos corporais relativos à modalidade esportiva nas escolas e em particular,
nas aulas de Educação Física. O estudo teve como objetivo identificar os conhecimentos, o interesse e as dificuldades
dos professores de Educação Física na inclusão da prática educativa da GR nas aulas de Educação Física Escolar.
Realizou-se uma pesquisa descritiva com seis profissionais lotados em escolas públicas da cidade de Porto Velho, no
estado de Rondônia, que atendem aos alunos do Ensino Fundamental do 3º ao 6º ano, na disciplina Educação Física.
Utilizou-se entrevista semi-estruturada como instrumento de coleta de dados. Constatou-se que todos os profissionais
possuem formação na área de atuação. Os mesmos afirmaram que seus conhecimentos sobre a Ginástica Rítmica
foram obtidos durante o curso de graduação em Educação Física e que não atuam com a modalidade por não terem
aprofundado os conhecimentos sobre o tema após a formação inicial; manifestaram desinteresse e desconhecimento da
modalidade. Dificuldades apontadas para o trabalho com GR: falta de espaço físico adequado, dificuldade na aquisição
de aparelhos e receptividade negativa por parte da clientela a inclusão de conteúdos novos/diferentes. Conclui-se que
a GR ou seus movimentos corporais específicos não está inclusa nas aulas de Educação Física Escolar ofertada pelos
profissionais investigados apesar de constar como conteúdo na Matriz Curricular de Educação Física do Estado de
Rondônia. Faz-se necessário ampliar a amostra estudada a fim de conhecer melhor a realidade local.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Educação física escolar; Professor.

070

HÁBITOS ALIMENTARES DE ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA


BELLOTTO ML, SANTOS CB, MARTINS FS, SILVA GRS.
malubs@hotmail.com Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A ginástica rítmica, fundamentada na expressividade artística, requer movimentos de diferentes tipos e dificuldades.
O manejo de aparelhos próprios da modalidade requer força, energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistência,
é por estas razões que a nutrição de quem a pratica se torna um fator indispensável para que estas faculdades sejam
alcançadas com totalidade. O presente estudo tem o objetivo de avaliar a qualidade alimentar de atletas praticantes
de ginástica rítmica de duas cidades do interior de São Paulo. A amostra foi constituída por 41 atletas do sexo
feminino, de idades compreendidas entre 6 a 16 anos. Para o conhecimento da qualidade da ingestão alimentar das
atletas foi solicitado o preenchimento de registros alimentares de 3 dias (2 dias da semana e 1 de final de semana).
Os dados foram analisados pelo método semi-quantitativo: Índice de Qualidade Alimentar (AMED), onde scores
apontavam a qualidade alimentar classificadas através dos conceitos: bom, regular e ruim. Os resultados revelaram
que 24 atletas receberam a pontuação ruim para a qualidade alimentar e 17 pontuaram como regular e nenhuma
atleta demonstrou boa qualidade alimentar. Indificou-se o baixo consumo de frutas, vegetais e cereais integrais, e
um elevado consumo de embutidos e carnes vermelhas em relação a outras fontes de proteínas como o feijão e
peixes. Conclui-se que os hábitos alimentares e dietéticos das atletas são insuficientes em nutrientes importantes
para o desempenho esportivo e o crescimento saudável, ressaltando a necessidade de uma reeducação nutricional
adaptada à modalidade e ao estilo de vida destas atletas, além de mais informações aos pais e/ou responsáveis pela
alimentação destas atletas-crianças.

Palavras-chave: Nutrição; Hábitos alimentares; Ginástica rítmica.

R.42 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

071

Comportamental: Ginástica Rítmica


CONHECIMENTO NUTRICIONAL DE PAIS DE ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA
BADARÓ R, PRATA AC, SOUZA V, BELLOTTO ML.
malubs@hotmail.com Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A ginástica rítmica é uma modalidade que exige baixo peso corporal o que pode levar a quem pratica a buscar um
perfil ideal de composição corporal por diversos métodos, saudáveis ou não. Sabendo que as praticas alimentares
tem um papel importantíssimo para que este objetivo seja alcançado, e ao se tratar de atletas ainda crianças/jovens
que dependem de seus pais para realizarem sua alimentação, o presente estudo objetivou avaliar se o conhecimento
sobre nutrição dos pais de atletas de ginástica rítmica, que poderia influenciar na qualidade alimentar das atletas,
sofre a influencia de variáveis como: classe social, nível educacional e faixa etária. Foram avaliados 36 pais de
atletas através de um questionário socioeconômico e uma Escala de Conhecimento Nutricional (ECN) adaptada
de Scagliusi para a população brasileira. Os resultados apontaram que 13,9% (n=5) dos entrevistados apresentaram
baixo score de conhecimento nutricional, 66,7% (n=24) moderado e 19,4% (n=7) alto conhecimento nutricional.
Verificou-se a diferença significativa na pontuação sobre a ECN, assim os pais de classe mais alta esentaram maior
pontuação de conhecimento nutricional em relação aos pais de atletas de classe média e baixa (P=0,002). Não
foram verificadas diferenças significativas quando comparada a ECN aos níveis educacionais e faixas etárias. No
entanto, verificou-se maior grau de conhecimento sobre nutrição entre os sujeitos com maior poder aquisitivo.

Palavras-chave: Pais de atletas; Ginástica rítmica; Conhecimento nutricional.

072

FATORES ESTRESSANTES NA ARBITRAGEM DE GINÁSTICA RÍTMICA


DEBIEN PB, DEBIEN JBP, FERREIRA RM, COSTA VT.
paulinhadebien@hotmail.com Universidade Federal de Minas Gerais
Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPES-UFMG)

O estresse é vivenciado pelos árbitros esportivos de diversas modalidades e pode ser associado às diferentes
demandas que estes profissionais sofrem. O elevado grau de subjetividade presente no julgamento na ginástica
rítmica (GR) e o fato de ter que aplicar as exigências das regras em um espaço de tempo reduzido, fazem com que
inúmeras vezes, no desempenho da sua função, os árbitros passem por dificuldades relacionadas à objetividade
das suas decisões, que podem ser fatores causadores de estresse, comprometendo a percepção do árbitro em seu
julgamento e, consequentemente, o resultado das atletas e competições. Com isso, o objetivo deste estudo foi
identificar e classificar, de forma específica, as variáveis estressantes relacionadas à atividade de árbitros de GR. A
amostra foi composta por 10 árbitros brasileiros de GR, de nível internacional, integrantes do quadro de árbitros
da Confederação Brasileira de Ginástica no ciclo 2009-2012. Os instrumentos utilizados nesse estudo foram:
ficha de identificação e roteiro de entrevista semiestruturada, validada pela técnica de expert-rating e baseado
na concepção do estresse enquanto produto tridimensional da inter-relação pessoa-ambiente. As entrevistas
foram gravadas, realizadas individualmente e pela mesma pesquisadora. A análise dos dados seguiu os passos de
transcrição, organização e interpretação das Meaning Units (MU’s). As transcrições geraram 256 MU’s que foram
classificadas dentro de três categorias: estresse social (125 MU’s), estresse biológico (33 MU’s) e estresse psicológico
(98 MU’s). Os principais fatores estressantes foram: relacionamento com os outros árbitros, cansaço e dificuldades
do julgamento. Conclui-se que os fatores de estresse que estão envolvidos na atuação dos árbitros de GR, podem
ser mapeados em três grandes blocos (social, biológico e psicológico) e cada uma destes é composta por fatores
específicos que se interagem e se relacionam no aparecimento do estresse nestes profissionais.

Palavras-chave: Estresse; Árbitro; Esporte; GR.


Apoio: FAPEMIG

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.43
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

073
Comportamental: Ginástica Rítmica

CONTRIBUIÇÕES DA BÚLGARA YORDANKA ZARKOVA NO TREINAMENTO


DE GINÁSTICA RÍTMICA EM UMA EQUIPE DA CIDADE DE MARINGÁ-PR
COSTA CR, PIRES AF, MIRANDA ACM.
karolruivo@hotmail.com Universidade Estadual de Maringá
Abordagens Sócio Culturais em Educação Física

Yordanka Zarkova foi atleta durante 12 anos do RSG Levski, de Sofia (Bulgária), ganhou diversas competições nacionais
e internacionais e tornou-se treinadora da modalidade. Atualmente atua na Ginástica Rítmica e na Ginástica Estética de
Grupo. Diante a experiência na Ginástica Rítmica, a AGIMAR (Associação de Ginástica de Maringá e Região) a convidou
para contribuir com o desenvolvimento da equipe. A Associação possui treinamento de Ginástica Rítmica desde 2004,
e é composta por uma média de 50 ginastas divididas nas categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulto. Este relato
pretende apresentar a sistematização e as contribuições da visita no treinamento das atletas de Ginástica Rítmica a partir
das intervenções feitas no período de 08 a 15 de março de 2015. Nos dois primeiros dias Zarkova observou os treinos,
intervindo apenas para a melhoria das composições coreográficas. No terceiro dia, a técnica iniciou com aquecimento e
alongamento das ginastas, trabalhando exercícios de fortalecimento, flexibilidade e depois as coreografias priorizando a
relação música e movimento nas séries. O quarto dia foi específico para as coreografias tendo como foco as dificuldades
corporais. No quinto e sexto dia além das atividades de aptidão física o trabalho voltou-se aos passos de dança e maestrias.
No último dia, as equipes foram divididas para o treino de flexibilidade e força, finalizando o encontro com os reajustes
necessários nas séries. Foram notáveis as contribuições de Yordanka Zarkova para a equipe da AGIMAR, nos aspectos
técnicos das atletas, nas composições coreográficas e para as técnicas da equipe, que também obtiveram grande aprendizado
a partir da intervenção da búlgara, com exercícios e elementos técnicos até então desconhecidos. Dessa forma, destacamos
a importância de valorizar a troca de saberes entre os diferentes países de forma que o objetivo final seja o avanço e
aperfeiçoamento das modalidades competitivas, nesse caso a ginástica rítmica.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; Técnica búlgara; Associação de Ginástica; Aperfeiçoamento.


074

ANÁLISE DE PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO DE PRATICANTES DE GINÁSTICA RÍTMICA


DAL NEGRO L, STADNIK AMW, ROTTA CV, ULBRICHT L, SALAMUNES ACC.
stadnik@gmail.com Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Grupo de Pesquisa Qualidade de Vida: Saúde e Trabalho (QVSAT)

O artigo trata da Ginástica Rítmica (GR), um esporte eminentemente feminino, cujas exigências relativas aos
aspectos de ritmo, força, flexibilidade, coordenação e equilíbrio, entre outras valências físicas, são elevadas. Por
outro lado, um esporte que apresenta alta capacidade de desenvolvimento pessoal, social, corporal e intelectual,
especialmente porque evoca a necessidade da expressividade humana, sendo bem mais que uma série de movimentos
e exercícios acompanhados de música. Neste sentido, a ênfase desta pesquisa foi a de estudar, por meio da análise
de diferentes protocolos de avaliação de praticantes da modalidade, e partindo deste estudo, desenvolver um
protocolo de avaliação para as crianças de um centro nacional de iniciação esportiva. Para tanto, inicialmente foi
feita uma pesquisa documental na base de dados da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UNICAMP, USP,
Biblioteca Virtual em Saúde e em livros da área. Após a análise dos estudos encontrados, verificou-se dois fatores
em especial: a predominância de pesquisas a respeito dos aspectos físicos desenvolvidos pela modalidade e, em
relação ao grupo de sujeitos pesquisados, era especialmente voltado aos atletas de alto nível ou grupos esperando-se
atingir o alto nível e descobrir talentos esportivos. Isso evidenciou a carência de estudos aproximados à realidade
das crianças em fase de aprendizagem. O centro nacional de iniciação esportiva, projeto investigado neste estudo,
apresenta dois fortes objetivos: a descoberta de novos talentos esportivos e a democratização da GR. Portanto, o
protocolo desenvolvido a partir deste estudo, é um produto que tem como finalidade considerar esses dois objetivos,
os aspectos físicos fundamentais voltados à necessidade de descobrir novos talentos e, ao mesmo tempo, as demais
contribuições que essa prática esportiva favorece, como por exemplo, beneficiar o estreitamento do vínculo entre
professor e aluno, uma vez que explora as dimensões afetivo-sociais.

Palavras-chave: Centros de treinamento; Aspectos físicos; Democratização do esporte; Descoberta de talentos.


Apoio: Fundação Araucária

R.44 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

075

Comportamental: Ginástica Rítmica


MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE NA GINÁSTICA RÍTMICA
PAZ B, LOURENÇO MRA.
paz.bruna77@gmail.com Universidade Norte do Paraná

A flexibilidade foi o tema tratado neste artigo, já que esta é uma capacidade física fundamental para a ginástica
rítmica (GR). O objetivo proposto promoveu uma inter-relação entre a teoria, através das produções científicas
identificadas na literatura, e a prática, com as informações relatadas pelas treinadoras envolvidas nesta pesquisa.
O estudo assumiu o caráter descritivo exploratória de cunho qualitativo, já que forneceu informações detalhadas
sobre um tema, instituições e ou comunidade. A metodologia se constituiu em três fases distintas. A primeira uma
revisão sistemática sobre a temática, sendo consideradas as produções científicas publicadas entre os anos 1980 e
2014 nos bancos de dados: Portal Capes, Bireme, Ebsco e Google Acadêmico. Já na segunda, foi a aplicação de
questionários com 22 treinadoras participantes da 1ª etapa dos Jogos Escolares da Juventude Brasileiros (para atletas
com idade entre 12 e 14 anos) realizados no ano de 2014 em Londrina-PR. A terceira objetivou o cruzamento
dos dados coletados na revisão e nos questionários. Os estudos selecionados na revisão sistemática sobre a forma
de desenvolvimento da flexibilidade na GR indicaram os métodos ativo, passivo, estático e o conceito Mulligan.
No entanto, as treinadoras evidenciaram, apenas, os métodos ativo e passivo, além da técnica dos 3S. Sobre os
instrumentos de avaliação o teste de Ilia Vankov, o flexiteste e a fotogrametria foram indicados em ambos os
segmentos, tanto na revisão como nos questionários. Contudo, o teste de sentar e alcançar, a construção de uma
bateria de teste pelo próprio autor, o goniômetro e o flexímetro foram os instrumentos descritos e utilizados apenas
nos trabalhos da revisão. É evidente a importância desta capacidade física na GR, tornando o seu desenvolvimento
imprescindível em todas as sessões de treinamento. Percebemos uma limitação referente a avaliação da flexibilidade,
já que esta se torna fundamental para um efetivo trabalho eficiente da modalidade.

Palavras-chave: Capacidade física; Treinamento; Teste; Ginasta.

076

ESQUEMA CORPORAL DE MENINAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE GINASTICA RÍTMICA


FELIX MTLR, PALOMARES BRA.
tatiana_rl@yahoo.com.br Estácio - Fic

Introdução: A imagem corporal representa o estado das relações do meio com o organismo. A incessante
combinação de atitudes e posturas com o mundo exterior geram acomodação e organização perceptiva e mental,
que correspondem ao aspecto fundamental da função muscular que assegura a mobilidade, o equilíbrio corporal
e a estrutura de uma ação coordenada. Objetivo: Comparar o esquema corporal de crianças praticantes e não
praticantes de Ginastica Rítmica (GR). Metodologia: Estudo do tipo quantitativo, descritivo e transversal onde
se aplicou o teste de esquema corporal desenvolvido por Rosa Neto (2002). O teste consiste na criança imitar
o examinador que fará 20 movimentos de mãos e braços, que foram classificados de acordo com o número de
acerto, sendo 7 a 12 acertos idade motora de 3 anos, 13 a 16 acertos idade motora de 4 anos e 17 a 20 acertos
idade motora de 5 anos. Foram avaliadas 20 meninas de 5 anos, sendo 10 praticantes de GR à no mínimo 6 meses
e 10 não praticantes de nenhum esporte. Resultados: Das crianças que não praticavam GR, 30% (3) apresentaram
idade motora de 3 anos; 50% (5) idade motora de 4 anos; e 20% (2) idade motora de 5 anos. Já com as crianças
praticantes de GR obtivemos 20%(2) com idade motora 4 anos; e 80% (8) com idade motora de 5 anos. Conclusão:
Através dos resultados obtidos pudemos observar que as crianças praticantes de GR obtiveram resultados muito
mais positivos, principalmente quando comparados com suas idades cronológicas. Podemos justificar isso devido
a GR possibilitar melhoria do tônus, da postura e do equilíbrio corporal, elementos essenciais para os reflexos do
comportamento e do gestos corporais que são componentes essenciais para a construção do esquema corporal.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Esquema corporal; Crianças.


.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.45
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

077
Comportamental: Ginástica Rítmica

ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MENINAS PRATICANTES


E NÃO PRATICANTES DE GINÁSTICA RÍTMICA
FELIX MTLR, PALOMARES BRA.
tatiana_rl@yahoo.com.br Estácio - Fic

Introdução: A ordem e a duração são os dois grandes elementos da organização temporal, a primeira são as sucessões
e mudanças que ocorrem num período estabelecido, e a segunda são as variações de intervalo que separa dois pontos.
A compreensão desses elementos por meio do ser humano acontece por meio da dimensão sensorial, lógica e
convencional que quando associados a memória e a codificação de informação proporcionam a organização temporal.
Objetivo: Comparar a estrutura espaço temporal de crianças praticantes e não praticantes de Ginastica Rítmica (GR).
Metodologia: Estudo do tipo quantitativo, descritivo e transversal onde se aplicou o teste de estrutura espaço temporal
desenvolvido por Rosa Neto (2002). O teste consiste na criança reproduzir sons executados atrás de golpes sobre a
mesa. Os resultados são classificados de acordo com o número de acerto, sendo 6 a 13 acertos idade motora (IM) de
6 anos, 14 a 18 acertos IM de 7 anos, 19 a 23 acertos IM de 8 anos, 24 a 26 acertos IM de 9 anos, 27 a 31 acertos IM
de 10 anos, e 32 a 40 acertos IM de 11 anos. Foram avaliadas 40 meninas de 5 anos a 10 anos, sendo 20 praticantes
de GR à no mínimo 6 meses e 20 não praticantes de nenhum esporte. Resultados: Das crianças que praticavam GR,
20% (4) apresentaram idade motora (IM) de 6 anos; 10% (2) apresentaram IM de 7 anos; 30% (6) IM de 9 anos; e
40% (8) IM de 11 anos. Enquanto as crianças não praticantes foram 30% (6) IM de 6 anos; 30% (6) IM de 7 anos;
20% (4) IM de 8 anos; 10 % (2) IM de 9 anos; e 10% (2) IM de 11 anos. Conclusão: Através dos resultados obtidos
pudemos observar que as crianças praticantes de GR apresentaram resultados mais compatíveis com suas idades
cronológicas, consequência provável dos constantes trabalhos rítmicos desenvolvidos nas aulas, que proporcionam o
aprimoramento da compreensão de ordem, duração e memorização.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Organização temporal; Crianças.

078

A ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA EM ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA


MORAIS FR, ARANTES JP.
fran_huh@yahoo.com.br Faculdade do Clube Náutico Mogiano

A ginástica Rítmica é uma modalidade que exige alto grau de qualidades físicas e psicológicas. A ansiedade é considerada
o aspecto psicológico que mais afeta o rendimento competitivo dos atletas. Portanto o presente estudo teve como
objetivo verificar a ansiedade pré-competitiva em atletas de Ginástica Rítmica. Foi utilizado o instrumento Escala de
ansiedade pré-competitiva CSAI-2, considerada uma medida multidimensional do estado de ansiedade pré-competitivo
que engloba 22 itens. A escala foi aplicada em três períodos diferentes: a) 30 dias antes; b) 15 dias antes; c) 1 dia antes da
competição. Participaram da pesquisa 6 ginastas, de 13 a 16 anos, todas titulares participantes do 57º Jogos Regionais 2013.
Os resultados apontaram em relação a ansiedade cognitiva que as atletas, como visto na questão 1 (Estou preocupado
(a) com esta prova), estavam ansiosas 30 dias antes da competição, e estatisticamente houve diferença entre os períodos,
afirmando que 30 dias antes o nível de ansiedade cognitiva estava mais alto que 15 dias antes. Na ansiedade somática,
o resultado da questão 13 (O meu coração bate muito depressa) mostra que esse sintoma foi sentido 30 dias antes da
competição entre as variáveis, porem estatisticamente os resultados não mostraram diferença entre os níveis de ansiedade
somática, comprovando que ela se manteve por todo o período pré-competitivo. Analisando os níveis de autoconfiança,
os resultados mostraram que as atletas, como visto da questão 5 (Sinto-me autoconfiante) apresentaram um nível alto
1 dia antes da competição, entretanto o resultado estatístico não mostrou diferença entre os períodos pré-competitivos.
Foi observado que as atletas mostram sintomas de ansiedade 30 dias antes, e que pelos resultados estatísticos, que não
mostrou diferença entre os períodos, ela se manteve por todo o período pré-competitivo. Isso ressalta a importância de
um trabalho psicológico prévio com atletas para o alcance de um bom rendimento competitivo.

Palavras-chave: Ansiedade; Pré-competitiva; Ginástica Rítmica.

R.46 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

079

Comportamental: Ginástica Rítmica


ANÁLISE DE MOVIMENTOS NA INICIAÇÃO DA GINÁSTICA RÍTMICA
PARA MULHERES PRATICANTES DE DANÇA DO VENTRE
CARDOSO EA, FREITAS FB, SILVA LJ, ANTUALPA KF.
eliane_acardoso@hotmail.com Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

Considerando a modalidade olímpica ginástica rítmica (GR) e a modalidade não esportiva dança do ventre iniciamos
um portal de conexão entre as duas atividades buscando integrar bailarinas de dança do ventre ao universo da
ginástica com intuito de analisar as adaptações e o desenvolvimento motor, pois ambas possuem semelhanças de
interpretação musical conciliando a utilização do corpo com movimentos característicos de graça, beleza e harmonia
e o uso de indumentárias em seu desenvolvimento coreográfico. O objetivo deste trabalho foi analisar a adaptação
do movimento humano e o comportamento motor no aprendizado de elementos básicos da ginástica rítmica para
mulheres praticantes da dança do ventre. Cinco participantes com idade entre 16 e 48 anos com experiência em
dança do ventre de três anos, foram convidadas a vivenciar a proposta de iniciação aos estudos de GR realizados
em 10 encontros. Foram inseridos no processo pedagógico os elementos da ginástica: saltos, rotações, saltitos e
equilíbrio estático bem como a apresentação do aparelho corda, ensinados de forma gradativa em formato de
coreografia. Estabeleceu-se uma meta mínima de execução dos movimentos obrigatórios desta pesquisa para
cada encontro para analisar o processo de adaptação, os gestuais típicos coligados a prática da dança do ventre e a
fusão para ginástica rítmica. No processo de adaptação prática foi possível notar que as participantes mantiveram
características gestuais provenientes da dança do ventre o que não comprometeu a execução da coreografia de GR
proposta nesta pesquisa. O processo pedagógico gradativo foi essencial para mantê-las em um ambiente ao qual
já estavam habituadas executando a transição com respeito a seus limites favorecendo a iniciação.

Palavras-chave: Dança do ventre; Ginástica.

080

A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO MOTORA NA GINASTICA RITMICA (GR)


TIBALDI J, COSTA AR, KRETICOSKI JS, BRAGA FH, BONATI IL, SANCHEZ V.
juu_tibaldi@hotmail.com Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade que encanta pessoas em todo o mundo. A sincronia perfeita do corpo
com o aparelho e em combinação com a música fascina a todos os que assistem. Esta sincronia existente faz com que o
aparelho seja um prolongamento do corpo e vice-versa, por isso exige-se a prática das habilidades técnicas desde a tenra
idade. Devido a complexidade de algumas habilidades, o ensino ocorre tradicionalmente pela prática em partes. A GR
vem sendo valorizada significativamente no Brasil, pois utiliza a arte do movimento, do ritmo, da música, da criatividade
e a capacidade física do praticante.Desta forma, este estudo tem como objetivo analisar a estruturação do processo de
aprendizagem na GR e verificar o impacto deste processo no desenvolvimento das capacidades por meio da elaboração
e execução da coreografia.O grupo contou com 06 estudantes da faculdade Metrocamp de Campinas, com faixa etária
de 18 a 25 anos, homens e mulheres. Durante quatro semanas, os voluntários tiveram encontros de uma hora de duração,
duas vezes por semana, com o material bola. Para elaboração da coreografia foram selecionados elementos específicos
da modalidade, pré estabelecidos pelo código de pontuação. Durante as intervenções, tentamos executar saltos como
de extensão simples, alguns tipos de equilíbrios, elementos de flexibilidade, ondas e o manejo com o aparelho bola, para
elaboração da coreografia. Pudemos observar que os homens tiveram mais dificuldade no que diz respeito à flexibilidade
e ritmo, e na coordenação dos movimentos da GR com a música. Já as mulheres tiveram dificuldades no manejo do
aparelho bola. Ambos tiveram dificuldade com os saltos e giros selecionados para a coreografia. A partir da análise dos
resultados deste estudo, conclui-se que o grupo apresentou uma evolução significativa da coordenação motora, já que
conseguirão melhor o manuseio do aparelho e alia-lo a execução dos elementos corporais pré estabelecidos.

Palavras-chave: Bola; Manuseio; Habilidades técnicas; Coreografia.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.47
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

081
Comportamental: Ginástica Rítmica

GINASTICA RÍTMICA UMA REALIDADE POSSÍVEL AOS ADULTOS


SILVA CB, COELHO A, SANTOS D.
silvacmb@terra.com.br Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A proposta do trabalho é proporcionar possibilidades para um público que nunca vivenciaram a gr, por se tratar de
uma modalidade que se incia desde a infância terminando antes dos 30 anos. A ginastica rítmica (GR) caracteriza - se
por ser um esporte que associa movimentos corporais sincronizados. Esta modalidade possui um caráter altamente
técnico, gestual e expressivo (FIG, 2001). Beleza, elasticidade, habilidade, graciosidade, agilidade, expressão artística
e ritmo. O presente estudo tem como finalidade a elaboração de uma coreografia, utilizando movimentos básicos
da ginástica rítmica na categoria mãos livres, dança e com adaptações da ginástica geral, proporcionando facilidades
nos movimentos e trazendo mais próximos da consciência corporal de cada participante, sempre respeitando suas
limitações. Realizamos um total de 22 encontros com as alunas que se dispuseram a participar da coreografia. No
primeiro momento focamos em conhecer o público que iríamos trabalhar, sendo apresentados movimentos básicos.
Abordamos o contexto histórico da modalidade e apresentamos as possibilidades para realização da coreografia.
No segundo momento conversamos com o grupo sobre dúvidas da proposta do trabalho, definindo o grupo de
7 meninas ,iniciando a sequência coregráfica e inserindo os movimentos obrigatórios contidos nas regras para
este trabalho .no terceiro momento concluímos a coregrafia .os resultados durante o desenvolvimento do trabalho
apontam que o ensino da ginastica rítmica adaptada á realidade dos adultos, é possível enquanto uma prática corporal
que nos permite pensar no trabalho em grupo ,pautada em ações inclusivas, democráticas, em foco na interação social.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Adaptada.

082

ENSINANDO A GINÁSTICA RÍTMICA POR MATERIAIS ALTERNATIVOS


LUZ LSM, NORONHA I, CAROLINI K, TORRES J, JULIO E, ANTUALPA KF.
leandrosmluz@hotmail.com Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade praticada oficialmente por mulheres. É caracterizada pelo início
precoce, tendo as crianças como seu público-alvo. Apesar de atender crianças, esta modalidade é ainda pouco
conhecida pela população. Ainda que de pequeno porte, o acesso da população aos materiais ainda é restrito,
provavelmente em decorrência do custo e do vínculo da iniciação com materiais oficiais. Entretanto, a iniciação
na GR deve estar pautada na criação livre e espontânea, e na utilização do lúdico e de materiais não oficiais. Os
aparelhos alternativos, são então uma alternativa, por serem construídos manualmente, com materiais de fácil
acesso e preço reduzido, não necessariamente atendendo pesos e medidas oficiais. Desta forma este trabalho tem o
objetivo de buscar alternativas para desenvolver a GR através da elaboração de uma coreografia com a construção
e utilização de materiais alternativos. Neste trabalho foram confeccionados os aparelhos fita e bola como aparelhos
alternativos. A coreografia, foi elaborada e executada por universitários, sem experiência prévia com a modalidade. A
utilização de materiais alternativos não prejudicou a elaboração nem a beleza da coreografia, pois foram construídos
para serem semelhantes aos oficiais, com algumas observações a serem consideradas em sua utilização, mas sem
prejuízos aparentes aos que executam os movimentos. Para validarmos a experiência com os aparelhos alternativos
elaboramos toda a coreografia de acordo com as regras da modalidade, utilizando formações diferentes, elementos
corporais e do aparelho. Com essa experiência faz se possível a divulgação de informações importantes e válidas
para alcançar o objetivo principal do presente trabalho, que podem ser facilmente utilizadas por todos os públicos
que tenham interesse na modalidade.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Aparelhos alternativos; Lúdico; Escola; Divulgação.

R.48 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

083

Comportamental: Ginástica Rítmica


ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE: UM MAL NECESSÁRIO PARA A GINÁSTICA RÍTMICA?
MINCIOTTI AN, SALIM JLH.
alessandranm@yahoo.com.br Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Percebemos na atualidade o evidente crescimento do esporte como fenômeno mundial. Por conta desta evolução,
pais e filhos ficam muitas vezes indecisos sobre qual esporte praticar, quando iniciar e quando competir. A Ginástica
Rítmica (GR) é um esporte no qual executamos movimentos corporais junto à música e o manejo de aparelhos,
como: Arco, Bola, Fita, Corda e Maças. Requer um alto nível de desenvolvimento das capacidades físicas e tem
como objetivo a perfeição técnica da execução de movimentos complexos junto aos aparelhos. Com o aumento
dos programas de esportes juvenis, inúmeras crianças buscam a prática da GR através de clubes, colégios e escolas
especializadas. Com isso, a maioria dos treinos e competições direcionados as crianças, é feita com base nos modelos
de programas de competição de adultos. Assim, por meio de uma revisão de literatura, o presente estudo tem como
objetivo verificar porque ocorre a especialização precoce na GR. O processo de preparação esportiva tem como
principal objetivo consolidar a funcionalidade do atleta ao longo prazo e atingir o desempenho na modalidade em
idades superiores. Cada modalidade tem seu ideal de idade para iniciar sua prática e na GR acredita-se que seja
necessária a especialização precoce, pois é o período ideal de desenvolvimento de capacidades coordenativas e da
flexibilidade, além das vantagens biomecânicas de proporções corporais. A especialização precoce ocorre devido à
própria natureza da modalidade, à idade de participação em eventos oficiais e ao tempo de preparação necessário para
que as ginastas apresentem condições para competir. Por conta disso as competições precoces são de preocupação
da própria entidade que coordena a modalidade no Brasil e no Mundo. Mas, infelizmente, esta preocupação não
é suficiente, já que existem campeonatos federados, na qual a participação de crianças é permitida a partir dos 9
anos de idade e a competição é regrada e inspirada nos moldes das categorias superiores.

Palavras-chave: Ginástica; Especialização; Infância; Esporte.

084

ELEMENTOS DO BALÉ CLÁSSICO NAS SÉRIES DE GINÁSTICA RÍTMICA DE ALTO RENDIMENTO: UM ESTUDO DE CASO
SPALATO ACF, TOLEDO E, ANTUALPA KF, CARBINATTO MV.
mcarbinatto@usp.br UFTM
GYMNUSP; LAPEGI-UNICAMP

Há séculos o balé está presente em nossa sociedade como dança clássica a ser apreciada como arte e, devido sua
plasticidade, estética, variação e padronização de movimentos, influencia outros fenômenos, dentre eles, esportes
como o nado sincronizado, a patinação artística e as ginásticas. Nesta última manifestação, a Ginástica Rítmica
(GR) é a que mais evidencia essa relação, o que pode ser também constatado em seu atual Código de Pontuação.
Nesse contexto, essa pesquisa objetivou apresentar a frequência dos elementos do balé nas rotinas das finalistas
individuais da Copa do Mundo de GR (2013)- Kiev - Ucrânia por meio de uma pesquisa de cunho documental
(análise de vídeos). Foram avaliadas 16 séries (quatro de cada aparelho: maças, arco, bola e fita) e, no geral, as ginastas
realizam entre 12 a 27 elementos de balé em cada uma das séries, sendo os mais frequentes: a) o passé, o grand
battement e o jeté em tournant nos aparelhos maças e arco; b) o jeté em tournant, grand battement, passe/chassé
e coupé no aparelho bola; e, por fim, c) na fita, o passe, pirouette passée e jeté em tournant. Constamos também
uma hegemonia dos países do leste europeu, com destaque para as russas, que não por coincidência, são países
que possuem tradição no Balé e o utilizam sobremaneira na preparação corporal das ginastas. Acreditamos que ao
analisar a frequência e os conteúdos de balé mais utilizados pelas ginastas de alto rendimento podemos identificar
estratégias de composição coreográfica e indícios de exercícios para o treinamento da iniciação ao alto rendimento.

Palavras-chave: Balé; Dança clássica; Ginástica rítmica; Educação física; Esporte; Ginástica.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.49
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

085
Comportamental: Ginástica Rítmica

GINÁSTICA RÍTMICA COM ALUNOS UNIVERSITÁRIOS, SERÁ QUE ROLA?


PAIATO I, MELO R, RIOS N, ANTUALPA KF
isapaiato@hotmail.com Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade de ginástica competitiva que alia a expressão corporal (beleza e
plasticidade) e manejo de aparelhos com a música, sem perder o caráter esportivo. É uma prática integradora e
diferenciada que pode contemplar jovens e adultos, e ser estendida aos universitários. Competições como os Jogos
Universitários Brasileiros (JUBs) já contemplam a modalidade GR e incentivam a participação dos estudantes nas
atividades esportivas em instituições de ensino superior, aliando o estudo com a prática dos esportes. Dessa forma,
este trabalho buscou iniciar o jovem universitário na vivência da Ginástica Rítmica. Para isso, elaborou-se uma
intervenção com cinco universitárias com faixa etária média de 20,4 anos, alunas do primeiro semestre do curso de
graduação em Educação Física. No final, realizamos um questionário para verificar a aceitação das universitárias
na prática da mesma. A intervenção contou com encontros semanais, que visavam preparar o grupo para a
apresentação no festival da Instituição de Ensino Superior (IES). Estas abordaram elementos corporais, o manejo
do aparelho arco, e a montagem da coreografia. Houve pontos negativos e positivos. Um ponto positivo foi que
as voluntárias já praticavam a dança, situação que favoreceu em vários aspectos no ensino dos elementos corporais
da modalidade. Apesar disso, notou-se dificuldade no manejo do aparelho. Constamos pelo questionário que a
prática da modalidade ginastica rítmica foi aceita pelas universitárias. Esta intervenção despertou nas voluntárias
o interesse pela modalidade. Tal situação permite a reflexão: será possível, num futuro, inserir a IES nos jogos
universitários da modalidade?

Palavras-chave: Jogos Universitários (JUBs).

086

CRIATIVIDADE NA GINÁSTICA RÍTMICA: PERCEPÇÃO DE TÉCNICOS E ÁRBITROS DA MODALIDADE


TREVISAN PRTC, SCHWARTZ GM.
priscilalel28@gmail.com UNESP
Laboratório de Estudos do Lazer (LEL)

A criatividade é uma capacidade almejada entre esportistas e pode se tornar um fator importante no desenvolvimento
de diversas modalidades esportivas, incluindo a Ginástica Rítmica, foco desse estudo. Nesse esporte, até mesmo
por sua subjetividade, a criatividade se torna um fator complexo no julgamento do desempenho das atletas. Sendo
assim, este estudo de natureza qualitativa, teve por objetivo investigar os aspectos percebidos acerca da criatividade
para o julgamento de performances de ginástica rítmica, em âmbito competitivo. Para tanto, o estudo aliou pesquisa
bibliográfica e pesquisa exploratória desenvolvida por entrevista semiestruturada com árbitros de ginástica rítmica,
bem como com técnicos de equipes do estado de São Paulo selecionadas para campeonatos nacionais de Ginástica
Rítmica entre 2013 e 2015. A amostra intencional, selecionada por conveniência, foi composta por 10 sujeitos: 4
árbitros nacionais e 6 técnicos da modalidade. Os resultados evidenciaram a diversidade de vivências corporais com
a dança (3), com a música (2), o aprimoramento das técnicas (3), a expressão corporal (3) e a qualidade artística
dos movimentos (2) como aspectos que ao serem incorporadas aos passos de dança e no manejo dos aparelhos,
facilitam a execução de performances mais criativas na percepção dos técnicos entrevistados. Entre os árbitros,
a criatividade é percebida nos passos de dança (3), no manejo dos aparelhos (2) e na originalidade e inovação das
maestrias (1), na relação ginasta-música-aparelho (2) atendendo às exigências do código de pontuação de forma
artística e harmônica (2). Assim, salienta-se a criatividade como um diferencial na composição das séries, no
atendimento às exigências de variedade de formas no uso dos elementos técnicos fundamentais, no manejo dos
aparelhos, na validação das maestrias e nos aportes artísticos da performance, bem como, a necessidade de novos
estudos visando enriquecer em âmbito acadêmico essa temática.

Palavras-chave: Criatividade; Ginástica; Julgamento; Treinamento.


Apoio: CAPES

R.50 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

087

Comportamental: Ginástica Rítmica


AUTOPERCEPÇÃO DE IMAGEM EM ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA DA CIDADE DE MARINGÁ-PR
SILVA DO, COSTA CR, PIRES AF, MIRANDA ACM.
antoniomonteirouem@gmail.com Universidade Estadual de Maringá
Dimensões da formação, intervenção e escola na educação física

Os padrões estéticos culturalmente estabelecidos podem levar à insatisfação com a imagem corporal, um fenômeno
complexo e multifacetado, construído a partir de aspectos cognitivos, afetivos, sociais e culturais e que pode
ser ainda influenciado e modificado de acordo com o meio no qual se encontra o sujeito. Destarte, o ambiente
esportivo pode ser potencializador de tal insatisfação, haja vista que em algumas modalidades a estética corporal
tem papel crucial, como é o caso da ginástica rítmica (GR), que estima pelo baixo peso corporal de suas atletas,
tornando-as fortes candidatas a representarem um grupo de risco. Este cenário nos levou a analisar a satisfação
da autopercepção da imagem corporal de jovens atletas de ginástica rítmica da cidade de Maringá-PR. Foram
avaliadas 5 ginastas com idade média de 15 anos. Utilizou-se como instrumento a escala de figuras de Stunkard,
bem como a amostra de altura, peso e cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC). Foi possível constatar que das
5 atletas pesquisadas, 3 demonstraram insatisfação corporal baixa enquanto 2 apontaram maior insatisfação (sendo
que uma delas idealiza uma silhueta menor do que a sua real e, a outra, uma menor). Contudo, apesar dos baixos
índices de insatisfação das 3 atletas supracitadas, duas delas demonstraram superestimar o seu tamanho corporal.
Todas as atletas pesquisadas se mostraram insatisfeitas com sua imagem corporal, seja em maior ou menor grau.
Tais resultados apontam uma distorção de imagem, processo relativamente comum frente à realidade esportiva
específica da GR, na qual as ginastas mundialmente destacadas se caracterizam por determinado biotipo e padrão
estético que servem como ponto de referência e espelhamento para as praticantes da modalidade. Alerta-se para
o aumento dos riscos nessa busca pelo corpo ideal, fazendo-se necessário um acompanhamento psicológico e
nutricional, para que se possa manter o rendimento esportivo sem perder a qualidade de vida.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; autoimagem; educação física; estética corporal.

088

COMPARAÇÃO DAS DIMENSÕES DA ESCALA DE LIDERANÇA DO DESPORTO


ENTRE TÉCNICAS DE GINÁSTICA RÍTMICA DE MARINGÁ
COSTA CR, SILVA KA, MIRANDA ACM.
karolruivo@hotmail.com Universidade Estadual de Maringá

Liderança é um processo de comportamento que visa influenciar os indivíduos e grupos afim de que atinjam objetivos
determinados. Neste estudo, analisamos as dimensões da Escala de Liderança no Desporto entre técnicas de ginástica
rítmica de duas equipes. A amostra foi composta por quatro técnicas, duas técnicas da equipe 1 e duas técnicas da equipe 2.
Os dados foram coletados de forma individual por meio da Escala de Liderança no Desporto (LeadershipScale for Sports)
e a análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva. Obtivemos como resultado, que o Comportamento
de Reforço se destacou entre todos os sujeitos e que as dimensões Treino-Instrução e Comportamento Suporte Social
apresentou índices de destaque entre as técnicas da equipe 1; já o índice de dimensão autocrático obteve índices próximos
entre as participantes. A partir desses resultados, concluímos que o Comportamento de Reforço se destacou entre todos
os sujeitos da pesquisa por entenderem que é importante para a atleta o reforço positivo, reconhecendo seus esforços e
bom desempenho. A equipe 1 apresentou resultados significativos quanto à dimensão Treino-instrução haja vista que,
à medida que progride o desenvolvimento das atletas (em anos de prática da modalidade), maiores são as exigências
técnicas para a qualidade de execução da performance na ginástica rítmica. Com relação a dimensão autocrática essa
apresentou níveis semelhantes entre os mesmos grupos, demonstrando assim que o perfil autocrático é uma dimensão
presente na modalidade e que faz parte da atuação dos técnicos de ginástica rítmica principalmente no alto rendimento.
Dessa forma, podemos perceber que avaliar o perfil de liderança dos técnicos de ginásticas competitivas, contribui para
o desenvolvimento dos atletas e das modalidades, entendendo que mesmo existindo perfis diferentes no aspecto de
liderança, estes certamente estarão ligados aos resultados conquistados por nossos atletas.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; Treinadoras; Liderança no esporte; Perfil de liderança.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.51
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

089
Comportamental: Ginástica Rítmica

A INFLUÊNCIA DO PERÍODO GESTACIONAL EM TÉCNICAS DE GINÁSTICA RÍTMICA


ANTUNES MB, MIRANDA ACM, COSTA CR, PELLOSO SM.
bena77i@gmail.com Universidade Estadual de Maringá

Durante a gestação o corpo feminino sofre intensa transformação como resposta às demandas próprias dessa
fase, neste período dificuldades relacionadas à execução de um trabalho ou exercício são comuns. A mulher como
profissional de educação física, trabalha com o corpo e ao mesmo tempo está suscetível ao período gestacional,
neste contexto, a Ginástica Rítmica modalidade esportiva de alta dificuldade técnica necessita de uma participação
contínua da técnica junto a suas atletas. O objetivo deste estudo foi analisar a atuação das técnicas de ginástica
rítmica durante o período gestacional. Estudo descritivo de abordagem qualitativa em que foram entrevistadas seis
técnicas com idade média de 29 anos. Utilizou-se um questionário semi-estruturado on-line, de auto-preenchimento.
Verificou-se que as técnicas graduaram-se entre 2004-2008, 67% especialistas e 100% foram ginastas e trabalham
com a modalidade em média de 12,5 anos. A maioria das técnicas (83%) possui apenas um filho e desses 100%
nasceram de cesárea. Todas afirmaram que não reduziram o tempo de treino durante a gravidez e sentiram-se apenas
cansadas e com dificuldade em ficar em pé nas ultimas semanas de gestação. Durante os treinos, apenas uma relatou
medo de ser atingida na barriga pelos aparelhos da modalidade e dificuldades em demonstrar e auxiliar alguns
exercícios e 83% permaneceu na quadra junto às atletas entre 36 a 39 semanas da gestação. Os resultados apontam
que a gestação, mesmo com suas alterações fisiológicas, não é um fator limitante na participação das técnicas de
ginástica nos treinamentos e montagem de coreografia junto a suas atletas, porém pode limitar a participação de
campeonatos distantes de sua cidade, devido o deslocamento. O reconhecimento que as técnicas mesmo em gestação
podem continuar suas atividades normalmente, valorizam a boa relação entre técnicas e atletas, potencializando o
desenvolvimento da modalidade e formação das ginastas.

Palavras-chave: Gravidez; Treinamento em ginástica; Educação física; Enfermagem.

090

A UTILIZAÇÃO DOS ELEMENTOS PRÉ-ACROBÁTICOS NA GINÁSTICA RÍTMICA


BROLESI ML, LOURENÇO MRA, PAZ B.
margarete.brolesi@hotmail.com Universidade Norte do Paraná

O presente estudo tem como objetivo elencar os elementos pré-acrobáticos ensinados na iniciação, por treinadoras
de ginástica rítmica, bem como, identificar quais foram os elementos pré-acrobáticos executados em um torneio
regional da modalidade. Em um primeiro momento foi aplicado um questionário com questões abertas e fechadas
para 23 treinadoras de ginástica rítmica participantes do Congresso Nacional de Esporte Escolar organizado pelo
Comitê Olímpico Brasileiro, no ano de 2013 na cidade de Londrina-PR. Já no segundo momento foram identificados,
por meio de observação, os elementos pré-acrobáticos presentes nas coreografias das ginastas participantes do
Torneio Elisabeth Laffranchi, evento realizado anualmente pela Federação Paranaense de Ginástica para ginastas
iniciantes. Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa exploratória de caráter descritiva. Os resultados indicam
que os rolamentos para frente, para trás e lateral e as reversões para frente, para trás e lateral (estrela), são os pré-
acrobáticos mais ensinados pelas treinadoras nas rotinas de aula/treinamentos. Os mesmos elementos foram os
únicos executados nas coreografias do torneio observado, sendo os rolamentos para frente e para trás e a reversão
lateral (estrela) os que mais apareceram em, respectivamente, 100%, 94% e 91,30% das séries, seguidos da reversão
para frente e para trás com 21,30% e 20%, respectivamente. Pode-se apontar os rolamentos e as reversões como os
pré-acrobáticos mais ensinados por elas em suas rotinas profissionais de aula e/ou treinamento e mais executados
por ginastas iniciantes em uma competição específica da modalidade, havendo assim uma estreita relação entre o
que é ensinado para o que é executado.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Pré-acrobático; Composição coreográfica; Ensino/aprendizagem.

R.52 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

091

Comportamental: Ginástica Rítmica


DESENVOLVIMENTO DO CÓDIGO DE PONTUAÇÃO DA GINÁSTICA RÍTMICA
SILVA NNO, SOARES SRB, DEUTSCH S.
nadineoliveira749@gmail.com Departamento de Educação Física - Instituto de Biociências - UNESP - Rio Claro
GEPPEGIN-UNESP

O código de pontuação da ginástica rítmica é alterado a cada ciclo olímpico, visando melhorar o esporte, o desempenho
das atletas e a arbitragem. Do ciclo de 2009-12 para o ciclo de 2013-16 ocorreram diversas mudanças nas regras de
avaliação, execução, dificuldades e artístico. O estudo visa apresentar as alterações do código de pontuação da Ginástica
Rítmica entre os ciclos 2009-12 e 2013-16. Foi feito o levantamento de informações com base nos códigos de pontuação
utilizados nos dois ciclos. Os resultados foram analisados com base nos grupos corporais, manejos, artístico e execução.
Nos manejos, cada aparelho continha seus próprios critérios com valores específicos, podendo assim criar situações com
alto valor de dificuldade. Neste ciclo transformaram-se em maestria, que são manejos extraordinários com a finalidade
de incentivar o trabalho do aparelho durante as séries. A nota das ginastas era de no máximo ate 30.00 pontos - soma de
três notas, Execução, Artístico e Dificuldade, valendo 10.00 pontos cada grupo de nota. Agora a arbitragem está dividida
em Dificuldade e Execução, pontuação máxima 20.00 pontos, somando 10.00 pontos de cada grupo. No ciclo 2013-
2016, os grupos corporais são reestruturados em equilíbrios, saltos e rotações. O conceito de flexibilidade foi modificado,
para equilíbrio ou rotação. A ginasta pode realizar uma onda ou rotação do corpo para aumentar o valor da dificuldade
realizada. Na composição das coreografias são favorecidas séries mais dinâmicas e expressivas, com a inserção dos passos
de dança. O riscos se mantiveram. Pequenos erros e deslizes são tolerados. Os descontos feitos são de acordo com os erros
apresentados valorizando as ginastas que executam a série com maior limpeza e de acordo com o código de pontuação.
No novo código a ginasta e seu treinamento é mais valorizado, dando condições pra que não seja tão punida nos erros
decorrentes da série. Estudos futuros abordarão a análise de códigos de outros ciclos.

Palavras-chave: Arbitragem; Ginástica; Alteração; Evolução.


Apoio: PROEX

092

A UNIFICAÇÃO DOS GÊNEROS MASCULINO E FEMININO NA GINÁSTICA RÍTMICA


COSTA YL, CALEJON LF, ANTUALPA KF.
yanko.l.l.costa@gmail.com Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A ginástica Rítmica (GR) enquanto modalidade exclusivamente feminina surge no começo do século XIX com
algumas influências, das artes cênicas, pedagogia, dança e de elementos do ballet clássico. A GR masculina é uma
modalidade que surgiu por volta da década de 1950, ao final da II Guerra Mundial, desenvolvida por professores
japoneses passaram a utilizar exercícios com objetivos de promover a saúde e a autoestima do seu país, utilizando a
música e alguns aparelhos de pequeno porte. Ainda que a GR masculina tenha se consolidado em diversos países,
entre eles: Japão, Canadá, Austrália e outros, e também já tenha um regulamento criado pela Confederação Japonesa
de Ginástica, esta modalidade ainda não é aceita pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) em suas atividades
por motivos que ainda não são claros, mas podem estar relacionados à preservação de sua origem. Tendo como base
essas informações, nosso intuito é buscar as diferenças e as semelhanças entre a GR Masculina e a GR Feminina
e identificar se há a possibilidade de uni-las em uma mesma coreografia, criando um grupo misto e possibilitando
a inserção de uma maneira de realizar a modalidade. Foram selecionados voluntários de ambos os gêneros, com
idades entre 16 e 37 anos praticantes de atividade físicas regulares como: Capoeira, Musculação, Vôlei e Pilates.
Levamos em conta a capacidade física de cada pessoa na elaboração da coreografia, familiarizando e adequando
os movimentos cotidianos em termo das atividades, para os movimentos da modalidade. Ainda que nossa ênfase
estivesse situada na união entre as duas modalidades não foi possível elaborar uma coreografia trazendo elementos
de ambas devido a imprevistos relacionados aos voluntários. A coreografia foi embasada, então, apenas na GR
Feminina. Assim podemos afirmar que é possível trabalhar com ambos os gêneros em uma mesma coreografia,
desde que ela seja planejada através das limitações e diferenças entre os praticantes.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Gêneros; Unificação; Coreografia.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.53
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

093
Comportamental: Ginástica Rítmica

A UTILIZAÇÃO DOS APARELHOS DA GINÁSTICA RÍTMICA NAS FANFARRAS DA CIDADE DE PETROLINA (PE):
UM ESTUDO PRELIMINAR
CAMPOS IRA, SA GR, MEDRADO JUNIOR JSM, MARQUES DS, GOULART NBA.
igor_ra_campos@yahoo.com.br Universidade Federal do Vale do São Francisco
Grupo de Pesquisa e Estudos em Ginásticas (GPEGIN-UNIVASF)

As fanfarras representam grupos culturais que desenvolvem apresentações artísticas competitivas e/ou demonstrativas
em caráter cívico. Nas coreografias das fanfarras são utilizados elementos do teatro, danças e das ginásticas rítmica (GR)
e artística, com intuito de enriquecer esteticamente a composição. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi identificar
os elementos dos aparelhos da GR utilizados em fanfarras da cidade de Petrolina (PE), bem como identificar os meios
utilizados para a aprendizagem dos movimentos, visto que a região não dispõe de ambientes que ofertem o ensino das
ginásticas. A amostra foi composta por quatro integrantes de fanfarras da região, sendo um Mór, dois Coreógrafos e uma
Baliza. O questionário era composto por ilustrações dos grupos fundamentais dos aparelhos de acordo com o código
internacional. Os participantes respondiam SIM ou NÃO quanto à presença dos elementos em suas coreografias, bem
como as formas utilizadas para aprendizagem. Foram identificados os seguintes elementos: Corda - série de saltitos,
escapadas, rotações; Bola - quicadas; rolamento no corpo e no solo, lançamento e recuperação; Arco- rolamento no
corpo e no solo; rotações ao redor de uma parte do corpo, lançamento e recuperação; Fita - serpentinas, espirais,
passagem por dentro do desenho, lançamento e recuperação; Maças- pequenos círculos; movimentos assimétricos;
pequenos lançamentos. As formas de aprendizagem citadas foram: vídeos de GR na internet, observação da coreografia
de outros grupos, treinos com os colegas e por conta própria. Este estudo identificou a presença de movimentos dos
aparelhos da GR na composição de fanfarras, ilustrando um exemplo de utilização não esportiva destes elementos.
Além disso, pode-se identificar outras formas de aprendizagem, além do ensino formal em escolinhas de ginástica,
como a utilização de vídeos na internet e o compartilhamento de experiências motoras entre colegas.

Palavras-chave: Elementos; Ginásticas; Coreografias; Nordeste.


094

OBSERVAÇÕES DAS DETERMINAÇÕES DO CÓDIGO DE PONTUAÇÃO


NA ESCOLHA DAS MUSICAS DE GINASTAS BRASILEIRAS DE GINÁSTICA RÍTMICA
OLIVEIRA MH, TOLEDO E, ANTUALPA KF, CARBINATTO MV.
matthenri0@gmail.com Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP
Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI-FCA-UNICAMP)

Desde 2013 o Código de Pontuação de Ginástica Rítmica determinou que as atletas da modalidade poderiam realizar
uma das quatro rotinas individuais e uma das rotinas do conjunto com músicas cantadas. A mudança motivou essa
pesquisa que objetivou diagnosticar se as ginastas da seleção brasileira de GR aderiram a essa mudança, e caso sim,
qual o perfil da música utilizada. Assim, realizou-se uma pesquisa documental a partir de imagens videográficas. A
amostra foi composta por todas as 4 séries de cada uma das 8 ginastas de GR selecionadas, 2 séries de conjunto adulto
e 2 séries de conjunto júnior, todas em 2014. A análise de dados foi quantitativa e qualitativa. Com relação ao perfil
das músicas cantadas utilizadas pelas ginastas, diagnosticou-se que: Natalia Gaudio com “Eu sei que vou te amar”;
Morgana Gmach com “Proud Mary”; Andressa Jardim com “Gas Gas”; Angélica Kvieczynski com “Magalenha”;
Emanuelle Lima com “Hurt”; Stephany Gonçalves com “Hotel Nacional”; Mayra Siñeriz com “Hips don’t lie”; e Ana
Paula Ribeiro não usou nenhuma música cantada em suas séries. No conjunto adulto, a equipe utilizou “Que nem
jiló”, no 10 maças. Por último, o conjunto júnior utilizou “Maria, Maria”, no 5 arcos. Concluiu-se que praticamente
todas as ginastas da prova individual (com exceção de uma) acolheram a mudança do Código, optando por uma série
com música cantada. E todos os conjuntos da seleção também seguiram essa mudança. Com relação ao perfil das
músicas, constatou-se que as ginastas brasileiras que competem no individual optaram por músicas mais conhecidas
internacionalmente, tornando a série mais atrativa para o público (e para árbitros) por causa do reconhecimento que a
própria música possui. Também houve uma prevalência de músicas internacionais em detrimento das nacionais, apesar
de toda a diversidade de estilos e ritmos musicais existentes no país (mesmo com reconhecimento internacional). Já
nos conjuntos concluiu-se que há uma maior valorização das músicas nacionais.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Música; Musicalidade; Imagens videograficas; Seleção brasileira; Apontamentos.

R.54 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

095

Comportamental: Ginástica Rítmica


FACILITAÇÃO E LUDICIDADE NA APRENDIZAGEM DA GINÁSTICA RÍTMICA
PINTO CA, BERGAMO A, ANDRADE SD.
angelfatalfury@hotmail.com Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade gímnica competitiva, orientada por um código de pontuação internacional
que, auxilia os atletas e treinadores quanto aos elementos e seus símbolos, assim como as exigências e valores.
Como uma modalidade individual ou em conjunto de até 5 ginastas, deve-se sempre ser muito bem elaborada pelos
movimentos complexos e graciosos da modalidade, sabendo disso, a importância da ludicidade ao ensinar e uma boa
relação aluno-professor são imprescindíveis para melhores resultados. No âmbito escolar a GR torna-se benvinda
pelo fator motivacional, introduzindo ambos os gêneros na modalidade, dando-lhes a chance de conhecerem e
praticarem uma modalidade que possa proporcionar estímulos distintos. Para isso, o propósito deste trabalho está
centrado na aprendizagem da GR e suas possíveis adaptações para facilitar o ensino. A coreografia foi proposta para
meninas de 7 a 11 anos, estudantes que não fazem parte de nenhum grupo de dança. Os ensaios foram realizados
durante a semana, totalizando 5, uma hora e meia por ensaio. A letra da música foi entregue impressa as integrantes
do grupo a fim de facilitar a aprendizagem. As integrantes demonstraram dificuldade em se organizarem quanto às
sequencias propostas, no elemento giro, e ao realizarem flexão lateral do tronco, porém, demonstraram interesse e
comprometimento. Concluímos ao final deste trabalho que exercitando a ludicidade e exercícios adequados para a
idade das integrantes, conseguimos observar um bom resultado e uma boa apresentação final.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Motivação; Aprendizagem.

096

QUEM QUER BRINCAR DE GINÁSTICA PÕE O DEDO AQUI QUE JÁ VAI FECHAR!
MARTINS IC, GAIO RC.
titaef1@hotmail.com Universidade Metodista de Piracicaba/SP
Práticas educativas e relações sociais no espaço escolar e não escolar - UNIMEP

Este trabalho é um relato decorrente da experiência das duas professoras/pesquisadoras no ensino de disciplinas
de formação inicial e continuada em Educação Física relativas aos temas abordados, ou seja, a ginástica e os jogos
e as brincadeiras. Nesse processo de ensino pode-se identificar nas proposições de práticas educativas realizadas
pelos discentes que havia dificuldade em elencar brincadeiras que permitissem a ampliação do repertório motor
observando as habilidades que se pretendia desenvolver. Tal condição era decorrente de não se observar as habilidades
mais praticadas pela maioria dos participantes durante a maior parte do jogo mas, ao contrário, ao se apresentar
o que se considerava era a habilidade que levasse ao objetivo final da brincadeira a qual, nem sempre, era a que
tinha maior possibilidade de desenvolvimento. Considerando tais aspectos, este trabalho teve enquanto objetivo
identificar as habilidades motoras fundamentais da Ginástica Rítmica e da Artísticas, presentes nas brincadeiras
tradicionais infantis. Para tal forma analisadas dez brincadeiras inter-relacionando às atividades as habilidades
motoras que possuíam maior possibilidade de desenvolvimento. Pretende-se com esta proposta contribuir ao
melhor entendimento das práticas educativas que considerem os jogos e brincadeiras enquanto estratégias para o
ensino das modalidades ginásticas na infância.

Palavras-chave: Brincadeiras tradicionais; Habilidades motoras; Práticas educativas; Criança; Ginástica rítmica.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.55
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

097
Comportamental: Ginástica Rítmica

EXPRESSÃO CORPORAL E COREOGRAFIA TEMÁTICA NA GINÁSTICA RÍTMICA:


COMO DESENVOLVER O TRABALHO COM ADOLESCENTES
NEVES MP, NUCCI TB, PAULINO M.
marcaumneves@gmail.com Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A expressão corporal é uma manifestação de sentimentos ou de sensações por meio de movimentos da máquina
chamada “corpo”. Ela engloba, portanto, sensibilidade e conscientização, marcadas por uma particularidade especial,
o que chamamos de estilo pessoal. Sendo assim, no campo da Ginástica Rítmica (GR), a expressão corporal,
que traz consigo o toque inerente de criatividade e graciosidade, é um elemento fundamental para as questões
técnicas e táticas da modalidade. Na GR, a relação esporte-estética está muito presente, já que a sutileza e beleza
da encenação artística é tão importante quanto a perfeição de movimentos do corpo e manipulação dos elementos
obrigatórios. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi elaborar uma coreografia temática com três adolescentes
de 15 e 16 anos de uma unidade educacional de Campinas, por consequência dotada de expressão corporal. O
presente trabalho buscou unir o conhecimento e consciência corporal de meninas já engajadas em atividades de
dança na escola e introduzí-las na Ginástica Rítmica, bem como tornar possível a execução de uma coreografia com
tema definido para este grupo. Dentre os desafios encontrados estava aliar a identidade corporal das dançarinas, de
forma a não tolher a individualidade e personalidade de cada uma. Para a execução da coreografia, foram realizados
ensaios semanais de uma hora, ao longo de dois meses. O grupo procurou mostrar às alunas a correta execução de
elementos da ginástica. E o manuseio da fita – aparelho escolhido ara compor a apresentação - de forma pedagógica
e cadenciada. O grupo notou que a introdução das alunas à Ginástica Rítmica foi bastante tranquila, muito por
conta do conhecimento técnico das estudantes com a dança e também a liberdade em aprender, já que estavam em
estágio de iniciação na ginástica. A questão temática foi abordada durante a coreografia com movimentos e gestos,
que definiram com êxito a proposta pré-definida.

Palavras-chave: Expressão corporal; Temática; Coreografia; Adolescentes; Dança; Ginástica rítmica.

R.56 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

098

Comportamental: Outros
GINÁSTICA: A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NAS TESES DE DOUTORADO
TANNÚS FMS, SIMÕES RR.
fernandamtannus@hotmail.com Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Corporeidade e Pedagogia do Movimento (NUCORPO)

Ginástica é o conhecimento mais antigo da área da Educação Física. Ao longo dos tempos apresentou valores,
crenças, objetivos e utilidades que foram se modificando e se adequando de acordo com as diferentes épocas e
culturas. Apesar disto, há poucos registros de como este tema vem sendo estudado e socializado. O objetivo do
trabalho é identificar, analisar e sistematizar a produção cientifica sobre Ginástica nas teses de doutorado nos últimos
quinze anos. Inicialmente fizemos um levantamento online no site da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior) e encontramos 1162 programas de doutorado, sendo que 11 continham teses sobre
o tema Ginástica. Nestes, foram encontradas 18 teses, sendo 13 na área da Educação Física, duas na Educação,
uma na Engenharia, uma na Psicologia e uma em Alimentos e Nutrição. A maior concentração está na região
Sudeste (11), seguida da região Sul (6) e Centro-Oeste (1). A partir da análise das produções, com base na Analise
de Conteúdo proposta por Moraes (1999), foram identificadas cinco unidades de análise: Ginástica da FIG (6);
Ginástica e formação profissional (6); Hidroginástica (3); Ginástica Laboral (2) e Ginástica na escola (1). Diante
dos resultados, concluímos que a Ginástica é uma área muito vasta, porém vem sendo pouco explorada nas teses
de doutorado. É necessária maior abordagem desta nas produções científicas, principalmente na área escolar, além
de ser necessária a descentralização destas produções. O estudo indica que a baixa produção do tema em nível de
doutorado pode comprometer a continuidade, a formação e a atuação profissional especificamente na Ginástica.

Palavras-chave: Pós-graduação; Tese; Doutorado; Ginástica.


Apoio: FAPEMIG

099

O ESTADO DA ARTE NAS DISSERTAÇÕES DE MESTRADO DA EDUCAÇÃO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA: O CASO DA GINÁSTICA
TANNÚS FMS, SIMÕES RR.
fernandamtannus@hotmail.com Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Corporeidade e Pedagogia do Movimento (NUCORPO)

O conhecimento científico se caracteriza por envolver uma atitude investigativa que busca revelar e compreender
fatos que ainda não são vistos claramente, enquanto que as produções acadêmicas são ferramentas utilizadas na
produção e disseminação do conhecimento científico. Considerando que a Ginástica, apesar de ser considerada
histórica na área da Educação Física, ainda tem pouca produção bibliográfica. A proposta do trabalho é apresentar
o estado da arte das dissertações de mestrado da área da Educação e da Educação Física entre 2000 e 2014, sobre
a Ginástica. Para o desenvolvimento da investigação foi feito um levantamento online no site da CAPES para
identificar os programas existentes. Foram encontrados 158 programas e nestes identificados 27 que possuíam
dissertações com o tema proposto. Na análise dos programas, verificamos que existiam 75 dissertações, sendo 60
da Educação Física e 15 da Educação, com maior concentração na região Sudeste-33, seguida da região Sul-31, a
CentroOeste-7 e regiões Nordeste e Norte com duas cada uma. Na análise de cada uma das dissertações, com base
em Moraes(1999), encontramos nove unidades de análise: Ginástica de competição-24; Ginástica na escola-12;
Ginástica de academia-11; Ginástica laboral-7; Ginástica nos cursos de Educação Física-5; História da ginástica-5;
Hidroginástica-4; Ginástica e qualidade de vida-4; Ginástica de demonstração-3. Diante dos resultados percebemos
que a Ginástica é uma área vasta, porém pouco explorada nas dissertações de mestrado, demonstrando que há
certa negligência com este tema. É essencial que ocorra uma mudança de paradigma da visão unicamente prática
para a produção científica e pedagógica, como também a descentralização. Concluímos que os programas de pós-
graduação ainda não se apropriaram de modo significativo da ginástica enquanto uma área do conhecimento com
múltiplas vertentes de estudo, e que talvez quando isto acontecer ela conseguirá maior abrangência, revertendo o
quadro aqui encontrado.

Palavras-chave: Pós-graduação; Dissertação; Mestrado; Ginástica.


Apoio: FAPEMIG

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.57-R.62 • R.57
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

100
Comportamental: Outros

TORNANDO POSSÍVEL A UNIÃO ENTRE AS MODALIDADES DA GINÁSTICA RÍTMICA E ARTÍSTICA


TORSANI AG, BESSA AR, SENOI JR, ANTUALPA KF.
andreatorsani@gmail.com Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade competitiva, praticada por mulheres e pode ser realizada individualmente
ou em conjunto. Os movimentos são realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo
dos aparelhos próprios (corda, o arco, a bola, as maças e a fita). A Ginástica Artística Feminina (GAF), assim como a GR,
é uma modalidade olímpica. É praticada individualmente, mas também tem competições por equipe, e é realizada em
aparelhos de grande porte (barras paralelas simétricas, trave de equilíbrio, salto sobre a mesa e solo). Ambas são pautadas
no inicio precoce, que visa além do desenvolvimento motor, o esportivo, social e psicológico. Nestas são trabalhados
os elementos corporais, capacidades físicas e os aspectos pedagógicos. Elaboramos uma coreografia que possibilite o
desenvolvimento da GR e GAF em conjunto, com a utilização do aparelho fita. De acordo com os elementos corporais
solicitados, teremos embasamento para construção da mesma. Aceitaram participar do presente trabalho sete ginastas
(GAF), com idade entre 8 e 17 anos, com aproximadamente de dois a seis anos de prática. Para a elaboração da coreografia
foram realizados quatro encontros, buscando apresentar os elementos que seriam utilizados, as particularidades sobre
as modalidades GAF e GR, e métodos de adaptação das mesmas, para a coreografia. Foi utilizado o aparelho fita e a
avaliação foi processual. Através desta, foi possível observar que após os encontros as ginastas se adaptaram ao aparelho,
e a alguns elementos específicos da GR (colaboração). O objetivo proposto foi alcançado, já que foi possível unir as duas
modalidades em uma coreografia, mesmo havendo um grau de dificuldade exigido no aparelho. Pode-se perceber que
existem algumas características comuns entre ambas, o que facilitou a adaptação das ginastas.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Ginástica artística; União; Coreografia.

101

FESTIVAL DE GINÁSTICA NO ENSINO SUPERIOR: AS PERCEPÇÕES DOS ACADÊMICOS


DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
AGOSTINI BR, ROCHA MT.
babedson@hotmail.com Centro Universitário Estácio FIC/CE
Grupo de Pesquisas do Centro de Treinamento de Ginástica Estácio FIC/CE

Nos programas curriculares dos cursos de licenciatura de Educação Física um dos conteúdos a ser abordado nas
disciplinas que envolvem as ginásticas esportivas são os conteúdos de Ginástica Para Todos (GPT. Foi realizada
uma pesquisa de campo, descritiva, exploratória, que teve como principal objetivo investigar como foi a percepção
dos acadêmicos em participar do III Festival de Ginástica Geral de uma IES de ensino superior. Participaram desta
pesquisa 130 acadêmicos, que responderam a um instrumento composto de 8 perguntas objetivas. Como resultados
identificamos que: apenas 20% dos participantes já haviam sido ginastas de outra modalidade regulamentada pela
FIG; 81,53% nunca haviam participado anteriormente de qualquer tipo de festival de GPT; 69,23% acharam a
experiência agradável e participariam novamente. Dentre os aspectos considerados mais interessantes dentro do
processo 32,30% disseram que a possibilidade de criar sequências/trechos coreográficos com sua identidade, 19,23%
destacaram a possibilidade de interação com os colegas; 9,23% as descobertas de suas potencialidades físicas e
psicológicas, 17,69% a descoberta de suas fragilidades físicas e psicológicas; 8,46% a possibilidade de liberdade
para a escolha de músicas, estilo musical e aparelhos e 13,07% a possibilidade de desenvolver sua criatividade.
Também 66,15% consideraram essa prática pedagógica essencial para sua formação; 35,38% afirmaram que os os
conteúdos da GG teriam influência direta em sua futura prática; 66,15% que o processo de elaboração coreográfica
e a apresentação proporcionaram maiores momentos de aprendizagem e superação e 94,61% afirmaram que
os acadêmicos, quando futuros professores consideram importante inserir este tipo de evento na escola no seu
planejamento. Portanto, desta forma concluímos que a participação dos acadêmicos nos Festivais de GG é uma
prática pedagógica inovadora, inclusiva e que proporciona a aprendizagem de diversas habilidades e competências

Palavras-chave: Ginástica para todos; Coreografia; Educação; Festivais.


Apoio: Estácio FIC/CE

R.58 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.57-R.62
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

102

Comportamental: Outros
ATIVIDADES GÍMNICAS: UMA PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO
E DINÂMICO EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS
MINCIOTTI AN.
alessandranm@yahoo.com.br Universidade Municipal de São Caetano do Sul

A infância é o período no qual a criança está se desenvolvendo em todas as dimensões, seja motora, física, afetiva,
social ou cognitiva. A qualidade das experiências vivenciadas pelas crianças determinará, em certa medida, o adulto
no qual ela se tornará. Tendo em vista os múltiplos fatores que podem interferir no desempenho motor da vida
diária em crianças, este estudo objetiva verificar a influência da prática de atividades gímnicas no desenvolvimento
do equilíbrio estático e dinâmico em crianças de 4 a 6 anos. Foram avaliadas 14 crianças de ambos os gêneros alunos
da Escola de Iniciação Gímnica (USCS). Após a avaliação inicial, com base no protocolo de testes de equilíbrio
estático e dinâmico desenvolvido por Lefevre, as crianças realizaram a prática gímnica duas vezes por semana com
uma hora de duração por três meses. Para cada teste observou-se o sucesso ou insucesso comparando-se as duas
avaliações. A taxa inicial de sucessos nos testes de equilíbrio foi de 59% em todas as idades e gêneros, inferior ao
padrão de 75%. Os resultados preliminares evidenciaram que as crianças ingressantes necessitariam de uma maior
intervenção do professor. Após três meses de prática gímnica, com a reavaliação, observamos que a taxa de sucessos
foi de 92%. Os resultados da reavaliação evidenciaram que a intervenção do professor foi bastante eficaz, pois
quando comparamos a avaliação dos alunos ingressantes com a reavaliação, houve um expressivo aumento no valor
do percentual dos testes, independente das crianças terem alcançado o patamar de 75%, elas na sua grande maioria,
estão bem acima do proposto, demonstrando efetivo trabalho formativo pedagógico. As diferentes experiências na
infância possuem um papel de grande importância. É nela que por meio de vivências e execuções de movimentos
diversos, a criança conhecerá a limitação do seu próprio corpo.

Palavras-chave: Ginástica; Criança; Desenvolvimento Motor; Intervenção.

103

ANÁLISE DO OFERECIMENTO DAS MODALIDADES GINÁSTICA ARTÍSTICA


E GINÁSTICA RÍTMICA NA CIDADE DE CAMPINAS - SP
SOARES DB, FALASCHI TV, PATRÍCIO TL, MENEGALDO FR.
danibsoares@hotmail.com UNICAMP
Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG-UNICAMP)

Os clubes possuem importante papel no cenário esportivo nacional, principalmente quando pensamos nas
modalidades gímnicas, uma vez que são instituições historicamente tradicionais tanto para o início como para o
desenvolvimento esportivo, atuando na divulgação e na formação de atletas. Assim, se revelam como um setor
de importância expressiva para a prática da Ginástica Artística (GA) e Ginástica Rítmica (GR). Desta forma, esta
pesquisa teve como objetivo investigar a quantidade de clubes da cidade de Campinas-SP que oferecem GA e
GR, a fim de conhecer a oferta de aulas disponíveis. Para isso, utilizamos o Método Estatístico, que nos permite
comprovar as relações dos fenômenos entre si e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado.
Foi realizada uma pesquisa de campo a partir de contato telefônico com a Secretaria de Esporte ou Secretaria Geral
dos 25 clubes afiliados a Associação dos Clubes de Campinas e Região (APESEC). Nos casos em que o contato
telefônico não foi possível por falta de atendimento, houve a consulta do site oficial da instituição. Em 1 caso, não
houveram informações disponíveis. Os resultados mostraram que apenas 7 clubes oferecem a modalidade GA
(29,16%), 3 clubes oferecem GR (12,5%), e apenas 3 (12,5%) oferecem as duas disciplinas. Em contraponto a estes
resultados, indicamos que 17 clubes (70,83%) afirmaram oferecer outras modalidades ginásticas, sendo presentes em
15 deles as “ginásticas de academia”. Estes dados indicam que as modalidades GA e GR mostram-se, atualmente,
enfraquecidas do ponto de vista do oferecimento dessas modalidades pelos clubes, que em outro momento foram
os grandes responsáveis pela disseminação dessas práticas em cenário municipal, o que retrata um frágil quadro
de desenvolvimento da ginástica nestes ambientes.

Palavras-chave: Clube; Esporte; Formação; Difusão.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.57-R.62 • R.59
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

104
Comportamental: Outros

UNESP - UNICAMP - USP: A PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE GINÁSTICA ARTÍSTICA


E RÍTMICA DE COMPETIÇÃO NA PÓS-GRADUAÇÃO
LIMA LBQ, MURBACH MA, BORTOLETO MAC, NUNOMURA M, SCHIAVON LM.
leticia_queiroz@hotmail.com UNESP
Grupo de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica (GEPPEGIN-UNESP)

A presente pesquisa teve como objetivo mapear as produções acadêmicas dos Programas de Pós-graduação em Educação
Física (EF) das três universidades estaduais paulistas: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), referentes à Ginástica Artística (GA) e à
Ginástica Rítmica (GR), com foco no contexto competitivo dessas modalidades. As instituições referidas estão entre as mais
importantes instituições de ensino, pesquisa e extensão do Brasil e do mundo, segundo diferentes parâmetros de avaliação. A
pós-graduação stricto sensu em Educação Física no Brasil teve seu primeiro programa nos níveis de mestrado e doutorado
implantados na USP em 1977/1989 respectivamente, em 1988/1993 na Unicamp, seguida da Unesp em 1991/2001. Por
meio de uma pesquisa documental, foram analisadas as teses e dissertações concluídas desde o início dos referidos pro-
gramas até 2014. Foram utilizadas duas bases de dados: 1- Bibliotecas Virtuais das três universidades; 2- Plataforma Lattes
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para análise dos currículos dos docentes
de Ginástica das referidas universidades. Vinte e quatro trabalhos enquadraram-se nos critérios estabelecidos e foram
classificados em “especialização esportiva”, “iniciação esportiva” ou “ambos”. Em sua vertente competitiva, produções
relacionadas à modalidade GA (58,3%) foram superiores à GR (41,6%). Observou-se a predominância de trabalhos na
vertente da especialização esportiva, com 66,6% (10 de GA e 6 de GR), 16,6% de iniciação esportiva e 16,6% de ambos (2
de GA e 2 de GR cada). Passados 38 anos desde o primeiro curso de pós-graduação stricto sensu em EF das três univer-
sidades nota-se um considerável número de produções no campo de Ginástica, porém um número reduzido em relação
ao contexto competitivo da GA e da GR, principalmente no que se refere à fase de iniciação esportiva nas modalidades.

Palavras-chave: Ginástica; Pesquisa; Ensino superior; Universidade.


105

A ABORDAGEM DO CONHECIMENTO GINÁSTICA NOS CURSOS DE BACHARELADO


EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA CIDADE DE VITÓRIA/ES
SILVA PCC, DIAS FS.
letpau13@gmail.com Centro de Educação Física e Desportos - Universidade Federal do Espírito Santo
Laboratório de Ginástica (LABGIN)

Este trabalho teve como objetivo investigar quais os saberes gímnicos (Barbosa-Rinaldi; Souza, 2008) são abordados
nas disciplinas que tratam da ginástica, nos cursos de Bacharelado, dos Institutos de Ensino Superior (IES), da cidade de
Vitória/ES, e averiguar se esses saberes são apreendidos pelos estudantes de Educação Física. A pesquisa foi realizada em
duas IES e, metodologicamente, foi organizada com a análise dos planos de aulas das disciplinas que tratam da ginástica e
a aplicação de um questionário estruturado para os alunos dos últimos anos da formação inicial. Participaram deste estudo
51 estudantes. Como resultados da análise documental e dos questionários respondidos foram gerados gráficos para a
comparação do que foi encontrado nos planos de aulas e nos questionários de cada disciplina, separadas por IES. Como
resultados preliminares temos alguns dados a serem apresentados, uma vez que a pesquisa está em fase de finalização.
Pudemos encontrar 3 disciplinas oferecidas aos graduandos pela IE 1, dessas 2 são obrigatórias e 1 é optativa. Analisando os
dados tivemos o total de 10 saberes contemplados no cruzamento da análise documental com os questionários obtendo-se
o percentual acima de 70% apontados em ambos gráficos. Todos esses saberes demonstram coerência com a proposta de
formação inicial para se trabalhar com a ginástica, no campo de atuação do Bacharel em Educação Física, como por exemplo:
conhecimentos técnicos (normas de segurança, especificidade dos movimentos, processos pedagógicos) das modalidades
gímnicas. Na IE 2 são oferecidas 2 disciplinas de caráter obrigatório e foi obtido o total de 7 saberes contemplados com
percentual acima de 70%. Nesse caso, vemos um índice menor de conhecimentos estudados, porém deve-se levar em
consideração que esse curso tem uma disciplina a menos na grade curricular. Ainda temos pela frente o aprofundamento
da análise dos dados e a discussão teórica dos resultados, com base na produção acadêmica sobre o tema.

Palavras-chave: Educação física; Ginástica; Ginástica e formação inicial; Formação de docentes em educação física,
Apoio: PPG/UFES

R.60 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.57-R.62
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

106

Comportamental: Outros
AS GINÁSTICAS DE COMPETIÇÃO NO PROGRAMA DE EXTENSÃO LABGIN
SILVA YTG, NEVES LNS, SOUZA APD, IYAMA RS, SILVA PCC, OLIVEIRA MS.
yan.t.gal@hotmail.com Universidade Federal do Espírito Santo

Desde o ano de 2010, o Programa de Extensão “Laboratório de Ginástica - LABGIN”, alocado no Centro de
Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), tem como propósito
atender a comunidade universitária e do seu entorno por meio de atividades esportivas e de lazer relacionadas à
prática da Ginástica. Atualmente, o Programa abarca dois projetos, os quais: Escolinha de Iniciação à Ginástica e
Grupo Ginástico LABGIN. Um dos principais objetivos do Programa LABGIN é oferecer, para além das aulas
curriculares obrigatórias e optativas, vivências de ensino-aprendizado da Ginástica nos cursos de formação inicial
em Educação Física do CEFD/UFES. Concomitantemente, primamos atender a comunidade por meio de aulas
gratuitas de iniciação à Ginástica, em suas distintas manifestações, contemplando as ginásticas de competição e
de demonstração. Nesse contexto, as ginásticas competitivas são desenvolvidas dentro da perspectiva formativa
sob a base filosófica de FUN, FITNESS, FUNDAMENTALS e FRIENDSHIP. Trata-se de uma abordagem que
contempla jogos e brincadeiras com ênfase nos componentes físicos e técnicos que irão subsidiar o ensino dos
elementos característicos dessas modalidades. Nas aulas, temos como premissa o estabelecimento de um ambiente
motivador e cooperativo no qual valorizamos tanto a individualidade da criança quanto do grupo como um
todo. Consideramos que a organização das aulas, em um ambiente prazeroso com ênfase nos padrões básicos de
movimento, permite que os alunos, sejam eles habilidosos ou não, desenvolvam as suas potencialidades nos fatores
relativos ao seu condicionamento físico, aspectos técnicos, artísticos e atitudinais. Destacamos que as cobranças
no que se refere à precisão técnica e perfeição dos movimentos são relativizadas, pois o foco está em oportunizar
uma grande diversidade de experiências motoras sem esquecer os aspectos que concernem à segurança.

Palavras-chave: Formação inicial; Extensão universitária; Fundamentos da ginástica.


Apoio: Pró-Reitoria de Extensão UFES

107

GYMNUSP: ESCOLA DE GINÁSTICA


BAHU LZ, YAMAGUTI EY, SILVA PP, CARBINATTO MV.
yujiyamaguti@usp.br USP
Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

Ao longo da história, o termo “ginástica” foi utilizado como referência a todo tipo de exercício físico e seus objetivos
variavam entre o utilitarismo, a sobrevivência, as lutas armadas, a saúde, desenvolvimento da moral, a estética e a
educação. Com a criação da Federação Internacional de Ginástica (FIG), órgão que controla e regula as principais
manifestações da ginástica em seu viés esportivo, as modalidades adquiriram notório status na sociedade. Neste
trabalho, objetivamos apresentar nossa experiência no Projeto de Cultura e Extensão da Escola de Educação Física
e Esporte da USP intitulado “GYMNUSP: Escola de Ginástica”. Pautado nos ensinamentos do FIG Academy
“Foundations of Gymnastics”, o Projeto atende crianças de 6 a 12 anos em um encontro semanal com duração
de uma hora e quinze minutos, no qual se prioriza a vivência de forma lúdica e divertida de elementos ginásticos
com ou sem aparelhos de pequeno e grande porte. O praticante realiza uma ampla variedade de movimentos, em
diversas situações, como elevações, voos, suspensões, rotações e inversões, além da interação com objetos, materiais.
Essa rica experiência aumenta o repertório motor da criança, auxiliando-a em situações cotidianas e até mesmo na
prática outras modalidades esportivas. Não obstante, duas alunas de graduação atuam como monitoras e, assim,
são incentivadas a proporem atividades e discutirem situações de aulas práticas. O Projeto pode ser considerado
gerador de conhecimento e experiências importantes para a formação de futuros treinadores e professores na área,
pois permite compreender a base comum de todas as modalidades de ginástica consolidadas e organizadas pela
FIG, dentre elas a ginástica artística e rítmica.

Palavras-chave: Ginástica; Esporte; Fundamentos das ginástica; Extensão universitária.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.57-R.62 • R.61
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

108
Comportamental: Outros

INFLUÊNCIA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA E RÍTMICA NAS COREOGRAFIAS DE GINÁSTICA


PARA TODOS DO V FESTIVAL GYMBRASIL
SCARABELIM MLA, TOLEDO E, CARBINATTO MV.
marialeticiascarabelim@gmail.com UNICAMP
LAPEGI-GYMNUSP
Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

A Ginástica para Todos (GPT) é uma modalidade reconhecida pela Federação Internacional de Ginástica e intenta
divulgar e permitir a prática das manifestações ginásticas a diferentes pessoas e sob diferentes fins- competitivo, lazer,
dentre outros. Uma das formas de sua manifestação se dá pela composição de coreografias que são apresentadas,
geralmente, em festivais. No Brasil, a Confederação Brasileira de Ginástica organiza um festival de GPT, chamado
GymBrasil. O objetivo deste trabalho foi analisar as coreografias apresentadas na última edição do GymBrasil e
observar as influências das modalidades de GA e GR. Por meio da pesquisa documental, com análise videográfica,
observamos 27 coreografias de 15 grupos de diferentes regiões do país. Os dados foram analisados numa abordagem
quantitativa, focando-se a frequência e tipologia de elementos característicos da GA e da GR. Diagnosticou-se que há
uma grande incidência dos elementos acrobáticos (de menor complexidade), realizados tanto da GR como na GA,
como estrelas (em 20 coreografias), e parada de mãos (10 coreografias). Há acrobacias com maior complexidade,
como reversões para frente (14 coreografias), reversões para trás (9 coreografias), flics (9 coreografias), rodantes (8
coreografias), estrela sem mãos (3 coreografias), mais característicos da GA. Também detectamos elementos que podem
ser relacionados à GA e à GR, como os saltos grupados (4 coreografias) e estendidos (2 coreografia), saltos jeté (5
coreografias), giros (5 coreografias), rolamentos para frente (15 coreografias), rolamentos para trás (6 coreografias) e
equilíbrios (12 coreografias). Especificamente em relação à GR, identificamos o manejo de aparelhos oficiais, como
fitas (5 coreografias), arcos (4 coreografias) e cordas (1 coreografia), e as colaborações (características das provas de
conjunto da GR) também muito presentes (15 coreografias). Observamos influência significativa dos elementos da
GA e GR nas composições.

Palavras-chave: Ginástica para todos; Ginástica artística; Ginástica rítmica.

R.62 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.57-R.62
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Autor, número do resumo, paginação

Índice de Autores dos Resumos


AGOSTINI BR. 37, 38, 101 R24, R58
AGUIAR AF. 41 R26
ALEIXO IMS. 22, 49 R15, R32
ALVES MP. 47 R31
ANDRADE M. 30 R19
ANDRADE SD. 95 R55
ANDRADE TVC. 47 R31
ANDRADE WB. 41 R26
ANTUALPA KF. 17, 79, 82, 84, 85, 92, 94, 100 R11, R47, R48, R49, R50, R53, R54, R58
ANTUNES MB. 89 R52
ARANTES JP. 78 R46
ARAÚJO HM. 9 R5

BADARÓ R. 71 R43
BAHU LZ. 107 R61
BARA FILHO MG. 35 R23
BARAZETTI L. 41 R26
BARBOSA DA SILVA S. 4 R2
BARROS TES. 55, 56 R35
BELLOTTO ML. 70, 71 R42, R43
BENDA RN. 48 R31
BENELI LM. 46 R30
BERGAMO A. 95 R55
BESSA AR. 100 R58
BESSI F. 25 R16
BONATI IL. 80 R47
BONETTI A. 20 R12
BORTOLETO MAC. 57, 62, 104 R36, R38, R60
BRAGA FH. 80 R47
BRANDALISE S. 53 R34
BRASIL VZ. 55, 56 R35
BRITO WS. 48 R31
BROLESI ML. 90 R52

CAJUEIRO MOB. 66 R39


CALEJON LF. 92 R53
CAMPOS IRA. 93 R54
CARBINATTO MV. 58, 59, 60, 84, 94, 107, 108 R36, R37, R49, R54, R61, R62
CARDOSO EA. 79 R47
CAROLINI K. 82 R48
CARRARA P. 13, 30 R7, R19
CARVALHO BLP. 64 R39
CARVALHO PHC. 50, 51 R32, R33
CASTRO BS. 44 R29
CAVALHIERI ACM. 65 R39

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68 • R.63
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Autor, número do resumo, paginação


Índice de Autores dos Resumos

COELHO A. 81 R48
CONTI BC. 55, 56 R35
COSTA AR. 43, 80 R29, R47
COSTA CR. 39, 73, 87, 88, 89 R25, R44, R51, R52
COSTA VR. 52 R33
COSTA VT. 72 R43
COSTA YL. 92 R53

DAL NEGRO L. 74 R44


DEBIEN JBP. 72 R43
DEBIEN PB. 35, 72 R23, R43
DEUTSCH S. 91 R53
DIAS FS. 105 R60
DICK TR. 6, 7 R3, R4

ELIAS RMG. 32 R21

FALASCHI TV. 103 R59


FANTINATO RM. 45 R30
FARIAS GO. 67 R41
FELIX MTLR. 76, 77 R45, R46
FERRANTE AS. 17 R11
FERREIRA LP. 48 R31
FERREIRA MEC. 50, 51 R32, R33
FERREIRA MR. 21 R13
FERREIRA RM. 72 R43
FINCO M. 53, 54 R34
FLOR K. 43 R29
FRANCISCHI VG. 11 R6
FREIRE IA. 68, 69 R41, R42
FREITAS CLR. 20 R12
FREITAS FB. 79 R47

GAIO RC. 40, 96 R25, R55


GIRARDI R. 53 R34
GODA C. 55, 56 R35
GODTSFRIEDT J. 55, 56 R35
GOMES MA. 12 R6
GOULART NBA. 23, 24, 93 R15, R16, R54
GUERRA N. 53 R34
GUIMARÃES LM. 21 R13
GUIOTI TT. 12 R6

HEUER S. 29 R18

R.64 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68
Autor, número do resumo

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Autor, número do resumo, paginação

Índice de Autores dos Resumos


IYAMA RS. 106 R61

JULIO E. 82 R48

KRAESKI AC. 67 R41


KRETICOSKI JS. 80 R47
KUHN F. 55, 56 R35

LIMA CLL. 16 R10


LIMA LBQ. 26, 104 R17, R60
LIMA LR. 45 R30
LINK A. 23, 24 R15, R16
LLUCH AC. 20 R12
LOPES P. 63 R39
LOUREIRO VAFB. 20 R12
LOURENÇO MRA. 39, 41, 75, 90 R25, R26, R45, R52
LUNARDI M. 23, 24 R15, R16
LUZ LSM. 82 R48

MACAMO AJ. 20 R12


MARINHO NFS. 48 R31
MARQUES DS. 93 R54
MARRONI PCT. 32 R21
MARTINS C. 47 R31
MARTINS FS. 70 R42
MARTINS GA. 60 R37
MARTINS IC. 96 R55
MARTINS JL. 21 R13
MARTINS MQ. 11 R6
MASCARIN M. 30 R19
MASSARO I. 42 R27
MEDRADO JUNIOR JSM. 93 R54
MEIRELES JFF. 50, 51 R32, R33
MELO MO. 23, 24 R15, R16
MELO R. 85 R50
MENEGALDO FR. 103 R59
MESQUITA RM. 15, 16 R9, R10
MILOSKI B. 35 R23
MINCIOTTI AN. 83, 102 R49, R59
MIRANDA ACM. 73, 87, 88, 89 R45, R51, R52
MIRANDA RCF. 45 R30
MOCHIZUKI L. 30 R19
MOLINARI CI. 9, 10, 19 R5, R12
MONTAGNER PC. 46 R30
MORAIS FR. 78 R46

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68 • R.65
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Autor, número do resumo, paginação


Índice de Autores dos Resumos

MULLER J. 43 R29
MURBACH MA. 26, 104 R17, R60

NAKASONE M. 1 R1
NEVES CM. 50, 51 R32, R33
NEVES LNS. 106 R61
NEVES MP. 97 R56
NEVES SAF. 44 R29
NOGUEIRA RD. 27 R17
NORONHA I. 82 R48
NUCCI TB. 97 R56
NUNES MO. 45 R30
NUNOMURA M. 9, 10, 52, 63, 104 R5, R33, R39, R60

OLIVA JC. 23 R15


OLIVEIRA JC. 68, 69 R41, R42
OLIVEIRA MA. 28 R18
OLIVEIRA MH. 94 R54
OLIVEIRA MS. 28, 63, 106 R18, R39, R61
OLIVEIRA VS. 40 R25
OTSUKA MM. 6, 7 R3, R4

PAIATO I. 85 R50
PALOMARES BRA. 76, 77 R45, R46
PATRÍCIO TL. 103 R59
PAULINO M. 97 R56
PAZ B. 14, 18, 75, 90 R9, R11, R45, R52
PAZ JRL. 14, 18 R9, R11
PELLOSO SM. 89 R52
PEREZ CR. 2 R1
PINTO CA. 95 R55
PIRES AF. 73, 87 R44, R51
PIRES V. 14, 18 R9, R11
PIZZOL V. 42 R27
POLLI T. 53 R34
PRATA AC. 71 R43

QUINTILIO NK. 2 R1

RAMOS RA. 22 R15


RAMOS V. 55, 56 R35
RESENDE FF. 45 R30
RIBEIRO ER. 20 R12
RINALDI IPB. 39 R25
RIOS N. 85 R50

R.66 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Autor, número do resumo, paginação

Índice de Autores dos Resumos


ROCHA MT. 101 R58
ROSA JP. 14 R9
ROSINA D. 3 R2
ROTTA CV. 74 R44
RUBIO K. 3 R2
RUIZ V. 61 R38

SA GR. 93 R54
SAAVEDRA FJF. 34 R22
SALAMUNES ACC. 31, 36, 74 R21, R23, R44
SALIM JLH. 83 R49
SAMPAIO CM. 5 R3
SAMPAIO GBS. 67 R41
SANCHEZ V. 80 R47
SANTANA WF. 58, 59 R38
SANTOS CB. 70 R42
SANTOS D. 81 R48
SANTOS FCP. 27, 44 R17, R29
SANTOS LF. 33 R22
SCARABELIM MLA. 108 R62
SCHIAVON LM. 26, 104 R17, R60
SCHMITT NT. 68, 69 R41, R42
SCHWARTZ GM. 86 R50
SEMIONATTO AF. 64 R39
SENOI JR. 100 R58
SIERRA MF. 46 R30
SILVA AO. 44 R29
SILVA CB. 81 R48
SILVA DO. 87 R51
SILVA DS. 40 R25
SILVA GRS. 70 R42
SILVA KA. 88 R51
SILVA LJ. 79 R47
SILVA NNO. 91 R53
SILVA PCC. 105, 106 R60, R61
SILVA PCR. 48 R31
SILVA PP. 58, 59, 60, 107 R36, R37, R61
SILVA YTG. 106, R61
SIMÕES RR. 98, 99 R57
SIQUEIRA TL. 62 R38
SOARES DB. 64, 103 R39, R59
SOARES SRB. 91 R53
SORDI ICE. 57 R36
SOUZA APD. 106, R61
SOUZA JR. 55, 56 R35

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68 • R.67
IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Autor, número do resumo, paginação


Índice de Autores dos Resumos

SOUZA V. 71 R43
SPALATO ACF. 84 R49
STADNIK AMW. 31, 36, 74 R21, R23, R44
SUSUKI F. 40 R25

TANNÚS FMS. 98, 99 R57


TAVARES ET. 29 R18
TEIXEIRA MC. 8 R4
TIBALDI J. 80 R47
TIBEAU CP. 16 R10
TOLEDO E. 12, 42, 61, 84, 94, 108 R6, R.27, R38, R49, R54, R62
TORRES J. 82, R48
TORSANI AG. 100 R58
TOURINHO EK. 68, 69 R41, R42
TREVISAN PRTC. 86 R50
TSUKAMOTO MHC. 65 R39
TUCUNDUVA BBP. 19 R12

ULBRICHT L. 74 R44

VARGAS C. 53 R34
VAZ MA. 23 R15
VIANA LVR. 49 R32
VIEIRA G. 30 R19

YAMAGUTI EY. 107 R61


YAMAMURA RAMH. 32 R21

ZANINI D. 34 R22
ZIMMERMANN MA. 5 R3

R.68 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68

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