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Proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por qualquer meio ou sistema, sem o
prévio consentimento dos seus organizadores.
C749 Congresso Internacional dos Jogos Desportivos (5. : 2015 : Belo Horizonte,
a MG)
1202p.
ISBN: 978-85-61537-23-4
Inclui bibliografia.
CDU:796
Ficha catalográfica elaborada pela equipe de bibliotecários da Biblioteca da Escola de Educação Física,
Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais.
SOBRE OS ORGANIZADORES
Reitor
Prof. Dr. Jaime Arturo Ramírez
Vice-Reitora
Profa. Dra. Sandra Regina Goulart Almeida
REVISORES
Prof. Dr. Fernado Vitor Lima
Prof. Dr. Israel Teoldo da Costa
Prof. Dr. Amandio Graça
Profa. Ms. Schelyne Ribas Silva
Prof. Ms. Henrique de Oliveira Castro
Profa. Dra. Lenamar Fiorese
Prof. Dr. Rodolfo Novelino Benda
Prof. Dr. Samuel Penna Wanner
Prof. Dr. Varley Teoldo da Costa
Prof. Dr. Bruno Pena Couto
Prof. Dr. Fernando Tavares
Prof. Dr. Julio Garganta da Silva
Prof. Dr. Guilherme Lage
Prof. Dr. Gustavo Peixoto
Prof. Dr. Hans-Joachim Menzel
Profa. Dra. Layla Maria Campos Aburachid
Profa. Dra. Siomara Silva
Profa. Dra. Mariana Calábria Lopes
Prof. Ms. Gibson Moreira Praça
COLABORADORES
Prof. Ms. Marcelo Vilhena Silva
Prof. Dr. Cristino Julio Alves da Silva Matias
Fabiola de Araujo Cabral
Karen Cristine Rodrigues Alves
Victor Alberice de Oliveira Rodrigues
Frederico Gonçalves Constantino
Pedro Emilio Drumond Moreira
Raphael Brito e Sousa
Jorge Victor de Oliveira Silva
Raíssa Romão de Araújo
Ana Flávia D’Almeida Silva
Lucas de Castro Ribeiro
Kennya Borges Santos
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Introdução
O Ensino dos jogos desportivos coletivos tem diversas estruturas e perspectivas que
buscam de diversas formas um objetivo comum que é o ensino-aprendizagem- treinamento
das suas diversas modalidades esportivas.
O esporte atual, em nossa sociedade, oportuniza de forma cada vez mais abrangente
que as pessoas tenham a possibilidade de buscar nestas práticas a condição de
desenvolver e trabalhar atividades nos seus mais diversos objetivos seja ele como lazer ou
competição, conseqüentemente esta universalização vem aumentando o número de
praticantes nas diversas modalidades presente no nosso dia a dia (GRECO, 1998).
Neste contexto temos diversos processos de ensino, vivências, aprendizagem e
treinamentos esportivos. Segundo Santana (2005) a evolução do esporte não oportuniza
mais a prática simplista e reducionista das diversas possibilidades, tanto na iniciação
quanto no treinamento das modalidades.
O que não se apresenta diferente na estrutura e formação do ensino-aprendizagem-
treinamento, em uma das suas modalidades que neste caso é o Handebol. Prática comum
nas instituições de ensino e clubes com competições em diversas categorias desde a
escola até campeonatos mundiais ou Jogos Olímpicos (VIEIRA, 2011).
Nesta apresentação pretende-se abordar a formação de atletas da base do handebol
até e sua construção e a formação técnica, tática, física, psicológica e social para uma
possibilidade de participação de competições internacionais. Desde o praticante escolar da
modalidade passando pela sua formação como atleta e a possibilidade de participação em
selecionado nacional.
Para tanto é necessário propiciar aos alunos/atletas o conhecimento do esporte em
suas diferentes perspectivas e estimular nestes o gosto pela prática da modalidade bem
como sua formação plena como pessoa humana.
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aprendizagem motora e paralelamente devemos saber como melhor executar estas para
se chegar ao objetivo final, ou seja, a conquista do ponto onde temos a aprendizagem tática
(GARGANTA, 1995).
Estas características oportunizam o entendimento da forma do jogo onde na
aprendizagem/treinamento se baseiam no “como fazer” características de exercícios para
desenvolver as técnicas e as habilidades no handebol e “o que fazer e quando fazer” que
são atividades que desenvolvem as características táticas de resoluções de situações de
jogo.
Características treinamento
Estruturas do treinamento
Nas práticas, na formação esportiva dos atletas, devemos ter em mente sempre a
formação do jogador como pessoa e sua construção motora e cognitiva, pois do contrário
teremos um jogador ou um pessoa incompleta. Nesta formação, que é uma formação
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Conclusão
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Referências
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A primeira questão que queria colocar na discussão é qual o tipo de aluno que está
na escola hoje? Uma geração de crianças e jovens que cada vez mais estão sem um
repertorio motor amplo, faltam lhes espaços e as oportunidades estão ligadas a momentos
formais de aprendizado, mas com uma capacidade de acumular de acessar informações
nas mais diversas áreas. Alunos que muitas vezes são experts e táticas e estratégias no
ambiente virtual, mas não conseguem perceber e tomar decisões nas quadras. Como
ensinar essa geração, a geração Z, os nativos digitais?
O Colégio entende a Educação Física como área de conhecimento e por isso
optamos pelo estudo das práticas corporais produzidas pelos seres humanos ao longo de
sua história cultural, estamos reafirmando a cultura como um conceito importante nesta
proposta. Eleger a cultura como um conceito essencial não exclui pensar e considerar que
compartilhamos um patrimônio biológico universal, que faz com que todos nós sejamos
membros da mesma espécie.
Essa escolha influencia no ensino do esporte pois nos leva a ensinar tudo que é
relativo a esse tema em seus conteúdos atitudinais, procedimentais e conceituais.
O Basquetebol, nesse contexto, nos fez organizar seus conhecimentos nesses três
níveis. Na área conceitual estudamos sua origem e história, regras, táticas, grandes nomes
nacionais e internacionais e as relações de consumo e mídia e etc. Nos conteúdos
atitudinais valores éticos e morais relativos ao jogo, as relações interpessoais e ou
autoconhecimento. Na parte procedimental procuramos trabalhar os aspectos técnicos-
táticos a partir de uma concepção das publicações dos livros Iniciação esportiva universal
(IEU) (Greco, 1998) e Escola da bola (EB) (Kroger, Roth, 2005).
A primeira questão e problema é como trabalhar um método de viés
desenvolvimentista dentro de uma proposta da cultura corporal do movimento. Entendemos
que os métodos são ferramentas para atingir nossos objetivos por isso a escolha do IEU e
EB. Não como métodos únicos, mas com o objetivo de os alunos desenvolverem a
capacidade de jogo, aprenderem as técnicas e táticas do esporte.
Com essa visão escolhemos iniciar o trabalho escolhendo quais capacidades
básicas de jogo iriam em cada série.
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A partir do 6º ano até o 9º ano partimos das estruturas funcionais para o ensino da
técnica e tática pensando quais fundamentos técnicos e quais os conhecimentos táticos
são necessários para jogas em tais situações. Como exemplo no 6º ano iniciamos as
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estruturas 1x1+1, 1x1 e 1x0. Quais técnicas e que percepções táticas são necessárias para
o aluno jogar.
Levantamos algumas dificuldades e dúvidas que vem alimentando discussões e a
atualização dessa proposta. Essas questões são:
O que é essencial para o aluno aprender?
O tempo disponível para esses objetivos se tornou insuficiente. Qual a melhor maneira de
potencializar o aprendizado?
Como planejar aulas que contemplem os objetivos e conhecimentos de cada série e
esporte?
Como pensar um método que atenda toda demanda da educação física escolar?
O objetivo das equipes esportivas da nossa escola é que o esporte seja um meio
educativo norteado pelos seguintes princípios: aprendizagem, autonomia, cooperação,
disciplina, ética, integração, participação, respeito, solidariedade e superação.
A missão dessas equipes é contribuir com a formação integral dos alunos através do
esporte competitivo.
Participamos de competições escolares e com clubes, mas não temos como objetivo
principal a formação de atletas.
A equipe sub 12 tem em torno de 30 atletas, de 10,11 e 12 anos. São todos alunos
do colégio e na grande maioria o único contato com o Basquetebol são as aulas de
educação física.
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Habilidades técnicas e controle do corpo são atividades com e sem bola que visam
um aumento do repertório motor. Corridas variadas, trabalhos com bolas de diferentes
tamanhos e pesos e outras atividades afins.
Drible.
Arremessos (parado Perceber local na quadra.
1x0 e bandeja).
Perceber Distancia da cesta.
Giros (pé de apoio).
Tripla ameaça.
Desmarcar-se.
Passe. Perceber no momento de se desmarcar, se recebe a
bola dentro ou fora do garrafão.
1 x 1+1 Corte em direção a
cesta.
Utilizar superioridade numérica.
Posição de defesa
sem bola.
Perceber momento do passe (assistência).
Passe com finta.
2x1
Bloqueio. Compreender momento de usar finta defensiva.
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O modelo proposto ele foi elaborado para ser utilizado dentro da nossa escola pois
leva em consideração a proposta, a estrutura e o tipo de aluno que temos. Algumas
questões sobre nosso modelo de trabalho:
Não conseguimos atletas com um domínio dos fundamentos técnicos do jogo, mas temos
atletas com boa inteligência de jogo.
Não trabalho com situações táticas especificas, mas dependendo da necessidade de jogos
e torneios os atletas tendem a assimilar rapidamente essas situações.
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INTRODUÇÃO
O ataque no voleibol assume-se como a ação mais determinante no sucesso
competitivo das equipes (EOM; SCHUTZ, 1992A, 1992B. PALAO; SANTOS; URENA,
2004), estando associado com o efeito da recepção (DRIKOS et al., 2009), efeito (eficácia)
da defesa (MONTEIRO; MARCELINO; MESQUITA, 2009), tempo (velocidade) de ataque
(ROCHA; BARBANTI, 2004; CESAR; MESQUITA, 2006) e tipo de ataque (MESQUITA;
CESAR, 2007; CASTRO; MESQUITA, 2008).
O ataque assume variantes de execução técnica na busca de novas opções de
finalização, seja como o ataque com e sem toque no bloqueio na tentativa de explorar o
bloqueio adversário, ou o ataque potente e colocado (CASTRO; MESQUITA, 2008). Apesar
da variabilidade e diversificação do ataque, o tipo de ataque mais comum é o potente,
estando sua utilização dependente das especificidades emergentes relacionadas com o
sistema defensivo adversário (CASTRO; MESQUITA, 2008).
O enquadramento conceitual apresentado evidencia, na categoria feminina, a
ocorrência de um jogo mais lento (CESAR; MESQUITA, 2006), com maior incidência de
ataques de tempo 2 e 3, enquanto que no jogo masculino observa-se a prevalência de
ataques com maior velocidade (ROCHA; BARBANTI, 2004), ou seja, ataques de tempo 1.
Além disso, percebe-se, na categoria feminina, a continuidade da jogada (COSTA et al.,
2012) enquanto que no jogo masculino há a predominância do ponto de ataque (COSTA et
al., 2012).
A maioria das pesquisas de análise de jogo no voleibol preocupou-se em investigar
as condicionantes do jogo praticado no masculino, evidenciando um jogo mais potente e
veloz. Contudo, as variáveis estruturais do jogo no feminino mostram diferenças empíricas
quanto ao tipo de jogo praticado. Por esta razão, este estudo pretende analisar a natureza
da relação entre o tempo e tipo de ataque sobre o seu efeito no voleibol feminino competitivo
brasileiro.
MÉTODO
Amostra
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Análise de dados
Para a associação entre as variáveis estudadas, recorreu-se ao teste do Qui-
Quadrado, com a correção de Monte Carlo, sempre que menos de 20% das células
apresentaram valor inferior a 5. Foram calculados os ajustes residuais, com o objetivo de
identificar quais as células apresentaram significado estatístico na explicação da relação
entre duas variáveis. Desta forma, esta relação é considerada apenas quando os valores
foram superiores │2│. Quando os valores foram inferiores a -2 significou que o efeito do
ataque ocorreu menos do que o esperado, enquanto que valores superiores a 2
corresponderam a ocorrência mais do que o esperado. No tratamento dos dados fez-se uso
do “software” SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0 para
Windows.
RESULTADO
A apreciação da análise inferencial dos dados recolhidos permitiu constatar que
existe uma associação estatisticamente significativa (X2=577,967; p=0,000) entre o tipo de
ataque e o efeito do ataque. A associação entre o tempo de ataque e o efeito do ataque
também mostrou ser estatisticamente significativa (X2=26,606; p=0,003).
DISCUSSÃO
Em relação à frequência do tipo de ataque, observou-se maior ocorrência do ataque
potente na diagonal (59,4%), seguido pelo ataque na paralela (11%), largada (10,1%),
ataque explorando o bloqueio – block-out (9,7%), ataque colocado (6,0%), ataque outros
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A visão que se tem sobre o percurso para a excelência permuta com o passar dos anos.
As evidências científicas no âmbito da predição da performance de um jogador de alto nível
revelam que esta não se limita exclusivamente a um fator, como pretende o eterno debate
entre o paradigma naturalista (em que a única influência decisiva é a genética) e o
paradigma ambientalista (onde apenas o processo interessa independentemente das
caraterísticas iniciais dos sujeitos). Nem se limita à soma de todas as suas características
somáticas e capacidades técnicas.
Uma linha de investigação mais recente começou a debruçar-se não apenas sobre o
contributo isolado de cada um dos fatores mas o tipo de interação existente entre eles e o
que define essas interações, ambientes de excelência. Nesta linha de pensamento, importa
enfatizar todas as influências ambientais no desenvolvimento da performance desportiva,
que conjuntamente com as genéticas, ampliam as hipóteses de alcançar o Alto
Rendimento.
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Variáveis
Tendo como base o estudo de Ibañez et al. (2004), foi utilizado um sistema de codificação
com 6 variáveis como: ambientais; psicológicas, competências técnicas; competências
táticas; competências físicas e características antropométricas.
Na tabela 1 estão apresentados os códigos das variáveis, bem como uma breve descrição
e exemplos das mesmas.
RESULTADOS
Depois de definidas as variáveis e analisadas as entrevistas, foi efetuada uma cuidada
análise de conteúdo, no qual se incluía uma análise descritiva da percentagem com que
cada fator foi mencionado pelos diferentes grupos na amostra. Dado o elevado número de
dados obtidos, no presente estudo só apresentaremos os resultados gerais (tabela 2).
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fundamentais e que devem estar presentes no atleta ou na sua vida. Será a sua interação
que irá determinar se um jovem atleta alcançará ou não a expertise.
Os Fatores Ambientais (AMB) foram os mais destacados pelo conjunto da amostra, seguido
dos Fatores Psicológicos (PSI). De salientar a importância dada ao fator Qualidades Físicas
(QFI), pelos Coordenadores Técnicos.
Conclusão
A formação desportiva de basquetebolistas representa um enorme desafio para todos os
agentes que têm interesse e intervenção neste processo. Formar jogadores significa
transformar as suas aptidões e desenvolver competências que permitam desempenhos
com níveis de proficiência mais elevados.
Considerando o presente trabalho, podemos afirmar que a Performance Desportiva é o
resultado da interação de um alargado número de fatores. Não só o reportório genético
deverá ser considerado como também todos os fatores de índole psicológico, cognitivo,
ambiental, técnico-tático e físico. As determinantes diretamente relacionadas com o
processo de formação do jogador possuem, igualmente, uma elevada importância.
Por fim, podemos considerar como muito importante a influência decisiva dos fatores
ambientais, com destaque para a família e o treinador, tanto como promotores do início da
prática, como pela manutenção e desenvolvimento da mesma.
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Alguns estudos (Hambrick & Meinz, 2011; Casanova et al., 2013) comprovam que
os jogadores experts, em situações reguladas, tanto interna como externamente, são mais
rápidos, que os novatos, na identificação e deteção de pistas pertinentes, na forma como
as relacionam, bem como na forma como antecipam as consequências dessas relações.
Logo, tomam decisões mais eficazes e eficientes. O jogador expert não só obtém uma
melhor seleção da informação, como, também, resultado dessa informação, desencadeia
padrões familiares de respostas, automaticamente controlados. Produz a solução numa
coordenação económica e eficiente, de forma ajustada às situações em mudança, em
contextos dinâmicos (Casanova et al., 2013).
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Que mostram o conjunto destes trabalhos? Eles evidenciam dois pontos essenciais.
O primeiro é que a expertise pode afetar numerosos processos percetivo-motores
(perceção, predição, orientação, TD, etc). O segundo ponto é que estas modificações são
relativamente específicas a cada modalidade desportiva, i.e., a natureza de cada desporto
influencia fortemente a forma como as habilidades percetivo-cognitivas diferenciam atletas
experts e principiantes.
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JOGO
(UnidadeComplexa)
Condiçõe Jogadore
sExternas s
Regras Esquema
sMotrizes
EMERGÊNCIAS
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que fogem do controle pedagógico (o que é bom e importante que continue a acontecer,
pois esta é a dimensão do envolvimento do humano no jogo, seu caráter pático, libertino,
como diria Buytendijk, logo subversivo).
Logo, para se valer com efetividade de uma metodologia pautada no jogo, a qual
compõe a pedagogia do jogo, é necessário criar e gerenciar ambientes de aprendizagem
em meio ao desenvolvimento concomitante do ambiente de jogo, de modo a potencializar
o aprendizado (e treinamento) de conhecimentos primordiais para o seu avanço no jogo,
elevando o nível de conhecimentos específicos.
Temos proposto que o ambiente de aprendizagem tenha por referência básica as
competências essenciais1 presentes em todos os jogos coletivos, as quais são: a
estruturação de espaço, a comunicação na ação (leitura e reescrita do jogo) e a relação
com a bola. Estas competências se manifestam em diversos modos e em diferentes
contextos. Por exemplo, elas podem se manifestar de forma geral quando, na perspectiva
da iniciação esportiva, o ambiente de aprendizagem primar pela diversidade das ações que
emergem dos diferentes jogos aplicados ao longo do processo, perspectivando a ampliação
do acervo de possibilidades de respostas para o jogo.
As competências essenciais podem se manifestar de forma específica 2 quando, na
perspectiva da especialização, o ambiente de aprendizagem primar pela especificidade das
ações, engendrando uma adaptação específica a um jogo que se tenha por referência no
processo.
Ilustrando: no caso do treinamento especializado do futebol, por exemplo, não seria
mais interessante para o processo de especialização nesta modalidade se valer do jogo de
futsal, o que antes na iniciação era uma prática extremamente incentivada e explorada. Isto
se evidencia e se justifica facilmente a partir do entendimento do processo organizacional
sistêmico, partindo da proposta de que o jogo é uma unidade complexa, logo suas
tendências autoafirmativas e integrativas precisam ser levadas em consideração para guiar
o ambiente de aprendizagem.
1
As competências essenciais foram inspiradas e adaptadas dos níveis de jogo propostos inicialmente pelo professor Júlio
Garganta (1998).
2
Podemos pensar ainda que as competências essenciais podem ainda se manifestar diferentemente dentro do contexto da
competição, logo seria uma manifestação contextual.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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menezeslage@gmail.com
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esportivo e uma importante área pré-frontal associada a essas funções é o córtex pré-frontal
dorsolateral (Figura 2A).
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positivo por parte dos estagiários. Relativamente à natureza da interação tutor e treinador
estagiário, esta assumiu contornos relativamente distintos de acordo com o escalão e nível
competitivo das equipas; ou seja, nos escalões de formação os estagiários usufruíram de
mais atenção pelo tutor, revelando este uma atitude formativa mais vincada. Não obstante,
os momentos de interação era não regulares e circunscritos ao debate sobre os conteúdos
de treino, sendo praticamente ausente a discussão sobre o próprio processo formativo do
estagiário. Os estagiários consideraram que a experiência formativa do estágio foi rica, não
esperando mais do que aquilo que obtiveram muito, por conta, da cultura da formação de
treinadores instalada que não confere importância à aprendizagem e desenvolvimento da
identidade do treinador.
Por fim, o quinto estudo da autoria de José Afonso, Eugénia Azevedo e Isabel Mesquita
designa-se “A construção da identidade profissional do treinador no estágio
profissionalizante: estudo aplicado no contexto de formação académica”. Este estudo visou
analisar a construção e transformação da identidade profissional de treinador em cinco
estudantes, realizando estágio profissionalizante em contexto académico. Através de uma
metodologia de cariz qualitativo e interpretativo, analisaram-se as reflexões que os mesmos
plasmaram nos seus relatórios de estágio e em diários em vídeo. Ao longo do estágio, os
estudantes assumiram as suas identidades, as quais sofreram metamorfoses sob a
influência de múltiplos fatores. No decorrer do processo, os estudantes progressivamente
perceberam e incorporaram as complexidades inerentes à atividade de treinador, evoluindo
dum pensamento simplista e dualista para um mais complexo e relativista. O choque com
a realidade, aliado a um apoio da estrutura, estimulou uma evolução no sentido duma maior
profundidade e latitude nos processos reflexivos, aliados a um crescente agenciamento,
redundando num maior peso da identidade pessoal e menor da social, à medida que o
estágio se foi desenrolando. Deste modo, os estagiários foram, gradualmente, tornando-se
menos dependentes da estrutura e assumiram um papel mais pró-ativo, de iniciativa, com
maior agenciamento em todo o processo. Os modos específicos desta construção, bem
como as estratégias utilizadas para lidar com uma nova realidade, dependeram, em larga
medida, de processos de socialização antecipatória e, ademais, de aspetos contextuais
relacionados com a orgânica estrutural envolvente. Em suma, o estágio profissionalizante
configurou-se como um momento decisivo para a construção da identidade de treinador.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO:
Contribuindo para o desenvolvimento esportivo no país, o Minas Tênis Clube (MTC)
tem investido na formação de novos atletas e na capacitação dos profissionais que lidam
diretamente com eles. O resultado se reflete na conquista de bons resultados nos pódios
brasileiros e do exterior e no reconhecimento alcançado pelo Clube como uma das
referências nacionais do esporte.
A gestão, estruturação e organização do esporte estão diretamente relacionadas ao
planejamento da conversão do conhecimento tácito no explícito (vice-versa). Nesta
perspectiva, o MTC mantém em sua rotina diversos projetos e ações, que visam um melhor
controle dos processos relacionados ao esporte. Dentre estes, destaca-se o
acompanhamento científico e tecnológico dos processos de seleção, treinamento e
competição. Assim, em 2007 foi implantado no Clube o Núcleo de Integração das Ciências
do Esporte (NICE), que passou a ser impulsionado pela Lei Federal do Incentivo ao Esporte
em 2009, com a finalidade de buscar por meio das ciências do esporte a excelência nos
processos esportivos com foco no resultado.
O trabalho é realizado por equipe multidisciplinar, formada por profissionais das
áreas técnica, de preparação física, fisioterapia, medicina esportiva, psicologia, nutrição,
fisiologia, biomecânica, bioestatística, biomecânica e tecnologia esportiva, integrantes da
Gerência Multidisciplinar de Atendimento ao Esporte.
O Departamento de Integração das Ciências do Esporte (DICE) é responsável por
promover atividades que propiciem a atualização, a capacitação e o aperfeiçoamento dos
profissionais do Clube nas práticas de treinamento de alto rendimento e formação de
atletas, tendo como premissas a promoção da saúde física e mental, a prevenção de lesões
e o crescimento social e intelectual, culminando no desenvolvimento integral dos jovens
minastenistas das equipes de base e de ponta.
O presente resumo tem como objetivo apresentar as atividades e os processos
desenvolvidos pelo DICE no sentido de integrar as diversas disciplinas que compõem as
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
66
MÉTODOS:
Para a efetiva implantação de uma gestão por resultados para o processo esporte é
fundamental o desenvolvimento e aprimoramento contínuo das ciências do esporte, como
base científica para o desenvolvimento pleno do atleta. O processo ciências do esporte é
considerado no meio esportivo, como um processo inovador. Em função disto, percebe-se
que esse processo necessita de um entendimento uniforme, eliminando conflitos de
responsabilidades entre as áreas envolvidas no processo.
Para tanto, o DICE se fundamenta na filosofia da integração do trabalho realizado entre
a iniciação esportiva e o esporte competitivo. Neste sentido, desde 2008, coordena o
Programa Integra-Ações, que tem como objetivo principal estabelecer ao método de
formação e desenvolvimento esportivo a qualidade de inteirar o processo de formação e
treinamento esportivo, tendo como base os princípios do Sistema de Formação Esportiva
apresentado por Greco e Benda (1998). Para tanto, o Clube mantém, a partir dos três anos
de idade, 21 modalidades de cursos de aprendizagem, que contam com cerca de 11.000
alunos, dos quais 5.500 nos cursos de formação esportiva.
O Programa Integra-Ações também busca desenvolver ações orientadas de integração
e qualificação técnica, normatização, vivências e aprimoramento do método de formação e
treinamento esportivos, ampliar a eficiência técnica do aluno e gerar maior acesso,
participação e permanência do sócio nas equipes de base, além de direcionar e subsidiar
os profissionais que aplicam este método a uma atitude responsável e influente de tal forma
que o principal sujeito do processo, o aluno/atleta, se beneficie completamente na busca e
obtenção de resultados.
Para garantir a integração dos processos que permeiam a formação de atletas de
rendimento, as principais atividades do Departamento de Integração das Ciências do
Esporte se apresentam a seguir:
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RESULTADOS:
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- Avaliação de Pré-Temporada:
Disponibilidade do Atleta
Tabela 2- Índice de Disponibilidade do Atleta de 2011 a 2014: relação entre número de atletas liberados e o
total de atletas por modalidade
Benchmarking :
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CONCLUSÃO
esporte é dinâmico e evolutivo, acredita-se que muito ainda deve ser feito para se alcançar
todos os objetivos propostos, visando a excelência esportiva aliada à saúde plena dos
atletas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. Introdução
O Futebol atingiu uma expressão mediática nunca antes experimentada, tendo-se afirmado
não apenas enquanto jogo e fenómeno social, mas também como meio de educação física
e desportiva, profissão e campo de investigação.
Se, por um lado, o percurso rumo à excelência requer uma combinação adequada de
recursos, estratégias, métodos, persistência e tempo, por outro, a ciência e a vida deixam
perceber que nem sempre as práticas de seleção e encaminhamento de praticantes
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71
A evolução que pretendemos ver operada no Futebol justifica, pois, a busca incessante de
ajustados entendimentos acerca dos constrangimentos que afetam o desempenho em
contextos desportivos e de como pode o mesmo ser dirigido e controlado. Neste âmbito,
tem vindo a ganhar um significado particular o processo de formação de jogadores e de
treinadores, assim como a pesquisa acerca do desenvolvimento do Futebol enquanto
fenómeno global.
Em conformidade, temos vindo a afirmar que se afigura tão importante compreender para
intervir, como intervir para compreender. Por isso, a formação e a intervenção dos agentes
desportivos só parece resultar verdadeiramente eficaz quando forjada na tensão entre a
reflexão e a ação, o que pode ser constatado através das diversas evidências empíricas
que o mundo do desporto vai propiciando.
Nas duas últimas décadas, os investigadores têm-se preocupado não apenas em indagar
os atributos específicos essenciais da prática desportiva de excelência, mas também em
conhecer e compreender porquê os melhores praticantes diferem dos demais e que
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72
Torna-se assim imprescindível que a preparação esteja claramente sintonizada com o tipo
e o nível de jogo que se pretende criar. Mais concretamente, as situações a propor no treino
deverão enfatizar as “variáveis especificadoras” do modelo/conceção de jogo, de modo a
que o transfere do treino para a competição se faça do modo mais natural e económico
possível.
O bom Futebol joga-se de acordo com ideias. Trata-se, sobretudo, de um jogo de conceitos
relacionados com a forma como dois coletivos se organizam e gerem a oposição e a
cooperação em situações dinâmicas que sucessivamente se vão alterando.
Neste sentido, pode dizer-se que o Futebol caminha para a fase de excelência estratégico-
tática, o que pode ser atestado:
Pelo cuidado, cada vez maior, posto na construção dos exercícios de treino, tendo
em conta os problemas revelados pela equipa em partidas anteriores e a
preparação para os jogos seguintes.
Maior autonomia conferida ao jogador para gerir o curso Sob a influência de múltiplos
constrangimentos, as equipas tendem a adoptar comportamentos preferenciais, que no
domínio dos sistemas
3. Excelência dinâmicos,
individual são denominados
e excelência de atractores. Apesar do jogo integrar
coletiva
várias transições de fase, entre estados de simetria e quebras de simetria táctica, os
Os jogadores
respectivos e aspor
momentos, equipas
vezes, a de Futebol de
um processo tornam-se excelentes
mudança gradual quando não
cuja separação os respetivos
é comportamentos fluem de
levada a cabo por linhas emdemarcação
função desúbitas
ideiasoue bruscas,
intenções,
masi.e.,
por quando se convertem
se dissiparem ou em
diluírem uns nosda
instrumentos outros, em gradações
sua própria pouco
vontade ou nada perceptíveis.
e expressão.
Neste
Apesardomínio,
de sera conveniente
teoria do caosque
oferece conhecimentos
os praticantes sobre
tenham o modo como
consciência dososseus
sistemas
recursos, visto
dinâmicos complexos deixam de ser absolutamente previsíveis, ainda que os seus estados
que a ideia que têm de si mesmos influencia a respetiva capacidade de agir, os saber-fazer
iniciais sejam conhecidos com grande pormenor (Ball, 2009). Embora se associe a ordem
sobre o jogo são aprendidos, em grande parte, como se de uma linguagem se tratasse.
e os padrões à simetria e a aleatoriedade à sua ausência, talvez a aleatoriedade tenha o
Tratando-se,
seu próprio tipo sobretudo, de um
de simetria (Ball, conhecimento tácito, não é de esperar que os praticantes
2009).
consigam descrever o capital de soluções técnicas e táticas que possuem, tanto mais que
Os observadores do jogo, para além de procurarem identificar indicadores tácticos que
as suas soluções e ações emergem a partir da interação com os cenários que o jogo
qualifiquem padrões estáveis de comportamento, aspiram a perceber os modos como os
propicia e(Garganta,
jogadores as equipas 2013).
se organizam e desorganizam em resposta às transições entre as
fases. Para tal, os conceitos de “emergência” e de “auto-organização” têm sido usados
para perceber o modo como a ordem e a estabilidade emergem das interacções de muitos
agentes, deAnais
acordo
do 5ºcom um conjunto
Congresso de regras.
Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
A inteligência para jogar pode ser entendida como a habilidade dos jogadores/equipas para
reconhecerem os estímulos mais significativos do envolvimento, para se adaptarem às
diversas situações e para agirem, em benefício da sua equipa, sobre os diferentes
ambientes de jogo. Como tal, quando nos reportamos à “inteligência de jogo” e à “tomada
de decisão”, não pretendemos invocar, forçosamente, aptidões conscientes e deliberadas,
nem tampouco abstratas ou invariáveis. Referimo-nos, sobretudo, a capacidades
suscetíveis de modificação através de ajustamentos dinâmicos específicos, ou seja, uma
“inteligência corporal” dinâmica e atualizável (Garganta, 2013).
Uma das maiores dificuldades no Futebol de alto rendimento, consiste em saber como
apelar a estratégias eficazes e originais para despertar o interesse e a afiliação dos
jogadores a um projeto, elevando, simultaneamente, o seu nível de consciência individual
e coletiva.
(2) Apesar de ser recorrente realizar a observação do jogo a partir de um plano elevado, de
modo a permitir uma noção da movimentação global das equipas, convém estar ciente de
que esse ângulo omnisciente pode ser capcioso quanto aos cenários e estímulos
percebidos pelos jogadores em situação de jogo (Leher, 2009).
O treino e a competição no âmbito do Futebol encerram uma longa história que põe em
presença jogadores com os seus próprios recursos atualizáveis e uma intervenção externa
complexa, materializada pela intervenção do treinador e pela influência do envolvimento.
Neste sentido, o percurso até à excelência desportiva decorre de uma fusão de habilidades,
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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Aliás, a convicção de que “dons naturais” constituem o pressuposto nuclear para justificar
os desempenhos desportivos de excelência, pode acarretar consequências marcadamente
negativas, de entre as quais: (1) a predisposição para sinalizar como talentos, praticantes
que não têm ainda um tempo suficiente de exposição à prática; (2) a propensão para excluir
crianças e jovens, ou para não lhes conceder o acesso a oportunidades de treino e
competição idênticas às dos identificados como talentos; (3) a tendência para não
reconhecer o treino desportivo como processo capital para educar, desenvolver e atualizar
o talento dos praticantes (Garganta, 2009).
Também por isso, a clássica noção de talento que o associava a um conjunto de
capacidades inerentes ao sujeito, que determinavam o seu rendimento, está a ser
substituída por outra, relacionada com as aquisições operadas através da prática
sustentada e estruturada com o intuito de promover a melhoria do desempenho desportivo.
Através do treino procura-se resgatar o praticante ao seu determinismo genético, naquilo
que este pode comportar de negativo para a realização desportiva e, ao mesmo que tempo,
visa-se tirar partido das suas mais-valias no sentido de potenciar o efeito da exercitação
sistemática (Garganta, 2004). Portanto, se é plausível entender o talento como um atributo
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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relacionado com a performance consistente e acima da norma, num dado domínio, não é
menos razoável admitir que, para além de pessoal e intransmissível, o talento é atualizável,
ou seja, não é invariável, como aliás o comprovam as carreiras de vários desportistas
(Garganta, 2009).
Diga-se que o clássico escalonamento das etapas de formação de Futebolistas, não basta
para se perceber as cambiantes substantivas que, ao longo da carreira desportiva de um
praticante, acabam por fazer a diferença quanto ao desenvolvimento e atualização do
respetivo talento.
Para se compreender como evolui o talento desportivo, impõe-se o conhecimento e a
reflexão acerca da qualidade conferida ao processo de formação, nomeadamente no que
toca à arte de compatibilizar a quantidade com a qualidade do treino e da competição, de
modo a elevar o mais possível o nível dos praticantes. E este é um trabalho que está longe
de ser feito no domínio da investigação.
Quando perguntaram ao treinador francês Alain Périn (in Périn & Lemaré, 2006), como
escolhia os talentos, ele respondeu: “Faço-os jogar e vejo o que fazem e como fazem no
jogo. Detenho-me, essencialmente, na alegria de jogar, na maior ou menor facilidade com
que se relacionam com a bola e na propensão para o jogo coletivo”.
Estes argumentos parecem lógicos e aceitáveis. Contudo, a apreciação dos treinadores,
não raramente, está contaminada por efeitos perversos relacionados com a idade biológica,
as dimensões corporais e outros atributos físicos dos jogadores.
Como referem Abernethy e colaboradores (2005), quanto mais idade tiver uma criança ou
um jovem, relativamente aos colegas da mesma equipa, maior é a probabilidade de serem
considerados especialmente dotados, ainda que o não sejam de facto.
O modo como, por vezes, a seleção é realizada no Futebol constituiu um claro exemplo
daquilo a que o sociólogo Robert Merton (1968) denominou de “profecia que se
autoconcretiza”, ou seja, uma situação em que uma explicação que pode ser falsa à partida,
suscita expectativas e comportamentos que fazem com que a conceção que inicialmente
era falsa venha a tornar-se verdadeira.
Daqui resulta, portanto, um efeito perverso que se prende com o facto dos jogadores
identificados como especialmente dotados, i.e., como talentos, passarem a ser submetidos
a um processo de treino sistemático e a participar em competições formais de nível superior.
Tal significa que vão dispondo de mais e melhores oportunidades para apurarem as suas
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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Dado que o talento para jogar germina em função da exposição dos praticantes a ambientes
favoráveis, a prática do Futebol, aos mais diversos níveis, não pode deixar de refletir a
formação pessoal e profissional dos seus intervenientes.
Portanto, os executantes exímios não são super-seres com genes raros, mas seres
humanos que expressam a vivência de uma cultura de dedicação extrema, entrega,
sofrimento e risco, sempre na busca de melhores resultados.
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(a) Formar jogadores, o que implica que, ao longo de todo o processo de formação
desportiva, se devote um cuidado significativo aos programas de desenvolvimento
das competências para jogar, e, em paralelo, se fomente o desenvolvimento pessoal
dos praticantes. Concretamente, no plano tático-técnico, mais do que a obsessão por
um “modelo único” de jogo, justifica-se que sejam faseados os conteúdos (princípios,
sistemas, dispositivos táticos e outros) de modo a favorecerem a aquisição de uma
cultura para jogar, segundo diferentes estilos e métodos de jogo.
(c) Gerar uma clara sintonia entre o clube, a equipa e o projeto de formação, o que
implica identificar os dirigentes com a filosofia de formação e com os modos de
atuação dos treinadores, na persecução de objetivos comuns, de modo a facilitar a
comunicação e a intervenção nos vários planos.
6. Em síntese
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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Estes ingredientes, entre outros, podem induzir ou inibir o assomo de oportunidades que
influenciam o percurso de um jogador e de uma equipa de Futebol no caminho para
chegarem ao topo da expressão desportiva.
7. Epílogo
O Futebol faz-nos perceber, a cada dia, que sabemos pouco sobre as vias do talento e da
excelência, tanto mais que a investigação neste domínio é ainda inconsistente e, por vezes,
desfocada. Acresce que, no contexto desportivo, tem vindo a ser conferida demasiada
importância ao processo de seleção de jogadores, em detrimento de programas centrados
no desenvolvimento e numa carreira devidamente sustentada.
Estamos cientes do impacto de alguns discursos aliciantes, mas nem sempre benignos,
que prometem a concretização de sonhos de crianças e jovens que querem vir a tornar-se
futebolistas. Quase sempre tais promessas chegam acompanhadas de referências à
imprescindibilidade de se nascer com talento para se poder aspirar a “jogar à bola” nos
grandes palcos. Porém, sendo cada indivíduo diferente dos demais, sobretudo na forma
como responde ao processo de formação, ao acreditar-se no inatismo do talento põe-se
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Note-se que a extensa narrativa do Futebol mostra como muitos podem ser bem-sucedidos,
apesar das diferenças interpessoais e dos aparentes constrangimentos, sejam de natureza
biológica, social ou cultural. Com efeito, tais dissemelhanças constituem a real matéria-
prima para o desenvolvimento que se ambiciona.
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foram o método técnico (HAGEDORN; RIEPE; ZINDEL, 1990), método tático (GRIFFIN;
MITCHEL; OLSLIN, 1997) e o método de ensino integrativo (GRECO, 1998; ROTH;
KRÖGER; MEMMERT, 2002; ROTH, 1996; GRECO; BENDA, 2006).
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Esse modelo apresenta as etapas, as quais, mais que estágios a serem alcançados,
são estruturas que envolvem o desenvolvimento das características psicossociais das
crianças/atletas nas diferentes fases da formação/especialização motora. Isso significa
dizer que a especialização esportiva é um processo complexo, dependente da interação
dinâmica entre múltiplas variáveis, as quais são os fatores instigativos do desenvolvimento,
que podem afetar de forma positiva ou negativa os processos proximais inerentes ao
desenvolvimento esportivo. Diante desses aspectos, é importante observar que, ao longo
da formação esportiva, existem alguns períodos sensíveis ideais para a aquisição de novas
experiências, indicando que as capacidades necessárias para a execução do movimento
estão presentes e algumas características psicossociais devem prevalecer no contexto da
aprendizagem/prática e especialização.
Para tanto, apresentamos um modelo teórico (Figura 1) que vem sendo delineado
ao longo de nossa experiência profissional e esportiva.
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Essa etapa é considerada a idade da inocência, tanto para quem pratica esporte
(que tenta fazer tudo o que o professor ministra) como para quem ensina (apresenta muitas
dúvidas sobre o que ensinar). Tal situação deve ser examinada com cautela pelos
professores de Educação Física, instrutores e treinadores esportivos, uma vez que a prática
de atividades motoras inadequadas e exaustivas pode ocasionar consequências negativas
ao desenvolvimento motor e psicológico das crianças, levando-as à desistência das
atividades (GALLAHUE; OZMMUN, 2005; VILLWOCK; VALENTINI, 2007)
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Nessa segunda etapa, a estrutura sofre uma modificação, uma vez que agora a
atividade está orientada a partir da ideia do movimento, o qual requer elaboração de um
plano motor (KREBS, 2007). Essa etapa é apontada como a idade da fixação ou idade de
ouro da aprendizagem. A ênfase nesse momento deve ser nas diferenças individuais e na
avaliação em relação aos próprios progressos e o foco deve recair sobre a internalização
de padrões de competência e a aprovação social do grupo.
Dessa forma, jogar é uma meta intrínseca que o adolescente estabelece pelo prazer
da prática. No momento em que tenta superar os outros e, assim, satisfazer sua
necessidade de aprovação social, meta extrínseca, já que deixou de jogar por prazer e
começou a praticar o esporte com o intuito de competir (HARTER, 1978; BERLEZE;
VIEIRA; KREBS, 2002). Por ser uma fase de formação de novas amizades e grupos sociais,
crianças e adolescentes atrelam a participação e a continuidade esportiva ao ambiente
vivenciado durante a prática esportiva (HARTER, 1982; ALTERMATT; POMERANTZ,
2003). Nesse sentido, elogiar e encorajar os jovens que fazem as coisas certas e
desenvolver expectativas realistas são algumas diretrizes importantes do treinamento para
essa faixa etária.
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Considerações finais
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INTRODUÇÃO
O Esporte Adaptado (EA) ou Paradesporto é compreendido como prática que
oportuniza as pessoas com deficiência (PCDs) o alcance de novos horizontes e
perspectivas de vida através de vivências motoras, psicológicas e sociais diversificadas.
EA é um termo utilizado apenas no Brasil que consiste na possibilidade de prática esportiva
para PCDs (Araújo, 2011; Simim, 2014). Em linhas gerais, o EA está relacionado às
experiências esportivas modificadas para suprir as necessidades de um público específico
(Winnick, 2004). Essas modificações estão relacionadas às regras da modalidade ou a
maneira como a modalidade se desenvolve (Winnick, 2004; Araújo, 2011; Simim, 2014).
Adicionalmente, EA é qualquer manifestação esportiva praticada por PCDs com
objetivos recreativos ou educacionais ou inclusivos ou de reabilitação ou rendimento. Já o
termo Paralímpico ou Esporte Paralímpico é relativo às modalidades esportivas praticadas
por PCDs reconhecidas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e apresentadas em
eventos de sua promoção. As modalidades coletivas e individuais que integram os Jogos
Paralímpicos tem como objetivo o alto rendimento esportivo (Marques e Gutierrez, 2014).
Borges et al. (2015) destacam que modalidades coletivas são opção atrativa de prática para
PCDs, principalmente pelo aspecto pessoal (autosuperação) ou pelo aspecto social, por
meio da interação com pessoas com as mesmas condições.
Em nível de produção cientifica, algumas críticas persistem até os dias atuais,
principalmente em relação às questões metodológicas, qualidade das pesquisas aplicadas
(Mauerberg-Decastro, 2011). Conforme destacado por diversos autores (Mello, 2004;
Winnick, 2004; Mello e Wincler, 2012) as pesquisas a respeito dos EA são recentes e ainda
encontram-se em processo de divulgação das modalidades para fomentar os esportes.
Nesse sentido, ainda existem lacunas na produção científica acerca do EA e paralímpico.
Assim, o objetivo do presente trabalho foi analisar a produção científica sobre modalidades
coletivas do EA e Paralímpico e sugerir direcionamento para estudos futuros.
MÉTODOS
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RESULTADOS
Em linhas gerais, o Basquete e Rugby em cadeira de rodas são os esportes coletivos
que mais apresentaram publicações (Gráfico 1).
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Os resultados do presente estudo podem ser explicados uma vez que, o basquete
em cadeira de rodas (BCR) foi uma das primeiras modalidades esportivas a serem praticas
por PCDs, especificamente a partir de 1944 (Mauerberg-Decastro, 2011). Além disso, foi a
primeira modalidade a ser estudada como modelo para sugestão de classificação esportiva,
marco divisório entre o modelo médico e o esportivo (Freitas e Santos, 2012). No caso
específico do BCR, os estudos se concentram nos aspectos fisiológicos (n = 63; 25%),
técnicos (n = 35; 15%), psicológicos (n = 24; 10%), biomecânicos relativos a cinemática da
propulsão das cadeiras de rodas (n = 17; 7%), sociais (n = 15; 6%), classificação funcional
esportiva (n = 8; 3%), lesões e nutrição (n = 2; 1%, respectivamente) e históricos (n = 1;
0,4%).
Apesar dos níveis de lesão mais comprometidos, o rugby em cadeira de rodas
(RCR), criado no final da década de 1970 em Winnipeg/Canadá, é modalidade muito
competitiva, que requer treinamento sistematizado e adequado considerando a modalidade
e a características dos atletas (Simim et al., 2013). Esse é fato interessante, principalmente
porque os estudos relacionados com o RCR encontrados na presente pesquisa apresentam
tendência para os aspectos fisiológicos (n = 33; 13%), psicológicos (n = 9; 4%) e da relação
entre classificação esportiva funcional e desempenho esportivo (n = 6; 2%)
Cabe ressaltar que no âmbito das deficiências visuais, o goalball apresentou maior
quantidade de estudos, quando comparado com o futebol de 5. Contudo, todos estudos
incluídos no presente trabalho sobre o futebol de 5 são relacionados com lesões esportivas.
Simim et al. (2015), em recente revisão sistemática sobre o futebol de 5, já apontam a
necessidade de estudos que abordem aspectos técnicos e de aprendizagem, iniciação e
treinamento da modalidade.
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CONCLUSÃO
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ENSINO DO FUTSAL
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Introdução
As questões relacionadas à avaliação do desempenho em jogos desportivos têm
sido amplamente investigadas pelos estudos das ciências do esporte e também
amplamente utilizado no esporte de alto rendimento.
O avançado estágio do conhecimento científico permite prever uma série de novos
caminhos para melhorar o desempenho do atleta, existindo, portanto, uma estratégia
completa para melhorar o desempenho esportivo, que não se restringe a apenas controlar
as capacidades motoras específicas de cada modalidade, mas também conhecer o
comportamento de atletas e equipes durante os jogos.
A Ciência do Esporte foi implantada no Minas Tênis Clube (MTC) em 2007 e foi o
primeiro clube de esportes especializados a criar uma área para apoio científico e de
tecnologia esportiva. Uma das primeiras ações foi criar uma estrutura que integrasse todos
os profissionais das ciências do esporte (técnicos, auxiliares técnicos, preparadores físicos
e os profissionais da saúde) com o objetivo de atuar e dar suporte aos atletas e equipes
esportivas no desenvolvimento pleno do atleta, baseando-se em parâmetros científicos.
Essa estrutura levou o nome de Núcleo de Integração das Ciências do Esporte (NICE).
Uma demanda da área técnica foi utilizar de recursos tecnológicos para melhorar o
controle dos aspectos físicos, técnicos e táticos intervenientes durante os jogos desportivos.
A análise do jogo é uma estratégia bastante utilizada por treinadores com o objetivo de
estudar as equipes esportivas técnico-taticamente de maneira quantitativa e/ou qualitativa.
(Santa Cruz, Ricardo Alexandre Rodrigues; Vespasiano, Bruno de Souza; Oliveira, Ramon
Martins; Pellegrinotti, Idico Luiz, 2013)
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contexto no qual foram obtidas (momento do jogo, funções dos jogadores, placar do jogo,
característica do adversário, etc.).
A tecnologia contribui com este processo. Da antiga coleta de dados com papel e
caneta até alguns procedimentos atuais com programas específicos de análise de jogo
(scout), muito tem sido feito. A tecnologia acelera a obtenção dos dados que podem ser
interpretados em tempo real. O movimento humano é multiplanar, a movimentação dos
jogadores é praticamente ilimitada e os jogos são não lineares.
Tecnologias Esportivas
Para maior fidedignidade dos dados das análises, equipamentos tecnológicos são
utilizados em todos os processos. Equipamentos para registro de vídeo de jogos,
programas de computador que registrem as ações técnicas e táticas e que permitem gerar
dados estatísticos com detalhes sobre os jogos, além de disponibilizar através de um banco
de dados histórico e interativo, permitindo acompanhar tendências e fazer comparações de
desempenhos.
A escolha dos equipamentos pode depender do orçamento disponibilizado.
Equipamentos mais atualizados e com melhores recursos, reduzem o tempo para análise
e entrega dos dados, bem como podem realizar em tempo real a análise dos jogos. No
entanto, equipamentos mais simples também realizam de forma satisfatória a análise de
desempenho. Equipamentos básicos necessários são: filmadora para registro das imagens
do jogo, computador portátil com um programa de análise estatística, e um sistema de
armazenamento para montagem de um banco de dados com informações relativas a atletas
e equipes.
Muitas empresas desenvolvem programa de análise que podem ser específicos para
cada esporte ou “genéricos”, que permitem a configuração da entrada de dados de acordo
com a necessidade do esporte ou preferencias de treinadores. Os dados e sua visualização
podem ser personalizados de acordo com as necessidades. A vantagem dos programas
específicos são que eles permitem a digitação de dados de acordo com a modalidade,
permitindo uma análise comum ao esporte, bem como permitem a colaboração e
compartilhamento de informações entre equipes.
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O caso do Voleibol
No voleibol a análise é realizada a partir das ações técnicas dos atletas e
consequentemente as ações táticas que são demandadas e/ou utilizadas. No
comportamento tático, as transições de defesa para ataque/contra-ataque são analisadas
para suprir de informações e facilitar a tomada de decisão de treinadores e atletas durante
os jogos.
O programa utilizado pelas equipes de voleibol sincroniza os registros das ações
técnicas e táticas com o vídeo do jogo, permitindo visualizar a informação da análise
estatística com o momento em que aconteceu no jogo. A visualização é imediata bastando
selecionar a ação desejada. A entrada dos dados replica as ações do jogo em sequência e
as ações são distribuídas automaticamente entre as equipes. Para isso é necessário entrar
com dados de ação e seu tipo, atleta que realizou a ação, direção da ação e qualidade
desta ação (valor). A Figura 1 mostra o relatório final de um jogo da equipe masculina de
voleibol do MTC. O relatório do adversário tem a mesma estrutura.
O caso do Basquete
Os profissionais da modalidade Basquete utilizam um programa disponibilizado pela
Liga Nacional a todas as equipes. Com isso as informações são uniformizadas, com
obrigação do clube mandante do jogo disponibilizar “nas nuvens” o arquivo de vídeo do jogo
para acesso de todas as equipes da competição. São coletados dados de quem executa a
ação, como e qual tipo de ação, onde foi realizada e quando foi realizada.
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Figura 1 – Relatório final de jogo emitido por programa de estatística, específico para
voleibol.
O caso do Futsal
No futsal são analisados os fundamentos técnicos individuais divididos em jogadores
da linha e o goleiro. As seguintes características são observadas:
Passes: Certos e errados: trajetória, objetivo, direção e resultado final;
Desarmes: nessa variável foram observados os desarmes totais;
Chutes – nessa variável foram observados todos os chutes:
a) Gol – quando a bola ultrapassa, entre as traves, por completo a linha de meta;
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Conclusão
As análises estatísticas do desempenho esportivo das equipes de esportes coletivos
do MTC são realizadas de acordo com parâmetros científicos na forma quantitativa, mas
estão em constante desenvolvimento. Atualmente procura-se melhorar o entendimento da
frequência das ações técnicas e táticas dentro do contexto do jogo. Os estudos atuais
pretendem conhecer a tática mais eficaz, o comportamento ideal ou comum em
determinadas situações.
A estrutura organizacional do esporte no MTC permite a troca de informações entre
equipes e modalidades, trazendo novas ideias de interpretação de dados para definição de
processos de treinamento de estratégias de organização técnico-tática de uma equipe.
REFERÊNCIAS:
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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Tipo de saque
Para a avaliação do tipo de saque baseamos na proposta de Palao et al. (2009),
distinguindo-se segundo o contato dos apoios com o solo (apoio ou suspensão) e de acordo
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Tempo de Ataque
Para a classificação dos tempos de ataque adotou-se os critérios utilizados por
Selinger (1986): 1º tempo de ataque: o atacante contata a bola logo após o levantador a
soltar; 2º tempo de ataque: o atacante sai para o ataque quando a bola chega às mãos do
levantador; 3º tempo de ataque: o atacante sai para o ataque quando a bola chega ao ponto
mais alto da trajetória ascendente depois de sair das mãos do levantador.
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DISCUSSÃO
O presente estudo teve por objetivo analisar as possíveis diferenças do jogo
praticado no âmbito do voleibol juvenil de alto rendimento masculino e feminino, tendo como
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Outro ponto que merece destaque se refere ao fato de professores das Instituições
de Ensino Superior (IES - responsáveis por parte da construção dos saberes dos
treinadores) e de treinadores terem experiências prévias como jogadores de handebol.
Reis e Castellani (2012) buscaram levantar elementos para a caracterização do perfil
professores representantes de IES brasileiras públicas na condição de docente da disciplina
de Handebol (n=14), partindo de um questionário com 10 perguntas. Do total de docentes,
86% já foi atleta antes de se tornar docente, cujo forte vínculo desses com a modalidade
pode ser um importante contributo para a qualidade do curso. Porém os autores atentam
para o fato de que, apenas a experiência como atleta não é suficiente para garantir que um
bom curso seja oferecido, principalmente se estiver alienado do contato com a literatura e
de pesquisas atualizadas, devendo ser respaldada pela formação continuada do docente.
Em outro estudo, Reis e Castellani (2013) analisaram o perfil das disciplinas de
handebol oferecidas pelas IES brasileiras (públicas e privadas) a partir do depoimento de
seus professores. Os autores apontam que 79% dos professores entrevistados já foram
atletas de handebol antes de se dedicarem à carreira docente. Nunomura, Carbinatto e
Carrara (2013), ao entrevistarem 36 treinadores de ginástica artística (de diferentes
categorias competitivas), apresentaram divergências entre o conhecimento acadêmico e o
aperfeiçoamento técnico (específico da modalidade), em que os próprios treinadores
apontam para a necessidade de uma formação complementar (clínicas, cursos e
intercâmbios no exterior).
A partir das considerações apontadas pelos diferentes autores supracitados, e
pensando na formação de futuros treinadores de handebol, torna-se importante que ao
longo da graduação o discente possa desenvolver atividades como estágios
supervisionados, participação em cursos de extensão universitária, participação em
equipes representativas (como membro de comissão técnica ou mesmo como jogador),
para as quais é requerido um aporte teórico específico, ao passo que permite a relação com
o "campo prático", extrapolando o estigma teórico.
Olhando especificamente para os treinadores, Menezes, Madeira e Morato (2015)
identificaram e analisaram os principais aspectos apontados por seis treinadores
experientes de handebol para o processo de ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) na
categoria sub-14, destacando: a noção espacial da quadra, a continuidade do jogo ofensivo,
o desenvolvimento dos elementos técnicos e técnico-táticos, o desenvolvimento das
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REIS, H.H.B.; CASTELLANI, R.M. O perfil das disciplinas de handebol das instituições de
ensino superior. Revista Kinesis, v.31, n.1, p.19-38, 2013.
WERTHNER, P.; TRUDEL, P. A new theoretical perspective for understanding how coaches
learn to coach. The Sport Psychologist, v.20, p.198-212, 2006.
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INTRODUÇÃO:
Pensar e discorrer sobre o ensino do handebol no atual cenário esportivo nacional
não é uma tarefa simples. Aspectos como as diferenças regionais e os possíveis ambientes
para a prática devem ser levados em consideração e este trabalho apresenta-se como um
pequeno recorte dessa grande realidade.
Não suscita dúvidas o fato de que o cenário no qual se desenvolve o jogo de
handebol é dotado de grande complexidade, principalmente por envolver a participação
simultânea, em espaço comum, dos jogadores de ambas as equipes. Para tanto, diferentes
princípios e regras de ação ofensivas e defensivas são apontadas na tentativa de descrever
como e porque os jogadores apresentam comportamentos específicos em ambas as fases
do jogo (BAYER, 1994; GRÉHAIGNE; GODBOUT, 1995).
Ao mesmo tempo, lidar com tais princípios e regras de ação ao longo do processo
de ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) também se constitui uma tarefa complexa,
principalmente quando consideramos as etapas iniciais desse. Assim sendo, o objetivo
deste trabalho é apresentar algumas perspectivas para o ensino do handebol, que
perpassam pela compreensão dos treinadores de diferentes temas envolvidos no processo
de EAT.
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capacidades. Esses destacam, ainda, uma posição referente à formação generalista dos
jogadores, evitando processos que levem à especialização esportiva precoce
(principalmente por considerar que muitos jogadores ingressam no handebol nessa faixa
etária ou mesmo após essa, como destacado por MENEZES, 2010).
Dias e Menezes (2015) investigaram (por meio de entrevista semi-estruturada) os
sistemas defensivos preconizados por oito treinadores escolares de handebol (com
experiência profissional de 13,9 ± 9,2 anos) das categorias mirim (12-14 anos) e infantil (15-
17 anos)3 de acordo com as competições escolares do Estado de SP. Os resultados
apontaram que esses adotam sistemas semelhantes em ambas as categorias, mas
distinguem-se em dois grupos: a) os que priorizam os sistemas defensivos 6:0 e 5:1; b) os
que priorizam sistemas defensivos abertos (3:3, 3:2:1) e marcação individual.
A justificativa dada pelos treinadores para priorizar os sistemas defensivos 6:0 e 5:1
são: maior compactação desses, maior segurança no sistema 6:0, diminuir o ímpeto dos
jogadores de tentar roubar a bola e, ainda, passam a impressão de que os jogadores tentam
defender mais. Já os que optam por sistemas abertos consideram importante: recuperar a
posse da bola sem um contato mais frequente, obrigar os atacantes a se esforçarem mais,
exigir atenção permanente dos defensores e desenvolver a noção do espaço e dos setores
da quadra.
É importante destacar que o processo de EAT deva ser faseado, possibilitando o
contato com conteúdos de níveis crescentes de complexidade. Dessa maneira,
compreende-se que ao longo desse processo o jogador possa vivenciar não apenas as
diferentes formas e constelações pelas quais o handebol possa se manifestar, mas outros
esportes (individuais e coletivos) que permitirão o desenvolvimento de diferentes
capacidades. Côtè, Baker e Abernethy (2007) propuseram um modelo de desenvolvimento
de participação esportiva (do inglês DMSP) no qual são apresentadas três trajetórias:
práticas variadas durante a iniciação que resultam numa continuidade em participações
recreativas ao longo da vida (o esporte como conteúdo de lazer); práticas iniciais
semelhante à trajetória anterior, mas com vistas à especialização esportiva após a
puberdade (resultando na participação no alto rendimento ou no lazer; e especialização
3
As faixas etárias observadas neste estudo se referem ao âmbito no qual os treinadores estavam inseridos
e disputavam suas competições, não apresentando relações com as idades estipuladas pela Confederação
Brasileira de Handebol.
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esportiva precoce. Menezes, Marques e Nunomura (2015) apontam que na categoria sub-
14 (infantil) não devam ser realizados processos de especialização esportiva, mas que seja
proporcionada a formação generalista dos jogadores, corroborando autores como Greco,
Silva e Greco (2012) e Côtè, Baker e Abernethy (2007).
Especificamente em relação ao desenvolvimento dos sistemas defensivos, é notório
o esforço e a criteriosidade de autores como Ehret et al. (2002) e Greco, Silva e Greco
(2012) para a necessidade de desenvolver a marcação individual e os sistemas defensivos
abertos em momento anterior aos demais. Esses configuram-se como pré-requisitos para
a aprendizagem dos sistemas defensivos fechados, que apresentam diferentes
problemáticas aos defensores, no que se refere principalmente ao compartilhamento de
responsabilidades. Destaca-se, ainda, que a sistematização do ensino dos aspectos
defensivos deve estar atrelada ao desenvolvimento de diferentes elementos ofensivos,
considerando que os sistemas defensivos revelam diferentes contextos (individuais, grupais
e coletivos) aos atacantes aos quais devem atender às demandas impostas.
As pesquisas supracitadas, além de contribuírem com informações e concepções
relacionadas ao pensamento dos treinadores sobre o processo de EAT em diferentes
âmbitos, outros elementos podem ser observados a partir de investigações dessa natureza,
como os conteúdos considerados mais relevantes pelos treinadores em diferentes
categorias (MADEIRA; MENEZES, 2015) ou em relação aos motivos que levam à
especialização dos goleiros (SANTOS; MENEZES, 2015).
Entendendo que o processo de EAT no handebol é complexo e de longo prazo, e
considerando que diferentes métodos de ensino podem contribuir de maneiras específicas
ao longo desse processo (MENEZES; MARQUES; NUNOMURA, 2015), deve-se atentar
para uma formação que inicialmente valorize as questões associadas ao jogo deliberado,
em detrimento da prática deliberada (CÔTÈ; BAKER; ABERNETHY, 2007).
CONCLUSÕES:
O processo de EAT deve ser constituído por uma fonte rica e variada de estímulos
que priorizem o desenvolvimento de diferentes capacidades dos jogadores (DIAS;
MENEZES, 2015; MENEZES; MARQUES; NUNOMURA, 2015). Os resultados das
diversas pesquisas apresentadas podem servir como indicativos para o processo de EAT
do handebol em âmbitos variados, possibilitando reflexões sobre os procedimentos
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REFERÊNCIAS:
BAYER, C. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994.
CÔTÉ, J.; BAKER, J.; ABERNETHY, B. Practice and Play in the Development of Sport
Expertise. In: EKLUND, R.; TENENBAUM, G. (eds.). Handbook of Sport Psychology, 3rd
ed. Hoboken: Wiley, 2007, p.184-202.
DIAS, M.R.T.; MENEZES, R.P. O discurso dos treinadores de handebol escolar sobre os
sistemas defensivos priorizados nas categorias mirim e infantil. In: XV Simpósio Paulista de
Educação Física / IX Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade Humana.
Motriz, v.21, n.2, Supl.I, p.S228, 2015.
EHRET, A.; SPÄTE, D.; SCHUBERT, R.; ROTH, K. Manual de handebol: treinamento de
base para crianças e adolescentes. São Paulo: Phorte, 2002.
GRECO, P.J.; SILVA, S.A.; GRECO, F.L. O sistema de formação e treinamento esportivo
no handebol brasileiro (SFTE-HB). In: GRECO, P. J.; FERNÁNDEZ ROMERO, J.J. (Org.).
Manual de handebol: da iniciação ao alto nível. São Paulo: Phorte, 2012, p.235-250.
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Resumo
Introdução
O jogo de Voleibol é constituído por seis habilidades básicas que podem ser distinguidas
em dois grandes complexos, o complexo I ou side-out (recepção, levantamento e ataque)
e o complexo II ou transição (saque, bloqueio, defesa e contra-ataque) (COSTA et al.,
2010).
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Assim, o presente estudo teve como objetivo elaborar e validar o conteúdo de escalas
observacionais de uma técnica motora de cada habilidade que compõem o complexo II,
especificamente, do saque flutuante com apoio, bloqueio simples e da defesa de manchete.
Por ser o contra-ataque realizado prioritariamente pela mesma ação motora do ataque, este
não foi objeto de estudo desta pesquisa.
Métodos
A elaboração da escala seguiu roteiro adaptado do modelo proposto por Benson e Clark.
Os pesquisadores observaram parâmetros biomecânicos cinemáticos, como: ângulos de
articulações, posição do corpo e dos segmentos no instante de contato com a bola.
Resultados
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III – A bola: ( ) 2 ou ( ) 0
( ) lateralizada em relação ao eixo central do corpo. (PF)
( ) na direção do membro que a golpeia. (PF)
IV Tronco: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) ereto ou em ligeira flexão. (PS)
V - Pés: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) em contato com o solo e paralelos em boa base (distância entre os pés próxima à largura dos quadris). (PF)
( ) pé, contrário a mão que golpeia a bola, voltado para dentro da quadra. (PF)
VI - Joelhos: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) estendidos. (PS)
I – Membros superiores: ( ) 3 ou ( ) 0
( ) ombros flexionados, com cotovelos estendidos acima da altura dos ombros. (PS)
( ) paralelos, distantes, próximo à largura dos ombros. (PF)
( ) mãos espalmadas e dedos abduzidos. (PF)
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III –A bola: ( ) 2 ou ( ) 0
( ) centralizada em relação ao eixo central do corpo. (PF)
IV -Tronco: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) ereto ou em ligeira flexão. (PS)
V -Joelhos: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) estendidos. (PS)
VI - Pés: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) flexão plantar. (PS)
( ) paralelos, distantes, próximo à largura dos quadris. (PF)
II –membros superiores: ( ) 2 ou ( ) 0
( ) ombros semi-flexionados. (PS)
( ) cotovelos estendidos. (PS)
( ) mãos unidas. (PF)
III A bola: ( ) 2 ou ( ) 0
( ) centralizada em relação ao eixo central do corpo. (PF)
IV - Tronco : ( ) 1 ou ( ) 0
( ) semi-flexionado. (PS)
V Joelhos: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) semi-flexionados, altura dos quadris acima da altura dos joelhos. (PS)
VI - Pés: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) em contato com o solo e paralelos. Distância entre eles ligeiramente maior do que a largura dos quadris, de forma a não comprometer
um imediato deslocamento. (PF)
( ) antepostos, pé esquerdo à frente. (PS)
Conclusão
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Todos os itens iniciais das escalas obtiveram alto índice de concordância entre os
especialistas, tanto em relação à pertinência, quanto em relação à clareza dos mesmos.
Em alguns, houve contribuições no sentido de melhorá-los, assim, após essas modificações
todos foram validados.
Referências
BENSON J, CLARK F. A guide for instrument development and validation. The American
Journal of Occupational Therapy, 36, 12, p. 789 - 800, 1982.
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Resumo
Introdução
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Morrow et al. (2003) esclarecem que a análise do desempenho humano tem como objetivos
principais o selecionar (capacidade de um teste de discriminar distintos níveis de
capacidade e permitir assim que se façam escolhas), o classificar (reunir as pessoas em
grupos nos quais elas melhor se adaptam) e o diagnosticar (determinar as deficiências de
uma pessoa a partir de testes que são validamente relacionados ao desempenho), sendo
os resultados provenientes deste último objetivo, utilizados em programas de ensino ou
treino esportivo, como base informativa para nortear o processo de decisão implicado.
Assim, tornar objetiva uma técnica de medida qualitativa deve ser a função de escalas
observacionais (MEIRA JUNIOR, et al., 2003).
Métodos
A elaboração da escala seguiu roteiro adaptado do modelo proposto por Benson e Clark.
Os pesquisadores observaram parâmetros biomecânicos cinemáticos, como: ângulos de
articulações, posição do corpo e dos segmentos no instante de contato com a bola.
Resultados
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Recepção. Três itens (23.0%), apesar de serem considerados pertinentes, foram sugeridas
modificações. Dois itens obtiveram 87.5% de concordância e também permaneceram na
escala. Quanto à clareza, dois itens apesar de serem considerados claros, foram sugeridas
modificações. Dois itens obtiveram 87.5% de concordância e permaneceram na escala.
Apenas um item (pé à frente correspondente ao lado que o passador se encontra em
relação à zona de levantamento) obteve 50% de concordância. Como este item não
superou o ponto de corte, foi eliminado da escala. Assim, em função de uma nova redação,
a versão final ficou com onze itens.
IV - Pés: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) em contato com o solo e paralelos em boa base (ou, ligeiramente maior que à largura dos quadris). (PF)
( ) antepostos, esquerdo à frente ou ambos direcionados para a zona de levantamento. (PS)
V -Joelhos: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) semi–flexionados, altura dos quadris acima da altura dos joelhos. (PS)
VI - Tronco: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) semi-flexionado. (PS)
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* Ao final de cada item, aparece uma orientação (sugestão) do melhor plano para observá-lo: Plano Frontal (PF), Plano Sagital
(PS) e Imagem em Movimento (MV).
I – Membros superiores: ( ) 3 ou ( ) 0
( ) ombros flexionados, com cotovelos semi-flexionados acima da altura dos ombros. (PS)
( ) mãos espalmadas e dedos abduzidos. (PF)
III – A bola: ( ) 2 ou ( ) 0
( ) centralizada em relação ao eixo central do corpo. (PF)
IV - Tronco: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) ereto ou em ligeira flexão. (PS)
V - Joelhos: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) semi-flexionados, altura dos quadris acima da altura dos joelhos. (PS)
VI - Pés: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) em contato com o solo e paralelos em boa base. (PF)
( ) antepostos, pé direito à frente. (PS)
III – A bola: ( ) 2 ou ( ) 0
( ) lateralizada, em relação ao eixo central do corpo. (PF)
( ) na direção do membro superior que a golpeia. (PF)
IV - Tronco: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) ereto ou em ligeira flexão. (PS/PF)
V - Joelhos: ( ) 1 ou ( ) 0
( ) estendidos. (PS)
VI – Pés : ( ) 1 ou ( ) 0
( ) paralelos, distantes, próximo à largura dos quadris. (PF)
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Conclusão Todos os itens iniciais das escalas obtiveram alto índice de concordância entre
os especialistas, tanto em relação à pertinência, quanto em relação à clareza dos mesmos.
Em alguns, houve contribuições no sentido de melhorá-los, assim, após essas modificações
todos foram validados.
Referências
BENSON J, CLARK F. A guide for instrument development and validation. The American
Journal of Occupational Therapy, 36, 12, p. 789 - 800, 1982.
MEIRA JUNIOR, et al., Validação de uma lista de checagem para análise qualitativa do
saque do voleibol. Motriz. Rio Claro, v.9, p. 153 - 160, 2003
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INTRODUÇÃO:
A cada dia mais ouvimos dizer que deve haver uma interação maior entre “aquilo
que se faz em quadra” com “aquilo que se faz na Universidade”, ou que esses dois
“mundos” assumiram posições muito específicas distanciando teoria e prática. Outra
preocupação também apontada há algum tempo por Garganta (2008) se refere à
proximidade necessária entre os comportamentos do jogo e do treino. O autor aponta que
a forma de jogar se constrói a partir do treino, e neste os comportamentos e atitudes dos
jogadores e da equipe devem ser orientados para a competição.
Os jogos não se constituem como um ambiente simples de análise, principalmente
pela complexidade do cenário assumido pelas interações entre jogadores de mesma equipe
e jogadores adversários (SHROJ; ROGULJ; KATIC, 2001; MENEZES, 2012). Assim, torna-
se necessário identificar as principais características dessas interações táticas, ao passo
de tornar possível treinar mais especificamente em relação ao contexto do jogo
(GARGANTA, 2009).
Nesse sentido, diferentes campos de estudo da Educação Física buscam
explicações razoáveis para os comportamentos em diferentes jogos esportivos coletivos,
dentre eles do handebol. O objetivo deste trabalho é promover uma reflexão sobre a análise
dos parâmetros técnico-táticos do jogo de handebol que considerem a complexidade
envolvida em seu ambiente.
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Considerados pelos autores como pertencentes à fase ofensiva.
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CONCLUSÕES:
As informações sobre o desempenho de jogadores e equipes são cruciais para
fomentar o processo de ensino-aprendizagem-treinamento, no qual se almeja índices cada
vez maiores de eficácia individual e coletiva, constituindo-se como um critério básico para
o processo de treinamento (GARGANTA, 2009).
Ao passo que se aumenta-se o número de jogadores envolvidos na análise dos
parâmetros em situação de jogo, incrementa-se também a complexidade proveniente das
possibilidades de interação entre esses. Ao mesmo tempo, possibilitam extrapolar uma
provável visão tecnicista da análise de jogo.
Por fim, as análises que procuram uma compreensão mais ampla do cenário de jogo
tendem a contribuir para o desenvolvimento de aspectos individuais e coletivos (ofensivo e
defensivo) das equipes (MENEZES; REIS; SANTANA, 2015), a partir de informações que
contextualizam as relações de cooperação e de oposição.
REFERÊNCIAS:
GARCÍA, J.; JOSÉ IBAÑEZ, S.; FEU, S.; CAÑADAS, M.; PAREJO, I. Estudio de las
diferencias en el juego entre equipos ganadores y perdedores en etapas de formación en
balonmano. Cultura, Ciencia y Deporte, a.5, v.3, p.195-200, 2008.
GARGANTA, J. Trends of tactical performance analysis in team sports: bridging the gap
between research, training and competition. Revista Portuguesa Ciências do Desporto,
v.9, n.1, p.81-89, 2009.
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MENEZES, R.P. Contribuições da concepção dos fenômenos complexos para o ensino dos
esportes coletivos. Motriz, v.18, n.1, p.34-41, 2012.
MENEZES, R.P.; REIS, H.H.B.; SANTANA, W.C. A análise de jogo nos jogos esportivos
coletivos. In: NAVARRO, A.C.; ALMEIDA, R.; SANTANA, W.C. (Org.). Pedagogia do
esporte: jogos esportivos coletivos. 1.ed. São Paulo: Phorte, 2015, p.67-80.
MONCEF, C.; DAGBAJI, G.; ABDALLAH, A.; MOHAMED, S. The offensive efficiency of the
high-level handball players of the front and the rear lines. Asian Journal of Sports
Medicine, v.2, n.4, p.241-248, 2011.
MUSA, V.S.; MENEZES, R.P. Counterattack in team handball: analysis and comparison of
winners and losers of EHF Champions League 2013/2014 finalists. In: 20 th Congress of the
European College of Sport Science, 2015, Malmö (Sweden). Anais... Malmö: ECSS, 2015.
SHROJ, V.; ROGULJ, N.; KATIC, R. Influence of the attack end conduction on match result
in handball. Collegium Antropologicum, v.25, n.2, p.611-617, 2001.
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147
ABSTRACT: The aim of this study is to examine whether the visual search behaviour in a
decision-making test might influence the time to the start of the correct verbal response. The
sample comprised 89 male soccer players of the youth teams of a Brazilian first division
club. The instrument used to collect and analyse data was the Mobile Eye Tracking – XG.
For the assessment of decision-making, a video based test was used. The visual search
behaviour was determined by the percentage of the time of fixation on predefined locations
in the scenes. In this study, five locations were defined: i) the player in possession of the
ball; ii) ball; iii) teammates; iv) defenders; and v) space. Data distribution was analysed
through the Shapiro-Wilk test. To compare the groups with faster and slower responses, we
used the t test for independent samples. Statistical analysis was performed through SPSS
18.0 software. Results showed that players with faster response spent more time fixating on
attackers, defenders, and space when compared to players with slower response. It was
concluded that the time for the start of the response in a decision-making test influences the
visual search behaviour of youth soccer players.
Keywords: Visual Search Behaviour, Time of Response, Soccer.
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METHODS
Participants: The sample comprised of 89 male soccer players of the youth teams of a
Brazilian first division club, with a mean age of 16.69 ± 3.11 years. As inclusion criteria, all
players should participate in systematic training, with at least three weekly sessions of 1
hour and 30 minutes each and participate in national-level and/or international-level
competitions.
Participants signed an informed consent, reporting they were aware of their
participation in this research. All the procedures were conducted according to the norms
established by the Resolution of the National Health Council (466/2012) and by the
Declaration of Helsinki (1996) for research with human beings. The project had the approval
of the Research Ethics Committee of the Universidade Federal de Viçosa (n. 412.816 -
08/10/2013).
Procedures: For the evaluation of decision-making, we used a video based test proposed
by Mangas (1999). The decision-making test evaluates the working memory to recognize
certain environmental cues in match situations, and decide what are the best options for
action. The test consists of 11 offensive actions scenes video of 11 vs 11 of soccer matches,
recorded and watched by a third-person perspective (TV camera), with duration ranging
from 5 to 13 seconds each scene. For the application of the test, the scenes were projected
on a screen.
During the experiment, 11 video sequences were presented and paused at a time
prior to the end of an action. Once the video was paused, the subject was instructed to
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respond as quickly as possible to the question "what should the ball carrier do" in each given
situation. After recording the test answers, the obtained audio material was transcribed into
text. The transcribed data was analysed and compared to the official expert panel test
developed by Mangas (1999). Only the right responses were considered for analysis.
Variables: The first variable was the “time to correct decision time”, measured in seconds.
It was defined as the time from the end of the video to the start of the participant’s
verbalization in correct responses. It was divided into three groups: faster, intermediate and
slower. Only the faster (n = 30, M = 1.67, SD = .32) and the slower (n = 30, M = 5.89, SD =
1.83) groups were considered for analysis. The intermediate (n = 29, M = 2.66, SD = .46)
group was excluded of the analysis.
The second variable was the ”percentage viewing time" per location in the scene.
The preferred fixation location on the screen is determined by the percentage of the time of
fixation on predefined locations in the scenes. In this study, five specific locations were
defined for analysis: i) the player in possession of the ball (PiP); ii) the ball (e.g. ball flight);
iii) the teammates (attackers); iv) the defenders (opponents); v) and the space (e.g. space
areas in the field where no player is located). The fixation was analysed using the Mobile
Eye Tracking-XG and was defined as the condition in which the eye has remained stationary
for about 1.5 degrees of change of tolerance and for a period equal to or greater than 120ms,
or three video frames (WILLIAMS; DAVIDS, 1998).
Statistical Procedures: Data distribution was analysed using the Shapiro-Wilk test. To
compare the groups with faster and slower responses, we used the t test for independent
samples. The analysis of the reliability regarding visual search rates was performed by three
trained observers. We used the Cohen's kappa test and a value of 12,72% of fixations
compared with the first evaluation. The reliability values of these evaluations were 92.09%
for intra-observer, and 88.44% inter-observer reliability. Statistical analysis were performed
using SPSS 18.0 software and the significance level was p<0.05.
RESULTS: The results displayed significant differences in three categories. The players
with faster response spent more time fixating the attackers (M = 17.35%, SD = 6.49), t(58)
= 1.31, p = .021; defenders (M = 12.51%, SD = 8.00), t(58) = .46, p = .003; and space (M =
25.61%, SD = 7.62), t(50) = 1.91, p = .018 compared to participants with slower responses
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Figure 1: Means and SD for percentage of viewing time per location regarding the correct
decision time. Significant differences (p<0.05) were indicated by *.
A previous investigation by Roca and colleagues (2011) showed that skilled soccer
players employed qualitatively different visual search behaviour compared to the less skilled
participants. It was found that the fixation locations that provide more relevant information for
a correct decision-making were the attackers and space. These results corroborate with our
findings and also indicate that players with faster response are able to acquire more relevant
information from the environment with their visual-perceptive system. It is assumed that as
they looked more often to those important cues, they therefore made the correct decision
faster than players who gathered less relevant information and also had slower response.
The group with faster response employed a more purposeful visual search strategy and
extracted the relevant information quicker than their counterparts.
In regards to the time to response, a study carried out by Ward and Williams (2003)
showed that elite youth players responded significantly quicker than the sub-elite group in a
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video based test. It indicates that more knowledge leads to a quicker processing of
environmental cues. The results of our experiment, that considered only correct responses
for analysis, might suggest that players that take less time to respond have also greater
knowledge than those from the slower response group, which enable them to respond
quicker. This is suggested because more knowledge enables players to: i) pick up more
meaningful information; and/or ii) identify relational information (patterns of play) (NORTH et
al., 2011). Both of these advantages might leads to a quicker correct response in such tasks.
ACKNOWLEDGEMENTS: This study was funded by the State Department of Sport and
Youth of Minas Gerais (SEEJMG) through the State Act of Incentive to Sports, by FAPEMIG,
CAPES, CNPQ, FUNARBE, the Dean's Office for Graduate and Research Studies and the
Centre of Life and Health Sciences from Universidade Federal de Viçosa, Brazil.
REFERENCES
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307. 2005.
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RESUMO
O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre o controle inibitório e o
desempenho tático de jogadores de futebol. A amostra foi composta por 18 jogadores de
futebol da categoria sub-15. O instrumento utilizado para avaliação do controle inibitório foi
o Continuous Performance Test (CPT-II). Para avaliação do desempenho tático foi utilizado
o Sistema de Avaliação Tática no Futebol (FUT-SAT). Os valores de controle inibitório dos
jogadores foram obtidos através dos Erros por Omissão, Erros por Comissão, e Tempo de
Reação. Os valores de desempenho tático dos jogadores foram obtidos através do Índice
de Performance Tática Ofensiva (IPTO), Índice de Performance Tática Defensiva (IPTD), e
Índice de Performance Tática de Jogo (IPTJ). Foram utilizados os testes Shapiro-Wilk e
Correlação de Spearman, sendo o nível de significância adotado de p<0,05. Foi verificada
correlação positiva entre Erros por Comissão e IPTJ (rho = 0,539; p = 0,021), e verificadas
correlações negativas entre o Tempo de Reação e IPTO (rho = - 0,578; p = 0,012) e entre
o Tempo de Reação e IPTJ (rho = - 0,503; p = 0,033). Conclui-se que para esta amostra, o
controle inibitório teve relação com o desempenho tático dos jogadores de futebol.
Palavras-chave: Controle Inibitório, Desempenho Tático, Futebol.
INTRODUÇÃO
Dentre os processos cognitivos estritamente relacionados ao desempenho no
futebol, o controle inibitório caracteriza-se pela realização de respostas eficientes e rápidas,
evitando estímulos distratores. O controle inibitório pode ser definido como a capacidade
de inibir respostas e pensamentos antes de agir, sendo um importante fator no controle
motor (LOGAN; COWAN, 1984). Assim, este processo cognitivo vem sendo relacionado
com a capacidade de evitar comportamentos impulsivos.
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MÉTODOS
Amostra
A amostra foi composta por 1205 ações táticas realizadas por 18 jogadores de
futebol da categoria sub-15 de um clube de Minas Gerais, Brasil. Para critério de seleção
da amostra, os jogadores deveriam participar de treinamentos regulares (mínimo de três
vezes por semana) e de torneios de nível regional.
Instrumentos
Para avaliação do controle inibitório foi utilizado o Continuous Performance Test
(CPT-II) (CONNERS et al., 2003). Este instrumento permite avaliar processos relacionados
à atenção sustentada, controle inibitório e impulsividade.
Para avaliação do desempenho tático foi utilizado o Sistema de Avaliação Tática no
Futebol (FUT-SAT) (TEOLDO et al., 2011). Este sistema permite avaliar as ações táticas
com base em dez princípios táticos fundamentais do jogo: i) penetração; ii) cobertura
ofensiva; iii) mobilidade; iv) espaço; v) unidade ofensiva; vi) contenção; vii) cobertura
defensiva; viii) equilíbrio; ix) concentração; x) unidade defensiva.
Procedimentos Éticos
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Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos
da Universidade Federal de Viçosa (CEPH) sob o seguinte protocolo: Of. Ref. N.
132/2012/CEPH, e atende as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional em Saúde
(CNS 466/2012) e pelo Tratado de Ética de Helsinque (1996).
Materiais
Para a gravação dos jogos utilizou-se uma câmera digital SONY modelo HDR-
XR100. Os vídeos obtidos foram transferidos para um computador portátil modelo
POSITIVO Premium 4A015RX8T, processador Intel Pentium Dual core™, sendo
convertidos para ficheiros “avi” através do programa Format Factory for Windows®. Para a
análise dos jogos após a coleta, utilizou-se o software Soccer Analyser. Além disso, a coleta
de dados do CPT-II foi realizada no computador portátil anteriormente mencionado.
Análise Estatística
Os valores de controle inibitório dos jogadores foram obtidos através dos Erros por
Omissão (quando o participante omite respostas que deveria realizar), Erros por Comissão
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(quando o participante apresenta respostas que deveria omitir), e Tempo de Reação (tempo
gasto para realização das respostas). Os valores de desempenho tático dos jogadores
foram obtidos através do Índice de Performance Tática Ofensiva (IPTO), Índice de
Performance Tática Defensiva (IPTD), e Índice de Performance Tática de Jogo (IPTJ). A
análise descritiva foi realizada para caracterização da amostra. Para verificar a normalidade
dos dados, foi utilizado o teste Shapiro-Wilk. Para relacionar as variáveis foi utilizado o teste
de Correlação de Spearman, adotando um nível de significância de p<0,05. Para as
análises estatísticas foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for Social Sciences)
for Windows®, versão 22.
Para o cálculo da fiabilidade foi adotado o método de teste-reteste, utilizando os
valores do teste de Kappa de Cohen para descrição dos resultados. De um total de 1205
ações, foram reanalisadas 194 ações, que representam 16,1% da amostra. Neste
procedimento participaram dois avaliadores e os valores de fiabilidade encontrados
situaram entre o mínimo 0,820 (ep=0,062) e o máximo 1 para a fiabilidade intra-avaliador,
e entre o mínimo 0,862 (ep=0,023) e o máximo 0,956 (ep=0,016) para a fiabilidade inter-
avaliadores.
RESULTADOS
A tabela 1 apresenta os resultados das correlações entre as medidas de controle
inibitório do CPT-II (Erros por Omissão, Erros por Comissão e Tempo de Reação) e as
medidas de desempenho tático (IPTO, IPTD e IPTJ). Verificou-se correlação positiva entre
Erros por Comissão e IPTJ (rho = 0,539; p = 0,021), e foram verificadas correlações
negativas entre o Tempo de Reação e IPTO (rho = - 0,578; p = 0,012) e entre o Tempo de
Reação e IPTJ (rho = - 0,503; p = 0,033).
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Jogadores que erraram mais e tiveram um tempo de reação menor tiveram relação
positiva com o desempenho tático. Esses resultados corroboram o estudo de Dickman
(1990) onde pessoas mais impulsivas obtiveram maior precisão na execução de tarefas.
Apesar do estudo mencionado não estar no contexto esportivo, a impulsividade (parte do
processo de controle inibitório) pode não ser sempre um fator negativo na realização de
tarefas. Assim, novas pesquisas sobre o tema são necessárias, principalmente envolvendo
a componente tática do jogo de futebol.
CONCLUSÃO
Conclui-se para esta amostra que o controle inibitório teve relação com o
desempenho tático dos jogadores de futebol. Jogadores que cometeram mais erros por
comissão apresentaram maior desempenho tático. Também, jogadores que tiveram menor
tempo de reação nas respostas apresentaram maior desempenho tático.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho teve o apoio da SEEJ-MG através da Lei Estadual de Incentivo ao
Esporte, da FAPEMIG, da CAPES, do CNPQ, da FUNARBE, da Reitoria, Pró-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade
Federal de Viçosa.
REFERÊNCIAS
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v.21, n.1, p.75-90. 2013.
TEOLDO, I.; GARGANTA, J.; GRECO, P. J.; MESQUITA, I. Avaliação do desempenho
tático no futebol: Concepção e desenvolvimento da grelha de observação do teste “GR3-
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TEOLDO, I.; GARGANTA, J.; GRECO, P. J.; MESQUITA, I.; MAIA, J. Sistema de avaliação
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159
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160
OJEDAB e LUQUINC, 2011) e não mais comparar, a fim determinar, qual o modelo de
ensino aplicado é o mais apropriado. O modelo de ensino integrativo classifica-se como um
modelo híbrido que, por meio de conexões de conteúdos presentes em outros modelos,
leva a inovações pedagógicas em seu tratamento didático classificando-se como estilo de
ensino de resolução de problemas e tarefa e formas de aprendizagem incidental e
intencional. Constitui-se de conteúdos propostos pelo Modelo Situacional da Iniciação
Esportiva Universal (GRECO, 1998), Escola da bola (ROTH, KRÖGER e MEMMERT, 2002)
e Modelo do treinamento técnico pendular (ROTH, 1996). O objetivo do estudo foi analisar
o impacto do desempenho tático-técnico de jovens escolares, considerando-se o efeito do
tempo (pré-teste, teste intermediário, pós-teste e retenção) e do sexo após a aplicação do
modelo de ensino integrativo em aulas de educação física.
MÉTODOS: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) sob o
protocolo CAAE 18222313.3.0000.5149 e no do parecer 373.677 e caracterizou-se como
pesquisa quase-experimental de grupo controle não-equivalente. A amostra, composta por
16 escolares (14, 81± 0,75 anos), sem experiência na modalidade, foi avaliada pelo Game
Performance Assessment Instrument (GPAI) (OSLIN, MITCHELL e GRIFFIN, 1998). O
teste consiste em filmar os sujeitos jogando em uma situação de 1 x 1 de forma simulada
durante 10 minutos em uma quadra oficial. O GPAI avalia as habilidades eficientes e
ineficientes e as decisões apropriadas e inapropriadas, extraindo os índices de execução
da habilidade (IEH), de tomada de decisão (ITD) e da performance no jogo (IEH+ITD/2),
apresentando uma interdependência entre a execução da técnica e a tomada de decisão
na situação de jogo.
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pode ter contribuído para os resultados de alto impacto, corroborando com o estudo de
Raab (2003) no handebol. A média da tomada de decisão permaneceu do pós-teste até o
momento da retenção. As formas implícitas de aprendizagem (RAAB, 2007), que
prevaleceram neste estudo, podem ter contribuído para uma aprendizagem mais duradoura
deste componente. Para o efeito sexo, os meninos foram melhores no pós-teste
comparados às meninas (p=0,009; F=7,513 η2 parcial 0,152), corroborando com Hastie,
Sinelnikov e Guarino (2009).
Método de Ensino Integrativo
ITD IEH PJ
Efeito Efeito Efeito
Média DP Média DP Média DP
sexo sexo sexo
M 0,50 0,32 3,74 2,71 2,12 1,32
1. Pré-teste
F 0,39 0,23 1,12 0,65 0,75 0,38
M 0,47 0,22 4,22 1,62 2,35 0,79
2. Intermediário M>F M>F
F 0,42 0,21 2,34 0,83 1,38 0,42
M 1,35 1,13 4,13 3,30 2,74 1,73
3. Pós-teste M>F
F 0,54 0,16 2,76 0,33 1,65 0,18
M 1,05 0,50 3,63 1,44 2,34 0,87
4. Retenção
F 0,59 0,21 3,99 2,10 2,29 1,10
M 1<3 ,4 ; 2<3,4
EFEITO TEMPO F 1<4
Tabela 1: Comparações do desempenho tático-técnico no efeito tempo e sexo
Na variável técnica não houve melhoria significativa para ambos os sexos, o que justifica a
não melhoria da performance geral tático-técnica, exceto do pré-teste para a retenção nas
meninas (p=0,042; F=2,627 η2 parcial 0,165) em detrimento da elevação da média da
técnica também na retenção. A falta de melhoria significativa neste componente pode estar
relacionada com uma demora na aprendizagem de métodos híbridos comparada a métodos
que não combinados (FRENCH et al., 1996). Para o efeito sexo, os meninos foram
melhores no teste intermediário comparados às meninas na variável técnica
(p=0,012; F=6,926 η2 parcial 0,142) e na performance de jogo (p=0,011; F=7,154 η2 parcial
0,146).
CONCLUSÃO: Conclui-se que, para escolares nesta faixa etária, deve-se encorajar a forma
de aprendizagem implícita para aspectos táticos, especialmente quando os conteúdos
táticos a serem aprendidos no badminton são a natureza menos complexa. O ensino da
técnica pelo Modelo do treinamento técnico pendular que, em determinados momentos, se
apoiou em exercícios de repetição em cooperação impossibilitou a detecção de alterações
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REFERÊNCIAS:
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ROTH, K. Technikitraining in Spitzensport. Alltagstheorien erfolgeicher Trainer. Koln: [s.n.],
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INFANTO JUVENIL
Média
314,8 (±50,0) 277,1 (±57,8)
Número de (dp)
fixações TE 0,113 0,113
β 0,375 0,375
Duração Média 76457,9
72328,2 (±23143,1)
das (dp) (±20576,4)
fixações TE 0,01 0,01
(ms) β 0,074 0,074
Média
12,0 (±3,0) 13,2 (±2,3)
Qualidade (dp)
da TD TE 0,05 0,05
β 0,0185 0,0185
Legenda: TD = Tomada de decisão; dp = Desvio-padrão; TE =
Tamanho do efeito; β = Poder estatístico
Tabela 2. Média (±desvio-padrão) das variáveis analisadas entre os grupos.
Conforme observado na Tabela 2, não foram observadas diferenças entre atletas das
categorias infanto e juvenil para as variáveis “número de fixações visuais” (p=0,010),
“duração das fixações visuais” (p=0,642) e “qualidade da TD” (p=0,281). Além disso,
reportou-se tamanho do efeito pequeno para todas variáveis analisadas. Os resultados do
presente estudo revelam que não houve diferenças significativas nas comparações entre
os grupos para nenhuma das variáveis analisadas. Esses resultados podem ser justificados
pela proximidade entre as categorias no que diz respeito à experiência e volume
(quantidade e duração) de treinamento na modalidade voleibol. Atletas percebem os sinais
relevantes das cenas de acordo com o conhecimento específicos na modalidade e
experiências prévias e não precisam prender a atenção por muito tempo para tomar as
decisões, ou seja, já sabem os sinais relevantes à observar.
Observa-se no presente estudo que não foram encontradas diferenças significativas no
número e duração das fixações visuais na comparação entre os grupos, o que corrobora
em sua totalidade com os resultados encontrados por Afonso e Mesquita (2013). No estudo
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CONCLUSÃO: Conclui-se que os atletas já sabem onde fixar o olhar, realizando fixações
em locais específicos que apresentam qualidade dos sinais relevantes para uma ótima TD,
onde pode-se observar que, em se tratando da comparação entre atletas, a qualidade dos
sinais relevantes é mais importante do que a quantidade e duração das fixações visuais.
Sugere-se a investigação de diferentes modelos de treinamento técnico-táticos para
melhora do comportamento visual com o objetivo da melhora da qualidade da TD no
voleibol, utilizando-se do eye tracking para o rastreamento ocular e avaliação do
comportamento visual entre sessões de treino. Obtendo-se esses dados, os
treinadores/professores podem condicionar e direcionar os processos de ensino-
aprendizagem-treinamento (E-A-T) visando melhorar as possíveis “fraquezas” detectadas
individualmente em cada atleta. A partir dos trabalhos de rastreamento ocular possibilita-se
a criação de modelos de E-A-T tático específicos para melhora das estratégias visuais e
percepção de sinais relevantes, com o objetivo de direcionar a atenção e diminuir a duração
das fixações para TD mais rápidas e eficientes nas diversas situações apresentadas pelo
jogo.
REFERÊNCIAS
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Observa-se que o presente estudo não apresentou diferenças significativas entre os grupos
para o número de fixações visuais, corroborando com o trabalho de Afonso e Mesquita
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(2013) e diferindo dos trabalhos de Afonso et al. (2012), Liu (2015) e Piras, Lobiette e
Squatrito (2014).
A Tabela 2 apresenta em média e desvio-padrão as diferenças na duração das fixações
visuais de cada grupo para cada situação de jogo.
Observa-se que atletas obtiveram fixações mais rápidas quando comparados com não
atletas corroborando com o trabalho de Liu (2015) e Piras, Lobiette e Squatrito (2014) e
diferindo dos trabalhos de Afonso e Mesquita (2013) e Afonso et al. (2012).
A Tabela 3 presenta os resultados referentes à quantidade de respostas corretas dos dois
grupos representadas pela média do número total de acertos para cada situação de jogo.
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CONCLUSÃO: Conclui-se que jovens atletas de voleibol realizam fixações mais rápidas
em situações de AC e ainda tomam decisões mais corretas em situação de ataque (AE e
AC) quando comparados com não atletas. A qualidade dos sinais relevantes percebidos
nas cenas diminuem o tempo de fixação e aumentam a qualidade da TD. Sugere-se a
investigação de diferentes modelos de treinamento técnico-táticos para melhora do
comportamento visual com o objetivo da melhora da qualidade da TD no voleibol, utilizando-
se do eye tracking para o rastreamento ocular e avaliação do comportamento visual.
Ressalta-se aqui também a importância de estudos com atletas das categorias de base,
que mostrou-se ser uma lacuna na literatura específica da área. Além disso, é importante
que estudos futuros utilizem as mesmas cenas para as análises e comparações nos
diferentes níveis e desenhos experimentais.
REFERÊNCIAS
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
175
RAAB; KINRADE, 2014). Contrário a isso, a TD sem que haja a oclusão visual, a exposição
da cena congelada durante a fase de geração de opções garante uma condição de
percepção constante, na qual a primeira opção será produzida sob a mesma condição em
relação à última opção, favorecendo os processos deliberativos (RAAB; JOHNSON, 2007).
O presente estudo objetivou verificar a relação entre a quantidade de opções geradas para
a TD de atletas e não atletas de voleibol em cenas reais de jogo em situações de ataque
de extremidade (AE), ataque de central (AC), levantamento (LE) e bloqueio (BL) em dois
momentos: com e sem oclusão visual.
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ORDEM DAS
SITUAÇÃO ORDEM DAS CENAS
SITUAÇÕES
AE 13A, 33A, 48A, 67A, 81A, 86AA
AC 62A, 64A, 84A, 117A, 141A, 214A
Com oclusão visual
LE 43L, 53L, 54L, 89L, 91L, 101L
BL 1B, 4B, 14B, 16B, 17B, 56B
LE 89L, 91L, 53L, 54L, 43L, 101L
AE 86AA, 81A, 33A, 48A, 13A, 67A
Sem oclusão visual
BL 14B, 17B, 1B, 56B, 4B, 16B
AC 64A, 84A, 141A, 117A, 62A, 214A
AE=Ataque de Extremidade; AC=Ataque de Central; LE=Levantamento; BL=Bloqueio.
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momento com oclusão (p=0,0001); § Sem oclusão>com oclusão no grupo de não atletas
(p=0,0001); **** Atletas>Não atletas nos dois momentos (p=0,0001); ƨ Sem oclusão>com
oclusão nos dois grupos (p=0,0001).
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jv_assis@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO: No futebol, várias decisões são tomadas pelos jogadores durante o jogo
levando os pesquisadores a tentar compreender quais são os processos envolvidos nestas
tomadas de decisão e como eles influenciam na qualidade das decisões e na velocidade
da mesma (WILLIAMS; DAVIDS, 1998; ROCA; WILLIAMS; FORD, 2012).
Uma das medidas que auxilia a compreensão desse fenômeno são as estratégias
de busca visual. As estratégias de busca visual dizem respeito à capacidade do indivíduo
em selecionar através da visão central, informações pertinentes do ambiente de jogo, de
modo a consubstanciar suas tomadas de decisões (WARD; WILLIAMS, 2003). Em um
estudo desenvolvido por Roca e colaboradores (2011) os autores observaram que através
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MÉTODOS
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O teste é composto por 11 cenas de vídeo de ações ofensivas de jogos de futebol 11 contra
11, gravadas e assistidas em uma perspectiva de terceira pessoa (câmera de TV)
projetadas em uma tela, com duração entre 5 e 13 segundos cada cena (MANGAS, 1999).
Durante o experimento foram apresentadas as 11 sequências de vídeo, sendo pausadas
em um momento que antecede o final de uma ação. Assim que o vídeo era pausado o
avaliado estava instruído a responder o mais rápido possível “o que o portador da bola
deveria fazer” naquele momento.
Após a gravação das respostas do teste o material de áudio obtido foi transcrito para
formato digital em documentos de Word®, em um computador portátil (POSITIVO modelo
T 3300 processador Intel Core™ i3). Os dados transcritos foram analisados e comparados
junto ao painel de peritagem oficial do teste desenvolvido por Mangas (1999). Apenas as
respostas corretas foram consideradas para análise.
Definição dos grupos: A variável “tempo de decisão” avaliada através do teste de tomada
de decisão foi medida em segundos. Os dados foram divididos em três grupos: rápidos,
intermediários e lentos. Apenas os grupos “rápidos” (n = 30, média = 1,67 segundos, DP =
0,32) e “lentos” (n = 28, média = 5.91 segundos, DP = 1,83) foram usados na análise. O
grupo intermediário (n= 28, média =2.66 segundos, DP =0,47) foi excluído das análises.
As análises das taxas de busca visual neste experimento foram realizadas seguindo
os procedimentos propostos por Williams e Davids (1998). Esta medida está relacionada à
utilização da visão central durante os vídeos. Duas medidas foram examinadas como
variáveis: i) número de fixações por cenas; e ii) duração média de fixação (em
milissegundos). A fixação foi analisada usando o Mobile Eye Tracking-XG e definida como
a condição em que o olho permaneceu estacionário por aproximadamente 1,5 graus de
tolerância de variação e por um período igual ou superior à 120ms. ou três quadros de vídeo
(WILLIAMS, M; DAVIDS, 1998).
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Tabela 1: Valores descritivos e inferenciais dos grupos “rápidos” e “lentos” para o tempo de
decisão
Rápidos Lentos
Taxa de Busca Visual p
Média(DP) Média(DP)
Número de Fixações por cena 21,50 (10,68) * 16,40 (5,12) <0,001
Duração das Fixações (ms) 569,13 (101,68) 601,16 (122,61) 0,561
*Diferenças significativas entre os grupos (rápidos e lentos no tempo de início de resposta correta) no
teste T.
Nível de significância adotado p<0,05
.
Em relação ao número de fixações por cena, os resultados do teste t aponta para
diferença significativa entre os jogadores “rápidos” e “lentos” em relação ao tempo de
decisão correta; t (58) = 2,38, p = 0,000. Para a duração das fixações, embora o grupo
“rápidos” apresente uma média no tempo de duração menor em relação aos “lentos”, não
foi observada diferença significativa entre os grupos t (58) = -1,22, p = 0,561.
Sobre o tempo de decisão, pesquisas com jogadores de futebol identificaram que
jogadores mais experientes são mais rápidos para tomar decisões, com um tempo de
resposta menor em comparação aos menos experientes (WILLIAMS; DAVIDS, 1998;
VAEYENS et al., 2007). Essa velocidade de resposta se deve, assim como no presente
estudo, ao maior número de fixações onde o jogador retira as informações necessárias do
jogo.
Em relação às estratégias de busca visual, nossos achados vão ao encontro de
outros estudos que envolveram a participação de jogadores de futebol habilidosos e menos
habilidosos, no qual os mais habilidosos utilizam um número maior de fixações de curtas
durações em comparação aos menos habilidosos (VAEYENS et al., 2007; ROCA et al.,
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2011). Essas fixações são direcionadas a vários locais do campo, variando entre os
estímulos de maior importância, onde o jogador consegue recolher mais informações do
ambiente. A partir do maior número de fixações no campo de jogo, o jogador identifica
melhor as situações, e de forma rápida toma as decisões certas em um tempo menor.
No entanto, em relação à duração das fixações, embora estes estudos apontem que
os jogadores mais rápidos gastem menos tempo em cada fixação, não foram encontradas
diferenças significativas em relação ao tempo de decisão. Talvez isto possa ser explicado
pela diferente disposição de vídeo apresentado no teste utilizado neste estudo em relação
aos anteriores, como a utilização de testes em situações de ataque ou defesa; diferenças
na composição do número de jogadores e nas perspectivas de apresentação do vídeo,
frontal, lateral ou primeira pessoa.
CONCLUSÃO: É possível concluir que as estratégias de busca visual exercem influência
sobre o tempo de decisão correta do jogador de futebol, sendo que os jogadores que
realizam um maior número de fixações são mais rápidos para tomar decisões corretas.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho teve o apoio da SEEJMG através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, da
FAPEMIG, da CAPES, do CNPQ, da FUNARBE, da Reitoria, Pró-Reitoria de Pesquisa e
Pós-Graduação e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal
de Viçosa.
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INTRODUÇÃO: Os contextos esportivos nos levam a ter olhares mais sensíveis para as
situações de competição em que os atletas estão embutidos, investigando elementos da
Pedagogia do Esporte e da Psicologia do Esporte no cenário competitivo, e compreendendo
a competição como formadora do contexto esportivo e fonte causadora de diversas
emoções, através do confronto, demonstração, comparação e avaliação (DE ROSE JR,
2002). Essas series de exigências são fontes causadoras de estresse, todo esse processo
de estresse pode levar a reações emocionais, e uma das reações é a ansiedade, que pode
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ser definida como um estado emocional que acarreta em tensão, sentimentos negativos,
angustia, alterações e alto nível de ativação do sistema nervoso autônomo (SAMULSKI,
2002).No estudo de Pandolfo e colaboradores (2014), identificou-se o nível de ansiedade-
estado em atletas masculinos entre 14 e 16 anos, durante as fases finais do Campeonato
Gaúcho de Handebol no ano de 2012, obtiveram níveis baixos e moderados de ansiedade-
estado, entre os finalistas e semi-finalistas encontrou-se níveis moderados de ansiedade-
estado, porém entre as equipes que ficaram em segundo e quarto lugar observou-se um
menor nível, do que na equipe campeão e na terceira colocada, podendo haver um nível
de ansiedade ótimo para a performance.O estudo busca identificar o grau de ansiedade
pre-competição em atletas de diferentes contextos esportivos, para identificar elementos
comuns e distinto à cada contexto, entendo assim as especificidades de cada âmbito
competitivo.
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Samulski (2002) quanto maior a experiência do atleta menores são seus níveis de
ansiedade, e Santos e Pereira (1997) verificaram atletas mais jovens apresentam maiores
níveis de ansiedade-traço, do que atletas mais adultos e experientes, considerando assim
que experiência e idade estão relacionadas aos níveis de ansiedade. Aqui verificamos que
ambas as equipes apresentam baixos níveis de ansiedade estado e traço, segundo a
instrumentos utilizado que varia em uma escola de 20 a 80 pontos, porém os resultados
corroboram com o fato de que atletas mais jovens apresentam maiores níveis de ansiedade,
sem questionarmos a experiência dos atletas que estão inseridos em contextos esportivos
diferentes e que forma de cobrança, pressão e expectativas de resultados é diferente.
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AABB/Bauru UNESP/Bauru
Idade A-Estado A-Traço Idade A-Estado A-Traço
Média 19,5 37,5 37 22 33 35
Desvio 2,5 6,1 8,9 1,7 4,9 5,6
CONCLUSÂO: Em suma, concluímos que os dois contextos esportivos são distintos e que
carecem de mais estudos e novas investigações para verificar quais fatores são mais
relevantes para cada situação. Apontamos a necessidade de maiores discussões a respeito
das variáveis psicológicas nos contextos esportivos coletivos e a necessidade de
aprofundamento e considerações acerca das influências emocionais e psicológicas para as
temáticas que envolvem a Pedagogia dos Esportes Coletivos. O estudo pode ter deixado
controlar algumas variáveis do contexto ou de verificar um melhor jogo ou momento para
realizar as coletas, mas enfatizamos que objetivo geral era identificar o grau de ansiedade
pre-competição, e que novos estudo devem ser feitos para maiores afirmações.
REFERENCIAS:
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RESUMO: Este estudo objetivou investigar a relação entre motivação esportiva e suporte
parental de atletas brasileiros juvenis de tênis de campo. Participaram 31 atletas do sexo
masculino (15,06±0,12 anos) da categoria juvenil de tênis de campo. Como instrumentos
de medida foram utilizados: a ficha de identificação do atleta, escala de motivação para o
esporte (SMS) e o teste de percepção do estilo parental (EMBU). A análise de dados foi
realizada por meio de estatística descritiva e inferencial, utilizando-se os testes: Shapiro-
wilk, ANOVA de medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni, “U” de Mann-whitney e
coeficiente de correlação de Spearman, adotando-se p<0,05. Os resultados indicaram que
os atletas são intrinsecamente motivados, com maior prevalência para experiências
estimulantes (Md=5,5). Em relação ao suporte parental, evidenciou-se maior percepção de
suporte emocional paterno (Md=3,29) e maternal (Md=3,33). Ao correlacionar a motivação
com os estilos parentais, percebeu-se correlações moderadas e fortes entre a amotivação
e a motivação extrínseca e os comportamentos superprotetores e de rejeição (r>0,50).
Conclui-se que o suporte emocional é um fator importante para a promoção de motivação
intrínseca em atletas de tênis de campo.
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Pai Mãe
Tipo P
Md (Q1-Q3) Md (Q1-Q3)
Suporte
3,30 (2,86-3,43) 3,29 (2,97-3,43) 0,70
Emocional
Rejeição 1,31 (1,13-1,63) 1,31 (1,13-1,70) 0,62
Super Proteção 1,83 (1,50-2,38) 2,09 (1,62-2,83) 0,01*
Tabela 1- Comparação do estilo parental do pai e mãe em atletas brasileiros juvenis de
tênis de campo. *Diferença significativa p<0,05.
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CONCLUSÕES: O estudo apontou que os atletas brasileiros juvenis de tênis de campo são
intrinsecamente motivados, apresentando objetivos voltados à busca do prazer, alegria e
bem-estar. No entanto, atletas com o ranking mais baixo apresentaram motivação maior
para a busca em atingir objetivos específicos na modalidade. Em relação à percepção dos
estilos parentais, os atletas se sentem apoiados pelos pais, apresentando maior suporte
emocional para a prática do tênis.
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ABSTRACT: This study aimed to verify the evolution of thinking in tactical Decision-Making
in soccer players. The declarative decisions of 90 players evolving in five training categories
of a professional club in Brazil were recorded. The statements were distributed into four
categories (monitoring, evaluation, prediction, planning) and an inter-age level analysis was
performed. Descriptive analysis was performed and the Chi-square (x2) test was used to
observe the differences of frequencies of statement types through the categories. A
significance level of p<0.05 was adopted. Significant differences were found through age
levels. Such differences suggest an evolution of the thinking of the tactical decisions over
time.
Keywords : tactics, thinking, decision-making
INTRODUCTION: Visual information perceived during performance has long been studied
to understand how experts make better decisions. Though, classical rationales in general
study areas may not allow to underpin the elements of tactical decisions. For this reason,
sport has been of particular interest due to the representation of thinking in the form of an
action (Ericsson & Simon, 1993; Júlio Garganta & Gréhaigne, 1999; Júlio & Araújo, 2005;
A. M. Williams & Ericsson, 2005). This study assumes that thinking is part of decision-
making process, and that the study of thinking may portray the mechanisms underlying
information processing to make a tactical decision in soccer.
Due to difficulties related to the study of decision-making in situ, McPherson (1999a, 1999b)
has proposed the utilization of verbal procedures to identify domain-specific information
inherent to decisions with methods realized in laboratory. These methods enlighten the
cognitive processes solicited by decision-making and allows to identify differences in
thinking processes between subjects of different levels of experience (Vaeyens, Lenoir,
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Williams, Matthys, & Philippaerts, 2009; Van Someren, Barnard, & Sandberg, 1994; A. M.
Williams & Ericsson, 2005). Nevertheless, such studies do not take into account the
progression of decision-making through time, that is in training categories (Ford & Williams,
2012; Roca, Ford, McRobert, & Williams, 2011). The analysis of this progression would
clarify how decision-making evolves in time and what impact has the gain of experience on
tactical decision-making.
The statement types identified by Ward, Williams, and Ericsson (2003) reflect cognitive
processes, mainly manifested in executive functions used in the making of a decision.
Executive functions are defined as a module that involve “inhibition, working memory, and
organizational strategies necessary to prepare a response” (Norman & Shallice, 2000).
Accordingly, the brain development during childhood and adolescence is characterized by
a major growth in the frontal lobe, where most of problem solving processes such as
planning are localized (Stuss & Alexander, 2000).
The aim of this study is to verify the evolution of thinking over age levels, as subjects are
asked to make a tactical decision when watching play sequences in soccer, with respect to
the dominant statement types in verbal reports.
METHOD: The present work was submitted and approved by the Committee of Ethics in
Researches with Human Beings of the Federal University of Viçosa (CEPH: 403.759). The
legal tutors of each players signed an informed assent form before the realization of the
tests, allowing the participation of the players to the study and the usage of the data for
research purposes. The sample was composed of 90 male soccer players of the following
categories: Under-11 (n= 18), Under-13 (n= 18), Under-15 (n=18), Under-17 (n=18), and
Under-20 (n=18) of a Soccer Club affiliated to the Soccer Federation of the State of Rio de
Janeiro in Brazil (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, FERJ), and to the
Brazilian Soccer Confederation (Confederação Brasileira de Futebol, CBF).
Each subject was presented the same sequence of eleven video soccer plays of 8 to 12
seconds each, which ended by a frozen image of 2 seconds. The subjects were asked to
tell what they would have been doing if they were the player in possession of the ball when
the image had fixed. The answers were recorded and analyzed according to Ward’s
adaptation (Ward et al., 2003) of the protocol elaborated by Ericsson and Simon (1993). The
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198
content of the provided reports were distributed in four main categories of statements: (a)
monitoring statements, described as the recalls to current actions or descriptions of current
events; (b) evaluations, described as some form of comparison, assessment, or appraisal
of events that are situation-, task-, or context-relevant; (c) predictions, described as
anticipation or highlights of future or potential future events; and (d) planning statements,
described as the decision(s) on a course of action in order to anticipate an outcome or
potential outcome of an event (Roca et al., 2011). Each scene was ascribed the dominant
statement type amongst the four listed above when analyzing the verbatim of the justification
of their tactical decision. Each answer was compared to the four most relevant options
determined by the unanimity between a panel of experts. In the present study, the frequency
of each dominant statement type was calculated for each subject.
Descriptive analysis provided means and standard deviations. To calculate the differences
between frequencies of dominant statement types, statistical analysis was conducted with
the Chi-square test, using the age categories (Under-11, -13, -15, -17, and -20) as the
between-participant factor, and the verbal statement type (monitoring, evaluation,
prediction, planning) as within-participant factors. All the statistical procedures adopted the
significance level of p < 0,05 and were performed on SPSS (Statistical Package for Social
Science) for Windows®, version 20.0.
RESULTS: Table 1 shows the means and standard deviations of frequencies of the
dominant statement types, in each age level. Figure 1 presents the means and the trend
lines of the dominant statement types, also for each age level.
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Table 1 - The means and standard deviations of the frequencies of the dominant statement
types, for each age level.
Monitoring Evaluation
3,75
2,5
1,25
0
Under-11 Under-13 Under-15 Under-17 Under-20
Figure 1 - The means and trend lines of frequencies of dominant statement types, for each
age level.
Several significant differences were verified through age categories: players provided
different dominant statement types as the age level increased. Differences were first found
in monitoring statements, where U-11 < U-15 and U-20 (p=0; p=0.009), U-13 > U-15 (p =
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200
0.016), U-15 < U-17 (p = 0.002). Monitoring trend lines shows a decreasing tendency of that
type of statement in time. Second, more differences were found in prediction and planning
statements, where U-11 < U-15 in prediction (p = 0.042); U-13 < U-15 (p = 0.047), and U-
17 < U-20 in planning (p = 0.022). Trend lines show a general increase of prediction
statements and an ascendant curve for the planning statements over time.
According to the trend lines, it also seems that the Under-15 age level is a turning point in
the way the subjects verbalize their decisions: the decrease of monitoring statements slows
down; evaluation statements start decreasing; prediction statements increase becomes
alleviates; and planning statements increases.
Such as mentioned by Mata and collaborators (2011), it is expected that the decision-making
skills are not yet developed as much as in their elder parts, and due to the likely proportional
amount of practice, young players know less than older players. The increase of prediction
statements is in line with the evidence that the accumulation of soccer activity time seems
to improve anticipation (Roca, Williams, & Ford, 2012). In that sense, a formal training
context features competition that encourages organized practice, that is aimed to make the
team win (Ford & Williams, 2012). Plus, this whole process is in concert with the mutual
relation between “doing” and “knowing”, thus in this case, to do repeatedly would have
enhanced the knowledge of the game (Allard & Starkes, 1991; M. Williams & Davids, 1995).
Finally, to observe more planning and less monitoring is in line both with the players’
neuropsychological development and the experience, since more experienced subjects
show ability to decide upon likely consequences, and imagine what result could happen
beyond one action despite the uncertainty of the course of the events in the play (Deleplace,
1996; Stuss & Alexander, 2000).
CONCLUSION: It was verified that players do present different thinking over time, and that
these differences allow the player to take more accurate decisions as he undergoes formal
training. This implies considerations in recruitment, as for instance, thinking may allow a
better understanding of the given tactical directives as well as a better communication with
teammates, in order to solve problem and subscribe to a game model (J. Garganta,
Guilherme, Barreira, & Rebelo, 2013).
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203
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204
Contudo, estudos têm apontado que as funções executivas têm papel importante para um
desempenho bem sucedido no futebol em atletas de categorias inferiores (VERBURGH et
al., 2014) e categoria adulto (VESTBERG et al., 2012). Assim, considerando que o bom
desempenho de funções executivas pode prever o sucesso no futebol, torna-se relevante
avançar no entendimento dessa temática na categoria Sub-20, uma vez que pouco se sabe
se as funções executivas podem contribuir para a seleção de atletas brasileiros dessa
categoria que poderão se profissionalizar futuramente.
Outro importante construto a ser considerado, que contribui para o rendimento de um atleta
durante treinos e competições, é a motivação (GARCÍA-MAS et al., 2010). No esporte, a
motivação é entendida através de um modelo multidimensional que consiste da motivação
intrínseca, extrínseca e desmotivação/amotivação (PELLETIER et al., 1995). Desse modo,
buscar conhecer a relação dessa variável ao desempenho técnico tático na competição
pode contribuir para a formação profissional desses atletas, uma vez que a motivação
intrínseca e extrínseca contribui positivamente para o comprometimento e satisfação de
atletas com o futebol (GARCÍA-MAS et al., 2010; COSTA et al., 2011).
Nessa mesma direção, a utilização de informações objetivas decorrentes das análises
durante o jogo pode contribuir positivamente para preparação das equipes e tem sido
considerada no futebol (GARGANTA, 1997; CARLING; COURT, 2013; MORAES;
CARDOSO; TEOLDO, 2014). Estudos que analisaram o comportamento tático de atletas
de futebol em categorias inferiores apontam para uma relação positiva entre variáveis
cognitivas e comportamento tático (GONZAGA et al., 2014), assim como, para fatores
motivacionais e desempenho no futebol (GARCÍA-NAVEIRA e REMOR, 2011).
Dessa forma, o objetivo deste estudo piloto foi verificar se há correlação entre os construtos
motivação, funções executivas e desempenho técnico tático em atletas federados de futebol
da categoria Sub-20 competindo a nível estadual.
MÉTODO: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) sob o
protocolo CAAE – 39153614.1.0000.5149. A amostra foi de cinco atletas do sexo
masculino, média de 18,80 ± 0,45 anos, pertencentes a um clube de futebol de rendimento,
da categoria Sub-20. Para análise de jogo, a amostra foi composta por 71 sequências
ofensivas realizadas em uma partida disputada pelos atletas a nível estadual. O nível de
motivação foi avaliado pela Escala de motivação no esporte - SMS (COSTA et al., 2011);
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205
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objetivos; MI-EE: Motivação intrínseca para experiências estimulantes; ME-I: Motivação extrínseca de
introjeção; ME-ID: Motivação extrínseca de identificação.
A partir dos resultados, observa-se que foram encontradas correlações negativas entre
dimensões do construto de motivação e indicadores técnico tático, as quais podem ser
classificadas como forte (0,6 ≤ r < 0,9) e muito forte (0,9 ≤ r < 1,0). Em geral, as análises
demonstraram que fatores externos ligados a algum tipo de recompensa, ou mesmo a
busca pela titularidade e ascensão a equipe profissional podem influenciar a participação
do atleta na partida no que diz respeito à recepção de bola. Verificou-se ainda, que fatores
pessoais que levam o atleta a buscar novas habilidades e movimentos no futebol podem
influenciar o volume de jogo total do atleta na partida.
Quanto à memória de trabalho, houve correlação muito forte e negativa entre a medida de
Cubos de Corsi - ordem inversa e a dimensão de motivação intrínseca para conhecer,
indicando que fatores pessoais ligados à curiosidade e a busca de compreensão que o
atleta deseja obter sobre o futebol pode interferir na utilização da memória de curto prazo.
Já a medida de controle inibitório (FDT - erros totais – Etapa de inibição) correlacionou-se
negativamente com as dimensões de motivação extrínseca de introjeção e de motivação
extrínseca de identificação. Quanto à medida de flexibilidade cognitiva (FDT - erros totais –
Etapa de flexibilidade), verificou-se uma correlação negativa entre a dimensão de
motivação intrínseca para experiências estimulantes. Em síntese, esses achados indicam
que quanto maior a motivação extrínseca dos atletas menor é o número de erros
relacionados ao controle inibitório (FDT - erros totais – Etapa de inibição), ocorrendo à
inibição de comportamentos ou rotinas automáticas e a execução de rotinas controladas ou
conscientes em prol do que é mais apropriado ou preciso. Da mesma forma, atletas mais
motivados intrinsecamente tenderam a ter um menor número de erros relacionados à
flexibilidade cognitiva (FDT - erros totais – Etapa de flexibilidade), o que mostra que os
atletas conseguem perceber as mudanças do ambiente e reagir a elas rapidamente
adaptando-se às situações diversificadas, sendo esta característica relevante para o bom
desempenho na realização de tarefas dinâmicas e imprevisíveis, como o futebol
(VESTBERG et al., 2012).
Por fim, verificou-se a correlação entre os indicadores técnico tático e medidas de funções
executivas. Assim, houve correlação entre o número de bolas recebidas e a medida de
controle inibitório (FDT - erros totais – Etapa de inibição) (r= 0,89, p<0,05); bem como
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207
REFERÊNCIAS
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MÉTODOS:
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de uma ação. Assim que o vídeo era pausado o avaliado estava instruído a responder o
mais rápido possível “o que o portador da bola deveria fazer” naquele momento.
Após a gravação das respostas do teste o material de áudio obtido foi transcrito para
formato digital em documentos de Word®, em um computador portátil (POSITIVO modelo
T 3300 processador Intel Core™ i3). Os dados transcritos foram analisados e comparados
junto ao painel de peritagem oficial do teste desenvolvido por Mangas (1999).
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RÁPIDO
LENTO
*
Variabilidade do diâmetro pupilar (%)
16
Linha de tendência (RÁPIDO)
14
Linha de tendência (LENTO)
12
10
8
*
6
4 *
2 *
0
-2
-4
M1 M2 M3 M4
Momentos de avaliação
Figura 1: Diferenças entre os grupos com tempo de decisão rápido e lento na variabilidade
do diâmetro pupilar (VDP) nos diferentes momentos do teste. Diferenças significativas
(p<0,05) foram representadas por(*).
Estes achados podem ser explicados uma vez que jogadores que tomam decisões
mais rápidas provavelmente conseguem processar de modo mais eficiente os julgamentos
que antecedem estas tomadas de decisão. Fato que é garantido por possuírem capacidades
perceptivo-cognitivas mais aprimoradas (WILLIAMS et al., 2012).
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213
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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juego que se inicia cuando un equipo adquiere control del balón y finaliza en el momento
en el cual el otro equipo recupera el control del mismo); (ii) una diferencia de puntaje menor
o igual a 10 puntos; y (iii) la utilización de defensa individual por parte del equipo sin
posesión del balón.
Para realizar el análisis de la aplicación del saber táctico se utilizaron las DCE (Dinámicas
de Creación de Espacios) (LAMAS et al., 2011), las cuales son definidas como
comportamientos ofensivos que tienen como objetivo crear espacio en el sector defensivo
proporcionando las condiciones para que ocurra una finalización. Indicando siete clases de
DCE: a) DCBD (Desmarque con balón con drible); b) DCSD (desmarque con balón sin
drible); c) APe (Aclarado en el Perímetro); d) AI (Aclarado Interior); e) DSB (Desmarque sin
balón); f) BD (Bloqueo Directo); g) BI (Bloqueo Indirecto). Pudiendo utilizarse las DCE
DCBD, DCSD, APe y AI en situación 1x1; las DCE DSB y BD en situación 2x2; y la DCE BI
en situación 3x3.
Los datos se procesaron, se describieron todas las variables mediante frecuencia relativa y
eficiencia, y se realizó un análisis de diferencias de proporciones y test de contingencia (X 2-
chi cuadrado) para relacionarlas (α=0,05). El tratamiento estadístico fue realizado con el
software SPSS versión 17.0.
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significativa entre la utilización de las DCE agrupadas en función del número de jugadores
implicados en 1x1 y 2x2, no así en 3x3 (Test diferencia de proporciones p=0,22).
El Gráfico 2 presenta la ocurrencia y eficiencia de las DCE en situaciones de 1x1. En
categoría U-13 la DCBD se utilizó 289 veces (49% del total de las situaciones 1x1), la DCSD
117 veces (20% del total), el APe 80 veces (14% del total) y el AI 106 veces (17% del total).
Mientras que en categoría U-15 en situación 1x1 se observó que la DCBD se utilizó 294
veces (37% del total), la DCSD 94 veces (12% del total), el APe 183 veces (23% del total)
y el AI 224 veces (28% del total).
400
350
300
250
200
150
100
50
0
DBCD DCSD APe AI DSB BD BI
1x1 2x2 3x3
U-13 N U-15 N
Gráfico1: Utilización de las Dinámicas de Creación de Espacio (DCE) contra defensa individual en las categorías U -13 y U-15
40%
35% *
30%
25% *
20%
15% * *
10% * * *
* * *
5% *
0%
*
Sucedio Sucedio y Sucedio Sucedio y Sucedio Sucedio y Sucedio Sucedio y
Convirtio Convirtio Convirtio Convirtio
Dinamica creación de Dinamica creación de Dinamica creación de Dinamica creación de
espacios DCBD espacios DCSD espacios APE espacios AI
Categoría de los Jugadores U-13 Categoría de los Jugadores U-15
Gráfico 2: Ocurrencia y eficiencia de las Dinámicas de Creación de Espacio (DCE) en situaciones de 1x1 en las categorías U-13 y U-15.
Donde los asteriscos indican que existe diferencia significativa entre las proporciones comparadas.
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En situaciones 2x2 contra defensa individual el DSB se utilizó 354 veces (81% del total de
las situaciones 2x2) en categoría U-13 y 135 veces (36% del total) en categoría U-15,
mientras que el BD se utilizó 83 veces (19% del total) en la categoría U-13 y 237 veces
(64%del total) en la categoría U-15. No existiendo diferencias significativas en el
aprovechamiento de las DCE DSB (U-13 36%, U-15 38%) y BD (U-13 27%, U-15 26%).
REFERENCIAS
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RESUMO: Objetivou-se validar cenas de vídeo reais dos jogos de voleibol. Utilizou-se o
coeficiente da validade de conteúdo (CVC) proposto por Hernández-Nieto (2002).
Participaram do presente estudo cinco treinadores da seleção brasileira de Voleibol, peritos
na modalidade, com experiência mínima de dez anos na mesma. Os peritos avaliaram as
cenas conforme os critérios de “clareza de imagem”, “pertinência prática” e
“representatividade do item” (HERNÁNDEZ-NIETO, 2002). Os resultados demonstraram
que os critérios “clareza de imagem” (CVC=0,92), “pertinência prática” (CVC=0,96) e
“representatividade do item” (CVC=0,96) apresentaram níveis satisfatórios de CVC. A
validade ecológica foi verificada pela convergência entre a ação do jogador e a decisão dos
peritos (100 x 100). Somente consideraram-se válidas as cenas em que os cinco peritos
apontaram a mesma escolha da que a realizada pelo atleta, evidenciando uma
convergência total na tomada de decisão. Com relação aos sinais relevantes, todos os
treinadores indicaram os mesmos pontos de atenção para a tomada de decisão. Desta
forma, a partir das 212 cenas inicialmente elaboradas, 66 cenas foram validadas. As cenas
validadas por meio do CVC possibilitam a avaliação do conhecimento tático declarativo,
portanto, auxiliam no planejamento dos processos de ensino-aprendizagem-treinamento
(E-A-T) de atletas de voleibol masculino.
Palavras-chave: Voleibol; Coeficiente de Validade de Conteúdo; Conhecimento Tático
Declarativo.
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MÉTODOS: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade
Federal de Minas Gerais – COEP/UFMG (parecer: 821.295). Participaram voluntariamente
do estudo cinco treinadores peritos na modalidade Voleibol (n=05). Conforme recomenda
Balbinotti, Benetti e Terra (2006), os critérios de seleção adotados foram (1) experiência
mínima de dez anos no processo de iniciação esportiva, especialização e alto nível de
rendimento, (2) desempenhar atualmente o papel de treinador da modalidade e (3) não ter
participado de nenhuma etapa da pesquisa. Neste estudo, todas as cenas de jogos foram
filmadas sob a perspectiva de topo, com distância aproximada de sete a nove metros da
quadra, permitindo ao observador a visão total da quadra e percepção de profundidade nas
diferentes situações, tornando as situações apresentadas o mais próximas possível da
realidade ambiental. Os voluntários analisaram toda a situação de jogo em sequência de
tempo e espaço reais, permitindo a escolha da melhor decisão a ser tomada pelo atleta na
definição da ação em busca do ponto.
Para a validação das cenas utilizaram-se os critérios metodológicos apresentados
por Pasquali (2003). Assim, empregou-se o Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC)
para conhecer o grau de concordância entre os peritos a respeito de cada item
(BALBINOTTI, 2005). Também avaliou-se a validade de conteúdo, preenchendo a lacuna
das propriedades métricas do Kappa, por exemplo, que avalia apenas a fidedignidade e a
consistência do instrumento (GRECO et al., 2014). Os critérios utilizados para o CVC foram:
“clareza de imagem”, “pertinência prática” e “representatividade do item” (HERNÁNDEZ-
NIETO, 2002).
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223
REPRESENTATIVIDADE
CLAREZA DE IMAGEM PERTINÊNCIA PRÁTICA
DO ITEM
CVCt CVCt CVCt
0,92 0,96 0,96
Tabela 1. Resultados do CVCt para todos os critérios de validação
REFERÊNCIAS
BALBINOTTI, M.A. Para se avaliar o que se espera: Reflexões acerca da validade dos
testes psicológicos. Aletheia, v.21, p.43-52, 2005.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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BALBINOTTI, M.A.; BENETTI, C.; TERRA, P.R. Translation and validation of the Graham-
Harvey survey for the Brazilian context. International Journal of Managerial Finance, v.3,
p.26-48, 2006.
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Desta forma, os alunos orientados para o domínio da Tarefa possuem motivação intrínseca
elevada, atitudes positivas frente ao objeto de ensino e um autoconceito de competência
indiferenciado, pois quer melhorar em relação a si mesmo (LI; LEE; SOLMON, 2005). Além
disso, estão preocupados com o domínio da atividade, almejam a aprendizagem e, nas
situações de insucesso, encaram os erros de forma positiva, considerando-os como
referência para uma próxima etapa no desenvolvimento de sua competência (MARANTE;
FERRAZ, 2006; HIROTA; TRAGUETA, 2007).
Por outro lado, no clima orientado para o Ego, o sucesso é superior à habilidade, existe
comparação entre indivíduos, tendência a meios ilícitos para vencer, busca por atividades
com menor grau de dificuldade, níveis altos de ansiedade e de tensão. Segundo Duda e
Nicholls (1992), nesta orientação os sujeitos são motivados por fatores externos
(demonstração de superioridade busca de reconhecimento social, prêmios) e mostram-se
preocupados com a comparação de sua capacidade com a das outras pessoas. Desta
forma, tendem a demonstrar capacidade superior (mesmo não a tendo), apresentam uma
sensação de competência, onde o que importa é o resultado, não são muito persistentes e
atribuem o êxito às suas habilidades, ao seu esforço e à sorte. Por isso, tendem a não
valorizar o esforço e não focam a evolução que podem ter tido durante aquele aprendizado,
ou seja, a comparação do seu próprio nível de competência anterior com a atual
(CAETANO; JANUÁRIO, 2009).
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desenvolvido por Duda e Nicholls (1992) e, traduzido, adaptado e validado por Hirota e De
Marco (2006), em que podemos identificar se o indivíduo é orientado Ego ou orientado
Tarefa.
RESULTADOS: O Alfa de Cronbach encontrado para orientação para Tarefa foi de 0,81, e
para orientação para o Ego de 0,71, apresentando índices adequados. Vale lembrar que
este resultado pode variar de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1 melhor o resultado obtido.
4,5 4,15
4 Orientado Ego- Média
3,5
3 2,53 DP
2,5
2 Orientado Tarefa-
1,5 Média
1 DP
0,37 0,32
0,5
0
Os indivíduos orientados para Tarefa podem ser competitivos, mas julgando sua
competência em termos de auto-referência e "fazendo o seu melhor" no contexto
competitivo. A orientação para Ego foi associado claramente com incentivos
estado/reconhecimento, demonstrando que estes indivíduos são referenciados mais por
fatores extrínsecos. Os resultados apóiam a visão de que uma orientação para a tarefa é
motivacionalmente positivo, pois está associada a razões mais intrínsecas para o
envolvimento no esporte.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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REFERÊNCIAS
LI, Weidong; LEE, Amelia M.; SOLOMON, Melinda A. Relationships among dispositional
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
229
leticia_vbarbosa@hotmail.com
RESUMO: Estresse é algo comum na sociedade e está presente no esporte como um alvo
para caracterizar as tensões que os atletas se deparam - Síndrome de Burnout (SB). Essa
síndrome no âmbito esportivo possui três dimensões: “exaustão física e emocional”,
“reduzido senso de realização” e “desvalorização esportiva”. Para lidar com tais tensões,
esforços cognitivos e comportamentais podem ser utilizados para tentar diminuir os níveis
de estresses pelos atletas, sendo conhecidos como Estratégias de Coping. No Brasil uma
das principais modalidades é o Voleibol e o mesmo não está fora dessa realidade. Sendo
assim, objetivou-se correlacionar nesse estudo a SB com as Estratégias de Coping e o
tempo de prática (TP) em atletas de Voleibol do sexo feminino. Para coleta utilizou-se o
Questionário de Burnout para Atletas (QBA) para a síndrome, e o Athletic Coping Skills
Inventory- 28 (ACSI-28) para avaliar as Estratégias de Coping. Os dados foram coletados
individualmente no Campeonato Mineiro de Voleibol 2013 - Categoria Infanto-juvenil
Feminino, e correlacionados através do teste de Spearman. Os resultados apontaram
correlação entre Burnout e TP, e também entre as Estratégias de Coping mais utilizadas
(concentração), com TP. Assim, atletas com maior TP tiveram maior concentração e menor
síndrome.
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A formação de atletas tem se dado através de um processo intenso que visa um rendimento
rápido. Tal processo culmina em diversas tensões, uma delas é o estresse, denominada
Síndrome de Burnout (SB) (AZEVEDO, 2008). Atualmente, o estresse tem sido explicado
como um processo onde as variáveis ambientais influenciam a percepção do atleta,
proporcionando manifestações psicofisiológicas que irão interferir no seu desempenho
(WEINBERG e GOULD, 2001). Raedeke (1997) defende a ideia de ser constituída por três
dimensões: “Esgotamento Físico e Emocional” (EFE), que são sentimentos frequentes de
extrema fadiga física e emocional associadas às exigências dos treinamentos e
competições; “Desvalorização Esportiva” (DE), refere-se a desvalorização e perda de
interesse pela modalidade em comparação com outras atividades de sua vida, onde o atleta
deixa de preocupar-se com seu rendimento; “Reduzido Senso de Realização Esportiva”
(RSR), que reflete avaliações negativas e insatisfatórias sobre si mesmo em relação ao
esporte, na qual o atleta pode frustrar-se por não alcançar suas metas e rendimentos
pessoais. Estratégias podem ser utilizadas para tentar diminuir tais níveis de estresse dos
atletas devido à pressão sofrida por eles.
Dessa forma, o presente estudo possui como objetivo identificar se existe ou não a
Síndrome de Burnout e qualificar as Estratégias de Coping utilizadas pelo grupo de atletas
participantes do Campeonato Mineiro de Voleibol 2013 - Categoria Infanto-Juvenil
Feminina.
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final do Campeonato Mineiro de Voleibol 2013, que aconteceu em Lavras- MG, com média
de idade de 15,87 anos (± 0,77), tempo de prática médio de 5,24 anos (± 2,21). Este estudo
foi enviado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos (COEP) como
adendo da pesquisa “Motivos de Início, Manutenção, Mudança e Abandono e a Síndrome
de Burnout no Voleibol competitivo Brasileiro” o número de parecer 160.065. Como
instrumentos foram usados o Questionário de Burnout para Atletas (QBA) para avaliar o
nível de burnout nas suas três dimensões e Burnout Total (BT), e o Athletic Coping Skills
Inventory - 28 (ACSI-28) para avaliar as estratégias escolhidas pelas atletas nas diferentes
situações. Os pais e/ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), e todas as atletas foram solicitadas a responderem os questionários.
Os dados foram analisados através de pacote estatístico SPSS versão 20.0. Adotou-se o
teste Alfa (α) de Combrach para determinar a consistência interna deste questionário. A
normalidade dos dados foi identificada pelo teste Kolmogorov – Smirnov. Para correlacionar
as Estratégias de Coping e SB foi utilizado o teste não paramétrico de Spearman.
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Analisando a Tabela 3, é possível observar que existe correlação significativa entre o tempo
de prática e a estratégia de enfrentamento “concentração”. Sendo assim, quanto maior o
tempo de prática, maior será o nível de concentração do grupo de atletas.
Os estudos desenvolvidos por Caruzo (2010) com atletas de vôlei de praia, diferem dos
resultados encontrados neste estudo, pois tais atletas utilizam as estratégias “ausência de
preocupação”, “concentração”, e “treinabilidade”. Por outro lado, nos estudo de Vieira et
al., (2013), com atletas de vôlei de praia, as estratégias “lidar com adversidade” e
“concentração”, corroboram com o estudo presente, diferindo somente na estratégia
“rendimento máximo sob pressão”.
Corroborando com o presente estudo, Zilio (1994), em sua pesquisa obteve conclusões
similares, comprovando que existem aspectos positivos do tempo de prática para diminuir
as situações de estresse, e que, para as atletas com menos experiência poderá significar
uma situação de estresse elevado. Coimbra (2011) demonstrou que os indivíduos com
maior tempo de prática não se distraem facilmente e são capazes de se manter
concentrados na tarefa a ser realizada, mesmo em situações inesperadas. Keller et al.
(2005), afirma que a Síndrome de Burnout relacionada ao TP influencia no desempenho
das atletas.
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233
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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RESUMO: O objetivo deste estudo foi verificar a influência da impulsividade por não
planejamento sobre o desempenho tático de jogadores de futebol da categoria sub-15. A
amostra foi composta por 18 jogadores da categoria sub-15. Para avaliação do
desempenho tático utilizou-se o FUT-SAT. Para o desempenho tático foram utilizados o
Índice de Performance Tática Ofensiva (IPTO), o Índice de Performance Tática Defensiva
(IPTD), e o Índice de Performance Tática de Jogo (IPTJ). Para avaliação da impulsividade
por não planejamento foi utilizado o IGT. A medida utilizada no IGT foi a Tendência Geral.
Foram utilizados os testes de Shapiro-Wilk e Mann-Whitney, sendo o nível de significância
adotado de p<0,05. Para realização das análises estatísticas foi utilizado o SPSS for
Windows, versão 22. Conclui-se que para esta amostra não houve influência da
impulsividade por não planejamento sobre o desempenho tático de jogadores de futebol da
categoria sub-15.
Palavras-chave: Futebol, Impulsividade, Desempenho Tático.
INTRODUÇÃO
A avaliação do desempenho tático no futebol vem sendo utilizada para ilustrar a
capacidade que jogador e equipe possuem na realização de ações durante uma partida
(GRÉHAIGNE; BOUTHIER; DAVID, 1997). Estudos têm revelado que jogadores com
maiores níveis de desempenho apresentam processos cognitivos mais bem desenvolvidos
do que os jogadores com níveis de desempenho inferiores (HELSEN; STARKES, 1999;
WARD; WILLIAMS; NORTH, 2003).
No que refere à avaliação do desempenho tático e variáveis relacionadas à cognição,
a impulsividade por não planejamento vem sendo destacada. A impulsividade por não
planejamento é um padrão comportamental caracterizado por várias manifestações de
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236
respostas rápidas, sem uma reflexão adequada (MOELLER et al., 2001). Em pesquisa
recente, jogadores de futebol menos impulsivos foram mais eficientes na realização dos
princípios táticos ofensivos. Também, foi observado que os jogadores com menor tempo
de reação apresentaram melhor desempenho tático de jogo, o que sugere que a
capacidade que o jogador possui para responder rapidamente aos estímulos que surgem
aleatoriamente pode contribuir para um melhor desempenho tático (GONZAGA, 2013).
Porém, para investigar como a impulsividade por não planejamento pode condicionar
o desempenho tático dos jogadores, torna-se importante a utilização de protocolos de
avaliação que permitam mensurar essas duas variáveis de maneira precisa. Esses
protocolos utilizados em diferentes amostras de clubes de futebol podem fornecer
informações mais precisas sobre o efeito dessa variável no jogo.
Assim, o objetivo do estudo foi verificar a influência da impulsividade por não
planejamento sobre o desempenho tático de jogadores da categoria sub-15.
MÉTODOS
Amostra
A amostra foi composta por 1205 ações táticas realizadas por 18 jogadores de
futebol da categoria sub-15, de um clube de Minas Gerais. Para critério de seleção da
amostra, os jogadores do clube deveriam participar de treinamentos regulares (três vezes
por semana) e de torneios de nível regional.
Instrumentos e Procedimentos
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos
da Universidade Federal de Viçosa (CEPH) sob o seguinte protocolo: Of. Ref. N.
132/2012/CEPH. Para avaliar o desempenho tático dos jogadores, foi utilizado para a
análise e coleta de dados o Sistema de Avaliação Tática no Futebol - FUT-SAT (TEOLDO
et al., 2011). Os participantes deveriam participar de um jogo (3 vs 3, mais goleiros),
seguindo as regras oficiais do futebol, exceto impedimento. O jogo foi gravado por uma
câmera filmadora e as imagens utilizadas para avaliação tática dos jogadores. Para a
avaliação da impulsividade foi utilizado o Iowa Gambling Task – IGT, desenvolvido por
Bechara et al. (1998) e traduzido para o português do Brasil por Malloy-Diniz et al (2008)
(IGT-Br). Este teste avalia o processo de tomada de decisão afetiva e impulsividade por
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237
Materiais
Para a gravação dos jogos utilizou-se uma câmera digital SONY modelo HDRXR100.
Os vídeos obtidos foram transferidos para um computador portátil modelo POSITIVO
Premium 4A015RX8T, processador Intel Pentium Dual core ™, sendo convertidos para
ficheiros “avi” através do programa Format Factory for Windows®. Para a análise dos jogos
após a coleta, utilizou-se o software Soccer Analyser.
Análise Estatística
Para caracterização da amostra foi utilizada análise descritiva (média e desvio
padrão). A variável dependente do estudo foi o Índice de Performance Tática (IPT), sendo
divididos em Índice de Performance Tática Ofensiva (IPTO), Índice de Performance
Defensiva (IPTD), e Índice de Performance Tática de Jogo (IPTJ). A variável independente
do estudo foi o IGT, utilizando a medida de tendência geral. Assim, os valores no IGT foram
divididos em Alto e Baixo de forma que os índices de desempenho foram comparados
através deste parâmetro. Para verificar a normalidade dos dados foi utilizado o teste
Shapiro-Wilk. Para comparação entre os grupos foi utilizado o teste Mann-Whitney. O
software SPSS versão 22 foi utilizado, considerando p<0,05 em todas as análises.
RESULTADOS
Os resultados do estudo podem ser observados na tabela 1. As comparações
realizadas foram entre o IPTO, IPTD e IPTJ e o nível do IGT (Alto e Baixo), que representa
a impulsividade por não planejamento. Não foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas nas comparações.
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238
Esses resultados indicam que para esta amostra ser impulsivo não representou um
menor ou maior desempenho tático. A impulsividade ser tratada de forma sempre negativa
pode depender do tipo de esporte e exigências que um jogo pode proporcionar (DICKMAN;
MEYER, 1988). Mais pesquisas com essa temática seriam interessantes com o intuito de
verificar os efeitos da impulsividade na componente tática do jogo de futebol.
CONCLUSÃO
Conclui-se que jogadores que possuíram níveis de impulsividade por não
planejamento maiores não se diferem dos jogadores que possuíram níveis de impulsividade
por não planejamento menores, em relação ao desempenho tático. Portanto, para esta
amostra a impulsividade por não planejamento não influencia o desempenho tático dos
jogadores de futebol.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho teve o apoio da SEEJ-MG através da Lei Estadual de Incentivo ao
Esporte, da FAPEMIG, da CAPES, do CNPQ, da FUNARBE, da Reitoria, Pró-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade
Federal de Viçosa.
REFERÊNCIAS
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Memory from Decision Making within the Human Prefrontal Cortex. The Journal of
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ao adversário (SOUZA, et.al., 2014). As pesquisas sinalizaram também que este fator
influencia no resultado final da partida, e que o maior valor de mobilidade e unidade
defensiva podem ser determinantes para vitória (CARVALHO; SCAGLIA; COSTA, 2013;
SILVA, et.al., 2013). Identificou-se alterações no desempenho tático em relação ao estatuto
posicional, onde meio campistas obtiveram superioridade em relação aos atacantes no
princípio tático unidade ofensiva. Esta diferença entre o estatuto posicional não pode servir
de base para todas as categorias, pois estudos similares com diferentes categorias
apresentam outros resultados (PADILHA; MORAES; COSTA, 2013). Estudo que mensurou
o conhecimento tático processual aponta alta associação entre conhecimento tático
processual convergente e divergente, geral e específico, em diferentes categorias do
futebol, confirmando que os jogadores que demonstram mais inteligência de jogo são
também mais criativos. Não foi encontrada relação entre o conhecimento tático declarativo
e processual (GIACOMINI, et.al., 2010).
Os padrões de jogo (análise tática) também foram estudados. Observou-se como fator
indicativo ao sucesso das equipes o grande número de bolas recuperadas no setor médio
defensivo, principalmente nas laterais do campo, com interceptações de passe. É
importante salientar que a predisposição a evitar confrontos de 1X1 no setor defensivo pode
ser efetivo para não sofrer gols; esta tendência tem por base a grande incidência de
fragmentos constantes do jogo e poucas roubadas de bola nesse setor. Outra variável
importante é a velocidade de transição da bola, devendo ser constante durante o jogo, para
ampliar a posse de bola. Equipes que apresentaram resultados positivos em diversas
competições tem tendências a manter o seu padrão de jogo indiferente do placar da partida
(SANTOS; MORAES; COSTA, 2015; MORAES; CARDOSO; COSTA, 2014).
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244
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otavioluiz.1993@gmail.com
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e praticado em muitos países por pessoas das mais diversas etnias, classes sociais,
religiões e faixas etárias. Com esse crescimento do voleibol, crianças e adolescentes
começaram a ter mais opções para poderem praticar o esporte, o que leva a possibilidade
de muitos deles se tornarem atletas. Juntamente com essa possibilidade, acompanham
vários fatores ligados aos motivos de terem procurado essa prática e o porquê de
continuarem ou abandonarem o esporte. Fatores estes que hoje, são objetos de estudos
das áreas de Educação Física e da Psicologia do Esporte. (CARMO, et. al., 2007; SILVA,
2012; WEINBERG; GOULD, 2001; CARMO, et. al., 2009).
Com isso, tornou-se objetivo desse estudo analisar quais poderiam ser os possíveis motivos
que levaram os atletas universitários da UFLA a iniciarem, e quais poderiam ser os motivos
para abandonarem o esporte, que em questão é o voleibol. E na obtenção dos resultados,
buscar compará-los através do fator sexo, uma vez que serão analisados dados de times
masculinos e femininos.
Para tratamento estatístico descritivo, tendo utilizado a média e o desvio padrão. Outra
análise realizada foi o teste não paramétrico de Mann-Whitney utilizado para comparar as
populações.
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cumprissem” obteve a maior média no presente estudo, pode-se ver que os motivos
intrínsecos acabam se sobressaindo.
CONCLUSÃO: O objetivo principal desse estudo foi caracterizar os motivos que levaram
os atletas universitários da UFLA a iniciarem no voleibol, e os possíveis motivos que podem
acarretar no abandono dos mesmos, comparando-os posteriormente de acordo com o sexo.
É importante destacar que os resultados obtidos nessa pesquisa podem servir como um
parâmetro, porém, não deve ser generalizado a outras populações devido às
especificidades do grupo. Diante dos resultados encontrados, pode-se observar que para
os homens do presente estudo a diversão, a influência advinda de dentro de sua própria
casa e o motivo do esporte ser praticado perto de onde mora, são os fatores principais para
uma motivação de terem iniciado no voleibol. Já entre as mulheres, esse estudo mostrou
que a preocupação com a estética e o crescimento pessoal são os motivos que mais
apareceram no estudo. Isso leva a concluir que motivos intrínsecos são os mais relevantes
para as mulheres, se diferenciando dos homens, em que a predominância é de motivos
extrínsecos.
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250
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252
RESUMO:O objetivo deste estudo foi relacionar a flexibilidade cognitiva com o desempenho
tático de jogadores de futebol. A amostra foi composta por 18 jogadores de futebol da
categoria sub-15, de clubes e escolinhas de Minas Gerais. O instrumento utilizado para
avaliar a flexibilidade cognitiva foi o WCST (Wisconsin CardSorting Test). Para avaliação
do desempenho tático utilizou-se o FUT-SAT.Como variáveis do desempenho tático foram
utilizados o Índice de Performance Tática Defensiva (IPTD), o Índice de Performance Tática
Ofensiva (IPTO) e o Índice de Performance Tática de Jogo (IPTJ). A variávelutilizada para
flexibilidade cognitiva foi “categorias completadas”. Foram utilizados os testes Shapiro-Wilk
e Correlação de Spearman, sendo o nível de significância adotado de p<0,05. Para
realização das análises estatísticas foi utilizado o SPSS for Windows, versão 22. Verificou-
se que não houve relação significativa entre a flexibilidade cognitiva e o desempenho
tático.Conclui-se que para esta amostra a flexibilidade cognitiva não teve relação com o
desempenho tático dos jogadores de futebol da categoria sub-15.
PALAVRAS-CHAVE: Futebol, Desempenho Tático, Flexibilidade Cognitiva.
INTRODUÇÃO
No futebol, o desempenho tático vem sendo utilizado como medida de performance
de jogadores e equipes. O desempenho tático é definido como a execução das ações no
jogo e o resultado que estas ações provocamna equipe (MESQUITA, 1998). Nesse sentido,
para obter um desempenho tático elevado, os jogadores devem apresentar habilidades
cognitivas bem desenvolvidas (CASANOVA et al., 2009). Além disso, os jogadores têm que
se adaptar às respostas de acordo com as situações do jogo, requerendo uma flexibilidade
cognitiva desenvolvida (CAÑAS et al., 2003).
A flexibilidade cognitiva está relacionada com a capacidade de abstração e de
mudanças das estratégias cognitivas para responder às modificações do ambiente. Envolve
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253
a capacidade de inibir uma ação ou uma resposta, seguida por uma elaboração de resposta
alternativa com rapidez e apropriada à situação (SCOTT, 1962; SCHARCHAR et al., 1995).
No querefereà investigação entre a relação do desempenho tático e flexibilidade
cognitiva, poucos estudos procuramanalisar a relação entre as variáveis. Em um desses
estudos, onde foi verificado as interações entre flexibilidade cognitiva e comportamento
tático de jogadores da categoria sub-15, diferenças na flexibilidade cognitiva entre grupos
com comportamento tático mais eficiente não foram encontradas (GONZAGA, 2013).Esses
resultados apresentaram informações relevantes sobre uma categoria de formação em
específico (no caso a sub-15) identificando aspectos relevantes relacionados ao
comportamento tático dos jogadores. Assim, informações relacionadas ao desempenho
tático dos jogadores podem complementar as conclusões sobre o efeito dessa variável na
componente tática do jogo.
Em continuidade às investigações sobre a temática,o objetivo deste estudo
foirelacionar a flexibilidade cognitiva com o desempenho tático de jogadores de futebol.
MÉTODOS
Amostra
A amostra foi composta por 1205 ações táticas realizadas por 18 jogadores de
futebol da categoria sub-15, de um clube de Minas Gerais. Para critério de seleção da
amostra, os jogadores do clube deveriam participar de treinamentos regulares (três vezes
por semana) e de torneios de nível regional.
Instrumentos e Procedimentos
Para avaliar a flexibilidade cognitiva dos participantes, o teste neuropsicológico
Wisconsin Card Sorting Test (WCST) foi utilizado. A versão utilizada neste estudo constou
de 4 cartões-chave e 64 cartões de resposta de figuras geométricas na tela do computador,
que variou de acordo com três possibilidades: cor, forma e número. A tarefa exigida dos
participantes era associar as cartas de resposta com qualquer um dos principais cartões
disponíveis na tela. Cada resposta é seguida pelo feedback "certo" ou "errado". Depois de
dez associações corretas, a categoria foi alterada sem aviso aos participantes. Foi utilizado
como medida de desempenho no teste as “categorias completadas”.
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Procedimentos Éticos
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos
da Universidade Federal de Viçosa (CEPH) sob o seguinte protocolo: Of. Ref. N.
132/2012/CEPH.
Materiais
Para a gravação dos jogos utilizou-se uma câmera digital SONY modelo HDR-
XR100. Os vídeos obtidos foram transferidos para um computador portátil modelo
POSITIVO Premium 4A015RX8T, processador Intel Pentium Dual core™, sendo
convertidos para ficheiros “avi” através do programa Format Factory for Windows®. Para a
análise dos jogos após a coleta, utilizou-se o software Soccer Analyser. Além disso, a coleta
de dados do WCST foi realizada no computador portátil anteriormente mencionado.
Análise Estatística
Inicialmente foi realizada análise descritiva (frequência, média e desvio padrão).
Para verificar a normalidade dos dados foi utilizado o teste Shapiro-Wilk. Para verificar a
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relação entre as variáveis foi utilizado o teste de Correlação de Spearman, sendo o nível
de significância adotado de p< 0,05. Para realização das análises estatísticas foi utilizado
o SPSS for Windows, versão 22. Para o cálculo da fiabilidade utilizou-se o método teste-
reteste com os valores de Kappa de Cohen, sendo reanalisadas 194ações táticas que
representam 16,1% da amostra. Neste procedimento participaram dois avaliadores e os
valores de fiabilidade encontrados situaram entre o mínimo 0,820 (ep=0,062) e o máximo
1para a fiabilidade intra-avaliador, e entre o mínimo 0,862 (ep=0,023) e o máximo 0,956
(ep=0,016) para a fiabilidade inter-avaliadores.
RESULTADOS
Os resultados do estudo podem ser observados na tabela 1. Verificou-se que não
houve relação significativa entre a flexibilidade cognitiva e o desempenho tático.
CONCLUSÃO
Conclui-se que para esta amostra o desempenho táticonão teve relação com a
flexibilidade cognitiva de jogadores de futebol da categoria sub-15.
AGRADECIMENTOS
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REFERÊNCIAS
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
259
facilitam a aquisição de novas habilidades bem como a adaptação para certas situações
que afetam o desempenho.
Tavares, Greco e Garganta (2006) são enfáticos ao afirmar que a capacidade para
prever e ler as intenções dos adversários e formular uma resposta apropriada baseada em
aspectos estratégicos, táticos e técnicos é crucial para o rendimento nos jogos desportivos.
Durante prática dos JECI, segundo a psicologia cognitiva, manifestam-se duas formas do
conhecimento: conhecimento declarativo (saber o que fazer) e conhecimento processual
(saber como fazer), sendo que no primeiro consideram-se os fatos que podem ser
declarados, constituído de um corpo organizado de informações factuais, enquanto o
segundo caracteriza-se pelos procedimentos que podem ser executados por meio da
motricidade, fundamentais em ações de grande habilidade. Nessa perspectiva, os
praticantes experts dos JECI distinguem-se dos demais pela alta capacidade de tomar
decisões rápidas e eficazes sem comprometimento do seu desempenho motor durante o
jogo (TAVARES; CASANOVA, 2013).
A partir do exposto, formulou-se a seguinte pergunta: escolares praticantes de JECI
apresentam melhor desempenho em relação ao nível de conhecimento tático processual
do que escolares não praticantes? Para responder à questão-problema, traçou-se o objetivo
de comparar os níveis de desempenho de conhecimento tático processual entre escolares
praticantes e não praticantes de Jogos Esportivos Coletivos de Invasão.
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dos escolares por nível de desempenho nas ações investigadas em relação às situações
de jogo com manipulação da bola com o pé durante o teste.
Muito bom
Muito bom
Muito bom
Regular
Regular
Regular
Regular
Fraco
Fraco
Fraco
Fraco
Bom
Bom
Bom
Bom
Não praticante 17 6 1 0 28 6 0 0 29 5 0 0 34 0 0 0
Praticante 3 6 0 2 21 0 0 0 20 1 0 0 21 0 0 0
Total 20 22 11 2 49 6 0 0 49 6 0 0 55 0 0 0
Tabela 1: Frequência máxima dos alunos em relação ao nível de desempenho nas ações
técnico-táticas do jogador atacante sem posse de bola em jogo com os pés.
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Muito bom
Muito bom
Muito bom
Regular
Regular
Regular
Regular
Fraco
Fraco
Fraco
Fraco
Bom
Bom
Bom
Bom
Não praticante 32 2 0 0 32 2 0 0 34 0 0 0 34 0 0 0
Praticante 20 1 0 0 10 11 0 0 21 0 0 0 19 2 0 0
Total 52 3 0 0 42 13 0 0 55 0 0 0 53 2 0 0
Tabela 2. Frequência máxima dos alunos em relação ao nível de desempenho nas ações
técnico-táticas do jogador atacante com a posse bola em jogo com os pés.
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262
REFERÊNCIAS
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264
ABSTRACT: The aim of this study was to verify which predictor of visual search behavior
could explain the variance of anticipation performance in elite and non-elite soccer players.
Sixteen soccer players were separated into two groups of eight each at elite level and non-
elite level. Different test films were created for each one comprising ten different offensive
sequences. The duration of each clip was approximately 5s, with an intertrial period of 5s.
The Applied Science Laboratories (ASL) 3000 eye-movement registration system was wore
by participants during the whole protocol test and used for recording the visual search
behaviors. The visual search behavior, like predictors influence the capacity of anticipation
in elite and non-elite groups according to the end of the first half match based protocol.
Keywords: Visual search, soccer, decision making.
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skills underpinning the decision making in response to visual search strategies at different
moments, as first and second half, as well as the location where the player observe action
in order to have game clues (CASANOVA et al., 2013).
WILLIAMS et al. (1994) indicated that the skilled players employ more fixations on
field and of shorter duration compared with their partners which belong to less skilled
partners, specifically the visual search strategies, when analyzed video-based simulation of
11 vs. 11. Moreover, in same situation but with another approach, ROCA et al. (2013)
identified that skilled players made more fixations to more locations.
Furthermore, CASANOVA et al. (2013) have conducted an investigation where they
verify soccer players´ perceptual-cognitive skills during extend protocol and reported that,
specifically in the visual search strategies, high-level players fixed at greater number of
location during the protocol rather than low-level players. Therefore, the decision-making
accuracy might decrease in the end of the match due to intermittent exercise protocol and
consequently to the time spent for seeking relevant sources from other players’ movements.
We have verified the predictors that explain the variance of anticipation performance
between elite and non-elite soccer players, through the visual search strategy relative to the
end of the first and second half of the match during protocol. The aim of this study was to
verify which predictors of visual search behavior could explain the variance of anticipation
performance in elite and non-elite soccer players.
METHODS: Sixteen soccer players were separated at two groups of eight each at High-
level (mean age = 24.6 yr, SD = 3.9 yr) who had played at a semiprofessional or professional
level for an average of 5.1 yr (SD = 2.4 yr) and Low-level (mean age = 26.3 yr, SD = 2.9 yr)
who had only played the game at an amateur level for an average of 2.1 yr (SD = 2.4 yr).
The study was carried out with the ethical approval of the lead institution, which conforms to
the Helsinki Declaration. Test film: A panel of four elite-level soccer coaches, who all held
the Union of European Football Associations-A license. The level of agreement between
observers in regard to suitability of the clips was high (> = 0.889). Moreover, four different
test films were created, comprising ten different offensive sequences. The duration of each
clip was approximately 5 s, with an intertrial period of 5 s.
Apparatus: To ensure the image was representative of real match play the screen where
the clips were projected consists of a large screen (2.5 x 2 m) and was placed 1.5 m directly
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coefficient of determination and Beta (β) values presented in multiple linear regression
tables.
RESULTS: A multiple linear regression was undertaken in order to identify which predictors
explain the variance of the dependent variable anticipation (Table 1). Therefore, we
compared the anticipation performance of two groups, elite and non-elite soccer players.
Thus our dependent variable was the anticipation performance, and the independent
variables the predictors that we used in our prediction model were part of the visual search
strategy, which contain the number of local fixations (ball, teammate, opposition and
playerball). This analysis was performed for the first and second half of the match based
protocol.
According to the elite group, the regression model showed a moderate correlation
(r=.608) and 28% (r2=.276) of anticipation variance was explained by the predictors included
in our model, with a significance value of (p=.024). To the non-elite group, the regression
model showed a correlation (r=.744 & r2=.459) of anticipation variance is explained by the
predictors included in our model with a significance value of (p=.003).
Concerning to table 2, when analyzing the significance value of our predictors we
concluded that for elite and non-elite group the predictor “percentage of ball fixation” is
significant (p=.016 & p=.046) for elite and non-elite group, respectively. Also, the predictor
“percentage of teammate fixation” is significant just for non-elite group (p=.035).
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268
For non-elite group the best predictor which explains the variance of anticipation
variable is “percentage of teammate fixation” when compared with “percentage of ball
fixation” where we can see by Beta values. The predictor “percentage of teammate fixation”
has a value for Beta (β = 3.285) and “percentage of ball fixation” has a lower value of Beta
(β = 1.861). For the second half of the match there were no significant differences according
to the predictors.
CONCLUSION: This study analysed the predictors that could explain the variance of
anticipation according to the elite vs. non-elite groups relative to the end of the first and
second half of the match during the protocol.
Therefore, we concluded that for visual search strategy variables like “percentage of
ball fixation” both for elite and non-elite groups as well as “percentage of teammate fixation”
for non-elite groups just for the end of the first half of the match during the protocol, showed
significant values. Thus, these predictors might explain some of the variance of anticipation
in elite and non-elite groups according to the end of the first half match based protocol.
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RESUMO: O objetivo deste estudo é analisar a possibilidade pedagógica das mídias sociais
no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos esportivos junto aos alunos do
Programa Sesc de Esportes na unidade do Sesc Bertioga, litoral do estado de São Paulo.
Participaram da pesquisa 56 alunos (8 meninas e 48 meninos), entre 13 e 15 anos, do
Curso de Futebol. De caráter qualitativo, a pesquisa foi realizada a partir da aplicação de
um questionário com seis questões que visavam identificar o cotidiano dos jovens nas redes
sociais, além de quais meios de comunicação eram utilizados pelos mesmos para tomarem
contato com conteúdos esportivos. Verificou-se que os meios de comunicação que os
jovens mais utilizam para acompanhar as notícias esportivas são a televisão (73,6%) e a
internet (26,4%). Além disso, 86% dos jovens tem acesso à internet, mas somente 38% dos
alunos já acompanharam uma transmissão esportiva em tempo real via internet.
Considerando os alunos que tem acesso à internet, 75% possuem perfil em redes sociais.
A partir desta relação entre esporte e mídias, foi possível criar um canal cooperativo de
comunicação sobre a temática esportiva nas mídias sociais e os conteúdos esportivos
vivenciados pelos jovens do curso de futebol. Considerando o cotidiano dos jovens e o
grande tempo despendido nas redes sociais, conclui-se que as mídias sociais podem ser
utilizadas como uma ferramenta de grande valor no processo de ensino-aprendizagem e
desenvolvimento da Cultura Esportiva.
Palavras-chave: Pedagogia do Esporte, Cultura Esportiva e Mídias Sociais.
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aprendizagem. Uma delas, que está presente na vida cotidiana de todas as pessoas, é a
mídia (Betti, 2003; Batista, 2007; Belloni, 2005).
Sendo as mídias fontes de novas informações a todo o momento, elas podem ser
instrumentos de grande valor no processo educacional. A internet é uma mídia diferenciada,
porque além da circulação das informações em tempo real, ela proporciona às pessoas a
produção de conteúdos digitais disponibilizados, sobretudo, nas mídias sociais.
Considerando a presença da mídia no cotidiano dos jovens participantes do curso de futebol
do Programa Sesc de Esportes na unidade de Bertioga/SP, o objetivo desse estudo foi
analisar a possibilidade pedagógica das mídias sociais no processo ensino-aprendizagem
dos conteúdos esportivos durante o projeto “Copa Sesc 7 Society”, que consistiu na
elaboração e desenvolvimento de uma competição de Futebol Society, no qual os alunos
participaram ativamente de todo o processo, atuando como organizadores, jogadores,
técnicos e jornalistas.
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Gráfico 5 - Percentual de quantos dias por semana os alunos acessam o perfil nas redes
sociais
Gráfico 6 – Percentual das horas por dia que os alunos acessam as redes sociais
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jovens e o grande tempo despendido nas redes sociais, acreditamos que as mídias sociais
podem ser utilizadas como uma ferramenta de grande valor no processo de ensino-
aprendizagem do universo esportivo.
REFERÊNCIAS
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Thesaurus, 2007.
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mottamairin@gmail.com
Resumo
Este estudo tem como o objetivo propor a renovação no ensino de habilidades motoras
básicas na modalidade tênis de mesa por meio de jogos na iniciação esportiva tardia. O
desenvolvimento do presente estudo foi conduzido baseado no conceito de jogos
conceituais integrado a proposta de trabalhar com habilidades motoras básicas para o tênis
de mesa, tendo a pedagogia interacionista como norteadora para o ensino-treino da
modalidade esportiva. O presente estudo conclui que é possível a aprendizagem de
habilidades motoras básicas a partir de aplicação de jogos, os quais apesar de focar no
ensino-treino de habilidades motoras básicas do tênis de mesa na iniciação esportiva tardia
também permitiram uma interface entre a técnica e competências táticas. Dessa maneira,
o iniciante adulto aprende e evolui na modalidade em suas múltiplas competências e de
maneira integrada.
Palavras-chave: esportes de raquete, pedagogia interacionista, jogos conceituais.
Introdução
O tênis de mesa é uma modalidade olímpica desde 1988 e também a segunda modalidade
esportiva mais praticada no mundo (MARINOVIC et al., 2006). Em conjunto com
habilidades táticas, de tomada de decisão, criatividade, competitividade e concentração, o
tênis de mesa também requer ampliada capacidade de resolver problemas motores, sendo
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Métodos
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Resultados
O Quadro 1 apresenta três jogos que tem como objetivo trabalhar as habilidades motoras
básicas no tênis de mesa, tendo suas características principais divididas em três categorias:
estruturais, funcionais e normativas (BETTEGA et al., 2015).
Quadro 1: Jogos para o ensino de habilidades motoras básicas
Jogos Principais objetivos Características
Jogo 1 Desenvolver a coordenação Estruturais: Espaço amplo com linhas no
mãos e olhos; a coordenação chão, adequar o número de alunos conforme o
de movimentos simultâneos espaço. Uma raquete e uma bola para cada
de mãos e pernas; a agilidade aluno.
e o controle de raquete e bola. Funcionais: Terá um pegador, os demais
estão livres, e devem fugir do pegador, porém
só podem se locomover lateralmente sobre as
linhas no chão e controlar a bola sobre a
raquete.
Normativas: Caso um aluno pule uma linha ou
se locomova sem ser lateralmente este torna-
se pegador, o mesmo se deixar a bola cair.
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Conclusão
Apesar do estudo focar nas habilidades motoras básicas do tênis de mesa, o ensino-treino
da modalidade por meio de jogos parece ser adequado na iniciação esportiva tardia, pois
permite interface entre a técnica e competências táticas, visto que estas últimas também
permeiam os jogos propostos. Dessa maneira, o iniciante adulto aprende e evolui na
modalidade em suas múltiplas competências e de maneira integrada.
Referências
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gabrieldambros@yahoo.com.br
RESUMO
O desporto é um patrimônio da humanidade e, como tal, integra as atividades
desenvolvidas em uma Universidade. Nesse estudo objetivamos desvelar o desporto no
ambiente universitário e sua relação com o treinador desportivo como mediador do
processo de ensino do futsal, como meio de representação universitária competitiva. A
pesquisa foi constituída de um estudo de caso, mediante um delineamento qualitativo,
utilizando como instrumento as entrevistas. Para a análise dos resultados foi utilizada a
técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Verificamos que os jogadores ressaltam em seus
discursos o desporto na Universidade como uma atividade educativa e apontam que as
ideias defendidas pela Pedagogia do Desporto consistem em diretrizes norteadoras para
elaboração de ações pedagógicas promovidas pelos treinadores. Os gestores relatam a
contribuição do desporto para a formação educacional dos alunos, mas reclamam da
ausência de um projeto político institucional. As informações encontradas na opinião destes
pesquisadores revelaram muitas incoerências entre os discursos e a realidade desportiva
na IES pesquisada. Observamos que essa Universidade apresenta um trabalho eficaz no
desenvolvimento do desporto universitário, porém, não o identificamos como atividade
integrante do projeto de formação profissional que a instituição oferece.
Palavras-chave: Desporto. Universidade. Futsal.
INTRODUÇÃO
O foco desse estudo é o desporto experienciado no ambiente universitário.
Comumente adotamos a concepção de que a prática de uma modalidade desportiva só
pode ser realizada por pessoas privilegiadas, ou seja, por aquelas que possuem alto nível
em seus desempenhos atléticos. Embora essa seja a ideia dominante, culturalmente
transmitida pelos meios de comunicação, é preciso desmistificá-la, considerando o
desporto como um fenômeno, o qual se mostra muito mais amplo do que uma simples
prática excludente.
A partir de um novo conceito do desporto, difundido recentemente como uma prática
de exercício sistematizada, na qual há regularidade, controle e intencionalidade, é possível
alargar a concepção atribuída a esse fenômeno. Essa reflexão não tenta negar o
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conhecimento já produzido nas ciências que tratam do desporto, mas salientar que tanto
os valores por elas disseminados, como algumas formas de pensar a prática desportiva
não são mais cabíveis na atualidade pela sua insuficiência (NISTA-PICCOLO; MOREIRA,
2012a). Assim, propagamos em nossos estudos a compreensão de um desporto como
direito humano, que pode ser praticado, estudado, analisado e interpretado como um
fenômeno que se alastra na sociedade e ganha uma dimensão ampliada em sua
concepção.
Isso significa entender o desporto como sendo a conciliação de aspectos
aparentemente contraditórios, mas que se envolvem mutuamente e são pressupostos uns
dos outros, como o dever e direito, o trabalho e o jogo, o esforço e o prazer, a dor e a
alegria, a restrição e a liberdade, a disciplina e o excesso, a derrota e a vitória, a contenção
e a exaltação, a transpiração e a gratificação, o sacrifício e a realização, a concentração e
a distração, o cansaço e a satisfação etc (BENTO, 2013).
Foram essas as reflexões que geraram em nós a necessidade de compreender as
manifestações do desporto em uma de suas dimensões, o espaço universitário. As
Universidades podem oferecer aos seus alunos diferentes práticas desportivas como
atividades curriculares ou extracurriculares, e ainda na forma de cursos de extensão. Mas,
isso só pode acontecer se a Universidade estimular a promoção de um ambiente
multivariado, que caminhe para a real ideia de universalidade da formação do graduando e
do pós-graduando. É nesse ambiente que o desporto pode ser um excelente meio de
representação simbólica da vida, contribuindo para a profissionalização dos acadêmicos,
possibilitando que ao ingressarem numa Universidade, estejam mais preparados para os
desafios de seus cotidianos. O desporto pode consistir em um instrumento de estimulação
da formação do indivíduo, mediante as experiências que ele promove, as quais vão muito
além de um simples exercício corporal.
A partir das ideias expostas, torna-se importante investigarmos como os aspectos
destacados anteriormente se relacionam em uma IES, entendendo as formas que o
desporto se insere no ambiente universitário.
MÉTODOS
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RESULTADOS
Após a construção da análise e sua respectiva apresentação, buscamos relacionar
todos os DSC. Os sujeitos entrevistados revelam informações que nos permitem avançar
no conhecimento a respeito dessa temática, além de afirmarem a existência de
incoerências no desenvolvimento do desporto na IES estudada.
Nossa experiência profissional em competições do desporto universitário aponta
que, muitas vezes, são as Associações Atléticas Acadêmicas as principais responsáveis
por todo o desenvolvimento das práticas desportivas. Nessas associações, é comum a
existência de alunos que não defendem o desporto na sua visão mais ampla e atualizada,
como uma prática formativa, com objetivos claros e métodos de trabalho adequados.
Ressaltamos a importância da IES estudada em contratar profissionais de EF para serem
os responsáveis pela promoção do desporto universitário. Esses profissionais podem
contribuir para a prática desportiva de forma mais organizada e sistematizada,
fundamentando-se em conceitos atuais sobre o desporto, além de trabalhar com afinco
objetivando uma formação mais completa de seus atletas. Mas esse não é o único fator
que pode contribuir com a evolução do desporto universitário.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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O universitário ainda é
o principal
responsável pelo
desenvolvimento do
desporto nas IES
Ausência de
profissionais do Os currículos
desporto e da acadêmicos dificultam
Pedagogia do a realização de
Desporto como atividades além da
norteadora das ações sala de aula
desenvolvidas
Discursos
Contraditórios
A IES entende o
Nem todos os
desporto como
universitários
atividade educativa
entendem o desporto
importante, mas não
como atividade
desenvolve ações para
educativa
sua consolidação
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3. O profissional de EF, ao trabalhar com o desporto, nas suas diferentes dimensões, deve
se pautar nos constructos da Pedagogia do Desporto.
4. O desporto deve fazer parte do projeto educacional das IES brasileiras, nas suas
diferentes vertentes.
5. O desporto competitivo pode se constituir em uma atividade importante para o
desenvolvimento dos nossos universitários, como também pode agregar valor à escolha
de uma determinada IES.
6. As IES brasileiras podem auxiliar o desenvolvimento do desporto universitário no nosso
país. Não devemos excluir o poder público neste processo, que também deve participar
das discussões e buscar alternativas para os problemas encontrados em relação ao
desporto desenvolvido no nosso país.
CONCLUSÃO
O desporto universitário desenvolvido em nosso país não atrai a atenção dos
pesquisadores, devido à falta de objetivos e entendimento sobre suas possibilidades nessa
etapa do desenvolvimento dos indivíduos, seja este humano, profissional ou desportivo.
Percebemos que algumas ideias defendidas neste estudo foram ratificadas pelos
grupos pesquisados, nos incentivando a continuar na defesa da importância da
compreensão do desporto como um direito humano, que deve ser praticado, estudado,
analisado e interpretado como um fenômeno que se alastra na sociedade e ganha uma
dimensão ampliada em sua concepção.
Estimamos que a construção deste estudo constitua-se em um material de auxílio e
reflexão para aqueles que atuam com o desporto universitário. Esperamos ter contribuído
para a compreensão do desporto no ambiente universitário, indicando os possíveis
objetivos a serem estimulados mediante a sua promoção. Esperamos também ter sugerido
ideias referentes ao processo de formação dos treinadores como também sobre os
conhecimentos necessários para o desempenho dessa função.
REFERENCIAS
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294
______. O sujeito coletivo que fala. Interface: Comunicação, Saúde e Educação, Botucatu,
v. 10, n. 20, 517‐524, jul./dez., 2006.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
295
RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi elaborar um blog educacional, a partir do currículo
de Educação Física do Estado de São Paulo, como material de apoio ao trabalho de
professores, com o conteúdo voleibol proposto para os anos finais do Ensino Fundamental.
O trabalho é de natureza qualitativa e foi desenvolvido em duas etapas: a) Análise do
currículo do Estado de São Paulo; b) Elaboração do blog de voleibol. À partir da primeira
etapa verificou-se as limitações do material e sete temas foram selecionados. Os temas
foram transformados em planos de aula para o blog, dentre os quais destacam-se quanto
as novas tendências da Pedagogia do Esporte: a lógica interna do voleibol, o sistema de
rodízio e o sistema de jogo 6X0. Conclui-se que os conteúdos propostos para o voleibol no
currículo de São Paulo, oferecem boas possibilidades para ampliar o ensino dessa
modalidade na escola, por meio das novas tendências da Pedagogia do Esporte, que
privilegiam o ensino por meio do jogo. Entende-se que um material didático digital, como o
blog, facilita o acesso dos professores, tornando-se ferramenta de apoio para o trabalho
pedagógico e em muitos casos, possibilidade de formação continuada.
Palavras-chave: Educação Física escolar; Pedagogia do Esporte; Voleibol.
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Considerando o contexto social atual, uma alternativa interessante para auxiliar o professor
no processo de ensino-aprendizagem, bem como possibilidade de formação continuada,
seria o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), por meio das quais,
poderiam ser disponibilizados conhecimentos on-line complementares sobre determinados
conteúdos. Entende-se que as TIC representam grandes implicações na vida cotidiana, no
trabalho, no lazer, e consequentemente na educação, podendo proporcionar novas
alternativas pedagógicas para o professor (MORAN, 1995).
Especificamente em relação ao conteúdo voleibol, um blog educacional seria uma
alternativa para fornecer algumas orientações aos professores, além de propostas para
ampliar as possibilidades pedagógicas desse conteúdo no contexto escolar, como
verificado por Diniz (2014), que publicou e avaliou um blog educacional sobre danças
folclóricas, como material complementar ao currículo estadual paulista para as aulas de
Educação Física do 6º ano.
Apesar do voleibol ser considerado conteúdo tradicional das aulas de Educação Física,
alguns professores tem problemas para implementá-lo, como verificado por Impolcetto
(2012). Geralmente as dificuldades relacionam-se sobretudo à falta de vivência da
modalidade e deficiência na formação inicial, a isso somam-se ainda os novos métodos de
ensino, como os propostos pela Pedagogia do Esporte, que não fizeram parte do currículos
de formação de muitos professores que atuam na escola.
Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa foi elaborar um blog educacional, a partir do
currículo de Educação Física do Estado de São Paulo, como material de apoio ao trabalho
de professores, com o conteúdo voleibol proposto para os anos finais do Ensino
Fundamental.
MÉTODO: Para atingir o objetivo proposto, optou-se por uma metodologia de natureza
qualitativa, constituída por duas etapas: 1) Análise do conteúdo de voleibol apresentado
pelo currículo de Educação Física do Estado de São Paulo (caderno do professor), como
base para a produção do material do blog educacional; 2) Elaboração do blog educacional
de voleibol.
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meio do jogo. Entende-se que um material didático digital, como o blog, facilita o acesso
dos professores, tornando-se ferramenta de apoio para o trabalho pedagógico e em muitos
casos, possibilidade de formação continuada. Considera-se ainda que é fundamental que
o blog de voleibol seja apreciado e avaliado por professores de Educação Física escolar,
que atuam com o currículo do Estado de São Paulo do 6º ao 9º ano, no sentido de verificar
a sua funcionalidade.
REFERÊNCIAS
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BOLONHINI, Sabine; PAES, Roberto. A proposta pedagógica do Teaching Games for
Understanding: reflexões sobre a iniciação esportiva. Pensar a Prática, v. 12, n. 2, p. 1-9,
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Ciência e Movimento. Brasília. v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002.
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currículo de Educação Física do Estado de São Paulo. 2014. 206f. Dissertação
(Mestrado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias) Universidade Estadual Paulista,
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Movimento, ano IV, n. 8, p. 19-27, 1998.
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aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
IMPOLCETTO, Fernanda. Livro didático como tecnologia educacional: uma proposta
de construção coletiva para a organização curricular do voleibol. 2012. 321f. Tese
(Doutorado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias) Universidade Estadual Paulista,
Rio Claro, 2012.
KRÖGER, Christian.; ROTH, Klaus. Escola da Bola: um ABC para iniciantes nos jogos
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MORAN, José. Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo. Tecnologia
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Diogo Castro
diogocastrosp@yahoo.com.br
RESUMO: Este estudo buscou na literatura formas de embasamento e de diálogo para que
a ideia de formar jogadores inteligentes no handebol não ficasse a margem de concepções
teóricas que a fundamente de forma mais ampla e coerente. Ampla porque o conceito de
inteligência tem sido muito utilizado, por diversas áreas do conhecimento, inclusive pelas
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Assim, tudo se passa no jogo como se fosse uma banda de músicos de jazz. Como afirma
Laguna (2010), os músicos ensaiam (treinam), mas na apresentação é o improviso o
primordial. Ninguém improvisa do nada! Não se trata de um improviso autista e egocêntrico,
e sim de um improviso individual que nunca sai do tema, ou seja, da lógica interna da
estrutura musical dada. Deste modo, o improviso de um saxofonista é acompanhado pelos
demais músicos, graças ao domínio destes da lógica interna da atividade. A criação
individual faz sentido dentro da estrutura coletiva, dando possibilidade dos demais
acompanharem no tempo e ritmo certo. Graças a este domínio da lógica interna da
atividade é possível intuir então qual é a sua tendência, por onde devemos seguir no futuro
próximo. Devemos dominar a lógica interna da atividade e sua técnica para superarmos as
barreiras de ambas. Assim, o improviso e a criação ficam mais eficazes e coletivos. Como
afirma Levy (2000), seria a coordenação das inteligências em tempo real.
Tudo isso se passa nos JEC em um determinado terreno de jogo, e com tempo limitado. A
pressão temporal é, sobretudo, o que torna complexa a ação tática nesse contexto,
sobretudo nos JEC de invasão. Analisar o meio e interpretá-lo, tomar a correta decisão e
executar de maneira eficaz a ação motora podem ser, sem pressão temporal, tarefas
consideravelmente simples. Mas fazer tudo isso em curto espaço de tempo torna-se muito
complexo. Assim, considera-se muito importante a capacidade de saber, a tempo, que
informações o jogador deve coletar e tratar. Pode-se afirmar então, conforme fez Garganta
(2004, p. 223) que “os melhores jogadores distinguem-se dos outros não somente pela
justeza das decisões tomadas durante o confronto, mas também pela velocidade com que
estas decisões são tomadas”.
Afinal, não pretendemos formar atletas e jogadores que não consigam realizar bem e, em
tempo hábil, suas tarefas dentro do terreno de jogo. Mas também não pretendemos limita-
los a dominar somente isso (Alba, 2002). Queremos jogadores inteligentes e, sobretudo,
seres humanos inteligentes, que realizem bem suas ações não somente em jogo.
Para estudar a inteligência humana no processo de jogar uma modalidade esportiva
coletiva precisamos compreender e procurar analisar um processo que é dinâmico. Por
isso, “conhecer as leis do movimento da coisa, (...) ou a coisa em movimento” (KOSIK,
2002, p.34). Reitero; o jogo tem sua lógica interna e se passa em alta velocidade, de
maneira aberta e complexa. Assim, o ‘saber-fazer’ é determinante.
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Por isto, afirma Laguna (2006) que muitos admiram os jogadores que sabem ler a partida,
mas valorizamos muito mais os jogadores que escrevem a partida! Os que escrevem
agiram antes, obrigando os demais a atuar no cenário que eles criaram, e nas
circunstâncias que eles impuseram. Deste modo, buscamos formar jogadores que saibam
não somente ler o jogo, mas sim escrevê-lo e reescrevê-lo. Que sejam criativos, que
inventem novos jogos dentro da realidade que o jogo impõe. Está claro que para saber ler
e escrever é preciso ensinar e aprender o abecedário. Mas podemos alfabetizar com as
cartilhas do b-a bá ou de outras formas, em que o componente criativo já esteja incorporado
no processo. Mas, sobretudo, é preciso conhecer grandes textos para chegar a escrever
bem. Ninguém vai escrever uma obra prima sem saber o básico das letras (salvo raras e
maravilhosas exceções), sem conhecer o que já foi criado de universal e marcante na
história da literatura (CASTRO, 2013).
Aqui cabe a defesa mais uma vez de que devemos ensinar a teoria do jogo aos jogadores.
Desde cedo, que joguem com intencionalidade e pensando o jogo. Na música, teoria
musical e aprender a ler as partituras são parte importante da formação do jovem músico.
Por que, para formar o jovem atleta, não o é? Isto ajuda inclusive no processo de identificar
uma melodia ou um arranjo ‘de ouvido’, no processo de escutar rapidamente, pois ao
identificar, o tratamento da informação ganha outra marca, outra qualidade 5.
CONCLUSÃO: Almejamos tudo isto, sem perder de vista nosso objetivo nesse processo,
que é o da criação. Não podemos deixar de ter em mente que o que queremos também é
aflorar o processo criativo do atleta. Queremos jogadores poetas, literatos do jogo, que
consigam isso e também acompanhem em tempo hábil o improviso dos demais. Não
queremos pensadores lentos (RIVILLA, J.; LORENZO, J.; FERRO, A.; SAMPEDRO, J.,
2011). Queremos atletas inteligentes. Penso que devemos formar atletas que componham
suas músicas, com letra e melodia, seus arranjos e seus improvisos, que juntem teoria e
prática.
Para chegar a uma seleção da resposta final, é preciso recorrer ao raciocínio, e isso implica
ter em mente uma grande quantidade de fatos e de resultados correspondentes a ações
hipotéticas e confrontá-los com os objetivos intermédios e finais, requerendo todos eles um
5
Isto difere, em linhas gerais, a inteligência da expertise: a possibilidade de ultrapassar o limite da
especialização, que o domínio do conhecimento não seja delimitado.
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método, uma espécie de plano de jogo escolhido entre os diversos planos que ensaiamos
no passado em inúmeras ocasiões (DAMÁSIO, 2010, p. 199).
REFERÊNCIAS:
ALBA, P. Former l’élite de demain: les pôles espoirs masculins de la FFHB. Revista da
Fédération Française de Handball, Approaches du Handball. Abril, 2002.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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______. El Ataque Posicional en las etapas de formacion: Hacer bien lo fácil. CURSO DE
TREINADORES DA REAL FEDERAÇÃO ESPANHOLA DE HANDEBOL, 1, 2010. Madrid
Cadernos…Madrid: RFEBM, 2010.
LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3ª. Edição. São
Paulo: Loyola, 2000.
RIVILLA, J.; LORENZO, J.; FERRO, A.; SAMPEDRO, J. Effect of the decision making
process in the speed of defensive displacement in handball. In: EHF SCIENTIFIC
CONFERENCE - SCIENCE E ANALYTICAL EXPERTISE IN HANDBALL, 1., nov. 2011,
Vienna. Anais…Vienna: EHF, 2011. p. 101-4.
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RESUMO
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O estudo tem por objetivo identificar a fase do jogo de futebol priorizada no processo de
ensino-treino pelos treinadores das categorias de base de um clube de elite. A pesquisa
caracterizou-se como um estudo de caso de cunho qualitativo. O instrumento de coleta das
informações foi à entrevista semiestruturada, estabelecida a partir de três temas geradores:
planejamento, treino e jogo. Participaram da pesquisa oito treinadores das categorias de
base de um clube de elite do futebol brasileiro, líder no ranking nacional dos clubes que
mais faturam com a venda de jogadores de futebol entre os anos de 2003 e 2011. Os
resultados apontam que dois treinadores priorizam a fase defensiva, dois treinadores não
estabelecem prioridade e quatro treinadores destacam a fase ofensiva como prioritária nos
seus treinamentos. Portanto, a maioria dos treinadores prioriza a fase ofensiva e justifica
tal escolha a partir da filosofia do clube, condições competitivas e pela possibilidade de
maior gestão das ações do jogo.
Palavras-chave: Educação Física e Treinamento; Ensino; Futebol.
INTRODUÇÃO
Os conteúdos de treinamento no futebol são priorizados com base nas demandas e
necessidades do grupo de jogadores, bem como na filosofia do clube e nas concepções do
treinador. Além disso, a organização e a operacionalização do treinamento independente
da prioridade, defesa ou ataque, deve compreender a complexidade do jogo, colocando
problemas próximos da realidade e estimulando os jogadores a entenderem o jogo como
um processo contínuo, em que a defesa torna-se complementar ao ataque e o mesmo
acontecem inversamente (GOMES, 2008).
A priorização de conteúdos defensivos ou ofensivos converge em muitas situações
a partir dos problemas identificados na equipe durante treinamentos e jogos. Ao visualizar
tais dificuldades da equipe, defensivas ou ofensivas, o treinador tende a direcionar o
enfoque do treinamento para potencialização das ações e resolução dos problemas.
Entretanto, o treinador de categorias de base deve operacionalizar os conteúdos com base
no seu planejamento, priorizando a formação do atleta e não os resultados competitivos
(BETTEGA, 2015).
A alternância e a prioridade dos conteúdos passam pelo desenvolvimento de
aspectos técnicos e táticos referentes às fases de defesa e ataque (IBÁÑEZ et al., 2013).
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Desse modo, o estudo intenciona identificar a fase do jogo de futebol priorizada pelos
treinadores das categorias de base de um clube elite no processo de ensino-treino.
MÉTODO
A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, com abordagem qualitativa das
informações (YIN, 2009). O instrumento de coleta utilizado foi à entrevista semiestruturada,
organizada a partir de três temas geradores: planejamento, treinamento e jogo. O estudo
foi realizado com oito treinadores das categorias de base (sub 10; sub 11; sub 12; sub 13;
sub 14; sub 15; sub 16; sub 17) de um clube profissional participante da primeira divisão do
campeonato brasileiro de futebol. Além disso, o clube aparece no topo da lista daqueles
que mais faturam com a venda de jogadores de futebol entre os anos de 2003 e 2011 no
âmbito nacional (MARÀ, 2013). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina.
RESULTADOS
Os resultados obtidos reportam-se a priorização dos treinadores entre conteúdos
defensivos e ofensivos na operacionalização do treinamento. Nesse sentido, os resultados
indicam que dois treinadores priorizam a fase defensiva (Treinador B; Treinador D), quatro
treinadores priorizam a fase ofensiva (Treinador A; Treinador C; Treinador F; Treinador H)
e dois treinadores não estabelecem prioridade entre as fases do jogo (Treinador E;
Treinador G).
“A fase que a gente prioriza aqui é o ataque, até em relação aos nossos adversários, onde não é muito exigido
a fase defensiva e sim a parte ofensiva, a parte de criação de jogo, a parte de jogar dentro do campo do
adversário e deixar um espaço pra gente poder fazer as finalizações [...]” (Treinador A).
“A parte defensiva do time, a parte saída de baixo, a parte de transição defesa ataque pra mim é o mais
importante, o ataque em si, a retomada, o retorno, esse tipo de coisa ela já fica em segundo plano, claro, é
trabalhado? É. Eu do prioridade para o sistema defensivo [...]” (Treinador B).
“A fase ofensiva, com o jogo com bola para poder gerir todas as ações, isso é o mais importante, pra você
poder ter controle, acho que é o mais importante pra você ter o controle do jogo é através da bola [...]”
(Treinador C).
“Eu começo pela defesa e depois vou para o ataque, tem gente que começa do ataque, mas eu acho que se
tu estabelece uma defesa segura, sólida, a partir disso os guris começam a ter menos receio de arriscar lá na
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frente, então tu estabelece quem já tem um padrão defensivo bom, a partir disso começa a evoluir para o
ataque [...]” (Treinador D).
“Não priorizo nenhuma fase específica assim, eu acho óbvio que todas as fases são importantes do jogo e
dentro do nosso planejamento a gente procura trabalhar todas essas fases [...]” (Treinador E).
“O ataque armado, e quando eu falo em ataque armado, é o ataque armado que tenta, que faz a defesa
adversária desequilibrar [...] a fase que mais gosto é o ataque armado [...]” (Treinador F).
“Não priorizo. Não porque o treinamento vai atingi todos esses momentos [...] vamos trabalha uma situação
de posse de bola, porém onde a equipe que está com a posse quando ela perde ela vai ter que
automaticamente trabalhar uma transição defensiva, então eles acabam sendo conteúdos que eles vão está
interligados [...]” (Treinador G).
“Sim. A gente tem, geralmente de acordo com o clube que eu estou hoje [...] eu vou trabalhar principalmente
a fase ofensiva e a transição defesa-ataque [...]” (Treinador H).
A priorização de uma das fases do jogo (defesa ou ataque) liga-se diretamente aos
objetivos estabelecidos pela comissão técnica. No caso dos treinadores investigados
constata-se que dois (B; D) priorizam a fase defensiva, pois acreditam que o primeiro passo
na organização da equipe vincula-se a coesão do bloco defensivo, para assim realizarem
as ações ofensivas com segurança. Barreira e colaboradores (2014) enfatizam que a fase
defensiva caracteriza-se como o primeiro momento do ataque, no qual a origem do
momento ofensivo torna-se dependente da eficácia das ações de retomada da bola
realizadas nos momentos defensivos. Outros dois treinadores (E; G) relataram que não
priorizam fase alguma do jogo para realização do treinamento e que a ocorrência de ambas
acontece com base no planejamento dos conteúdos. Nessa perspectiva, o objetivo comum
entre as situações de ataque e defesa configura-se pela busca da superioridade numérica
no centro de jogo, buscando uma participação eficaz na defesa e no ataque e exigindo o
desenvolvimento no treinamento de aspectos relacionados às duas fases do jogo (SILVA
et al., 2014). A maioria dos treinadores investigados (A; C; F; H) apontou o ataque como a
fase mais priorizada nos treinamentos, indicando a pouca exigência ofensiva dos
adversários enfrentados, a filosofia do clube e a possibilidade de controle das ações do jogo
pela manutenção da bola, bem como a capacidade de desequilíbrio da organização
defensiva oponente. Portanto, a necessidade da obtenção do gol para o sucesso nas
competições torna o processo ofensivo como ponto relevante da preparação, mas que
somente será constituído, caso seja antecedido por um processo defensivo eficaz.
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CONCLUSÃO
O processo formativo do jogador de futebol necessita de um programa esportivo,
alicerçado por um currículo condizente com a realidade de inserção. Além de estabelecer
conteúdos relevantes para cada etapa de formação, o programa deve ser organizado,
sistematizado, operacionalizado e avaliado de maneira qualificada. Nessa perspectiva, o
desenvolvimento de conteúdos defensivos e ofensivos que sustentem o programa esportivo
deve considerar a filosofia do clube, as preferências do treinador, as necessidades da
equipe, bem como as condições competitivas.
Ressalta-se que os conteúdos defensivos e ofensivos devem ser desenvolvidos de
forma equilibrada, porque ambos são relevantes no processo de ensino-treino e os
jogadores constantemente transitam entre problemas defensivos e ofensivos no ambiente
de jogo. Entretanto, há que se considerar que a formação do jogador vai além das
dimensões do campo de jogo, assim como a priorização de aspectos defensivos e ofensivos
deve ser flexibilizada também a partir das condições estabelecidas no contexto de trabalho.
REFERÊNCIAS
BARREIRA, D. et al. Repercussões da recuperação da posse de bola nos padrões de
ataque de futebol de elite. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho
Humano, v. 16, n. 1, p. 36, 2014.
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MARÀ, M. Papões de títulos, Inter e São Paulo são os campeões em vender craques.
Disponível em: http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/01/papoes-de-titulos-
inter-e-sao-paulo-sao-os-campeoes-de-vender-craques.html. Acesso em: 21 de abril, 2013.
SILVA, P. et al. Numerical relations and skill level constrain co-adaptive behaviors of
agentes sports teams. Plos One, v. 9, v. 9, p. 1-12, 2014.
YIN, R. Case study research: design and methods. 4 Ed.; Thousand Oaks, CA: Sage,
2009.
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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Categoria Categoria
Categoria de
Sub-13 Sub-15
Treinamento
Equip
- Tipos de Tarefas Equipe Equipe Equipe
e
Tendência 1 2 4
3
Metodológica
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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REFERÊNCIAS
BOMPA, T. Total training for young champions. Champaign: Human Kinetics, 2001.
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processo esportivo do filho, onde estes abrem mão de tarefas diárias para vivenciar
momentos desse processo; b) mostra-se uma despreocupação dos pais em fazerem planos
para o futuro do filho na pratica esportiva, destacando que não há cobrança no que se refere
ao desempenho do filho no futebol e que há uma maior preocupação com os estudos.
Palavras-chave: Pais, futebol, Iniciação esportiva.
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Resultados: Com relação às razões dos filhos começarem a praticar futebol, os pais
apontaram o gosto pela prática e desejo de se tornarem jogadores profissionais, como os
ídolos. Os pais falam ainda do interesse do filho estar vinculado pela cultura que o país tem
pelo futebol e por eles também terem jogado. Tais achados sobre a razão do inicio da
pratica se assemelham com os dados no estudo de Carmo et al. (2009), sobre razões que
atletas brasileiros tiveram para o início da pratica.
Sobre a visão que os pais têm sobre o Brasil ser o país do futebol, no estudo de
Cavichiolli et al (2011) é destacado que o aprendizado desta modalidade no Brasil sempre
esteve atrelado ao significado cultural de sua prática.
DSC1: “... pelo gosto dele, por eu ter jogado e sempre incentivei a ver jogo, assistir jogo e
ai... “Ô pai, quero entrar numa escolinha, jogar porque eu gosto” - pelo prazer mesmo, ele
gosta muito (S6). É um prazer que ele tem, desde de muito cedo foi apresentado ao futebol
e assim achou que ele se apaixonou, eu acho que é uma paixão muita repentina na vida
dele (S3). É o Brasil né, o futebol como esporte vamos dizer que maioria das crianças
preferem futebol como esporte (S1), pelo país que a gente vive, país que respira o futebol
(S3).”
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DSC2: ““Não, de início não, não trouxe ele para isso, mas é lógico que se ele dedicar, ele
realmente for, que seu eu achar que for um caminho legal (S1). Para ele não esperar muito
de futebol, para ele botar primeiro o estudo, em primeiro lugar e depois ele ter o futebol
como uma atividade complementar (S3). Eu sempre falei o seguinte para ele, o futebol é
um hobbie que ele tem.... A partir dos momentos que a sua, a parte de escola não for muito
bem você perde essa parte esportiva entendeu, porque ele tem uma capacidade de ser o
que ele quiser ser, medico, engenheiro (S6). Planos é o seguinte, é sorte né, sorte e
consequência, agora se ele quiser ser jogador de futebol, primeiro ele vai ter que estudar,
pra ser profissional ou não pra ganhar dinheiro é outra coisa” (S4).
Como os pais não apresentaram planos para o filho se tornar jogador, percebeu-se
nos discursos que não havia cobrança por um bom desempenho do filho na modalidade,
pois os sujeitos veem o esporte como atividade complementar, onde as crianças agregam
novos valores e vivenciam ambientes diferentes dos que estão habituados. O cultivo ás
amizades foi um ponto destacado. O sentido de que o esporte se torna uma forma de
disseminar vários valores é visto no estudo de Marques, Guiterrez e Almeida (2008), onde
é dito que toda pratica esportiva conota uma razão e transmite valores de certa forma
dependendo do ambiente social. Outro estudo de Marques, Almeida e Guitierrez (2007) traz
a ideia de pelo esporte ser heterogêneo, ele pode se manifestar de maneiras diferentes em
lugares aparentemente parecidos, os valores morrais envolvidos serão determinados pelo
sentido que a pratica tem naquele ambiente.
DSC3:“...tudo na nossa vida são experiências, então eu vejo, eu olho para esse sentido
novas pessoas, novidade de vida né (S2). É no próprio futebol ele pega as amizades dele
né, para jogar bola pega o ônibus para viajar junto vem treinar, é umas novas amizades
que tudo gente também do mesmo nível que, eu acho que bastante amizade é amizade
boa... (S3). Oh primeiro a convivência, entre outras pessoas outros costumes, outras
linguagens, outras educações então mais o convívio social (S6).
A participação dos pais foi descrita como uma atividade intensa, onde eles abrem
mão de atividades do dia-a-dia para poder vivenciar todo o processo de iniciação esportiva
do filho. Como Samuslky e Vilani (2002) apontam, a participação do pai tem um grande
papel no desenvolvimento da personalidade da criança. Sendo assim, os pais que
realmente se envolvem com a rotina da prática esportiva do filho corroboram para que a
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DSC4: “Aquilo que eu te falei eu, eu de quarta e sexta feira eu abdiquei da minha academia
(S3). Ah minha participação, eu vou todo jogo eu estou presente todo treino, eu incentivo
ele demais ate quando ele não joga eu peço para ele ir assistir o jogo pra ele ver os amigos
dele jogar, quando ele não é convocado, ele se incentiva mais ainda, mas todo treino eu
estou junto (S5). Como nos participamos ativamente quando adolescente jovem, de
esportes, de basquete, futebol, minha esposa vôlei então eu tenho uma participação muito
ativa de realmente não cobrar porque eu sei que a idade dele não é de cobrança muito
rígida mas cobrar assim, de ter disciplina (S6).
Os pais acreditam que a idade ideal para que comece uma especialização no futebol
deve ocorrer durante a puberdade. Rodrigues (2003) sugere que de 10 a 13 anos de idade
o treinamento deve ter um caráter educativo. Uma tabela formulada por Bompa (2000)
aponta que a idade para o inicio da especialização no futebol gira em torno dos 14-16 anos
de idade.
DSC5:“Vamos falar que ele já terminou o colegial, que é uma idade mais ou menos, um
pouco antes segundo, primeiro colegial, terminou pelo menos o ensino básico (S1), 14, 15
anos, daí sabe se tem condições de ser (S4). Lá pelos uns 12, 13, 14 acho que é essa
idade que é a definição (S6).
Conclusão: Os pais entrevistados julgam que sua participação é importante para o filho e
devido a isso buscam participar ao máximo das atividades em que a criança está inserida.
A maioria dos sujeitos demonstra que não há preocupação com o rendimento competitivo
do filho neste momento e também não há planos de carreira esportiva. Eles dizem que em
primeiro lugar estão os estudos e que existe um fator de competência e sorte para o filho
se tornar profissional. Além disso, os pais ressaltam que a idade para começar a se
preocupar sobre uma possível carreira é próximo aos quinze anos de idade. É importante
destacar que tais achados dizem respeito a pais que estão presentes no processo de
participação esportiva do filho. Desta forma acredita-se que são necessários estudos
futuros em diferentes categorias de idade, e com pais com diferentes formas de
envolvimento com a prática do filho.
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do filho. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
324
Categoria Tempo
Nível Exemplos de Perguntas
1 Quanto tempo demorou o jogo? Podemos jogar mais rápido?
2 Quando você pegar a bola o que deve fazer? Quando é melhor passar?
3 No início do jogo é melhor estudar o adversário ou sair jogando e deixa-
lo jogar? Quando você decidiu arremessar/chutar?
4 O que fazer ao escolher uma jogada que deu errado? Houve tempos
curtos de posse de bola?
Quadro 1
Categoria Espaço
Nível Exemplos de Perguntas
1 Qual é o tamanho do espaço de dentro e de fora da quadra? Qual é a
linha que divide este espaço? E as outras linhas?
2 Dentro do espaço de jogo quais são as divisões do nosso time? Para
quem você passou a bola?
3 Em cada espaço dividido (defesa, meio, ataque) qual é o nome (função)
dos jogadores? Qual é a melhor distância para
sacar/arremessar/chutar?
4 Por onde é melhor atacar? Direita, centro ou meio? Onde estão os
melhores jogadores do time adversário?
Quadro 2
Categoria Risco
Nível Exemplos de Perguntas
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1 O que deve ser feito quando o time adversário pegar a bola? O que
deve ser feito quando a bola sai do jogo?
2 Quando um adversário tenta pegar a bola que está com você, o que
você deve fazer? O que você fez quando o nosso time estava perdendo
e faltava pouco para acabar?
3 O que deve ser feito quando o time adversário provocar e/ou fazer falta?
O que deve ser feito se um ou dois jogadores do nosso time saírem do
jogo?
4 Quando ocorrer a perda da posse de bola o que fazer para recompor a
equipe? O que você fez quando arriscou o saque/arremesso/chute?
Conseguiu visualizar o seu time? E o adversário?
Quadro 3
Categoria Tática
Nível Exemplos de Perguntas
1 O que deve ser feito para não juntar muita gente perto da bola? Quantos
jogadores tem o nosso time? Onde eles iniciam o jogo?
2 Antes de sacar/atacar/chutar no que você pensa? Como conduzir a bola
ao ataque sem ter medo de perde-la?
3 O que foi melhor, atacar pela esquerda, direita ou centro? Por que?
Como nós criamos chances de arremesso/chute/ataque?
4 Quais as diferenças entre uma defesa aberta e uma defesa fechada?
Qual delas se aproximou mais do jogo que fizemos? Ao decidir passar a
bola, você conseguiu fotografar mentalmente a posição dos jogadores?
Quadro 4
Categoria Técnica
Nível Exemplos de Perguntas
1 É melhor passar com as duas mãos ou com uma mão? Como você
passou? O que é mais fácil, sacar por cima ou por baixo? Como você
sacou?
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2 O que é preciso fazer para jogar a bola de manchete? Qual técnica você
utilizou mais neste jogo?
3 Como que você salta para arremessar/atacar? No momento destes
saltos, como é a sua técnica? Como você arremessa/chuta/ataca em
jogadas de velocidade?
4 Qual a melhor técnica para atacar? E para defender? Quando utilizou
suas técnicas pensou em não fazer falta? Qual é a melhor técnica para
passar? E para receber um passe? Como você vem melhorando esta
técnica?
Quadro 5
CONCLUSÂO: O universo do jogo se aproxima cada vez mais do mundo do esporte, sendo
o jogo esportivo, uma combinação de jogo e esporte. Trata-se de um tema central que
envolve o ensino-aprendizagem do esporte em torno dos processos criativos. Há um campo
fértil de produção e reprodução de conhecimentos, que pode ser explorado, a partir de
modificações, assim como, por meio de perguntas específicas e coerentes aos jogadores,
de acordo com seu nível. Conclui-se, portanto que, as perguntas sobre a compreensão do
jogo se revelaram pertinentes. Pensar sobre o jogo e verbalizar o conjunto de ações
ambientais do jogo e dos jogadores conferem densidade e criatividade ao processo
pedagógico.
REFERÊNCIAS
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globally. Human Kinetics, 2010.
GRIFFIN, Linda, MITCHELL, Steve. A; OSLIN, Judy. Teaching sport concepts and skills:
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TAVARES, Fernando. Jogos esportivos coletivos: a ação tática está na mente do jogador
ou no contexto da situação? In: NASCIMENTO, Juarez Vieira; RAMOS, Valmor; TAVARES,
Fernando. (orgs) Jogos Desportivos: formação e investigação, Universidade do Estado
de Santa Catarina, 2013.
marcos.russantos@gmail.com
RESUMO: Este trabalho teve por objetivo se aprofundar no conceito e contexto do Índice
de Complexidade Estrutural do Jogo (ICEJ), assim como indicar suas primeiras
possibilidades. Foi uma pesquisa exploratória-descritiva sobre o ICEJ e suas possibilidades
para os Jogos Esportivos Coletivos (JEC). A Complexidade Estrutural do Jogo (CEJ) que é
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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o conceito raiz do ICEJ foi explorada no sentido de interpretá-la como o nível de perturbação
da estabilidade dinâmica, construída mentalmente por um jogador para subsidiar uma ação
tática, sendo que essas perturbações são derivadas das estruturas do jogo. Assim, pode-
se classificar o ICEJ pela mensuração da complexidade Tipo 1. Este índice é assim descrito:
ICEJ=[(Id/Ic)*(A*B)]*Cc; No qual seu valor refere-se a cada Tomada de Decisão (TD) de um
jogador de referência. Os seus componentes são as estruturas do jogo representadas pelas
Intenções divergentes (Id), Intenções convergentes (Ic), Alvos (A) e Bolas (B). O último valor
é o da Constante caótica (Cc) que representa o grau de imprevisibilidade das interações de
todos os agentes do jogo em um instante de TD. Neste sentido, há a possibilidade inicial
para o educador do esporte ajustar o ICEJ, como um indicador de dificuldade do JEC
proposto na perspectiva dos jogadores, entre outras.
Concordante às ideias acima, Russo dos Santos (2014) não nega a vastidão de
concepções e abrangência da complexidade como afirma Morin (2013), mas sim, utiliza das
ideias dele, entre outros autores (BERTALANFFY, 2008; MATURANA, 1980; BOGDANOV;
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329
1996; CAPRA, 1996; MATURANA; VARELA, 2001) para definir uma das vias da
complexidade pela sua vertente estratégica.
Esta definição foi necessária para ajudar a compreender como ocorre as ações dos
jogadores em meio a um sistema complexo que é o jogo. Sendo que, esta definição somada
ao estudo do processo organizacional sistêmico dos JEC resultou na construção do
conceito de Complexidade Estrutural do Jogo (RUSSO DOS SANTOS, 2014). Portanto,
este trabalho tem por objetivo se aprofundar no conceito e contexto do Índice de
Complexidade Estrutural do Jogo para descrever suas primeiras possibilidades de
aplicação nos JEC.
6
A construção de um mundo mental é derivada do Processo de Cognição descrito por Maturana (1980).
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por um jogador para subsidiar uma ação tática, sendo que essas perturbações são
derivadas das estruturas do jogo.
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Por fim, há outro elemento presente ao ICEJ que é a Constante caótica (Cc), ela é
representada pela resultante da interação de todos os agentes do sistema no momento de
decisão. Estes estão divididos em dois grupos os Agentes de Maior Escala (AME) que são
numericamente a quantidade total de jogadores e a Somatória de Agentes de Escala
Inferior (SAEI), os quais abrigam todos os agentes que não são os jogadores, mas que de
alguma forma interagem com eles, numericamente eles têm o valor de 1. Deste modo, Cc
= AME + SAEI.
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ainda não está pronto. Nesse sentido, a constante colaboração da comunidade científica
será fundamental para aprimorarmos esta proposta.
REFERÊNCIAS
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jogo reduzido em jovens do 3º ciclo do ensino básico. Rev Port Cien Desp, v.8, n.3, p.355-
364, Set-Dez, 2008.
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marlusbh@yahoo.com.br
RESUMO: A presente pesquisa tem como finalidade apontar os Jogos Esportivos Coletivos
(JECs), como recurso pedagógico no refinamento tático do ensino e prática do Basquetebol.
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proficiência dos praticantes, e também uma compreensão mais rica e execução dos seus
aspectos técnicos e táticos (PAES, MONTAGNER e FERREIRA 2009).
“Os JDC são atividades ricas em situações imprevistas às quais o indivíduo que joga tem que responder. O
comportamento dos jogadores é determinado pela interligação complexa de vários fatores (de natureza
psíquica, física, tática, técnica,). Nesta medida, devem os jogadores resolver situações de jogo que, dadas as
diversas configurações, exigem uma elevada adaptabilidade, especialmente no que diz respeito à dimensão
tático-cognitiva”.
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MÉTODO: Conforme mencionado, nosso objetivo com este trabalho foi apontar os JECs
como instrumento para o desenvolvimento da tática na iniciação esportiva ao Basquetebol,
a partir de observações sistemáticas nas equipes do estudo. Vale ressaltar que por termos
os estudos ainda em andamento, inclusive pelo cronograma das pesquisas e também da
disponibilidade dos sujeitos participantes, no prazo de nossa submissão coletamos
parcialmente o conjunto de dados, que já nos indica algumas análises supostamente
pensadas por nós autores. Embora tenhamos ainda alguns dados para coleta e análise,
constatamos pertinente indicar o que já foi observado. Explicada a questão do pacote
parcial de dados, o estudo se caracteriza por uma pesquisa de observação, durante 2
meses, em duas equipes de Basquetebol, categoria sub-12, em dois clubes de Campinas-
SP, participantes de campeonato oficial da ARB (Associação Regional de Basquete).
Utilizamos para a análise o caderno de campo e anotações diárias dos treinos. Foram duas
equipes, compostas cada uma por 12 atletas, sendo as rotinas e atividades dos treinos
observadas por 08 (oito) semanas, totalizando 24 sessões de treinamento, nos meses de
setembro e outubro do ano corrente. Nas observações de cada sessão, buscou-se dar a
devida atenção aos itens: exercícios analíticos, exercícios sincronizados, jogos e
brincadeiras, situações de jogos, jogos pré-desportivos, jogo formal; materiais e recursos
utilizados.
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os praticantes são submetidos a treinos não condizentes com sua fase de desenvolvimento
e desprovidos de estímulo às Múltiplas Inteligências (BALBINO, 2007).
CONCLUSÃO: Constatamos que é imprescindível propor os JECs para uma rica reflexão
tática do jogo, fazendo com que o praticante tenha ampla capacidade de tomada de
decisão, elaborando respostas rápidas e inteligentes, explicitando um comportamento
cognitivo. Não defendemos apenas um modelo para o aprimoramento da tática na Iniciação
ao Basquetebol, mas é fundamental o treinador conhecer a realidade dos seus alunos, seus
anseios e necessidades a fim de contribuir para seu desenvolvimento integral. Ainda
observamos muitos técnicos e professores utilizando o método tradicional em suas aulas
ou treinos, favorecendo a não compreensão do jogo. Neste contexto da mecanização de
movimentos, o praticante torna-se desmotivado devido à realização de apenas movimentos
específicos. Portanto, numa fase de especialização esportiva o praticante terá dificuldades
motoras, sociais, afetivos e cognitivas.
REFERÊNCIAS:
CAGIGAL, J.M El deporte contemporâneo frente a las ciências del hombre. In: MARTIN
ACERO, R.et al. Educación Física y deporte no século XXI. Universidade da Corunã,
1996.p.163-180.
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6(1): 65-80.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
340
conteúdos procedimentais, além de motivar a participação dos alunos, sem contribuir para
a exclusão dos menos habilidosos.
Palavras-Chave: Atletismo; Ensino do atletismo; Metodologias de ensino.
INTRODUÇÃO: A disciplina das Ciências do Esporte que tem o intuito de olhar para o
ensino das modalidades esportivas e de outras práticas corporais é a Pedagogia do
Esporte. Um dos principais objetivos dessa área é o de superar o ensino tradicional, que se
caracteriza pelo ensino voltado exclusivamente ao aprendizado das técnicas esportivas.
Apesar disso, ainda são poucos os estudos que olham para o atletismo pelas lentes
da Pedagogia do Esporte e procuram relacionar as novas abordagens de ensino com essa
modalidade esportiva. Rufino e Darido (2009), por exemplo, constataram que dos 2,19%
dos artigos dessa área encontrados em 8 periódicos científicos brasileiros de Educação
Física, entre 2000 e 2009, apenas 5% estavam relacionados aos esportes individuais.
Nesse mesmo estudo, é possível constatar que a maior parte das publicações se referem
aos Jogos Esportivos Coletivos, revelando uma grande diferença entre o número de
publicações.
No entanto, existem algumas questões sobre o ensino do atletismo que merecem
ser observadas à luz da Pedagogia do Esporte. Uma dessas questões diz respeito ao
ensino tradicional, que, como Valero (2006) explica, é uma abordagem que tem como base
dividir o ensino dos movimentos em partes isoladas, seguido por exercícios de repetição de
cada parte. Depois disso, o professor vai direcionando o aluno a “juntar” essas partes até
resultar na exceção do movimento completo.
Não por outro motivo, o objetivo dessa pesquisa foi o de investigar na literatura
publicações referentes ao ensino do atletismo na perspectiva de superação do ensino
tradicional.
MÉTODO: Para a realização dessa pesquisa foi feita uma pesquisa bibliográfica para
revisar o que há na literatura sobre o ensino do atletismo. Essa técnica é definida por Ruiz
(1996) como uma forma de “análise do que já se produziu sobre determinado assunto que
assumimos como tema de pesquisa científica” (p. 58).
Assim, com base em pesquisa bibliográfica, reuniremos informações sobre o tema
em questão, em livros, artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses,
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A terceira abordagem que visa a superação do ensino tradicional que foi encontrada
nessa pesquisa é a de Valero (2006; 2007), conhecida como “enfoque ludotécnico”, cujo
objetivo é oferecer “uma orientação lúdica que aumente os níveis de diversão, sem deixar
de lado os aspectos que têm que ser considerados, se o que se pretende ensinar é a técnica
do atletismo” (p. 40, tradução nossa).
Essa proposta de ensino é dividida em 4 fases (VALERO, 2007; VALERO, 2006;
VALERO e MARMOL, 2013), como pode ser visto a seguir: “Apresentação global e proposta
de desafios”, “Propostas ludotécnicas”, “Propostas globais” e “Reflexão e balanço final”.
A quarta abordagem encontrada nesse estudo é a da IAAF (Associação Internacional
das Federações e Atletismo), que utiliza o Miniatletismo com o objetivo de promover a
saúde e a interação social, preocupando-se em instaurar o caráter de aventura nas
atividades, utilizando, para isso, materiais adaptados para crianças (CBAt, 2011).
Já a quinta abordagem se refere a duas pesquisas (HASTIE et al., 2013; PEREIRA,
et al, 2015) que procuraram verificar a abordagem do Sport Education de Daryl Siedentop
para o ensino do atletismo. Hastie et al. (2013) verificaram que não houve uma diferença
significativa na aquisição de habilidades entre o grupo que aprendeu por meio do Sport
Education e o grupo que aprendeu por meio do modelo tradicional. No entanto, foi possível
verificar que apenas o grupo do Sport Education teve uma aprendizagem mais universal,
englobando os aspectos e conteúdos do atletismo como as regras, a atuação como árbitro
etc.
Pereira et al. (2015) verificaram a melhora técnica em três provas do atletismo –
corrida com barreiras, arremesso do peso e salto em distância – em dois tipos de situações
de aprendizagens: uma temporada da abordagem do “Sport Education” e uma abordagem
de “Direct Instruction” – instrução direta. Assim como outras pesquisas, não houve uma
diferença significativa em relação à melhora técnica, no entanto, Pereira et al. (2015)
verificaram que no grupo de alunos que participou da temporada do Sport Education, todos
os alunos, independente do gênero, tiveram uma melhora nas habilidades em todas as
provas, enquanto na Direct Instruction a melhora se limitou aos meninos e àqueles que
possuíam maior habilidades. Um dos possíveis aspectos dessa diferença entre um e outro
é que o Sport Education proporciona um grau de motivação maior para todos, não excluindo
os menos habilidosos.
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343
REFERÊNCIAS
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PEREIRA, J.; HASTIE, P.; ARAÚJO, R.; FARIAS, C.; ROLIM, R.; MESQUITA, I. A
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VALERO, A. V. La Iniciación al deporte del atletismo: del modelo tradicional a los nuevos
enfoques metodológicos. Kronos, n. 9, p. 34-44, jan/jun, 2006.
RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi verificar a relevância das dimensões física, técnica,
tática e psicológica por treinadores de handebol em âmbito escolar. Foram entrevistados
dez treinadores das categorias sub-14 e sub-17 do município de Ribeirão Preto-SP. As
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MÉTODOS: A amostra foi composta por dez treinadores de handebol escolar de Ribeirão
Preto-SP. Todos os entrevistados são graduados em Educação Física há 18,9±12,8 anos
e com tempo médio de atuação como treinador no âmbito escolar de 13,5±7,4 anos. Todos
assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (CAAE nº. 32063614.3.0000.5407).
Pelo caráter qualitativo deste estudo, optamos pela entrevista semiestruturada, que
parte de questionamentos apoiados em hipóteses interessantes à pesquisa e oferecem
possibilidades para novas interrogativas (MARCONI; LAKATOS, 2011). As questões
norteadoras foram: “Classifique a ordem das capacidades que você considera mais
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importante na categoria sub-14?”; “Por quê?”; “Classifique a ordem das capacidades que
você considera mais importante na categoria sub-17?”; “Por quê?”.
As justificativas para as escolhas (provenientes dos discursos) foram tabuladas e
analisadas de acordo com o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) (LEFÈVRE;
LEFÈVRE, 2003), composto por três figuras metodológicas: a) expressões-chave (ECH –
transcrições literais de trechos contínuos ou descontínuos do discurso que revelam a
essência do depoimento); b) ideias centrais (IC – que sintetizam o sentido dos discursos e
reduzem sua polissemia); e c) DSC (discurso-síntese redigido na primeira pessoa do
singular a partir das ECH com a mesma IC).
As dimensões foram ranqueadas pelos treinadores, cuja pontuação variou de 1
(menos importante) a 4 (mais importante). Foi calculada a média dos scores de cada uma,
de maneira a revelar as dimensões consideradas mais importantes para as categorias sub-
14 e sub-17.
2,13
2,00
Sub-14
2,88
Sub-17
TÁTICA
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Você conversa uma coisa e sempre entra o psicológicoS6. Você aponta as falhas nas situações de jogoS6; ele
vai ser mais exigido e precisa de um suporteS7, a parte emocional é muito importanteS10.
DSC3: É importante que ele goste do jogoS10, a capacidade tática é a utilização da técnica numa situação de
jogo coletivoS7. A tática é essencial para que ele entenda o que acontece em jogoS3,S9. No sub-17 vem antes
de qualquer coisaS1. A compreensão do jogo é fundamental, sem ela eles vão sofrer muitoS9.
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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ABSTRACT: The purpose of the present study was to analyze the impact of a hybrid Sport
Education Step-Game-Approach (SE-SGA) volleyball unit on student’s game
understanding. The participants were 96 secondary students of four randomly selected
classes. In order to evaluate students’ game understanding in volleyball, a video-based test
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was developed and applied prior and after the unit. Results showed improvements in game
understanding scoring from pre-test to post-test, which suggest that improvements in game
understanding are possible when participating in a SE-SGA volleyball unit. The lack of
improvements observed in some situations that were the focus of the unit can find
explanation on the insufficient student-coaches’ instructional preparation. Therefore, future
implementations of this hybrid model should provide student-coaches not only the necessary
instructional tools for teaching but also pedagogical principles essential to successfully
elaborate the proposed content to peers. In addition, these results also suggested the need
to spend less time in acquisition tasks and consequently more time in structuring and
adaptation tasks, which resemble actual game conditions.
INTRODUCTION: Research on Sport Education (SE) model has extensively enhanced its
efficacy on student’s personal and social development, namely their attitudes and values
(WALLHEAD & O’SULLIVAN, 2005). However, to date, the impact of SE on student’s
improvements has been sparse (HASTIE et al., 2011). This lack of evidence can find
explanation in the fact of SE specially focus is the learning environment, namely teacher
and students roles (HASTIE & CURTNER-SMITH, 2006; MESQUITA et al., 2012; ARAÚJO
et al., 2015). In this way, researchers have been enhancing alliances between SE and other
instructional models that require specialized teaching of tactical performance and relying on
a situated learning perspective (HASTIE & CURTNER-SMITH, 2006; MESQUITA et al.,
2012; FARIAS et al., 2015).
The Step Game Approach (SGA; MESQUITA et al., 2005) have shown to be efficient for
non-invasion games, such is the case of volleyball (ARAÚJO et al., 2015). SGA is a
didactical model to teach volleyball, mostly in school settings, and comprehends a step-by-
step progression with increment of complexity (1x1 to 4x4). This sequence seeks to get
closer to real game situation and it “evolves in such a way that both formal and functional
structure remains aligned with student’s tactical understanding and skill level” (MESQUITA
et al., 2005, p. 473).
Nevertheless, to date no study was found that examined the impact of SE-SGA on students’
game understanding. Therefore, the purpose of the present study was to analyze the impact
of a hybrid Sport Education Step-Game-Approach (SE-SGA) volleyball unit on student’s
game understanding.
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353
METHODS: The design of this study is shaped as a teaching experiment. The participants
in this study were secondary school students (N=96; 40 boys and 53 girls aged from 16–18
years). Two teachers applied this hybrid unit in four randomly assigned classes. Both
teachers were knowledgeable and experienced in both models. In addition, one of them is
an expert volleyball coach and was also one of the researchers of the present study.
Students had no previous experience in both SE and SGA models. The ethics committee of
the researchers’ university approved the protocol of the study, and all participants provide
assent following parental informed consent.
A video-based test was developed to evaluate students’ game understanding in volleyball.
The original video, in which skillful sixteen-year-old boys and girls played modified volleyball
(1vs1, 2vs2 and 3vs3), was recorded from the most adequate perspective for each situation.
The video included 21 questions of offensive and defensive game situations, each one with
tactical principles of SGA (MESQUITA et al., 2005). These principles were adapted from
Oslin, Mitchell, & Griffin (1998) and selected by two experts for the final video-based game
understanding test. Each video sequence began with 4-7 seconds of lead-up to the match
situation to be evaluated. This was followed of a still frame (20 seconds) to give students
time to solve the question made next to the situation presented. The video sequences were
shown on a large screen (1.2 m x 1.2 m) with a video projector. After this first test (pre-test),
students participated in a SE-SGA volleyball unit. After the unit, students participated in the
same video-based game understanding test (post-test), again in their own classroom during
normal school hours.
A 24-lesson (45 minutes each) volleyball unit was design with six institutionalized sport
features (Siedentop, 1994): seasons, culminating event, affiliation, record keeping, formal
competition and festivity. This unit followed a four-phase format: teacher-directed skill
development phase, pre-season scrimmages, formal competition season and post-season
championship series. The adaptation of learning tasks to the game’s demands was
emphasized through the use of three types of instructional tasks (PEREIRA et al., 2011):
acquisition (aim the improvement of skill efficiency and do not have contextual interference),
structuring (follow the game’s sequence of action but without opposition), and adaptation
tasks (modified game with opposition character that allow the application of technical and
tactical abilities to game context). The present study comprised the second SGA step (2x2).
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354
Since exploratory data analysis revealed non-normality, nonparametric statistics were used.
To test intra-group differences, nonparametric statistics for two related samples were
applied through the Wilcoxon test. Data analysis was achieved with the use of SPSS 20.0.
MPrT ± SD MPoT ± SD Z p
Identification of responsibility
S6 1,94±1,40 2,52±1,51 -2,71 <0,001
zones
Adjustment S7 3,10±1,38 3,52±1,11 -2,34 0,02
Prepares to set, approaching the
S8 2,61±1,50 1,97±1,41 -3,43 <0,001
net
Adapting the defence to opponents’
S12 1,96±1,42 2,35±1,50 -1,98 0,04
attack
Attack at the 2nd touch S14 2,10±1,45 2,87±1,46 -3,70 <0,001
Attack using appropriate technical
S19 2,29±1,49 3,10±1,38 -4,23 <0,001
skill
Support S20 1,94±1,40 2,71±1,49 -3,70 <0,001
Return S21 3,87±0,61 4,00±0,00 -2,00 0,05
Table 1 – Improvements in student’s game understanding
Legend: MPrT – mean pre-test; MPot – mean post-test
These findings corroborate previous research using hybrid models (FARIAS et al., 2015;
HASTIE et al., 2009; HASTIE et al., 2013) and were presented manly in step 2 of the SGA,
which was the focus of the unit. These results showed the importance of teaching specific
contents to improve game understanding. Differences from pre-tests to posts-tests were
also found in situations, which do not correspond to the approached step of the SGA model.
However, these tactical components emerge tacitly during the small-sided game
characteristic of the aforementioned step (2x2). Despite the 4 steps have different aims
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355
concerning the contents, rules adaptation and student skill development they are all
connected and related (MESQUITA et al., 2005).
However, no improvements were found in several situations, which might be due to a lack
of student-coaches’ preparation. Teachers should provide student-coaches not only the
necessary instructional tools for teaching (HASTIE, 2000) but also pedagogical principles
essential to successfully elaborate the proposed content to peers (WALLHEAD &
O’SULLIVAN, 2007). An explicit and careful student-coaches’ preparation at the begging of
each unit is generally successful in preventing problematic breaches in the didactic contract
of content taught (WALLHEAD & O’SULLIVAN, 2007). This takes particular importance
when regarding complex tactical principles, as is the case of the present study. These lack
improvements can also suggest the need to spend less time in acquisition tasks. Structuring
and adaptation tasks increase resembling with actual game conditions (WILLIAMS &
HODGES, 2005) and prevent game disruption (MESQUITA et al., 2005), particularly in
volleyball (PEREIRA et al., 2011).
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semelhança nos locais de início de prática esportiva entre brasileiros e estrangeiros, sendo
o clube o mais citado (46,5% entre os brasileiros e 44,66% para os estrangeiros. No entanto,
observa-se nessa geração do basquetebol masculino outros cenários relevantes, tais quais
escola e escola de esporte. Destaca-se a necessidade ampliar espaços diversos e públicos
para a prática do basquete.
Palavras-Chave: Basquetebol – local de início – clube
INTRODUÇÃO:
O esporte é um fenômeno sociocultural que permeia a cultura infanto-juvenil, sendo
o primeiro contato sistematizado mediado por um responsável e com finalidade de ensinar
a prática de uma dada modalidade denominada iniciação esportiva (PAES e GALATTI,
2013; GALATTI et al., 2013). Diferentes agentes são responsáveis por esse processo de
apresentar o esporte à criança, assim como são múltiplos os cenários a iniciação esportiva
pode ser desenvolvida, tais quais clubes, academias, prefeituras, escolas ou ONGs
(MACHADO et al., 2011; GALATTI et al., 2013).
Também são muitos os significados do esporte na sociedade contemporânea, sendo
um deles o esporte de elite. Se for certo que a prática esportiva na infância deve se afastar
da mera busca por resultados competitivos ou de futuros atletas – primando por
proporcionar à criança um universo extenso e cheio de opções para que futuramente possa
se apropriar daquele conhecimento da forma como desejar – é certo também que os atletas
de elite um dia foram iniciados no esporte em um processo que, em longo prazo, lhes
possibilitou atingir esse nível. No entanto, qual cenário é mais favorável para o
desenvolvimento de atletas de elite?
São vários os aspectos que contribuem para a formação de um atleta profissional
em modalidades esportivas. Sendo o processo de iniciação esportiva de grande
importância, assim como o acesso à prática. Considerando o local de início da prática um
dos aspectos relevantes na iniciação e que pouco se tem de dados sobre o cenário em que
se deu a iniciação esportiva de atletas de elite brasileiros, o objetivo deste estudo foi o de
verificar o local em que os jogadores da NBB (Novo Basquete Brasil) iniciaram a prática do
basquetebol.
MÉTODO:
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De acordo com o objetivo do estudo foi realizada uma pesquisa quantitativa, a fim de
analisar fatos relevantes para esta investigação. Desta forma, questionários com perguntas
sobre o atleta, entre elas sobre o local que o mesmo iniciou sua prática, foram entregues
às equipes participantes do campeonato nacional brasileiro, o Novo Basquete Brasil (NBB).
Dos 265 atletas inscritos no Novo Basquete Brasil (NBB), temporada 2014/2015, 101
atletas responderam os questionários, sendo distribuídos em 10 equipes, do total de 16.
Dos 101 atletas, 86 são brasileiros e 15 estrangeiros (Argentina, Espanha, Estados Unidos
da América, República Dominicana e Dominica).
Os dados foram analisados no Microsoft Excel, por meio de uma média aritmética,
com o intuito de visualizar e verificar o local de início da prática do basquetebol dos atletas.
RESULTADOS:
Os resultados apontaram que do total de atletas brasileiros participantes da
pesquisa, o clube foi o local com maior incidência de início na modalidade (46,5%), seguido
da escola (19,8%), escola de esportes (7,9%), projetos sociais (6,9%), prefeitura (4%), rua
(4%), casa (2%), praça (2%) e outros (1%), como é possível visualizar no Quadro 1.
Em relação aos estrangeiros o clube também predominou, com 44,66%, seguido da
escola (20%), prefeitura (6,60%), rua (6,60%), casa (6,60%), praça (6,60%) e outros
(6,60%), como também pode ser visto no Quadro 1.
Clube Projetos Sociais Escola Escola de Esporte Prefeitura Rua Casa Praça Outros Repe tiram Total
TOTAL DE ATLETAS 47 7 20 8 4 4 2 2 1 6 101
46,5% 6,9% 19,8% 7,9% 4,0% 4,0% 2,0% 2,0% 1,0% 5,9%
BRASILEIROS 40 7 18 8 3 3 1 1 0 5 86
46,50% 8,10% 20,93% 9,30% 3,48% 3,48% 1,16% 1,16% 0,00% 5,81%
ESTRANGEIROS 7 0 3 0 1 1 1 1 1 15
46,66% 0 20% 0 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% 0
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360
com instalações esportivas (piscinas, pista, quadras, ginásios etc.) e onde, comumente
pagando uma mensalidade ou taxa, se reúnem pessoas de uma sociedade para praticar
esportes, jogar, dançar etc.” (BARBANTI, 2003, p.108). De forma específica, entende-se
por clube esportivo aquele caracterizado pela oferta de uma ou mais modalidades, com a
participação em competições vinculadas a Federações, as quais organizam ligas e torneios,
determinando e interpretando normas e regras (GALATTI, 2010).
Esses dados reforçam a percepção do clube como um dos cenários mais procurados
para a prática e iniciação esportiva no Brasil (PAES e GALATTI, 2013), No entanto, é
interessante notar, que mais da metade dos atletas brasileiros em ação na última edição da
NBB iniciaram a prática do basquetebol em outros cenários, indicando uma diversificação
de locais de início de prática.
Já a escola, que foi o segundo local mais assinalado pelos atletas, não possui como
objetivo formar atletas, mas é um ambiente adequado para que a criança tenha o primeiro
contato com a modalidade (DARIDO; RANGEL, 2005). No entanto é preciso ressaltar que
nem sempre esse tema é abordado em aulas de Educação Física e nem toda escola possui
um projeto de basquetebol no contra turno escolar.
Os demais locais (escola de esportes, projetos sociais, prefeitura, rua, casa, praça)
aparecem com menor frequência, o que parece indicar que as cidades brasileiras oferecem
menos escolas de esportes, projetos sociais e espaços públicos com professores e
materiais adequados para a iniciação em basquetebol.
Quanto aos dados de atletas estrangeiros de 5 diferentes países respondentes do
questionário, observa-se semelhança com os resultados dos atletas brasileiros, indicando
uma homogeneidade na distribuição do local de início de prática do basquetebol entre
atletas brasileiros e estrangeiros na sétima edição da NBB.
Além disso, ao observar os estudos que procuram determinar fatores que influenciam
a formação de atletas profissionais (TURNNIDGE; HANCOCK; CÔTÉ, 2012; SURYA, et al.,
2012), pode-se ver que o clube é o local que mais se aproxima dessas características. Ou
seja, o clube é o local que possui as melhores condições estruturais, que melhor oportuniza
o desenvolvimento das habilidades e o que oferece as maiores condições de segurança.
CONCLUSÃO:
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361
REFERÊNCIAS
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que o educando deve saber, atitudinal: o que o educando deve ser, e procedimental: o que
o educando deve fazer no caso o jogo/Luta.
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JOGO/
LUTA
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368
MÉTODO: Trata de uma análise documental (GIL, 2010). Os documentos objeto de análise
são a Proposta de Implantação do Projeto Arremesso para Vida e os relatórios de avaliação,
elaborado pelo Instituto Hand Social, uma associação civil, de direito privado, sem fins
lucrativos. Saubara-BA, distante cerca de 96 km da capital da Bahia, Salvador, na região
do recôncavo baiano. A população estimada para 2015 é de 12.238 habitantes (IBGE,
2015), com economia voltada para pesca, coleta de mariscos e artesanato.
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artesanato, tais como: fuxico, artesanato com material reciclável, trançadeira (INSTITUTO
HAND SOCIAL, 2014a).
Vale ressaltar que “ esporte não pode ser tratado como a solução de problemas que
requerem ações de ordem política” (MELO, 2005, p. 83), mas que as atividades realizadas
no Projeto Arremesso para Vida, vem contribuindo para a comunidade atendida por conta
de seu amplo espectro de alcance, onde as experiências de ensino da modalidade
handebol são garantidas, associados a um processo de engajamento significativo entre o
projeto-família-comunidade, contribuindo para maior esclarecimentos e mudanças de
comportamentos inadequados para a comunidade em vulnerabilidade social atendida pelo
projeto em Saubara, Bahia.
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373
RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar o quantitativo dos conteúdos de ensino da
capacidade de jogo aplicado a dois grupos de mesma faixa etária. Foram filmadas e
analisadas 18 sessões de ensino dos Jogos Coletivos de duas turmas de um programa
esportivo da cidade de Ouro Preto – MG. As aulas eram realizadas duas vezes por semana
com duração de 60 minutos cada, objetivando o desenvolvimento da capacidade de jogo,
utilizou-se o teste t-student para verificar se houve diferença significativa entre as turmas
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379
RESUMO:O estudo teve como objetivo analisar o conteúdo de aulas de Educação Física
de uma única escola pública da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. O método utilizado
para análise foi realizado através de filmagens e diário de campo. Após as observações foi
possível perceber que a Educação Física, ainda influenciada pela concepção esportivista,
continua aplicando em suas aulas os esportes como principal conteúdo. Através do material
coletado observou-se que dentro deste conteúdo foi aplicadonas36 aulas observadasas
atividades com bola (queimada, pique-bola, entre outras) 22 vezes. Sabe-se que é de
grande valia o ensino dos esportes coletivos durante as aulas, no entanto na maioria das
vezes este é apresentado sem nenhuma sistematização ou critério de planejamento e
avaliação, sendo realizado apenas na ótica do saber fazer e com o professor no centro do
processo. O professor de Educação Física ciente da sua importância para a formação
integral dos indivíduos precisa embasar-se de um conhecimento teórico para um
planejamento que provoque nas crianças um desenvolvimento integral e, sobre tudo a
capacidade de jogo quando o ensino dos esportes coletivos.
INTRODUÇÃO
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conteúdo de aulas de Educação Física de uma única realidade da escola pública, da cidade
de Ouro Preto, Minas Gerais.
MÉTODOS
As aulas de Educação Física dos anos Iniciais do Ensino Fundamental em uma
escola da rede pública Municipal na cidade de Ouro Preto-MG foram observadas por três
meses. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa descritiva observacional. Os
instrumentos utilizados foram uma filmadora e um caderno como diário de campo no qual
foram anotadas as observações relacionadas aos conteúdos ministrados nas aulas. O
universo do estudo foi composto por duas turmas mista do 4º e 5º anos do Ensino
Fundamental com 25 alunos cada, de idades entre nove e dez anos.Foram observadas 18
aulas de cada turma com duração de 50 minutos cada, ministradas pelo mesmo professor.
Após cada registro no diário de campo a professora verificava as atividades registradas e
atestava-as com sua assinatura. As filmagens foram utilizadas para verificação dos
registros do diário de campo, quando necessárias.
RESULTADOS e DISCUSSÃO
A partir das observações, identificou-se que 36 aulas os esportes coletivos, os jogos
pré-desportivos e as brincadeiras com bola foram a base das atividades realizadas. Nestas
atividades a caracterização dos jogos esportivos foi percebida em atividades correlatas ao:
Futsal: 17 vezes, configurando 47,22% das atividades das aulas; o Handebol foi utilizado
nove vezes o que representou 25% nas aulas; o voleibol apresentado por 10 vezes
representando 27,77% nas aulas e as brincadeiras foram utilizadas 22 vezes ocupando
61% das atividades das aulas. Como pode ser observado no quadro abaixo.
Quadro 1: Atividades com bola desenvolvidas em 36 Aulaspara crianças com
idades de 9 e 10 anos
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De acordo com as análises preliminares dos dados da pesquisa foi possível perceber
que as atividades com bola têm certa predominância entre os demais conteúdos ocupando
61% das aulas, é possível perceber a forte influência dos Jogos Esportivos Coletivos (JEC).
Segundo relato da professora, a bola é um elemento externo que mais desperta curiosidade
nos alunos, pois, é o material o qual os alunos têm mais acesso fora do ambiente escolar.
As atividades com bola foram as que contavam uma maior participação dos alunos, assim
como foi possível perceber o grau de satisfação destes durantes as aulas atreladas ao um
bom desempenho. Segundo a professora isso se deve ao conhecimento prévio dos alunos,
fator este que contribui e muito para a compreensão das atividades.
Também deve se levar em conta a influencia esportivista a qual a professora se
ampara para administrar a suas aulas.Segundo relato da própria professora ela não tinha
motivação para estudar mais,e que suas leituras restringiam-se apenas em esportes e
recreação,as quais são utilizadas em suas práticas.
Com base nas aulas observadas foi possível perceber que os esportes coletivos
continuam sendo o conteúdo mais aplicado durante as aulas ministradas, no entanto sem
nenhuma estruturação ou mesmo problematização do conteúdo aplicado. Através da
pesquisa de campo, foi possível perceber uma realidade da Educação Física que continua
com raízes em atividades desenvolvidas em práticas vivenciadas pela professora que é
trazido para o desenvolvimento das aulas, sem construção ou aplicação do conhecimento
recebido na formação. A professora relata que não ter em suas aulas uma metodologia
específica, nem haver planejamento escrito, tudo é baseado na experiência adquirida aos
longos dos anos.Sendo esta problemática recorrente com outros docentes.
CONCLUSÃO
De acordo com os resultados da pesquisa podemos observa que há uma
predominância das atividades com bola no conteúdo das aulasde Educação Física
principalmente os jogos desportivos coletivos. Estes jogos podem ser um importante
subsídio para o desenvolvimento multilateral da criança ou adolescente, entretanto para
que essa contribuição seja eficaz, é necessária autilização baseada de uma metodologia
baseada na pedagogia do esporte, que atribui um aspecto educativo ao esporte, e que os
planejamentos dos professores tenham embasamentos teóricos para proporcionar ao
aprendiz um conhecimento integral da atividade que está sendo realizada.
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383
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384
RESUMO: Este estudo teve como objetivo estruturar o planejamento das aulas de
Educação Física com os conteúdos dos esportes coletivos de invasão (futsal, basquetebol
e handebol) organizando as unidades didáticas (45 aulas), utilizando como referência os
princípios do Modelo Desenvolvimentista (MD). Participaram do estudo alunos do 6º ano
do ensino fundamental de uma escola pública de um município do estado do Paraná. As
aulas realizadas no contexto escolar foram fotografadas e filmadas. Foi utilizada na
organização dos exercícios a lógica de dificuldade crescente (estágios de progressão dos
exercícios). A análise dos dados considerou as imagens das aulas (fotografia e filmagem).
As evidências demonstraram que o MD pode facilitar a organização das aulas e
proporcionar o aprendizado do esporte aumentando a motivação dos alunos,
principalmente ao oferecer exercícios e atividades pedagógicas que estabeleçam critérios
de êxito apropriados aos objetivos das aulas.
Palavras-chave: pedagogia; escola; esporte.
INTRODUÇÃO: O modelo desenvolvimentista (MD) para o ensino dos jogos esportivos foi
elaborado pela professora norte-americana Judith Rink na década de 1990. Este modelo
preconiza que os exercícios devem ser organizados didaticamente, de modo que as tarefas
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parecer nº. 236.092. A autorização dos responsáveis para participação do estudo foi
solicitada por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, esclarecendo os
possíveis riscos das atividades desenvolvidas.
As modalidades de futsal, basquetebol e handebol foram escolhidas como conteúdos por
possuírem características pedagógicas semelhantes (esportes coletivos de invasão). A
forma de organização dos exercícios realizados no planejamento das aulas foi
fundamentada nos estágios de progressão dos exercícios utilizado no MD (Quadro 1).
Os planos de aula do 6° ano foram elaborados seguindo os pressupostos do MD ao
apresentar critérios para a realização dos estágios de progressão dos exercícios no
processo de ensino e aprendizagem: 1) possibilitar a evolução do desempenho motor dos
estudantes; 2) proporcionar o máximo de atividade para todos os estudantes,
independentemente do nível de habilidade; 3) ser apropriado ao nível de experiência dos
estudantes; e 4) integrar os aspectos motor, cognitivo e afetivo aos objetivos educacionais
(Quadro 1).
Quadro 1 - Estágios de progressão de exercícios.
Estágio 1 (habilidades simples sem oposição/marcação)
Preocupa-se com habilidades realizadas individualmente
Capacidade de controlar um objeto (bola, raquete)
Ações – direcionar um objeto para um lugar com qualidade (força, nível e direção) de forma consistente, parado e em
movimento.
Receber ações–obter a posse do objeto indo na direção do mesmo, de qualquer nível, direção ou velocidade, parado
e em movimento.
Estágio 2 (combinação de habilidades sem oposição/marcação)
Combinação de habilidades
Movimentos realizados combinando habilidades.
Estágio 3 (situações de oposição simplificada)
Estratégias básicas de defesa e ataque.
Estágio 4 (práticas semelhantes ao jogo formal)
Modificar os jogos com alterações nas regras, limites, número de jogadores e posições especializadas.
Fonte: Adaptado de RINK (2010)
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Na análise dos dados qualitativos foram consideradas as imagens das aulas (fotografia e
filmagem). Para a análise de dados foram utilizados códigos de análise para demarcar os
temas por meio da comparação dos dados, procurando semelhanças, relações e diferenças
(BRAUN e CLARKE, 2006).
RESULTADOS
Estágio 1 (Habilidades Simples Sem Oposição)
Foram realizados os exercícios do estágio 1 em todas as modalidades. Ao realizar o
controle de bola (habilidades simples sem oposição) na modalidade de futsal, percebeu-se
a dificuldade da maioria das crianças em realizar as tarefas. As turmas eram heterogêneas
e alguns meninos se sentiam desmotivados com a facilidade de alguns exercícios. Foi
necessário estabelecer metas diferenciadas de acordo com o nível de habilidade de cada
aluno. Durante a realização de tarefas de troca de passes entre os alunos, procurou-se
estabelecer critérios de êxito (estabelecimento de número de passes por tempo e execução
de passes consecutivos) que facilitassem a participação dos estudantes que demonstravam
maior facilidade de execução, mas que também oportunizassem maior dificuldade para os
alunos com maiores habilidades.
No basquetebol, as habilidades simples sem oposição (estágio 1) e combinação de
habilidades (estágio 2) foram executadas com a participação de todos os alunos. Acredita-
se que isto se deve ao fato do nível de conhecimento da modalidade ser bastante
homogênea entre os alunos (todos conheciam muito pouco da modalidade). Além disso, a
maior experiência do professor com a modalidade de basquetebol facilitou a escolha das
tarefas de acordo com o nível de aprendizado dos estudantes. Essa percepção é
corroborada por Graça (2013), ao apontar que a experiência dos professores com
determinados conteúdos (conhecimento do conteúdo) facilita o processo de ensino e
aprendizagem quando aliado ao conhecimento pedagógico do conteúdo.
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___
Índice mh MH
___________________________________________________________________________
Índice mh Mh
___________________________________________________________________________
CTJ (max = 40) 29.47 (3.06) 35.59 (3.92) * 32.78 (4.58) 37.11 (4.76)*
TD-CJ (max = 28) 20.47 (2.65) 24.88 (3.02)* 22.89 (3.98) 26.11 (3.92)*
EM-CJ (max = 12) 9.00 (1.62) 10.71 (.69)* 9.89 (1.53) 11.00 (1.00)
COJ (max = 30) 22.00 (2.29) 26.12 (3.12)* 24.44 (3.40) 27.89 (2.93)*
CDJ (max = 10) 7.47 (1.81) 9.47 (.94) * 8.33 (1.73) 9.22 (1.99)
* Melhoras estatisticamente significativas do PrT para o PoT
Relação entre compreensão do jogo e performance em jogo
No PrT não foram encontradas correlações entre o conhecimento e a performance de jogo
em nenhum dos grupos. Nos alunos de mh foram encontradas correlações significativas
entre a performance e compreensão do jogo no PoT. existiram correlações entre
performance e compreensão, nomeadamente entre a EM defensiva e a compreensão do
jogo (EM-CJ: r = 59, p = .013; EM defensiva, r = 67, p = .003, respetivamente). Existiram
correlações entre a performance na TD ofensiva sem bola e a compreensão da EM ofensiva
(r = 64, p = .005 ) e entre a TD-PJ e a compreensão da EM ofensiva (r = 56, p = .021).
No alunos de MH, no PoT, foram encontradas correlações entre a performance na TD com
bola e a COJ (r = 68, p = .045) e entre a TD e a compreensão da TD (r = 70, p =. 036), da
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TD com bola (r = 75, p = .020), da TD ofensiva sem bola (r = 72, p = .036), da COJ (r = 80,
p = .011) e da CTJ (r = 72, p = .028).
CONCLUSÕES
No presente estudo a unidade híbrida MED-MCJI teve um impacto determinante no
desenvolvimento da performance e da compreensão de jogo dos alunos. As características
específicas e únicas da unidade, nomeadamente, o tratamento didático especializado da
matéria de ensino (a especificidade das tarefas de jogo) e o perfil instrucional do MCJI, em
aliança com o ambiente autêntico das aprendizagens advindas das características do MED
semelhantes aos desportos de competição, são adiantadas como responsáveis pelo forte
impacto da unidade nas aprendizagens. No final da unidade, contrastando com o verificado
no início, tanto os alunos de maior habilidade como os de menor habilidade correlacionaram
a sua performance com a sua compreensão do jogo, especialmente os alunos de mais
participativos em jogo, sugerindo um impacto fundamental da unidade MED-MCJI neste
aspeto. É particularmente salientada a importância de se promover as melhorias na
performance tática e motora dos estudantes, em função de um processo simultâneo de
tomada de consciência e compreensão tática decorrente das suas próprias vivências em
jogo. A “atmosfera” educativa autêntica em que as aprendizagens ocorreram e a prática
sistemática da FBJ em contextos competitivos saudáveis foram determinante para criar um
forte comprometimento dos alunos para com a matéria de ensino.
REFERÊNCIAS
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RESUMO: O acesso ao esporte tem sido usado como uma ferramenta de oportunidade
para crianças e jovens com deficiências, visando não apenas as questões de saúde, mas
também para a inclusão destes no contexto social. O objetivo do presente estudo é
descrever as ações desenvolvidas no núcleo de esportes adaptados do PST –
ESEF/UFPel. Participam das atividades 98 crianças e jovens, sendo 32 sem deficiências e
66 com algum tipo de deficiências. Todos os participantes são oriundos de classes com
poder aquisitivo baixo, classificados pela ABIPEME nas classes C e D. Os alunos
participam durante seis horas da semana em atividades esportivas, de desenvolvimento
motor e complementares. Coordenam as atividades um professor e cinco monitores.
Durante o programa são utilizados instrumentos de avaliação para verificar a melhoria da
aptidão física, habilidade motora, percepção de saúde, nível de satisfação dos alunos e
também dos familiares. Os resultados do trabalho tem demonstrado uma melhoria das
habilidades motoras , determinada pelo aumento do nível de participação nas atividades
propostas. A interação nas atividades, tem favorecido a melhoria das relações pessoais,
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observadas durante a prática da atividade esportiva, onde alguns alunos com autismo tem
participado dos jogos coletivos. A oportunidade de participarem em ambientes inclusivo na
pratica de esportes, tem modificado o estilo de vida dessas criança, contribuindo para o
aumento dos níveis de independência e autonomia nas tarefas de vida diária.
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RESULTADOS: Observou-se nos testes e re-testes (4 meses) de aptidão física que 60%
(n=42) dos meninos e 40% (n=12) das meninas melhoraram sua aptidão física em todos
os testes das baterias específicas. Um menino com paralisia cerebral que melhorou sua
aptidão física, passou a não usar mais o andador para se locomover, dado esse não
apenas física, mas também um questão social de melhoria da qualidade de vida. As
crianças que não possuem deficiências, estão todas com níveis desejados de saúde de
acordo com as normas da bateria do PROESP-BR. Verificou-se que das 04 meninas com
SD, todas estavam na faixa de obesidade, observando-se uma relação com os baixos níveis
de aptidão física para todos os testes da bateria PRODOWN. Com relação a avaliação da
percepção de saúde (sim, considerável ou não) relatada pelos pais ou responsáveis, os
meninos apresentam uma melhor condição de saúde, estabelecendo um associação
significativa para um p=0,02 no teste do qui-quadrado. Os pais percebem que a partir da
participação no PST, seu filhos tem reclamado menos de dores no corpo (51% - n=50).
Todos alunos quando perguntados, declararam gostar das atividades do PST. Metade dos
meninos diz não se importar de não praticar o futebol, pois conheceram outras modalidades
tão legais quanto o futebol. Percebe-se que a melhoria geral da aptidão física, tem trazido
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REFERÊNCIAS
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RESUMO: O objetivo deste estudo foi comparar entre os sexos o nível de coordenação
motora grossa e a aptidão cardiorrespiratória em escolares. Participaram da amostra 113
sujeitos do sexo masculino e 105 do sexo feminino (n=218), com idade entre 6 e 10 anos.
A coordenação motora grossa foi avaliada por meio do “Teste de Coordenação Corporal
para Crianças” (Körperkoordinationstest Für Kinder - KTK) e a aptidão cardiorrespiratória
dos escolares foi medida por meio do “Corrida de 6 minutos”. Foram observadas diferenças
estatisticamente significativas ao comparar entre os sexos no teste de 6 minutos e
Coordenação Corporal, sendo que os meninos apresentaram um melhor desempenho
quando comparado aos das meninas em ambos os testes (p<0,05). E ao comparar entre
os sexos nas quatro tarefas do KTK, o sexo masculino apresentou valores superiores ao
sexo feminino em todas as tarefas, sendo observadas diferenças significativas somente no
salto monopedal (p<0,05). Pode-se concluir que os meninos apresentam um desempenho
de coordenação motora grossa e aptidão cardiorrespiratória superiores ao sexo feminino.
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Esses resultados podem auxiliar os profissionais que atuam com Educação Física escolar
a traçar programas específicos para o desenvolvimento das carências identificadas nas
aulas, bem como elaborar estratégias de intervenção visando o aprimoramento das
competências motoras.
Palavras-chave: coordenação motora grossa, aptidão cardiorrespiratória, crianças.
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MÉTODOS: A amostra foi composta por 218 crianças (113 meninos e 105 meninas), entre
6 a 10 anos de idade, matriculados em escolas públicas de Viçosa-MG e participantes de
um projeto esportivo-social. O presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa por meio do
parecer número 636.262.
No que se refere aos instrumentos, a coordenação motora grossa foi avaliada por meio do
“Teste de Coordenação Corporal para Crianças” (Körperkoordinationstest Für Kinder - KTK)
desenvolvido por Kiphard e Schilling (1974) de ampla aplicação no Brasil (RIBEIRO, DAVID,
BARBACENA, RODRIGUES & FRANCA, 2012). O KTK é composto por quatro tarefas que
envolvem os componentes da coordenação corporal como equilíbrio, ritmo, força,
lateralidade, velocidade e agilidade. Já a aptidão cardiorrespiratória dos escolares foi
medida por meio do “Corrida de 6 minutos” (BÖS et al., 2001; GAYA et al., 2015), que
consiste em dar o maior número de voltas possíveis em uma quadra de voleibol (18 x 9
metros) em 6 minutos, podendo o aluno andar ou correr.
A análise dos dados foi realizada por meio de procedimentos estatísticos descritivos e de
inferência, realizados no programa SPSS® versão 19. A normalidade dos dados foi testada
por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov. A comparação entre os sexos foi feita por meio
do teste t Student amostras independentes para os dados paramétricos e o teste Mann-
Whitney amostras independentes para os dados não-paramétricos, adotando em ambos os
procedimentos o valor de significância de p<0,05.
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Podemos observar que o sexo masculino apresentou valores superiores ao sexo feminino
em todas as tarefas do KTK, sendo observadas diferenças estatisticamente significativas
somente no salto monopedal (p<0,05). Os resultados do presente estudo se assemelham
aos achados de Gorla, Duarte e Montagner (2008), que encontraram diferenças
significativas no salto monopedal em favor dos meninos.
Os índices mais elevados no salto monopedal para os meninos demonstram que,
possivelmente o fato deles terem uma resistência de força maior do que as meninas podem
ter favorecido para os melhores resultados (GORLA et al., 2008). Além disso, esses
resultados também podem estar relacionados com as variações na velocidade de
crescimento, bem como na diversidade das experiências e repertórios motores em ambos
os sexos (GALLAHUE & OZMUN, 2005).
REFERÊNCIAS:
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emersonsaintclair@gmail.com
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7
O critério de inclusão obedece à catalogação na CAPES, e reconhecida às ciências sociais e humanas; o
critério de exclusão diz respeito às produções associadas às ciências biomédicas e as produções não
relacionadas ao handebol.
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O ensino do comportamento
tático nos jogos esportivos
GRECO, Pablo Juan Tese 1995 SP
coletivos: aplicação no
handebol
O ensino crítico-participativo no
contexto das disciplinas técnico-
TERRA, Dinah desportivas nos cursos de
Dissertação 1996 RJ
Vasconcellos licenciatura em educação física:
análise do impacto de um projeto
de ensino no handebol
Ser é ser percebido: uma
KNIJNIK, Jorge radiografia da imagem corporal
Dissertação 2001 SP
Dorfman das atletas de handebol de alto
nível no Brasil
Comportamento normatizado
versus comportamento efetivo
CONSTANTINO,
na prática do fair play entre Dissertação 2002 RJ
Marcio Turini
jovens escolares de Quintino,
Rio de Janeiro
Capacitação de treinadores no
handebol brasileiro: a
CALEGARI, Décio
complexidade como alternativa Dissertação 2002 MG
Roberto
de superação do modelo
técnico-linear
O ensino do handebol na 1ª serie
SANTOS, Heliany
do ensino médio em escolas Dissertação 2002 SP
Pereira Dos
públicas de Catalão, Goiás
Grupos esportivos de handebol:
NERY, Maria
um estudo sobre a Dissertação 2003 SP
Aparecida da Câmara
intersubjetividade
LAMENHA, Izabel Motivação no handebol em
Dissertação 2003 SP
Cavalcanti Barros desportistas iniciantes
Observação sistemática no
PAULÃO, Rosana de
esporte: um estudo com atletas Dissertação 2003 SP
Fátima
de handebol
Perfil perséfone: um estudo
CONCEIÇÃO, Paulo sobre crenças religiosas e lócus
Dissertação 2003 SP
Félix Marcelino de controle de atletas de
handebol
Interferências do método Pilates
DELGADO, Cecília
na percepção do corpo-atleta de Dissertação 2004 SP
Panelli
handebol
A popularidade do handebol no
PASKO, Venessa
contexto escolar e extra-escolar Dissertação 2005 RJ
Cerqueira
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Análise das percepções de
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Dissertação 2006 SC
handebol no estado do Paraná:
um estudo da categoria infantil
Proposta de sistematização
OLIVEIRA, Ana
pedagógica e avaliação no Dissertação 2011 SP
Carolina Santana De
handebol em cadeira de rodas
Modelo de análise técnico-tática
do jogo de handebol:
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Pombo implicações de um modelo de
interpretação das situações de
jogo em tempo real
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Situação de
Componente Conteúdos
jogo
Colocar a bola em jogo;
Direcionar o saque;
Saque Tática Dificultar a recepção;
Dificultar/evitar o levantamento pelo levantador;
Pontuar;
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CONCLUSÕES: O objetivo desse estudo fazer uma proposta inicial de organização dos
conteúdos do voleibol. Nossa proposta busca superar a fragmentação do jogo em
movimentos específicos e além disso envolve o jogo como um todo e suas partes. Partimos
do entendimento de que o jogo se produz por meio das táticas e técnicas das situações do
jogo, mas o jogo, através de seus constrangimentos, provoca as táticas e técnicas. É
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marcação e evitar o jogo do adversário pelo meio S4, levar o adversário pra linha lateral S7.
Se o jogador conquistar o espaço dele, já tá fazendo um grande benefício para o coletivoS2.
Eles precisam ter a noção de espaço, porque se o meu marcador bateu a bola e segurou e
está longe do gol eu não preciso mais ir nele, preciso cobrir o passe que ele vai fazer S3;
acho que além deles cobrirem os espaços pra impedir o passe do adversário, também
precisam ter noção de interceptar passe S7. No infantil cobro para começar a ter pelo menos
a noção do que é a coberturaS2,S3,S4,S8, porque não deixa de ser marcação individual S3, mas
o que eu peço, é que quem está atrás, precisa ajudarS4; não ficar mais naquele A com A, B
com B, e assim por dianteS3, porque precisa dessa cobertura, então, se passar por mim, as
laterais precisam ajudarS8. Ter noção de espaço, tem que jogar o atleta para fora, trabalhar
ele na posição mais difícil, jogar junto com o goleiroS10,S11, trocas de marcação; a gente vai
ensinar no 3:3, depois no 6:0 vai ser assim tambémS10.
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que coloco pontuações: o time que tá defendendo conseguiu a posse da bola é um ponto;
o time que tá atacando fez um gol também é um ponto; eles entendem que a boa defesa é
importante e vale como um bom ataqueS7.
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425
REFERÊNCIAS:
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critérios: a) estar cursando o 1º ano do curso de Educação Física; b) estar cursando uma
disciplina obrigatória na grade curricular, denominada Iniciação Esportiva; c) não possuir
experiência de atuação no ensino da Educação Física e esportes; d) expressar motivação
e disponibilidade para participar do estudo no ensino dos esportes.
Na coleta de dados, utilizaram-se os seguintes instrumentos: a) roteiro de entrevista
estruturada para atender os critérios de inclusão dos sujeitos de estudo; b) observação
sistemática das aulas ministradas por cada sujeito aos seus colegas (ambiente simulado),
sem qualquer tipo de orientação para escolha da modalidade esportiva, elaboração de
planejamento, organização da aula, conteúdos e ações de ensino; c) entrevista
semiestruturada composta perguntas referentes às experiências pessoais; d)
procedimentos de estimulação de memória, que consistiu na exibição do vídeo das
respectivas aulas, realizando questionamentos a respeito dos procedimentos pedagógicos
adotados pelos universitários através de entrevista semiestruturada.
Os dados foram analisados a partir da técnica de análise do conteúdo conforme
Bardin (1979), utilizando categorias determinadas a priori, fundamentadas no modelo do
conhecimento profissional de Grossman (1990), especificamente o conhecimento das
estratégias de ensino. Estas estratégias foram analisadas e classificadas a partir dos tipos
de tarefas de aprendizagem conforme Ticó-Camí (2002), denominadas: analítica, sintética
e global.
Todos os participantes foram devidamente informados sobre o objetivo do estudo e
assinaram o respectivo termo de consentimento para gravações e divulgação das
informações. Os discentes foram representados na pesquisa por letras e números para
preservar a identidade dos mesmos (D1, D2, ...). Este estudo foi avaliado e aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos numa universidade pública no Brasil,
sob o protocolo CAAE 06514912.4.0000.0118, Parecer nº 83238/2012.
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aprendizagem, ainda que não tenham contemplado na sessão observada, como se verifica
na Tabela 1:
Tipos de Tarefas
Crenças a respeito das estratégias (Sujeitos)
de Aprendizagem
Situações facilitadas de ensino (D1; D2; D5; D6; D7);
Decomposição dos elementos do esporte (D3; D5);
Desmotivação dos alunos na prática das tarefas (D4);
Aprimoramento das habilidades técnicas (D4);
Analítica Familiarização com as habilidades técnicas (D6);
Integração das habilidades técnicas (D7);
Aplicação das habilidades no contexto do jogo (D7);
Elevar o nível de motivação dos alunos (ataque) (D8).
Objetivos de treinamento tático (D1);
Elevar o nível de motivação dos alunos (D2);
Ênfase no lazer da prática esportiva (D2);
Sintética Diversão dos alunos (D3);
Desenvolvimento leitura do jogo (D4);
Precede o jogo e/ou fim do treino (D5);
Situações implícitas na tarefa global (D6).
Objetivo final a ser alcançado (D1; D2; D3; D4; D5; D6; D7; D8; D9);
Mostrar o que aprendeu em aula (D3; D5);
Global Prêmio pelo desempenho nas tarefas anteriores (D5; D6);
Ênfase no lazer da prática esportiva (D2);
Diversão dos alunos (D6).
Tabela 1: Crenças dos discentes a respeito das estratégias de ensino dos esportes.
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Resumo: O objetivo deste estudo foi associar o nível de conhecimento tático processual
com diferentes faixas etárias e prática esportiva. A amostra foi composta por 210
participantes de 8 a 12 anos, separados em dois grupos (G1- 8 e 9 anos; G2- 10 a 12 anos).
Como instrumento de medida foi utilizado o Teste de Conhecimento Tático Processual para
Orientação Esportiva (TCTP-OE) com mão e pé (GRECO et al.,2015). Os resultados
revelaram associação significativa entre a prática esportiva e o CTP: OE- PÉ e MÃO. Ainda,
evidenciou-se que a prática de escolinha esportiva no contra turno, aprimora o TCTP:OE-
Mão em 2,9 vezes e o TCTP:OE-Pé em 3,2 vezes em relação aos indivíduos não
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Para análise das variáveis recorreu-se a frequência absoluta e relativa e a mediana e aos
testes estatísticos Qui-Quadrado (x² ) e o cálculo das razões de chance (odds ratio- OR),
utilizou-se p≤0,05.
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REFERÊNCIAS
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Desporto. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2006. p. 284-298.
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Resumo: Este estudo teve como objetivo verificar a coordenação com bola de crianças do
6º ano do ensino fundamental séries finais (10/11anos) de uma escola da rede pública
estadual de São Paulo, descrevendo suas características motoras e fazendo a comparação
entre idades e sexo com para um planejar mais direcionado. Participaram desta pesquisa
37 crianças matriculadas no 6º ano do ensino fundamental séries finais (10/11 anos) de
uma escola estadual de São Paulo. Os escolares foram avaliados através do teste de
coordenação com bola – TECOBOL para identificar o nível de habilidade motora. Para
análise do estudo foi utilizado estatística descritiva e o teste t-student para amostra
independente. Os resultados mostraram que não houve diferenças significativas entre
meninos e meninas, apesar dos meninos terem sido melhores que as meninas em todas
as habilidades. Entre as idades também não houve diferenças significativas, apesar das
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crianças de 11 anos terem sido melhores que as crianças de 10 anos. Agora é possível
planejar o desenvolvimento da coordenação com bola para essa fase sem necessidade de
separação de grupo e com tranquilidade e adequação.
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Método: Para a realização dos testes foi solicitada a autorização da direção da escola
através da carta de anuência e autorização enviada aos pais pelo professor responsável
pelos testes. Estes foram aplicados individualmente para cada aluno no horário de aula no
período vespertino.
O instrumento utilizado para verificar o nível de desenvolvimento motor dos alunos, foi o
teste de coordenação com bola – TECOBOL versão curta. Mão na parede (drible e
condução) e jogar na parede (lançamento e chute).
Estatísticas descritivas
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Estatísticas de grupo
No quadro abaixo que mostra as estatísticas de grupo Teste T com relação as idades,
observou-se que as crianças de 11 anos foram melhores que as de 10 anos em todas as
habilidades avaliadas.
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Estatísticas de grupo
Idade N Média
Desvio Erro padrão
padrão da média
10 15 0:59:00,00 0:14:00,306 0:03:36,966
Lançamento
11 22 0:50:10,91 0:15:09,500 0:03:13,906
10 15 1:51:16,00 0:34:39,632 0:08:56,959
Chute
11 22 1:36:13,64 0:22:09,051 0:04:43,355
10 15 2:10:16,00 0:42:54,759 0:11:04,800
Drible
11 22 2:00:40,91 0:32:05,562 0:06:50,531
10 15 1:50:00,00 0:35:01,591 0:09:02,629
Condução
11 22 1:35:32,73 0:29:28,847 0:06:17,120
No teste de amostras independentes, não houve diferenças significativas entre idades e
gêneros.
Discussão: Como podemos ver neste estudo, não houve diferenças significativas no teste
de coordenação com bola – TECOBOL versão curta, levando- se em consideração os
gêneros e idades dos escolares. Notou-se sim, com relação ao gênero, que os meninos
apresentaram um resultado melhor que as meninas em todas as habilidades avaliadas isso
pode ser explicado por questões culturais, já que meninos normalmente são mais ativos
fisicamente. Com relação as idades, o estudo mostrou que as crianças de 11 anos tiveram
um resultado melhor que as de 10 anos, porém nada significativo. De todas as habilidades
avaliadas nos testes mão na parede (drible e condução) e jogar na parede (lançamento e
chute), as crianças de ambos os sexos apresentaram maior dificuldade no teste mão na
parede com a habilidade drible, sendo assim, farei durante minhas aulas de Educação
Física com essa faixa etária, atividades que motivem e proporcionem uma vivência maior
nesta habilidade para que haja um ganho maior e consequentemente à aprendizagem.
Conclusão: Com o teste de coordenação com bola – TECOBOL versão curta, foi possível
avaliar o nível de desenvolvimento motor de crianças do 6° ano do ensino fundamental
séries finais (10 e 11 anos).
Neste estudo, pôde-se comparar diferenças entre gêneros e idades na avaliação das
habilidades e identificar as dificuldades motoras apresentadas nas habilidades avaliadas.
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Os resultados obtidos nos testes foram considerados satisfatórios para a faixa etária, mas
é importante frisar que outros aspectos como por exemplo, as influências culturais e até
mesmo preconceito por práticas de determinadas modalidades por ambos os sexos pode
dificultar o desenvolvimento motor de muitas crianças.
Lembramos que as crianças necessitam de uma abundância de atividades motoras, para
que quando sejam inseridas no ensino dos esportes atinjam resultados satisfatórios.
Sugere-se que se faça um estudo mais detalhado com um número maior de escolares da
rede pública estadual de São Paulo, para que se tenha melhores resultados que poderão
servir de referência para intervenções futuras.
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idades. São Paulo: Phorte, 2008.
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chances de ascensão entre 106 a 1.136. Sobre o IDH-M, os valores apresentaram a maior
parte dos atletas nos intervalos Médio (35,6%) e Alto (31,3%). Em relação à idade relativa,
a maioria dos atletas nasceu nos dois primeiros quartis (62,3%). Os achados podem ser
advindos devido à especialização precoce estar mais presente nos grandes centros, além
das melhores condições de vida que podem ter alavancado a carreira dos atletas e os
estágios maturacionais favorecerem os atletas mais experientes na formação esportiva da
presente amostra.
PALAVRAS-CHAVE: Contextos de formação; idade relativa; jogadores profissionais de
futebol.
INTRODUÇÃO: A formação de atletas até chegarem ao alto desempenho tem sido atrelada
a determinados fatores como possíveis preditores do sucesso esportivo, como o
contingente populacional da cidade natal dos atletas (BALISH; RAINHAM; BLANCHARD,
2014; TURNNIDGE; HANCOCK; CÔTÉ; 2014), a idade relativa disposta em quartis
(MORAES et al, 2009; TURNNIDGE; HANCOCK; CÔTÉ, 2014) e por fim os aspectos
nacionais sócio-econômicos referentes ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os
quais parecem favorecer a prática esportiva, o tipo de atividades vivenciadas e a qualidade
de formação do talento esportivo (COSTA; CARDOSO; GARGANTA, 2013).
Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar o contexto de formação
(contingente populacional e Índice de Desenvolvimento Humano) e a idade relativa de
jogadores profissionais da Série A do Campeonato Brasileiro de 2015.
MÉTODO: A amostra intencional foi composta por 163 jogadores profissionais de futebol,
nascidos em território nacional, de cinco clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de
2015. Após a entrada nos endereços eletrônicos, foram selecionados os clubes que
disponibilizavam os dados referentes ao presente estudo.
O IDH-M e contingente populacional foram classificados de acordo com o Atlas do
Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras (PNUD, 2013). Os dados
foram extraídos dos censos de 1991 e 2000, devido a estes censos serem os primeiros
divulgados pelo PNUD e com o valor de maior proximidade com a data de nascimento dos
atletas de acordo com a média de cada grupo etário (G1= 16-28; G2= 29-39), sendo que a
média de idade foi de G1= 22,79 ±2, 696 e G2= 31,68 ±2,346 anos.
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A análise dos dados foi realizada por meio de uma análise descritiva (frequência,
porcentagem, média e desvio padrão) em cada categoria das variáveis dos atletas.
2 2,500,000-4,999,999 0 0 -
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CONCLUSÃO: Podemos concluir que a maioria dos atletas nasceu nas cidades de menor
contingente populacional e quanto maior a população, menor a chance de ascensão
esportiva, o que pode ter ocorrido devido à especialização precoce estar mais presente nos
grandes centros. Sobre o IDH-M, os valores apresentaram maior ocorrência nos intervalos
Médio e Alto, provavelmente pelas melhores condições de vida, o que pode alavancar e dar
o suporte para a carreira dos atletas. A idade relativa apresentou as maiores porcentagens
dos atletas nos dois primeiros quartis, possivelmente devido aos atletas mais experientes
apresentarem um estágio maturacional avançado sobre os mais novos no período de
formação, outro fator agravante, seria os atletas de diferentes idades estarem nas mesmas
categorias, aumentando as diferenças entre os atletas, como na capacidade física
condicional de força, além do tempo de vivência esportiva que pode oportunizar um maior
repertório de habilidades motoras e técnico-táticas aos jovens jogadores de maior faixa
etária.
REFERÊNCIAS
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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INTRODUÇÃO: Desde o início da história do homem sobre a terra, sua vida se pauta
basicamente no movimento corporal, tornando essa atividade de vital importância para que
nossa espécie não tivesse o destino de milhares de outras que não tendo condições de
adaptação a realidades diferenciadas e, principalmente, por não ter a condição de buscar
lugares apropriados para sua sobrevivência, sucumbiram.
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Tabela 3 - Frequência absoluta e relativa da utilização de métodos de ensino para tarefas motoras.
Global Parcial Demonstração Resolução de problemas Misto
f % f % f % f % f %
Não utiliza 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Raramente utiliza 3 13,6 2 9,1 0 0 1 4,5 2 9,1
Pouco utiliza 3 13,6 3 13,6 0 0 1 4,5 2 9,1
As vezes utiliza 0 0 9 40,9 4 18,2 7 31,8 8 36,4
Quase sempre utiliza 10 45,5 4 18,2 7 31,8 8 36,4 5 22,7
Sempre utiliza 6 27,3 4 18,2 11 50,0 5 22,7 5 22,7
Esses resultados indicam que ao se utilizar o método da demonstração pela maioria
dos inquiridos, os mesmos são ensinados de forma estereotipados, ou seja, a única
maneira de se executar um movimento técnico é aquele preconizado por padrões
previamente definidos. Segundo Braid (2003), esse método não é apropriado para ser
utilizada com crianças, pois ao demonstrar uma ação motora o professor está apresentando
um modelo de motricidade e nesse caso, a criança não vive a experiência de criar sua
própria motricidade.
Por outro lado, 45,5% da amostra afirma quase sempre utilizar o método global, pelo
fato desse método ser o mais indicado quando da entrada da criança no aprendizado
esportivo. Neste aspecto, os dados apresentaram resultados positivos, visto que, este
método favorece que a criança descubra suas possibilidades motoras e ainda propicia que
ela aprenda a jogar jogando.
Nesse sentido, os estudos de Daolio & Marques (2003), indicam haver dentro dessa
mesma perspectiva, uma necessidade de se ensinar aspectos técnicos e táticos do jogo de
forma integrada, dando especial atenção àquilo que o aluno trás como cultura corporal,
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O método de ensino misto é utilizado “às vezes” por 36,4% da amostra. Esse
método, entendido como a utilização de dois ou mais métodos simultaneamente, tem como
ponto positivo a possibilidade de ser utilizado na iniciação quando se propõe a integralizar
conceitos.
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METODOLOGIA: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para Pesquisa com Seres
Humanos de universidade pública no Brasil (Processo 125/08). Os participantes foram
escolhidos de forma intencional. Participaram 34 jogadores de futsal de Santa Catarina,
pertencentes a duas equipes na categoria sub-13 e duas equipes na categoria sub-15, bem
como 4 treinadores responsáveis pelas equipes correspondentes. Foi utilizado o os testes
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elemento
Aprimorar o gesto 595,00 573,75 571,25 597,50
técnico/ 2 ou mais (540,28) (381,47) (394,13) (325,34)
elementos
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desenvolvidas nos treinos que mais tempo ocupam nas sessões, destaca-se o treino sobre
o jogo na sua concepção institucionalizada, seguido do treino técnico-tático. Verificou-se
que na categoria sub-13 prevaleceu a fundamentação técnica, por outro lado, na categoria
sub-15, o treinador priorizou a formação técnico-tática, através de atividades de complexo
de jogo I. Isso pode revelar uma tendência da formação técnico-tática, em detrimento da
formação técnica, na transição da categoria sub-13 para a categoria sub-15.
Conclui-se que os aspectos técnico-taticos se mostram prioritários nas propostas dos
treinadores investigados mostrando tendência no maior envolvimento desses componentes
na preparação para a temporada esportiva. Dessa forma, a abrangência e a profundidade
com que os dados foram tratados nesta investigação revelaram aspectos importantes no
âmbito da Pedagogia do Esporte, predominando ações mecanizadas em detrimento da
compreensão do jogo.
REFERÊNCIAS:
Harrison, J.M; Blakemore, C.L; Richards, R.P; Oliver, J; Wilkinson, C; Fellingham G. The
effects of two instructional models-tactical and skill teaching-on skill development and game
play, knowledge, self-efficacy, and student perceptions in volleyball. Physical Educator;
v.61, n.4, p186-199. 2004
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METODOLOGIA: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para Pesquisa com Seres
Humanos de universidade pública no Brasil (Processo 125/08). Os participantes foram
escolhidos de forma intencional. Participaram 34 jogadores de futsal de Santa Catarina,
pertencentes a duas equipes na categoria sub-13 e duas equipes na categoria sub-15, bem
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469
elemento
Aprimorar o gesto 595,00 573,75 571,25 597,50
técnico/ 2 ou mais (540,28) (381,47) (394,13) (325,34)
elementos
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reduzido
Jogo formal 1121,25 883,75 955,42 1049,58
(663,31) (727,94) (686,34) (723,25)
3770,43 3111,25 3446,81 3428,13
Total (1052,00)* (907,79) (1040,97) (1032,49)
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471
REFERÊNCIAS:
Harrison, J.M; Blakemore, C.L; Richards, R.P; Oliver, J; Wilkinson, C; Fellingham G. The
effects of two instructional models-tactical and skill teaching-on skill development and game
play, knowledge, self-efficacy, and student perceptions in volleyball. Physical Educator;
v.61, n.4, p186-199. 2004
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Jogo Futebol em Círculo para investigar os possíveis nexos com a modalidade esportiva do
futebol. Os alunos se posicionaram em circulo, afastando os pés, encostando-os junto aos
pés dos colegas ao lado. Estavam divididos em dois grupos e posicionados
intercaladamente. A bola era jogada com a mão pelo chão, procurando efetuar o gol por
entre as pernas dos colegas adversários. O jogo foi dividido em dois tempos, havendo
oportunidade de os alunos pensarem estratégias de jogo no intervalo. As semelhanças
relatadas foram às questões físicas: metas, goleiro, colegas, adversários, campo e bola.
Para além dos aspectos físicos eles colocaram o ataque, defesa e a tática. Concluindo que
é possível os alunos compreenderem e visualizarem semelhanças entre o jogo lúdico e a
modalidade esportiva, devendo esta prática de ludicidade ser incentivada na educação
física escolar.
Palavras-chave: Jogo lúdico, Educação física escolar, Futebol.
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CONCLUSÃO: Observando as respostas dos alunos pode-se afirmar que eles conseguem
sim compreender e visualizar semelhanças entre o jogo lúdico e a modalidade esportiva,
uma vez que conseguiram elencar várias invariantes e alguns princípios operacionais. É
claro que não com as expressões corretas das mesmas, mas as compreenderam em sua
essência e souberam expressá-las de acordo com os seus conhecimentos.
Assim, é visível a possibilidade de desenvolver com os alunos uma modalidade esportiva
por meio do jogo, devendo esta prática ser mais constante nas aulas de educação física
escolar, e nessa direção, concorda-se com Freire (2003) ao defender que as situações
lúdicas deverão continuar a fazer parte das aulas.
REFERÊNCIAS
DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos-
modelo pendural a partir das idéias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciências e
Movimento. Brasília, v.10, n.4, p. 99-104, Out. 2002.
REZER, R. O ensino dos “futebóis” na educação física. In: RAMOS, V.; MILISTETD, M.
(Orgs.) Jogos desportivos coletivos: investigação a prática pedagógica. Florianópolis:
UDESC, p. 131-147, 2013.
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fabriciovav@hotmail.com
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RESUMO: O objetivo deste estudo foi identificar diferenças entre a frequência total das
ações do goleiro no Futebol de 7 (categoria sub-13) e no Futebol de 11 (categorias Sub-13,
Sub-15, Sub-17 e Sub-20). Foram analisados no total 35 jogos, sendo 7 de cada categoria.
Participaram do estudo 70 goleiros de diferentes times do Rio de Janeiro. Foi desenvolvido
um modelo de scouting para contabilização das ações técnicas de defesa dos goleiros. Os
dados obtidos no scouting foram transportados para uma planilha para facilitar a
interpretação da frequência de ações dos goleiros. Como principal resultado, pode ser
destacado que no futebol de 11 (Sub-13 → 0,12 ações/min; Sub-15 → 0,11 ações/min; Sub-
17 → 0,10 ações/min; Sub-20 → 0,07 ações/min) teve uma menor frequência de ações do
que o futebol de 7 (categoria Sub-13 → 0,41 ações/min). Conclui-se que o Fut-7 de ser
considerado como alternativa eficaz para o desenvolvimento de habilidades motoras
especifica dos goleiros, devido a uma maior incidência no número de ações quando
comparado ao futebol de 11.
Introdução
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não é diferente. Cada vez mais a sua importância é destacada nos momentos decisivos do
jogo. Entretanto, o conhecimento científico e a literatura ainda abordam pouco sobre este
tema, o que torna o aprofundamento desta temática difícil (Piqueras e Vallet, 2005). Neste
sentido, o Futebol de 7 vem surgindo como alternativa eficaz para processo ensino-
aprendizagem e alternativa de progressão pedagógica adequada no desenvolvimento do
treinamento do goleiro, pois além de ser uma modalidade semelhante ao Futebol de 11,
pode se encaixar às demandas necessárias nas faixas etárias mais baixas.
Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar se existe diferença entre a frequência
total das ações do goleiro no Futebol de 7, categoria sub-13, e no Futebol de 11, categorias
Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Sub-20.
Métodos
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
480
pelo software SPSS v. 21.0. (SPSS Inc., Chicago, IL). Para comparação da frequência das
ações dos goleiros nas diferentes categorias e modalidades foi utilizado o teste ANOVA
fatorial e Post Hoc de Tukey, com objetivo de descobrir entre quais categoria e modalidades
havia diferença significativa. Atribuiu-se um nível de significância de p < 0,05.
Resultados e discussão
Com base nos dados investigados e nos resultados obtidos, podemos afirmar que
um jovem goleiro estará mais exposto e, consequentemente, em maior exigência técnica
no jogo de futebol de 7. Devido ao tamanho do campo, número de jogadores, peso da bola
e tamanho das balizas, o futebol de 7 se torna essencial na participação do goleiro. Com o
goleiro tendo uma participação maior, mais vezes ele executará seus movimentos técnicos
específicos da posição, fornecendo maior chance de aprendizagem motora, maior
repertório técnico, maior participação tática e maior influência na equipe. Bem como será
um fator motivacional a mais ao goleiro, fazendo com que ele se sinta mais útil à equipe.
Como habilidades motoras especificas, podemos observar a agilidade e o tempo de reação,
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
481
como fundamentais para um goleiro de futebol, e que podem ser trabalhadas em maior
escala no futebol de 7, já que o goleiro se torna mais participativo, assim uma maior
experiência na aprendizagem durante os treinos e jogos facilitará na aquisição de
habilidades específicas (Zaichkowsky et al, 1980). Além destas, podemos inserir a atenção
e concentração constantes, uma vez que a bola estará mais vezes próxima a baliza. Tendo
em conta o desenvolvimento motor e cognitivo naturais da faixa etária, a alta exposição do
goleiro às ações técnicas específicas poderá ajudar na assimilação e posterior evolução
dos processos motores e cognitivos.
Conclusão
Conclui-se que o Fut-7 deve ser considerado como uma alternativa eficaz para o
desenvolvimento de habilidades motoras específicas dos goleiros, devido a maior
incidência no número de ações quando comparado ao futebol de 11. Deste modo, acredita-
se que o Fut-7 poder ser um meio de ensino adequado para facilitar o processo do ensino-
aprendizagem dos goleiros de futebol sub 11.
Referências
Castelo, J.(2009) – Organização dinâmica do jogo (3ª ed.). Lisboa: Edições Universitárias
Lusófonas, 2009.
Garganta, J. A análise da performance nos jogos desportivos. Revisão acerca da análise
de jogo. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, vol 1, nº 1, 57-64, 2001.
Garganta, J. Competências no ensino e treino de jovens futebolistas. EF Deportes Revista
Digital, 2002.
Hughes, M., & Franks, I. The essentials of performance analysis. New York: Routledge,
2008.
Malta, P. & Travassos, B. Caracterização da transição defesa-ataque de uma equipa de
futebol. Motricidade, vol. 10, n. 1, p. 27-37, 2014.
Piqueras, P.G.; Vallet, C.C. Entrenamiento integrado del portero de fútbol a través de
sus acciones técnico tácticas ofensivas. Portal Fitness. 2006.
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RESUMO
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INTRODUÇÃO
O futebol, futsal e futebol de 7 estão inseridos dentro dos jogos esportivos coletivos (JEC)
que se caracterizam por uma elevada imprevisibilidade, aleatoriedade e variabilidade em
relação ao ambiente destas modalidades (GARGANTA, 2006). No entanto, tais
modalidades apresentam características estruturais diferentes como tamanho do campo de
jogo, regras, número de jogadores, tamanho da baliza e piso, as quais demandam
diferentes capacidades dos praticantes (LEITE; BARREIRA, 2014). Autores têm
investigado o comportamento tático no futebol (SANTOS; PADILHA; TEOLDO, 2014;
SILVA; COSTA; GARGANTA; MULLER; CASTELÃO, 2013) no futsal (BRAVO; OLIVEIRA,
2012; MOREIRA; MATIAS; GRECO, 2013) e poucos na comparação de ambos. Apesar do
crescente número de investigações na área do futebol de 7 (COSTA; GARGANTA;
GRECO; MESQUITA; SILVA; MULLER; CASTELÃO, 2010) pouco se sabe sobre os
aspectos táticos nessa modalidade. Nesse sentido, torna-se relevante conhecer os
comportamentos táticos específicos do futebol, futsal e futebol de 7 e dessa maneira,
demonstrar a relevância da prática focalizada em uma modalidade apenas, pensando na
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
484
progressão dos atletas para as categorias adultas. Além disso, é importante contribuir com
profissionais das áreas no adequado planejamento do processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, este estudo objetiva caracterizar e comparar o comportamento tático dos
jogadores no futebol, futsal e futebol de 7.
MÉTODOS
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Pesquisa da UFMG. Participaram do
estudo 57 atletas do sexo masculino, sendo dezenove (19) de Futebol, dezenove (19) de
futsal e dezenove (19) de futebol de 7 da categoria sub-14 e sub-15. O instrumento usado
para avaliar os comportamentos táticos dos jogadores foi o Teste de Conhecimento Tático
Processual: Orientação Esportiva-TCTP: OE (GRECO; ABURACHID; SILVA; MORALES,
2014). Realizaram-se protocolos de fiabilidade inter e intra-avaliador e a análise da
consistência foi conduzida por meio do cálculo do coeficiente de correlação intraclasse.
Utilizou-se o teste de qui-quadrado para comparação das frequências das ações táticas das
três modalidades e adotou-se o nível de significância de 0,05.
RESULTADOS
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485
No que se refere as frequências de ações dos jogadores avaliados, observa-se que o item
4 “apoia ao colega na defesa quando o jogador com bola tem dificuldade para dominá-la”,
foi a ação menos frequentes nas três modalidades. Em contrapartida, o item 1
“movimenta-se procurando receber a bola” que corresponde a situação do jogador no
ataque sem bola, foi a ação mais frequente nas três modalidades.
Observa-se ainda que as ações relacionadas ao ataque são mais frequentes do que as
ações relacionadas à defesa, porém o item 5 “pressiona ao adversário levando-o para os
cantos do campo de jogo” que corresponde a situação de marcação ao jogador no ataque
com bola, é a ação mais frequente entre as ações relacionadas à defesa nas modalidades
de futebol de 7 e futebol. Ainda, a modalidade de futsal apresentou maior frequência de
ações na fase ofensiva e o futebol uma maior frequência na fase defensiva.
A tabela 1 permite visualizar ainda que houve diferença significativa apenas na incidência
do item 2 “passa ao colega sem marcação e posiciona-se para receber” que se refere ao
jogador no ataque com bola (p=0,012).
DISCUSSÃO
O objetivo do estudo foi caracterizar e comparar os comportamentos táticos dos jogadores
no futebol, futsal e futebol de 7. Verificou-se diferença significativa em apenas um item
avaliado entre as modalidades. Ainda, observou-se uma maior frequência de ações na fase
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de ataque comparado as ações na fase defensivas nas três modalidades estudadas. Nesse
último resultado, considera-se que o ensino dos esportes para algumas faixas etárias como,
sub-13 e sub-14 é apresentado, muitas vezes, apenas em um único propósito, voltado para
o objetivo do jogo “fazer gol; fazer ponto; fazer a cesta”, ocultando o aspecto coletivo e de
outros conteúdos (GUTIÉRREZ; FISETTE; GARCÍA-LÓPEZ; CONTRERAS, 2014). Assim,
o empenho na manutenção da posse de bola pelos jogadores permite uma maior execução
das ações de ataque. Além disso, categorias de escalões inferiores, sub-13 e sub-15,
podem apresentar deficiência nos processos cognitivos e, consequentemente, na tomada
de decisão, refletindo na baixa execução de ações defensivas (GIACOMINI; SILVA;
GRECO, 2011).
Os modelos de ensino voltados para os aspectos táticos, com metodologias que valorizem
o desenvolvimento dos processos cognitivos que oportunizam a tomada de decisão,
constituem-se em valioso aporte pedagógico na formação do comportamento tático de
praticantes de futebol de 7, futsal e futebol. Além disso, recomenda-se uma experimentação
diversificada das funções e posições do jogo, possibilitando um melhor conhecimento para
execuções de ações nas fases de ataque/defesa. Além disso, o nível da categoria dos
jogadores avaliados do presente estudo, sub-14 e sub-15 pode ter sido uma variável de
influência nos resultados. Contudo, novas investigações sobre os comportamentos táticos
em novas faixas etárias e níveis de rendimento torna-se relevante a fim de conhecer novos
aspectos específicos destas modalidades.
CONCLUSÃO
Verificou-se que não houve diferença significativa no comportamento tático entre as
modalidades de futebol, futsal e futebol de 7, exceto em um item avaliado 2 -Passa ao
colega sem marcação e posiciona-se para receber, referente ao ataque do jogador com
bola-(JCA). Além disso, sugere-se que o planejamento e a estruturação do processo de
ensino-aprendizagem-treinamento nos JEC permita, concomitantemente, desenvolvimento
da capacidade de jogo nas fases ofensiva e defensiva, com o propósito de evitar o
predomínio de aprendizagem em só uma fase.
REFERÊNCIAS
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COSTA, I. T.; GARGANTA, J.; GRECO, P. J.; MESQUITA, I.; SILVA. B.; MULLER, E. S.;
CASTELÃO, D. Estudo comparativo do comportamento táctico na variante GR3x3GR
utilizando balizas de futsal e de futebol de sete. EFDeportes.com. 2010; 14. Disponível
em<http://www.efdeportes.com/efd142/comportamento-tactico-futebol-de-sete.htm>.
Acesso em: 26, jul, 2015.
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488
WEIR, J. P. Quantifying test-retest reliability using the intraclass correlation coefficient and
the sem. Journal of Strength Conditioning Research, v. 19, n. 1. p. 231-240, 2005.
RESUMO Esta pesquisa teve como objetivo identificar os métodos utilizados e que
predominam na escola para o ensino-aprendizagem do conteúdo esporte nas aulas de
educação física. As informações foram coletadas mediante questionários aplicados em 10
professores habilitados e com experiência na área da educação física escolar. As
observações apontaram que os professores normalmente são influenciados nas suas
escolhas, onde há certo predomínio pelos métodos tradicionais no ensino esporte, sendo
eles: Recreação; Jogos com ênfase na competição e Jogos com regras, técnicas e normas
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Introdução: Sabendo que o esporte, na educação física escolar, é bastante utilizado pelos
professores e com grande aceitação por parte dos alunos, torna-se contestável do ponto
de vista educativo seus métodos de ensino. Diante das diversas possibilidades existentes
para seu ensino, é comum encontrar métodos mecanizados com propostas não planejadas
e desprovidos de valores educacionais. Objetivou-se neste estudo listar, analisar e discutir
sobre os principais recursos metodológicos utilizados na escola para o
ensino\aprendizagem do esporte nas aulas de educação física.
Metodologia: Foi realizada uma pesquisa de campo, através de uma abordagem dedutiva
utilizando como procedimento o método descritivo, onde foram registradas, analisadas e
descritas todas as informações verdadeiramente coletadas. Participaram da pesquisa
(respondendo ao questionário) 10 professores habilitados em Educação Física, com
experiência entre 02 e 27 anos na área escolar. Estes profissionais tiveram sua identidade
preservada, e a pesquisa só iniciou após assinatura de termo de consentimento. O
instrumento para coleta de dados foi um questionário composto por 10 questões (abertas e
fechadas), sendo possíveis comentários em todas as questões, onde à marcação em mais
de uma alternativa nas questões fechadas, ficaria a critério dos entrevistados. Todos os
questionamentos foram em torno do conhecimento, aplicabilidade e utilidade sobre os
métodos de ensino do esporte.
Resultados: Após análise dos dados, constatou-se que alguns métodos tradicionais ainda
são predominantes, sendo eles: Recreação; Jogos com ênfase na competição; Jogos com
regras, técnicas e normas institucionalizadas. Outro fator analisado foram os objetivos dos
professores que apresentaram incoerência com os métodos que costumam utilizar.
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através dos métodos nos quais acreditam que sejam facilitadores para ensino dos esportes.
(Quadro 01)
Contrutivista-Interacionista 5,20%
Priorizam o desenv. técnico e tático 7,80%
Ensino das Aulas Abertas 13,10%
Abordagens Críticas 15,70%
Jogos Competitivos 15,70%
Jogos Propriamente dito e Regras Oficiais 18%
Recreacionista 23,60%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%
Ao utilizar o esporte nas aulas de educação física, os professores devem levar aos alunos
há reflexões criticas e transformadoras, buscar direcioná-los sobre refletir quanto problemas
educacionais, assim estes poderiam/podem compreender sobre os problemas
educacionais e os valores na educação. (SAVIANI, 2009).
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acentuando o desinteresse pela aula e\ou conteúdo para outros grupos. Apesar dos
professores demonstrarem que estão satisfeitos com os métodos utilizados em suas aulas,
é preciso repensar ou até mesmo reinventar o esporte na escola, a fim de ampliar as
possibilidades de ensino oferecendo um tratamento pedagógico com valores educacionais
significativos que atenda uma demanda maior de alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROSO, A. L. R.; DARIDO, S. C. A pedagogia do esporte e as dimensões dos
conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal. Revista da Educação Física, Maringá,
PR, v.20, n. 2, p.281 – 289, jun.2009
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física na
escola: implicações para prática pedagógica. Editora Guanabara Koogan, 2005.
KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: UNIJUÍ, 1994.
MATTOS, Mauro G. & NEIRA, Marcos G. Educação Física na adolescência:
construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.
SAVIANI, Dermeval, 1944- Educação: do senso comum à consciência filosófica-
Demerval Saviani-18. Ed. Revista – Campinas, SP: Autores Associados, 2009.
aninha_back21@hotmail.com
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Com base no quadro 1, verifica-se que as estratégias utilizadas pelos professores “A”, “B”
e “D”, assemelham-se com os princípios do método de ensino “misto”, uma vez que
priorizaram a junção do método analítico e global. O método analítico é definido por Greco
(1998) como aquele que consiste na repetição de séries de exercícios dirigidos ao domínio
das técnicas. O método global, segundo o mesmo autor, versa numa aplicação de “série de
jogos” (jogos de iniciação, jogos pré-esportivos e grandes jogos) no qual procura-se
trabalhar a ideia central do jogo, de forma que a técnica e a tática são articuladas. Somente
o professor “C”, apresentou características do método global nas estratégias utilizadas, ao
valer-se do jogo como meio de ensino dos aspectos inerentes ao voleibol.
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REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo: Edição revista e ampliada. São Paulo: Edições 70,
2011.
MESQUITA, I; GRAÇA, A. Modelos de ensino dos jogos desportivos. In: TANI, G; BENTO,
J. O; PETERSEN, R. D. S. (Org.), Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006, p. 269-283.
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trabalho sobre futsal feminino universitário de Cabral, Aburachid e Greco (2012). Nesse
sentido, é importante compreender como o gênero introduz diferenciações com relação às
oportunidades de aprendizagem para, a partir delas, propor iniciativas diferenciadas para
intervir alterando esse cenário, democratizando a modalidade para meninas e mulheres.
Segundo Cabral, Aburrachid e Greco (2012, p. 1452)
Toda metodologia de ensino-aprendizagem treinamento deve estar relacionada com o marco cultural e social
das praticantes e adequada aos objetivos formulados pelos participantes. Assim, a pouca experiência das
praticantes com a modalidade indica a necessidade de projeção de processos de iniciação esportiva
diferenciados que oportunizem um impacto educacional consistente de forma a aumentar a motivação pela
prática da modalidade
Nesse sentido, essa pesquisa busca, a partir da experiência de um projeto de
Extensão de ensino-aprendizagem-treinamento de futsal para mulheres, problematizar
como a questão de gênero tem implicações pedagógicas em ambientes de práticas de
lazer.
8
Os procedimentos éticos presentes na resolução nº 466/12, do Conselho Nacional de Saúde, foram
respeitados.
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aprendizado era mais bem assimilada entre as mesmas, possibilitando que elas
conseguissem trocar passes, criar jogadas e finalizar.
O segundo passo foi tentar organizar os meios táticos de defesa e ataque. Para
ensinar a movimentação tática da defesa foi abordado o que seria a defesa em zona, e
posteriormente mostraram-se as posições. A princípio, a maior dificuldade entre elas, era
que as meninas se acostumassem a trocar a marcação sem sair de sua zona.
Foram abordados inúmeros jogos situacionais para a melhor fixação dos meios táticos
da defesa, no caso, da marcação zonal. Com bastantes irregularidades de meninas em
treino, foi difícil a abordagem para todas, pois se encontravam em níveis distintos, e os
quartetos sempre estavam alternando suas integrantes. Não foi totalmente assimilado entre
todas as jogadoras, mas a maioria atualmente consegue fazer uma marcação meia quadra
e em zona. A dificuldade para que todas aprendam hoje ainda é apresentada por faltas de
treinos, pois acredita-se que se todas treinassem juntas o desenvolvimento, e a
movimentação seria melhor adquirida por todas e com o tempo seria algo natural para o
time.
Quanto aos meios táticos de ataque não obteve-se muito sucesso. Inicialmente,
realizaram-se exercícios para que elas aprendessem jogadas visando a profundidade,
como: atitudes táticas ofensivas (acelerar o passe-Suporte) e (bola em profundidade-
Apoio), trabalhando os setores, a correr por fora da quadra tornando assim o jogo mais
amplo para atacar. Mas maioria não conseguiu assimilar bem a proposta.
Sendo assim, foram apresentadas mais duas propostas de meios táticos de ataque
para que todas pudessem atacar e finalizar com mais eficiência nas jogadas. Ensinou-se a
movimentação em (X) e em (L), com o intuito de que elas pudessem discernir na hora do
jogo, qual a movimentação mais adequada, possibilitando repertório técnino-tático para a
percepção e a tomada de decisão. Muitas delas conseguiam realizar as jogadas,
movimentavam-se sem dificuldades nos treinos, porém, nos jogos, ainda não conseguiam
colocar em prática os meios táticos de ataque treinados.
Um fator que contribuía para aumentar a motivação das meninas para o treinamento
era a realização de amistosos e participação em competição. Os treinos que antecediam
esses eventos eram mais cheios e as mulheres demonstravam maior atenção e
concentração nas atividades propostas. Nesses eventos, buscávamos alternar os
quartetos, de modo que todas pudessem participar deles. É preciso ressaltar, entretanto,
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que algumas das mulheres, mesmo motivadas a treinar pela participação em jogo externo,
ainda apresentavam alguma resistência a entrar em quadra, com medo de ter um
desempenho que prejudicasse a equipe. Nesse caso, elas não eram obrigadas a entrar em
quadra, podendo escolher quando se sentiam mais a vontade para tal, a fim de que
continuassem motivadas a participar. Além disso, o desempenho da equipe nas
competições ajudava a diagnosticas os erros que ainda precisavam ser corrigidos.
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MÉTODOS: O estudo teve delineamento descritivo exploratório, que contou com a amostra
de 34 jovens atletas do sexo masculino das categorias sub-13 e sub-15 de duas equipes
do estado de Santa Catarina/BR e seus respectivos treinadores (n=4). Houve o aceite do
comitê de ética para pesquisa com seres humanos de uma universidade pública no brasil,
com o número de processo 125/08. Os procedimentos de coleta contaram a adaptação dos
instrumentos de Moreira e Greco (2005) e Saad (2002), que consiste na observação
sistemática das sessões de treinamento, com o emprego de filmadora, e na posterior
transcrição em ficha específica de observação. A coleta dos dados ocorreu durante
“semanas típicas de treinamento”, no período preparatório (12 sessões) e no período
competitivo (12 sessões) de uma temporada esportiva, obtendo o final de 96 sessões de
treinamento observadas. A análise das sessões de treinamento concentrou-se na
complexidade estrutural das tarefas e a classificação das atividades observadas. Foi
empregada uma análise descritiva e inferencial dos resultados, recorrendo ao agrupamento
dos dados obtidos, estabelecendo os valores de média e desvio padrão das variáveis
quantitativas, com cálculo da respectiva normalidade da distribuição dos dados (teste
Kolmogorov-Smirnov). Para a identificação da existência de diferenças significativas entre
os períodos preparatório (pré-teste) e competitivo (pós-teste) das equipes e entre as
categorias sub-13 e sub-15, foram utilizados os testes de t pareado e o teste t para amostras
independentes, respectivamente. As análises foram no programa SPSS (Statitiscal
Package for the Social Science) for Windows, versão 17.0, adotando o nível de significância
de 5% (p<0,05).
RESULTADOS
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Referências
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INTRODUÇÃO
A iniciação esportiva compreende uma fase em que as experiências devem ser
diversificadas, sinalizando o esporte como meio formativo, fascinante e desafiador
(BETTEGA, et al. 2015) Esta etapa é extremamente significativa, proporcionando uma
vivência ao longo do processo desenvolvimentista (PAES, et al. 2013) que tem reflexos
positivos nas dimensões física, mental, emocional e social. A inserção da criança nesse
meio permite a busca pelo novo, pelo desafio, assim desenvolvendo a imaginação e a
criatividade para além das fronteiras do esporte. Essa busca irá reconhecer o sucesso e o
insucesso, o superior para o inferior, a vitória e a derrota, encontrando e desenvolvendo
uma ampla vivência de aceitação, respeito e compreensão (BENTO, 2013).
O campeonato Novo Basquete Brasil (NBB) organizado pela Liga Nacional de
Basquete (LNB) é uma Liga Oficial fundada no dia 1º de Agosto de 2008, e lançada em
Dezembro do mesmo ano, com 18 clubes filiados, e organizada com aprovação da
Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB) e reconhecida pela Federação Internacional
de Basquetebol (FIBA). Esta liga existente ha 8 anos, foi formada para substituir o
Campeonato Brasileiro de Basketball, e tem como principal objetivo a condução da
modalidade ao posto de segundo mais popular do Brasil, atrás apenas do futebol.
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MÉTODOS
O estudo aqui apresentado por meio dessa pesquisa tem natureza quantitativa
comparativa e foi elaborado a partir de um questionário estruturado com perguntas para
rastreio de características pessoais, da carreira esportiva, e da iniciação esportiva, bem
como dados sociodemográficos sobre os atletas tanto da NBB como da LDB. Dentre essas
perguntas, uma delas foi referente ao local em que o atleta deu início a sua prática esportiva
no basquetebol.
O questionário foi entregue a todas as equipes competidoras do Novo Basquete
Brasil (NBB) que totalizavam 16 times com um total de 265 atletas inscritos na competição.
Das equipes contatadas, 10 retornaram os questionários preenchidos por 101 atletas,
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RESULTADOS
O resultado demonstrou que existe uma associação entre o local onde ocorreu a
iniciação esportiva e o fato de ser ou não atletas de elite (p=0,037). Desta forma, podemos
demonstrar que existe uma associação do local de início da prática para os grupos
avaliados. O achado significativo demonstrou algumas diferenças no local de início da
prática esportiva para os atletas inseridos na LDB em comparação com os atletas da NBB.
Nomeadamente, é observado um peso maior no papel dos projetos sociais, das práticas
promovidas pelas prefeituras e da escola na iniciação no basquetebol de atletas da LDB
em relação aos atletas da NBB. Já para estes atletas, inseridos na NBB, os clubes
apresentaram um peso maior no desenvolvimento da modalidade em comparação com os
da LDB (ver gráfico 1a e 1b).
Estes resultados permitem inferir que possa haver uma influência do local onde se
inicia a prática esportiva sobre a formação e possível profissionalização de atletas de
basquetebol.
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Gráfico 1. Porcentagem dos locais em que os atletas da LDB (a) e NBB (b) desenvolveram
a prática desportiva do basquetebol
CONCLUSÃO
A conclusão do estudo foi à existência uma associação entre a iniciação esportiva e
o fato de ser ou não atletas de elite no basquetebol. A significância do estudo se deu em
algumas diferenças nos locais de início da prática esportiva, os jovens atletas da LDB em
comparação aos da NBB: foi observada uma prevalência maior de jovens oriundos dos
projetos sociais, e das práticas providas pelas prefeituras municipais e escolas de iniciação
ao basquetebol. Dessa maneira apontamos que o possível aumento do número de
entidades nos últimos anos, que não sejam clubes e escolas, no processo de iniciação
esportiva de crianças e jovens possam estar refletindo seus resultados nessa categoria
(Sub-22) da LDB em comparação ao que ocorreu com os atletas adultos da NBB.
REFERÊNCIAS
BENTO, Jorge. O. Desporto: discurso e substância. Belo Horizonte: Instituto Casa da
Educação Física, 2013.
BETTEGA, Otávio. Baggiotto., PRESTES, Marcelo Freitas., LOPES, Charles Ricardo, &
GALATTI, Larissa Rafaela. Pedagogia do esporte e futsal: pressupostos e princípios para
a iniciação esportiva dos cinco aos oito anos. Pensar a Prática, v.18, n.2, 2015.
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MACHADO, Gisele Viola, PAES, Roberto Rodrigues., GALATTI, Larissa. Rafaela, &
RIBEIRO, Sheila Cristina. Pedagogia do esporte e autonomia: um estudo em projeto
social de educação não formal. Pensar prát.(Impr.), v.14, n. 3, p.1-21. 2011.
VIOLA, Gisele., PAES, Roberto., GALATTI, Larissa Rafaela., & RIBEIRO, Sheila.
Pedagogia do esporte e autonomia: um estudo em projeto social de educação não formal.
Pensar a Prática, v. 14, n. 3, 2011.
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Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos numa universidade pública no Brasil,
sob o protocolo CAAE 06514912.4.0000.0118, Parecer nº 83238/2012.
Tipos de Tarefas
Crenças a respeito das estratégias (Sujeitos)
de Aprendizagem
Situações facilitadas de ensino (D1; D2; D5; D6; D7);
Decomposição dos elementos do esporte (D3; D5);
Desmotivação dos alunos na prática das tarefas (D4);
Aprimoramento das habilidades técnicas (D4);
Analítica Familiarização com as habilidades técnicas (D6);
Integração das habilidades técnicas (D7);
Aplicação das habilidades no contexto do jogo (D7);
Elevar o nível de motivação dos alunos (ataque) (D8).
Objetivos de treinamento tático (D1);
Elevar o nível de motivação dos alunos (D2);
Ênfase no lazer da prática esportiva (D2);
Sintética Diversão dos alunos (D3);
Desenvolvimento leitura do jogo (D4);
Precede o jogo e/ou fim do treino (D5);
Situações implícitas na tarefa global (D6).
Objetivo final a ser alcançado (D1; D2; D3; D4; D5; D6; D7; D8; D9);
Mostrar o que aprendeu em aula (D3; D5);
Global Prêmio pelo desempenho nas tarefas anteriores (D5; D6);
Ênfase no lazer da prática esportiva (D2);
Diversão dos alunos (D6).
Tabela 1: Crenças dos discentes a respeito das estratégias de ensino dos esportes.
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REFERÊNCIAS:
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education: a case study. Asia-Pacific Journal of Health, Sport and Physical Education,
Geelong, v. 2, n. 1, p. 33-50, 2011.
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YIN, R. K. Estudo de caso: Planejamento e Métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
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para alcançá-las foi utilizado um ciclo de aprendizagem, que envolveu diferentes estratégias
pedagógicas, sendo avaliado por observação e relatos dos próprios alunos. O processo foi
permeado de dificuldades e conquistas, que possibilitaram o desenvolvimento de muitas
capacidades pelos alunos, além do próprio aprendizado dos sistemas de jogo.
Palavras-chave: Voleibol, Sistema de Jogo e Ensino-Aprendizado do Voleibol.
9
No programa de esportes do Sesc SP, o esporte adulto é divido em cursos de iniciação e clubes de prática das diferentes
modalidades. Na iniciação, o desenvolvimento do trabalho está na aprendizagem das técnicas e princípios táticos e na
introdução à cultura esportiva da modalidade em questão. Nos clubes, a prática do jogo em suas complexidades e o
aprendizado e desenvolvimento das habilidades técnicas e táticas são o foco do trabalho, além do incentivo à cultura
esportiva e a busca pela autonomia na prática do esporte.
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Neste sistema todos os jogadores são levantadores e atacantes. Não há funções específicas. Todos levantam
quando passam por determinada posição e, quando não estão nela, têm a função de atacar (BIZZOCCHI, 2004).
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motora mais adequada” (GARGANTA, 2002, p.1). Assim temos mais dois problemas em
questão, que são: como ensinar os sistemas de jogo; e ainda em como possibilitar que os
alunos se sintam seguros e autônomos para escolher e adaptar os sistemas de jogo a partir
de suas experiências em suas práticas.
11
“Termo sem correspondência precisa em português, que remete para as ideias de responsabilização e de “prestar
contas”, ou seja, de comprometimento do aluno no empenhamento e no cumprimento das tarefas. É um componente
crítico do processo de ensino-aprendizagem.” (MESQUITA; PEREIRA; GRAÇA, 2010, p. 154).
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REFERÊNCIAS:
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MENDES, R.; CLEMETE, F.; ROCHA, R.; DAMÁSIO, A. S. Observação como instrumento
no processo de avaliação em Educação Física. Exedra, Coimbra, Portugal., n. 6, p.57-70,
2012. Semestral. Disponível em: <http://www.exedrajournal.com/docs/N6/04-Edu.pdf>.
Acesso em: 07 set. 2015.
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Geovani.ufrb@gmail.com
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi propor atividades de ensino nas quais sejam
compreendidos os princípios básicos das modalidades de lutas de agarre. Foi realizada
análise documental de planejamentos de aulas realizadas entre o ano de 2010 a 2014 em
projeto de extensão do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia no qual é disponibilizado o ensino da modalidade de judô para
crianças e adolescentes, cinco atividades para cada princípio básico (agarre, projeção e
imobilização) foram selecionadas. A compreensão dos princípios das modalidades é algo
indispensável ao professor de educação física, as atividades apresentadas servem de
parâmetros para abstração e materialização destes conceitos, entretanto adaptações
podem ocorrer, pois a centralidade do ensino esta no aluno e as modificações nas
propostas apresentadas podem ser de grande contribuição ao ensino-aprendizado. As lutas
como construções históricas da humanidade devem ser garantidas no ensino escolar,
considerando que partindo da conceituação dos princípios das modalidades de lutas
podem-se propor atividades de ensino nas quais o objetivo não é formar atletas, mas
garantir o acesso ao conhecimento produzido nos conflitos das relações sociais em
momentos históricos distintos, aos estudantes escolares.
Palavras-chaves: Ensino das Lutas de Agarre, Jogos no ensino das lutas, lutas de agarre.
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O objetivo deste trabalho foi propor atividades de ensino nas quais sejam compreendidos
os princípios básicos das modalidades de lutas de agarre (projeções e imobilizações).
Cinco atividades para cada princípio básico (agarre, projeção e imobilização) foram
selecionadas pelas seguintes exigências: 1- relacionar-se com o conceito básico de luta de
agarre, 2- garantir a integridade física dos praticantes, 3- ter como base a resolução de uma
situação problema.
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RESULTADOS: Como breve caracterização das lutas de agarre podemos definir que são
as lutas nas quais a oposição entre os adversários se dá a partir do contato físico onde há
a necessidade do agarre para o combate, tendo como ferramentas em algumas delas o uso
de projeções e imobilizações, assim também como chaves de articulações e
estrangulamentos.
Disputa de fitas: Divididos em duplas, cada aluno terá dois pedaços de fita crepe que
deverá escolher onde fixá-las na região anterior do tronco, ao comando de inicio os alunos
deverão tentar segurar o local marcado com a fita no agasalho do adversário e contar até
três, a cada tentativa de sucesso os alunos acumulam pontos, após algumas execuções
modificam-se os adversários.
Desatando nó da faixa: em duplas, cada aluno com uma fita de pano, irá colocá-la na
cintura como um cinto e fará um laço que deve estar posicionado na região das costas, ao
comando de início os aluno irão tentar desfazer o laço da fita do colega.
Luta na fronteira: em duplas, separados por uma linha ao comando de início, utilizando o
agarre ao agasalho do colega tentarão fazer com que o oponente ultrapasse a linha com
os dois pés.
Pega e movimenta: após divididos as duplas, os alunos irão pegar no agasalho do colega
e deverão elencar o maior número de formas de segurar em pontos diferentes do agasalho,
buscando descobrir em dupla qual a melhor estratégia de pegada para evitar a
movimentação do adversário, para isso serão alternados os momentos em que um aluno
faz os tipos diferentes de pegada e o outro tenta desvencilhar-se dela.
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Cola na mão: cada dupla frente a frente terá um tempo de 30 s de combate, no qual é
vencedor aquele que ao fim do tempo continuar com as duas mãos no agasalho do
oponente, caso os dois terminem com as duas mãos no agasalho é considerado empate.
Dono do espaço: Após determinar vários espaços na sala (círculos ou quadrados) cada
espaço terá um dono, e outros alunos ficarão fora do espaço (todos os alunos em posição
cócoras), ao iniciar a atividade os alunos que estão de fora tentarão ficar com os espaços
dos colegas, para isso é necessário fazer com que quem esteja defendendo toque o quadril
ao chão.
Sumô sem braços: com a marcação de um circulo no chão dois alunos devem ser
posicionados no centro, com as mãos atrás das costas os alunos tentarão fazer com que o
colega saia do círculo, usando o contato dos troncos.
Derrubando: separados por duplas, cada aluno receberá dois pedaços de papelão com
barbantes, devendo escolher onde amarrá-los, tendo como escolha qualquer local da região
lateral e posterior do corpo. Agachados e frente a frente ao comando de inicio terão que
fazer os papelões do colega tocar o chão (tatame, colchonete, cholchão), fazendo uso do
desequilíbrio gerado pelo agarre no agasalho do oponente juntamente com movimentação.
Vento e Jaqueira: Dividir a turma em dois grupos, um será o vento e o outro a Jaqueira,
as Jaqueiras ficam deitadas em um lado do Dojô e os ventos têm que buscá-las e levá-las
até um local determinado do outro lado do Dojô. a Jaqueira tem que ficar rígida e imóvel.
A projeção aqui é tratada com os alunos como o ato de retirar o oponente de um espaço e
dirigi-lo a outro.
Pega Derruba: após escolher um ou mais alunos para função de pegador, todos em quatro
ou seis apoios iniciarão a atividade, para que um aluno seja considerado pego, o pegador
deve fazer com que o seu colega toque o quadril no chão.
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derrubar e segurar os colegas com as costas no chão e contar até 5. Sendo pego o aluno
fica também no centro e ajuda a pegar os outros.
Tomando a bola: separados em duplas, cada aluno ficará em uma extremidade do espaço
e será colocada uma bola no centro entre eles, ao comando de início o aluno deverá pegar
a bola e levar até o lado do adversário. Para anular o ataque, aquele que defende terá que
segurar o colega que está com a bola na mão, posicionando de costas no chão.
Proteção dos feudos: separados por equipes e agachados, cada equipe terá um espaço
demarcado, ao comando de inicio, os alunos tentarão conquistar outros espaços, a
estratégia fica por conta dos grupos, ao entrarem em combate por espaços cada aluno que
o oponente segurar no chão e contar até cinco estão eliminados. Ao final ganha a equipe
que tiver um ou mais integrante sem ser imobilizado.
Segurando o colega no chão: em duplas os dois integrantes terão que criar formas de
segurar o oponente no chão, devendo variar os momentos de quem imobiliza o outro, ao
final deve-se fazer o compartilhamento das criações dos alunos investigando quais formas
foram mais eficazes para segurar o adversário com as costas no chão.
Quem sai?: divididos em duplas, e variando o momento de quem imobiliza, os alunos terão
um tempo para vivenciar as formas de imobilizar que aprenderam. Em um momento um
aluno ficará deitado e o outro fará a imobilização, o que estiver deitado tentará achar uma
forma de sair da imobilização do colega.
Sugerimos como foco principal para as atividades/jogos que a centralidade seja os atos de
agarrar, projetar e imobilizar, não exigindo técnicas formais aos alunos. Percebemos, a
partir dos relatos dos documentos, que a não exigência de técnicas especificas gerou um
grande aprendizado aos alunos, uma vez que estes puderam criar, experimentar e
confrontar as técnicas não formais que executavam, contudo o ensino deve ser em direção
a construção do dialogo entre o que foi criado pelo aluno e o que já esta estipulado nas
modalidades, entrelaçando a necessidade de criação destas técnicas em momentos
históricos diferentes.
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REFERÊNCIAS
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Desafios E Propondo Sugestões. Conexões: revista da Faculdade de Educação Física da
UNICAMP, v. 13, n. 2, p. 117-135, abr./jun. 2015.
GOMES, Mariana S. P., MORATO, Marcio P., DUARTE, Edison, ALMEIDA, José J. G. de.
Ensino Das Lutas: Dos Princípios Condicionais Aos Grupos Situacionais. Movimento, v.
16, n. 02, p. 207-227, abr/jun. 2010.
HIRAMA, Leopoldo. K., JOAQUIM, Cássia. S., COSTA, Roberto. R., MONTAGNER,
Paulo. C.. Propostas Interacionistas Em Pedagogia Do Esporte: Aproximações E
Características. Conexões: revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, v.
12, n. 4, p. 51-68, out./dez. 2014.
LEONARDO, Lucas; SCAGLIA, Alcides José; REVERDITO, Riller Silva. O Ensino Dos
Esportes Coletivos: Metodologia Pautada Na Família Dos Jogos. Motriz. V. 15, n. 2, p.
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NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do; ALMEIDA, Luciano de. A Tematização Das
Lutas Na Educação Física Escolar: Restrições E Possibilidades. Movimento, v. 13, n. 03,
p. 91-110, set./dez. 2007.
Resumo: O presente estudo tem por objetivo verificar a presença do efeito da idade relativa
entre os jogadores de futebol que participaram do Campeonato Brasileiro das séries A e B
no ano de 2013. Foram analisados os dados referentes às datas de nascimento de 1.411
jogadores de futebol que disputaram o Campeonato Brasileiro das séries A e B do ano de
2013. Os dados coletados foram organizados em quartis, de acordo com o mês de
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MÉTODOS:
Amostra: Para a realização deste estudo, foram analisados os dados referentes à data de
nascimento de 1411 jogadores de futebol que disputaram o Campeonato Brasileiro das
séries A e B de 2013, sendo 667 da Série A e 744 da Série B.
Procedimentos de coleta de dados: Os dados foram coletados através das informações
disponíveis nos sites oficiais dos 40 clubes participantes das competições (20 da série A e
20 da série B) e no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
(http://www.cbf.com.br). As informações coletadas foram comparadas por pareamento
entre estas duas fontes, a fim de se verificar a veracidade dos mesmos. Foram excluídos
da análise os jogadores que foram transferidos para outros clubes antes do período de
coleta de dados e que suas informações ainda se encontravam nos sites oficiais dos clubes
antigos. Outro fator de exclusão se deu quando os dados, comparados em duas fontes
diferentes, apresentaram divergências de informações. Todos os dados coletados foram
mantidos em sigilo e utilizados, apenas, para fins de pesquisa.
Os dados coletados foram armazenados numa planilha Excel e agrupados em
quartis, considerando o mês de nascimento dos participantes: no primeiro quartil (Q1), os
jogadores nascidos entre janeiro e março; no segundo quartil (Q2), entre abril e junho; no
terceiro quartil (Q3), entre julho e setembro; no quarto quartil (Q4), entre outubro e
dezembro.
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Para modificar esta realidade, é necessário mudanças nos critérios utilizados pelos
clubes na identificação e seleção de jogadores. É importante avaliar as muitas habilidades
(físicas, motoras, técnicas, táticas, psicológicas) que podem contribuir na identificação um
jogador como talentoso, utilizando critérios cientificamente comprovados.
CONCLUSÕES
Os resultados apresentados no presente estudo revelaram a presença do efeito da
idade relativa entre os jogadores de futebol no Campeonato Brasileiro das séries A e B. É
provável que este resultado seja uma consequência dos critérios utilizados na identificação
e seleção de jogadores pelos clubes, ao longo do seu processo de desenvolvimento, que
favorecem os garotos nascidos nos primeiros meses do ano.
REFERÊNCIAS:
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relative age effect in football. International Review for the Sociology of Sport, v.27, n.1,
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futebol. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.17, n.3, p.25-31. 2009.
DEL CAMPO, D. G. D.; VICEDO, J. C. P.; VILLORA, S. G.; JORDAN, O. R. C. The relative
age effect in youth soccer players from Spain. Journal of Sports Science and Medicine,
v.9, n.2, p.190-198. 2010.
HELSEN, W. F.; VAN WINCKEL, J.; WILLIAMS, A. M. The relative age effect in youth soccer
across Europe. Journal of Sports Sciences, v.23, n.6, p.629-636. 2005.
MUSCH, J.; GRONDIN, S. Unequal competition as an impediment to personal development:
A review of the relative age effect in sport. Developmental review, v.21, n.2, p.147-167.
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REFERÊNCIAS
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FREITAS, C.M.S.M.; FARIAS JUNIOR, J.M.; SANDES JUNIOR, A.B.; KUCERA, C.A.C.;
MELO, R.R.; LEÃO, A.C.; CUNHA, A.E.V. Aspectos psicossociais que interferem no
rendimento de modalidades desportivas coletivas. Revista Brasileira de
Cineantropometria e Desempenho Humano. v. 2, n. 11, p. 195-201, 2009.
HOLT, N.L; DUNN, J.G.H. Toward a grounded theory of the psychosocial competencies
and environmental conditions associated with soccer success. Journal of Applied Sport
Psychology. v. 16, p. 199-219, 2004.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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RESUMO: O Sesc é uma Instituição de caráter privado, cuja missão é promover o bem-
estar social e a melhoria da qualidade de vida de seu público prioritário e de toda a
coletividade. Para tanto desenvolve ações em variadas áreas, entre elas a esportiva. Assim
sendo, lança em 2012 o Programa Sesc de Esporte que atende diferentes faixas etárias.
O Programa Sesc Jovem conta com participantes divididos em 2 módulos: 11 e 12 e 13 a
15 anos. No 1, busca-se a “aprendizagem diversificada de modalidades esportivas”; no 2,
a “automatização e refinamento da aprendizagem dos conteúdos das fases anteriores,
buscando a fixação em uma só modalidade esportiva”. Baseado nessa metodologia o
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Programa tem como objetivo geral possibilitar aos jovens a prática sistematizada de
modalidades esportivas efetivadas através de procedimentos pedagógicos que
potencializem as possibilidades educacionais e formativas do Esporte; e como objetivo
específico possibilitar a adoção de procedimentos pedagógicos adequados para processos
de ensino, vivência e aprendizagem de modalidades esportivas.
Já participaram do Programa cerca de 800 jovens em especial em São Paulo e nas cidades
do litoral e interior.
Pode-se concluir que o Programa tem alcançado uma importante abrangência e tem
contribuído para a discussão de trabalhos na área.
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Assim sendo, conta também com um programa específico para a questão da Atividade
Física e do Esporte. Trata-se do “Desenvolvimento Físico-Esportivo”. Tal programa é
baseado no processo de educação permanente e não formal e objetiva a ampliação do
repertório motor de seus participantes; busca ainda o incentivo à prática autônoma da
atividade físico-esportiva e também a conscientização sobre a importância da inclusão de
exercícios físicos na agenda diária das pessoas.
No referido Programa o Esporte tem como sua essência o “Esporte para Todos”; assim, o
Sesc São Paulo entende a atividade física e o Esporte enquanto manifestações culturais;
busca a inclusão pelo e para o Esporte; vislumbra no Esporte, o seu conceito mais amplo:
o da Qualidade de Vida; e prioriza também, a difusão da Prática Esportiva e Memória do
Esporte.
Baseado nesses conceitos o Sesc São Paulo busca a adoção de uma ação permanente
ligada a prática esportiva, entendendo-a como um importante campo para a difusão de
princípios como integração, respeito à diversidade e inclusão social. Incentiva assim a
prática inclusiva e prazerosa do Esporte entre todas as pessoas. Tais atividades são
sempre voltadas para o bem-estar e o desenvolvimento integral dos indivíduos e são
desenvolvidas de acordo com a faixa etária e os interesses do participante.
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(11 e 12 anos); Esporte Jovem (13 a 15 anos); Esporte Adulto (16 a 59 anos) e Esporte
para Idosos (acima de 60 anos de idade).
A partir das colocações feitas até aqui, descreveremos como o Sesc São Paulo entende a
prática do Esporte para jovens da faixa etária dos 11 aos 15 anos de idade.
Assim sendo, observa-se que autores como Paes, Montagner e Ferreira (2009)
apresentam a iniciação esportiva como o primeiro contato do participante, em especial da
criança e adolescentes com qualquer que seja o Esporte.
Para Paes (2001), seus fundamentos, princípios, características, regras e movimentações
devem ser, aos poucos, apresentados de maneira simples e num nível de exigência com
as capacidades do participante que está iniciando um novo processo; deve também ter
características que a afastam do plano unicamente recreativo tanto como do esporte de
competição que busca resultados imediatos.
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Para Greco e Benda (1998) e Paes (2001), uma proposta que visa ao planejamento da
prática do Esporte deve priorizar o desenvolvimento dos seus praticantes em etapas e fases
que percorrem desde a iniciação até o profissionalismo. Assim sendo, para os referidos
autores, o aprendizado das práticas esportivas para crianças e adolescentes deve respeitar
as fases de desenvolvimento humano e a atividade motora aplicada a este público.
Assim, dentro do programa Sesc Jovem, a etapa de iniciação dos esportes é um período
que abrange desde o momento em que as crianças iniciam-se nos esportes até a decisão
por praticarem uma modalidade específica. Desta maneira, os conteúdos devem ser
ensinados respeitando-se cada fase do desenvolvimento dos jovens. Sendo assim, optou-
se por dividir essa etapa de iniciação esportiva em 2 fases (ou Módulos), sendo que cada
fase possui objetivos específicos que posteriormente serão apresentados.
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No Módulo 2 (13 a 15 anos), a fase de iniciação esportiva é marcada por oportunizar aos
jovens à escolha da prática de uma única modalidade esportiva.
Para Paes (2001), nessa fase o jovem procura por si só, a prática de uma ou mais
modalidades esportivas por gosto, prazer, aplicação voluntária e pelo sucesso obtido nas
fases anteriores. Neste sentido, os atributos pessoais parecem ser fundamentais para o
aperfeiçoamento das capacidades individuais. A idade e o biótipo, além da motivação, são
características determinantes para a opção por uma ou outra modalidade na busca da
automatização e refinamento da aprendizagem dos conteúdos das fases anteriores,
buscando a fixação em uma só modalidade.
Segundo o referido autor ainda, em relação às habilidades motoras, essa fase deve buscar
a automatização e refinamento do que foi aprendido e acrescenta as situações de jogo e
sistemas táticos, os quais, aliados à técnica, visam ao aperfeiçoamento das condições
gerais da formação do atleta, na qual os conteúdos de ensino equilibram-se entre exercícios
e jogos com o objetivo de ensinar habilidades "técnicas específicas", que são o modo de
fazer aliado à "tática específica", a razão de fazer
Nesse sentido e em relação à pedagogia da iniciação esportiva, Paes (2001) aponta o “jogo
possível" como um importante instrumento de uma pedagogia do esporte; como uma
possibilidade de ensinar jogos desportivos coletivos, pois o mesmo pode propiciar aos
alunos o conhecimento e a aprendizagem dos fundamentos básicos das modalidades
coletivas, considerando seus valores relativos e absolutos, e também aprenderem de
acordo com suas possibilidades materiais (locais de aprendizagem). Para o autor ainda, tal
procedimento, proporciona a motivação por parte dos praticantes, para que os mesmos
tomem gosto e possam usufruir a prática esportiva, como beneficio para melhor qualidade
de vida, caso seus talentos pessoais não despertem o sucesso atlético.
Assim sendo, o autor em questão, apresenta uma proposta para o ensino dos jogos
coletivos, tomando como referência a idéia do jogo. Considerando então os esportes
coletivos a partir de suas semelhanças estruturais, para o autor deve-se garantir nas fases
iniciais a aquisição por parte dos alunos dos princípios operacionais dos esportes coletivos,
para, em seguida, desenvolver as regras de ação e as atitudes específicas de cada
modalidade. Segundo Paes, Montagner e Ferreira (2009) dessa forma, o aluno conseguirá
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Uma última questão que orienta a construção conceitual do Programa SESC Jovem, aponta
para uma discussão da pedagogia da iniciação esportiva, destacando a importância de se
dar ao Esporte um “tratamento educativo”.
Uma forma muita utilizada, por ações de iniciação esportiva, é aquela que baseia-se
no ensino tendo por parâmetro a prática de equipes de alto rendimento. Tal ação tem se
apresentado com inúmeros pontos discutíveis e muitas vezes tem sido apontados através
da denominação de especialização precoce. Essa, busca de forma equivocada a plenitude
atlética em crianças ainda em formação, privilegia a competição exacerbada, definição
precoce do esporte a ser praticado, a especialização esportiva precoce, a pressão
psicológica exercida pelos pais e técnicos e a singularidade dos treinos ou aulas limitando
um desenvolvimento que deveria ser o mais amplo possível (PAES, MONTAGNER E
FERREIRA, 2009)
Uma pedagogia do Esporte voltada para o aprendizado do esporte educacional, não pode
ter uma finalidade em si mesma, mas sim ser uma etapa no processo de formação do
participante.
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Segundo Paes, Montagner e Ferreira (2009) a todo momento devemos refletir na formação
esportiva específica de crianças e adolescentes buscando contribuir na sua formação
enquanto cidadãos. Para esse autor ainda, os educadores devem ter o conhecimento para
avaliar quando, e de que modo atuar com a especialização esportiva, com o objetivo a longo
prazo, visando um homem mais equilibrado e melhor preparado para o futuro. Além disso,
o autor coloca que, a meta é dar a esse homem a oportunidade de ser um amante do
esporte ou um profissional desse esporte, desde que tenha condições psíquicas, uma
preparação física adequada, e um apoio financeiro; como amante do esporte, deve ter
adquirido boas experiências, aumentando o seu acervo motor e guardado boas
recordações de convívio com outros indivíduos; dessa forma, terá obtido uma contribuição
da prática esportiva que incorporou à sua vida.
Diante do exposto O Programa Sesc Jovem tem como “Objetivo Geral”: possibilitar aos
jovens a prática sistematizada de modalidades esportivas efetivadas através de
procedimentos pedagógicos que potencializem as possibilidades educacionais e formativas
do Esporte.
E como “Objetivo Específico”: possibilitar a adoção de procedimentos pedagógicos
adequados para processos de ensino, vivência e aprendizagem de modalidades esportivas.
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denominado de “ciclo” e que tem a duração de 6 semanas. Tal ação visa possibilitar a
adoção de uma ação processual na transição entre o Esporte Criança e o momento de
escolha de uma modalidade específica (Módulo 2), que será descrita posteriormenter.
Nas “Modalidades Esportivas Básicas”, são oferecidas quatro (4) modalidades escolhidas
pelas Unidade Operacionais do Sesc. Essas são preferencialmente coletivas, estabelecidas
a partir de estudos referentes à demanda, características de espaço físico/esportivo e perfil
dos professores. Ainda que apresentam uma maior visibilidade junto ao público alvo e
apresentam maior potencial para atendimento por parte das Unidades.
Tais modalidades esportivas, representam a maior carga horária / tempo de prática, ou seja,
4h por ciclo (16h total). Tal ação objetiva garantir a transição entre as fases anteriores e
posteriores do Programa (como mencionado anteriormente). Exemplos de atividades
desenvolvidas nas Unidades: Handebol, Basquete, Futsal, Voleibol, Natação, Tênis de
Campo.
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Quanto a “periodicidade e duração” das atividades, essas acontecem por duas vezes na
semana e por 2 horas por turma. O “número de participantes” x “professores” é de até 30
participantes por grupo/turma e conta com 1 professor por grupo/turma. A “inscrição” para
participação no Programa é anual, sendo que o jovem se matricula no módulo, escolhendo
a turma (terça e quinta ou quarta e sexta);
Quanto a “periodicidade e duração” das atividades, essas acontecem por duas vezes na
semana e por 2 horas por turma. O “número de participantes” x “professores” é de até 30
participantes por grupo/turma e conta com 1 professor por grupo/turma. A “inscrição” para
participação no programa é anual, sendo que o jovem se matricula escolhendo a
modalidade específica.
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Também baseado nos autores citados anteriormente, o Programa busca como Estratégias
Pedagógicas, “diversificar as estratégias de ensino sendo”, a saber: jogo formal; jogo
reduzido; jogos pré-desportivos; situações de jogo; brincadeiras; exercícios sincronizados
e exercícios Analíticos (em menor escala). (PAES e BALBINO, 2005). Ainda buscam
priorizar, no processo pedagógico, a utilização do jogo e de situações problemas por
entender que essas apresentam como ganhos adicionais:possibilitam adaptações;
envolvem o pensar e o agir; a autonomia, a criatividade, a diversificação e a ludicidade.
(PAES e BALBINO, 2005).
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Vale salientar também que, para a implantação do referido Programa, foi desenvolvido e
aplicado um “plano de capacitação dos professores” do Regional São Paulo envolvidos no
processo, baseados na divisão do próprio Programa e suas faixas etárias (processo
ocorrido no ano de 2012). E que atualmente, ainda estão sendo realizadas capacitações
para reflexões e alinhamento do Programa. Ainda, como citado anteriormente, o Programa
Sesc de esportes (e o Sesc Jovem) foi lançado em 2012, mas considera-se para tempo de
realização plena, devido as adaptações necessárias para a sua implantação, o período a
partir de 2013.
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que estimulam a melhoria da qualidade de vida das pessoas que dele participam, bem como
estimulado a consolidação dos campos de conhecimento na área e atuação profissional
que a cada dia se expande no nosso país.
REFERÊNCIAS
BA YER, C. O ensino dos desportos coletivos. Lisboa: Dinalivros, 1994.
GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivos. In: GRAÇA, A.;
OLIVEIRA, J. (Eds). O ensino dos jogos desportivos coletivos. Lisboa: Universidade do
Porto, 1998.
GRECO, P. J. e BENDA, R. N. Iniciação esportiva universal I:da aprendizagem motora
ao treinamento técnico. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
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INTRODUÇÃO: No contexto dos jogos esportivos coletivos os jogadores devem tomar suas
decisões de acordo com as fases do jogo, respeitando seus princípios operacionais
(BAYER, 1994). Para que se tenha uma melhor compreensão dos fatores que estão
relacionados ao rendimento dos jogadores é importante ouvir a opinião dos treinadores
sobre diferentes aspectos do esporte (MENEZES; MARQUES; NUNOMURA, 2015).
Aprimorar diferentes capacidades relacionadas ao processo de tomada de decisão
dos jogadores, a partir dos parâmetros provenientes da opinião dos treinadores, pode
fornecer indicativos para planejar e controlar os treinamentos, aproximando-os do contexto
do jogo. Nesse panorama, o objetivo desse estudo foi identificar os conteúdos defensivos
e ofensivos mais relevantes para a categoria sub-13, a partir da opinião de treinadores
semifinalistas de importante competição do Estado de São Paulo.
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O jogo pautado nessa ênfase apresenta baixa possibilidade de ter sucesso, uma vez
que o complexo cenário do jogo não permite que comportamentos se repitam a todo o
momento de maneira determinista (MENEZES, 2012). Desenvolver comportamentos
estereotipados pode dificultar a compreensão do cenário do jogo, caso os adversários
adotem procedimentos diferentes daqueles padronizados ao “ensaiar uma jogada”.
No tocante às variáveis defensivas, o DSC5 aponta a importância dada pelos
treinadores para o desenvolvimento de diferentes elementos táticos defensivos:
DSC5: Criança quando começa cada um marca o seu e vice-versa, a gente não cobra
muito. Depois que adianta um pouquinho mais, começa a pedir ajuda; vai aumentando as
responsabilidades da criança. Então, qual era a sua principal responsabilidade? Era marcar
só a sua jogadora, não era? A partir de agora além de marcar a sua jogadora você tem que
ajudar a sua companheira e recuperar a suaS4. Na fase da iniciação a criança fica muito no
corta-luz, até aprender a cobrir isso leva muito treino, só com muito treino S1. Invento vários
exercícios táticos para que elas vão entendendo como se deslocar e como ter uma ideia de
que a defesa deve trabalhar; uso o termo ‘lado da bola’ e ‘lado da ajuda’, e procuro manter
elas com o raciocínio desses dois lados, sabendo se portar em cada um deles S3. Elas
devem trabalhar adequadamente em relação à bola, se elas estão no lado da ajuda
flutuando bastante e se estão no lado da bola agredindo o atacante S3; além de marcar tem
que ajudarS4.
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Para Matias e Greco (2010) é importante que haja captação da informação e tomada
de decisão por parte do jogador para saber se portar à imprevisibilidade do jogo. Durante o
mesmo, o componente cognitivo, por exemplo, percepção, antecipação, atenção, faz com
que o jogador realize a “leitura do jogo” e consiga determinar a movimentação exata para
obter o melhor resultado. No DSC6 a visão periférica, embora apontada em relação às
questões defensivas também deve ser vista no panorama ofensivo, e pode ser entendida
como o comportamento desejado pelo jogador para elaborar rapidamente as ações e
conseguir realizar o movimento mais apropriado dentro do contexto do jogo. Por fim, o
DSC7 apresenta a ênfase no desenvolvimento de aspectos técnicos e dos deslocamentos
dos jogadores durante a fase defensiva:
DSC7: Na parte técnica tem que ter educativos; gosto de trabalhar com o imaginário,
imaginar que elas estão segurando uma corda, daí uma desloca em relação à bola e faz de
conta que tá puxando a outra e ajuda; independe de marcação zonal ou individual S2. Espero
que elas tenham postura e discernimento em como se deslocar em relação à defesa e ao
ataqueS3.
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REFERÊNCIAS
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Hoboken: Wiley, 2007. p. 184-202.
GARGANTA, J. A análise da performance nos jogos desportivos. Revisão acerca da análise
do jogo. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v.1, n.1, p.57-64, 2001.
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LEFÈVRE, F.; LEFÈVRE, A.M.C. Discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em
pesquisa qualitativa. 1.ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2003.
MATIAS, C.J.; GRECO, P.J. Cognição & ação nos jogos esportivos coletivos. Ciências &
Cognição, v.15, n.1, p.252-271, 2010.
MENEZES, R.P.; MARQUES, R.F.R.; NUNOMURA, M. O ensino do handebol na categoria
infantil a partir dos discursos de treinadores experientes. Movimento, v.21, n.2, p.463-477,
2015.
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MÉTODOS: A metodologia utilizada nessa pesquisa foi o estudo de caso que tem por
objetivo “investigar um fenômeno contemporâneo situado no contexto da vida real, em que
as fronteiras entre o fenômeno estudado e o contexto não estão claramente demarcados”
(GAYA, 2008 p. 105).
O NADAR é um dos diversos núcleos do PELC espalhados pelo Brasil e
especificamente na cidade de Fortaleza. Esse núcleo desenvolve seu trabalho tendo como
base profissionais e estudantes de educação física previamente selecionados e
capacitados para atuarem na área desportiva junto a pessoas com deficiência.
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Cardoso (2011) corrobora com esse achado afirmando que uma grande quantidade
de pessoas com deficiência buscam as atividades físicas, visando estimular suas
potencialidades e possibilidades, em prol de seu bem-estar físico e psicológico.
As atividades realizadas pelo NADAR para indivíduos neste perfil, contribuiu na sua
ressocialização e melhoria da autoestima, minimizando as dificuldades, pondo fim as
diferenças, promovendo a melhoria da qualidade de vida dos mesmos, além de divulgar a
natação como instrumento de inclusão social e retorno a sociedade, pois todos obtiveram
melhora na escala de força de OXFORD, em suas AVDs – Atividades da vida diária e função
motora.
Nahas (2006), aponta que a prática regular de atividades físicas pode diminuir a
ansiedade, a depressão, aumentando os níveis de bem estar das pessoas com deficiência,
promovendo a socialização e aumentando os níveis de bem estar.
Projetos sociais como o PELC, através do núcleo NADAR, são de fundamental
importância para atender às necessidades de ressocialização do indivíduo com deficiência
física e em especial com lesão medular. Os beneficiados são normalmente pessoas de
classes sociais menos favorecidas ou por outro lado, pessoas de outras classes sociais que
não encontram atendimento especializado em outros locais.
Resultados semelhantes foram encontrados por Medola et al (2011), que dentro de
um projeto social desenvolvido na Universidade Estadual de Londrina – UEL, com
indivíduos paraplégicos e tetraplégicos por lesão medular, usuários de cadeira de rodas,
através de treinamento das modalidades adaptadas, onde foi identificado a melhora da
capacidade funcional, a percepção do estado geral de saúde como resultado direto do
treinamento físico e esportivo, uma vez que estes proporcionam melhora da condição física,
interação social e o surgimento de novos objetivos de vida.
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FECHIO, M.B, PACHECO, K.M.B, KAIHAMI H.N, ALVES, V.L.R. A repercussão da lesão
medular na identidade do sujeito. Acta Fisiatr, São Paulo, v.16, n. 1, p. 38-42, mar. 2009.
MEDOLA, F.O, BUSTO R.M, MARÇAL, A.F, ACHOUR JUNIOR, A, DOURADO, A.C. O
esporte na qualidade de vida de indivíduos com lesão da medula espinhal: série de casos.
Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v. 17, n. 4, p. 254-256, jul. /ago. 2011.
SCHOELLER, S.D, BITENCOURT, R.N, LEOPARD, M.T, PIRES, D.P, ZANINI, M.T.B.
Mudanças na vida das pessoas com lesão medular adquirida. Rev. Elet. Enfermagem,
Goiânia, v.14, n.1, p. 95-103, jan/mar. 2012. Disponível em
http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n1/v14n1a11.htm. Acesso em: 15 de agosto de 2015.
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17. O instrumento utilizado para pesquisa foi o Sistema de Avaliação Tática no Futebol
“FUT-SAT”. Com base na configuração “GR+3X3+GR” o teste foi realizado em duas
diferentes configurações, a primeira denominada “sem curinga” e a segunda “com curinga”.
Foi realizada a análise descritiva de média e desvio padrão para as variáveis das
categorias, a distribuição dos dados foi verificada através da utilização do teste
Kolmogorov-Smirnov, o teste de Wilcoxon (z) foi utilizado para comparar as médias das
variáveis das duas configurações de jogo. Foi adotado um nível de significância de p<0,05.
Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as configurações de
jogo paras ações táticas: Ofensivas, Defensivas, Total de jogo, sendo maiores na
configuração “com curinga”. Conclui-se que a presença de curingas em jogos reduzidos e
condicionados de Futebol influenciou a realização das ações táticas dos jogadores durante
as fases de jogo.
Palavras-chave: Futebol, Tática, Curingas.
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curingas sobre as ações táticas de jogadores nas fases ofensiva e defensiva em jogos
reduzidos e condicionados de Futebol.
MÉTODO:
Amostra: A amostra foi composta por 24068 ações táticas sendo 11401 ofensivas e
12667 defensivas realizadas por 168 jogadores de Futebol da categoria sub-17
pertencentes a clubes brasileiros de diferentes regiões. Esta pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa
(CEPH) (Of. Ref. Nº 133/2012/Comitê de Ética) e atende as normas estabelecidas pelo
Conselho Nacional em Saúde (CNS 466/2012) bem como pelo tratado de Ética de Helsinki
(1996) para pesquisas realizadas com seres humanos.
Instrumento: Foi utilizado o Sistema de Avaliação Tática no Futebol “FUT-SAT”
(TEOLDO et al., 2011), que avalia o comportamento tático dos jogadores com base nos dez
(10) princípios táticos fundamentais do jogo de Futebol (TEOLDO et al., 2009).
Procedimento de Coleta de Dados:. , Foi realizado o teste de campo do FUT-SAT
em duas diferentes configurações tendo como base o teste “GR+3X3+GR”. A primeira
denominada “sem curinga” (GR+3 vs. 3+GR), os jogadores foram orientados a jogarem de
acordo com as regras oficiais do jogo de Futebol, exceto à regra do impedimento. A
segunda denominada “com curinga” (GR+3 vs. 3+GR)+2 os jogadores foram orientados a
jogarem sob as mesmas regras que a primeira configuração, entretanto eles foram
informados sobre a presença e a utilização de jogadores curingas de apoio ofensivo
posicionados nas laterais do campo. Antes do início do teste, todos os jogadores foram
devidamente informados sobre os procedimentos e objetivo da pesquisa. Todas as dúvidas
do jogo em relação à utilização dos jogadores curingas foram esclarecidas aos jogadores.
Em ambas as situações o teste teve duração de quatro minutos e oportunizou-se 30
segundos de “familiarização” antes do início efetivo dos testes.
Materiais: Foram realizadas as gravações dos jogos utilizando uma câmera digital
(SONY modelo HDR-XR100). O material de vídeo obtido foi introduzido, em formato digital,
em um computador portátil (HP Pavilion Dv4 1430us) via cabo USB, convertidos em
ficheiros “avi. ”através do software Format Factory Vídeo Converter. Inc. Para o tratamento
das imagens e análise dos jogos foi utilizado o software Soccer Analyser®.
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Análise Estatística: Para a análise estatística dos dados foi realizada a análise
descritiva de média e desvio padrão para as variáveis das categorias. A distribuição dos
dados foi verificada através da utilização do teste Kolmogorov-Smirnov. O teste de Wilcoxon
(z) foi utilizado para comparar as médias das variáveis das duas configurações de jogo. Foi
adotado um nível de significância d p<0,05. Para a fiabilidade das observações foi utilizado
o método teste-reteste. Foi respeitado um intervalo de três semanas entre as sessões de
análise para verificar a fiabilidade das observações (ROBINSON; O'DONOGHUE, 2007).
Para o cálculo recorreu-se ao teste Kappa de Cohen e com isso foram reavaliadas um
número de ações superior ao apontado pela literatura (10%) (TABACHNICK; FIDELL,
2007). Para a configuração “sem curinga” os valores da fiabilidade intra-avaliador indicaram
o mínimo de 0.888 (ep=0.007) e o máximo de 0.985 (ep=0.003) e, no processo inter-
avaliadores, os valores apresentaram o mínimo de 0.810 (ep=0.024) e o máximo de 0.989
(ep=0.011). Para a configuração “com curinga” os valores para intra-avaliador indicaram o
mínimo de 0.847 (ep=0.006) e o máximo de 0.962 (ep=0.005). No processo inter-
avaliadores os valores apresentaram o mínimo de 0.819 (ep=0.013) e o máximo de 0.963
(ep=0.012). Foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) for
Windows®, versão 18.0.
Tabela 1: Médias e desvios padrão das Ações Táticas Ofensivas, Defensivas e Total de Jogo, nas
configurações “sem curinga” e “com curinga”.
Sem Curinga Com Curinga
Média DP Média DP p
Fase Ofensiva 32,61 7,48 35,25 9,82 0,006
Fase Defensiva 36,54 8,12 38,85 10,61 0,031*
Total de jogo 69,16 8,61 74,10 8,95 <0,001*
Diferenças estatisticamente significativas: *p<0,05, p<0,001.
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Futebol com pés... e cabeça. O contexto da decisão–A acção táctica no desporto,
p.179-190. 2005.
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necessidade? Movimento (ESEF/UFRGS), v.5, n.10, p.40-50. 1999.
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574
RESUMO: Ao entender o jogo coletivo por sua lógica e características próprias, percebe-
se a intencionalidade da reflexão do esporte coletivo como uma categoria única e não pelas
suas especificidades dadas por modalidades esportivas diferenciadas. Neste sentido o
presente estudo de revisão documental objetivou verificar o quanto tem sido investigado
esse objeto de estudo nos programas de pós graduação no Brasil. Para coleta de dados
buscou-se a investigação de teses e dissertações nacionais da área da Educação Física
da CAPES. Como critério de seleção, foram incluídos somente aqueles que apresentavam
no título ou resumo a expressão esportes coletivo/jogo coletivo. Foram encontrados quatro
dissertações em quatro programas de pós graduações distintos e nenhuma tese sobre o
tema. A análise indicou um número baixo de publicações sobre a temática com distintos
tipos de estudos, objetivos, populações e temáticas dentro dos esportes/jogos coletivos.
Assim, o estudo aponta para a necessidade de novos olhares sobre o tema de forma
especifica e concreta, uma vez que o número reduzido de trabalhos analisados nos indica
a necessidade de uma exploração efetiva deste tema na perspectiva de reflexões sobre as
metodologias e estratégias de ensino do esporte coletivo.
Palavras-chave: Esportes coletivos. Jogos coletivos. Produção científica.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
575
lógica do jogo coletivo para uma qualificação das especificidades de cada modalidade.
Desta forma, o estudo se concretiza exatamente na necessidade de evidenciar o estado da
arte de propostas investigativas que tratam do tema pelo olhar do jogo/esporte coletivo e
não pelo seu detalhamento enquanto uma única prática esportiva.
Os modelos de intervenção pedagógica no processo de ensino-aprendizagem-
treinamento esportivo acompanham a tendência da própria área da Educação Física, em
buscar inovações para modelos didáticos pedagógicos tradicionais, que caracterizam o
processo de ensino aprendizagem em execução de uma técnica padronizada.
No entanto, a inovação e exploração de novas possibilidades que propõem e
apresentam vantagens do trabalho com as modalidades coletivas através da lógica da
execução tática, se concretizam em modelos de ensino (COSTA, NASCIMENTO, 2008;
GRECO, 2001).
Desta forma, tem-se o objetivo de investigar as produções científicas de teses e
dissertações dos programas de Pós Graduação que tratam da temática dos esportes
coletivos. Para esta intencionalidade o seguinte questionamento é inerente ao processo
investigativo: Como se constituem os estudos que têm os esportes coletivos como foco?
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RESUMO
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580
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581
MÉTODOS
O estudo caracterizou-se por ser descritivo exploratório. Para a coleta de dados
utilizou-se um questionário estruturado e entrevista. A amostra foi composta pela totalidade
de Técnicos de Futebol dos 13 clubes que participaram da 2ª Divisão do futebol profissional
do estado do Rio Grande do Sul no ano de 2013. A análise dos dados se deu através da
estatística descritiva e análise de conteúdo (BARDIN, 1977).
Vale ressaltar que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal de Pelotas sob número 475.742.
RESULTADOS
Segundo os resultados encontrados, verificou-se que os treinadores possuíam uma
carreira, entendida aqui como o progresso linear através da vida em relação a um tema
específico (CHRISTENSEN, 2014), de 11.3 anos em média (± 7.3 anos), variando de 1 a
22 anos, valores estes que colocam a maioria dos treinadores (10 de 13) na fase de
estabilização proposta por Burden (1990), expressa pelo bom comando das atividades de
ensino e do ambiente, ou ainda no terceiro estágio de desenvolvimento de Bloom (1985
apud MILISTETD et al, no prelo) marcado pelo total comprometimento com a atividade e
pelo desenvolvimento da autonomia no seu próprio desenvolvimento.
Com relação à formação acadêmica dos treinadores envolvidos no estudo, 3
possuíam formação em Educação Física, 6 estavam cursando Educação Física, 1 tinha
formação em Direito e 3 treinadores tinham ensino médio completo. Quando analisados
quanto à formação em cursos específicos para treinadores, 9 possuíam formação e 4 não
tinham frequentado estes cursos específicos. Destes 4 que não possuíam formação
acadêmica em educação física, 1 possuía outra graduação, 1 apenas ensino médio e 2
eram alunos do curso de Educação Física.
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582
Diferentemente do relatado por Fernandes et al. (2013), que “boa parte dos
treinadores brasileiros de elite, na atualidade, acumularam horas de estudo, seja em cursos
de graduação (Educação Física), ou cursos específicos” (p.5), na amostra do estudo, a
minoria dos treinadores estudados (3 de 10) possuía formação formal, e ainda, 4
treinadores não possuíam formação alguma.
Entretanto, a prática enquanto treinador por si só, não configura qualidade de
trabalho, pois as investigações sobre esta temática têm relatado que a experiência
enquanto atleta, a assistência a treinadores mais experientes e a formação formal e
informal, são fatores importantes na busca pela otimização na carreira (CÔTÉ, ERIKSSON
& DUFFY, 2013). Neste sentido, será eficaz o treinador que consistente e integradamente
aplicar os conhecimentos profissionais, inter e intrapessoais no sentido de melhorar nos
atletas sua competência, confiança, conexão e o caráter em contextos específicos de treino
(CÔTÉ & GILBERT, 2009).
A Tabela 1, trás os resultados a respeito das formas de atualização dos treinadores.
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desenvolvimento dos treinadores esportivos, os quais verificaram uma baixa procura pela
educação formal, ou seja, clínicas, workshops, cursos de certificação. Esses resultados vão
ao encontro dos encontrados por Nash & Sproule (2009), onde os métodos de
desenvolvimento dos treinadores foram informais, a partir do debate com outros treinadores
sendo reconhecidos como essencial para seu progresso.
CONCLUSÃO
Segundo os objetivos traçados para o estudo de investigar a formação e a forma de
atualização dos treinadores profissionais de futebol da 2ª divisão gaúcha, conclui-se que,
apesar de os treinadores apresentarem uma carreira estável e comprometida, sua formação
acadêmica em Educação Física é reduzida. Além disso, utilizam enquanto estratégias de
atualização situações não mediadas e não formais.
Sendo assim, apesar de o Brasil legalmente permitir a não formação em Educação
Física a partir da comprovação de experiência anterior, a literatura tem mostrado que será
mais eficaz aquele treinador que combinar conhecimentos profissionais, interpessoais e
intrapessoais e ainda que estes se desenvolvam a partir do aporte a situações de
aprendizagens formais, informais e não-formais.
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
585
gilberto.mendonca@ifes.edu.br
RESUMO: Os objetivos deste texto foram: estabelecer um diálogo entre a Educação Física
e o ensino dos jogos desportivos nos cursos técnicos profissionalizantes a partir da
aproximação com a pedagogia social; buscar alternativas para se construir uma nova
concepção da prática do professor de Educação Física que aproxime da pedagogia social
numa dimensão reflexiva como componente fundamental. Foram desenvolvidas aulas de
Educação Física no currículo dos cursos técnicos integrados do Instituto Federal do Espírito
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
586
Santo – Campus Guarapari, assim como os projetos de ensino nos anos letivos de 2013 e
2014, a partir dos possíveis diálogos com a pedagogia social. Encontramos resultados
muito expressivos, revelados pelos próprios alunos, ampliando as contribuições da
Educação Física na formação dos discentes. Conclui-se que a partir da função social do
professor como facilitador do processo de transformação e possíveis diálogos no interior da
escola de ensino técnico integrado profissionalizante com a pedagogia social podem trazer
frutíferos resultados. Embora sendo uma prática que se constitui desafiadora, ao mesmo
tempo, revela ser possível.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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MÉTODO: Este estudo foi desenvolvido no Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes,
durante os anos letivos de 2013 e 2014. Nesse período foram desenvolvidas aulas de
Educação Física e projetos de ensino tais como os Jogos Escolares do Instituto Federal do
Espírito Santo – JIFES; Jogos Internos do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus
Guarapari – JINIFES e IFES na Praia. Participaram alunos do 1º, 2º, 3º e 4º anos do ensino
técnico integrado, matriculados nos cursos técnicos integrados em Administração,
Eletrotécnica e Eletromecânica. Trabalhamos numa perspectiva que valorizou a
participação de todos.
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A criança que trabalha e estuda aprende, teórica e praticamente, que o seu divertimento precisa ser
adiado além da hora do “serviço” e o “estudo”, pois “não se brinca em serviço” e a escola “'e lugar
de aprender e não de brincar”. Há uma separação, uma fragmentação da corporeidade da criança
que não é vista como totalidade. (GRACIANI, 2014, pág. 61)
Nessa perspectiva ensinar exige alegria e esperança - Esperança de que professor e alunos
juntos podem aprender, ensinar, inquietar-se, produzir e também resistir aos obstáculos à
alegria. O homem é um ser naturalmente esperançoso. A esperança crítica é indispensável
à experiência histórica que só acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não
determinado, mas que pode ser mudado (FREIRE, 1996, pág. 72). Conforme Caliman
(2010) a escola atualmente assume funções sociais que na verdade seriam próprias da
família e da sociedade. A ela atribui-se não somente os processos de ensino-
aprendizagem, mas, de forma mais presente, delega-se a solução de grande parte dos
problemas sociais dos alunos. Alguns sentimentos e resultados são expressos na fala de
uma aluna, após a realização de uma das etapas dos Jogos do Instituto Federal do Espírito
Santo: “Não vencemos, não teríamos mais jogos, mas fizemos tudo o que estava ao nosso
alcance, como time e na torcida. Aprendemos a ser fortes juntos, a superar juntos, viramos
uma equipe, vivemos amizades incríveis e fizemos coisas inesquecíveis. Até mesmo eu,
mera relatora, me senti acolhida e útil, ao escrever aqui tudo o que se passou, mas não tive
nem nunca terei a habilidade de dizer o que sentimos”. (ALUNA DO 2º ANO, ENSINO
TÉCNICO INTEGRADO, 2013). Continua a aluna em seus relatos: “Flashes das últimas
fotos por todos os lados, risos, brincadeiras e muita conversa não faltou. Tiramos uma foto
de todos os participantes e tudo, sem dúvida, ficará gravado em nossas memórias e
corações”. (ALUNA DO 2º ANO, ENSINO MÉDIO INTEGRADO, 2013). Podemos perceber
no relato da aluna que o lúdico é um elemento presente na vida da criança, mas para que
a sua expressão máxima se manifeste - o jogo – é preciso que haja suspensão da obrigação
e do constrangimento e que sejam viabilizados espaços e tempo para o seu
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CONCLUSÃO: Acredito que os estudos sobre uma prática reflexiva podem contribuir muito
para o debate na área da Educação Física e seria um grande avanço incorporar em nossos
projetos político-pedagógicos mecanismos que possibilitem a construção de uma prática
profissional que incorpore em seu cotidiano os processos reflexivos, de crítica, de análise
da realidade e um dialogo permanente com a pedagogia social comprometido com projetos
educacionais de superação e de mudança. Conclui-se que é possível, pensando na
formação dos alunos, estabelecer o diálogo entre o ensino técnico integrado e a pedagogia
social.
REFERÊNCIAS
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
590
GRACIANI, MARIA STELA SANTOS. Pedagogia social. - 1.ed. - São Paulo: Cortez, 2014.
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591
METODOLOGIA: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para Pesquisa com Seres
Humanos de universidade pública no Brasil (Processo 125/08). Os participantes foram
escolhidos de forma intencional. Participaram 34 jogadores de futsal de Santa Catarina,
pertencentes a duas equipes na categoria sub-13 e duas equipes na categoria sub-15, bem
como 4 treinadores responsáveis pelas equipes correspondentes. Foi utilizado o os testes
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592
elemento
Aprimorar o gesto 595,00 573,75 571,25 597,50
técnico/ 2 ou mais (540,28) (381,47) (394,13) (325,34)
elementos
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594
desenvolvidas nos treinos que mais tempo ocupam nas sessões, destaca-se o treino sobre
o jogo na sua concepção institucionalizada, seguido do treino técnico-tático. Verificou-se
que na categoria sub-13 prevaleceu a fundamentação técnica, por outro lado, na categoria
sub-15, o treinador priorizou a formação técnico-tática, através de atividades de complexo
de jogo I. Isso pode revelar uma tendência da formação técnico-tática, em detrimento da
formação técnica, na transição da categoria sub-13 para a categoria sub-15.
Conclui-se que os aspectos técnico-taticos se mostram prioritários nas propostas dos
treinadores investigados mostrando tendência no maior envolvimento desses componentes
na preparação para a temporada esportiva. Dessa forma, a abrangência e a profundidade
com que os dados foram tratados nesta investigação revelaram aspectos importantes no
âmbito da Pedagogia do Esporte, predominando ações mecanizadas em detrimento da
compreensão do jogo.
REFERÊNCIAS:
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595
RESUMO: O Sesc é uma Instituição de caráter privado, cuja missão é promover o bem-
estar social e a melhoria da qualidade de vida de seu público prioritário e de toda a
coletividade. Para tanto desenvolve ações em variadas áreas, entre elas a esportiva. Assim
sendo, lança em 2012 o Programa Sesc de Esporte que atende diferentes faixas etárias.
O Programa Sesc Jovem conta com participantes divididos em 2 módulos: 11 e 12 e 13 a
15 anos. No 1, busca-se a “aprendizagem diversificada de modalidades esportivas”; no 2,
a “automatização e refinamento da aprendizagem dos conteúdos das fases anteriores,
buscando a fixação em uma só modalidade esportiva”. Baseado nessa metodologia o
Programa tem como objetivo geral possibilitar aos jovens a prática sistematizada de
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A partir das colocações feitas até aqui, descreveremos como o Sesc São Paulo
entende a prática do Esporte para jovens da faixa etária dos 11 aos 15 anos de idade.
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referidos autores, o aprendizado das práticas esportivas para crianças e adolescentes deve
respeitar as fases de desenvolvimento humano e a atividade motora aplicada a este público.
Assim, dentro do programa Sesc Jovem, a etapa de iniciação dos esportes é um
período que abrange desde o momento em que as crianças iniciam-se nos esportes até a
decisão por praticarem uma modalidade específica. Desta maneira, os conteúdos devem
ser ensinados respeitando-se cada fase do desenvolvimento dos jovens. Sendo assim,
optou-se por dividir essa etapa de iniciação esportiva em 2 fases (ou Módulos), sendo que
cada fase possui objetivos específicos que posteriormente serão apresentados.
No Módulo 1 (11 e 12 anos de idade), a fase de iniciação esportiva é marcada por
oportunizar aos jovens à aprendizagem de várias modalidades esportivas.
Em conformidade com essa idéia, encontra-se os estudos de Paes (1989) que ressalta que
nesse período, deve proporcionar ao participante o conhecimento de diferentes
modalidades, devendo sua prática ser organizada em decorrência a um tempo pedagógico
adequado, respeitando as características da faixa etária do aluno, bem como da fase de
ensino da qual o aluno faz parte.
O referido autor ainda, assinala essa fase como generalizada, na qual pretende-se
a aquisição das condições básicas de jogo ao lado de um desenvolvimento psicomotor
integral, possibilitando a execução de tarefas mais complexas.
De acordo com a literatura, os iniciantes devem participar de jogos e exercícios, advindos
dos esportes específicos e de outros, que auxiliem a melhorar sua base multilateral e no
preparo com a base diversificada para o esporte escolhido. As competições devem ter
caráter participativo e podem ser estruturadas para reforçar o desenvolvimento das
capacidades coordenativas e das destrezas, melhorando a técnica do movimento
competitivo, vivenciando formações táticas simples. Deve-se buscar, a aprendizagem
diversificada e motivacional, visando ao desenvolvimento geral. Essa fase se confere muita
importância à auto-imagem, socialização e valorização, por intermédio dos princípios
educativos na aprendizagem dos jogos coletivos (Paes, 2001).
No Módulo 2 (13 a 15 anos), a fase de iniciação esportiva é marcada por oportunizar
aos jovens à escolha da prática de uma única modalidade esportiva.
Para Paes (2001), nessa fase o jovem procura por si só, a prática de uma ou mais
modalidades esportivas por gosto, prazer, aplicação voluntária e pelo sucesso obtido nas
fases anteriores. Neste sentido, os atributos pessoais parecem ser fundamentais para o
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601
Uma última questão que orienta a construção conceitual do Programa SESC Jovem,
aponta para uma discussão da pedagogia da iniciação esportiva, destacando a importância
de se dar ao Esporte um “tratamento educativo”.
Uma forma muita utilizada, por ações de iniciação esportiva, é aquela que baseia-se
no ensino tendo por parâmetro a prática de equipes de alto rendimento. Tal ação tem se
apresentado com inúmeros pontos discutíveis e muitas vezes tem sido apontados através
da denominação de especialização precoce. Essa, busca de forma equivocada a plenitude
atlética em crianças ainda em formação, privilegia a competição exacerbada, definição
precoce do esporte a ser praticado, a especialização esportiva precoce, a pressão
psicológica exercida pelos pais e técnicos e a singularidade dos treinos ou aulas limitando
um desenvolvimento que deveria ser o mais amplo possível (PAES, MONTAGNER E
FERREIRA, 2009)
Uma pedagogia do Esporte voltada para o aprendizado do esporte educacional, não
pode ter uma finalidade em si mesma, mas sim ser uma etapa no processo de formação do
participante.
Adotando-se um referencial sócio-educativo, a iniciação esportiva poderá diferenciar
o trabalho com crianças e adolescentes enquanto estivermos pensando num processo de
ensino e aprendizagem na perspectiva de formarmos cidadãos, sem cometermos o
equivoco de darmos ao fenômeno esporte um tratamento singular, restringindo suas
possibilidades à formação de atletas.
Segundo Paes, Montagner e Ferreira (2009) a todo momento devemos refletir na
formação esportiva específica de crianças e adolescentes buscando contribuir na sua
formação enquanto cidadãos. Para esse autor ainda, os educadores devem ter o
conhecimento para avaliar quando, e de que modo atuar com a especialização esportiva,
com o objetivo a longo prazo, visando um homem mais equilibrado e melhor preparado para
o futuro. Além disso, o autor coloca que, a meta é dar a esse homem a oportunidade de ser
um amante do esporte ou um profissional desse esporte, desde que tenha condições
psíquicas, uma preparação física adequada, e um apoio financeiro; como amante do
esporte, deve ter adquirido boas experiências, aumentando o seu acervo motor e guardado
boas recordações de convívio com outros indivíduos; dessa forma, terá obtido uma
contribuição da prática esportiva que incorporou à sua vida.
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Diante do exposto O Programa Sesc Jovem tem como “Objetivo Geral”: possibilitar
aos jovens a prática sistematizada de modalidades esportivas efetivadas através de
procedimentos pedagógicos que potencializem as possibilidades educacionais e formativas
do Esporte.
E como “Objetivo Específico”: possibilitar a adoção de procedimentos pedagógicos
adequados para processos de ensino, vivência e aprendizagem de modalidades esportivas.
MÉTODOS: A partir das colocações anteriores, descreveremos a seguir como é a
metodologia de aplicação do “Programa Sesc Jovem”.
Como mencionado, o Programa atende jovens da faixa etária dos 11 aos 15 anos de idade,
divididos em 2 módulos (grupos): o Módulo 1 (11 e 12 anos) e o Módulo 2 (13 a 15 anos).
No Módulo 1, busca-se a “aprendizagem diversificada de modalidades esportivas,
dentro de suas particularidades”.
Assim sendo, o jovem irá participar de Modalidades Esportivas Básicas; Modalidade
Esportiva Complementar e Modalidades Esportivas Adicionais.
Para que a aprendizagem diversificada de modalidades esportivas seja
proporcionada ao participante, ocorre um “rodízio” entre as atividades, permitindo a
realização de modalidades Básicas, a Complementar e as Adicionais e no decorrer do
processo denominado de “ciclo” e que tem a duração de 6 semanas. Tal ação visa
possibilitar a adoção de uma ação processual na transição entre o Esporte Criança e o
momento de escolha de uma modalidade específica (Módulo 2), que será descrita
posteriormenter.
Nas “Modalidades Esportivas Básicas”, são oferecidas quatro (4) modalidades
escolhidas pelas Unidade Operacionais do Sesc. Essas são preferencialmente coletivas,
estabelecidas a partir de estudos referentes à demanda, características de espaço
físico/esportivo e perfil dos professores. Ainda que apresentam uma maior visibilidade junto
ao público alvo e apresentam maior potencial para atendimento por parte das Unidades.
Tais modalidades esportivas, representam a maior carga horária / tempo de prática, ou seja,
4h por ciclo (16h total). Tal ação objetiva garantir a transição entre as fases anteriores e
posteriores do Programa (como mencionado anteriormente). Exemplos de atividades
desenvolvidas nas Unidades: Handebol, Basquete, Futsal, Voleibol, Natação, Tênis de
Campo.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
603
Quanto a “periodicidade e duração” das atividades, essas acontecem por duas vezes
na semana e por 2 horas por turma. O “número de participantes” x “professores” é de até
30 participantes por grupo/turma e conta com 1 professor por grupo/turma. A “inscrição”
para participação no Programa é anual, sendo que o jovem se matricula no módulo,
escolhendo a turma (terça e quinta ou quarta e sexta);
No Módulo 2, objetiva-se a “automatização e refinamento da aprendizagem dos
conteúdos das fases anteriores, buscando a fixação em uma só modalidade esportiva”.
Para tanto, o jovem irá participar de “Modalidades Esportivas Eletivas”. Essas são
escolhidas pelo participante de acordo com a oferta de cada Unidade e são estabelecidas
a partir de estudos referentes à demanda, características de espaço físico/esportivo e perfil
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604
dos professores. Alguns exemplos são: Handebol, Vôlei, Basquete, Futsal / Natação, Tênis
de Campo / Badminton, Futevôlei, Peteca, Tênis de Mesa / Modalidades Paraolímpicas /
Esportes Diferenciados.
Quanto a “periodicidade e duração” das atividades, essas acontecem por duas vezes
na semana e por 2 horas por turma. O “número de participantes” x “professores” é de até
30 participantes por grupo/turma e conta com 1 professor por grupo/turma. A “inscrição”
para participação no programa é anual, sendo que o jovem se matricula escolhendo a
modalidade específica.
Ainda, em acordo com os autores citados anteriormente, a participação do jovem no
Programa deve prever a realização de competições esportivas, com as seguintes
características: Módulo 1 (11 e 12 anos) - “prever a realização de jogos, festivais internos
ou com equipes/instituições convidadas”; Módulo 2 (13 a 15 anos) - prever a realização de
jogos, festivais internos, locais e preferencialmente encontros entre os Programas similares
das diversas Unidades do Sesc.
Também baseado nos autores citados anteriormente, o Programa busca como
Estratégias Pedagógicas, “diversificar as estratégias de ensino sendo”, a saber: jogo formal;
jogo reduzido; jogos pré-desportivos; situações de jogo; brincadeiras; exercícios
sincronizados e exercícios Analíticos (em menor escala). (PAES e BALBINO, 2005). Ainda
buscam priorizar, no processo pedagógico, a utilização do jogo e de situações problemas
por entender que essas apresentam como ganhos adicionais:possibilitam adaptações;
envolvem o pensar e o agir; a autonomia, a criatividade, a diversificação e a ludicidade.
(PAES e BALBINO, 2005).
Nesse mesmo sentido, a efetivação do programa prevê a realização de “Reunião de
Pais” (no início das atividades no ano e preferencialmente semestrais). Tal ação visa alinhar
o conhecimento, as expectativas e a apresentação/discussão da avaliação do Programa/e
participante. Nesse mesmo sentido, ocorre ainda a partir de uma reflexão sobre as
possíveis articulações entre o ensino do Esporte e os Temas Transversais, a - Participação
dos jovens em atividades como Campanhas de Higiene e Saúde Bucal, Dia Mundial de
Combate da Aids e Virada Inclusiva (exemplos de ações cotidianamente desenvolvidas nas
Unidades do Sesc São Paulo).
O Programa também entende ser necessário a realização de um “Acompanhamento
Longitudinal” (avaliação) dos participantes. Assim objetivando a obtenção de dados da
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METODOLOGIA: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para Pesquisa com Seres
Humanos de universidade pública no Brasil (Processo 125/08). Os participantes foram
escolhidos de forma intencional. Participaram 34 jogadores de futsal de Santa Catarina,
pertencentes a duas equipes na categoria sub-13 e duas equipes na categoria sub-15, bem
como 4 treinadores responsáveis pelas equipes correspondentes. Foi utilizado o os testes
de t pareado e o teste t para amostras independentes afim de identificar a existência de
diferenças significativas entre os períodos preparatório (pré-teste) e competitivo (pós-teste)
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das equipes, assim como entre as categorias sub-13 e sub-15. Os dados foram e
analisados no programa Statitiscal Package for the Social Science (SPSS) 17.0. O nível de
significância utilizado foi de 5%.
elemento
Aprimorar o gesto 595,00 573,75 571,25 597,50
técnico/ 2 ou mais (540,28) (381,47) (394,13) (325,34)
elementos
Jogo – – – –
reduzido
Jogo formal 1121,25 883,75 955,42 1049,58
(663,31) (727,94) (686,34) (723,25)
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12
Disponível em: <www.icce.ws>. Acesso em: 20 de setembro de 2015.
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MÉTODOS: Optou-se pela pesquisa qualitativa, estudo descritivo, por ser uma abordagem
que estuda os fenômenos em seus cenários naturais descrevendo-os, bem como busca
interpretá-los tomando por base os significados que as pessoas lhes conferem, tendo na
técnica da narrativa de vida, na perspectiva etnossociológica (BERTAUX, 2010). Neste
percurso, inicialmente, esta investigação foi aprovada junto ao Comitê de Ética em
Pesquisa (CAAE – nº 11226312.0.0000.5404) e, posteriormente, desenvolvida com o
consentimento dos treinadores. Participaram 13 treinadores de basquetebol (T1 a T13)
vinculados a formação de jovens atletas, tendo sido selecionados por sua expertise e
disponibilidade em participar. As idades dos treinadores oscilaram de 23 anos a 48 anos.
Dos 13 participantes, três eram do sexo feminino e 10 do sexo masculino. O menos
experiente estava há dois anos na ocupação, enquanto que o mais experiente estava a 23
anos como treinador. Desse grupo, cinco treinadores eram diplomados em licenciatura e
bacharelado e oito em licenciatura plena. A maioria (12) em instituições particulares de
ensino. Em relação à formação continuada, todos relataram ter participado de pelos menos
uma clínica de formação de treinadores; seis já participaram de cursos da Escola Nacional
de Treinadores (ENTB) e cinco realizaram especialização (lato sensu). Em relação à análise
dos dados, Bertaux (2010) sugere quatro fases: (1) transcrição das entrevistas; (2)
reconstrução da estrutura diacrônica das narrativas e reconstituição dos grupos de
coabitação presentes nas narrativas; (3) análise compreensiva; (4) análise comparativa.
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Resumo: O objetivo deste estudo foi descrever a trajetória de formação dos treinadores do
futebol profissional goiano. A pesquisa caracteriza-se como de campo, de caráter descritivo
e exploratório. Para análise dos dados utilizamos a análise descritiva e os resultados foram
apresentados por porcentagem de frequência de respostas. Utilizou-se um questionário
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INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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ribeiro.rene@outllok.com
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Resumo: O objetivo do estudo foi investigar na literatura fontes que pudessem sustentar a
aprendizagem tática-técnica do tênis de mesa por meio do modelo de jogo, no qual o aluno
terá tarefas de treino no ensino-treino do saque do tênis de mesa, considerando a
imprevisibilidade da modalidade e a necessidade do jogador de aprender a observar o jogo
e solucionar problemas. Desse modo foi proposto um jogo e suas variações com base na
literatura como Fei et al (2010), Lanzoni et al(2013) e Muelling et al (2014). É possível
concluir que há poucas iniciativas que propõe tarefas de treino a partir de evidências
científicas, em especial que apliquem resultados de análise de jogo nesse processo. Sendo
assim, o presente estudo abordou o ensino-treino de habilidades táticas focadas no saque
do tênis de mesa.
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MÉTODOS
Realizamos uma busca de artigos científicos de análise de jogos de tênis de mesa nas
bases do Pubmed, Web of Science e junto a Federação Internacional de Tênis de Mesa
(ITTF) para elaboração de tarefas de treino da modalidade.
As investigações encontradas analisaram jogadores classificados dentre os 20 melhores
do mundo em campeonatos oficiais da ITTF (Lanzoni et al., 2013), o campeão do
campeonato Niigata University Table Tennis Club (Fei et al., 2010) bem como jogadores
iniciantes e avançados avaliados em ambiente laboratorial (Muelling et al, 2014).
RESULTADOS
Fei et al. (2010) observaram que 80% dos pontos são finalizados até a quarta bola. Assim,
aquele que tem o poder de saque acaba tendo vantagem, pois consegue planejar
estrategicamente que tipo de efeito imprimir, o local da mesa que irá direcionar o saque e
assim aplicar seu estilo de jogo antes do seu adversário.
Já o estudo de Lanzoni et al (2013) evidenciou que existem regiões mais vantajosas para
realizar o saque, como a área próxima a rede no meio da mesa (Posição 2 exemplificada
na Figura 1), dificultando o adversário realizar o contra-ataque e dando a oportunidade de
quem realizou o saque a atacar a terceira bola para obtenção do ponto. Além disso, outras
posições na mesa são vantajosas para realização do saque, como as áreas próximas da
rede e localizadas mais centralmente na mesa do lado que o adversário realiza o golpe de
backhand (Posições 1 e 4 para jogadores destros ou Posições 3 e 6 para jogadores
canhotos exemplificadas na Figura 1).
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3 2 1
1 2 3
4 5 6
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A partir disso, propomos um jogo para o ensino-treino do saque contendo três variações.
As regras foram similares a um jogo oficial, tendo a contagem de pontos alterada para
alcançar os objetivos propostos nas variações dos jogos.
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Conclusão
O ensino-treino a partir de metodologias pautadas no jogo vem sendo debatida há décadas
nos Jogos Esportivos. No entanto, ainda são tímidas as iniciativas que propõe tarefas de
treino a partir de evidências científicas, em especial que apliquem resultados de análise de
jogo nesse processo. Sendo assim, o presente estudo abordou essa lacuna da literatura,
particularmente no que diz respeito ao ensino-treino de habilidades táticas focadas no
saque do tênis de mesa. Nessa mesma perspectiva, futuras investigações poderão
contribuir propondo jogos que envolvam outros componentes tático-técnicos da referida
modalidade esportiva.
Referências
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marcusmaringa@gmail.com
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uma ficha de identificação e a Escala de Liderança no Desporto (LSS). Para análise dos
dados foram utilizados os testes Kolmogorov-Smirnov, “U” de Mann-Whitney, Wilcoxon,
ANOVA de Medidas Repetidas com Post-Hoc de Bonferroni e o d de Cohen, adotando-se
p<0,05. Os resultados não apontaram diferença significativa na percepção de liderança por
técnicos e atletas; a autopercepção do técnico diferiu da preferência das atletas para o
comportamento autocrático (p<0,05); a preferência das atletas se diferiu de sua percepção
para as subescalas reforço, autocrático e democrático; os resultados indicam ainda uma
preferência das atletas pelos estilos de reforço (Md=4,80), treino-instrução (Md=4,22) e
suporte social (Md=3,81). Conclui-se que a autopercepção dos técnicos se aproxima da
percepção das atletas, sendo que as atletas têm preferencias por comportamentos de
reforço e treino-instrução, esses resultados contribuem para o trabalho de técnicos e
psicólogos com atletas de ginástica rítmica, identificando comportamentos que possam
favorecer o desempenho das mesmas.
Palavras-chave: liderança; ginástica rítmica; treinador.
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temporariamente de suas funções laborais no esporte como uma demissão não deve ser
entendido como abandono da carreira esportiva (CERVELLÓ; ESCARTI; GUZMÁN, 2007).
A consequência do abandono da carreira esportiva para o treinador vai além da falta
de vontade em prosseguir no esporte. Os motivos que levam ao abandono das atividades
laborais esportivas muitas vezes estão associados a aspectos psicológicos negativos que
desencadeiam a evasão esportiva (CERVELLÓ; ESCARTI; GUZMÁN, 2007; GARCIA-
DANTAS; GONZALEZ; GONZALEZ, 2014). Na literatura esportiva, até o presente
momento, não foram encontradas evidências científicas sobre os motivos que levariam
treinadores de futebol de categorias de base a abandonarem a profissão.
Dessa maneira, compreender os motivos que levariam treinadores de futebol de
categorias de base ao abandono da carreira esportiva, fornecerá indicadores para que
dirigentes, psicólogos do esporte e os próprios treinadores possam elaborar estratégias que
controlem e previnam os fatores que levaria o treinador ao abandono da profissão. Portanto,
o presente estudo tem como objetivo identificar os motivos que levariam treinadores
brasileiros de futebol de categorias de base a abandonarem a carreira esportiva.
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coletas foram realizadas pelo mesmo pesquisador. Para análise dos dados, inicialmente
realizou-se uma análise descritiva (média e desvio padrão) das variáveis idade e tempo de
prática assim como a distribuição de frequência para as variáveis relacionadas ao
abandono da carreira. As respostas dos treinadores quanto aos motivos que os levariam
ao abandono da carreira esportiva foram categorizados qualitativamente.
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Rúben Gomes/CIFI2D-FADEUP
Cláudio Farias/CIFI2D-FADEUP
Michel Milistetd DAEFI-UTFPR
Isabel Mesquita/CIFI2D-FADEUP
ruben7gomes@hotmail.com
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo examinar o modo como a participação numa
comunidade de prática permitiu aos treinadores estagiários desenvolverem o seu
conhecimento relativamente às abordagens de ensino. Pretendeu-se analisar o modo como
desenvolviam o processo de ensino-aprendizagem, nomeadamente em relação ao
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INTRODUÇÃO
A investigação no âmbito do coaching nos desportos13 tem vindo a reconhecer a atividade
do treinador como complexa e dinâmica (CHESTERFIELD, POTRAC, e JONES, 2010).
Contudo, nos programas de formação de treinadores contínua a prevalecer a abordagem
de ensino autocrática, expositiva e diretiva, onde a atividade do treinador é vista de forma
simplista (MESQUITA et al., 2015). Estas abordagens, ao privilegiarem a transmissão de
conteúdos, induzem os treinadores a adquirir um leque de conhecimento estandardizados
e pré-estabelecidos, negligenciando as necessidades reais da prática (CUSHION et al.,
2010). Este aspeto, juntamente com a cultura dominante do coaching, que reitera o
treinador como um líder instrucional referenciado a um modelo de Instrução Direta
(METZLER, 2011), promove a utilização de uma abordagem centrada no treinador
(MARTENS, 2004). Deste modo, o treinador assume total protagonismo na condução do
processo ensino-aprendizagem, desencorajando o papel ativo do atleta na resolução dos
problemas práticos e, limitando-o assim, à reprodução do conhecimento (KIDMAN, 2005).
13 Coaching refere-se a toda a atividade do treinador, possuindo um vínculo essencialmente pedagógico e social.
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Contudo, nos últimos anos, investigação tem vindo a destacar a necessidade dos
professores recorrerem a uma abordagem mais centrada nos alunos (DYSON, 2014). Do
mesmo modo, e em especial nos Jogos Desportivos Coletivos, atendendo à natureza tático
do jogo, tem sido reclamada também a utilização de uma abordagem centrada no atleta,
por conferir uma maior proatividade, autonomia e comprometimento com a aprendizagem
(MESQUITA et al., 2015).
Um dos pilares fundamentais para a maior eficácia na utilização de abordagens centradas
no aluno/atleta, é o domínio do conhecimento pedagógico do conteúdo (CPC) que o
professor/treinador deve dominar para poder tratar didaticamente o conteúdo da aula/treino
(SHULMAN, 1986). WARD (2012) defeniu o CPC como “a focal point, a locus, defined as
such as an event in time (and therefore specific contextually) where teachers make
decisions in terms of content based on their understandings of a number of knowledge
bases (e.g., pedagogy, learning, motor development, students, contexts, and curriculum) (p.
7)”.
Nos últimos anos, tem sido referido que um recurso fundamental para o desenvolvimento
do conhecimento do treinador assenta na aprendizagem situada, uma vez que a otimização
da aprendizagem pela interação permite integrar e relacionar o conhecimento e
experiências prévias com os problemas e dilemas em debate (SCHÖN, 1983). Do mesmo
modo, a participação em Comunidades de Prática (CoPs), por estimularem a interação
entre os participantes, têm sido destacada como um meio para desenvolver o
conhecimento, nomeadamente na formação de treinadores (JONES, MORGAN, e HARRIS,
2012). WENGER, McDERMOTT e SNYDER (2002) definem uma CoP como “a group of
people who share a common concern, set of problems, or a passion about a topic and who
deepen their knowledge and expertise in the area by interacting on an going basis” (p. 4).
Adicionalmente, o papel do facilitador no sucesso da CoP, tem sido referido como
fundamental, uma vez que ajuda os participantes a refletir criticamente sobre a
compreensão da sua atividade (WENGER et al, 2012).
Consequentemente, o objetivo do presente estudo foi examinar o modo como a participação
numa CoP gerida por um facilitador, permitiu aos treinadores estagiários desenvolverem o
seu conhecimento relativamente às abordagens de ensino, nomeadamente o CPC.
METODOLOGIA
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RESULTADOS
A Preponderância das Abordagens de Treino Centradas no Treinador
Na parte inicial do estágio profissional, os TE foram confrontados com a cultura do clube,
onde havia a necessidade de obtenção de resultados, o que condicionou o espaço dado
para o desenvolvimento da criatividade e autonomia nos atletas:
Roberto: “Alguns clubes preferem ganhar em vez de formar bons jogadores ou em
vez de colocar a equipa a jogar bem.” (Entrevista de grupo focal nº 1).
Para além disso, o limitado CPC conduziu a uma atuação mais prescritiva e orientada para
a mecanização dos atletas.
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Manuel: “Nós sabemos que temos que repetir muitas vezes aquele exercício…ou
seja, estimular muitas vezes a aprendizagem para ele aprender. Sabemos que não
é uma vez ou duas vezes, sabemos que ai a repetição é fundamental…” (Entrevista
de grupo focal nº 2).
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CONCLUSÃO
O presente estudo destaca a importância do debate, da partilha e da reflexão dos TE numa
CoP, no sentido de promover uma melhoria na compreensão das abordagens de treino
utilizadas. A presença do facilitador assumiu um papel fundamental no processo de
participação dos TE na CoP, contribuindo como catalisador para o desenvolvimento do
CPC. Deste modo, ficou evidente que a aprendizagem colaborativa pode desempenhar um
papel importante no processo de formação dos treinadores, sobretudo pela possibilidade
de refletir conjuntamente sobre a melhor opção para proporcionar aprendizagens
significativas aos atletas.
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646
RESUMO: O feedback é uma estratégia importante utilizada pelo técnico durante os jogos
esportivo coletivos, objetivando melhorar o desempenho de sua equipe. Desta maneira, o
presente trabalho tem como objetivo estudar a utilização do feedback pelos
professores/técnicos durante os jogos de futsal em competições escolares.
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Os resultados mostram que o reforço é feedback mais utilizado pelos professores técnicos
ao longo dos jogos, seguido pela utilização de informações e por fim da função
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649
REFERÊNCIAS:
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650
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
651
INTRODUÇÃO
De acordo com a lei número 8.650 de 20 de abril de 1993, em seu artigo 3º, que trata
sobre a profissão de treinador profissional de futebol, está assegurado, preferencialmente
tal exercício, aos portadores de diploma em Educação Física, e aos profissionais que, até
a data do início da vigência desta Lei, hajam, comprovadamente, exercido cargos ou
funções de treinador de futebol por prazo não inferior a seis meses, como empregado ou
autônomo, em clubes ou associações filiadas às Ligas ou Federações, em todo o território
nacional (BRASIL, 1993), ou seja, neste caso, a formação acadêmica não é obrigatória.
No entanto, a formação destes treinadores vem sendo questionada, primeiro pela
abrangência dos cursos de bacharelado (MILISTETD et al., 2014), segundo e não menos
importante, pela permissividade da lei. Neste momento surge um questionamento que
parece de fato bastante importante: será que os treinadores de futebol profissional têm uma
formação adequada para o exercício da profissão? Pois hoje, reconhece-se que no esporte
de elite, a busca pelos melhores resultados exige excelência na preparação de atletas
(MILISTETD et al., no prelo).
A literatura tem mostrado que os cursos de formação de treinadores, oferecidos em
curtos espaços de tempo, não tem sido suficientes para prepará-los adequadamente
(TRUDEL, CULVER & WERTHNER, 2013), e, além disso, há uma tendência entre os
estudiosos das atividades dos treinadores (WERTHNER & TRUDEL, 2006; CALLARY,
2012; WERTHNER, CULVER & TRUDEL, 2012; TRUDEL, CULVER & WERTHNER, 2013;
DEEK et al, 2013) em considerar a formação destes, a partir de um olhar de formação ao
longo da vida (JARVIS, 2006).
Entendendo que existem várias oportunidades de aprendizagem, como a vivência
prática, a troca de informações com outros treinadores e a observação de colegas
(MILISTETD et al, no prelo), que os treinadores devam se envolver na maior quantidade
possível de oportunidades de aprendizagem, sejam elas formais, não formais ou informais
(TRUDEL, CULVER & WERTHNER, 2013), e que a orientação de um treinador eficaz
parece essencial para o alcance de sucesso por parte dos atletas (KOH, MALLET & WANG,
2013), o objetivo deste estudo foi investigar a formação e a forma de atualização dos
treinadores profissionais de futebol da 2ª divisão gaúcha.
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652
MÉTODOS
O estudo caracterizou-se por ser descritivo exploratório. Para a coleta de dados
utilizou-se um questionário estruturado e entrevista. A amostra foi composta pela totalidade
de Técnicos de Futebol dos 13 clubes que participaram da 2ª Divisão do futebol profissional
do estado do Rio Grande do Sul no ano de 2013. A análise dos dados se deu através da
estatística descritiva e análise de conteúdo (BARDIN, 1977).
Vale ressaltar que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal de Pelotas sob número 475.742.
RESULTADOS
Segundo os resultados encontrados, verificou-se que os treinadores possuíam uma
carreira, entendida aqui como o progresso linear através da vida em relação a um tema
específico (CHRISTENSEN, 2014), de 11.3 anos em média (± 7.3 anos), variando de 1 a
22 anos, valores estes que colocam a maioria dos treinadores (10 de 13) na fase de
estabilização proposta por Burden (1990), expressa pelo bom comando das atividades de
ensino e do ambiente, ou ainda no terceiro estágio de desenvolvimento de Bloom (1985
apud MILISTETD et al, no prelo) marcado pelo total comprometimento com a atividade e
pelo desenvolvimento da autonomia no seu próprio desenvolvimento.
Com relação à formação acadêmica dos treinadores envolvidos no estudo, 3
possuíam formação em Educação Física, 6 estavam cursando Educação Física, 1 tinha
formação em Direito e 3 treinadores tinham ensino médio completo. Quando analisados
quanto à formação em cursos específicos para treinadores, 9 possuíam formação e 4 não
tinham frequentado estes cursos específicos. Destes 4 que não possuíam formação
acadêmica em educação física, 1 possuía outra graduação, 1 apenas ensino médio e 2
eram alunos do curso de Educação Física.
Diferentemente do relatado por Fernandes et al. (2013), que “boa parte dos
treinadores brasileiros de elite, na atualidade, acumularam horas de estudo, seja em cursos
de graduação (Educação Física), ou cursos específicos” (p.5), na amostra do estudo, a
minoria dos treinadores estudados (3 de 10) possuía formação formal, e ainda, 4
treinadores não possuíam formação alguma.
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CONCLUSÃO
Segundo os objetivos traçados para o estudo de investigar a formação e a forma de
atualização dos treinadores profissionais de futebol da 2ª divisão gaúcha, conclui-se que,
apesar de os treinadores apresentarem uma carreira estável e comprometida, sua formação
acadêmica em Educação Física é reduzida. Além disso, utilizam enquanto estratégias de
atualização situações não mediadas e não formais.
Sendo assim, apesar de o Brasil legalmente permitir a não formação em Educação
Física a partir da comprovação de experiência anterior, a literatura tem mostrado que será
mais eficaz aquele treinador que combinar conhecimentos profissionais, interpessoais e
intrapessoais e ainda que estes se desenvolvam a partir do aporte a situações de
aprendizagens formais, informais e não-formais.
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both genders were evident in autocratic behaviour. The least preferred leadership style for
males was training and instruction, while for females it was positive feedback. It was
concluded that autocratic behaviour is preferred by futsal players of both genders, albeit that
data were collected during a playoffs phase. Moreover, female players showed a higher
preference for social support behaviours from their coaches.
Keywords: Leadership, Gender, Futsal.
INTRODUCTION
METHODS
Participants
Volunteer participants were selected from the British Universities and Colleges Sports
(BUCS) futsal league. The sample comprised of 20 male (Mage = 21.9 years, SD = 1.8 years)
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and 10 female (Mage = 20.7 years, SD = 2.8 years) futsal players. The males had been
playing futsal for 4.3 years (SD = 4.5 years) and the females for 2.4 years (SD = 2.5 years).
Measures
The Leadership Scale for Sport (LSS) was used to evaluate participants’ preferred
leadership style (CHELLADURAI; SALEH, 1980). This scale measures five dimensions of
leadership: i) democratic behaviour; ii) positive feedback; iii) training and instruction; iv)
social support; and v) autocratic behaviour. There are three versions of the questionnaire
and these assess: i) the athletes’ preference for leader behaviour; ii) the coach’s actual
leadership as perceived by the athlete; and iii) the actual leadership behaviour as self-
reported by the coach. Only the second version of the instrument was used for the purposes
of the present study (CHELLADURAI; SALEH, 1980). This instrument is comprised of 40
items and that are attached to a 5-point Likert scale with the verbal anchors: never (1),
seldom (2), occasionally (3), often (4), and always (5). Chelladurai and Saleh (1980) found
that in four of the five dimensions, the internal consistency coefficient (Cronbach’s α), ranged
from .70 (social support) to .93 (training and instruction). However, the α coefficient for
autocratic behaviour was only .45, which is a distinct weakness of the instrument. The values
for test-retest reliability ranged from .71 (social support) to .82 (democratic behaviour).
Procedures
Coaches were contacted and a meeting scheduled before a training session in order
to administer the questionnaires. A brief explanation of the purpose of the research was
provided to participants and they then completed an informed consent form. The LSS was
administered thereafter, and the first author was on hand the entire time to address any
participant queries.
Data Analysis
Univariate outliers were checked using z scores > 3,29 and the Mahalanobis’s
distance method was used to check for multivariate outliers with p < .001 (TABACHNICK;
FIDELL, 2013). The normality of data was checked using standard skewness and standard
kurtosis within each cell of the analysis. The possible confound of years of practice was
entered into the analysis as a covariate, therefore a oneway, between-subjects MANCOVA
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was applied to LSS subscale scores to test the moderating influence of gender for preferred
leadership behaviour.
RESULTS
Table 1: Descriptive statistics and MANCOVA for the five dimensions of the Leadership
Scale for Sport.
Gender
Preferred leadership
Male Female F ratio (df) p2
Style
M SD M SD
Training and Instruction 1.93 .47 2.09 .30 .66 (1, 27) .024
Democratic Behaviour 2.62 .62 2.38 .24 .89 (1, 27) .032
Autocratic Behaviour 3.12 .60 3.60 .33 3.67 (1, 27) .120
Social Support 2.83 .49 3.27 .43 5.28* (1, 27) .164
Positive Feedback 1.94 .65 1.88 .42 .11 (1, 27) .004
*p < .05.
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The aim of this study was to assess the moderating influence of gender in preferred
leadership style among collegiate futsal players. The research hypothesis was not
supported. The findings tentatively suggest a higher preference in both genders for
autocratic behaviour and do not support the findings of previous research; for example, Terry
and Howe (1984) who reported a preference for training and instruction among both genders
in a collegiate athlete sample. The athletes in the present study were evaluated at the end
of their season and this may have had a bearing on the findings. Turman (2003) found a
trend wherein players shift their preference toward autocratic behaviour late in the season.
In playoffs, where there is particular pressure for positive performance outcomes, a
preference for autocratic behaviour is exhibited by most players (HALLIWELL, 2004).
One limitation was the number of participants sampled for the present study. In our
study, the statistical power values ranged from .06, for positive feedback to .60, for social
support, whereas values of .80 are desirable (TABACHNICK; FIDELL, 2013). Future
researchers should seek to recruit larger samples to ensure an adequate level of statistical
power. The key message for futsal coaches is that players of both genders prefer leaders
who are able to show their authority and have the conviction to take important decisions.
CONCLUSIONS
ACKNOWLEDGEMENTS
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REFERENCES
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Carine Collet
Daiane Cardoso da Silva
Michel Milistetd
Júlio Cesar Schmitt Rocha
Juarez Vieira do Nascimento
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INTRODUÇÃO:
A figura do treinador esportivo constitui-se como o profissional preparado para
conduzir o processo de desenvolvimento esportivo, o qual envolve o trabalho que vai desde
o treinamento até a competição. O treinador assume grandes responsabilidades esportivas
e também sociais carecendo apresentar um caráter ético que se projeta para as ações
futuras dos atletas (MESQUITA, 2000; MOROUÇO, 2004).
Para desempenhar seu papel profissional e social com qualidade e responsabilidade,
o treinador esportivo precisa de conhecimentos acerca de diferentes fatores, os quais irão
conduzir a atuação e a busca pela melhor formação do esportista. Investigações (CÔTÉ;
GILBERT, 2009; GILBERT; CÔTÉ, 2013) tem demonstrado que a base de conhecimentos
para a intervenção do treinador esportivo é sustentada por três elementos centrais:
Conhecimento Profissional (referentes ao contexto, modalidade, ações técnico-táticas,
metodologias de treino etc.), Conhecimento Interpessoal (capacidade de comunicação e
gestão de pessoas) e Conhecimento Intrapessoal (capacidade de autoformação e
desenvolvimento de filosofia de trabalho).
A aquisição dos diferentes tipos de conhecimentos essenciais à atividade do treinador
esportivo são adquiridos ao longo da carreira, no entanto, a preparação formal exerce papel
central no seu desenvolvimento (LEMYRE et al., 2007; WILSON et al., 2010). No Brasil,
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MÉTODOS
O presente estudo caracterizou-se como uma pesquisa de natureza aplicada, do tipo
descritiva, com abordagem quantitativa dos dados. Participaram do estudo 40 professores
de Educação Física Bacharelado das universidades públicas do sul e sudeste do Brasil, os
quais ministravam disciplinas de esportes (futebol, voleibol, ginástica etc.) ou relacionadas
ao treinamento esportivo (pedagogia do esporte, treinamento esportivo etc.). Os
professores foram divididos em dois grupos, um com até 9 anos e outro com 10 ou mais
anos de atuação no ensino superior.
Os dados foram coletados de maneira on line a partir de um questionário adaptado
de Borges (2009), o qual possui questões acerca dos dados demográficos e dos
conhecimentos importantes ao treinador. Os conhecimentos do treinador são subdivididos
em quatro partes: Metodologia do Treino, Competição Esportiva, Gestão Esportiva e
Formação Pessoal e Profissional. As possibilidades de resposta constituem-se de uma
escala do tipo Likert de 1 a 5, determinadas a partir da importância atribuída pelos
professores ao assunto de cada questão.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
A distribuição dos dados relacionados com a importância atribuída pelos professores
aos conhecimentos do treinador (Tabela 1) revelou que houve prevalência nos
conhecimentos acerca da metodologia do treino e competição esportiva, em que a maioria
dos professores apontou o grau máximo de importância (5). Por outro lado, os
conhecimentos dos treinadores relacionados com a gestão esportiva e a formação pessoal
e profissional receberam, em sua maioria, graus intermediários de importância (3).
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CONCLUSÃO
De maneira geral, os dados coletados na presente pesquisa demonstraram que os
professores da formação inicial em Educação Física consideraram “muito importantes” os
diferentes conhecimentos para a formação e atuação do treinador esportivo. Destacaram-
se os conhecimentos relacionados à metodologia do treino e à competição esportiva,
demonstrando grande importância atribuída aos conhecimentos que são necessários ao
dia-a-dia do processo de treinamento. Os conhecimentos sobre gestão esportiva e
formação pessoal e profissional dos treinadores receberam menor grau de importância,
tendo em vista que não correspondem a conhecimentos aplicáveis no cotidiano.
Nesse sentido, os dados levam a interpretar que os professores dos cursos de
formação das universidades investigadas parecem oferecer mais atenção às questões
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REFERÊNCIAS
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668
juliapassero@gmail.com
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De acordo com Pfister (2003), atualmente o esporte ainda pertence ao mundo masculino,
porém as mulheres estão aumentando a sua participação nesse mundo. Uma das formas
de indicação da integração da mulher no esporte é a presença delas em todas as
modalidades esportivas, fazendo com que sua presença seja notada, porém mesmo que
elas sejam praticantes de modalidades tidas como “esportes masculinos” elas ainda são
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parte restritiva principalmente nos países industrializados . Além do papel de atleta, pouco
se sabe da presença de mulheres no cargo de treinadoras olímpicas.
Para Kinijnik (2003), o fortalecimento da inserção das mulheres nos diversos segmentos da
sociedade, especialmente no esporte, foi devido ao movimento feminista das décadas de
60 e 70 nos EUA, que fez com que a ocupação de postos, antes exclusivos dos homens,
tais como treinadora, dirigente, árbitra entre outras, fossem cada vez maior na participação
das mulheres nesses cargos. No entanto pode-se observar que houve uma estagnação
nesse processo. Assim o objetivo do estudo é evidênciar que houve avanços na
participação feminina entre atletas, mas não entre treinadores(as). Os dados sobre atletas
terão caráter geral, enquanto sobre treinadoras será feita uma análise restrita às
modalidades coletivas olímpicas.
14
Disponível em <http://www.olympic.org/olympic-games>; Factsheet Women In The Olympic Movement
Update – May 2014 Disponível em
<http://www.olympic.org/Documents/Reference_documents_Factsheets/Women_in_Olympic_Movement.pdf.
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ATLETAS PARTICIPANTES
DOS JOGOS OLÍMPICOS DE
1896 à 2012
Mulheres
25%
Homens
75%
ATLETAS PARTICIPANTES
DOS JOGOS OLÍMPICOS DE
2000 à 2012
Mulheres
Homens 42%
58%
Modalidade de Esportes
Treinador Principal Sexo
Coletivos
Basquetebol Feminino Luiz Augusto Zanon M
Basquetebol Masculino Rubem Magnano M
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Logo, pode-se afirmar que falta pouco para que haja um equilíbrio em relação à participação
de atletas mulheres e homens nos JO. Por outro lado, observamos que as modalidades
coletivas tiveram inserção tardia nos jogos, mais ainda na categoria feminina. Porém, isso
não significou a incidência de mulheres como treinadoras em equipes brasileiras de
esportes coletivos, que, a considerar a situação atual, não terá nos JO do Rio de Janeiro
em 2016, nenhuma mulher atuando como treinadora principal em seleções brasileiras.
REFERÊNCIAS
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677
CONCLUSÃO: Concluiu-se que os resultados podem ser explicados pela similaridade das
trajetórias de vida dos treinadores, tais como a formação acadêmica e as experiências com
outros treinadores. Em contraponto, os indicadores isolados que surgiram, podem estar
relacionadas ao processo idiossincrático desses profissionais. Sobre os cursos formais
onde ocorrem com maior frequência às situações de aprendizagem mediadas e, portanto,
ações planejadas de ensino-aprendizagem, várias aprendizagens não foram destacadas, o
que nos leva a refletir as suas possíveis lacunas. As situações não-mediadas e internas,
por outro lado, compreenderam um maior número de aprendizagens, provavelmente devido
ao interesse particular dos treinadores nas experiências práticas cotidianas. Desse modo,
as interações entre as situações de aprendizagem, desde a formação inicial com um
suporte mediado e a partir de reflexões críticas por parte dos futuros profissionais, podem
alavancar a qualidade da aprendizagem profissional, bem como dos contextos de prática
nos quais ocorre.
REFERÊNCIAS
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givargas9@gmail.com
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INTRODUÇÃO: Práticas esportivas entre os jovens desde a sua iniciação até o abandono
apresentam diferentes características. Isso faz desse fenômeno cultural da humanidade
uma atividade especial e merecedora de pesquisas em Ciências do Esporte, especialmente
sobre os aspectos psicológicos envolvidos. Nessa perspectiva, o Voleibol, como uma das
manifestações esportivas mais bem sucedidas no Brasil (três títulos olímpicos nos últimos
11 anos), torna-se um dos objetos de investigação “mais cobiçados” dentre as diferentes
modalidades investigadas pelas ciência esportiva. Dentro das possibilidades de pesquisa
sobre a prática do Voleibol, a carreira esportiva é o tema do presente estudo.
Alfermann e Stambulova (2007) definem carreira esportiva como uma prática voluntária e
plurianual de uma atividade esportiva escolhida pelo atleta com o objetivo de alcançar altos
níveis de desempenho em um ou vários eventos esportivos. Essa carreira é composta por
diversas fases desde seu início até o final. Esse final é causa de questionamentos em
diversos estudos (BARA FILHO, 2008; CARMO et al., 2009; COSTA, 2008; DE ROSE JR.,
2002; MOLINERO et al., 2009; WEIMBERG e GOULD, 2001), que ao longo das últimas
décadas, tem sido relacionado a mudança e o abandono da prática esportiva dos atletas
por “não terem capacidades físicas para o esporte”, “desmotivação com a prática”, “relação
negativa com o técnico”, “intensidade dos treinamentos/cansaço”, “pressão dos pais”,
“dificuldades, necessidade de outras atividades” e principalmente a “impossibilidade de
conciliar o esporte com estudo ou trabalho”.
Nota-se também que no Brasil o atleta tem de decidir, ainda na formação esportiva, entre
a carreira profissional no esporte ou a possibilidade de ingressar no ensino superior. O
momento dessa decisão torna a segunda opção mais segura e, portanto mais comum,
principalmente para atletas com menor tempo de prática. Essa formação acontece
precocemente e culmina no abandono também prematuro, uma vez que o modelo
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universitário no Brasil não tem um papel na formação de atletas. Para Tani et al. (2009), na
realidade brasileira, a universidade não é um local privilegiado para a formação de atletas,
mas sim um local de formação profissional e de inovação científica e tecnológica a respeito
do Esporte. No entanto, mesmo que esporadicamente, algumas instituições de ensino
superior proporcionam ao estudante a possibilidade de continuar praticando uma
determinada modalidade esportiva, seja visando a manutenção da saúde ou até mesmo a
formação de equipes para disputar competições universitárias. Em função dessa
oportunidade não considerada pelo atleta ao escolher ingressar na universidade, levanta-
se a seguinte questão: será que para esses universitários, os motivos de abandono são os
mesmos propostos pelos estudos supracitados?
Diante disso, o presente estudo teve como objetivo verificar motivos de abandono por
voleibolistas universitários do sexo masculino, assim como a influência do Tempo de Prática
(TP) na decisão pelo ingresso na universidade.
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Os dados foram analisados através do pacote estatístico SPSS versão 20.0 com nível de
significância estatístico fixado em p ≤ 0,05. Em uma etapa preliminar realizou-se uma
análise para inferir a normalidade dos dados através do teste de Kolmogorov-Smirnov, no
qual verificou anormalidade na distribuição dos dados. Uma análise descritiva de média,
desvio padrão foram feitas no momento inicial. E para correlacionar os motivos de início,
manutenção, mudança e abandono com a idade e o TP, utilizou-se do teste de correlação
não paramétrico de Spearman.
RESULTADOS: O motivo que mais se destacou para ambos foi a impossibilidade de render
o máximo no esporte estando trabalhando ou estudando. Outro motivo para o abandono foi
perceber que não tinha capacidades físicas para o alto nível no Voleibol. (Tabela 1). Na
literatura, autores apresentaram fatores como: “pressão excessiva”, “má relação com o
técnico”, “falta de diversão”, “necessidade de estudar”, “necessidade de trabalhar” e a
“relação com colegas de equipe” preponderantes para a evasão no esporte (BRANDÃO,
2010; COSTA, 2011; VILANI e SAMULSKI apud GARCIA e LEMOS, 2002).(Tabela 1)
Na Tabela 2 vemos que a má relação com o treinador seria motivo para abandonar à
medida que o TP era menor. Dificuldade de conciliar treinamentos e competições com
estudos e trabalho, além do motivo abandonar por não atingir os objetivos desejados foram
mais relevantes para homens com menor TP.
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Masculino
Motivos r p
Treinar fosse incompatível -0,279 0,015*
com o meu Trabalho/Estudo
Se trabalho/estudo não -0,202 0,049*
permitisse render o máximo
ABANDONO
Se não me desse bem com o -0,240 0,037*
treinador
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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crença de autoeficácia docente) a 144 pontos (mais alta crença de autoeficácia docente),
com ponto médio de 84.
A coleta de dados ocorreu ao final do 1° semestre letivo de 2014, de maneira que todos os
estudantes investigados tivessem concluído ou próximo de concluir, pelo menos, um
semestre de estágio obrigatório. Todos os indivíduos assinaram um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi aprovada por um Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos de uma universidade pública brasileira, sob o Parecer
nº 718.173/2014.
As informações obtidas a partir dos instrumentos foram tabuladas e analisadas por meio de
recursos estatísticos descritivos (média e desvio-padrão) e inferenciais (testes de
hipóteses), com auxílio do programa estatístico SPSS Statistics versão 21.0.
Os dados foram submetidos à verificação de normalidade por meio do teste de Kolmogorov
Smirnov. Para encontrar possíveis diferenças entre os alunos com ou sem experiência
esportiva, foram empregados os testes U de Mann Whitney. Destaca-se que na
apresentação dos dados utilizou-se mediana (Md) e o intervalo interquartil (Q1-Q2). Em
todas as análises, o nível de significância adotado foi igual ou superior a 95% (p<0,05).
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dar valor a aprendizagem?” (Q.9). No caso da dimensão Manejo de classe, os valores dos
acadêmicos com experiência esportiva, são superiores àqueles sem estas experiências.
Indicando a possibilidade de que, os estudantes que possuem experiências esportivas
prévias, se percebem mais autoeficazes. Nas questões relacionadas ao manejo de classe,
os acadêmicos atribuíram maior valor médio a “quão bem você pode providenciar desafios
apropriados para os alunos muito capazes” (Q.24) e “quão bem você pode estabelecer
rotinas para manter as atividades acontecendo de forma tranquila” (Q.8).
Utilizando estudo qualitativo com procedimentos de estimulação de memória, Ramos et al.
(2014), investigaram as experiências prévias e crenças sobre o ensino nos esportes de 5
universitários do primeiro ano de graduação em Educação Física. Os resultados indicaram
que as experiências prévias destes sujeitos no contexto esportivo parecem ter fornecido
alguma confiança para realizar atividades de ensino, na modalidade para a qual possuíam
experiência.
Os resultados obtidos na Escala de Autoeficácia Docente, conforme Tabela 1, apontaram
níveis elevados de autoeficácia dos estudantes investigados, dado que corrobora com
outros estudos na área da Educação Física (SILVA, 2005; VENDITTI JR., 2005; IAOCHITE,
2007; SILVA, AZZI, IAOCHITE, 2010; IAOCHITE et al., 2011; IAOCHITE, AZZI, 2012).
REFERÊNCIAS
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(GIL, 2008). Em relação aos procedimentos de coleta de dados optou-se pela entrevista
semiestruturada. A entrevista semiestruturada é um tipo de entrevista que apresenta um
nível de estruturação por meio de temas ou perguntas chaves, em que o entrevistado terá
a oportunidade de transcorrer sobre um determinado assunto livremente, além de permitir
ao pesquisador formular questões não previstas no roteiro inicial, no intuito de aprofundar
as temáticas de interesse da pesquisa (GIL, 2008). Para a análise dos dados recolhidos
utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Grosso modo, Lüdke e André (1986)
denominam a análise de conteúdo como uma etapa imprescindível da pesquisa, em que o
pesquisador deverá se dedicar a construção de um conjunto de categorias descritivas e
interpretativas em estreita relação com o referencial teórico. Os sujeitos participantes foram
seis treinadores de basquetebol, atuantes na formação de jovens atletas, no estado de
Goiás. A média de idade entre os treinadores é de 42 anos, sendo que o treinador mais
jovem tinha 25 anos e o mais experiente 67 anos. Os treinadores têm em média 17 anos
de experiência profissional como treinador, sendo que o menos experiente atuava há dois
anos e o mais experiente há 45 anos. Dos seis treinadores entrevistados cinco concluíram
o curso de Educação Física e um deles ainda estava cursando. A presente pesquisa é parte
integrante de um projeto mais amplo sobre a formação de treinadores aprovado junto ao
Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE – nº 11226312.0.0000.5404) e, posteriormente,
desenvolvida com o consentimento dos treinadores.
RESULTADOS: Diante das análises realizadas foi possível identificar pelo menos sete
fontes distintas de conhecimento que sustentam a formação e o desenvolvimento
profissional dos treinadores pesquisados, quais sejam: a internet, sendo pontuada por cinco
treinadores (T1, T2, T3, T5 e T6), o diálogo com outros treinadores, revelado por quatro
treinadores (T1, T4, T5 e T6), a formação universitária, citada por três treinadores (T3, T4
e T6), a experiência prática do dia-a-dia como treinador, citada por três treinadores (T3, T4
e T5), a experiência como atleta revelada por três treinadores (T1, T5 e T6), cursos
específicos da modalidade ressaltada por dois treinadores (T2 e T4) e, por fim, a atuação
como professor de Educação Física citada por um treinador (T1). Cada uma das fontes
reveladas exerceu um papel específico na formação profissional dos treinadores, o que
pode ser identificado, sobretudo, pelos saberes apropriados a partir de cada fonte. A
internet, uma das fontes de maior frequência na pesquisa, é apontada como uma fonte
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pelos treinadores como uma fonte responsável por transmitir conhecimentos vinculados às
Ciências do Esporte. Nelson, Cushion e Potrac (2006) destacam estas fontes como formais,
uma vez que são oferecidas por instituições educacionais e esportivas, resultando na
certificação dos concluintes. A última fonte constatada na pesquisa foi a experiência como
professor de Educação Física na Educação Básica, de acordo com o treinador este tipo de
experiência é capaz de oferecer noções sobre como estruturar uma aula e uma sequência
didática, além de contribui para a solução das adversidades cotidianas. Esta fonte pode ser
classificada como fonte informal de acordo com Nelson, Cushion e Potrac (2006) por ser
resultado da interação do sujeito com suas vivências cotidianas.
REFERÊNCIAS
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desempenho dos atletas (DECI; RYAN, 1985). Essas evidências têm sido verificadas
principalmente no esporte de alto rendimento, uma vez que é caracterizado pela excessiva
cobrança dos técnicos e dirigentes, bem como dos demais fatores externos
(patrocinadores, mídia, torcida, familiares e dependência econômica) (SONOO; HOSHINO;
VIEIRA, 2008; ROCHA; MARTINS, 2015).
Em se tratando do esporte amador, os estudos realizados podem apresentar
resultados distintos, ao considerar que os atletas não possuem qualquer tipo de
recompensa externa e a sua participação em treinamentos esportivos pode decorrer de
aspectos relacionados à maior satisfação e prazer (LAURENTINO; KREBS; BARROSO,
2009; CASSETTARI; GRAÇA, 2014). Ao consultar a literatura nacional, foram observadas
diversas investigações voltadas à análise da motivação de atletas amadores,
principalmente na modalidade futebol (PAIM, 2001, HIROTA; SCHINDLER; VILLAR, 2006,
ROCHA; MARTINS, 2015), por ser esta modalidade considerada uma das mais populares
no Brasil e no mundo (PAIM, 2001). Contudo, no contexto do voleibol observa-se uma
escassez de estudos que contemplem a temática motivação, sendo esta a lacuna do
presente estudo.
Vale destacar que atualmente o voleibol vem sendo o segundo esporte mais
praticado no Brasil, tanto de forma recreativa quanto profissional, sendo que a forma
recreativa envolve todos os grupos etários (BORGES; LOPES; BENEDETTI, 2014). Diante
de tais considerações, este estudo teve como objetivo analisar o nível de motivação de
atletas da liga amadora de voleibol feminino da cidade de Maringá-PR em função da faixa
etária.
MÉTODO: Fizeram parte do estudo 80 atletas do sexo feminino, com idades entre 16 e 57
anos, participantes da liga amadora de voleibol de Maringá - PR no ano de 2015. Como
instrumento foi utilizada a Escala de Motivação para o Esporte II (SMS II) proposta por
Pelletier et al. (2013) e validada para a população brasileira por Nascimento Junior et al.
(2014). A escala é constituída por 18 questões subdividas em seis subescalas: regulação
intrínseca, regulação integrada, regulação identificada, regulação introjetada, regulação
externa e desmotivação. As respostas estão dispostas em uma escala do tipo Likertde 7
pontos, variando de 1 (não corresponde totalmente) a 7 (corresponde completamente).
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CONCLUSÃO: Por meio dos resultados obtidos pode-se concluir que no contexto do
voleibol feminino amador, a influência dos fatores externos para a prática esportiva é mais
evidente nas atletas mais experientes. Ressalta-se que apesar de a prática do voleibol não
gerar satisfação pessoal e prazer para as atletas mais experientes, por terem apresentado
resultados superiores na Regulação Integrada em comparação às atletas mais jovens, tal
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prática pode trazer mais benefícios que estejam em consonância com os valores pessoais
das atletas acima de 33 anos.
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RESULTADOS:
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A circulação de bola das equipes vem sendo apontada como essencial para o
sucesso no futebol. O objetivo do estudo foi comparar a circulação de bola entre as três
melhores equipes de um campeonato regional de futebol do Brasil. A amostra do estudo foi
composta por 1131 sequências ofensivas realizadas nos sete jogos disputados entre as
três melhores equipes do referido torneio. Para análise da circulação da bola, utilizou-se o
índice de Velocidade de Transmissão da Bola (VTB). O índice da VTB é obtido através do
quociente entre o número de bolas recebidas (NR) e o número de contatos com a bola (Nct)
durante a ação ofensiva (VTB=NR/Nct). Utilizou-se análise descritiva e o teste de
Kolmogorov-Smirnov para verificar a distribuição dos dados. O teste Mann-Whitney foi
utilizado para comparar a VTB entre as equipes (p<0,005). Os resultados demonstraram
que a equipe campeã do torneio obteve VTB significativamente maior do que as demais
(p=0,008 e p<0,001, respectivamente). Conclui-se que a equipe que obteve o melhor
resultado no campeonato apresentou uma circulação de bola mais rápida. Tal fato aumenta
a imprevisibilidade da equipe, o que dificulta a organização do bloco defensivo da equipe
adversária, aumentando assim, a possibilidade de sucesso.
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MÉTODOS
Amostra
A amostra deste estudo foi composta por 1131 sequências ofensivas realizadas em
7 jogos do Campeonato Mineiro de Futebol de 2012 da categoria Profissional, das equipes
Clube Atlético Mineiro (1º colocado), América Futebol Clube (2º colocado) e Cruzeiro
Esporte Clube (3º colocado). Foram consideradas para análise apenas as partidas em que
estas equipes se enfrentaram durante o torneio.
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Os dados foram analisados através de vídeos dos jogos disputados entre as equipes
estudadas. Os vídeos dos jogos foram convertidos para o formato “.mp4” e analisados
através do software de vídeo LongoMatch®.
Material
A análise dos jogos foi realizada utilizando-se um computador portátil MacBook Pro,
modelo MD102BZ/A.
Análise Estatística
RESULTADOS
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Esses resultados demonstram que a equipe campeã do torneio teve uma circulação
de bola significativamente mais rápida do que a equipe vice-campeã (p=0,008) e a terceira
colocada (p<0,001). Percebe-se que não houve diferença significativa na velocidade da
circulação de bola entre vice-campeã e a terceira colocada (p=0,468).
O estudo de Moraes et al. (2014) indicou que a seleção espanhola campeã da Copa
do Mundo FIFA® 2010 teve uma circulação de bola mais rápida nessa competição quando
estavam ganhando as partidas por dois ou mais gols de diferença, comparado a situações
onde a equipe estava perdendo, empatando ou ganhando por apenas um gol. Com isso,
percebe-se uma tendência da equipe que está vencendo a partida transmitir a bola com
uma maior velocidade. A alta velocidade na circulação de bola pode levar a eficácia da
sequência ofensiva, sendo um recurso interessante para desestruturar o bloco defensivo
adversário (DUGRAND, 1989).
Em outro estudo, Acar, et al. (2009) demonstram que sequências ofensivas de curta
duração e com poucos passes têm uma maior velocidade de transmissão da bola. Além
disso, essas sequências resultaram em maior quantidade de gols na Copa do Mundo FIFA ®
2006, o que pode ter levado ao sucesso nas partidas, corroborando com os achados desse
estudo.
De acordo com Santos, et al. (2013), essa circulação de bola em alta velocidade
facilita a ruptura do espaço de jogo efetivo, aumentando as situações de risco próximo ao
gol adversário. Portanto, a circulação de bola mais rápida aumenta a imprevisibilidade da
equipe, o que dificulta a organização do bloco defensivo adversário e aumenta a
possibilidade de sucesso (LEMOINE; JULLIEN, 2008).
CONCLUSÃO
Conclui-se que a equipe que obteve o melhor resultado no Campeonato Mineiro 2012
apresentou uma circulação de bola mais rápida que a equipe vice-campeã e a terceira
colocada. Tal fato torna as ações ofensivas da equipe mais imprevisíveis, o que leva a uma
desorganização do bloco defensivo adversário e aumenta a possibilidade de criar situações
de risco próximo à baliza adversária.
AGRADECIMENTOS
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Este trabalho teve o apoio da SETES-MG através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte,
da FAPEMIG, da CAPES, do CNPQ, da FUNARBE, da Reitoria, Pró-Reitoria de Pesquisa
e Pós-Graduação e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal
de Viçosa.
REFERÊNCIAS
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714
RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar as relações entre a qualidade do
relacionamento treinador-atleta e o nível de motivação de atletas profissionais de futebol.
Participaram do estudo 5 equipes de futebol da região norte e noroeste do estado do
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RELACIONAMENTO Md (Q1-Q3)
TREINADOR-ATLETA
Proximidade 6,75 (6,25-7,00)
Comprometimento 5,67 (5,00-6,33)
Complementariedade 6,25 (6,00-6,87)
ESTILOS REGULATÓRIOS Md (Q1-Q3)
Regulação Integrada 1,67 (1,00 – 2,83)
Regulação externa 3,33 (2,33 – 4,33)
Regulação Introjetada 5,67 (4,67 – 6,33)
Regulação Intrínseca 6,33 (5,33 – 7,00)
Regulação Identificada 6,00 (5,33 – 6,67)
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motivação autônoma dos atletas, maiores são suas percepções em relação a proximidade
e comprometimento com seus treinadores.
Diante dessas conclusões, o estudo pode contribuir para a atuação de treinadores e
psicólogos na modalidade futebol, no sentindo de fornecer uma estrutura organizacional e
social para que seus atletas se sintam motivados e autônomos frente a sua prática
esportiva. Sugere-se para futuras pesquisas a investigação das variáveis aqui analisadas,
em outras modalidades esportivas a fim de ampliar o impacto da pesquisa sobre o
relacionamento treinador-atleta e motivação dos atletas no contexto esportivo.
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souza.daniel.p@gmail.com
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haver diferenças significativas entre os grupos da amostra, assim como foram identificadas
diferenças significativas entre as avaliações feitas para a velocidade do remate com a bola
normal de handebol, saltos unilaterais, torque e potência muscular. Conclui-se que o treino
funcional parece ser uma boa estratégia para jogadoras de diferentes níveis, na melhora
de alguns indicadores de performance, assim como manutenção destes. Além disto se
mostrou mais “estimulante” para as atletas e possuir fácil e rápida execução apesar de
planejamento não tão simples.
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do ombro bem como a potência deste movimento, para ambos os lados. O programa de
treino funcional teve o formato de circuito, trinta segundos ativos, em alta intensidade,
realizando-se os movimentos propostos, e trinta segundos de intervalo passivo. Foram
realizadas 10 sessões de treino funcional, durante 5 semanas de duração do programa, ou
seja, duas sessões por semana.
Admite-se que este tipo de trabalho seja uma boa estratégia de manutenção, assim como
de obtenção de melhorias em indicadores físicos relacionados com a modalidade em
questão, além de ser uma estratégia relativamente mais acessível financeiramente e
aplicável em contexto desportivo.
REFERÊNCIAS:
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RESUMO
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artigos foram excluídos pelo resumo e 3 artigos foram excluídos à partir dos critérios. Ao
final de todo o processo 41 artigos foram selecionados. Em resumo o Efeito da Idade
Relativa no Futebol foi robusto em: 1) diferentes níveis de rendimento (amador e
profissional); 2) diferentes categorias (base e profissional) e 3) sexos (masculino e
feminino).
INTRODUÇÃO
Sendo assim, o presente estudo tem como objetivos: 1) Verificar o Efeito da Idade
Relativa no Futebol e 2) Verificar o Efeito da Idade Relativa no Futebol diferenciando por
sexo.
MÉTODO
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Scopus, publicados até abril de 2014 e escritos em inglês e português. Os termos usados
para a pesquisa foram: “Relative age effect” AND “Soccer”, “Relative age Effect” AND
“Football”, “Season of birth” AND “Soccer”, ‘Season birth” AND “Football”, “Birth date” AND
“Soccer” e “Birth date” AND “Football”.
Os critérios de inclusão foram: (1) estudos encontrados nas bases de dados que
continham os termos usados para a pesquisa no resumo, no título ou nas palavras-chave;
(2) estudos relacionados ao assunto Efeito da Idade Relativa no Futebol; e (3) artigos
publicados no idioma inglês ou português. Os critérios de exclusão foram: (1) artigos de
conferência, e (2) artigos de revisão.
Inicialmente, foram encontrados 357 artigos. Destes, 217 foram excluídos, pois
estavam repetidos. Após análise dos resumos e títulos 18 artigos foram selecionados.
Como em outra revisão (Cobley et al., 2009) realizada sobre o Efeito Idade Relativa,
"Odds Ratio" (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC) serão calculados. As distribuições
da data de nascimento (por exemplo, número de pessoas no quartil 1) serão comparados
na freqüência esperada , assumindo uma distribuição igual (por exemplo, N = 100 , que
deverá contar quartil = 100 /4 = 25). RevMan Software foi utilizado para comparar eventos
entre primeiro trimestre e o último trimestre. O modelo de efeitos fixos ou efeitos aleatórios
foi utilizado de acordo com o teste de heterogeneidade (I²). Foi considerado
heterogeneidade substancial quando os valores de “p” forem menores que 0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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728
CONCLUSÃO
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MÉTODO: Participaram do estudo 274 atletas, sendo 147 do sexo feminino e 127 do sexo
masculino, com média de idade 22,61 anos±5,48 anos, praticantes de modalidades
coletivas (basquete, futebol, handebol e futsal) nos Jogos Abertos do Paraná 2014.
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atletas e que as expectativas passadas e atuais interferem nas transições para o alto
rendimento (maestria). Ainda, as expectativas futuras estão relacionadas ao final da carreira
esportiva.
Palavras-chave: Atletas. Carreira Esportiva. Desempenho Atlético.
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RESULTADOS: A respeito das crenças dos atletas (Quadro 1) são referentes às demandas
de papeis exigidos socialmente. Os resultados evidenciaram a acentuada identidade
atlética, indicando que os atletas não conseguem pensar em parar de jogar ou ficar fora do
contexto esportivo, o que pode ser visto como um aspecto negativo. Contudo, quando o
atleta se sente realizado profissionalmente, essa influência negativa pode ser amenizada.
Algumas pesquisas indicam que uma identidade exclusivamente baseada no desempenho
esportivo pode dificultar o processo de transição (BRANDÃO et al., 2000) e ainda, ao atleta
com auto-identidade, podem faltar estratégias de enfrentamento para as transições em
outros aspectos da vida cotidiana (WYLLEMAN; LAVALLEE, 2003). Nesse sentido,
Pummell, Harwood e Lavallee (2008) sugerem que jovens atletas deveriam ser incentivados
a uma identidade multidimensional, para minimizar os efeitos negativos no momento da
aposentadoria.
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[...] dizem que o jogador morre duas vezes, quando pára de jogar e
Crenças
quando morre mesmo, todo mundo fala, então eu sou apaixonado pela
minha profissão, mas eu acho que com o passar do tempo você vai se
preparando, porque tu olha o currículo do cara, ganhei tudo
praticamente no futsal [...] hoje posso dizer sou realizado na minha
profissão
No começo(Aeu
6).achava que era mais um sonho dos meus pais [...] (A1).
Expectativas
Passadas
[...] quando você começa a jogar assim, o pessoal falava ah! esse
menino tem futuro, tem jeito com a coisa [...] então isso foi me
[...] todo jogador
motivando (A13). tem um sonho, é chegar numa seleção brasileira [...]
estamos trabalhando pra isso, se esforçando e quem sabe ter uma
oportunidade, iria aproveitar (A13).
Expectativas
Atuais
[...] mas quem somos nós pra decidir esse calendário, o calendário é
a confederação e a federação que têm que discutir e ver qual é a
melhor opção, a liga de repente ser mais curta, mas fazer o quê (A8).
[...] quando eu tiver caminhando para o final da minha carreira eu vejo
o que eu vou querer fazer, queria voltar a estudar (A9).
Expectativas
Futuras [...] Eu quero continuar no esporte assim, meu pensamento é no
esporte [...] o meu pensamento é esse, ser treinador nem que seja na
minha cidade eu quero estar no esporte (A14).
Quadro 1. Crenças e expectativas passadas, atuais e futuras dos atletas do futsal
paranaense participantes da Liga Nacional de 2013.
Em se tratando das expectativas dos atletas, são referentes ao que eles esperam
em cada momento de sua carreira (iniciação, desenvolvimento, maestria). Quanto às
expectativas passadas (Quadro 1), verificou-se que os atletas não esperavam se tornar
jogadores de alto rendimento, mas que foram estimulados pelos pais ou pessoas próximas
que afirmavam seu talento. A expectativa atual (Quadro 1) mais evidenciada foi a de jogar
na seleção brasileira ou ser contratado por uma equipe de nível mais elevado. Outro
aspecto relacionado à expectativa atual dos atletas foi o fato de não concordarem com a
organização e estrutura da Liga Nacional (calendário, estrutura e organização). Todavia, os
atletas afirmaram que não podem mudar essa realidade ou não têm o poder de melhorá-la
por se tratar de uma função de macrossistema (políticas da organização esportiva).
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739
REFERÊNCIAS
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NASTÁS, M. A. Causas e consequências da transição de carreira esportiva: uma revisão
de literatura. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v.8, n.1, p. 49-58, 2000.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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examination of within-career transition in adolescent event riders. Psychology of Sport and
Exercise, v. 9, p. 427-447, 2008.
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joaopauloef@gmail.com
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de corte e em estágios mais atrasados de maturação são avaliados como não talentosos e
preteridos pelos treinadores, deixando de experimentar toda a estrutura de formação e
desenvolvimento oferecida a seus pares biologicamente mais velhos. A tendência é que
esse jovem, sem oportunidades, abandone a prática esportiva. Para Votteler & Höner
(2013), as vantagens maturacionais são, muitas vezes, confundidas com talento esportivo,
reduzindo a eficiência dos programas de desenvolvimento de atletas.
O tênis é um jogo de oposição, no qual não há contato físico. No entanto, envolve corridas
intensas com desacelerações e mudanças de direção, saltos e aterrisagens, golpes e
rebatidas (Píffero & Valentini, 2010). Por não ter duração de tempo pré-estabelecida, exige
muito dos aspectos físicos e psicológicos do jogador (Samulski, 2011), sendo o tenista
bastante cobrado em relação às capacidades físicas força, velocidade, agilidade,
resistência e flexibilidade (Balbinotti et al., 2009) e mentais. Nesse aspecto, o EIR pode
influenciar o desempenho do jovem tenista, pois atletas mais maduros, mais desenvolvidos
física e mentalmente, irão obter vantagens.
Sendo assim, este estudo tem como objetivo verificar a presença do EIR entre jovens
tenistas, dadas as características particulares da modalidade (esporte individual, de
oposição pela rede, sem contato físico) e seu sistema de ranqueamento composto por seis
faixas etárias distintas.
MÉTODO: A amostra desse estudo foi composta por 2.441 sujeitos, todos do sexo
masculino, classificados no ranking de tenistas juniores da ITF de 30 de dezembro de 2013.
Conforme outros estudos sobre o EIR (Albuquerque et al., 2012; Côté et al., 2006), os dados
foram retirados da internet (http://www.itftennis.com/media/163622/163622.pdf) onde
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*p ≤ 0,05; ** Para o subgrupo dos atletas nascidos em 2000, 3 células (100,0%) possuem
frequências esperadas menores que 5.
Os resultados para o total da amostra e para cada um dos subgrupos apontam diferença
significativa entre as frequências observadas e as esperadas. Os valores de χ² apontam
uma distribuição das frequências observadas estatisticamente diferente em relação ao
esperado em todos os grupos onde χ² foi calculado. A Tabela 2 apresenta a odds ratio,
utilizada para avaliar o tamanho de efeito entre os quartis para o total da amostra e para
cada um dos subgrupos.
Os resultados confirmam a presença do EIR entre os tenistas juniores ranqueados pela ITF,
tanto para o total da amostra quanto para os subgrupos “anos de nascimento”. Isso mostra
que os sujeitos relativamente mais velhos levam vantagem ao longo de toda formação,
vantagens estas que irão impactar na distribuição desigual das datas de nascimento
também na fase adulta (Edgar & O’Donoghue, 2005).
Um dos motivos que pode explicar a presença do EIR também nos subgrupos “anos de
nascimento” pode ser a forma de organização dos torneios da ITF. Apesar do ranking
contemplar seis faixas etárias distintas, os torneios promovidos pela federação são
divididos em categorias de dois anos (sub-14, sub-16 e sub-18), em um formato muito
parecido com o de outros esportes onde o EIR também foi detectado. Se todos os
ranqueados, dos 13 aos 18 anos, participassem dos mesmos torneios, é provável que os
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REFERÊNCIAS:
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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*
Maickel Bach Padilha NUPEF-UFV / FADEUP
Guilherme Figueiredo Machado NUPEF-UFV
Israel Teoldo da Costa NUPEF-UFV
maickel.bpadilha@gmail.com
RESUMO: Este estudo teve por objetivo analisar a influência de jogadores curingas sobre
o comportamento tático de jogadores de Futebol em jogos reduzidos e condicionados.
Participaram deste estudo 168 jogadores de Futebol da categoria Sub-17 com um total de
24068 ações táticas avaliadas. O instrumento utilizado foi o Sistema de Avaliação Tática no
Futebol, FUT-SAT. O teste ocorreu em duas configurações distintas, a primeira “sem
curinga” e a segunda “com curingas”. Foi utilizado o teste de Wilcoxon (z) e adotado um
nível de significância de p<0,05. Foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas entre as duas configurações de jogo, sem curinga e com curingas, para a
eficiência do comportamento tático no percentual de erro em fase defensiva e para o
percentual de erro total do jogo. Foi identificado neste estudo que a presença dos jogadores
curingas influenciou a eficiência do comportamento tático durante a fase defensiva e na
totalidade da prática do jogo.
PALAVRAS-CHAVE: Futebol, Tática, Jogos reduzidos e condicionados
treinamentos. Uma das opções que tem sido utilizada por treinadores e amplamente
discutida por investigadores é a utilização dos jogos reduzidos e condicionados durante as
sessões de treino (FORD; YATES; WILLIAMS, 2010; CLEMENTE; MARTINS; MENDES,
2014). Os jogos reduzidos e condicionados permitem oferecer aos jogadores a diversidade
de comportamentos na gestão dos espaços em campo, através de condicionantes que
simulem as demandas reais do jogo de Futebol, dentre elas, a diferença numérica
(TRAVASSOS et al., 2014).
Além de possibilitar configurações que propiciem a diferença numérica entre as equipes
(e.g. 5x3, 4x3), os jogos reduzidos e condicionados permitem aos treinadores a utilização
de jogadores curingas posicionados em diferentes locais do campo de jogo (e.g. laterais do
campo) (HILL-HAAS et al., 2009). Além disso, permitem estimular durante o jogo a transição
entre superioridade e inferioridade numérica entre as equipes, de maneira que induzam os
comportamentos dos demais jogadores diante destas situações e propicie um ambiente
favorável para o ensino do jogo de Futebol (HOLT; STREAN; BENGOECHEA, 2002). Desta
forma o objetivo do presente estudo foi verificar a influência de jogadores curingas sobre a
eficiência tática dos jogadores de Futebol em jogos reduzidos e condicionados.
MÉTODOS:
Amostra: Foram avaliadas um total 24068 ações táticas (11401 ofensivas e 12667
defensivas) realizadas por 168 jogadores de Futebol pertecentes à clubes brasileiros da
categoria Sub-17. Como critério de seleção os avaliados deveriam participar de um
programa de treinamento sistematizado, bem como estar vinculados aos seus clubes e
registrados na Federação de Futebol. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (CEPH) (Of. Ref. Nº
133/2012/Comitê de Ética) e atende às normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Saúde (466/2012) e pelo tratado de Ética de Helsinki (1996) para pesquisas realizadas com
seres humanos.
Instrumento: Foi utilizado o Sistema de Avaliação Tática no Futebol, FUT-SAT,
desenvolvido e validado por Teoldo e colaboradores (2011), que permite avaliar as ações
táticas com e sem bola, executadas pelos jogadores com base nos dez princípios táticos
fundamentais do jogo de Futebol, divididos em cinco ofensivos: (i) penetração; (ii) cobertura
ofensiva; (iii) espaço; (iv) mobilidade; (v) unidade ofensiva; - e cinco defensivos: (vi)
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contenção; (vii) cobertura defensiva; (viii) equilíbrio; (ix) concentração; (x) unidade
defensiva.
Procedimentos: O teste de campo foi realizado em um campo com dimensões de
36mx27m (Comprimento x Largura), e uma câmera foi posicionada na diagonal do campo
em relação às linhas de fundo e lateral, para a gravação das imagens. Para o início do
teste, os participantes foram agrupados aleatoriamente em duas equipes com a seguinte
configuração: “GR+3 vs. 3+GR”. Antes do início do teste, todos os jogadores foram
devidamente informados sobre os procedimentos e objetivo da pesquisa.
O teste foi realizado em duas configurações distintas. Na primeira, denominada “sem
curinga” (GR+3x3+GR), os jogadores foram submetidos a jogarem sem a presença dos
jogadores curingas e orientados a jogarem de acordo com as regras oficiais do jogo de
Futebol, exceto à regra do impedimento. Na segunda, denominada “com curinga”
(GR+3x3+GR)+2, os jogadores foram submetidos à mesma forma de jogo, porém foram
informados sobre a presença e utilização de jogadores curingas de apoio ofensivo nas
laterais do campo. Todas as dúvidas do jogo em relação à utilização dos jogadores curingas
foram esclarecidas aos jogadores. Em ambas as situações o teste teve duração de quatro
minutos e oportunizou-se 30 segundos de “familiarização” antes do início efetivo dos testes.
Materiais: Para a gravação dos jogos foi utilizada uma câmera digital SONY, modelo HDR-
XR100. O material de vídeo foi introduzido, em formato digital, em um computador portátil
(HP pavilion dv4 1430us), via cabo USB, e convertido em arquivo “.avi.” através do software
Format Factory Video Converter. Inc. Para o tratamento das imagens e análise dos jogos
foi utilizado o software Soccer Analyser®.
Análise estatística: Foi realizada análise descritiva de média e desvio padrão para as
variáveis das categorias. Para verificar a distribuição dos dados foi utilizado o teste
Kolmogorov-Smirnov. Para comparar as médias das variáveis das duas configurações de
jogo foi utilizado o teste de Wilcoxon (z) para os dados que não apresentaram normalidade.
Foi adotado um nível de significância de p<0,05.
Para verificar a fiabilidade das observações participaram do procedimento três
avaliadores e foi utilizado o método teste-reteste respeitando um intervalo de três semanas
para a reanálise, evitando problemas de familiaridade com a tarefa (ROBINSON;
O'DONOGHUE, 2007). Para o cálculo da fiabilidade recorreu-se ao teste Kappa de Cohen.
Para aferição das análises foram reavaliadas um número de ações superior ao sugerido
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pela literatura (10%) (TABACHNICK; FIDELLI, 2007). Para a configuração “sem curinga” os
valores da fiabilidade intra-avaliador indicaram o mínimo de 0.888 (ep=0.007) e o máximo
de 0.985 (ep=0.003) e, no processo inter-avaliadores, os valores apresentaram o mínimo
de 0.810 (ep=0.024) e o máximo de 0.989 (ep=0.011). Para a configuração “com curinga”
os valores para intra-avaliador indicaram o mínimo de 0.847 (ep=0.006) e o máximo de
0.962 (ep=0.005). No processo inter-avaliadores os valores apresentaram o mínimo de
0.819 (ep=0.013) e o máximo de 0.963 (ep=0.012). Para o tratamento dos dados foi
utilizado o software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) for Windows®, versão
18.0.
Tabela 1: Médias e desvios padrão do percentual de erro das fases de jogo das
configurações "sem curinga" e "com curinga".
Sem Curinga Com Curinga
Percentual de erro Média DP Média DP p
Fase Ofensiva 17,57 11,51 15,98 11,74 0,106
Fase Defensiva 30,24 13,96 27,75 13,40 <0,001*
Total de jogo 23,90 10,60 21,86 9,88 0,015*
*Diferenças estatisticamente significativas. p<0,05; p<0,001.
Diferenciando a prática de jogo “sem curinga” e "com curinga”, foi identificado neste
estudo que a presença dos jogadores curingas influenciou a eficiência do comportamento
tático durante a fase defensiva e para o total de jogo.
Em função da inferioridade numérica em fase defensiva, a eficiência do
comportamento tático durante o jogo com a presença dos curingas, parece proporcionar
melhor gestão dos espaços do campo de jogo. Assim, a realização eficiente dos
comportamentos em fase defensiva tende a favorer a busca pela compactação e diminuição
dos espaços livres entre os jogadores, ao estimular a aproximação e o aumento do número
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CONCLUSÃO: Foi identificado neste estudo que a presença dos jogadores curingas
influenciou a eficiência do comportamento tático durante a fase defensiva e no total da
prática do jogo. Durante a fase defensiva, a presença dos curingas favorece a realização
eficiente dos comportamentos, bem como estimula a compreensão dos jogadores em
situações que ocorram a desvantagem numérica. Além disso promove a eficiência do
comportamento para a total do jogo. A utilização dos jogos reduzidos e condicionados no
processo de ensino do Futebol, auxiliam os jogadores na melhoria do conhecimento tático
e na compreensão do jogo para o processo de formação e na prestação esportiva dos
jogadores de Futebol.
REFERÊNCIAS:
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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754
ABSTRACT: The aim of this study was to compare the aerobic capacity of high-level women
soccer athletes' from under 15 years old to under 20 years old categories. One hundred and
fifty two (n = 152) female soccer players from the Brazilian National Soccer Team
participated in this study. They were requested to perform the Yo-Yo IR1 test which is a
commonly test applied to estimate the aerobic capacity in soccer players. The total distance
covered in the Yo-Yo IR1 was significantly different between all age categories (p < 0.05)
showing increased distance covered according with the older ages (U15 = 569.8 ± 138; U17
= 713.2 ± 224; 838.1 ± 236; p<0.05). The present study showed that aerobic capacity
improved with increasing age.
INTRODUCTION: The increase in popularity of women`s soccer has grown worldwide and,
during the last 2 decades, become one of the most popular woman`s sport practiced for over
than 29 million of female players. Recent studies have demonstrated that during a match
professional female players cover distances around 9-11 km (VESCOVI, 2012) and perform
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more than 120 high-intensity sprints. Thus high-aerobic capacity is a strongly required
physical capacity since soccer athletes repeatedly perform these explosive activities with
short recovery periods during the entire 90 minutes of the soccer match. Despite the
increased popularity and professionalization of women’s football, there is still limited
scientific information about female players conditioning especially in countries where the
sport is still growing in popularity, such as, in Latino America countries (LAGUNAS et al.
2014). Thus, the aim of this study was to compare the aerobic capacity of high-level women
soccer athletes' from under 15 years old to under 20 years old categories.
METHODS: One hundred and fifty two (n = 152) female soccer players from the Brazilian
National Soccer Team participated in this study that was previously approved by the
Research Ethics Committee of the Federal University of Minas Gerais, Brazil. Twenty-five
players were members of the under 15 years old team (U15), twenty-five from the under 17
years old team (U17), thirty-nine from the under 20 years old team (U20). In case of some
player being part of two different age teams (ie. U17 and U20), they were grouped with the
youngest age group that they could play for. Physical tests and all measurements were
performed during the morning (8 am - 10 am) and were performed in a natural grass field.
For the Yo-Yo Intermittent Recovery Test each athlete performed repeated pairs of 20-m
runs at progressively increasing speeds controlled by audio bleeps, according to Krustrup
et al. (2003). The rest interval between runs was standard at 10 seconds, during which
participants completed a 10-m walk. Participants were required to start each shuttle from a
stationary position and the time allowed for the shuttles was progressively decreased. The
test was finished when the subjects failed twice to reach the starting line or the participant
felt unable to complete another shuttle at the dictated speed.
RESULTS: The total distance covered in the Yo-Yo IR1 (Figure 1) was significantly
different between all age categories (p < 0.05) showing increased distance covered
according with the older ages (p<0.05).
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1200
1000 a
800
YO -YO test (m )
600
400
200
0
U 15 U 17 U 20
Figure 1. Total distance covered in Yo-Yo IR1 test in each age categorie.
a
different from Under 15; b different from Under 17.
CONCLUSION: The presente study showed that aerobic capaity improved with increasing
age. Thus the ability o perform intermittent high-intensity exercise for prolonged periods of
time, as measured by the Yo-YoIR1, constitutes an important capacity that diferenciate age
categories in high level female soccer players. Recently, the Yo-YoIR1 has been reported
to be related to the ability to perform bouts of high intensity exercise during men’s and
women’s football (Krustrup et al., 2005). Consequently, the better Yo-YoIR1 performance
found in older female players compared with their younger counterparts reveals the need to
possess a high level of specific endurance to compete in high level.
REFERENCES:
KRUSTRUP, P.; MOHR, M.; AMSTRUP T.; RYSGAARD, T.; STEENSBERG, A.;
PEDERSEON, P. K.; BANGSBO, J. The Yo-Yo intermittent recovery test: physiological
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fato importante de destacar é que o Brasil é chamado comumente de país que não possui
memória esportiva, ainda mais se tratando de esportes que não dizem respeito ao futebol.
Para que se tenha uma ideia, em sua biografia, o tenista Gustavo Kuerten relata que
somente aos 17 anos ficou sabendo da história e das conquistas da maior jogadora de tênis
do país, Maria Esther Bueno:
Uma lenda, ela ganhou 71 títulos. Por dois anos consecutivos, 1959 e 1960, foi a número
1 do mundo. Venceu 18 torneios de Grand Slam, na simples e em duplas. Foi finalista do
Aberto da Austrália e em Roland Garros, tricampeã de Wimbledon e tetra no US Open. Ela
é, disparado, a maior tenista da nossa história.Mas, a falta de informação era tanta que até
a adolescência eu mal sabia que eles existiam (KUERTEN, 2014, p. 19).
É necessário registrar a história do basquetebol e sobretudo das mulheres, que nas
palavras de Goellner:
Basta ler muitos documentos que se propõem a contar a história de várias modalidades
esportivas e o que encontramos é a narrativa histórica dos homens! Pouca ou nenhuma
menção se faz as mulheres, como se elas não tivessem participação alguma na
estruturação do esporte brasileiro. Com isso quero afirmar que a falta de registro sobre as
mulheres no esporte não significa a sua ausência, mas a ausência de registros sobre essa
participação (2012, p. 45).
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existentes entre todos os componentes de uma situação, não aceitando que a realidade
seja algo externo ao sujeito. Por intermédio da técnica de entrevista semiestruturada foram
coletados cinco depoimentos de atletas e dois depoimentos de técnicos, ambos os grupos
fizeram parte da Seleção Feminina de Basquete entre a década de 1990 e 2000. Os
depoentes autorizaram a gravação de entrevistas, transcrição, análise e publicação.
A entrevista semiestruturada se constitui como uma técnica alternativa para se coletar
dados não documentados, caracterizando-se como um instrumento por excelência da
investigação social e de análise qualitativa, no sentido de possibilitar uma melhor
compreensão da construção da estratégia de ação e das representações de grupos ou
indivíduos em uma dada sociedade (AMADO E FERREIRA, 1996). Fundamentada na
abordagem da Pedagogia do Esporte e no método Análise de Conteúdo (FRANCO, 2008),
discutiu-se a problemática em questão, conforme os eixos: a) método socioeducativo e b)
gestão esportiva.
RESULTADOS: Considerando-se o método socioeducativo, no âmbito da pedagogia do
esporte, como: “uma área das Ciências do Esporte que trata de questões ligadas ao
processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento de modalidades esportivas,
portanto, trata do ensino do esporte e por meio do esporte” (LEONARDI; GALATTI; PAES,
2009), constatou-se o comprometimento por parte de atletas e, também, da comissão
técnica, ou seja:
“O sucesso da equipe atribuo a duas coisas fundamentais, a qualidade das jogadoras e
união das jogadoras e a comissão técnica competente e harmônica.” Técnico 1
“elas ganharam realmente na raça na união do time e no individual que realmente aquelas
meninas eram muito boas” Atleta 2
“Nós víamos a Hortência arremessando depois do treino e a gente voltava pro hotel, depois
nós pensamos, poxa, depois disso, todo mundo ficava 40 minutos arremessando após o
treino” Atleta 3
“Aquele time tinha isso, uma líder, era isso que a Paula era para aquelas meninas, uma
referência dentro e fora de quadra. É o que falta hoje pra Seleção.” Técnico 2
Porém, em outro momento destacam-se as seguintes considerações da Atleta 4:
“Em 2008, Pequim, a gente o time teve uma preparação legal o time tava legal acabamos
perdendo jogos fáceis, mas o clima que estava por trás dos bastidores não era legal, era
aquela coisa.”
Então aquela relação de técnica jogadora não tava legal, não era estreita essa relação, tipo
era meio que uma guerrinha com as jogadoras e o técnico,(...) , briozinhos, coisinhas de
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jogadoras era aquela coisa que ficava distante, o time tava muito junto, muito unido assim,
a nossa convivência diária era muito legal mas não tinha isso com o técnico então ficava
aquela coisa a da nada perder, não tinha aquela preocupação, o porquê da gente estar
vestindo uma camisa da seleção” Atleta 2
“Sabe, hoje a Seleção não tem uma característica, você não sabe quem é quem, o técnico
muda a todo momento, falta uma identidade.” Atleta 2
Da gestão esportiva, apresentam-se os seguintes depoimentos:
Em sua bibliografia (p. 208), Magic Paula comenta sobre sua relação com a Seleção
Brasileira:
“Eu não suporto mais a Seleção. A gente fica esperando pra ser convocada, é uma emoção. Mas, quando
CBB resolve fazer um torneio, é sempre em cima da hora sem qualquer organização. Não se trata de técnico.
O Barbosa era roupeiro, massagista, dietista, era tudo. Nós queremos uma Seleção que planeje, que leve a
sério.”
Com essa declaração na época em que Paula ainda era atleta, foi ameaçada de suspensão
da Seleção, porém reagiu e disse que a quem perguntasse iria falar isso. Depois de ter sido
campeã do Mundo, Paula comentou: “Eu não posso falar, senão serei punida, é a ameaça
que me fizeram. Mas a desorganização continua a mesma”.
O entrevistado 1 respondendo sobre o que acha da situação atual da CBB, diz:
“Caótica, caótica, já era uma desgraça anunciada quando esse presidente, você tem que separar a pessoa
do diretor, pessoa ótima né, simpática, gentil, mas não é gestor, não é gestor, nunca teve vivência experiência
de ter sido gestor de nada, e aquele cara que nunca sabe falar não, e se assessorou mal ainda, pior ainda, e
hoje a CBB tem aí uma dívida acumulada aí, o balanço apareceu aí de 8 milhões mas maquiaram o balanço
para que não aparecesse, lógico no balanço aparece os documentos que tem lá, você não entrega os
documentos pra quem faz o balanço não vai constar, mas parece que já está em torno de 14 milhões, agora
quem é que vai querer investir numa empresa que deve 14 milhões ela deve 14, tem um patrocínio de 5 da
Eletrobrás, de 2, 3 mais ou menos da Lei Piva, são 8 deve 14 então é totalmente em solvência”
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REFERÊNCIAS
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KUERTEN, G. Guga, um brasileiro. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
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NETTO, C. E. Magic Paula: a trajetória de uma campeã. 2 ed. Piracicaba: Editora Unimep,
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Para análise da performance ofensiva da equipe foi utilizado o software Skout 1.0.
Considerou-se os fundamentos técnicos ofensivos: finalização, inversão, lançamentos,
cruzamento e dos tipos de passes (1 toque manutenção, 1 toque progressão, 2 toques
manutenção, 2 toques progressão, 3 toques manutenção, 3 toques progressão, +3 toques
manutenção, +3 toques progressão) (AÑON et al., 2013). Além disso, analisou-se os locais
de realização no campo (Setor Defensivo, Setor Médio Defensivo, Setor Médio Ofensivo e
Setor Ofensivo) (GARGANTA, 1997). Foram considerados apenas os fundamentos bem-
sucedidos. Posteriormente, houve a tabulação dos dados em uma planilha no Excel para
Windows®.
Para apresentação dos dados foi realizada uma análise descritiva, evidenciando os
números de fundamentos ofensivos e dos tipos de passes acontecidos no 1º e 2º tempo,
do jogo e dos locais de realização no campo. Além disso, foi realizado a porcentagem do
delta de variação entre os 1° e 2º tempos, do jogo e dos locais de realização no campo.
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Em relação aos locais de realização dos fundamentos ofensivos e dos tipos de passes
realizados (Tabela 2), verifica-se que a maioria das ações acontece no setor médio
defensivo, tanto no jogo simulado T0 quanto no jogo simulado T1. Por outro lado, no setor
defensivo onde ocorre a minoria dos fundamentos ofensivos e dos tipos de passes, esse
comportamento é apresentado em ambos os jogos (T0 e T1).
Tabela 2 – Fundamentos ofensivos e dos tipos de passes realizados nos jogos simulados
(T0 e T1) de acordo com os locais de realização no campo (n=10).
T0 T1
Tipo Jogo Jogo
SD SMD SMO SO SD SMD SMO SO
Cruzamento 0 0 0 7 0 0 0 7
Inversão 0 1 0 0 1 2 1 0
Lançamento 4 7 0 1 4 4 2 0
Finalização 0 0 0 21 0 0 0 15
Toq1 man. 8 10 11 18 3 11 14 12
Toq1 prog. 13 9 24 6 7 7 7 2
Toqs 2 man. 15 19 16 13 3 9 6 4
Toqs 2 prog. 17 28 11 8 14 19 11 1
Toqs 3 man. 6 13 14 5 1 11 10 3
Toqs 3 prog. 6 6 9 2 7 9 5 3
Toqs +3 man. 2 5 4 2 6 4 7 6
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Toqs +3 prog. 3 6 8 0 5 6 17 1
Total 74 104 97 83 51 82 80 54
Nota: toqs: toques; man.: manutenção; prog.: progressão; SD: setor defensivo; SMD:
setor médio defensivo; SMO: setor médio ofensivo; SO: setor ofensivo.
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CONCLUSÕES: Pode-se concluir que essa equipe tende a permanecer com a posse de
bola no setor médio do campo, e também que essa posse de bola procura ir em progressão
ao alvo. Ademais, especula-se que o tempo de posse de bola foi alto e consequentemente
o número de jogadores que participavam na fase ofensiva era relativamente grande,
levando a equipe a procurar realizar ações que buscavam o gol e não somente a
manutenção da posse da bola. Além disso, pode-se dizer que tentamos iniciar o processo
de atentar o jogo para uma visão global, não tentando separar as partes e sim entender
como funciona o todo.
REFERÊNCIAS
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aryelle_malheiros@hotmail.com
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relacionamentos sociais, que são vistas como essenciais para que o adolescente obtenha
um desenvolvimento integral de suas capacidades (PAYNE, ISAACS; 2007; PEREIRA et
al., 2009; NAKASHIMA; NASCIMENTO JUNIOR; VIEIRA, 2012).
Como instrumentos foram utilizados uma ficha de Identificação (nome, sexo, idade,
nível de treinamento e local de prática) e a Escala de Suporte Parental, validada para a
língua portuguesa por Serpa, Alves e Barreiros (2004). A escala é composta por 21 itens
respondidos pelo adolescente para o suporte do pai e da mãe distribuídos em três
subescalas: Rejeição, Suporte Emocional e Superproteção. O participante responde cada
item em uma escala do tipo Likert de quatro pontos, variando de 1 “nunca” a 4 “sempre”.
Os dados foram coletados por acadêmicos do curso de Educação Física, nos centros
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esportivos de Maringá e Campo Mourão nos dias de treinamento dos adolescentes, com
aplicação coletiva e preenchimento individual.
O estudo foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos da Universidade Estadual de Maringá (Parecer nº 338/2011). Os dados foram
analisados no pacote estatístico SPSS versão 20.0. A normalidade dos dados foi verificada
pelo teste Kolmogorov Smirnov, obtendo-se distribuição não normal. Diante disso, a
comparação entre os estilos de suporte parental (Suporte Emocional, Rejeição e
Superproteção do pai e da mãe) foi realizada por meio do Teste de Friedman seguido do
Teste de Wilcoxon para pares de grupos, adotando-se significância de p < 0,05.
Pai 2,13 (1,8 - 2,5)a 2,71 (2,2 - 3,0) b 2,17 (1,8 - 2,6) a
Mãe 2,25 (2,0 - 2,5) a 2,86 (2,5 - 3,1) b 2,33 (2,0 - 2,6) a
Diferença significativa p<0,05: a) Suporte emocional, Rejeição e Superproteção - Pai (p=0,001) b) Suporte
emocional, Rejeição e Superproteção - Mãe (p=0,001).
Tabela 1–Comparação dos Estilos Parentais do pai e da mãe de acordo com a percepção
dos adolescentes paranaenses praticantes de natação.
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Os resultados deste estudo podem ser considerados positivos, uma vez que o
Suporte Emocional tem como característica a demonstração de afeto e atenção dos pais a
seus filhos, a qual possibilita a realização das atividades com autonomia e segurança.
(CANAVARRO; PEREIRA, 2007). Estes achados são corroborados pelo estudo de
Nakashima, Nascimento Junior e Vieira (2012), o qual identificou que o envolvimento dos
pais desencadeia comportamentos positivos durante a trajetória esportiva dos filhos,
fazendo com que se sintam competentes e seguros para realizar suas atividades.
REFERÊNCIAS
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775
prnunez@uol.com.br
RESUMO: Muito se discute hoje em dia em como proceder na descoberta de novos talentos
para determinados esportes, como que deve ser feita essa descoberta. As avaliações
físicas funcionam como uma ferramenta para traçar um perfil para determinada modalidade.
O objetivo do presente estudo foi traçar um retrato da performance física dos atletas infantis
através de testes antropométricos e físicos. A amostra deste trabalho foram 13 atletas da
categoria infantil (13 e 14 anos) que participaram do Campeonato Brasileiro de seleções
pelo estado do Mato Grosso do Sul. Através dos resultados podemos começar a traçar um
perfil de atletas infantis de handebol do sexo masculino, podendo ser uma mais valia na
formação de um banco de dados para esta modalidade nesta faixa etária, por que não
existem muitas pesquisas publicadas para atletas desta modalidade nessa faixa etária.
INTRODUÇÃO: O handebol nacional tem evoluído cada vez mais no país, se tornando uma
grande potência das Américas, com a conquista do tri-campeonato dos Jogos Desportivos
Pan-americanos pela equipe feminina e o bi-campeonato pela equipe masculina. Em nível
mundial, as equipes masculinas e femininas ocupam apenas posições intermediárias em
campeonatos mundiais e em jogos olímpicos. O handebol é disputado em uma quadra de
quarenta metros de comprimento por vinte metros de largura, iniciando a partida com no
máximo sete jogadores por equipe, estes se distribuem em várias posições: goleiro,
armadores (armadores laterais e armador central), pontas esquerda e direita e pivô. O
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handebol é um esporte de fácil compreensão, pois nos seus principais movimentos têm os
três principais movimentos do ser humano: correr, saltar e arremessar (PELEGRINI E
SILVA, 2006). De acordo com Bergamascol et. al (2005) o handebol é uma modalidade
esportiva coletiva de atividade motora completa e que envolve uma grande quantidade de
movimentações com e sem a bola.
RESULTADOS: A Tabela 1 fornece a média de idade e o desvio padrão da idade dos alunos
e o tempo de prática regular na modalidade Handebol que os alunos, perguntado aos
mesmos há quanto tempo que eles treinam regularmente a modalidade.
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777
Podemos observar que os atletas apresentaram uma média de 14,85 anos com um desvio
padrão de 0,36. Os alunos apresentaram uma média de 4,57 anos de prática regular na
modalidade, apresentando um desvio padrão de 1,91, o que demonstra que a maioria dos
alunos teve uma boa vivência com a modalidade. Convém observar que dos 13 atletas
avaliados, apenas um atleta era canhoto, os demais doze (12) atletas apresentavam como
a lateralidade destra.
Na Tabela 2 serão apresentados os resultados dos testes de aptidão física realizados pelos
atletas da seleção infantil estadual, mostrando as suas médias, desvio padrão, número
mínimo e número máximo nos testes de velocidade de 30m, abdominal, agilidade,
flexibilidade, Cooper e a soma das forças palmares.
Tabela 2 – Valores dos resultados dos testes das aptidões físicas. Características das
aptidões físicas
Abdominal 43,46 8 33 56
(rep/min)
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S. vertical 52 8,9 43 74
(cm)
No teste de velocidade de 30m os atletas apresentaram uma média de 4,63 seg, a grande
maioria das pesquisas envolvendo este tipo de teste, apresenta pesquisas com velocidade
de deslocamento em 20 m, apresentando um tempo satisfatório nessa distância. No teste
abdominal, houve uma média de 43,46 abd/min, tendo uma variação elevada, pois o valor
mínimo foi de 33rep/min enquanto que a máxima foi de 56 rep/min, de acordo com a tabela
proposta por Fernandes Filho (1999), já de acordo com o que propõe Gaya (2002), os
atletas também se colocam dentro de um nível normal, ratificando que os atletas estão em
um nível bom. No teste de agilidade os atletas obtiveram uma média de 5,22 seg, entrando
num nível muito bom segundo o proposto por Gaya (2002). No que diz respeito ao teste de
flexibilidade, os alunos apresentaram uma média de 26,8 cm, ainda utilizando a tabela
proposta por Gaya (2002), os alunos apresentam um resultado acima do considerado
normal para a sua respectiva faixa etária. No arremesso de medicine Ball de 3 kg, os atletas
apresentaram uma média de 4,26 m no lançamento. Em relação ao salto horizontal, os
atletas obtiveram um resultado de 2,19 m em média. Na impulsão vertical os atletas
apresentaram uma média de 52 cm. No que diz a respeito da soma das forças palmares
os atletas obtiveram uma média de 89,7 kg/f. No teste de Cooper, os alunos apresentaram
uma média de 3.746 metros percorridos em 12 minutos, encontrando-se num nível de
condicionamento físico muito bom.
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779
Os atletas apresentaram uma média de 18,81 seg, no teste do drible, segundo o que foi
proposto por García (1990), os alunos encontram-se no mínimo aceitável. No teste do
deslocamento defensivo, foi obtida uma média de 12,82 seg, considerado dentro de um
nível muito bom com o que foi acordado por García (1990). No teste do passe, os alunos
conseguiram uma média de 12,4 repetições, considerado muito baixo de acordo com
García (1990).
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
780
BIBLIOGRAFIA
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
781
alexandreararipe@hotmail.com
INTRODUCTION
Volleyball is one of the most popular sports in the world (SATTLER et al., 2015) and can be
performed indoors or on the beach. Beach volleyball research has naturally evolved.
However, it is recognizably at a primary stage when compared to research focused on
matching analysis (MEDEIROS et al., 2014c). Empirical studies in beach volleyball can be
found in the literature regarding technical aspects of the game (BUSCÀ et al., 2012;
MEDEIROS et al., 2014a), rule modifications (PALAO; VALADES and ORTEGA, 2012) and
player’s role (MEDEIROS et al., 2014b; a). Research shows that, like in indoors volleyball,
muscle strength is one of the key factors in the successful performance of beach volleyball
(PÉREZ TURPIN et al., 2014).
In beach volleyball, there are two specific positions, blocker and defender. Due to their
different technical-tactical demands, blockers and defenders have different physical
requirements (MAGALHÃES et al., 2004). For example, blockers perform more jumps than
defenders (MEDEIROS et al., 2014b). The performing of a larger number of jumps increases
the risk of developing injuries in the upper-body (REESER et al., 2006). Jumping on an
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782
unstable surface, such as sand, could generate muscular imbalances and increase the risk
of injuries (CARVALHO and CABRI, 2007; DELLAGRANA et al., 2015).
Several lower limb strength indices have been studied to monitor athletes’ muscular balance
(CHEUNG; SMITH and WONG, 2012). Among these, hamstring and quadriceps peak
torque (PT) and the hamstring-quadriceps ratio (RH/Q) are often used. The PT has been
revealed as very accurate and reproducible (CHEUNG; SMITH and WONG, 2012). The ratio
of strength of antagonist to agonist knee muscles has been used to analyse the functional
ability, knee joint stability and muscle balance between hamstrings and quadriceps during
velocity dependent movements (WONG and WONG, 2009). Athletes with a concentric ratio
(RH/Q) closer to 1.0 might have had fewer risk injuries risk of anterior-lateral subluxation of
the tibia (LI et al., 1996).
Regarding the muscle strength in the preferred and non-preferred lower limb, it has been
suggested that there is an increased rate of injuries when a difference ≥ 15% in knee flexor
or hip extensor strength occurs (KNAPIK et al., 1991). Based on this evidence, the
discrepancies in PT between preferred and non-preferred lower limbs should be considered
to monitor muscular imbalances (CHEUNG; SMITH and WONG, 2012).
To date, no information has been found in the literature related to the isokinetic performance
profile of beach volleyball players concerning the study of muscular imbalance in this
population. PT bilateral differences ≤ 10% between preferred and non-preferred lower limb
and RH/Q of ~ 50% for preferred and non-preferred lower limb would be expected (AAGAARD
et al., 1998; DELLAGRANA et al., 2015). Due to the different game demands, blockers
should display a higher tendency at PT of quadriceps and hamstring muscular groups in
relation to the defenders. The goal of this study was to do an exploratory analysis of the
preferred and non-preferred lower limb isokinetic profiles of Olympic woman beach volleyball
players according to the player’s role (blocker vs. defender).
METHODS
Two Olympic woman beach volleyball players (one defender and one blocker: both age 33,
heights 1.74 and 1.81 m, body mass – 69.0 and 65.0 kg respectively and with a 12-year
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training experience) participated voluntarily. At the moment of the measurement, they were
currently the Beach Volleyball Brazilian champions (season 2014-2015) and had attained
2nd placed in the International Volleyball Federation (FIVB) world ranking. Body mass and
height were obtained through a digital scale (G-TECH Corporation, S.p.A, Italy, 0.1 - Kg
accuracy) and with a stadiometer (Sanny, American Medical do Brasil, Ltda, 0.1 - cm
accuracy), respectively. A standardized warm-up of cycling, dynamic stretching at low-
moderate intensity, and 10 submaximal concentric contractions of the tested muscle groups
were performed. Each player completed 2 submaximal repetitions and 1 maximal repetition
at a given velocity and mode of contraction for familiarization. Isokinetic testing was
performed to determine concentric and eccentric strength for the knee-extensors (i.e.
quadriceps – Q) and flexors (hamstring – H) of the preferred and non-preferred lower limbs,
with two angular velocities - 60 and 240º/s – using a Biodex System 4 isokinetic
dynamometer (Biodex Corporation, USA) according to standard procedures (KOVALESKI
and HEITMAN, 2000). The experimental data were obtained within one testing session at
the beginning of the preparatory period for the new beach volleyball season. All
measurements were performed from a seated position with the hip flexed at approximately
85º. Stabilization straps were applied across the trunk, waist, and distal femur of the tested
leg and the participants were not allowed to hold the handles and hands were kept across
the chest during the experiment (DELLAGRANA et al., 2015). From the isokinetic testing,
the following eight variables were recorded as follows: preferred and non-preferred PT
(quadriceps and hamstring) normalized for body mass and expressed as Nm/kg, bilateral
differences and Ratio hamstrings/quadriceps (RH/Q). Exploratory analysis was used.
RESULTS
Table 1 presents the peak torque (PT), bilateral differences and ratio hamstrings/quadriceps
results (RH/Q) in 60 and 240º/s angular velocity, respectively, for the players (defender and
blocker) and for the knee extensors (quadriceps) and flexors (hamstring) muscle groups of
the preferred and non-preferred lower limbs.
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784
Table 1- Peak Torque (PT), bilateral differences of PT (%) (preferred (P) versus non-preferred
(NP)
and Ratio Hamstrings (RH/Q (%)) in velocity of 60º/s and 240º/s in beach volleyball players.
DISCUSSION
The results provide information about the isokinetic strength profile of two Olympic woman
beach volleyball players according to the player’s role, considering two indexes for the
athletes’ muscular imbalance. PT bilateral differences found between the lower limbs show
muscular imbalance of the hamstring muscular group. R H/Q values found are in a range
considered not indicative of injury risk (AAGAARD et al., 1998). Moreover, the blocker player
presented a different PT profile for both muscular groups, probably due to the different
demands of the game (MEDEIROS et al., 2014b) and/or the way players workout. These
data suggest that coaches should be aware of this type of muscular imbalance when they
assess their player and introduce specific work to prevent the risk of injury.
In this study, the non-preferred lower limb presented higher values for the defender and
blocker player when performing flexion/extension at 60 and 240º/s, respectively. The
jumping skill has a bilateral profile during a beach volleyball game. However, the preferred
limb has a higher contribution in the negative phase of the jump (eccentric phases) and the
non-preferred limb has higher contribution in the positive phase of the jump (MAGALHÃES
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785
et al., 2004). However, the PT bilateral differences found are in an acceptable range for
asymmetry (KNAPIK et al., 1991). The results show the need for further analysis of this
muscular imbalance using jumping performance indicators, like vertical jumping height
(WONG and WONG, 2009)
The RH/Q index has been considered as a possible screening tool for injury risk (LI et al.,
1996; CHEUNG; SMITH and WONG, 2012; DELLAGRANA et al., 2015). Previous studies
evidenced values ~ 50% in field and court sport players (CHEUNG; SMITH and WONG,
2012). The players studied have values in those ranges. However, Magalhães et al., (2004)
mentioned that values below 60% in low angular velocity might increase the susceptibility to
injury in volleyball players. It has also been reported that RH/Q values increased
concomitantly with testing velocity (e.g. CHEUNG; SMITH and WONG, 2012), which was
also found in the players studied.
The results presented in this study provide information about peak performance athletes,
but it should be used with discretion since limitations are present and should be addressed
(e. g. size of the sample). For that, it is necessary replicate the study with more participants
from difference performance levels and genders in order to establish upper-limb isokinetic
strenght profile for beach volleyball players. Also, it is necessary to combine the information
obtained in the isokinetic test with other sport-specific evaluations that mimic the muscular
contractions that occur during matches.
CONCLUSION
The results show that the two elite beach volleyball players displayed asymmetry for P T
values. However, data do not show evidence of potential risk for knee injury due to their RH/Q
values range at higher angular velocity. Future studies should take into account PT and RH/Q
indexes compared among different training periods, using a large sample size and
complementary kinematics, kinetics, and EMG data as a screening tools to evaluate
dynamic knee joint stability and to detect hamstring’s susceptibility and risk for injuries.
ACKNOWLEDGMENTS
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786
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agalmeida@puc-campinas.edu.br
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790
RESULTADOS: Os dados da Figura 1 ainda revelam que os tempos dos sprints, tanto na
areia quanto na quadra, tendem a aumentar da primeira até a sexta repetição. Esse
comportamento é esperado, visto que os testes de RSA são aplicados de forma que
promova a diminuição progressiva do desempenho (fadiga) (GIRARD; MENDEZ-
VILLANUEVA; BISHOP, 2011). Portanto, nossa proposta de adaptação do teste para areia
obedece a estes critérios.
7,5
6,90 6,97 7,02
6,66 6,68
6,42
6,5
Tempo (s)
Quadra
5,5
Areia
4,45 4,48
4,5 4,26 4,29 4,30
4,02
3,5
1 2 3 4 5 6
Sprints (n)
Figura 1: Cinética dos valores médios dos tempos nos seis sprints consecutivos realizados
nas duas superfícies.
Quanto aos parâmetros obtidos a partir dos dois testes, é importante ressaltar que a média
de tMELHOR, tIDEAL e tTOTAL não podem ser comparadas entre quadra e areia, devido a
diferença entre as distâncias percorridas nos testes. No entanto, as médias de IF podem
ser comparadas por se tratarem de valores relativos expressos em percentual.
QUADRA AREIA R
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Tabela 1: Valores médios e desvio padrão (+) dos tempos Melhor, Ideal e Total, do Índice
de Fadiga (IF) e do coeficiente de regressão de Pearson (r) nos sprints realizados na quadra
e na areia. (*correlação significativa com p < 0,05; **diferença significativa em relação à
Quadra com p < 0,05)
CONCLUSÃO: Os dados demonstraram que o teste de RSA na areia pode ser uma boa
alternativa para avaliar a capacidade de realizar sprints sucessivos em atletas de Handebol
de Areia, sendo tTOTAL o melhor parâmetro para análise dos resultados. Todavia, são
necessários estudos envolvendo atletas desta modalidade para comprovar a aplicabilidade
desta proposta.
REFERÊNCIAS:
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
793
tuannyvaltner@gmail.com
ABSTRACT: The aim of this study was to characterize the Beach Handball by investigating
the physical demand given by the heart rate during a match. The sample of this study was
composed of fourteen female players of the Brazilian Beach Handball National team. The
study was consisted in three steps (i) determination of maximum heart rate (HR) by the
repeated sprint ability test, (ii) first simulated match, and (iii) second simulated match, which
occurred 24 hours later than the first one. Both matches had the purpose to record the HR
of athletes on the court. The HR during the all match showed mean of 149.3bpm, the
minimum value was 94.6 bpm and the maximum was 185.5. We analyzed the values in 1 st
and 2nd period of the game and we found significant difference for the minimum value in the
2nd period comparing with the 1st period, which was not identified with HR mean values and
HR peak (the highest in whole game). We observed a tendency in an increase of HR in the
1st period to 2nd period of the match. However, there was a change in intensity zones only
for HRmean, from low to moderate and significant increase in values only in HRmin. Which
shows that these athletes are capable of maintaining in a very high zone during the whole
match.
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794
expert, six meters shot, inflight, spinshot and backwards (INTERNATIONAL HANDBALL
FEDERATION, 2010). These rules have direct influence on the tactical behavior of the
teams and for this reason these characteristics impose the player a very specific physical
demand for the realization of technical-tactical actions required during the match. Its known
that walking in sand spent 1,8 – 2,7 times more energy than walking in hard ground
(ZAMPARO et al., 1992; LEJEUNE et al., 1998) and 1,2 - 1,6 times in running (ZAMPARO
et al., 1992; LEJEUNE et al., 1998; PINNINGTON; DAWSON, 2001).
Castellano and Casamichana (2010) investigated the Heart Rate (HR) of the players during
a beach soccer match, showing that this sport is more intense than others collective sports,
since the mean HR was 165,2 which represent 86,5% of maximum HR (HRmax) and in
59,3% of the total play time the HR was above the 90% of HRmax. Already in beach
handball, Cobos (2011) analyzed the effort intensity during the competition, and found that
the mean HR during the match was between 149,94 and 156,08 bpm (80 a 83% of HRmax),
considering very vigorous effort (> 85% da HRmax) which corresponded to 26,1 e 40,8% of
total play time. In this point, and considering the remarkable increase is not accompanied
by a proportional increase of the number of scientific researches about the beach handball,
the aim of this study was to characterize this sport by investigating the physical demand
given by the HR during a beach handball match.
METHODS: The study was made during the preparation for the World Games (Cali, 2013).
Fourteen players of Brazilian Women Beach Handball National Team took part in the study
(age x ± years; height y ± m; weight w ± kg), although only nine of them were selected to
compete in the World Games. Each player was informed about the research design and the
requirements of the study, and they all gave their informed consent prior to the start. This
study consisted in three sessions. In the first session, for the determination of Maximum
Heart Rate (HRmax), was applied the repeated sprint ability test on sand with bare feet. In
the second session the group was divided into two teams (A and B) of 7 players each, to
play the first simulated match and record the heart rate of team A. The third session occurred
24 hours after the second session, with the second simulated match to record the heart rate
of Team B.
For the Repeated Sprint Ability test (RSA), the protocol used by Buchheit et al. (2009) was
adapted to sand and game characteristics of beach handball. Consisted in 6 maximal sprints
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795
performed as shuttle run (2 x 7.5 m) every 10 s, where each sprint took approximately 4 s,
with passive recovery between repetitions. At the end each sprint heart rate was registered
using a HR monitor (Polar A3, Polar Electro Oy, Finland). A standardized warm up was
performed by team trainer before starting the test.
Each simulated matches consisted in two periods of 10 min with 5 min interval between
them. The matches occurred at the same time of the day, after a session of technical training
lasting 1 hour. The interval between the training and the match was 30 minutes. The teams
(A and B) played twice, keeping the same tactical formation. The simulated match was
refereed by an international referee accredited by the IHF. To evaluate the athletes HR
during the match, we used the same HR monitor used in the RSA test. The criteria for the
classification of the intensity zone consisted in the HRmax of each athlete was regarded as
the greatest value of HR in the RSA test, however, when the highest HR during the matches
was greater than the HR of the RSA, it was adopted as the HRmax of the subject, as criteria
adopted by Ben Abdelkrin et al. (2010).
Were defined five intensity zones: very low (≤ 60% HRmax), low (61-75% HRmax),
moderate (76-84% HRmax), high (85-89% HRmax) and very high (≥ 90% HRmáx),
according to criteria used by Cobos (2011) and Castellano and Casamichana (2010). Table
1 shows the mean and standard deviation of HR in each intensity zones.
The statistical analysis results are presented in mean values (M), standard deviation (±SD)
and standard error of the mean (SE). The confidence interval for all analyzes was 95%. Data
were analyzed using SPSS 17.0 for Windows.
RESULTS AND DISCUSSION: The HR during the all match showed mean of 149.3 bpm,
which corresponds 74.9% HRmax reference. The HRmin (minimum) was 94.6 bpm (47.4%)
and HRpeak (the highest value in whole match) was 185.5 bpm, corresponding at 92.9%.
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HR min 88.0 44.1 Very low 101.1* 50.6 Very low 94.6 47.4 Very low
HR mean 146.7 73.5 Low 151.9 76.1 moderate 149.3 74.9 Low
HR peak 183.7 92.0 Very high 187.3 93.8 Very high 185.5 92.9 Very high
Table2. Mean values of absolutes (bpm) and relatives values (%) of minimum, mean and
peak heart rate on simulated match.
The Table2 shows the minimum HR during two parts of the simulated match (1 st period and
2nd period) and sum. We can identify that the HRmin of the 1st period (88 bpm) is lower than
the 2nd period (101.1 bpm). The HRmean showed different behavior of HRmin, because the
HRmean in the 1st period was 146.7 bpm and in the 2nd period reaching 151.9 bpm, without
statistically difference. The behavior of HRpeak during the simulated match was similar to
the HRmean, which showed values of 183.7 bpm (1 st period) and 187.4 bpm (2nd period),
without significant difference.
Comparing with Cobos (2011), who analyzed female athletes for national competitions of
Spain, HRmean found was similar, with values between 146.7 and 151.9 bpm. The HRmin
presented value between 113.2 and 125.2 bpm, which is higher than that found in the
present study. For HRpeak, we obtained higher values than those (172.2 and 175.9 bpm)
reported by Cobos (2011) in Spanish league matches. However, when observing the relative
values, we note that the HRmean was higher than our study (80 and 83%), the HRmin was
lower (59.9 and 66.2%) and HRpeak was similar with approximately 91.2 and 93% of
HRmax. When compared to the study of Castellano and Casamichana (2010), which
analyzed official games of beach soccer, the HRmin and HRmean founded were also higher
than in our study, with total value of 109 and 165bpm respectively. But the HRpeak was
similar with value of 191 bpm. The relative values found during beach soccer matches were
superior to our study, HRmean being 86.5%, 57.3% and HRmin of 99.6% HRmax.
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797
CONCLUSION:
We observed a tendency in an increase of HR in the 1st period to 2nd period of the match.
However, there was a change in intensity zones only for HRmean, from low to moderate
and significant increase in values only in HRmin. Which shows that these athletes are
capable of maintaining in a very high zone during the whole match, possibly by having good
recoverability during less intense activities (very low to moderate). Therefore, to better
understand the physical demand is required verify the permanence time in each intensity
zone, which was not presented in this study.
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Resumo: O objetivo foi traçar um perfil motivacional dos atletas de handebol na categoria
juvenil verificando assim a influencia da motivação na pratica desportiva desses atletas.
Investigou-se 40 atletas com idade variando entre 15 e 18 anos. Foi utilizado um
questionário elaborado de acordo com um estudo piloto. A motivação relacionada ao
rendimento desportivo teve uma média de 2,73 e um d.p. de 0,28, à saúde a média foi de
2,58 e o d.p. de 0,41 e a amizade e lazer a média de 2,33 e d.p. de 0,45. Os fatores que
mais motivam os jovens estão relacionados ao rendimento desportivo, não houve
diferenças significativas nos resultados quando analisados por posição de jogo. Palavras-
chave: Fatores motivacionais, handebol, treinamento.
Os estudos sobre os fatores motivacionais para a prática desportiva vem, desde 1980,
constituindo num dos mais populares tópicos da Psicologia do Esporte. As relações
existentes entre o comportamento de excelência e motivação têm também sido objeto de
vários estudos, quer nos círculos acadêmicos, quer nos processos de treino desportivo e
na atividade física em geral.
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Esta motivação irá depender da interação entre fatores pessoais e situacionais. No sistema
atual podemos distinguir determinantes internos e externos. Samulski (1995) diz que os
determinantes internos estão relacionados ao nível de aspirações, que está caracterizado
pela diferença entre um estado atual e um estado futuro, e a hierarquia dos motivos, ou
seja, primários e secundários. E os externos são em relação à torcida, ao desejo de ser
reconhecido pela sociedade.
Vários são os fatores que motivam o ser humano, em seu dia-a-dia, tanto de forma interna
como externa. A força de cada motivo e seus padrões influenciam e são influenciados pela
maneira de perceber o mundo que cada indivíduo possui. Devemos compreender que o
processo da motivação gira sempre em redor da dinâmica das necessidades humanas e
compreender o segredo essencial do motivar, aquilo que é básico na motivação, que
significa conhecer o elemento energizador do treinamento desportivo.
Desse modo, o objetivo deste estudo foi traçar um perfil motivacional dos atletas de
handebol na categoria juvenil verificando assim a influencia da motivação na pratica
desportiva desses atletas.
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m. Dp. Min. máx m. dp. min. máx m. dp. min. máx m. dp. min. máx
Saúde 2,58 0,360 2,0 3,0 2,6 0,4 1,8 3,0 2,5 0,4 1,8 3,0 2,4 0,4 1,4 3,0
9 1 0 3 7 0 2 5 0
Amizade 2,47 0,595 1,4 3,0 2,3 0,4 1,4 3,0 2,3 0,4 1,4 2,8 2,1 0,3 1,6 2,8
0 6 2 0 3 2 0 0 1 5 0
Ren. 2,62 0,317 2,0 3,0 2,7 0,2 2,0 3,0 2.7 0,2 2,3 3,0 2,7 0,3 2,1 3,0
Desp 8 6 9 5 3 2 2 7
M = média obtidas no teste; dp= desvio padrão; min.= valor mínimo obtido no teste; máx.=
valor máximo obtido no teste.
Os dados da tabela I sugerem que os jogadores das diferentes posições atribuem uma
valorização maior ao fator “rendimento desportivo”, seguindo em ordem decrescente a
“saúde” e por último a “amizade / lazer”. De acordo com os resultados da análise de
variança (ANOVA), não encontramos diferenças estatisticamente significativas entre as
médias dos fatores por posição.
Como podemos observar, na análise comparativa dos fatores de motivação por posição os
índices médios e a ordem de valorização dos fatores de motivação não se diferenciaram.
Portanto, isto revela uma homogeneidade dos atletas no que se refere ao perfil motivacional
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para a prática desportiva. Desta forma podemos realizar uma descrição de um perfil único
dos jogadores, independente da posição que joga.
A tabela II refere-se aos valores de média e desvios padrão em cada fator de motivação
dos jogadores. Os atletas demostraram uma tendência a valorizarem mais o fator
motivacional ligados ao “rendimento desportivo”, evidenciando que os principais motivos
para envolverem e permanecerem na prática desportiva está relacionado à questões como:
vencer, ser melhor no esporte, competir, ser um atleta, desenvolver habilidades e ser um
jogador profissional.
O fator “aspectos relativos à saúde” foi o segundo a Ter uma atribuição de valor significativa,
revelando que os atletas também praticam desporto por motivos referentes à saúde como:
ter bom aspecto, manter o corpo em forma, desenvolver a musculatura e manter a saúde.
Para os jogadores de handebol, o fator referente à “amizade e lazer” foi o que recebeu a
menor atribuição de valor. Os itens fazer novos amigos, encontrar com os amigos, brincar
e divertir-se, não são importantes como os outros para o envolvimento e a participação
desportiva, talvez devido ao fato da pesquisa ter sido realizada durante uma competição.
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devemos considerar que embora seja evidente que o presente perfil motivacional para o
atleta de handebol possa configurar-se incompleto, é importante ressaltar que os dados
apresentados neste estudo constituem-se em indicadores precisos nos processos de
planejamento, organização, avaliação e controle de programas de treino.
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INTRODUÇÃO: A capacidade de realizar sprints repetidos (CSR) tem sido associada com
o desempenho dos jogadores durante a partida de futebol (RAMPININI et al., 2007). A CSR
que é definida como a aptidão de realizar esforços máximos com pequena duração (≤10s)
e intervalos breves (≤ 60 segundos) (GIRARD, MENDEZ-VILLANUEVA, BISHOP, 2011)
tem sido avaliada em futebolistas por meio de diferentes testes de corrida (AZIZ et al., 2008,
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REILLY, 2001; BANGSBO, 2008; IMPELLIZZERI et al., 2008, CETOLIN et al., 2013). Entre
estes testes, de acordo com Padulo et al. (2015) o mais comum para avaliar a CSR no
futebol é o que foi validado por Impellizzeri et al. (2008) que consiste em seis repetições de
sprints de 40 m (20m+20m, ida e volta) intercalados com 20 segundos de recuperação
passiva. Este teste tem apresentado boa validade, reprodutbilidade e sensibilidade aos
efeitos de treinamento em jogadores adultos, no entanto, ainda não foi investigada a
sensibilidade do referido teste durante a temporada em jovens jogadores de futebol. Desta
forma, o objetivo deste estudo foi investigar a sensibilidade do teste de CSR proposto por
Rampinini et al. (2007) ao treinamento de 8 semanas em jovens jogadores de futebol de
três categorias etárias (infantil, juvenil e junior).
MÉTODOS:
Participantes
Design
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Para mensurar a CSR, foi adotado o teste proposto por Rampinini et al, (2007) e
validado por Impellizzeri et al. (2008). Neste teste são realizados 6 sprints de 40m (20m +
20m com mudança de direção de 180º) intercalados por intervalos passivos de recuperação
de 20 segundos. Este teste foi projetado para mensurar tanto a CSR quanto a habilidade
do atleta em mudar de sentido (IMPELLIZZERI et al, 2008). Cinco segundos antes do início
de cada sprint os sujeitos assumiam a posição inicial e aguardavam pelo sinal de partida.
Tem sido sugerido que o tempo médio derivado desse teste de CSR, diferentemente do
melhor tempo, é mais bem correlacionado com a distância percorrida em alta intensidade
durante os jogos. Por essa razão, o tempo médio a partir dos 6 sprints de 40 m foi
posteriormente calculado e usado como medida de desempenho no presente estudo.
RESULTADOS
Tabela 1 – Estatística descritiva para os valores de tempo médio obtido no teste de CSR
antes (T1) e após (T2) o período de 8 semanas de treinamento em jovens jogadores de
categorias etárias distintas.
Pré (T1) Pós (T2) Teste t pareado
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DISCUSSÃO
O principal achado do presente estudo foi que o teste de capacidade de sprints
repetidos investigado (RAMPININI et al., 2007; IMPELIZZERI et al., 2008) é sensível ao
treinamento em jovens jogadores de futebol (infantil, juvenil e júnior). Para um teste ter
aplicabilidade confiável a sensibilidade é fator determinante (CURREL; JEUKENDRUP,
2008), uma vez que é por meio desta informação que treinadores e preparadores físicos
podem ter certeza que os treinamentos aplicados atingiram os objetivos estipulados.
Os bons resultados referentes à sensibilidade do teste podem ser explicados pelo
tipo de treinamento aplicado nas oito semanas investigadas, que consistiu de treinamentos
intervalados de alta intensidade (principalmente com mudança direção), treinamento de
sprints, jogos reduzidos, bem como exercícios técnicos e táticos específicos ao futebol que
contemplam acelerações de desacelerações.
Considerando que os sprints são ações frequentes que precedem a realização de
gols no futebol (FAUDE et al., 2012), e que potencialmente um jogo pode ser ganho ou
perdido em ocasiões que a capacidade de resistir à fadiga pode ser afetada devido ao nível
de condicionamento (GIRARD et al., 2011), a avaliação da CSR por meio de um teste
válido, reprodutível e com boa sensibilidade é um aspecto fundamental no cenário do
desempenho no futebol. Contudo, se faz necessário uma melhor compreensão sobre a
realização dos sprints por jovens jogadores durante as partidas.
CONCLUSÕES
O atual estudo identificou que o protocolo de sprints repetidos proposto por
Rampinini et al. (2007) como um teste de campo sensível para monitorar as mudanças
induzidas pelo treinamento sobre este fundamental parâmetro de desempenho anaeróbio
em jovens jogadores de futebol.
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Para Vicario (2003) e Reid et al. (2007), as competições de tênis possuem um papel
essencial na formação integral de tenistas de sucesso. Conforme McCraw (2011), o
planejamento das competições deve adequar-se ao estágio de desenvolvimento dos
tenistas. Neste caminho, observa-se que no período de transição entre o circuito juvenil e
o profissional o planejamento do percurso competitivo deve levar em consideração o
desenvolvimento técnico, tático, físico e mental destes jogadores, bem como fazer com que
distribuam, conforme necessidade, as competições juvenis e profissionais. Com isso, este
se torna um período bastante delicado e que requer muita atenção dos profissionais que
auxiliam os jovens tenistas a tornarem-se tenistas de sucesso.
Neste contexto, o objetivo do presente artigo é descrever o percurso competitivo percorrido
por tenistas profissionais de sucesso enquanto participantes do ITFJC, apresentando um
panorama de desempenho e das competições internacionais que precedem a entrada no
circuito profissional de tênis.
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Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul sob o número de protocolo 2007721.
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A idade do melhor ranking ITFJC encontrada demonstra que essa classificação foi
alcançada no penúltimo ano em que os tenistas poderiam participar do ITFJC. De acordo
com Cortela et. al. (2010), isso ocorre porque no último ano do ITFJC muitos tenistas
priorizam o calendário profissional, jogando apenas as grandes competições do ITFJC.
Outro fator que corrobora para esse cenário é a qualidade dos jogadores pertencentes à
amostra, que possibilitou a obtenção de resultados expressivos em idades relativamente
mais baixas. De acordo com Cortela et. al. (2012), os tenistas que atingem a melhor
classificação no ITFJC em idades mais baixas tendem a alcançar os demais marcos da
carreira esportiva mais cedo do que os seus pares. Nessa mesma direção, Brouwers, De
Bosscher e Sotiriadou (2012), relatam que os tenistas que alcançaram o Top20 do ITFJC
até os 16 anos demonstraram maior propensão para atingir os Tops200, 100 e 20 do
ranking profissional da ATP.
No que diz respeito à participação em torneios no ITFJC, observa-se que 64% dos tenistas
analisados participaram de 12 ou mais eventos. Nessa mesma direção, verifica-se que mais
da metade dos jogadores, 52% e 51%, respectivamente, disputaram mais de 63 partidas
em simples, e mais de 33 em duplas.
Quanto ao âmbito de competição, observa-se a preferência pelos torneios com maiores
pontuações no ITFJC (GA, G1 e G2). No momento de transição do juvenil para o
profissional, verificou-se que muitos tenistas priorizam a disputa somente dos maiores
eventos do ITFJC, dividindo, assim, essas competições com as de nível profissional.
Por fim, verificou-se que os eventos em quadras de saibro ou duras, respectivamente, são
os que recebem maior atenção por parte dos jogadores. Esses resultados reforçam a
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importância da superfície de jogo no desenvolvimento dos tenistas. De acordo com Reid et.
al. (2007), os tenistas que se desenvolvem em quadras de saibro ou em combinação entre
saibro e quadras duras, apresentam melhores classificações no ranking profissional da
ATP.
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816
RESUMO: O presente artigo teve como objetivo investigar quais fatores poderiam interferir
na performance dos 100 metros rasos (m/r) e foi iniciado a partir de observações em
competições de atletismo a nível regional, nacional e internacional. Os resultados
identificados através das respostas foram: resistência de velocidade (85%), força geral
(73%), força rápida (53%), coordenação (35%), resistência de sprint (33%) e técnica (33%).
Concluiu-se que todos estes fatores deverão ser observados no treinamento para a melhora
da performance dos 100m/r, os quais poderão ser identificados através da realização de
testes, ajudando a evitar deficiências que ocorrem com a maioria dos velocistas. Palavras-
Chave: 100m/r, Atletismo, Métodos de Treinamento, Performance.
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A R.V. foi apontada por 85% dos técnicos entrevistados, como o fator mais relevante. A
Força ficou com 73% e especificamente Força Rápida com 53%, a Coordenação com 35%
e finalmente, Resistência de Sprint (R.S.) e Técnica com 33%. De acordo com estas pode-
se discutir sobre a R.V. que irá ajudar o corredor, principalmente no final da prova, fazendo
com que o mesmo suporte a v.m. durante mais tempo. Isto dará impressão que o corredor
treinado estará aumentando sua velocidade nos últimos metros da corrida ao passo que
seus adversários, na verdade estarão desacelerando precocemente.
Para a R.V. os treinos de velocidade mais utilizados são aqueles em que a distância seja
um pouco superior que a prova. Com trabalhos de Potência Anaeróbia Lática à sprints
máximos e submáximos de 85-100% da v.m. e tiros entre 120-180 metros (m), pela maioria
dos entrevistados, com 6-8’ de pausa (p), se melhora a R.V. Weineck (1999, p. 430)
comenta que “embora o tempo de carga seja excepcionalmente curto, o velocista não
consegue estender a fase de v.m. durante todo o percurso de 100m/r”, daí surge o fato de
que na última fase será de grande importância a R.V. A grande intensidade de carga
representa um esforço tão grande para o sistema neuromuscular, que se estabelece
precocemente. A recuperação da R.V. irá garantir ao atleta a fase de coordenação da
velocidade por um período de tempo prolongado.
A R.S. é outro fator importante no treinamento, onde a maioria dos técnicos até
consideraram também como R.V. Sugeriram trabalhos de Potência Anaeróbia Alática, à
sprints máximos de 95-100% v.m., tiros que variaram de 10-120m, com intervalos de 3’-5’
p, para sua melhora. Segundo Hegedus (1996) os esforços mais curtos irão desenvolver a
velocidade pura, ou seja, o máximo desenvolvimento na unidade de tempo com um enorme
potencial da coordenação intra e intermuscular.
A R.S. é semelhante à R.V., porém seus trabalhos giram em torno de intensidades máximas
enquanto geralmente a R.V. submáximas, e também seu treinamento é equivalente a curtas
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distâncias com o objetivo de manter a v.m. até o final da corrida, sustentada pelo trabalho
da R.V. para que a perda nos últimos 20-30m seja a mínima possível. Tanto a R.S. quanto
a R.V. podem ser trabalhadas em distâncias iguais para a melhora da chegada dos 100m/r
com tiros intervalados curtos submáximos para a R.V. e tiros máximos com um mínimo de
perda de centésimos para a R.S.
A Técnica discutida, possui conceitos relevantes para a melhora da chegada dos 100m/r.
Seria impossível se tratar de técnica sem se falar em do desempenho da Coordenação que
é o principal fator na perfeição dos movimentos. Quanto a técnica sugeriram vários meios
e cuidados em relação a prova para que o atleta realize um movimento harmonioso sem
grandes perdas, citam o objetivo da técnica em evitar gasto excessivo de energia, através
dos movimentos biomecânicos relativos a prova evitando assim, o desequilíbrio que possa
ocorrer com a pequena fadiga muscular que ocorre no final dos 100m/r.
Essa fadiga com maior gasto de energia, esforço tenso, pode ocorrer mais ainda e provocar
maior desaceleração, aproximando-se da linha de chegada e antecipando a projeção do
tronco mais de dois passos, fazendo com que a amplitude diminua mais, devido ao
deslocamento do centro de gravidade à frente, fazendo com que a coordenação técnica se
desfaça provocando a queda do atleta antes ou até mesmo depois da linha.
Boompa (2002) comenta que a coordenação é a capacidade de executar movimentos de
vários graus de dificuldade rapidamente, com grande precisão e eficiência, de acordo com
os objetivos específicos do treinamento, sendo importante sua atuação, pois irá garantir ao
atleta a perfeita movimentação de músculos que irão ajudar a aprimorar a técnica, obtendo
especificamente para os 100m/r coordenação rápida de movimento, promovendo um maior
equilíbrio e um menor gasto energético, principalmente na chegada.
A Força é um dos principais fatores não só para melhora da chegada, como nas demais
fases da corrida. Foi citada como segundo fator importante para a performance geral e
específica do velocista, existem tipos de força e entre estas, a mais destacada foi Força
Rápida ou Explosiva com aplicação efetiva. Para Força Rápida sugeriram rampas em
aclives e declives, acelerações, educativos com cargas, multisaltos, tração, pliometria e de
musculação com média de 50-70% da força máxima (F.M.) para uns, com 3-5 séries e 10-
15 repetições (r), e, outros com 75% F.M., com 3 séries e de 2-6 r. Barbanti (1997, p. 183)
comenta que força rápida também chamada de força explosiva ou potência, é a capacidade
caracterizada por aplicações de grande força no menor tempo possível contra uma
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resistência submáxima, ou seja, com este trabalho o atleta poderá exercer sua força
máxima rapidamente para adquirir maior velocidade e sustentação.
Com os parâmetros analisados para o trabalho de R.V. tanto da literatura como dos
treinadores, percebe-se que não há equívoco na periodização dos 100m/r, sugere-se que
a R.V. seja trabalhada também com trabalhos de Resistência Anaeróbia Lática, intensidade
submáxima de 85%-95% da v.m., tiros de 250-800m que podem ser divididos em métodos
intervalados com 1’30’’-5’p.
Quanto a R.S. sugere-se tiros de 10-80m em v.m., 1’-1’30’’p, ênfase dos 50-80m, distância
científica de aceleração máxima para tentar manter a velocidade até o final da corrida,
dependendo do nível e da genética do atleta. Tanto coordenação quanto técnica devem ser
treinadas principalmente como educativos técnicos, e ser observados erros técnicos pelo
treinador para correção de movimentos, trabalhar a inclinação do tronco na linha de
chegada, realizar técnicas de relaxamento com corridas de coordenação, amplitude de
passadas sem exageros ou curtas demais para que não haja efeitos de frenagem durante
a corrida.
O trabalho de força e força rápida devem ser um trabalho que a ser realizado com muito
cuidado, para que se evite lesões, excesso ou perda de massa muscular e excessos de
treinamento. De acordo com treinadores, a ênfase ao treinamento de musculação deve ser
com intensidades de 60-80% com movimento máximo-explosivo e de curta amplitude, com
1’-2’p, de 6-8r, de 3-5 séries, e, com 5’p entres séries, sendo que na utilização de
intensidade maior, menor é a repetição e vice-versa.
REFERÊNCIAS:
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
821
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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RESUMO: Este estudo teve como objetivo geral identificar qual zona do campo (dimensão
espacial) que apresenta maior ocorrência de finalizações que resultam em gol. Como
objetivos específicos buscou-se verificar se há consistência na prevalência das zonas de
ocorrência do gol em cada nível de rendimento e também identificar se existe diferença
entre os níveis de rendimento (G4 e Z4). Foram analisados todos os gols marcados nas
temporadas de 2009, 2010, 2011 e 2012 da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol.
Procedemos a uma descrição dos valores absolutos e percentuais relativos à quais zonas
do campo (dimensão espacial) que apresentam maior ocorrência de finalizações que
resultam em gol. Nas inferências adotamos o teste do Qui-quadrado. O nível de
significância foi mantido em 5%. Os resultados mostraram uma prevalência da zona 11
dentro da área de pênalti como a preferencial para as finalizações que resultaram em gol,
tanto na análise conjunta das temporadas, como na apreciação por nível de rendimento e
temporada isoladamente.
Palavras-chave: Futebol. Rendimento. Análise de Jogo.
INTRODUÇÃO: Relativamente à evolução manifestada nos Jogos Desportivos Coletivos,
além do equilíbrio verificado em competições do mais alto nível, evidencia-se a relevância
e necessidade da leitura qualificada dos números e fatos ligados ao ambiente do jogo com
a respectiva aproximação da ciência, objetivando, de modo permanente, a qualificação do
processo competitivo. Verifica-se, assim, um constante interesse das Ciências do Esporte
em identificar os fatores presentes no contexto do jogo que possam aumentar os
conhecimentos da lógica funcional na especificidade da modalidade de Futebol. A elevada
performance de uma equipe de Futebol manifesta-se pelo equilíbrio de sua organização
coletiva e consequente eficácia demonstrada nas suas finalizações, ou seja, sua
capacidade em marcar mais gols que o adversário, de modo que a obtenção de gol(s) passa
a ser o indicador diferencial e decisivo para caracterizar uma equipe bem sucedida
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As imagens da maioria dos gols foram cedidas, através de DVD’s, pela Central de Dados
Digitais (CDD) do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Os demais gols foram obtidos através
de pesquisa e visualização em sites que abordam a modalidade de Futebol. Para analisar
os dados, relativamente ao objetivo geral, procedemos a uma descrição dos valores
absolutos e percentuais relativos a quais zonas do campo (dimensão espacial) que
apresentam maior ocorrência de finalizações que resultam em gol. Para atender aos
objetivos específicos, selecionamos da amostra apenas os gols das equipes classificadas
no nível de rendimento superior (G4) e inferior (Z4), em cada uma das edições da
competição entre os anos de 2009 a 2012. Para esta análise recorremos ao teste de qui-
quadrado. O alfa adotado foi de 0,05. O software usado para a obtenção dos valores
apresentados neste estudo exploratório foi o SPSS v.20. No intuito de examinar a fiabilidade
das observações da varável espacial aplicou-se o índice Kappa de Cohen, sendo
encontrados excelentes valores de concordância (acima de 0,81, para intraobservador e
interobservador).
RESULTADOS: Ao analisarmos conjuntamente os gols das quatro temporadas avaliadas,
no que se referem as zonas de finalização (antecedente ao gol), encontramos prevalência
da zona 11 dentro da área de pênalti com 73,2%. As outras três zonas que se destacaram,
porém com percentuais bem inferiores, foram: zona 11 fora da área com 7,5%, logo a seguir
zona 12 dentro da área 5,9% e zona 10 dentro da área com 5,1%. Considerando as
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RESUMO: O lançamento é uma ação técnica que permite uma equipe de futebol jogar em
profundidade a partir do eixo longitudinal do campo de jogo. Sua prática é notoriamente
comum nas partidas. O objetivo desse estudo foi analisar a eficiência dos lançamentos
executados pelas equipes que participaram da Copa do Mundo. A metodologia se baseou
em uma análise observacional dos lançamentos realizados por um jogador que se
encontrava no meio campo defensivo com o intuito de passar a bola para outro colega de
equipe que estava no campo ofensivo, sendo que a partir disso foi verificado o resultado da
ação a partir dos seguintes critérios: finalização à meta, manutenção da posse de bola,
perda da posse de bola e recuperação da posse de bola. Foram avaliados 4512
lançamentos, sendo que as equipes perderam a posse da bola em 59%, mantiveram a
posse em 28%, e recuperaram a bola em cerca de 12% das ações. Menos de 1% dos
lançamentos resultaram em finalização à meta. O principal achado do estudo consiste que
os lançamentos apresentam baixa eficiência, pois promovem elevada perda de posse de
bola e raramente criam oportunidades de finalização à meta.
Palavras-chave: Lançamentos; Análise Observacional; Copa do Mundo FIFA.
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analisar a eficiência dos lançamentos executados pelas equipes que participaram da Copa
do Mundo de Futebol Masculino Brasil 2014.
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Hughes e Franks (2005) fizeram um estudo com as Copas do Mundo de 1990 e 1994 (n =
116 jogos) em que analisaram a forma como ocorreram os gols a partir de sequências de
passes e verificaram que as equipes que obtiveram sucesso nessas competições tiveram
significativamente maior número de chutes a gol após uma sequência de passes mais longa
(maior valorização da posse de bola) em detrimento ao jogo direto. Andrade et al. (2015)
analisaram 1035 gols dos 380 jogos do Campeonato Brasileiro de 2008 - Série A, e
verificaram que apenas 1,5% das assistências para gol saíram do campo defensivo da
equipe, contudo exclusivamente em lances de bola parada. Os resultados do estudo de
Añon et al. (2014), mesmo sendo uma amostra bastante reduzida (n = 2 jogos), mostraram
que nas finais da Champions League (2011) e do Mundial Interclubes (2011), apenas
19,54% de 87 lançamentos foram considerados corretos. O resultado agregado desses
estudos constitui uma forte tendência a que os lançamentos não sejam eficientes no que
concerne à finalização à meta e marcação de gols em diferentes níveis do futebol mundial,
sendo a valorização da posse de bola uma alternativa mais eficiente em obter chutes a gol
e um importante indicador de sucesso de uma equipe (LIU et al., 2015).
FM MB PB RB TT
Total 31 1258 2665 558 4512
Média ± DP 0,24 ± 0,48 9,83 ± 5,42 20,82 ± 8,00 4,36 ± 3,33 35,25 ± 12,16
Mín a Máx 0a2 0 a 23 5 a 40 0 a 14 9 a 63
Tabela 1. Valores absolutos de lançamentos realizados na XX Copa do Mundo de Futebol
Masculino da FIFA - Brasil 2014, sendo FM: finalização à meta; MB: manutenção da posse
de bola; PB: perda da posse de bola; RB: recuperação da posse de bola; TT: total dos
lançamentos executados.
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Partindo desse ponto, a finalização à meta pode não ser o principal objetivo da equipe ao
utilizar os lançamentos, mas sim progredir em profundidade pelo campo de jogo
(ANDERSON e SALLY, 2013). Neste contexto, as equipes podem utilizar o exemplo do
rugby, em que os lançamentos com os pés são usados para quebrar as linhas defensivas
do adversário, progredir no campo de jogo e recuperar a bola o mais próximo da linha do
gol (ORTEGA, VILLAREJO E PALAO, 2009). Um exemplo dessa estratégia, no caso do
futebol, é o time do Stoke City da Inglaterra que realizava elevado número de lançamentos,
contudo, obtendo aumento no número de chutes a gol (ANDERSON e SALLY, 2013). Em
consonância, na Copa do Mundo 2014, ao se observar os resultados referentes às análises
estratificadas por quartis, verificou-se que as equipes que menos lançaram foram as que
obtiveram menor êxito em relação à manutenção da posse de bola. Inversamente, as
equipes de menor qualidade ou escalão podem utilizar os lançamentos como estratégias
mais perenes (ANDERSON e SALLY, 2013). Sendo assim, considerando equipes com
baixa qualidade técnica, é possível que os lançamentos se apresentem como um recurso
adequado, já que cerca de 40% dos lançamentos investigados no presente estudo
resultaram em manutenção ou recuperação da posse de bola.
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REFERÊNCIAS
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Figura 1: Representação das quatro regiões na quadra categorizadas para diferenciar as eficiências
de arremessos.
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Esses resultados podem variar de acordo com o contexto que se analisa, como fase
do campeonato, mas, em geral, essas diferenças estão vinculadas principalmente às
funções táticas, características fisiológicas e à distância com que eles jogam da cesta
(SAMPAIO et al., 2006). Os pivôs tendem a jogar mais perto da cesta (SAMPAIO et al.,
2006; SAMPAIO et al., 2008). Isso pode explicar por que os pivôs apresentaram maior
eficiência na região “C”, a mais próxima da cesta, em relação à região “D”, a mais distante
da cesta. Já a região “A”, embora os pivôs tenham obtido 100% de eficiência, é uma região
de pouca atuação dessa posição. Isso significa que os pivôs acertaram os poucos
arremessos tentados nesta região. Os armadores são jogadores líderes em assistências e
arremessos de longa distância (SAMPAIO et al., 2008), tendo que no campeonato brasileiro
sua eficiência foi maior da região “A”. Os alas, ala-armadores e ala-pivôs devem ser
jogadores bem equilibrados, que cumpram tanto com a função de arremessar perto da
cesta (região “C”), com ou sem infiltrações, quanto com a de arremessar à média e longa
distâncias (regiões “B”, “A” e “D”) (SAMPAIO et al., 2006).
REFERÊNCIAS
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RESUMO: O presente estudo teve por objetivo comparar variáveis quantitativas (passes,
finalizações, desarmes, cruzamentos, lançamentos, dribles, gols, faltas, cartões,
impedimentos e pênaltis) de jogos das duas divisões do Campeonato Brasileiro no ano de
2013. Os dados foram coletados em dois distintos portais eletrônicos especializados em
estatística para futebol (www.footstats.net e www.globoesporte.com). Foram analisados
380 jogos em cada divisão, totalizando 760 partidas. As variáveis foram comparadas
através de teste T independente, com significância de 5%. Analisarmos tamanho do efeito
(TE), do qual os resultados mostraram diferença significativa superior da série A em relação
à série B (p < 0,05) para as variáveis passes certos, errados e totais, percentual de sucesso
em passes, em cruzamentos, em lançamentos e dribles errados, com TE moderado para
todas as variáveis. Houve superioridade significante (p < 0,05) da série B em relação à série
A para variáveis de finalizações certas, erradas, e totais. Percentual de sucesso de
desarmes, dribles, cartões amarelos, cartões vermelhos e faltas cometidas, com TE
variando de pequeno a grande. Concluímos que a série A apresenta melhor índice técnico,
maior dificuldade em driblar e finalizar corretamente em relação à série B. Adicionalmente,
a série B é mais violenta do que a série A.
Palavras-chave: Futebol, Campeonato Brasileiro, Scout.
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características, o futebol apresenta diversas variáveis técnicas e táticas que podem ser
analisadas no decorrer de uma partida. Quando falamos em técnicas, nos referimos a
gestos motores ou habilidades especificas da modalidade, que no caso do futebol
entendemos como passes, finalizações a gol, cruzamentos e gols. Já em referência à tática,
fazemos alusão a forma de jogar da equipe, que podemos nos referir a padrão de jogo,
como adoção de esquemas do tipo, 4:4:2 ou 3:5:2. Pensando nesta aleatoriedade de
contextos, o futebol pode ser quantificado e ate mesmo qualificado por uma ferramenta que
vem ganhando notoriedade atualmente: o Scout (ANDERSON, C.; SALLY, D, 2013). O
scout ou análise estatística pode ser descrita como o mapeamento de ações que ocorrem
em uma partida, quer seja ele individualizado ou em equipe (VENDITE et al., 2005). A partir
de tais analises, podemos ter outra visão sobre o que ocorre em uma determinada partida,
ou até mesmo o que realmente aconteceu ao longo de um campeonato inteiro. Tais dados
são importantes tanto para as equipes como para os espectadores de uma partida ou
campeonato. Com tal ferramenta e, buscando visões diferentes, um objeto de estudo em
que o futebol se apresenta será o Campeonato Brasileiro da Série A e o Campeonato
Brasileiro da Série B, primeira e segunda divisões respectivamente. O motivo da escolha
das duas competições foi o idêntico formato de organização e disputa das mesmas. O
objetivo do presente estudo foi analisar e comparar os dados estatísticos gerados pelas
duas principais divisões do futebol brasileiro e, assim, responder por meio do método
científico questões relacionadas à comparação de duas principais divisões do futebol
brasileiro.
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das 40 equipes participantes das duas competições (20 equipes da série A e 20equipes da
série B), resultado das 76 rodadas provenientes das duas divisões (38 rodadas de cada
divisão). Os dados foram obtidos por meio de dois portais eletrônicos distintos,
Footstats.com e Globoesporte.com. O motivo da escolha de dois diferentes bancos de
dados se da pelo fato de apresentarem diversos fatores analisáveis, porém com o mesmo
parâmetro, ou seja, com a junção de ambos mais aspectos foram passíveis de análise.
Todos os dados foram alojados em planilhas do Microsoft Excel 2010 para posterior análise.
A análise estatística testou a distribuição dos dados por meio do teste D’Agostino e
Pearson. Quando as variáveis apresentaram distribuição normal, utilizamos o teste t -
student (análise paramétrica). Quando a distribuição foi considerada não normal, aplicamos
o teste não paramétrico de Mann Whitney. O tamanho do efeito (TE) foi calculado para
determinar a magnitude da diferença (Cohen, 1988) sobre as variáveis. A magnitude do TE
foi classificada como trivial (< 0,2), pequena (> 0,2–0,6), moderada (> 0,6–1,2), grande (>
1,2–2,0) e muito grande (> 2,0-4,0) baseado nas diretrizes de Batterhamand e Hopkins
(Batterhamande; Hopkins 2006). O nível de significância adotado foi de p< 0,05. O
programa estatístico utilizado para análise dos dados e confecção das figuras foi GraphPad
( Prism, 6.0, San Diego, USA.).
Variável P TE Classificação TE
Passes Certos* 0,0059 0,92 Moderado
Passes Errados* 0,0040 0,97 Moderado
Passes Totais* 0,0056 0,93 Moderado
Percentual de Sucesso* 0,0146 0,84 Moderado
Finalizações Certas* 0,0164 0,58 Pequeno
Finalizações Erradas* 0,0050 0,95 Moderado
Finalizações Totais* 0,0149 0,81 Moderado
Percentual de Sucesso 0,3933 0,19 Trivial
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0,96 0,96
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Cartões amarelos A -
Cartões vermelhos A 0,96 - 0,98
Faltas cometidas A 0,96 0,98 -
Cartões amarelos B - 0,97 0,99
Cartões vermelhos B 0,97 - 0,97
Faltas cometidas B 0,99 0,97 -
CONCLUSÃO: Com base nos dados analisados podemos concluir que a séria A apresenta
melhor índice técnico de passes, cruzamentos e lançamentos do que a série B; a série B
tem maior volume de finalizações, porém com percentual de sucesso semelhante ao da
série A; a série B apresenta índice de desarmes maior que a série A; driblar e mais difícil
na série A do que na série B; o número de gols, impedimentos e pênaltis não diferem entre
as séries A e B; o número de faltas e cartões amarelos e vermelhos se correlaciona
fortemente em ambas as séries e a série B é mais violenta (cartões e faltas) do que a série
A. Também foi observada uma forte correlação entre faltas e cartões. Em suma, concluímos
que a série A apresenta um jogo mais técnico e mais contínuo em relação à série B.
REFERÊNCIAS:
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futebol está errado. 1ª ed. São Paulo: Paralela, 2013.
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Pontes (1983) aponta que o aproveitamento das ações de contra-ataque são determinantes
significativamente entre equipes que atuam em campeonatos com diferentes níveis de jogo.
MÉTODOS: Foram analisadas 313 sequências (159 das equipes vencedoras e 144 das
equipes perdedoras) de contra-ataque em doze jogos da Champions League 2013/2014
(semifinais e finais), que envolveram 8 equipes da competição promovida pela European
Handball Federation (EHF), capturadas a partir do site laola1.tv. Os contra-ataques foram
analisados tendo como ponto de partida as variáveis sugeridas por Prudente et al. (2004).
Foram calculados três índices para analisar a relação numérica entre os jogadores
de defesa e de ataque (número de atacantes - número de defensores) nos momentos inicial
e final do contra-ataque: índice de relação numérica em igualdade (IRNI) e índice de relação
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Início Finalização
2 1 0 -1 -2 2 1 0 -1 -2
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DISCUSSÃO: Os valores obtidos em igualdade numérica nos trazem uma ideia de que as
equipes vencedoras e perdedoras iniciaram os contra-ataques nessa situação da mesma
maneira, ou seja, com um equilíbrio numérico não só devido a punições, mas nos
momentos das ações também, já se formos observar as finalizações, veremos que ambas
as equipes geraram a partir do contra-ataque situações de superioridade numérica mesmo
estando em igualdade mediante as punições.
Essas informações podem nos mostrar uma ideia de que as equipes vencedoras do
mais alto nível de jogo da modalidade, mesmo quando se encontravam em inferioridade
numérica por conta de punições, ao invés de controlarem a bola e gastarem o tempo da
punição em seu ataque, tentavam gerar situações favoráveis e de superioridade numérica
rapidamente, para concluir sua fase ofensiva da melhor maneira.
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partir de erros do adversário devido a uma defesa agressiva, diferentemente dos achados
desta pesquisa, talvez pelo fato do nível de jogo analisado ser diferente (semifinais e finais
da EHF Champions League 2013/2014). Tais diferenças ratificam o complexo cenário do
jogo de handebol e da sua análise (MENEZES; REIS, 2010).
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RESUMO: Este estudo teve como objetivo verificar o efeito da restrição de tempo na fase
ofensiva sobre o desempenho tático dos jogadores de futebol da categoria Sub-13. A
amostra foi composta por 1932 ações táticas realizadas por 10 jogadores. O instrumento
utilizado para avaliar o desempenho tático foi o Sistema de Avaliação Tática no Futebol
(FUT-SAT), foram utilizadas duas variações, a primeira denominada “normal” e a segunda
“restrição de tempo”. Foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio padrão) e para
verificar a distribuição dos dados foi utilizado o teste Kolmogorov-Smirnov.Foram utilizados
o teste t e o teste de Wilcoxon. O teste Kappa de Cohen foi utilizado para verificar a
fiabilidade. Os resultados apontam diferença significativa no Índice de Performance Tática
Defensiva (IPTD) (p=0,03; t=-2,54) entre as variações. Conclui-se que a realização dos
jogos com restrição de tempo na fase ofensiva induziu uma organização defensiva mais
eficaz, gerando melhoria do desempenho tático nesta fase defensiva.
Palavras-chave: Tática; Pressão de Tempo; Princípios Táticos.
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verificar a fiabilidade. Foram reavaliadas 210 ações táticas, que representaram 10,86% da
amostra, valor superior ao de referência (10%) (TABACHNICK; FIDELL, 2001). Os
resultados do reteste apresentaram fiabilidade intraavaliadores no jogo normal com valores
situados entre o mínimo 0.939 (ep=0,042) e o máximo 1.000 (ep=0,000) e no jogo com
restrição de tempo com mínimo de 0.823 (ep=0,058) e máximo de 1,000 (ep=0,000). Para
a fiabilidade interavaliadores no jogo normal os valores situaram entre o mínimo 0,846
(ep=0,034) e máximo de 1,000 (ep=0,000) e com restrição de tempo, entre o mínimo 0,825
(ep=0,043) e máximo 1.000 (ep=0.000). Para todos os testes foi adotado o nível de
significância de 5% (p<0,05). Para o tratamento estatístico dos dados utilizou-se o software
SPSS (Statistical Package for Social Science) para Windows®, versão 20.0.
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CONCLUSÃO: Conclui-se que a realização dos jogos com restrição de tempo na fase
ofensiva induz uma organização defensiva mais eficaz por parte das equipes gerando
melhoria no desempenho tático nesta fase defensiva. Portanto, a manipulação dos
constrangimentos de tarefa relacionada à restrição de tempo pode ser utilizada nos
treinamentos para que os jogadores sejam capazes de gerir o espaço de jogo e responder
aos problemas advindos do jogo de maneira precisa. Novos estudos com restrição de
tempo em diferentes categorias e estruturas funcionais podem ser realizados para
aprofundamento da relação entre a estrutura temporal e a gestão do espaço de jogo no
Futebol.
REFERÊNCIAS
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855
RESUMO: O objetivo do estudo foi investigar o efeito da idade relativa (EIR) nos atletas do
Campeonato Brasileiro de Basquetebol sub-15 de 2015, analisando possíveis diferenças
entre os sexos e divisão. Foi identificado o trimestre de nascimento (quartil) de 530
basquetebolistas (270 do sexo masculino). Para análise dos dados, utilizou-se o teste Qui-
Quadrado (χ2). Verificou-se maior predominância de atletas nascidos no 1° e 2°quartis no
campeonato (χ2=29,219; p<0,001), mas apenas nos atletas do sexo masculino (χ2=35,395;
p<0,001) e nos atletas da primeira (χ2=22,057; p<0,001) e segunda divisões (χ2=8,316;
p=0,040). Conclui-se que o EIR está presente na categoria sub-15 de basquetebolistas
brasileiros do sexo masculino, especialmente naqueles de maior nível de desempenho.
Considerando as consequências negativas do EIR, técnicos e gestores devem estar atentos
às causas desse fenômeno, evitando a perda de possíveis talentos. Palavras-chave: Efeito
da idade, Basquetebol, Jovens.
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856
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escolares) das categorias sub14 e sub16 (LEITE et al., 2013). A presença do EIR no sexo
feminino é inconsistente (WERNECK et al., 2014). No basquete, nas categorias de base,
apenas dois estudos verificaram este fenômeno (LEITE et al., 2013; GARCÍA et al., 2014).
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858
(Q1: Jan-Mar; Q2: Abr-Jun; Q3: Jul-Set; Q4: Out-Dez; X2: teste qui-quadrado; *diferença significativa, p<0,05)
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Valores médios e desvios padrão das diferentes variáveis analisadas para G1 e G2, valores de
probabilidade verificados nas comparações múltiplas pareadas (p) e o tamanho do efeito (TE).
G1 G2 p TE
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DT = distância total; %D1, %D2, %D3, %D4 = percentual da distância percorrida em intensidade de nível
1, 2, 3 e 4, respectivamente; NAcel1 e NAcel2 = número de acelerações maiores que 2,0 e 2,5 m/s²,
respectivamente; %Acel1 e %Acel2 = percentual da distância percorrida em acelerações maiores que 2,0
e maiores que 2,5 m/s², respectivamente; G1= grupo de atletas com maior desempenho no teste TCTP;
G2 = grupo de atletas com menor desempenho no teste TCTP; * diferença significante entre os grupos.
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que uma resposta efetiva durante um jogo também passa pela capacidade de executar
adequadamente as decisões tomadas e que a pressão de tempo é um aspecto inerente ao
jogo, o aumento do número de ações em intensidades mais elevadas (%D3) está coerente
com este contexto apresentado, assim como, a redução das ações em menor intensidade.
CONCLUSÕES
Conclui-se que os atletas de maior conhecimento tático apresentaram maior
demanda física durante a realização de pequenos jogos em igualdade numérica. Sugere-
se que novas configurações de jogo, bem como pesquisas com atletas de diferentes níveis
de expertise, sejam futuramente realizadas. Novos aportes permitirão uma melhor
adequação dos objetivos da comissão técnica com as possibilidades de utilização dos
pequenos jogos no processo de treinamento de jovens jogadores.
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
A dinâmica de troca de passes tem sido considerada uma das características mais
marcantes do futebol moderno (TENGA te al., 2010). Quando assistimos uma partida de
futebol do Barcelona, por exemplo, fica evidente a formação de interações locais que
dinamizam a troca de passes curtos e em diferentes direções e sentidos de maneira a
explorar o espaço de jogo e criar vantagens defensivas e ofensivas. No entanto, pouco se
sabe sobre a formação das interações interpessoais em contextos restritivos, tal como em
espaços reduzidos e tempo limitado para as ações. Ainda, como estas interações se
configuram nas diferentes categorias de formação do futebol.
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No presente estudo, o pequeno jogo conhecido como bobinho 15 foi utilizado para
verificar os efeitos de constrangimentos espaciais e temporais na dinâmica de troca de
passes sob marcação em diferentes categorias de formação. Foi hipotetizado que: (1) os
jogadores explorariam os limites espaciais e temporais disponíveis no contexto competitivo;
e (2) as categorias de formação analisadas apresentariam diferentes adaptações aos
constrangimentos manipulados.
MÉTODOS
Participaram deste estudo vinte jogadores do sexo masculino selecionados de quatro
categorias de formação de uma equipe profissional: sub13 (n=5), sub15 (n=5), sub17 (n=5)
e sub20 (n=5). Todos os procedimentos foram aprovados pelo CEP/UESC, sob o número
de protocolo CAAE: 28947714.7.0000.5526.
A tarefa experimental foi elaborada com base em uma configuração de jogo
composta de quatro (n=4) passadores e um (n = 1) marcador (Figura 1) em quatro
condições experimentais: (1) dimensão espacial ampliada e posse de bola livre (AL), (2)
dimensão espacial ampliada e posse de bola restrita (AR), (3) dimensão espacial reduzida
e posse de bola livre (RL), e (4) dimensão espacial reduzida e posse de bola restrita (RR).
Na condição de dimensão espacial ampliada ou reduzida, os participantes puderam
se deslocar internamente a uma dimensão espacial circular de 9m ou 6m de diâmetro
respectivamente. Nas condições de posse de bola livre ou restrita, os passadores estiveram
livres ou impedidos de manter a posse de bola respectivamente.
Cada condição experimental (AL, AR, RL e RR) teve duração de 5 minutos
ininterruptos, totalizando 20 minutos de atividade para análise. Entre cada condição foi dado
um intervalo de descanso suficiente para recuperação. Os dados de interesse foram obtidos
por meio de procedimentos videogamétricos (DUARTE et al., 2010), possibilitando analisar
as seguintes variáveis (Figura 1): (a) Distância interpessoal entre o passador e o marcador
(DIm); (b) Distância interpessoal entre o passador e o receptor (DIr); (c) Distância
interpessoal entre o marcador e o receptor (DImr); (d) Ângulo de passe (Apasse), formado
pelos vetores DIm e DIr; e (e) Velocidade média do passe (Vpasse).
15
Bobinho é o termo utilizado popularmente no Brasil. No entanto, pode ser conhecido como “rondo” na
Europa, ou ainda pela terminação recreativa “the midle of the pigle”.
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A B
m DImr r
DImApasseDIr
Vpasse
p
Figura 1. Configuração da tarefa experimental com quatro passadores e um marcador (A) e as variáveis analisadas (B).
DIm: distância interpessoal com o marcador; DIr: distância interpessoal com o receptor; DImr: distância interpessoal
marcador-receptor; Apasse: ângulo de passe; e Vpasse: velocidade do passe.
Cada variável dependente foi submetida a uma ANOVA two way com 4 categorias
(sub13, sub15, sub17 e sub20) x 4 condições experimentais (AL, AR, RL e RR). Teste Post
Hoc de Bonferroni identificaram as diferenças, consideradas quando p ≤ 0.05.
RESULTADOS
Os resultados mostraram que os jogadores exploraram os espaços oferecidos, com
maiores distâncias interpessoais em espaço ampliado de jogo (Figura 2A, 2B e 2C). No
entanto, a relação angular não apresentou diferença significativa (Figura 2D). A
manipulação do constrangimento temporal influenciou apenas a relação com o marcador,
caracterizada pela distância interpessoal com o marcador em espaço ampliado (Figura 2A).
Nenhuma diferença entre as categoria de formação foi encontrada.
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A B
DIm (cm)
DIr (cm)
C D
DImr (cm)
Apasse (°)
*
* * *
Vpasse (cm/frame)
Figura 2. Médias e Desvios padrão das variáveis dependentes como uma função da categoria e constrangimentos. AL:
espaço de jogo ampliado e posse de bola livre; AR: espaço de jogo ampliado e posse de bola restrita; RL: espaço de jogo
reduzido e posse de bola livre; e RR: espaço de jogo reduzido e posse de bola restrita. Os traços e asteriscos representam
as diferenças identificadas no teste Post Hoc de Bonferroni.
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870
CONCLUSÃO
Mudanças nos constrangimentos da tarefa tal como manipulações espaciais e
temporais afetaram a interação interpessoal no contexto competitivo de troca de passes
sob marcação. No protocolo experimental analisado foi possível verificar que os jogadores
exploram os limites espaciais modulando a velocidade de troca de passes para manter um
ângulo de passe favorável. Ainda, que a dinâmica da troca de passes seja influenciada pelo
estágio de aprendizagem e desenvolvimento do jogador (ou grupo de jogadores) se
encontra. Entender estes efeitos na dinâmica de interação interpessoal dos jogadores é
crucial para a elaboração de um ambiente de ensino-aprendizagem-treinamento que
favoreça o processo de exploração e descoberta de soluções, fundamentais para a
aquisição e refinamento de habilidades motoras e comportamentos táticos individuais e
coletivos no contexto competitivo dos esportes coletivos.
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
872
RESUMO: O objetivo deste estudo foi verificar o perfil do cronotipo de atletas de futebol da
categoria sub-20. Participaram deste estudo 95 atletas de futebol da categoria de base sub-
20 de equipes brasileiras da série A, com idade média de XX e praticam a modalidade a
mais de 10 anos. O estudo foi realizado durante a temporada de 2014-2015. O cronotipo
dos atletas foram avaliados por meio do Questionário de Horne e Östberg. Os resultados
mostraram que 75,78% dos atletas são do tipo indiferente, 12% apresentam uma
preferência para o turno da manhã, 10,5% para vespertino moderado e somente 1,05%
para vespertino extremo. Conclui-se que os atletas de futebol da categoria sub-20 são em
maioria indiferentes quanto o tipo cronotipo.
Palavras-chave:Cronotipo, Futebol, Atletas.
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873
também a escolha para hora de dormir. As preferências entre turnos matutinos e turnos
vespertinos caracterizam o cronotipo. O tipo matutino é aquele em que o indivíduo que se
sente fatigado à noite, prefere ir para a cama cedo, rapidamente dorme e alcança a
profundidade máxima do sono, que, diminui gradualmente para a manhã, momento em que
ele se levanta recuperado e totalmente alerta. O tipo vespertino, é aquele em que o
indivíduo realiza o seu melhor à noite, prefere ir para cama relativamente tarde, e chega a
sua profundidade máxima para o sono de manhã, e assim tende a se sentir cansado ao
longo do dia (KERKHOF, 1985). O cronotipo refere-se portanto à hora do dia em que o
indivíduo apresenta o melhor desempenho (RANDLER, 2015).
Em atletas de futebol o cronotipo são escassos. Dentre os poucos achados na
literatura Chtourou, et al (2014) estudou o cronotipo em atletas de futebol durante o período
pré e pós do Ramadã e a relação com o estado de humor destes atletas neste período. Os
atletas foram organizados em três grupos: treinos matutinos (TM), treinos vespertinos (TV)
e grupo controle (GC). Inicialmente os grupos apresentaram média de 62.4% de indivíduos
matutinos (TM), 60.80% indivíduos vespertinos (TV) e 61.40% (GC). Os principais achados
mostraram que após o início do ramadã os atletas que treinavam de manhã mantiveram a
sua preferência para o horário de treino (63.20%) enquanto os atletas que treinaram no final
da tarde obtiveram uma significativa redução quanto à preferência dos horários de treino
(38.30%). Além disso, houve um aumento do estado de fadiga e redução do vigor para a
maioria do grupo TV que treinaram no final da tarde. Os autores afirmaram que no grupo
estudado os efeitos do treinamento matutino provocaram menores alterações no cronotipo
destes atletas do que o treinamento no final da tarde provavelmente pelas restrições
alimentares que o período exige no período do Ramadã.
A avaliação do cronotipo dos atletas é importante não só para o diagnóstico e
tratamento de distúrbios do sono, mas também para melhorar o desempenho durante o dia
(SILVA, 2012). Thun et al (2015) apresentaram um estudo de revisão com indicativas de
que a privação do sono e a dessincronização de ritmos circadianos podem afetar
negativamente o desempenho dos atletas de futebol. De acordo com os autores, em geral,
o rendimento do atleta de futebol é melhor à noite do que de manhã.
Em geral, nas categoria de base sub-20 do futebol o treinamento ocorre
principalmente nos períodos da manhã. Neste contexto, os atletas vespertinos podem estar
em maior risco de sofrerem os efeitos da privação do sono e dessincronização do ritmo
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874
circadiano que os atletas matutinos. Sendo assim, investigar o perfil do cronotipo nos atletas
de futebol da categoria sub 20 no contexto brasileiro poderá fornecer um mapeamento da
preferência destes atletas evitando um desgaste físico e psicológico do indivíduo durante o
treinamento que pode estar associado ao seu cronotipo. Além disso, investigações futuras
sobre efeitos do cronotipo em atletas de futebol sub-20 podem compreender os efeitos dos
treinamentos sobre o rendimento desses atletas durante as sessões de treinamento.
Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo verificar o perfil do cronotipo
em atletas de futebol da categoria sub-20.
MÉTODO: O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal
de Minas Gerais pelo CAAE-29062614.0.0000.5149. A amostra foi composta por 95 atletas
de futebol de times brasileiros da série A da categoria sub-20. Os clubes brasileiros eram
da região sul e sudeste. Os voluntários eram do sexo masculino, nascidos entre os anos de
1995 e 1996. O tempo de prática da modalidade foi em média 12,3 anos. Foi utilizado o
Questionário de Horne e Östberg (HO) desenvolvido por Horne & Ostberg (1976) para
caracterizar a matutinidade/vespertinidade dos indivíduos. O instrumento oferece a
classificação seguindo o escore: 16-33 vespertino; 34-44 vespertino moderado; 45-65
indiferente; 66-76 matutino moderado; 77-86 matutino. O estudo foi realizado durante a
temporada de 2014-2015. Durante o estudo, os atletas seguiram o planejamento
predeterminado por sua equipe, sem qualquer interferência por parte do pesquisador. A
aplicação dos questionários ocorreu nos centros de treinamento antes de uma sessão de
treino. O microciclo de treinamento continha na semana da coleta uma média de sete
seções de treinos intercalados entre manhã e tarde.
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875
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877
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878
Instrumento de observação
O instrumento de coleta de dados baseia-se no proposto a partir do SoccerEye
(BARREIRA et al., 2013). Nele, consta um modelo composto por sistema de categoria e
formato de campo, com sete dimensões de análise que passam pelo Início do processo
ofensivo, Desenvolvimento do estado de transição defesa-ataque, Progressão da posse de
bola, Final da fase ofensiva, Padrão de posicionamento espacial no campo, Centro de Jogo,
Padrão espacial de interação entre os times. Os critérios foram avaliados por peritos
devidamente treinados e a consistência das observações avaliada por meio do coeficiente
Kappa de Cohen. Especificamente, avaliaram-se os padrões ofensivos que resultaram na
marcação de gols (Fgl) como indicativo de sucesso. Todas demais categorias e itens foram
avaliados em função dos critérios acima estabelecidos, consideradas como condutas-
objeto.
Análise dos dados
Para a análise sequencial de retardos, foi utilizado o software SDIS-GSEQ
(BAKEMAN; QUERA, 2011). Associações significativas foram considerados com valores de
z acima de 1,96 (p<0,05). Consideraram-se ainda procedimentos para verificação da
consistência das observações dos peritos. Valores do coeficiente Kappa de Cohen
revelaram-se superiores a 0,8 para todas variáveis, apontando para consistência
satisfatória no estudo (ROBINSON; O’DONOGHUE, 2007).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A figura abaixo apresenta os padrões de jogo observados para a obtenção de gols
durante a realização de pequenos jogos.
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(sucesso) se associa com a progressão ofensiva por passes curtos, principalmente nos
retardos imediatamente anteriores ao final do processo ofensivo.
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e estrutura corporal acaba estabelecendo a aptidão física voltada à prática esportiva, onde
cada atleta tem sua morfologia diferenciada.
Segundo Bayer (1987) e Glaner (1996), as características morfológicas, como estatura e
massa corporal, são de grande importância no handebol. Elas dão uma melhor condição
para que se possa obter um bom rendimento e um melhor desempenho esportivo. A
morfologia corporal apresenta relação estreita com a performance em diferentes
modalidades esportivas e respectivamente em cada posição de jogo.
As qualidades morfológicas dão condição para o treinamento das qualidades físicas, além
de auxiliarem diretamente nas ações de jogo. As características com maior destaque na
literatura para atletas de handebol são: estatura (Bayer, 1987), massa corporal (Bayer,
1987; Moreno, 1997; Ettema, 2004), envergadura (Marques 1987; Glaner, 1999; Ettema,
2004), diâmetros palmar (Martini, 1980; Fischer; Hofman; Pasbt; Prange, 1991), radioulnar
e perímetro do antebraço (Glaner, 1996; Glaner, 1999; Vasques; Antunes; Duarte; Lopes,
2005). Sendo assim, o objetivo do trabalho é apresentar as características morfológicas do
da Seleção Brasileira Feminina de Handebol, que disputou as Olimpíadas de Londres –
2012 e comparar com as atletas que disputaram as olimpíadas de Sidney - 2000.
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desvio padrão. A partir dai, os dados foram discutidos e respaldados em literatura pertinente
a modalidade
De acordo com os dados acima, observamos que referente ao IMC, a média das atletas se
enquadra a maioria dentro do parâmetro preconizado pela OMS (2007), no estado de
eutrofia.
A avaliação do estado da composição corporal de atletas de alto nível é de suam
importância para que se estabeleçam parâmetros de comparação (Castro, 2007)
Apresentam-se ainda na tabela que as atletas possuem uma estatura boa para o esporte,
onde uma estatura maior auxilia para melhorar o desempenho. Um corpo alto e um alto
nível de potência de braços e pernas, em combinação ideal com a massa corporal, se
mostram muito importantes no handebol, pois o atleta mais alto apresenta uma melhor
envergadura, facilitando o arremesso durante o jogo.
Outro fator importante foi a idade das atletas, onde nota-se que é uma equipe madura. Esse
fator é de suma importância, pois, uma equipe madura se mostra mais experiente e
habilidosa, por ter um tempo maior treinando, competindo e se dedicado ao esporte,
melhorando no decorrer de cada competição que participa.
Comparado ao estudo de Froés, et al (2007), que mostra as características da Seleção
Brasileira Feminina de Handebol que disputou as Olimpíadas de Sidney de 2000, as atletas
de Londres possuem média de peso superior as atletas de Sidney, porém, a diferença não
é significativa, passou de 65,90 ± 7,70 kg para 70,8 ± 4,77. Já na variável estatura, as
atletas de Londres apresentaram maior média na estatura do que as atletas de Sidney,
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passando de 1,73 m. para 1,76 m. Isso nos mostra que com o passar dos anos, a Seleção
Brasileira aumentou em estatura e peso, tornando-se uma equipe com um biótipo melhor e
com uma estrutura física mais forte.
CONCLUSÃO: As estruturas físicas das atletas de elite podem ser uma ferramenta
poderosa para eficiência nos resultados das competições. Ao vermos as características de
cada uma das atletas da pesquisa, percebemos que elas possuem uma estrutura física que
beneficia a prática de handebol, pois sendo uma equipe de performance, onde se é exigido
muito de cada uma, elas se mantem num nível bom para melhor desempenho em jogos e
competições. Nota-se que a seleção das Olimpíadas de Londres - 2012 é uma seleção mais
homogênea, onde as atletas apresentam características morfológicas com poucas
diferenças uma das outras, estabelecendo uma igualdade na equipe.
Isso nos indica que o biotipo das atletas brasileiras, está a cada ano aproximando-se do
biotipo ideal, levando a uma semelhança das atletas europeias, mostrando que a seleção
brasileira se mantém em um padrão de excelência. De modo geral, essas características
podem influenciar na obtenção de um resultado positivo.
Vale ressaltar que o treinador também tem uma importante função no desempenho da
equipe, pois cabe a ele ter as informações sofre os pontos fortes e fracos de sua equipe,
tendo a finalidade de implementar planos de desenvolvimento, com aspectos que visem
melhorar a eficiência no jogo e levar sua equipe ao sucesso.
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ETAPA 2: Após os ajustes na prática a fase teórica começa com a descrição das tarefas
no manual do TECOBOL- curto para análise da compreensão dos itens e da semântica
empregada. Após essas análises, o instrumento foi aplicado em grupo de crianças, de uma
escola pública da cidade de Ouro Preto. Essa amostra foi composta de 20 crianças de
ambos os sexos com média de idade de 8,75 ± 0,98 anos.
Para a análise dos dados foi utilizada estatística descritiva com as medidas de tendências
centrais de médias, desvios-padrão e valores máximos e mínimos.
RESULTADOS: O resultado final da ETAPA 1 foi o Manual, mas até obtê-lo o processo foi
longo e seus ganhos ficaram registrados na análise de comportamento motor adequada as
faixas etárias. Isso, por muitas vezes, requisitou do grupo de pesquisadores novos estudos
sobre as características de execução das habilidades em cada fase de desenvolvimento e
aprendizagem das mesmas. Estes estudos foram sustentados por diversas observações
em beira de quadra de aulas de Educação Física e treinamentos dos esportes. Infelizmente
esses resultados não serão aqui descritos e nem discutidos, mas foram apropriados pelos
participantes e contribuirão em novos estudos da área.
A análise semântica do manual indicou a necessidade de modificação na forma de escrita
das instruções para execução do teste. Com o intuito de assegurar a reprodutibilidade o
teste por diferentes indivíduos e níveis de formação.
O manual é composto por quatro tarefas, duas executadas com as mãos e duas com os
pés explorando as habilidades básicas condução (1), drible (2), chute (3) e lançamento (4),
e são compreendias como habilidades de transporte da bola e para acertar o alvo:
MÃO NA PAREDE – CONDUÇÃO E DRIBLE (1 E 2): O avaliado deverá driblar (com uma
mão), e em outra realização para a condução levar a bola com um pé, continuamente, da
maneira que achar melhor, e, simultaneamente bater uma das mãos dentro de quadrados
afixados na parede o mais rápido possível. Ida e volta por duas vezes no percurso de oito
metros, sendo: Vai de frente, com o membro dominante, volta de costas, depois vai de
novo, mas desta vez de costas, e volta de frente com o membro não dominante sempre
acertando a mão os alvos da parede .
JOGAR NA PAREDE – LANÇAMENTO E CHUTE (3 E 4): O avaliado deverá lança/chutar
a bola na parede para acertar alvos desenhados na parede por 15 vezes certas, o mais
rápido possível, sendo 5x com o membro dominante, 5x com o membro não dominante e
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RESUMO: O trabalho teve como objetivo validar os dados das estatísticas oficiais dos jogos
do Novo Basquete Brasil, disponibilizados pela Liga Nacional de Basquetebol. A amostra
foi composta por 14 jogos de equipes profissionais masculinas na temporada 2011/2012.
Os dados das estatísticas oficiais foram obtidos no site da Liga Nacional de Basquetebol e
foi realizada coleta de dados através de filmagens dos mesmos jogos. Pela metodologia
observacional, foram registrados os indicadores técnicos de jogos e a validação dos dados
da oferecidos pela Liga foi realizada à partir de comparação com os dados coletados por
observadores, através do teste estatístico de Correlação. Os resultados mostraram alta
correlação entre os indicadores de desempenho coletados por observadores treinados e os
indicadores oferecidos pela Liga. Portanto, estes dados podem ser utilizados por
pesquisadores da área e por comissões técnicas de forma confiável.
Palavras-chave: Metodologia observacional, Validação, Novo Basquete Brasil.
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jogadores no campeonato, podendo ser utilizado pelo técnico para planejar os treinamentos
e melhorar o desempenho (GÓMEZ et al., 2008). Dessa forma, é observado que a eficiência
dos indicadores técnicos de basquetebol também está relacionada ao resultado final
(IBÁÑEZ et al., 2008), ou seja, as altas eficiências em indicadores técnicos, além dos
arremessos, podem ser importantes para a construção da vitória.
Um indicador técnico pode representar o desempenho defensivo ou ofensivo. A eficiência
defensiva está associada a máxima capacidade da equipe em impedir a conversão de
pontos do adversário. A eficiência ofensiva pode ser compreendida como o conjunto das
eficiências dos arremessos de lances livres, 2 e 3 pontos, por exemplo, diretamente
relacionadas à conversão de pontos (SAMPAIO; JANEIRA, 2001). Em trabalhos científicos
são mais comuns as descrições de indicadores técnicos ofensivos, bem como nas
estatísticas oficiais de diferentes competições de alto nível.
No Brasil, a Liga Nacional de Basquetebol (LNB), responsável por organizar o campeonato
Novo Basquete Brasil (NBB) disponibiliza em seu site o registro das ações técnicas de todos
jogos oficiais da competição. O processo de registro durante os jogos é realizado por
profissionais contratados e os dados são disponibilizados online no site oficial da LNB. No
entanto, estes dados não são revisados, e assim podem ocorrer erros em função da
dinâmica em que ocorrem as ações nos jogos. Nesse sentido, a confiabilidade dos dados
fornecidos pela LNB deve ser avaliada para que esses indicadores técnicos possam ser
utilizados tanto em pesquisas bem como no treinamento das equipes. Com isso, o presente
trabalho teve como objetivo validar os dados de indicadores técnicos dos jogos do NBB,
disponibilizados no site da LNB.
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certo e errado (2P), Arremesso de 3 pontos certo e errado (3P), rebote defensivo (D) e
ofensivo (O), toco (TO), total das faltas cometidas (FC).
Cinco observadores foram treinados previamente a esta medição, durante 4 dias em
sessões de 2 horas para executar as medições. Os critérios de marcação das ações foram
explicados com detalhe no período de treinamento. Para verificar a confiabilidade da
medição dos observadores foi utilizado o método teste-reteste (HOPKINS, 2000). Foram
selecionados dois observadores que tiveram experiência de no mínimo 6 anos como
jogadores em categorias de base da modalidade para realização dos testes de
confiabilidade. Nenhum dos observadores possuía experiência prévia com o instrumento.
Foram registrados dois jogos escolhidos randomicamente, o que representa 14,3% do total
da amostra, atendendo às recomendações literárias que sugerem que pelo menos 10%
sejam reanalisadas (TABANICK; FIDELL, 1989). O reteste foi realizado 30 dias após a
primeira análise (HILL; HILL, 2002). Foi calculado o índice de concordância intra e inter-
observadores através do índice Kappa de Cohen (COHEN, 1960), e a classificação do
índice seguiu os critérios de Landis e Koch (1977). Após a realização dos testes, para
garantir a qualidade dos dados obtidos, foram adotados procedimentos de verificação, que
consistiram na revisão dos registros pela pesquisadora responsável pelo trabalho. A Tabela
1, a seguir, apresenta o resultado dos Índices de Kappa de concordância intra e inter
avaliadores.
Intra-observadores Inter-observadores
Kappa Observador1 Observador2 Observadores
0,93 0,97 0,91
Tendo o índice de concordância intra e inter-observadores como “perfeita” (LANDIS e
KOCH, 1977), a validação dos dados da LNB foi realizada à partir de uma comparação com
os dados coletados pelos observadores através do teste estatístico de Correlação, com
valor de significância estabelecido em 5%.
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Métodos: O registro de um jogo foi feito por filmagem controlada com quatro câmeras
localizadas nos cantos superiores do ginásio, a uma altura de 12 metros do solo, de forma
a enquadrar toda a quadra. A frequência de análise foi de 7.5 Hz. As frequências das ações
foram quantificadas utilizando o Sistema Dvideo (FIGUEROA et al., 2003). O sistema
permite definir com precisão o início e fim de cada ação realizada e o jogador que a realizou.
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Foi utilizado o módulo scout do Sistema Dvideo, onde foram realizados os procedimentos
de sincronização temporal das câmeras e medição das ações. Os dados coletados foram
tratados em ambiente Matlab®, para obtenção das frequências e tempos de duração de
cada ação dos jogadores.
A classificação proposta foi divida em três classes: deslocamentos horizontais,
deslocamentos verticais e trocas de forças de contato, e definidas a seguir:
- Deslocamentos horizontais: Todos os deslocamentos na direção horizontal, com seis
subclasses: para frente, para trás, para as laterais, na posição defensiva, durante o drible
e parado.
- Deslocamentos verticais: qualquer movimento ou atividade que um jogador inicie uma
ação em que tire os dois pés do chão. Foi divida em seis subclasses, em função do objetivo
do salto, ou fundamento associado: rebote, bandeja, arremesso, toco, enterrada e passe.
- Trocas de forças de contato: qualquer contato corporal entre os jogadores. Possui duas
subdivisões: proteção de rebote e jogo 1x1; e bloqueios e faltas. O jogo 1x1 é quando os
jogadores disputam espaço usando o contato corporal e a proteção ao rebote se dá quando
o jogador usa o corpo para impedir o adversário a chegar ao rebote tanto ofensivo, quanto
defensivo. Bloqueios ocorrem quando o jogador faz ou recebe um bloqueio ou um corta luz.
As faltas são qualquer tipo de contato ilegal durante o jogo.
Tabela 1: Frequências das ações (fr) e os tempos totais de duração das ações (tt) em cada
subclasse nos quatro quartos do jogo, sendo: deslocamento horizontal (d), deslocamento vertical
(s) e força de contato (fc), que foram divididas nas subcategorias deslocamento frente (df),
deslocamento atrás (da) deslocamento lateral (dl) deslocamento drible (dd) e parado (dp);
deslocamento vertical com bandeja (sb), com arremesso (sa), com enterrada (se), com toco (st),
com rebote (sr), e com passe (sp); faltas ou bloqueios (fcf) e proteção de rebote ou 1x1 (fc1). Os
valores são referentes à soma total de todos os jogadores que participaram do quarto.
total do
1Q 2Q 3Q 4Q
jogo
fr tt (s) fr tt (s) Fr tt (s) fr tt (s) fr tt (s)
df 279 1439 334 1993,5 461 2686,5 378 2376,8 1453 8495,8
da 126 448,8 170 515,3 224 765,2 192 706,1 713 2435,4
dl 83 371 57 252,4 52 179 42 170 235 972,5
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As ações mais realizadas no jogo todo foram das subclasses parado e deslocamento para
frente, mostrando a principal forma de movimentação dos jogadores e o caráter intermitente
da modalidade. A classe das trocas de força de contato apresentou valores totais maiores
que os deslocamentos verticais, confirmando a importância deste tipo de esforço. Na classe
deslocamento horizontal, todas as subclasses apresentaram aumento das frequências e do
tempo total do primeiro tempo para o segundo tempo, exceto para o deslocamento lateral.
Em relação ao descolamento vertical, não houve diferença entre os quartos e as suas
subclasses, e nas trocas de força de contato o segundo quarto apresentou valores
menores.
Tabela 2: Ações com os seus números de frequências (fr), tempos médios em segundos
(tm) e tempos totais em segundos (tt), dentro de cada classe correspondente. As classes
foram: deslocamento horizontal (d), deslocamento vertical (s) e força de contato (fc), que
foram divididas nas subclasses, deslocamento frente (df), deslocamento atrás (da),
deslocamento lateral (dl), deslocamento drible (dd) e parado (dp); deslocamento vertical
com bandeja (sb), com arremesso (sa), com enterrada (se), com toco (st), com rebote (sr)
e com passe (sp); faltas ou bloqueios (fcf) e proteção de rebote ou 1x1 (fc1) para cada
posição dos jogadores.
Armador Ala-armador Ala Ala-pivô Pivô
tm tm tm tm tm
fr (s) tt (s) Fr (s) tt (s) fr (s) tt (s) fr (s) tt (s) Fr (s) tt (s)
df 33 1968, 31 2073, 22 1716, 29 1459, 28 1277,
9 35 4 0 33,1 7 1 60 8 8 33 5 5 36,7 4
da 16 14 18 12
2 19,4 560 7 16,4 506,2 99 26,1 331,2 1 20,7 636 4 26,3 402
dl 66 22,3 270,3 61 22,8 274,5 30 30 108,6 33 27,2 154,9 45 23,5 164,2
dd 54 28,9 295,4 38 23,6 154,8 24 35,8 82,6 21 10,3 38,3 9 5,6 8,9
p 19 1251, 16 11 15 1243, 16 1417,
9 38,8 3 3 33,3 1150 9 42,6 774,2 2 47,8 3 8 55,7 4
sr 3 2,5 2,5 1 1 1 13 7,4 24,9 7 4,6 11 13 6,1 11,8
sb 9 4,5 10,5 2 2,2 2,2 4 4,6 4,8 1 1,3 1,3 4 3 4,2
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as 8 2,4 6,2 12 3,3 10,5 7 3,2 5,6 4 1,6 2,2 9 5,1 7,9
st 5 1,3 1,5 6 2,3 5 8 5,3 9,1 2 0,6 1,4 19 5,4 16,9
se 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3,5 3,8 0 0 0
sp 4 1,2 2,4 5 2,4 4,2 7 2,8 5 2 1,7 1,7 0 0 0
fc
1 4 6,6 6,8 7 1,4 4,6 7 8,6 13,5 28 9,9 42,3 49 11,7 78,9
fcf 25 4,4 17,8 32 4,7 28,5 34 6 24,4 42 5,1 38,8 72 5,9 62,1
Nas subclasses de todas as classes há diferenças das frequências e tempos totais entre
as posições, caracterizando a especificidade de cada uma delas. Armador, ala-armador e
ala realizam mais deslocamentos horizontais que ala-pivô e pivô, e nas subclasses das
forças de contato ocorre o inverso. Quanto aos deslocamentos verticais maiores
frequências ocorreram para alas e pivôs. As subclasses drible e deslocamento lateral foram
às subclasses menos utilizadas, tanto em frequência e tempo total, sendo o drible mais
usado pelo armador, por causa da sua função técnica e tática de jogo. Apesar de o ala-pivô
e pivô realizarem menos ações de deslocamentos horizontais que ala-armador e armador,
eles apresentam maior frequência principalmente nas trocas de forças de contato,
diferenciando os esforços entre as posições, e mostrando novamente a necessidade de
considerar estes esforços.
Conclusão: Esse estudo apresentou uma nova forma de classificação das ações
realizadas por jogadores durante jogos de basquetebol e mostrou a importância de cada
classe e subclasse. Os resultados mostraram a importância de quantificar as trocas de
forças de contato e a especificidade de cada posição. A metodologia pode colaborar com
as comissões técnicas no planejamento dos treinamentos, visando o desenvolvimento
físico individualizado do atleta. A aplicação da classificação em um jogo de elite mostrou
também a necessidade de ampliação da amostra para maiores análises.
Referências
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907
INTRODUÇÃO: Os jogos reduzidos condicionados têm sido indicados pela literatura para
organizar e estruturar as atividades dos jogadores nos treinamentos (DAVIDS et al., 2013).
Esta atividade é descrita como jogos reduzidos com menor número de jogadores que
apresentam regras e objetivos modificados de acordo a organização do jogo formal (FORD;
YATES; WILLIAMS, 2010). Existem diferentes possibilidades de modificações para
construir esta atividade, entre elas, a inserção do curinga considerado como o jogador extra
que pode ser utilizado em apoio interno (dentro do campo de jogo) para auxiliar os demais
jogadores, na fase defensiva ou ofensiva do jogo com o objetivo de criar situações
momentâneas de superioridade e inferioridade numérica (HILL-HAAS et al., 2010).A
utilização de jogos reduzidos condicionados com curinga em apoio interno pode promover
a melhora do desempenho tático dos jogadores por apresentarem situações semelhantes
ao jogo formal (DAVIDS et al., 2013). No entanto, este tipo de manipulação não deve facilitar
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908
MÉTODOS:
Amostra: A amostra foi composta por 2023 ações táticas realizadas por 18 jogadores de
futebol da categoria Sub-11 pertencentes a um clube de futebol da primeira divisão do
Campeonato Brasileiro. Como critério de seleção da amostra, os jogadores deveriam estar
inscritos em programas formação esportiva, além de participarem de campeonatos de
futebol em nível regional ou estadual.
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos
da Universidade Federal de Viçosa, sob protocolo de número (Of. Ref. Nº
363.905/2013/CEP) e atende as normas do tratado de Helsinque de 1996 e do Conselho
Nacional de Saúde (CNS 466/2012).
Instrumento: O instrumento utilizado para avaliar o desempenho tático dos jogadores foi o
Sistema de Avaliação Tática no Futebol “FUT-SAT” (TEOLDO et al., 2011). O desempenho
tático dos jogadores é obtido a partir do Índice de Performance Tática (IPT) da fase ofensiva
(IPTO), defensiva (IPTD) e de jogo (IPTJ).
Procedimento de Coleta de Dados: Para avaliar o IPTO, IPTD e IPTJ dos jogadores, foi
realizado o teste de campo do FUT-SAT, que ocorre em campo reduzido com dimensões
de 36mx27m com duração de quatro minutos, com trinta segundos de “familiarização” antes
do início efetivo do teste. Os jogadores foram orientados a jogar de acordo com as regras
oficiais do jogo de Futebol, exceto à regra do impedimento. O teste de campo do “FUT-
SAT” ocorreu em dois jogos com configurações distintas. Na primeira configuração,
denominada “sem curinga” os participantes foram divididos aleatoriamente em duas
equipes com a seguinte formação: “goleiro + 3 vs. 3 goleiro” (GR+3xGR+3). Na segunda
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909
Análise Estatística: Foi utilizada análise descritiva (média e desvio padrão) do IPTO, IPTD
e IPTJ. Para verificar a distribuição dos dados foi utilizado o teste Kolmogorov-Smirnov.
Para averiguar a diferença das médias entre os jogos foi utilizado o teste t de medidas
repetidas. Adotou-se o nível de significância de p<0,05. Para verificar o tamanho do efeito
entre os jogos, foi utilizado o effect size (r) que foi divido em baixo (0,1-0,29), médio (0,3-
0,49) e alto (>0,5) (COHEN, 1992; FRITZ; MORRIS; RICHLER, 2012) Para verificar a
fiabilidade, foi utilizado o método teste-reteste que foi realizado respeitando um intervalo de
três semanas (ROBINSON; O'DONOGHUE, 2007). A fiabilidade foi calculada utilizando-
se o teste Kappa de Cohen. Foram reavaliadas 220 ações táticas, que representaram
10,87% da amostra, um valor superior ao de referência (10%) (TABACHNICK; FIDELL,
2012). Os resultados do reteste apresentaram fiabilidade intra-avaliadores no jogo sem
curinga (GR+3x3+GR) com valores situados entre o mínimo 0.813 (ep=0,068) e o máximo
1.000 (ep=0,000) e no jogo com curinga em apoio interno (GR+3x3+GR)+1 com mínimo de
0,848 (ep=0,062) e máximo de 1,000 (ep=0,000). Para a fiabilidade inter-avaliadores no
jogo sem curinga (GR+3x3+GR) os valores situaram entre o mínimo 0,831 (ep=0,033) e
máximo de 0,941 (ep=0,012) e com curinga em apoio interno (GR+3x3+GR)+1 entre o
mínimo 0.837 (ep=0.037) e máximo 0.915 (ep=0.032). Para o tratamento estatístico dos
dados utilizou-se o software SPSS (Statistical Package for Social Science) for Windows®,
versão 22.0.
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CONCLUSÃO: Foi concluído, neste estudo, que o curinga em apoio interno exerceu efeito
sobre o desempenho tático defensivo e de jogo, criando desordem na organização
defensiva além de dificultar a resolução de problemas em situações de inferioridade
numérica.
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913
INTRODUÇÃO
As interações interpessoais que emergem em situações de disputa de bola nos
esportes coletivos têm sido estudadas baseado no conceito de movimentos coadaptativos
em sistemas evolucionários (PASSOS; DAVIDS, 2015). Observações em diferentes
esportes tem identificado que os jogadores se (re)organizam para satisfazer as demandas
do contexto de ação em constante evolução temporal (CORREIA et al., 2014).
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914
MÉTODOS
Participaram deste estudo vinte jogadores do sexo masculino selecionados de quatro
categorias de formação de uma equipe profissional: sub13 (n=5), sub15 (n=5), sub17 (n=5)
e sub20 (n=5). Todos os procedimentos foram aprovados pelo CEP/UESC, sob o número
de protocolo CAAE: 28947714.7.0000.5526.
A tarefa experimental foi elaborada com base em uma configuração de jogo
composta de quatro (n=4) passadores e um (n = 1) marcador (Figura 1A), onde trocaram
passes em uma dimensão espacial circular com 9m de diâmetro. O objetivo do marcador
foi interceptar a bola e o objetivo dos passadores foi evitar a interceptação. O jogo teve
duração de 5 minutos ininterruptos, onde 30 ralis puderam ser identificados (n = 7 para
sub13; n = 8 para sub15; n = 9 para sub17; e n = 7 para sub20).
Por meio de procedimentos videogramétricos (DUARTE et al., 2010), as seguintes
variáveis foram calculadas (Figura 1B): (a) centroide (cent); (b) Distância entre o marcador
e a bola (Dm); (c) Distância entre o centroide e a bola (Dcent); (d) Ângulo centroide (Acent);
e (e) Ângulo marcador (Am).
16
Bobinho é o termo utilizado popularmente no Brasil. No entanto, pode ser conhecido como “rondo” na
Europa, ou ainda pela terminação recreativa “the midle of the pigle”.
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A B
Figura 1. Configuração da tarefa experimental com quatro passadores e um marcador (A) e as variáveis analisadas (B).
cent: centróide; Dcent: distância entre o centróide e a bola; Dm: distância entre o marcador e a bola; Acent: ângulo
centróide; e Am: ângulo marcador.
RESULTADOS
A correlação corrida (running correlations) permitiu visualizar a relação de fases entre
o marcador e o centroide em cada categoria analisada. Na Figura 2 é possível verificar os
momentos de criação, manutenção e dissolução de simetrias ao longo da troca de passes.
Nos exemplos selecionados, visualmente é possível notar que as categorias mais
avançadas conseguem manter-se mais em simetria (coordenação em fase, com valores
entre 0,8 e 1), tanto no ângulo relativo quanto na distância relativa. Por outro lado, nota-se
uma diminuição dos momentos de antissimetria (coordenação anti-fase, com valores entre
-0,8 e -1). A paisagem da análise frequencial (Figura 3) apresentou nitidamente os dois
picos, indicando os modos em fase (com maior frequência), anti-fase (com menor
frequência) e fora de fase (flutuações entre os dois modos). Por fim, a Figura 4 indicou,
apenas para o ângulo relativo, que a categoria sub13 mantém uma menor coordenação em
fase e maior coordenação anti-fase do ângulo relativo em relação às demais categorias.
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Figura 2. Exemplos de ralis demonstrando as interações entre o marcador e o centroide ao longo do tempo. A: ângulo
relativo. B: distância relativa.
Figura 3. Paisagem de padrões de interação entre o marcador e o centroide em cada categoria de formação. A: ângulo
relativo. B: distância relativa.
A B
$
# # $
*
*
$
#
* #
* $
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Figura 4. Médias e Desvios padrão da relação de fase (em-fase, anti-fase e fora de fase) entre o marcador e o centroide
em cada categoria de formação. A: ângulo relativo. B: distância relativa. Os caracteres representam as diferenças
estatísticas apontadas.
CONCLUSÃO
Os resultados do presente estudo reforçam a característica dinâmica das interações
interpessoais, demonstrando a coexistência de cooperação e competição dos jogadores no
contexto de ação. Em situações de troca de passes sob marcação, marcador e passadores
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Resumo: O objetivo do presente estudo foi analisar a relação do efeito do ataque realizado
na zona 4 em relação ao efeito da recepção, tempo de ataque e tipo de ataque. Foram
analisados 142 jogos das equipes participantes da Superliga Masculina 2014/2015, sendo
no mínimo 23 jogos e no máximo 26 jogos de cada equipe participante, totalizando 5267
ataques realizados pela zona 4. Os resultados apontaram que a recepção excelente (OR=
2.03), a recepção moderada (OR=1,79), o 1º tempo de ataque (OR=1.71), o 2º tempo de
ataque (OR=1.49) e o ataque potente na diagonal (OR=1.73) se mostraram fatores
preditores do efeito do ataque na zona 4. Por meio das análises, observou-se que quando
a equipe utiliza ataques colocados há uma tendência da continuidade do jogo mostrando
portando, a necessidade de um jogo mais veloz e agressivo. Neste sentido, concluiu-se que
no voleibol masculino de alto nível, são necessárias recepções excelentes, ataques de
tempo rápido e a realização do ataque potente para que haja a conquista do ponto.
Palavras-chave: Análise de Jogo, Voleibol, Efeito do Ataque.
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CONCLUSÃO: O presente estudo permite concluir que, no voleibol masculino de alto nível,
a necessidade de realizar um jogo mais veloz e agressivo mostra-se necessária devido aos
constrangimentos situacionais, nomeadamente o sistema de defensivo.
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Assim, neste estudo pretendeu-se explorar o uso da acelerometria para estimar o esforço
nos desportos coletivos, mais concretamente no andebol, sendo uma técnica
recorrentemente utilizada para estimar os níveis de atividade física, na área do exercício e
saúde.
Os acelerómetros, para além de fornecem registros de informações livres de erros
aleatórios e sistemáticos relacionados ao avaliado e ao pesquisador (Cliff et al., 2009;
Matthew, 2005; Pate et al., 2010), são e tamanho reduzido, não são invasivos e
minimamente afetam os movimentos durante atividades físicas do cotidiano (Chen &
Bassett Jr., 2005). Complementarmente pretende-se perceber a utilidade do controlo e
preparação das cargas de treino com base em escalas subjetivas de esforço (Borg, 1982;
Freitas et at., 2009; Weinberg & Gould, 2008), dado que são instrumentos de fácil aplicação
e sem custos económicos.
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INTENSIDADE (m/s2)
VOLUME (107 J/kg)
27,0
400,0
26,0
25,0
200,0
24,0
0,0 23,0
SEM1 SEM 2 SEM 3 SEM 4 SEM 5 SEM 6 SEM 7 SEM8 SEM 9
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homens, apesar destes serem do escalão de juniores – foi encontrada uma diferença de
cerca de 25%. A realização de remates com uma cortina (que não absorve uma
considerável energia à bola) parece necessitar de algum tempo de adaptação técnica por
parte do rematador, um vez que os remates com cortina atingiram velocidades inferiores à
situação regular, diferença que se foi esbatendo com a prática.
A velocidade de reação dos homens e das mulheres estudados foram similares (quase
dentro da incerteza experimental). Neste caso, sabíamos que as guarda-redes analisadas
eram de nível superior comparativamente aos guarda-redes, o que parece significar que a
velocidade de reação é pouco relevante para a eficácia defensiva. Contudo quando o tempo
de reação é esgotado, a bola já se deslocou 2.5 (mulheres) e 3m (homens). Assim, a bola
demorará 0.4s (mulheres) e 0.3s (homens) a atingir a linha de baliza, sendo que ainda é
necessário movimentar o corpo e os seus segmentos para intercetar a bola. Desta análise
sugere-se que as mulheres têm tempo para reagir à trajetória da bola enquanto os homens
não, pelo menos nos remates mais difíceis. Assim, os homens têm que especular/antecipar
o comportamento do rematador e a trajetória a bola, enquanto as mulheres podem reagir
mais. Para ter o mesmo tempo para executar uma defesa, os homens tem que especular e
tomar uma decisão 60ms antes da bola ser lançada.
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936
MÉTODO: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) sob o
protocolo CAAE – 0290.0.203.000-11. No que se refere ao procedimento para obtenção das
evidências de validade de conteúdo, participaram voluntariamente como juízes 05 técnicos
de basquetebol formados em educação física. Participaram voluntariamente do procedimento
de campo (operacionalização do construto) 161 jogadores de basquetebol dos 12 aos 19
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A duração do jogo foi de 4 minutos. As ações dos jogadores foram filmadas com uma
câmera de marca JVC® HD-520. A câmera foi posicionada entre a linha de 03 pontos e a
linha central da quadra de basquetebol, referente à meia quadra que não estava sendo
utilizada pelos jogadores no momento em que estavam realizando o jogo de 3x3. A
colocação da câmera nessa posição objetivava a visualização do campo de jogo na sua
totalidade e de todos os jogadores participantes do jogo. A posição da câmera permitia a
análise das ações dos jogadores de ataque com e sem bola e de defesa marcando ao
jogador com e sem bola.
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INTRODUÇÃO: A popularidade do futebol feminino tem aumentado rápido nos últimos dez
anos, e envolve 29 milhões de jogadoras em todo o mundo (FIFA, 2012). Do ponto de vista
físico, o futebol competitivo é atividade intermitente, que intercala períodos de alta
intensidade e baixa intensidade (SVENSSON et al., 2005). Durante uma partida de futebol,
as jogadoras realizam corridas de diferentes intensidades, chutes, saltos e trocas de
direções constantes (MOHR et al., 2003). Devido às demandas físicas exigidas durante
uma partida de futebol, busca-se desenvolvimento ótimo das capacidades físicas de
resistência aeróbia, potência anaeróbia, velocidade, agilidade e força explosiva (BRAZ et
al., 2009).
Adicionalmente, a capacidade de avaliar objetivamente o desempenho físico se
tornou componente vital para o desenvolvimento de sistemas de monitoramento de
jogadores e identificação de jovens com aptidão física adequada para a prática do futebol
tanto para o nível regional, nacional ou internacional (MANSON et al., 2014). Neste sentido,
o objetivo deste estudo foi descrever o perfil neuromuscular de jogadoras de futebol sub-
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com a mão no cone e percorrem até o outro cone lateral, e retornam até o cone 2, e em
seguida voltam de costas para o cone 1. O tempo de corrida foi mensurado por fotocélula
(Multisprint, Hidrofit®) posicionada ao lado do cone 1. Os dados são apresentados na forma
tabular, e sua apresentação se deu com média e desvio padrão (dp).
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946
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renan.s.mendonca@gmail.com
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Entretanto há poucos estudos (TIELEMANN, 2008; LOPES, 2011) que visaram analisar os
efeitos da aprendizagem implícita e explícita na aquisição de habilidades técnicas, quando
o processo de ensino envolve tanto aspectos motores quanto cognitivos (táticos). Tendo
em vista que no esporte o treinamento técnico ocorre em maioria em união com o tático,
torna-se importante investigar esta questão de pesquisa. Desta forma, o presente estudo
teve como objetivo verificar e comparar os efeitos da aprendizagem implícita e explícita na
aquisição do passe, drible e arremesso em crianças iniciantes na modalidade, assim como
o conhecimento técnico declarativo adquirido durante o período de intervenção.
MÉTODOS: Participaram deste estudo 64 crianças com média de idade de 9,96 (±1,42
anos), sem experiência formal em basquetebol, as quais foram divididas no grupo implícito
(GI, N=19), grupo explícito (GE, N=20) e grupo controle (GC, N=25). O estudo foi submetido
e aprovado pelo Comitê de ética em Pesquisa da UFV por meio do parecer 473.728.
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A intervenção foi realizada por meio de “Camp de Basquetebol”, sendo que o mesmo teve
a duração de 5 dias consecutivos, perfazendo um total de 25 horas de treinamento. Durante
este período, as habilidades técnicas foram ensinadas por meio da metodologia passo-a-
passo (“step-by-step”) para o grupo explícito segundo o livro Schröder e Bauer (2001). Já
no grupo implícito, o ensino da técnica ocorreu por meio de analogia (arremesso) ou da
metodologia errorless utilizados no ensino do drible e do passe (veja MASTERS, 2013). A
fase de pré-teste e pós-teste foi realizada, respectivamente, um dia antes do início do
treinamento e um dia após o fim do mesmo, sendo que o grupo controle realizou somente
ambos os testes em um intervalo de cinco dias sem qualquer tipo de intervenção. A análise
dos dados foi realizada por meio do programa SPSS® versão 20. Para a análise descritiva
dos dados, utilizou-se média e desvio padrão. Após ter sido verificado e comprovada a
normalidade dos dados por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov e do histograma, optou-
se pela utilização do teste ANOVA one way, para comparação dos valores entre os grupos,
adotando-se a diferença entre o pós-teste e o pré-teste como variável dependente.
PASSE (pontos)
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ARREMESSO (pontos)
Pode-se observar que no teste de drible todos os grupos apresentaram melhorias na média
de tempo (segundos). Os GC (-1,33±4,44s) e GE (-1,40±2,99s) obtiveram resultados
melhores que o GI (-0,98±1,32s) conforme o Quadro 1, apesar de não haver diferença
estatística significativa entre os grupos (p<0,05). O resultado esperado no teste de drible
era o oposto, ou seja, que o GI tivesse uma melhora no desempenho do drible maior que o
GE e o GC. Um dos motivos para não termos encontrado o resultado esperado e para o
grupo controle também ter melhorado o seu rendimento, pode ser devido ao tempo ter sido
mensurado por meio de cronometro devido à falta de fotocélulas, o que torna a medição
um pouco imprecisa tendo em vista a distância do percurso e o tempo de reação de cada
avaliador para iniciar e parar o cronômetro. Desta forma, fica difícil avaliar os efeitos da
intervenção no grupo implícito e explícito na habilidade de drible.
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rendimento do GE, o que pode ser devido ao acúmulo de regras de movimento (MASTERS
& POOLTON, 2012). O conhecimento declarativo pode sobrecarregar a memória de
trabalho, de forma a interferir negativamente na execução das habilidades motoras
(MASTERS, 2013). Em relação ao tempo, na comparação entre os grupos não foram
observadas diferenças estatísticas significativas (p<0,05), apesar dos dois grupos que
sofreram intervenções terem apresentado um rendimento superior do que o GC entre o pré
e o pós-teste (Quadro 1). Os resultados do teste de arremesso revelaram que o GI e GE
apresentaram um desempenho melhor do que o GC entre o pré e o pós-teste, apesar de
não terem sido detectadas diferenças significativas entre os mesmos (p<0,05). Este
resultado não corroba com o estudo de Tielemann (2008), no qual o GI apresentou valores
superiores ao grupo explícito. Porém, a amostra de Tielemann (2008) foi composta por
adultos e a pesquisa foi realizada no tênis de mesa, o que dificulta a discussão dos
resultados encontrados. Já no estudo de Lopes (2011), que também foi realizado com
crianças iniciantes no basquetebol, também não foram encontradas diferenças
significativas entre os grupos.
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ARRMESSO Explícito
Implícito
Controle
Explícito
PASSE
Implícito
Controle
Explícito
DRIBLE
Implícito
Controle
CONCLUSÃO: Pode-se concluir que somente no fundamento passe (precisão) houve uma
diferença estatística significativa de desempenho entre o GI e o GE, sendo que o GI
apresentou maior precisão. Já no que se refere ao acúmulo de conhecimento técnico
declarativo, o GE demonstrou um maior número de regras de movimento de todas as
habilidades técnicas quando comparado aos GI e GC. Para estudos futuros, recomenda-
se o uso de fotocélulas para avaliar o tempo no teste técnico de drible, garantindo maior
confiabilidade dos dados. Além disso, sugere-se aumentar o tempo de intervenção, de
forma a possibilitar um maior efeito das metodologias de aprendizagem implícita e explícita.
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Figura 1: Média das distâncias iniciais – d(LR) I e finais - d(LR) F do levantador à rede, e média das distâncias
que os levantadores percorreram para chegar até à bola - d(LBo) e das suas velocidades de deslocamento -
v(LBo) nas largadas e nos levantamentos.
Figura 2: Média das velocidades dos passes - v(P) nas largadas e nos levantamentos.
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Figura 3: Média das áreas adversárias finais - A(ADV) F e das distâncias finais entre o levantador e os
bloqueadores (das posições 2, 3 e 4), respectivamente, d(LBq2) F, d(LBq3) F e d(LBq4) F nas largadas e nos
levantamentos.
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959
Resumo: O objetivo do estudo foi comparar o tempo médio das Sequências Ofensivas das
4 equipes semi-finalistas da Copa do Mundo FIFA 2014® entre o primeiro e segundo tempo
de jogo. A amostra do estudo foi composta por 28 jogos das 4 seleções semi-finalistas da
Copa do Mundo FIFA 2014®, em que foram análisados o tempo de duração de cada
Sequência Ofensiva. Foi utilizado o teste One-Way ANOVA para comparar a média do
tempo de posse de bola em cada tempo de jogo. Os resultados apontaram que a equipe
brasileira apresentou diferença no tempo médio de posse de bola entre cada um dos
tempos. O estudo concluiu que o tempo de posse de bola tem sido um importante indicador
de performance e que equipes com maior tempo e constância de posse de bola tendem a
ser melhor sucedidas.
Palavras-chave: Análise notacional; Sequência Ofensiva; Tempo médio
Introdução: O estudo do jogo de futebol não é recente, tendo sido iniciado com anotações
manuais e evoluindo até programas computacionais. Os estudos realizados nessa área
recebem diferente denominações, entre elas: Observação do Jogo, Análise do jogo e
Análise Notacional, sendo Análise de Jogo a expressão mais utilizada na literatura
(GARGANTA, 1997).
A análise de jogo tem demonstrado que o futebol tem sofrido alterações nos seus padrões
de jogo com o passar dos anos, se tornando cada vez mais complexo. Hughes e Bartlett
(2002) mostram que houve uma diminuição na média de gols por jogo na Copa do Mundo
FIFA®, mostrando um aumento de complexidade nos confrontos, e que estudos tem
apontado como indicadores de performance as o número de finalizações e o tempo de
posse de bola.
A posse de bola é a capacidade de manter a bola sob domínio da equipe sem perdê-la para
o adversário, permitindo que a equipe que a detenha controle a estrutura e o ritmo do jogo,
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sendo que, equipes bem sucedidas desfrutam de tempos médios mais longos que equipes
menos bem sucedidas (SHAFIZADEH et al., 2012).
Um estudo realizado por Lago Peñas e Delal (2010) com 380 jogos da primeira divisão do
Campeonato Espanhol 2008-2009, apontou que as equipes com melhor desempenho
tinham um maior tempo de posse de bola (proporção do tempo que a equipe tinha a posse
de bola enquanto a bola estava em jogo) e eram mais estáveis em seu padrão de jogo
(apresentavam pouca variação do tempo de posse de bola por jogo).
Estudos (LAGO-BALLESTEROS; LAGO-PEÑAS, 2010; LAGO-PEÑAS; DELLAL, 2010;
SHAFIZADEH et al., 2012) têm apontado que a posse de bola pode ser um fator
determinante para a performance.
Assim, o objetivo deste estudo foi comparar o tempo médio das Sequências
Ofensivas das 4 equipes semifinalistas da Copa do Mundo FIFA 2014® entre o primeiro e
segundo tempo.
Métodos: A amostra deste estudo foi composta por 2378 ações ofensivas ocorridas em 28
jogos das 4 seleções semifinalistas (Alemanha, Argentina, Brasil e Holanda) da Copa do
Mundo FIFA 2014®. Analisou-se a duração das Sequências Ofensivas de cada cada equipe
no primeiro e segundo tempo por jogo.
Sequência Ofensiva é a ação decorrida entre o primeiro contato com a bola da equipe em
posse, e o momento do último contato realizado pelo mesmo ou por outro jogador de sua
equipe na mesma posse de bola (GARGANTA, 1997). Para caracterizar a fase ofensiva a
equipe deveria deter a posse de bola, cumprindo um dos três critérios definidos por
Garganta (1997) que são: 1) realizar pelo menos três contatos consecutivos com a bola; 2)
realizar um passe positivo; 3) realizar um remate enquadrado à baliza. Recorreu-se à
análise de vídeos, realizada por pesquisadores treinados através do software Windows
Media Player. As sequência ofensivas foram registradas em uma planilha do software
Excel. Utilizou-se análise descritiva para obtenção de média e desvio padrão do tempo
médio das Sequências Ofensivas do primeiro e segundo tempo de cada equipe. Para
verificar a distribuição dos dados foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov, e para a
comparação do tempo utilizou-se o teste One-Way ANOVA. O software utilizado para os
procedimentos estatísticos foi o SPSS 20.0 para Windows. Adotou-se um nível de
significância de p<0,05.
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Os resultados mostram que houve diferença na duração das sequências ofensivas entre o
primeiro e segundo tempo da seleção brasileira. O tempo médio de posse de bola da
seleção brasileira diminuiu enquanto as demais equipes mantiveram seu tempo médio de
posse de bola.
A seleção brasileira apresentou a menor média de tempo de posse de bola no primeiro
tempo, assim como a seleção holandesa, e a menor média geral no segundo tempo.
Estudos têm indicado que o tempo de posse de bola pode ser um indicador de performance
no futebol (HUGHES; BARTLETT, 2002; LAGO-PEÑAS; DELLAL, 2010; SHAFIZADEH et
al., 2012).
O estudo realizado por Lago-Peñas e Delal (2010) mostra que as equipes bem sucedidas
da primeira Divisão do Campeonato Espanhol 2008-2009 mantinham a posse de bola por
tempo superior e tinham menor variabilidade do tempo de posse de bola por jogo. Assim
como neste estudo, as equipes bem sucedidas (entre as três melhores colocadas do
torneio) tinham um maior tempo médio de posse de bola. Além disso, essa média se
manteve sem variação entre um tempo de jogo e outro; enquanto a equipe com a pior
colocação obteve menor tempo médio de posse de bola, também tendo sido observada
diferença nessa média entre os tempos de jogo. O fato de a seleção brasileira ter
apresentado um menor tempo médio e uma diferença de posse de bola entre primeiro e
segundo tempo, pode ser uma das razões para que a equipe tenha sido a pior colocada
dentre as equipes analisadas.
Conclusão: Conclui-se que as equipes bem sucedidas não variaram o tempo médio de
posse de bola entre os dois tempos de jogo enquanto a equipe com pior colacação obteve
uma variaçã na média. Mesmo que o processo de manutenção da posse de bola seja
dinâmico, os resultados apontam que uma equipe pode ser mais bem sucedida que outra
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se obtiver um maior tempo de posse de bola e mantiver uma média semelhante entre o
primeiro e segundo tempo que suas adversárias.
REFERÊNCIAS
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de bola nos setores médio defensivo e ofensivo, com um perfil de muitas vezes pressionar
o portador da bola.
A Copa do Mundo FIFA® reúne jogadores e equipes do mais alto nível do futebol
mundial. Portanto, torna-se pertinente verificar o setor de recuperação da posse de bola
padrão nessa competição. Além disso, pelo fato de que a última Copa do Mundo FIFA ® foi
realizada no Brasil e a seleção brasileira ter sido semifinalista da competição, torna-se
interessante verificar o Local de Aquisição/Recuperação da posse de bola dessa equipe.
Outro fato relevante foi que a Seleção do Brasil terminou como a pior defesa da competição,
tendo sida a defesa mais vazada desde a Copa de 1986 (FIFA, 2014).
Com isto, o presente estudo tem por objetivo verificar o padrão de recuperação da
bola da Seleção Brasileira de futebol na Copa do Mundo FIFA ® de Futebol 2014, através
da análise dos Locais de Aquisição/Recuperação da posse de bola (LAR).
MÉTODO: Para realização deste estudo foi utilizada uma amostra composta por 652
sequências ofensivas da seleção brasileira na Copa do Mundo FIFA ® de Futebol 2014. Para
a coleta foram observadas imagens de vídeo transmitidas por uma rede de televisão. Os
dados foram registrados e quantificados através de planilhas do software Excel for
Windows® 2007. A variável analisada neste estudo foi o Local de Aquisição/Recuperação
da posse de bola (LAR), proposta por Garganta (1997). O campograma proposto por
Garganta (1997) e Gréhaigne (2001) foi utilizado para análise do local onde a posse de bola
foi recuperada pelas equipes. O campograma é dividido em quatro setores: Defensivo, o
Médio Defensivo, Médio Ofensivo e o setor Ofensivo.
Para a análise estatística foi utilizada análise descritiva, de frequência absoluta e
relativa para a variável “setor”. Para comparação da distribuição entre os valores analisados
foi utilizado o teste do qui-quadrado (χ2). O nível de significância adotado foi p<0,05.
Para o tratamento dos dados foi utilizado o software estatístico IBM SPSS (Statistical
Package for Social Sciences) versão 20.
RESULTADOS: A Figura 1 apresenta a distribuição da frequência dos Locais de
Aquisição/Recuperação da posse de bola em relação a cada setor do campo.
Figura 1: Frequência dos Locais de Aquisição/Recuperação da posse de bola nos setores
do campo.
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350
NÚMERO DE RECUPERAÇÕES DE
300 44,5%
BOLA EM CADA SETOR
250
200
24,5% 23,5%
150
100
7,5%
50
0
DEFENSIVO (D) * MÉDIO DEFENSIVO MÉDIO OFENSIVO OFENSIVO (O) *
(MD) * (MO) *
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andre.cordeeiro@hotmail.com
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Assim, pensando em exercícios realizados com isocarga de esforço; isto é, o produto entre
volume vs intensidade; a intensidade de um estímulo (força), bem como a densidade do
esforço (potência), possuem papéis primordiais para o aumento de capacidades físicas
inerentes ao futebol, como força muscular, potência muscular, capacidade cardiorrespiratória
e velocidade.
METODOLOGIA
Estratégia de pesquisa: A pesquisa foi conduzida por uma estratégia envolvendo buscas na
literatura através de bases como o MEDLINE, LILACS e SCOPUS. Nos restringimos à buscas
nos idiomas português e inglês, incluindo as seguintes palavras-chaves: treinamento de força,
adaptações neuromusculares, VO2máx, futebol e exercício físico. Nós também realizamos
uma combinação entre essas palavras para mais achados. Incluímos também estudos
encontrados na lista de referências dos artigos encontrados, de acordo com nossos critérios.
Os resultados serão comparados para verificar se há alguma diferença no número de artigos
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nos assuntos da pesquisa. Em caso de desacordos entre dois autores, a elegibilidade dos
estudos foi resolvida por discussão. Devido à necessidade da revisão bibliográfica, a busca
na literatura foi realizada regularmente durante o desenvolvimento do estudo, sempre de
acordo com os métodos citados acima.
Seleção dos Estudos: Apenas artigos científicos originais, com os mesmos temas dos
citados anteriormente, foram considerados no presente estudo. Todas as faixas etárias de
jogadores foram consideradas para este estudo, desde que fossem atletas de futebol de
elite. Não há restrições em relação aos procedimentos metodológicos. Nós também
consideramos a inclusão de estudos que realizaram analises em jogos e situações de treino
que envolviam ou não situações de jogo, sem excluir testes e treinamentos físicos com ou
sem envolvimento com bola, visto que a intensidade de treino é frequentemente reduzida
quando mais gestos táticos e técnicos estão envolvidos. Desta maneira, selecionou-se 53
trabalhos para a presente revisão.
Hoff e Helgerud (2004), reiteram que para treinar unidades motoras, nas quais se
desenvolvem através da melhora da força, torna-se necessário trabalhar com altas cargas
(85-95% de 1RM), no qual garante uma máxima contração voluntária. E que a vantagem
máxima se encontra em movimentos treinados com uma rápida ação em adição à uma alta
resistência. Ou seja, exercícios realizados com grandes cargas de intensidade, poucas
repetições e executados de maneira rápida, evidenciando a importância do treinamento da
potência muscular para o aumento da força máxima e, consequentemente, da estratégia
neuromuscular.
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levantamento de peso em si, não é um exercício específico do futebol, ele é um dos únicos
exercícios (se não o único) que trabalha per si todas as 10 capacidades físicas gerais de um
indivíduo, podendo ser, desta forma, um grande aliado no desenvolvimento físico de jogadores
e atletas de elite.
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de baixa intensidade acontecem em sua grande maioria nas cobranças de lances livres e
durante os tempos técnicos, também conhecidos como períodos de bola morta, onde há
uma maior contribuição das vias aeróbias para a recuperação dos jogadores perante aos
esforços mais intensos realizados nas partidas (MCINNES et al., 1995).
Considerando que atletas com rápida recuperação após vários esforços de alta intensidade
possuem melhor performance em modalidades intermitentes, além do fato de a TRFC ser
muito útil para o monitoramento da recuperação de curto prazo dos atletas (OSTOJIC et
al., 2010), torna se interessante conhecer o comportamento da TRFC durante períodos de
bola morta de um jogo oficial. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo descrever a
recuperação de jogadores de basquetebol em períodos de BM através da TRFC e do tempo
de recuperação, além de verificar possíveis diferenças da TRFC entre posições e quartos.
MÉTODOS: O estudo realizado contou com uma amostra de dados de frequência cardíaca
(FC) referentes a 10 jogadores profissionais do sexo masculino de uma equipe brasileira
de alto nível, coletados durante 6 jogos de basquetebol, válidos pelo principal campeonato
nacional da modalidade. Para a coleta, foram utilizados monitores de frequência cardíaca
da marca Polar®, modelo Team System – Finlândia, com frequência relativa a uma
aquisição a cada 5 segundos. Foram anotados em um cronômetro, o tempo correspondente
ao início do registro da FC de cada monitor, assim como os tempos correspondentes aos
inícios e fins de quartos e os momentos de substituição dos jogadores, para sincronização
com o início da partida. Estes dados temporais foram anotados em uma planilha, para
identificação, separação dos quartos e dos períodos de jogo. Os dados referentes a posição
do jogador e FC foram separados de acordo com o tempo de permanência em quadra. As
taxas de redução da FC foram quantificadas durante os períodos de bola morta. Em todas
as curvas de FC coletadas, foram separados todos os períodos de bola morta onde houve
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uma diminuição dos valores de FC. A partir de cada curva separada, identificou-se os
frames de início e fim do tempo levado para a diminuição da FC, seguindo alguns critérios
estabelecidos. Os critérios para considerar o início da recuperação foi o frame referente ao
valor máximo de FC dentro do período de bola morta, enquanto o fim foi definido no frame
referente ao valor mínimo do período. A taxa de redução da FC foi calculada pela divisão
da diferença nos valores de FC no frame de início e fim do período em função do tempo,
segundo a formula: TRFC = FCmin - FCmax / tfim - tinicio. Foi aplicado o teste de Kolmogorov &
Smirnov para a determinação da normalidade dos dados, assim como o ANOVA one way
com post hoc de Tukey para a determinação das diferenças dos dados considerando os
fatores quartos e posições dos jogadores analisados, com nível de significância
determinado em p <0.05.
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Sem considerar a influência das posições, a TRFC no primeiro quarto foi maior do que o
segundo (0,24 ± 0,15 contra 0,17 ± 0,13 %FCmax/s) sugerindo que os atletas se recuperaram
mais rápido no começo dos jogos e de que há uma considerável queda na capacidade de
recuperação dos jogadores durante o segundo quarto. Estudos mostram que a frequência
de tempos técnicos e lances livres é maior no último quarto (MCINNES et al., 1995),
apresentando menores medias de atividades de alta intensidade e de FC (BEN
ABDELKRIM et al., 2007; MATTHEW et al., 2009). Tais fatores podem ter levado a TRFC
a apresentar uma média menor do que a encontrada no primeiro quarto (0,19 ± 0,14 %
contra 0,24 ± 0,15 FCmax/s), indicando a influência da queda de atividades de alta
intensidade, não permitindo um aumento significativo da FC e que, consequentemente, não
permite reduções como as encontradas no primeiro quarto.
As curvas referentes as TRFC obtidas por posição ao longo dos quartos (Quadro 1)
mostram que no primeiro quarto acontecem as maiores taxas redução, tendo uma queda
brusca no segundo quarto e com uma diferença entre as posições. No terceiro e último
quarto há mesmo comportamento de aumento e diminuição, porém com diferenças ainda
maiores entre as posições. Os maiores valores de taxa de recuperação no primeiro e
terceiro quartos pode provavelmente ter sido consequência de uma maior realização de
atividades de alta intensidade, que acontecem geralmente nesses períodos do jogo (BEN
ABDELKRIM et al., 2007), aumentando a frequência cardíaca e permitindo uma rápida
recuperação nos momentos de bola morta. As TRFC entre as posições mostram que ao
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A partir dos dados do Quadro 2, é possível verificar que média do tempo em todos os
quartos e posições foi menor que 30s, tempo que segundo Carling et al. (2008) é bem
comum em esportes de esforços intermitentes como o basquetebol. Levando em
consideração que os tempos de bola morta são iguais para todos os jogadores, podemos
considerar que os tempos de recuperação podem indicar o aproveitamento desse tempo
para a recuperação da FC, onde os maiores tempos indicam os jogadores que passaram
mais tempo em recuperação em relação aos que tiveram tempos menores. O
comportamento das curvas dos tempos mostra que alas aproveitaram melhor os tempos de
bola morta no primeiro e segundo quartos, enquanto que os armadores tiveram o melhor
aproveitamento no terceiro quarto, e os pivôs no último. Apesar das diferenças entre as
posições, considerando que os atletas que realizam esforços intermitentes têm a sua maior
redução entre 10 e 20s de recuperação (OSTOJIC et al., 2010), é provável que todos os
atletas analisados apresentam tempo de recuperação condizente e suficiente para os
esforços nos quais estão submetidos durante a partida.
CONCLUSÃO: Os resultados mostram que não houve diferenças dos valores de TRFC
entre as posições. Entretanto, dados entre quartos apresentaram diferenças significativas,
sugerindo que o principal achado deste estudo é de que os atletas de basquetebol
masculino de nível nacional tendem a se recuperarem mais e melhor no primeiro quarto,
independentemente da posição. Os dados das curvas mostram que as TRFC são maiores
no primeiro e terceiro quarto e apresentam queda no quarto seguinte. Porém, as TRFC
apresentam diferentes comportamentos de acordo com a posição jogada, indicando que há
fatores relacionadas a posição jogada que influenciam uma menor ou maior queda nas
TRFC ao longo dos quartos jogados. Ao contrário da TRFC, os tempos de recuperação
apresentam quedas, de diferentes magnitudes entre as posições, ao longo dos quartos,
indicando que o tempo de recuperação também é influenciado pela posição.
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REFERÊNCIAS
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impact of age and exercise capacity. Clin Physiol Funct Imaging, jul 2015.
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980
INTRODUÇÃO
No futebol, durante os processos de seleção e treinamento, os jogadores são
divididos em categorias de acordo com sua idade cronológica. Normalmente as categorias
são divididas em um intervalo de até dois anos de idade com a intenção de promover o
equilíbrio nas competições (MUSCH; GRONDIN, 2001; HELSEN; WINCKEL; WILLIAMS,
2005).
Essa divisão por faixa etária, entretanto, não leva em consideração aspectos
importantes como o nível de maturação do jogador, que pode influenciar o desempenho
dos mesmos no jogo. A diferença de idade pode provocar vantagens físicas, cognitivas e
psicológicas dos jogadores mais velhos em relação aos mais novos em uma mesma
categoria (COBLEY; ABRAHAM; BAKER, 2008; MUJIKA et al., 2009).
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MÉTODOS
Amostra
Participaram do estudo 416 jogadores de futebol do sexo masculino de clubes não
federados do estado de Minas Gerais, Brasil, nas categorias: Sub-13 (n= 135), Sub-15 (n=
150) e Sub-17 (n= 131).
Procedimentos
Foram coletados através de um questionário, o ano de nascimento e a posição do
jogador: defensores (zagueiros e laterais); meias (defensivos e ofensivos); atacantes (pelos
lados e central). Foram excluídos do amostra os jogadores que ultrapassaram o limite da
idade de corte de sua categoria. Os grupos foram divididos de acordo com o estatuto
posicional e separados dentro de sua categoria em nascidos no “primeiro ano” e “segundo
ano”.
Análise Estatística
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados, não apresentaram diferenças significativas entre os jogadores
nascidos no primeiro e no segundo ano, no que diz respeito à prevalência em alguma
posição no estatuto posicional em nenhuma das categorias como mostra a Tabela 1.
Estatuto
Categoria Primeiro ano Segundo ano p
Posicional
(n=218) (n= 198)
Defensores 22 17 0.423
Sub 13 Meias 29 22 0.327
Atacantes 24 21 0.655
Defensores 29 32 0.701
Sub 15 Meias 25 29 0.586
Atacantes 18 17 0.866
Defensores 29 23 0.405
Sub 17 Meias 23 25 0.773
Atacantes 19 12 0.209
Tabela 1: Valores descritivos e inferenciais dos grupos "Primeiro Ano" e "Segundo Ano"
para o ano de nascimento dentro de sua categoria.
Em relação à idade dos jogadores, estudos realizados com quartil de nascimento não
encontraram diferenças na distribuição das posições dos jogadores em campo (RIBEIRO,
2009; DEL CAMPO et al., 2010). Assim, acredita-se que tanto o quartil como o ano de
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nascimento, não são fatores que determine as diferenças na escolha do estatuto posicional
de jogadores de futebol.
Deste modo, independentemente da idade dos jogadores, as suas posições de atuação são
determinadas pelas características individuais como o nível técnico e tático e não pelo ano
de nascimento. Outros fatores podem ser mais representativos e responsáveis por
estabelecer a escolha das posições, como o condicionamento físico, o nível de habilidade
e o modelo de jogo da equipe, que levará o jogador de futebol a atuar em uma posição
específica.
CONCLUSÃO
Conclui-se que apesar da diferença de idade em jogadores de futebol na mesma
categoria, não há a prevalência de atuação em alguma posição entre os jogadores nascidos
no primeiro ou no segundo ano. Desse modo, apesar da data de nascimento ser um aspecto
muito usado como critério de seleção de jogadores, esse fator não apresentou influência
na escolha da posição desempenhada pelos mesmos nas categorias analisadas.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho teve o apoio da SEEJMG através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, da
FAPEMIG, da CAPES, do CNPQ, da FUNARBE, da Reitoria, Pró-Reitoria de Pesquisa e
Pós-Graduação e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal
de Viçosa.
REFERÊNCIAS
COBLEY, S.; ABRAHAM, C.; BAKER, J. Relative age effects on physical education
attainment and school sport representation. Physical Education and Sport Pedagogy, v.
13, n. 3, p. 267–276, 2008.
DEL CAMPO, D. et al. The relative age effect in youth soccer players from Spain. Journal
of Sports Science and Medicine, v. 9, n. June, p. 190–198, 2010.
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MUJIKA, I. G. O. et al. The relative age effect in a professional football club setting. Journal
of Sports Sciences, v. 27, n. 11, p. 1153–1158, 2009.
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RESULTADOS: A tabela (1) abaixo apresenta os valores de média e desvio padrão para
Idade (anos), estatura (cm), peso (kg) e VO2 máx (ml/min/kg).
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Tabela 2: Valores de média e desvio padrão, mediana e intervalo interquartil dos resultados
dos testes de T20, Vo2 máx, Livre e arremesso entre as modalidades
HANDEBOL BASQUETEBOL FUTSAL
Media Mediana e Media e Mediana Media e Mediana
Variáveis p
e D.P. I.I. D.P. e I.I. D.P. e I.I
1,69 1,80 1,89 1,80 1,74 1,74
0,468
T20 (0,10) (1,71 - 1,93) (0,61) (1,67 - 1,82) (0,73) (1,72 - 1,80)
39,41 38,61 48,15 50,96 47,28 49,21
VO2 máx 0,816
(10,28) (30,75 – 44,16) (8,32) (40,27 – 55,07) (8,32) (39,57 – 52,40)
42,3 41,60 50 50,50 41,3 41,50
LIVRE 1,000
(7,44)c (36,80 - 49,85) (5,09)a (45,25 - 54,50) (4,91)b (39,30 - 45,60)
8,64 8,44 9,42 9,21 8,12 8,40
ARR. 0,071
(0,99) (7,79 - 9,45) (1,32)a (8,41 - 10,28) (0,79)b (7,38 - 8,60)
Fonte: dados da pesquisa
De acordo com a tabela 4 verificou-se que houve associação significativa somente entre os
testes de VO2 máx, Livre e Arremesso (p<0,05), ou seja, eles sofrem influência da
modalidade em seus resultados.
No presente estudo, os dados demonstraram diferença significativa quanto à variável
arremesso encontrada na comparação entre as modalidades de basquete e futsal, que, de
acordo com Gonçalves et al., (2009), se deve à diferente especificidade de gestos motores
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entre essas modalidades, podendo obter melhores resultados nos testes físicos
dependendo das características do esporte praticado.
Foi verificado que a potência média de membros inferiores obtidas a partir do salto livre se
mostrou superior na modalidade basquete e inferior na modalidade futsal, justificando - se
a hipótese inicial de que os atletas de basquete apresentariam um desempenho mais eficaz
no salto livre em decorrência da exigência desta habilidade em número de saltos e em
intensidade.
Segundo Rocha, Ugrinowitsch e Barbanti (2005), em um jogo de basquete, os atletas
executam em média 65 saltos. Já no futsal não foram encontrados na literatura dados em
números de saltos realizados em média por jogadores, por não ser uma característica da
modalidade. (SANTOS 1995, apud REZENDE, 2010).
Na comparação da potência de membros inferiores no salto livre entre as modalidades de
basquete e handebol, a primeira se mostrou relativamente com escore superior. Tal
resultado pode ter sido obtido devido à influência de vários fatores, tais como: padrão de
movimentos e a especificidade do treinamento, resultando em diferentes alturas de saltos,
conforme apontado por Araujo et al. (2013). De acordo com Cesare (2000), no basquete, a
capacidade de realizar saltos é muito importante no treinamento físico. O aprimoramento
dessa capacidade possibilita um melhor desempenho no arremesso, rebote, bandeja e
bloqueio. (MORAES, 2003).
A associação significativa apresentada na tabela 4, entre os testes Livre, Arremesso e VO2
máx, a partir da influência da modalidade praticada pode ser confirmada nos estudos
realizados por Silva, Petroski e Gaya (2013), onde encontraram diferenças no VO 2 máx
entre atletas de handebol, basquetebol e vôlei.
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990
REFERÊNCIAS
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992
INTRODUÇÃO:
No futebol a componente tática é considerada como requisito essencial para a
excelência do desempenho esportivo (MCPHERSON, 1994). A tática é definida como a
gestão do espaço de jogo, e esta gestão refere-se às ações de movimentação dos
jogadores e o seu respectivo posicionamento no campo (TEOLDO; GARGANTA;
GUILHERME, in press). Padrões de ações táticas são definidos como comportamento
tático, que podem ser identificados a partir da execução dos princípios táticos fundamentais
adequados ao momento do jogo (TEOLDO et al., 2011).
Dentre as variáveis do comportamento tático, encontra-se a eficiência do
comportamento que está diretamente relacionada à qualidade das execuções das ações
táticas dos jogadores diante das diversas situações do jogo (MESQUITA, 1998). Neste
sentido, através da análise das ações táticas é possível verificar a forma como os jogadores
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MÉTODOS:
Amostra
A amostra deste estudo foi composta por 2.153 ações táticas, realizadas por 32
jogadores de futebol de um clube de Minas Gerais, filiado a Federação Mineira, distribuídos
igualmente em Sub-11 (n=16) e Sub-13 (n=16). Como critério de inclusão da amostra, os
jogadores deveriam participar de no mínimo três sessões semanais de treino de futebol
com duração de 90 minutos. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (CEPH) e aprovado
por meio do parecer nº 430.614.
Instrumento e Procedimentos de coleta de dados
O instrumento utilizado para analisar a eficiência do comportamento tático foi o
Sistema de Avaliação Tática no Futebol “FUT-SAT” (TEOLDO et al., 2011), que permite
avaliar as ações táticas realizadas pelos jogadores, com e sem a posse de bola, baseado
nos dez princípios táticos fundamentais do jogo de futebol. O teste de campo do FUT-SAT
foi aplicado em um espaço de 36 metros de comprimento por 27 metros de largura, com a
configuração “GR+3 x 3+GR” (goleiro + 3 jogadores x 3 jogadores + goleiro), durante quatro
minutos de jogo.
Para o tratamento das imagens e análise dos jogos foi utilizado o software Soccer
Analyser®. Este software possibilita a inserção das referências espaciais do teste no vídeo
e viabiliza a avaliação fidedigna das ações táticas baseando-se nas movimentações e
posicionamento dos jogadores no campo de jogo. Foi solicitado durante o teste, que os
jogadores jogassem de acordo com as regras oficiais do jogo, exceto a do impedimento.
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Procedimentos Estatísticos
Foi realizada análise descritiva de média e desvio padrão dos dados. Para verificar
a normalidade de distribuição dos dados foi aplicado o teste Shapiro-Wilk. Para comparar
as médias do percentual de acerto na realização dos princípios táticos foi utilizado o teste
Mann-Whitney. O nível de significância considerado foi de p<0,05. As análises estatísticas
dos dados foram realizadas com a utilização do software SPSS (Statistical Package for
Social Science) para Windows®, versão 20.0.
A fiabilidade das observações foi verificada por meio do método teste-reteste. Foi
respeitado o prazo de três semanas entre as avaliações, para evitar problemas de
familiaridade com a tarefa (ROBINSON; O'DONOGHUE, 2007). O cálculo da fiabilidade foi
realizado com a utilização do teste Kappa de Cohen. Foram reavaliadas 323 ações táticas,
que representaram 15% do total das ações táticas realizadas pelos jogadores que
compuseram a amostra, sendo superior ao valor de referência (10%) apontado pela
literatura (TABACHNICK; FIDELL, 2007). O procedimento foi realizado por dois avaliadores
treinados. Os valores apresentados no reteste (fiabilidade intra-avaliadores) ficaram entre
0,811 (ep=0,054) e 1,000 (ep=0,006). Os valores do reteste (fiabilidade inter-avaliadores)
ficaram entre 0,831 (ep=0,035) e 0,992 (ep=0,007).
RESULTADOS:
A Tabela 1 apresenta valores de média, desvio padrão e significância do percentual
de acerto das categorias Sub-11 e Sub-13. Foram observadas diferenças significativas
entre as categorias nos princípios táticos que ocorrem distante do portador bola como o da
“Mobilidade” e do “Equilíbrio”.
Tabela 1: Valores de médias, desvio-padrão e nível de significância do percentual de acerto dos
princípios táticos fundamentais do jogo de futebol das categorias Sub-11 e Sub-13.
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CONCLUSÃO
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996
REFERÊNCIAS
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TEOLDO, I.; GARGANTA, J.; GRECO, P.; MESQUITA, I. Princípios táticos do jogo de
futebol: conceitos e aplicação. Motriz, v.15, n.3, p.657-668. 2009.
TEOLDO, I.; GARGANTA, J.; GRECO, P.; MESQUITA, I.; MAIA, J. Sistema de avaliação
táctica no Futebol (FUT-SAT): Desenvolvimento e validação preliminar. Motricidade, v.7,
n.1, p.657-668. 2011.
TEOLDO, I.; GARGANTA, J.; GUILHERME, J. Futebol- um jogo de saberes táticos. In:
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desempenho tático de jogadores e equipes.: Grupo A, in press.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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mariesef@gmail.com
RESUMO
A visibilidade da mulher no esporte foi sendo modificada ao longo do tempo e, com isso,
aos poucos, o público feminino vêm realizando diferentes práticas corporais, dentre elas o
futsal. A literatura aponta diferentes motivos pelos quais elas se engajam nessa modalidade
esportiva. Sendo assim, esta pesquisa teve como objetivo identificar os motivos que levam
as participantes de uma equipe feminina amadora de futsal a praticar esse esporte. Para
esse fim, foram entrevistadas 10 praticantes de futsal com diferentes faixas etárias,
participantes de uma equipe amadora do município de Cachoeirinha/RS. A pesquisa, de
cunho qualitativo, teve como instrumento para coleta das informações uma entrevista
semiestruturada. Os resultados indicaram que os motivos mais mencionados pelas
participantes foram: gostar da prática, seguido por realizar uma atividade física, divertir-se,
reencontrar os amigos, aliviar o estresse e, por último, manter a saúde.
INTRODUÇÃO: O presente estudo aborda os motivos que levam à prática regular do futsal
amador feminino. A motivação na prática esportiva vem sendo amplamente estudada
(ROSOLEN, 2006; JUCHEM et al., 2007; BALBINOTTI; SALDANHA; BALBINOTTI, 2009;
SOARES et al., 2010; FONTANA et al., 2013; CECHIN et al., 2014; BALBINOTTI et al.,
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2015) no intuito de identificar e compreender quais as razões que levam à prática esportiva
regular.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho é identificar quais são os motivos que levam as
integrantes de uma equipe amadora de futsal feminino do município de Cachoeirinha/RS,
a praticar regularmente o futsal.
O instrumento utilizado para a coleta das informações foi uma entrevista semiestruturada.
As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas para análise.
Fizeram parte do estudo 10 praticantes de futsal feminino com diferentes faixas etárias, de
uma equipe de futsal amadora do município de Cachoeirinha/RS.
Para Bardin (2011), a análise de conteúdo visa o conhecimento de variáveis, podendo ser
de ordem psicológica, sociológica, entre outras. Utiliza mecanismos de dedução por meio
de indicadores reconstruídos a partir de uma amostra de mensagens particulares.
Este estudo foi aprovado pelo Comite de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul sob o número do protocolo 21679.
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Em relação às questões físicas, podemos observar as falas: “É, sem dúvida nenhuma, o
condicionamento físico” (M), “Primeiro, para fazer alguma atividade física...” (S). Outras já
mencionaram questões psicológicas: “Sei lá, eu esqueço um pouco os problemas” (B), “Mas
é, sem dúvida nenhuma, a minha terapia... (M), “O meu prazer de estar ali praticando o
esporte é tão grande...” (V2). Ainda outras citaram algumas questões sociais: “Estar em
contato com outras pessoas...” (S), “Reencontrar os amigos” (R).
Esses resultados vão ao encontro do nosso referencial teórico. Bozoiam et al. apud Gouvea
(1997) afirmam que a participação regular em uma atividade física se dá quando há
benefícios fisiológicos, psicológicos e sociológicos. Benefícios esses, como redução de
peso, controle de doenças, diminuição da ansiedade e intensificação do bem-estar, ou seja,
o indivíduo participa, mas com o objetivo de garantir benefícios a sua saúde física e
psíquica.
Em outro estudo, Soares et al. (2010) verificou que, para as atletas, a forma física foi a
tendência mais elevada, seguido de diversão, energia liberada e, por fim, fazer parte de
uma equipe. Já no estudo de Paim (2001), as atletas do sexo feminino supervalorizaram a
categoria saúde, seguida por amizade/lazer, ficando a competência desportiva em menor
preferência.
Os achados do nosso estudo foram, em grande parte, concordantes com os demais citados.
Os motivos mais mencionados foram: gostar da prática, seguido por realizar uma atividade
física, divertir-se, reencontrar os amigos, aliviar o estresse e, por último, manter a saúde.
CONCLUSÃO: A motivação é uma ferramenta que estimula o indivíduo a se manter em
uma determinada prática corporal e pode influenciar a permanência e a intensidade do
praticante. Nesta perspectiva, esta pesquisa procurou verificar quais os motivos que levam
as participantes de uma equipe amadora feminina de futsal a praticar esse esporte.
Assim, as participantes realizam esse esporte por mais de uma razão, mas percebe-se que
o prazer gerado por essa prática é muito grande, uma vez que o motivo mais destacado foi
gostar da prática.
Sugerimos mais estudos no âmbito do futsal feminino, especialmente com jogadoras
amadoras, visto que há poucos trabalhos nesta área.
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REFERÊNCIAS
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RESUMO
O objetivo desse estudo foi calcular a probabilidade conjunta de vitória em um set no tênis
de campo, em função da quantidade de erros não forçados (ENF) e pontos vencedores
(PV) realizados.Foram analisados 458 sets da categoria simples masculina do Australian
Open (2015), dos quais foram coletadas as seguintes variáveis: resultado final, quantidade
de ENF e PV realizados. Para calcular a probabilidade conjunta de vitória em função das
quantidades de ENF e PV realizados, foi utilizada a regressão logística binomial. As
análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS 20.A probabilidade de vencer um set
é aumentada ou diminuída na medida em que os ENF e PV são realizados ao longo do
set.Vemos que quanto maior a diferença entre PV e ENF realizados (PV-ENF), maior a
probabilidade de o jogador vencer o set.Conclui-se que é importante direcionar os
treinamentos no sentido de maximizar os PV e minimizar os ENF durante uma partida de
tênise utilizar essas informaçõesno planejamento estratégico de uma partida.
INTRODUÇÃO
Os erros não forçados (ENF) e os pontos vencedores (PV) são ações técnicas presentes
nas partidas de tênisde campo e exercem uma forte influência sobre o resultado do jogo.
Sabe-se que jogadores que vencem a partida realizam significativamente mais PV do que
os que perdeme, em contrapartida, os jogadores que perdem realizam mais ENF do que os
vencedores (KATIC et al., 2011; MARTÍNEZ GALLEGOet al., 2013).Estudos sobre a
influência das ações técnicas do tênis na probabilidade de vencer um set investigaram,
predominantemente, a influência dos pontos ganhos no primeiro ou segundo serviço
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MÉTODO: Todos os dados foram coletados no site oficial do torneio Australian Opende
2015. As informações extraídas de cada set foram: resultado final, quantidade de ENF e
PV realizados. Ao todo, foram analisados 458 sets de jogos simples masculinos, ao longo
de todas as fases do campeonato. Para calcular a probabilidade conjunta de vitória em
função das quantidades de ENF e PV realizados foi utilizada a regressão logística binomial.
As análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS 20.
RESULTADOS
A Tabela 1 apresenta a probabilidade de vencer um set no tênis em função da quantidade
de ENF e PV realizados.
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1005
20 2 3%
21 1 2%
22 0 1%
Tabela 1. Probabilidade conjunta de vitória em um set de tênis em função da quantidade
de ENF e PV realizados.
CONCLUSÃO
A partir dos resultados apresentados nesse estudo, reforça-se a importância de direcionar
os treinamentos no sentido de maximizar os PV e minimizar os ENF durante uma partida
de tênis. As probabilidades fornecidas nesse trabalho podem ser facilmente utilizadas no
planejamento estratégico de uma partida, fornecendo dados concretos que poderão
aumentar potencialmente as chances do atleta conquistar a vitória.
REFERÊNCIAS
BARNETT, Tristan; CLARKE, Stephen R. Combining player
statisticstopredictoutcomesoftennis matches. IMA Journalof Management Mathematics,
v. 16, n. 2, p. 113-120, 2005.
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Roland Garros 2009. Collegiumantropologicum, v. 35, n. 2, p. 341-346, 2011.
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INTRODUÇÃO
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uma escala ecológica de análise, ou seja, considerando as decisões nos contextos em que
elas ocorrem (Araújo, Davids, & Hristovski, 2006). Assume-se nesta perspectiva que as
decisões são tomadas com base na percepção daquilo que o ambiente de jogo possibilita
que se faça, sendo que as possibilidades emergem das interações entre variáveis físicas
que constituem o sistema de jogo.
Tomando por base a perspectiva da dinâmica ecológica, ampla gama de estudos
tem sido realizada em esportes de invasão como, basquetebol (Esteves, de Oliveira, &
Araújo, 2011), rúgbi ( Passos et al., 2012) e futsal (Corrêa et al., 2012, 2014). Os resultados
desses estudos têm mostrado que as relações espaço-temporais entre jogadores e entre
esses e aspectos do campo de jogo atuam como constrangimentos sobre a tomada de
decisão das ações a serem realizadas. Uma característica em comum nesses estudos é o
foco na análise da tomada de decisão em locais específicos do campo, principalmente em
lugares mais próximos onde acontecem as finalizações nas respectivas modalidades.
Apesar do número crescente de evidências, no futebol o número ainda é limitado. Nesta
modalidade, alguns estudos analisaram a tomada de decisão utilizando campos de jogo e
número de jogadores reduzidos. No entanto, não existem na literatura, estudos analisando
a tomada de decisão em situações de jogo 11 vs 11.
Em virtude dessas considerações, este estudo tem como objetivo investigar relações
espaço-temporais angulares como constrangimentos da tomada de decisão dentro da
grande área no futebol.
MÉTODO
O estudo foi realizado com 150 jogadores de futebol do sexo masculino, com idades
compreendidas entre os 17 e os 38 anos, e experiência de prática neste esporte de, no
mínimo, 7 anos. Todos os jogadores participaram do campeonato “Hexagonal del Olaya -
55º edição”, realizado na cidade de Bogotá- Colômbia em 2015. A coleta dos dados foi
autorizada pela comissão organizadora do evento. O presente estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de
São Paulo.
A captura dos vídeos foi realizada em 12 jogos, com duração de 90 minutos cada,
por meio de duas câmeras digitais fixas, localizadas nas arquibancadas lateralmente ao
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RESULTADOS
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identificou que nas situações de chute os ângulos de chute inicial e final foram maiores que
em situações em que foram realizados passes e dribles, e que em situações de passes, os
ângulos de chute inicial e final foram maiores que em situações em que foram realizados
dribles. Nenhuma outra diferença estatisticamente significante foi encontrada nas demais
variáveis.
Figura 1. Médias do ângulo de chute, velocidade e variabilidade em relação às ações
realizadas.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1011
Araújo, D., Davids, K., & Hristovski, R. The ecological dynamics of decision making in sport.
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Corrêa, U. C., Vilar, L., Davids, K., & Renshaw, I. Informational constraints on the
emergence of passing direction in the team sport of futsal. European Journal of Sport
Science, 14(2), 1–8, 2012.
Corrêa, U. C., Vilar, L., Davids, K., & Renshaw, I. Interpersonal Angular Relations between
Players Constrain Decision-Making on the Passing Velocity in Futsal. Advances in
Physical Education, 04(02), 93–101, 2014.
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Figura 9. Figura representativa da frequência cardíaca durante o protocolo. (I. 3’: intervalo
de 3 minutos entre as séries 3 e 4 de cada bloco).
REFERÊNCIAS:
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1017
ASCENSÃO, A.; LEITE, M.; REBELO, A.N.; MAGALHÃES, S.; MAGALHÄES, J. Effects of
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BARBERO-ÁLVAREZ, J. C.; SOTO, V. M.; BARBERO-ÁLVAREZ, V.; GRANDA-VERA, J.
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Sciences, v. 26, n. 1, p. 63-73, 2008.
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soccer-specific fatigue on markers of hamstring injury risk. Journal of Science and
Medicine in Sport, v. 13, p. 120–125, 2010.
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1018
carolina.wilke@minastc.com.br
RESUMO:
O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito de quatro semanas de treinamento
de pré-temporada nas capacidades físicas de jogadores profissionais de futsal profissional.
6 jogadores de linha realizaram três testes físicos antes do início da pré-temporada, e após
4 semanas: 1) salto com contramovimento (SCM); 2) sprints repetidos (SR) e 3) beep test
para estimativa do consumo máximo de oxigênio (VO 2máx). Após 4 semanas, houve
melhora no desempenho de saltos (pré: 40,0 ± 6,5 cm; pós: 41,6 ± 5,8 cm; p<0,05), e no
percentual de queda nos SR (pré: 6,5 ± 2,6%; pós: 3,1 ± 0,9%; p<0,05). Entretanto, houve
manutenção na média de tempo dos sprints (pré: 7,4 ± 0,4 s; pós: 7,3 ± 0,2 s; p = 0,65) e
queda de desempenho no melhor sprint na mesma avaliação (pré: 6,9 ± 0,3 s; pós: 7,1 ±
0,2 s; p<0,05). Além disso, foi observada manutenção no VO 2máx estimado pelo beep test
(pré: 49,7 ± 4,8 mlO2.kg-1.min-1; pós: 53,5 ± 5,0 mlO2.kg-1.min-1; p = 0,10). Assim, o
treinamento específico de futsal foi capaz de aumentar o desempenho de força explosiva
de membros inferiores, mas não a capacidade aeróbica e a capacidade de realização de
sprints repetidos de atletas profissionais.
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MÉTODOS: Participaram deste estudo 07 jogadores de linha (22 ± 4 anos) de uma equipe
profissional de futsal que competia a Liga Nacional. Antes do início dos treinamentos da
temporada, todos os jogadores foram submetidos a três testes físicos, em dois dias
consecutivos: 1) salto com contramovimento (SCM) e teste de sprints repetidos (SR); 2)
multistage fitness test (MSFT) para estimativa do consumo máximo de oxigênio (VO2máx).
Os mesmos testes foram repetidos 04 semanas após o início dos treinamentos, seguindo
os mesmos protocolos.
Para o teste de SCM, os jogadores realizaram 3 saltos, e a média dos mesmos foi utilizada
para análise. O teste de SR consistiu em realizar 6 sprints de 40 metros (20 m + 20 m com
mudança de direção de 180 graus), separados por 20 s de recuperação passiva
(IMPELLIZZERI et al., 2008) O beep test foi realizado seguindo o protocolo proposto por
Léger, (1984 in MAYORGA-VEGA et al., 2015).
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1020
REFERÊNCIAS:
IMPELLIZZERI, F. M., RAMPININI, E., CASTAGNA, C., BISHOP, D., FERRARI BRAVO,
D., TIBAUDI, A., WISLOFF, U. Validity of a repeated-sprint test for football . International
Journal of Sports Medicine. v.29, p. 899 – 905, 2008.
Mayorga-Vega, D., Aguilar-Soto, P., Viciana, J. Criterion-Related Validity of the 20-M Shuttle
Run Test for Estimating Cardiorespiratory Fitness: A Meta-Analysis. Journal of Sports
Science and Medicine, v.14, p.536-547, 2015.
NAKAMURA, F. Y., PEREIRA, L. A., CAL ABAD, C. C., KOBAL, R., KITAMURA, K.,
ROSCHEL, H., RABELO, F., SOUZA-JUNIOR, W. A., LOTURCO, I. Differences in physical
performance between U-20 and senior top-level Brazilian futsal players. Journal of Sports
Medicine and Physical Fitness, v. 29, Maio 2015. [Epub ahead of print]
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Felipe_goedert@hotmail.com
MÉTODO: Este estudo de cunho quantitativo exploratório obteve uma amostra composta
por alunas matriculadas e ouvintes da disciplina EFC5655 Voleibol Feminino –
Aperfeiçoamento, no segundo semestre de 2013da Universidade Federal de Santa
Catarina (n=35) que estiveram no dia da coleta de dados. Todas responderam o
questionário sobre a "Autoavaliação de desempenho técnico-tático".
Este questionário foi composto por 18 questões fechadas que avaliaram a autopercepção
em relação ao seu desempenho e compreensão acerca dos fundamentos técnicos e táticos
do voleibol. A análise dos dados foi realizada no pacote estatístico SPSS, versão 22, sendo
utilizado para os dados estatísticos tratamento descritivo, referentes à frequência simples
e percentual;
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REFERÊNCIAS
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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RESUMO: A motivação é uma energia que impulsiona o ser humano para dar o seu melhor
rendimento em determinada tarefa. A partir disso, o objetivo deste estudo é de verificar o
perfil motivacional de universitárias brasileiras jogadoras de futebol. A amostra foi composta
por 167 universitárias brasileiras jogadoras de futebol que participaram da Copa Brasil
Universitária de Futebol Feminino 2015 realizada pela Confederação Brasileira do Desporto
Universitário (CBDU). O método utilizado para a coleta de dados foi a Escala de Motivação
no Esporte para língua portuguesa (EME-BR) que contém 28 questões divididas em sete
dimensões. Os resultados mostram que a dimensão motivação intrínseca para experiências
estimulantes apresentou maior valor entre as dimensões ao contrário da dimensão
desmotivação que apresentou menor valor entre as dimensões. Conclui-se que o perfil
motivacional de universitárias brasileiras jogadoras de futebol está atrelado sob a lógica da
prática esportiva em prol do divertimento, do prazer e da excitação.
Palavras-chave: Futebol Feminino; Motivação; Esporte Universitário.
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Muitos estudos são realizados no esporte para verificar o perfil motivacional e os fatores
influenciadores nele (GOMES et al., 2012; CECHIN et al., 2014; CARRAL, PÉREZ e
PRIETO, 2014; MIZOGUCHI, BALBIM e VIEIRA, 2013), mas existe uma lacuna a ser
preenchida no que concerne a pesquisas sobre motivação no esporte universitário, que
pode se caracterizar em uma fase de transição do esporte amador para o profissional, como
também pode ser a única alternativa encontrada para que esportistas amadores possam
competir e praticar o desporto em uma perspectiva de rendimento, mesmo que não seja
em alto nível. Dessa forma, o objetivo deste estudo é de verificar o perfil motivacional de
universitárias brasileiras jogadoras de futebol.
MÉTODO: O estudo foi realizado com universitárias brasileiras jogadoras de futebol que
participaram da Copa Brasil Universitária de Futebol Feminino 2015 realizada pela
Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). O instrumento utilizado para a
coleta de dados foi a Escala de Motivação no Esporte para língua portuguesa (EME-BR),
instrumento validado por Costa et al. (2011) que contém 28 itens divididos em sete
dimensões, sendo quatro perguntas por dimensão, que são: motivação intrínseca para
conhecer (MIC), motivação intrínseca para atingirem objetivos (MIAO), motivação intrínseca
para experiências estimulantes (MIEE), motivação extrínseca de regulação externa
(MERE), motivação extrínseca de introjeção (MEIN), motivação extrínseca de identificação
(MEID) e desmotivação (DESM). A 28 questões foram respondidas por meio de uma escala
Likert de sete pontos que se altera de 1 “não corresponde nada” a 7 “corresponde
exatamente”. Os dados foram analisados considerando-se cada dimensão isoladamente e,
posteriormente, agrupando-as em referência aos componentes característicos gerais das
motivações intrínseca e extrínseca e a desmotivação. Os testes estatísticos utilizados para
análise dos dados foram: Kruskal-Wallis (teste não paramétrico), teste C de Dunnett (post
hoc). Todos os cálculos foram efetuados pelo software estatístico SPSS 20.0 (IBM, EUA),
sendo aceito um nível de significância de 5%.
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suma importância no processo de formação de uma equipe, o que pode influenciar nos
objetivos traçados no início de um trabalho.
REFERÊNCIAS
CARRAL, J. M. C.; PEREZ, C. A.; PRIETO, C. M. Energy cost and motivation in a population
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2014.
GOMES, S. S.; MIRANDA, R.; BARA FILHO, M. G.; BRANDÃO, M. R. F. O fluxo no voleibol:
relação com a motivação, autoeficácia, habilidade percebida e orientação às metas.
Revista da Educação Física/UEM, v. 23, n. 3, p. 379-387, 2012.
HÜTTERMANN, S.; MEMMERT, D. The influence of motivational and mood states on visual
attention: A quantification of systematic differences and casual changes in subjects' focus
of attention. Cognition and Emotion, v. 29, n. 3, p. 471-483, 2015.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1030
WEINBERG, R. S. Goal setting in sport and exercise: research and practical applications.
Revista da Educação Física/UEM, v. 24, n. 2, p. 171-179, 2013.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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milton.misuta@fca.unicamp.br
RESUMO:
Este estudo tem como objetivo levantar possibilidades de integração de conhecimentos
baseados na pedagogia do esporte e biomecânica para desenvolver metodologias de
análise de jogo no goalball. A metodologia apoiada na pedagogia do esporte estará focada
na questão da concepção do jogo e o modelo de observação e categorização dos
elementos do jogo, e no campo da biomecânica focada na obtenção de variáveis
cinemáticas em situação real de jogo. As categorias de análise com os respectivos
indicadores visando categorizar a técnica utilizada pelo atacante para efetuar o arremesso
(técnica de arremesso), e a característica imprimida à bola pelo atacante para percorrer a
quadra (tipo de bola) juntamente com os dados sobre a posição em função do tempo de
cada atleta possibilitam análises das variáveis cinemáticas derivadas (distância total
percorrida, distribuição de velocidades, entre outras variáveis importantes) de forma
integrada e de forma a considerar a complexidade da modalidade.
Palavras-chave: goalball, biomecanica, pedagogia do esporte.
INTRODUÇÃO:
A dinâmica do jogo de goalball, que é uma modalidade coletiva, baseia-se na
orientação dos jogadores na quadra de forma a trabalhar a construção do mapa mental e
exploração das percepções auditivas (bola com guizo interno) e táteis (linhas demarcatórias
de quadra em alto relevo). O confronto (três jogadores por equipe) baseia-se na troca de
bolas por meio de lançamentos, com o intuito de marcar o gol. No contexto acadêmico, há
um crescente interesse sobre a modalidade, mas ainda são poucos os estudos referentes
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1032
a análise de jogo do goalball (Mora, 1993, Caldeira, 2006, Amorim et al. 2010). Neste
âmbito, alguns aspectos fundamentais podem ser elencados: a) busca da análise objetiva
da dinâmica do jogo de goalball; b) desenvolvimento metodológico para a obtenção de
dados confiáveis e seguida de um desenvolvimento metodológico de formas de análise; c)
integração das áreas de conhecimento. Como exemplo, a pedagogia do esporte contribuir
com aspectos relativos à concepção do jogo e o modelo de observação e a biomecânica
contribuir com a quantificação de dados, entre outras formas de integrações possíveis. Este
estudo tem, assim, como objetivo levantar possibilidades de integração de conhecimentos
baseados na pedagogia do esporte e biomecânica para desenvolver metodologias de
análise de jogo no goalball.
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Traj
X
Y
RESULTADOS:
Categorias de análise e seus indicadores. A seguir serão apresentados alguns exemplos
das categorias de análise com os respectivos indicadores: Efetivação do arremesso. A
observação deste princípio visa categorizar a técnica utilizada pelo atacante para efetuar o
arremesso (técnica de arremesso) e a característica imprimida à bola pelo atacante para
percorrer a quadra (tipo de bola). Técnica de arremesso, associado à técnica utilizada pelo
atacante: 1) Entre pernas (EP): o jogador fica de costas para a equipe adversária, com as
pernas afastadas lateralmente e, num rápido movimento de inclinação do tronco à frente,
lança a bola por entre as pernas e para trás do corpo em direção à baliza adversária; 2)
Frontal (FR): o atleta segura a bola a frente do tronco e faz um movimento de pêndulo com
o braço de arremesso; 3) Giro (GI): o atacante posiciona-se de frente para a equipe
adversária e após um deslocamento rápido, faz um giro de até 360°.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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Uma vez conhecidos, os conhecimentos específicos das duas áreas podem ser
integrados de forma a conduzir estudos envolvendo a compreenção da complexidade que
envolve. No caso em específico, uma possibilidade pode ser na associação entre a técnica
de arremesso e as informações cinemáticas nas ações ofensivas.
CONCLUSÃO:
Os avanços das duas áres apontam para estudos interdisciplinares em que o goalball seja
o foco de estudo considerando a complexidade que envolve o goalball. Deste modo, os
conhecimentos e os dados resultantes serão a partir das categorias de análise com os
respectivos indicadores juntamente com os dados sobre a posição em função do tempo de
cada atleta e as variáveis cinemáticas derivadas (distância percorrida, distribuição de
velocidades, etc) nas ações ofensivas.
REFERÊNCIAS
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object space coordinates in close range photogrammetry. In ASP Symp. Close Range
Photogrammetry, pp. 1-19, 1971.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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AMORIM M.; BOTELHO M.; SAMPAIO E.; et al. Caracterización de los patrones
comportamentales de los atletas com discapacidad visual practicantes de goalball.
REIFOP, Valencia, v.13, n.3, p.47-57, out. 2010. Disponível em:
http://www.aufop.com/aufop/revistas/arta/digital/153/1559.
FIGUEROA, P. J.; LEITE, N.J. ; BARROS, R.M.L. Tracking soccer players aiming their
kinematical motion analysis. Computer Vision and Image Understanding, v.101, n. 2, p.122-
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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marcelo.edufisica@hotmail.com
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1038
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MÉTODOS: Participaram seis atletas masculinos com médias de massa corporal de 83,8
± 15,2 kg e de estatura de 1,84 ± 0,11 m, pertencentes a equipe universitária que disputa
campeonatos e ligas, esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Faculdade de
Ciências Médicas da Unicamp, (número 19703413.8.0000.5404), e todos os participantes
da pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram registrados
360 arremessos, sendo 20 arremessos de cada atleta em cada condição. Todos
arremessos foram filmados por duas câmeras JVC (modelo GZ-HD620BU), e analisadas a
60 Hz. A sincronização e calibração das câmeras, a medição da trajetória da bola e sua
reconstrução 3D foram realizadas no Sistema DVideo (FIGUEIROA et. al., 2003). Todas as
variáveis foram calculadas a partir das coordenadas 3D da trajetória da bola. A normalidade
dos dados foi verificada pelo Liliiefors Test, e o teste Anova One Way foi usado para as
comparações dos dados paramétricos, que foram encontrados nas variáveis altura e ângulo
de saída da bola, e o teste Kruskalwallis para os dados não paramétricos, que foram
encontrados nas variáveis ângulo de chegada da bola à cesta, velocidade de saída da bola
e altura máxima atingida pela bola durante sua trajetória à cesta, com nível de significância
p > 0,05 para ambos os testes.
RESULTADOS: As médias e desvios padrão de cada variável em cada uma das três
condições de arremesso e as diferenças significativas entre elas, são apresentadas na
Tabela 1.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1040
Tabela 1: Médias e desvios-padrão dos ângulos de saída da bola (αs), alturas de saída da bola (hs),
velocidades de saída da bola (vs), ângulos de chegada à cesta (β), alturas máximas alcançadas
durante a trajetória (hmax) de todos arremessos. Diferenças significativas encontradas foram
apontadas da seguinte forma: $ aponta diferença significativa em relação aos lances livres; *
diferença significativa em relação aos Jump sem marcador; e # diferença significativa em relação às
situações 1x1.
O resultado médio encontrado dos ângulos de saída da bola para os arremessos de lances
livres (48,5º), foram diferentes dos valores encontrados no estudo realizado por Miller e
Bartlett (1996), na distancia de 4,57 m, que corresponde aos lances livres (52° a 54°), e
diferentes, também, da afirmação feita por Knudson (1993) em sua revisão de literatura,
sugerindo que 52° no ângulo de saída da bola aumenta a eficiência destes arremessos.
Porém, os valores encontrados nos arremessos jump sem marcador (46,0º) e na condição
1x1 (48,1º) foram significativamente maiores que os valores encontrados por Rojas et al.
(2000), de 44,7° e 47,0°, respectivamente para arremessos jump sem e com marcador, mas
apresentaram o mesmo comportamento crescente.
Para a variável altura de saída da bola das mãos do arremessador os dados médios
encontrados nesta pesquisa para os lances livres (2,43 m) foram próximos aos encontrados
aos encontrados por Miller e Bartlett (1996), com média de 2,44 m. Já na comparação com
os dados encontrados por Rojas et al. (2000), os valores de hs neste trabalho foram
menores para as condições Jump com e sem a presença do marcador adversário, em
relação aos dados encontrados pelos autores (2,85 m, sem a presença do adversário e
2,88 m, com a presença do adversário). Porém, Rojas et al. (2000) não encontraram
diferença significativa elas, diferentemente do que foi encontrado em nosso trabalho. É
importante ressaltar que Rojas et al. (2000), não descreve as orientações dadas ao
marcador, sabendo que a condição 1x1 aqui usada foi efetiva quanto a modificação das
condições de arremesso. Podemos supor que no trabalho citado tal fato não tenha ocorrido,
justificando a diferença nos achados dos dois trabalhos nesta variável.
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distancias encontrando valores de 6,27 ± 1,25 m/s para armadores, 6,28 ± 0,57 m/s para
alas e 6,41 ± 0,67 m/s para pivôs, na distância do lance livre. Estes valores são próximos
aos encontrados por Rojas et al. (2000), de 6,30 m/s, no arremesso sem a presença do
marcador e 6,36 m/s, para os arremessos com a presença dos marcadores. Já os
resultados encontrados por Solana et al. (2009), foram de 7,80 ± 0,25 m/s e 7,93 ± 0,36
m/s, respectivamente para arremessos sem e com a presença de adversário, também na
distância dos arremessos de 3 pontos. Podemos supor que a precisão da escolha do
instante de saída da bola pode interferir de forma significativa nos resultados, e não há
informações metodológicas disponíveis nos artigos citados que permitam fazer essa
avaliação. Por outro lado, pelos valores mostrados por Solana et al. (2009), é claro que a
velocidade de saída aumenta em função das distâncias à cesta.
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1043
ktvanessa@outlook.com
RESUMO: O presente estudo teve como principal objetivo analisar os processos formativos
dos árbitros esportivos em Goiás. Para isso investigamos os árbitros das modalidades de:
basquetebol, futsal, handebol e voleibol. Os instrumentos de coleta de dados foram:
questionários para os árbitros e entrevista para os presidentes das respectivas federações,
com roteiro semiestruturado. Os resultados encontrados a respeito da formação de árbitros
foram que: nem todas as federações esportivas do estado de Goiás oferecem o curso de
arbitragem, a grande maioria dos árbitros atuantes e que atuaram são formados ou
formandos em Educação Física, os cursos de arbitragem das modalidades pesquisadas se
assemelham em algumas partes e para fazer o curso de arbitragem requer alguns quesitos,
porém se diferem nas quatro modalidades. A relevância deste estudo para a Educação
Física é devido à arbitragem ser uma das áreas de atuação dos professores e acadêmicos
do curso Educação Física e o conhecimento das regras é uma importante ferramenta para
se ensinar o esporte no contexto escolar. Sendo assim conclui-se que em algumas
federações esportivas não há a oferta de cursos de formação de árbitros apesar de ser
imprescindível para a boa qualidade da arbitragem.
O desenvolvimento e expansão do esporte aconteceu tendo como pano de fundo o processo de modernização
dos séculos XIX e XX, processo que compreende industrialização, urbanização, tecnologização dos meios de
transporte e comunicação, aumento do tempo livre, surgimento dos sistemas nacionais de ensino etc.
Sendo assim o esporte surgiu para preencher o tempo livre dos trabalhadores, para
que pudessem se livrar das tensões acumuladas pelas atividades cotidianas. Com a
disseminação da prática esportiva, foi aderindo inúmeros adeptos, e isso fez com que
fossem criados grupos de organização, segundo Bracht (2005, p.105-106):
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Inicialmente a satisfação das necessidades que essa prática propiciava vai institucionalizar-se construindo
uma organização que vai estar fundada naquilo que convencionou-se chamar de associacionismo. Esse
movimento originário no âmbito da sociedade civil está baseado na organização voluntária em torno do
interesse comum pela prática esportiva. O associacionismo clubístico vai dar origem às ligas e federações.
MÉTODOS: O caráter desta pesquisa é exploratório, que segundo Triviños (1987, p. 109)
“o pesquisador planeja um estudo exploratório para encontrar os elementos necessários
que lhe permitam, em contato com determinada população, obter os resultados que deseja”.
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A escolha destes sujeitos se deu, pois, como o tema deste estudo é Formação de
Árbitros Esportivos em Goiás, isso diz respeito a quem fez o curso e a quem o realizou. No
entanto, os árbitros esportivos para atuarem como árbitros passaram por algum tipo de
formação e quem ofereceu os cursos de formação para os árbitros foram às federações de
cada modalidade esportiva, e quem responde pelas federações são os presidentes.
RESULTADOS: A formação dos árbitros esportivos tem que ser cada vez melhor, pois,
deve evoluir juntamente com a modalidade no qual atua. A formação de árbitros esportivos
deve ser aprimorada, porque de acordo com que o tempo vai passando, novas táticas e
técnicas de jogo vão surgindo , e assim o árbitro deve saber a melhor forma de conduzir o
jogo. (BASTOS, 2012).
De acordo com Adelino apud Bastos (2012), o fator predominante para a boa atuação
do árbitro, este sendo considerado um agente desportivo, é a formação. Comas apud
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Bastos (2012), afirma que a má atuação do árbitro não depende dele mesmo, mas sim de
uma política formativa, efetuada pelas unidades federativas.
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A Formação de Árbitros no estado de Goiás, não é exigência para atuar como árbitro
em algumas modalidades, assim como a formação em Educação Física. Em análise de
questionários, grandes partes dos árbitros pesquisados estão inseridos no curso de
Educação Física concluído ou cursando. Quanto aos processos de qualificação
permanente dos árbitros, pode ser constatado que a única forma de qualificação pós-curso
de formação, são as chamadas “reciclagens”, em que os árbitros se reúnem mediante
convocação da federação e vão discutir regras e interpretação e demais problemas com o
quadro de arbitragem.
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Mas a solução para as questões indicadas acima deve ser objetivo de futuros
estudos que poderão ter como ponto de partida este esforço que encerramos.
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MÉTODO: Foram analisados os tempos da marcação de 1100 gols registrados nas súmulas
das 388 partidas das seguintes competições: Campeonato Estadual Juvenil, o Campeonato
Estadual Júnior e Campeonato Profissional da 1ª Divisão do Estado do Rio Grande do Sul.
Todas as competições foram realizadas no ano de 2014. Além disso, analisou-se a relação
entre a marcação do primeiro gol de cada partida com o resultado final: vitória, empate ou
derrota. O tratamento estatístico foi feito através do software SPSS Statistics.
Primeiro Segundo
Jogos Gols Média Venceu Empatou Perdeu
Tempo Tempo
2,43 ± 138 173 77 26 15
Profissional 128 311
1,407 (44,4%)* (55,6%)* (65,3%)** (22,0%) (12,7%)
2,81 ± 147 216 89 16 13
Júnior 129 363
1,995 (40,5%)** (59,5%)** (75,4%)** (13,6%) (11,0%)
3,25 ± 190 236 88 16 19
Juvenil 131 426
2,001 (44,6%)* (55,4%)* (71,5%)** (13,0%) (15,4%)
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Júnior foram analisadas 129 súmulas e foram marcados 363 gols. Destes, 59,5% foram
marcados no segundo tempo. Além disso, a equipe que marcou o primeiro gol venceu em
75,4% das partidas. Na categoria Juvenil foram analisadas 131 súmulas e foram marcados
426 gols. Destes, 55,4% foram marcados no segundo tempo e quem marcou o primeiro gol
venceu em 71,5% dos jogos.
CONCLUSÃO: Tanto em relação à distribuição dos gols entre primeiro e segundo tempo,
como em relação à influência do primeiro gol no resultado final, as três competições tiveram
características semelhantes, com a maioria dos gols sendo marcados no segundo tempo
dos jogos e a equipe que marcou o primeiro gol venceu a partida na maioria dos jogos
analisados. Ademais, observou-se que a média de gols por partida é maior na categoria
Juvenil, quando comparado à competição Júnior e à competição Profissional.
REFERÊNCIAS
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táticos, físicos e mecânicos (AGUIAR et al., 2012). Dentre estes, a técnica apresenta-se
importante à boa performance. (HUIJGEN, 2013; REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000;
RUSSELL; KINGSLEY, 2011). Através da técnica busca-se melhorar o resultado,
permitindo uma ação mais econômica e efetiva dos movimentos (FILIN, 1996). Sendo
assim, técnica “representa a utilização e a transformação da motricidade para alcançar que
esta seja cada vez mais adaptada às exigências do jogo” segundo Bayer (1994).
Portanto o objetivo desse estudo foi avaliar as ações técnicas individuais em situações de
pequenos jogos no futebol com superioridade numérica e igualdade numérica.
MÉTODOS: Selecionaram-se 18 atletas de uma equipe de Futebol Sub-17, dos quais seis
eram defensores, seis meio-campistas e seis atacantes.
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Bloqueio 20 31 29 0,276
Interceptação 22 22 19 0,867
Passe 373 392 392 0,732
Dominio 306 371¹ ² 366 ¹ 0,023
Chute 106 134 127 0,176
Mudança de direção
(com bola) 46 59 58 0,382
3vs.3+2 apresentou maior incidência do que 4vs.3. A ação técnica “Desarme” teve maior
incidência nos jogos em igualdade numérica em comparação ao jogo na configuração 4vs3.
Desta forma, o jogo em igualdade numérica favoreceu o aparecimento de mais ações
técnicas defensivas e controle de bola que as outras duas configurações.
O presente estudo investigou a diferença nas ações técnicas entre pequenos jogos com
superioridade numérica. O principal achado deste foi a maior frequência de ações em jogos
de igualdade em comparação com os de superioridade, que contrapõe os resultados
encontrados em outros estudos, nos quais os jogos com superioridade numérica obtiveram
- através do mesmo instrumento - maior frequência de ações que as outras configurações
de jogos investigados (EVANGELOS; IOANNIS; et al., 2012; EVANGELOS; MYLONIS; et
al., 2012). Sugere-se que os resultados encontrados no estudo foram devido as dificuldades
de criar situações de superioridade nos jogos de igualdade numérica, aparecendo assim
mais ações de “Condução” e “Desarme” enquanto em outros estudos a ação de “Passe”
tem maior frequência proporcionada pela superioridade numérica (EVANGELOS et al.,
2012). Os pequenos jogos procuram representar situações do jogo e treinar o atleta de
forma integral, levando em conta o objetivo da sessão e o contexto (CLEMENTE et al.,
2012), portanto, sugere-se considerar o formato do jogo e avaliar sua influência sobre as
ações técnicas realizadas pelos atletas.
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MÉTODO:
Amostra: A amostra foi composta por 1932 ações táticas realizadas por 10 jogadores de
Futebol da categoria Sub-13. Como critério de seleção da amostra, os jogadores deveriam
estar inscritos em programas sistemáticos de treinamento, com no mínimo três sessões
semanais. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal de Viçosa (CEP) sob o protocolo CAAE - 48139515.3.0000.5153.
Instrumento de coleta de dados: O instrumento utilizado para avaliar o desempenho tático
foi o Sistema de Avaliação Tática no Futebol (FUT-SAT) (TEOLDO et al., 2011). O teste de
campo do FUT-SAT é aplicado em um campo de 36 metros de comprimento por 27 metros
de largura, durante 4 minutos de jogo. Os praticantes foram divididos em equipes, contendo
cada uma três jogadores de linha e um goleiro (GR+3x3+GR).
Procedimento de coleta de dados: Foram realizadas duas variações, a primeira
denominada “normal” foi realizada com as regras oficiais e a segunda denominada
“restrição de tempo” contou com as mesmas regras, entretanto houve uma tarefa adicional.
Nesta, ao iniciar cada sequência ofensiva os jogadores tinham no máximo 18 segundos
para finalizar a baliza adversária, caso a equipe não finalizasse, perdia a posse de bola.
Durante a aplicação do teste foi solicitado aos jogadores que jogassem de acordo com as
regras oficiais do Futebol. Antes de iniciar o teste, foram concedidos 30 segundos para a
familiarização dos jogadores.
Análise estatística e da fiabilidade: Foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio
padrão) e para verificar a distribuição dos dados foi utilizado o teste Kolmogorov-Smirnov.
Foram utilizados o teste t e o teste de Wilcoxon. O teste Kappa de Cohen foi utilizado para
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verificar a fiabilidade. Foram reavaliadas 210 ações táticas, que representaram 10,86% da
amostra, valor superior ao de referência (10%) (TABACHNICK; FIDELL, 2001). Os
resultados do reteste apresentaram fiabilidade intra-avaliadores no jogo normal com valores
situados entre o mínimo 0.939 (ep=0,042) e o máximo 1.000 (ep=0,000) e no jogo com
restrição de tempo com mínimo de 0.823 (ep=0,058) e máximo de 1,000 (ep=0,000). Para
a fiabilidade interavaliadores no jogo normal os valores situaram entre o mínimo 0,846
(ep=0,034) e máximo de 1,000 (ep=0,000) e com restrição de tempo, entre o mínimo 0,825
(ep=0,043) e máximo 1.000 (ep=0.000). Para todos os testes foi adotado o nível de
significância de 5% (p<0,05). Para o tratamento estatístico dos dados utilizou-se o software
SPSS (Statistical Package for Social Science) para Windows®, versão 20.0.
RESULTADOS: Os resultados apontaram diferença significativa na realização dos
princípios táticos de Cobertura Ofensiva, Mobilidade e Espaço para o jogo normal e com
restrição de tempo.
Tabela 1: Média, desvio padrão e valor de significância nos jogos com restrição de tempo
e normal.
RESTRIÇÃO DE
PRINCÍPIOS TÁTICOS TEMPO NORMAL
% acerto % acerto P
Penetração 80,40 ± 6,06 81,73 ± 7,23 0,866
Cobertura ofensiva 98,75 ± 1,25 85,38 ± 3,50 0,012*
Mobilidade 33,81 ± 14,18 38,33 ± 13,61 0,012*
Espaço 97,79 ± 1,60 79,49 ± 5,42 0,012*
Unidade ofensiva 76,47 ± 12,91 75,50 ± 12,91 0,810
As diferenças encontradas podem ser explicadas uma vez que no jogo com restrição
de tempo na fase ofensiva, os jogadores tiveram que se adaptar à situação e oferecer
opções de linhas de passe e apoio próximo ao portador da bola para garantir a segurança
e a possibilidade de realizar tabelas e triangulações ofensivas objetivando a finalização,
caracterizando o princípio de Cobertura Ofensiva (TEOLDO et al., 2009). Ao restringir o
tempo de ataque, os jogadores tiveram a iniciativa de buscar regiões do campo que
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enquanto que o jogo sem restrição de tempo induziu os jogadores a serem mais eficientes
no princípio de Mobilidade.
AGRADECIMENTOS: Este trabalho teve o apoio da FAPEMIG, da SETES-MG através da
LIE, da CAPES, do CNPq, da FUNARBE, da Reitoria, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-
Graduação e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de
Viçosa.
REFERÊNCIAS
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jmenfd@unileon.es
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elevada e o espaço de realização cada vez mais reduzido (CASTELO, 1994). Desta forma,
as finalizações assumem um papel de destaque, visando tornar o processo ofensivo, tanto
quanto possível, objetivo e concreto, na tentativa de criar um elevado número de
oportunidades de gols e evitar o desperdício da maioria das mesmas (Oliveira, 1998). Este
estudo teve como objetivo caracterizar as finalizações resultadas em gols, no Campeonato
Brasileiro da categoria Sub-20, no ano de 2015.
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RESULTADOS: Das 85 finalizações resultadas em gol, 75 (88,24%) foram efetuadas com um dos
pés e 10 (11,76%) com a cabeça. Quanto a trajetória, 41 delas (48,23%) foram executadas de forma
rasteira, 22 (25,89%) altas, 13 (15,30%) a meia altura, 7 (8,23%) para o chão e 2 (2,35%) por cobertura.
Tais resultados se assemelham com os encontrados por Petroli (2012) ao analisar as finalizações
resultantes em gols, ocorridas no campeonato gaúcho do ano de 2012, da mesma categoria. O fato
foi então atribuído pelo autor pela maioria das finalizações observadas no estudo em questão, também
terem sidas realizadas de forma rasteira, aumentando proporcionalmente a probabilidade de acerto.
Em relação à distância da baliza, 69 (81,18%) das finalizações foram efetuadas de dentro da área
ofensiva, na zona 7. Doze finalizações (14,12%) foram efetuadas da zona 6 e outras 4 (4,70%) da zona
5. A maior frequência de finalizações que resultam em gols dentro da área penal se assemelha com
os resultados encontrados nos estudos de Moraes e cols., (2012), Armatas e Yiannakos (2006) e
Carling e cols., (2005). Machado e cols., (2013) ao avaliarem as seleções semifinalistas do Mundial de
seleções do ano de 2010 também encontraram a tendência de maior realização de gols neste setor.
Estudos prévios (Castelão e cols., 2015; Castelo, 1996) consideram maiores as
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1068
possibilidades de se finalizar com êxito quando o portador da bola se encontra mais próximo
da baliza, principalmente no corredor central.
Quando excluídas as 18 finalizações oriundas de cobranças de tiro livre diretamente no gol (faltas e
pênaltis), observou se que 37 finalizações (55,22%) foram executadas “de primeira”, ou seja, sem
necessidade de domínio da bola. Em 13 finalizações (19,4%) as mesmas foram executadas
imediatamente após o domínio. Em 12 (17,92%) foram executadas após o domínio e condução da
bola pelo atleta, e em 5 (7,46%) após o domínio houve algum outro tipo de comportamento técnico do
atleta. Estes resultados podem ser explicados pelo fato de que as equipes observadas são do
mais alto nível a âmbito nacional, jogando o campeonato da categoria mais importante do
país, em que os espaços de finalização são reduzidos e a pressão sobre o portador da bola
é muito grande, fazendo com que a finalização direta se torne uma necessidade para se
chegar à obtenção de gols.
CONCLUSÃO
A partir dos resultados do presente estudo, pode-se constatar que houve uma
predominância de finalizações resultadas em gols, realizadas com os pés, sendo que a
maior frequência de finalizações efetivas foi realizada de forma rasteira, de dentro da área
penal, e que na maioria das vezes em que foi realizada não houve o domínio da bola, ou
seja, a finalização foi efetuada “de primeira”. Pode se observar ainda que na maior
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1069
REFERÊNCIAS
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12, p. 140-150, 2012.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1071
Resumo:O presente estudo tem por objetivo verificar a presença do efeito da idade relativa
entre os jogadores de futebol que participaram do Campeonato Brasileiro das séries A e B
no ano de 2013. Foram analisados os dados referentes às datas de nascimento de 1.411
jogadores de futebol que disputaram o Campeonato Brasileiro das séries A e B do ano de
2013. Os dados coletados foram organizados em quartis, de acordo com o mês de
nascimento dos jogadores: Q1 – janeiro a março; Q2 – abril a junho; Q3 – julho a setembro;
Q4 – outubro a dezembro. Utilizou-se estatística descritiva e o teste qui-
nível de significância adotado foi P<0,05. Foram verificadas diferenças estatisticamente
significativas na distribuição dos jogadores pelos quartis de nascimento, tanto na série A,
quanto na série B. Os resultados indicam um maior número de jogadores nascidos nos
primeiros meses do ano.
Palavras Chave:Efeito da Idade Relativa, Campeonato Brasileiro, Futebol.
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1072
Vários estudos têm revelado maior frequência de jogadores nascidos nos primeiros
meses do ano inscritos em competições oficiais, o que demonstra um favorecimento aos
jogadores mais velhos ao longo do processo de formação (BARNSLEY; THOMPSON;
LEGAULT, 1992; CARLI et al., 2009; DEL CAMPO et al., 2010). Esta tendência é muito
comum em competições onde o nível de competitividade é elevado e número de
interessados é superior ao número de vagas disponíveis (MUSCH; GRONDIN, 2001).
Os campeonatos brasileiros das séries A e B se destacam pelo equilíbrio entre as
equipes e pelo número de jogadores de alto nível que participam das competições. No
campeonato da série A estão os principais jogadores que atuam no país. No entanto, nos
últimos anos, com a presença da mídia televisiva, que transmite todos os jogos, o
campeonato da série B cresceu em investimentos, competitividade e interesse. Nesse
sentido, tanto a série A quanto a série B apresentam níveis competitivos elevados. Assim,
é possível que o efeito da idade relativa esteja presente nestas competições. Dessa forma
o objetivo do presente estudo é verificar a presença do efeito da idade relativa entre os
jogadores de futebol no Campeonato Brasileiro das séries A e B no ano de 2013.
MÉTODOS:
Amostra: Para a realização deste estudo, foram analisados os dados referentes à data de
nascimento de 1411 jogadores de futebol que disputaram o Campeonato Brasileiro das
séries A e B de 2013, sendo 667 da Série A e 744 da Série B.
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Série A Série B
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Comparação entre χ2 P χ2 P
os quartis
Quartil 1 x Quartil 2 1,698 0,192 1,840 0,175
Quartil 1 x Quartil 3 197,361 <0,001* 210,935 <0,001*
Quartil 1 x Quartil 4 382,095 <0,001* 408,151 <0,001*
Quartil 2 x Quartil 3 5,079 0,024* 1,817 0,178
Quartil 2 x Quartil 4 173,600 <0,001* 184,715 <0,001*
Quartil 3 x Quartil 4 1,639 0,200 2,465 0,116
*Diferenças estatisticamente significativas
Para modificar esta realidade, é necessário mudanças nos critérios utilizados pelos
clubes na identificação e seleção de jogadores. É importante avaliar as muitas habilidades
(físicas, motoras, técnicas, táticas, psicológicas) que podem contribuir na identificação um
jogador como talentoso, utilizando critérios cientificamente comprovados.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS:
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BARNSLEY, R. H.; THOMPSON, A. H.; LEGAULT, P. Family planning: Football style. The
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1076
breno.gteixeira@gmail.com
Estudos que compararam atletas jovens de diferentes faixas etárias indicaram que a força
muscular aumenta entre a infância e adolescência, apresentando pico no início da fase
adulta1,2,3. Já na comparação entre atletas adultos e mais velhos, observa-se uma redução
da força muscular com o aumento da idade 4,5. Apesar das investigações que compararam
jogadores jovens e adultos, a literatura é escassa na investigação do desempenho muscular
entre jogadores profissionais de futebol do sexo masculino de acordo com a idade. Além
disso, atualmente, observa-se um aumento na participação de jogadores acima de 30 anos
em equipes profissionais de futebol, refletindo um aumento da longevidade na carreira dos
jogadores6. Esse é mais um fator que demonstra a importância de investigações que
considerem como o aumento da idade se relaciona com o desempenho muscular de
jogadores de futebol. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi investigar a influência da
idade no desempenho muscular de flexores e extensores do joelho em jogadores
profissionais de futebol do sexo masculino.
RESULTADOS: O pico de torque extensor foi superior no grupo ≤19 anos que no grupo
≥31 anos (p=0,002). O pico de torque extensor foi superior no grupo 20-23 anos quando
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1078
comparado aos grupos 24-26 (p=0,001), 27-30 (p=0,001) e ≥31 anos (p<0,0001). O trabalho
máximo extensor foi superior no grupo 20-23 anos que nos grupos 24-26 (p=0,006), 27-30
(p=0,04) e ≥31 anos (p=0,03). O pico de torque e trabalho máximo extensor foram
superiores a 60°/s do que a 300°/s (p<0,0001). A análise não revelou efeito principal do
membro inferior para o desempenho dos extensores (p>0,05). O pico de torque e trabalho
máximo dos flexores foi superior a 60°/s que a 300°/s (p<0,0001) e superior no membro
inferior dominante que no não dominante (p<0,0001), assim como houve interação entre o
grupo de faixa etária e o membro inferior (p<0,05).
CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo indicam que jogadores mais velhos apresentam
menor desempenho dos flexores e extensores do joelho em relação aos jogadores mais
jovens. O melhor desempenho muscular em atletas mais jovens que em atletas mais velhos
corrobora com os achados de outros estudos 7,8,9,10. A influência da idade foi diferente entre
extensores e flexores do joelho. Enquanto a redução do desempenho dos extensores do
joelho foi semelhante em ambos os membros inferiores, a redução do desempenho dos
flexores foi superior no membro inferior dominante que no não-dominante. Essa influência
não foi dependente das velocidades angulares investigadas. Essas diferenças podem ter
sido geradas devido às características da prática esportiva 11. Essas informações podem
contribuir com a prática dos profissionais esportivos durante o desenvolvimento de
programas de prevenção e reabilitação de lesões, assim como para programas de
treinamento.
REFERÊNCIAS:
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9, p. 364-373, 2010.
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12.20, 2010.
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Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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motora adequada (HIEMSTRA; LO, FOWLER, 2001). Então, tanto os gestos motores
específicos do esporte, como os erros durante sua execução, podem aumentar a
prevalência de lesões (SILVA et al, 2009).
Assim, o objetivo dessa revisão da literatura é identificar as interações posturais em
praticantes de esportes.
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CONCLUSÃO: Essa revisão identificou que os desvios posturais estão disseminados entre
os atletas de diferentes modalidades e que os desvios variam segundo a exigência postural
de cada modalidade praticada, que podem potencializar a ocorrência de lesões. No entanto,
a prática esportiva promove adaptações orgânicas que permitem maior controle motor e
capacidade de resistir ao esforço, ampliando o rendimento e reduzindo o risco de lesões.
REFERÊNCIAS
ARLIANI, G.G. et al. O efeito do esforço na estabilidade postural em jovens jogadores de
futebol. Acta Ortop Bras. v.21, n.3, p.155-8, 2013.
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p.490-498, 2000.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1087
INTRODUÇÃO: O jogo de futebol, como um Jogo Esportivo Coletivo (JEC), tem as suas
ações caracterizadas pelo contexto imprevisível e aleatório dado pela relação de
cooperação–oposição estabelecida nas regras de jogo da modalidade (GARGANTA, 2001).
Neste contexto, a ação motora realizada representa uma resposta inteligente e criativa,
antecipando as respostas dos adversários em função do objetivo do jogo (MATIAS;
GRECO, 2010). Para Bayer (1994) técnica “representa a utilização e a transformação da
motricidade para alcançar que esta seja cada vez mais adaptada ás exigências do jogo”.
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Portanto o objetivo desse estudo foi comparar o comportamento técnico individual ao longo
de repetidas séries de pequenos jogos em jogadores jovens de futebol.
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TABELA 1
Série Série Valor
1 2 p
Bloqueio 13 18 0,369
Condução 110 111 0,946
Interceptação 12 10 0,670
Passe 190 202 0,544
Domínio 180 191 0,568
Chute 71 63 0,490
Mudança de direção (com bola) 21 38* 0,027*
Desarme 30 30 1,000
* significativamente superior
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1090
Outros fatores podem influenciar o comportamento técnico, como uma melhor relação com
os colegas de equipe e um maior tempo para se adequar as ações dos adversários. Isso
ocorre através da coordenação e reorganização dos comportamentos dos jogadores
sustentadas pela troca contínua de informações entre os indivíduos e o ambiente (DUARTE
et. al., 2012). Entretanto neste estudo esses fatores pouco interferiram no comportamento
técnico durante as repetidas séries.
REFERÊNCIAS:
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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DELLAL, A.; LOGO-PENAS, C.; WONG, D. P.; CHAMARI, K. Effect of the number of ball
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Sports Performance Analysis. Sports Medicine; 42 (8): 633-642. 2012
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technical demands of small-sided soccer games in elite players. Journal of Science and
Medicine in Sport, 12(4), 475-479. 2009.
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2014.
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1092
INTRODUÇÃO: Nos jogos esportivos coletivos, os atletas das duas equipes coordenam
ações de ataque e defesa. Essas ações tem a finalidade de recuperar a bola, conservar a
posse de bola e progredir no campo adversário, enquanto são criadas situações de
finalização para marcar o gol ou ponto. Nessas situações, é requerido aos jogadores
conhecimentos táticos específicos, cujo o desempenho vai depender do conhecimento
tático que o jogador tem da modalidade (GARGANTA, 2006).
Na literatura encontra-se a distinção de dois tipos de conhecimento tático, o conhecimento
tático declarativo e o conhecimento tático processual (MORGAN & MCPHERSON, 2013).
O conhecimento tático declarativo refere-se à capacidade do atleta de saber “o que fazer”,
ou seja, conseguir declarar a melhor decisão a ser tomada durante uma ação esportiva. O
conhecimento tático processual refere-se ao “como fazer” e remete à capacidade do atleta
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1093
de executar uma ação motora dentro dos jogos esportivos coletivos (MATIAS & GRECO,
2010).
O adequado ensino-aprendizagem-treinamento dos jogos esportivos coletivos na fase de
iniciação esportiva, ajuda no desenvolvimento do conhecimento tático processual de
meninos e meninas, o qual vai melhorar o desempenho dos mesmos durante os jogos
(ABURACHID et al., 2014). Além disso, os resultados obtidos dão subsídios para
professores/treinadores sobre a qualidade da metodologia utilizada no ensino
aprendizagem adotados para as crianças (PRAÇA, MORALES & GRECO, 2013; GRECO
et al., 2014).
Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar e comparar o comportamento tático individual de
meninos e meninas na faixa etária de 06 a 10 anos, em jogos realizados com as mãos e
com os pés.
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Cada criança jogou uma vez com os pés e outra com as mãos, sendo que todos os jogos
foram filmados para posterior observação e análise. A análise dos vídeos foi realizada por
dois avaliadores previamente treinados, os quais registraram cada ação tática realizada
pelas crianças. O índice de confiabilidade entre os avaliadores variou de 0.79 a 1.0,
calculado por meio do Índice de Correlação Intraclasse (ICC) e considerado satisfatório na
literatura (WATSON, 2013). Para comparação do desempenho entre ambos os sexos,
utilizou-se o Teste Mann-Whitney, tendo em vista a não-normalidade dos mesmos,
verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk. A análise dos dados foi realizada por meio
programa SPSS® versão 19 para Windows®, adotando um nível de significância de p≤0,05.
RESULTADOS: Nos dois jogos (pé e mão), os meninos realizaram, em média 4,7 (±0,6)
ações táticas individuais, enquanto as meninas realizaram uma média de 4,2 (±0,7) ações.
Entretanto, não houve diferença significativa (p>0,05) entre o número total de ações táticas
individuais realizadas entre ambos os sexos. Este resultado não corrobora com o estudo
de Aburachid et al. (2014) no qual os meninos demonstraram um maior conhecimento tático
processual quando comparado às meninas. Este fato pode ter acontecido, porque a idade
da amostra é diferente no presente estudo, sendo os sujeitos mais velhos no trabalho citado
anteriormente. Garganta (1998) argumenta que atletas de faixas etárias mais avançadas
compreendem melhor as características de imprevisibilidade e aleatoriedade presentes no
jogo, o que pode influenciar seu comportamento e, consequentemente, interferir em seu
desempenho tático.
Quando observado somente o jogo com o pé, pode-se verificar uma diferença significativa
(p<0,05) entre ambos os sexos no parâmetro JCB - passa ao colega sem marcação e
posiciona-se para receber a bola, no qual os meninos tiveram um melhor desempenho do
que as meninas (Gráfico 01).
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1,00
Meninos Meninas
Médias das ações táticas
0,80
0,60 *
0,40
0,20
0,00
JSB JCB MJSB MJSB MJCB
Gráfico 01: Médias das ações táticas realizadas no jogo com o pé para ambos os sexos
Já no jogo com a mão, apesar da média de ações dos meninos ter sido superior à das
meninas, não foram encontradas diferenças significativas entre os sexos (p>0,05) em
nenhum dos parâmetros (Gráfico 02).
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
JSB JCB MJSB MJSB MJCB MJCB
Gráfico 02: Médias das ações táticas realizadas no jogo com a mão para ambos os sexos
Tanto no jogo com a mão quanto com o pé, observam-se valores menores de ações
defensivas comparadas às ações ofensivas. Além disso, os dados apresentados revelam
um baixo número de ações táticas individuais realizadas pelos jogadores, principalmente
as ações táticas realizadas pelas crianças não portadores da bola, corroborando com o
estudo de Praça, Morales & Greco (2013) e Silva et al. (2013).
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1096
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1098
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1099
El objeto del presente estudio, es realizar una descripción de los componentes evaluativos
del servicio (eficacia y nivel de riesgo) en dos de las ligas españolas, Liga FEV y Primera
División Nacional de categoría femenina, con el fin de mostrar una realidad del uso y
rendimiento de esta acción de juego que está en constante evolución.
La muestra empleada para el presente estudio, son los saques registrados en una
observación realizada en la Ligas Españolas de Voleibol de la temporada 2010/2011,
correspondientes a Liga FEV (959 saques) y Primera División (1029 saques).
Para el registro y tratamiento de los datos obtenidos se ha recurrido al software Excel 2011
de Microsoft, mientras que para el análisis de frecuencias se ha hecho uso del software
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1100
FEV 1ª División
E4 83 8,7 89 8,6
En cuanto al Nivel de Riesgo asumido por las jugadoras durante los encuentros analizados,
en la Tabla 2, se puede observar como los índices de riesgo son menores en la categoría
inferior (primera división) ya que dicha liga presenta un menor número de saques del tipo
salto potente. Los índices más destacados en ambas ligas son los R12 y R14, los cuales
se corresponden al tipo de saque flotante lejano y salto flotante, con direcciones de diagonal
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media y paralelas. En este mismo sentido, la Primera División Española refleja unos niveles
de riesgo muy bajos, ya que las jugadoras de dicha liga no emplean tantos saques en salto
potente como en la liga superior (Liga FEV). A igual que ocurre en categorías inferiores
(García-Tormo y cols., 2006), este tipo de saque requiere unos altos índices de
coordinación y fuerza para realizar este servicio con un rendimiento aceptable, Del empleo
de esta fórmula se han obtenido los resultados de la tabla 2, en la que se puede observar
como los índices de riesgo son menores en la categoría más baja (primera división) ya que
dicha categoría no presenta ningún saque del tipo salto potente. Los índices más
destacados en ambas ligas son los R12 y R14 (45% y 24% respectivamente), los cuales
corresponden al tipo de saque flotante lejano y salto flotante, con direcciones de diagonal
media y paralelas. Estos niveles de riesgo son superiores a los obtenidos en categoría
juvenil femenina (García-Tormo y cols., 2006), demostrando el mayor nivel de saque en
estas ligas nacionales.
FEV 1ª División
R9 15 1,6 18 1,7
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La eficacia del servicio disminuye con el aumento de la categoría, lo que indica que en ligas
inferiores, el nivel de saque sigue siendo superior al nivel de recepción de las jugadoras.
Los niveles de riesgo aumentan con las ligas más altas, habiendo poca presencia de saques
de alto riesgo en primera división nacional. Los servicios con un alto nivel de riesgo
conllevan una alta probabilidad de errar, aunque consiguen ciertos niveles de eficacia. Y
finalmente, los saques tácticos con un bajo nivel de riesgo se muestran muy efectivos en
una categoría no muy alta como es primera división.
REFERENCIAS
LOZANO, C. Incidencia del saque y los elementos de la fase de juego del K1 sobre el
rendimiento de la misma en el voleibol femenino español de alto nivel. 2007. 268 h.
Tesis (Doctorado en Ciencias de la Actividad Fisica y del Deporte) - Universidad de Granada
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1103
- Granada.
MOLINA, J.J. Estudio del saque de voleibol de primera división masculina: análisis de
sus dimensiones contextual conductual y evaluativo. 2003. Tesis (Doctorado en
Ciencias de la Actividad Fisica y del Deporte) - Universidad de Granada - Granada.
MORENO, M.P.; García de Alcaraz, A; Morena, A.; Molina, J.J.; Santos, J.A. Estudio de la
dirección del saque en la superliga masculina de voleibol. Motricidad. European Journal
of Human Movement. 2007. v. 18, p. 111-133.
QUIROGA, M.E.; García Manso, J.M.; Bautista, P.; Moreno, M.P. Características del
saque en el voleibol femenino de élite. Revista de Entrenamiento Deportivo. 2008. V.
22, n. 1, p. 17-21.
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MÉTODOS:
Amostra: A amostra foi composta por 144 jogadores de futebol do sexo masculino de
categorias de base divididos em 53 defensores, 56 meio-campistas e 35 atacantes. Como
critério de seleção da amostra, os participantes deveriam estar inscritos em programas
sistemáticos de formação esportiva (escolinhas ou clubes), com no mínimo três sessões de
treino por semana, além de participarem de campeonatos de futebol em nível estadual ou
nacional.
Todas as exigências éticas foram cumpridas e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, sob protocolo de
número (Of. Ref. Nº 106/2012/CEP.
Procedimentos de Coleta de Dados: Para avaliar o desempenho tático dos jogadores, foi
realizado o teste de campo do FUT-SAT, com dimensões de 36m x 27m e duração de
quatro minutos, com trinta segundos de “familiarização” antes do início do teste, além disto,
os jogadores foram orientados a jogar de acordo com as regras oficiais do jogo de Futebol,
exceto à regra do impedimento.
Materiais: Para a gravação dos jogos foi utilizada uma câmera digital SONY modelo HDR-
XR100. O material de vídeo obtido foi introduzido, em formato digital, em um computador
portátil (DELL modelo Inspiron N4030 processador Intel Core™ i3) via cabo USB, e
convertidos em arquivos “avi.” através dos software Format Factory e Prism Video
Converter. Para o tratamento das imagens e análise dos jogos foi utilizado o software
Soccer Analyser.
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Análise Estatística: Foi realizada estatística descritiva (média e desvio padrão) dos dados
de desempenho tático. Recorreu-se ao teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a
distribuição dos dados e ANOVA e Kruskal-Wallis para comparar a Desempenho Tático
entre os Estatutos Posicionais (Defensores, Meio Campistas e Atacantes). Realizou-se um
Post-Hoc de Mann-Whitney para detectar a diferença entre as posições.
Análise de Fiabilidade: Para verificar a fiabilidade das observações foi utilizado o método
teste-reteste respeitando um intervalo mínimo de três semanas para análise, evitando
problemas com a familiaridade com a tarefa (ROBINSON; O’DONOGHUE, 2007). Para o
cálculo da fiabilidade utilizou-se o teste Kappa de Cohen. Para sua análise foram
reavaliadas um número de ações superior ao apontado pela literatura (10%)
(TABACHNICK; FIDELL, 2007). Os resultados do reteste apresentaram confiabilidade intra-
avaliador cujos valores situaram-se entre 0,846 (Erro Padrão = 0,031) e 1,000 (Erro Padrão
= 0,000). Para a confiabilidade interavaliadores os valores situaram-se entre 0,853 (Erro
Padrão = 0,011) e 0,972 (Erro Padrão = 0,007). Para os procedimentos estatísticos utilizou-
se o software SPSS (Statistical Package for Social Science) for Windows®, versão 18.0.
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AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS:
BAYER, C.; COSTA, M. DA; GÓIS, P. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa:
Dinalivro, 1994.
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GARGANTA, J.; PINTO, J. O ensino do futebol. O ensino dos jogos desportivos, 1994.
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flbelozo@yahoo.com.br
RESUMO: O objetivo do presente estudo foi verificar o desempenho das ações técnicas
frente a manipulação da dimensão do campo e das regras. Participaram voluntariamente
onze jogadores (n=11) da categoria sub-20 filiados à Federação Paulista de Futebol (FPF)
com pelo menos quatro anos de experiência na modalidade. Os jogadores realizaram dois
jogos 6x6+G (controle e experimental) e dois jogos 10x10+G (controle e experimental). Com
isso foi avaliado o desempenho das ações técnicas de passe, domínio e finalização
(ofensivas), bem como desarme e interceptações (defensivas). A manipulação das regras
possibilita um aumento significativo nas ações de passe, domínio e interceptações e uma
diminuição significativa nos desarmes e finalizações, enquanto o aumento do tamanho do
campo gera uma queda significativa nas ações técnicas, porém um aumento significativo
nos acertos das ações.
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Contudo o objetivo do estudo foi analisar o desempenho das ações técnicas sob a
manipulação da dimensão do campo e das regras.
MÉTODO: Participaram do estudo onze jogadores (n=11) da categoria sub-20
(idade:19,4±0,7; altura: 174± 5,44 cm; massa corporal: 67,78 ± 8,30 kg; % de gordura: 9,95
± 2,47 e VO2: 49,73 ± 5,03 ml.kg-1.min-1) de uma equipe filiada à Federação Paulista de
Futebol (FPF) com pelo menos quatro anos de prática na modalidade. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) sob o protocolo CAAE -
20862613.3.0000.5404.
Os jogadores foram submetidos a quatro formatos de campos, sendo dois 6x6+G (1.664m²)
e dois 10x10+G (6.720m²), todos com duração de 30 minutos e inclusão de goleiros (G).
Os campos foram separados em Controle (C) no qual apresentavam apenas as regras
oficias da FIFA e Experimental (E) com regras externas inseridas pela comissão para
favorecer o princípio tático da manutenção da posse de bola. Durante esses jogos, foram
observados o desempenho das ações técnicas de passe, domínio, finalizações, desarme e
interceptações.
A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilks e os valores obtidos das
ações técnicas foram comparados pelo teste T Student com nível de significância de
p<0,05. Também foi realizado um teste de fiabilidade utilizando o Kappa de Cohen com
valores de k entre 0.95 (desarme) e 0.99 (passe, domínio, interceptação e finalização)
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Total 40a 24 23 13
% Acertos 70,0 59,0 45,4 51,4
Interceptações a
Total 40 83 22 35
Tabela 1: Porcentagem de acertos e totais das ações técnicas em quatro campos
experimentais.
a
Diferença entre o campo 6x6+G(C) e 6x6+G(E) / 10x10+G(C) e 10x10+G(E); p<0,05;
b
Diferença entre o campo 6x6+G(C) e 10x10+G(C) / 6x6+G(E) e 10x10+G(E); p<0,05;
REFERÊNCIAS
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gui.grandim@gmail.com
INTRODUÇÃO: A utilização do treinamento com jogos vem sendo cada vez mais difundido
pelas comissões técnicas na intenção de evoluírem suas equipes de forma integrada e
sistêmica, tornando os jogadores capazes de resolverem problemas de diversos níveis e
situações (COSTA et al., 2011). Dessa forma, Scaglia et al. (2013) propuseram quatro
matrizes de jogos para organizar e sistematizar a utilização de jogos no treinamento, sendo
eles os jogos conceituais (JC), jogos conceituais em ambiente especifico (JCAE), jogos
específicos (JE) e jogos contextuais (JCX). Logo, torna-se importante entender o
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desempenho das ações técnicas dos jogadores verificando como elas se comportam nas
diferentes matrizes de jogos.
O objetivo do presente estudo foi observar o desempenho de diferentes funções dos
jogadores nas ações de transmissão da posse da bola em três matrizes de jogos.
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Matrizes de Jogos
Posição Eficiências e Totais 10x10+G(C) 10x10+G(E) 10x10+G(JO)
Tabela 1: Total e eficiência das ações de transmissão da posse da bola nos campos
controle (C), experimental (E) e Jogo Oficial (JO) separados para cada posição.
CONCLUSÃO: Ao final do estudo foi concluído que para o treinamento das situações de
transmissão da posse da bola o campo experimental (E) apresentou-se como o mais
eficiente. As manipulações das regras externas são fundamentais para favorecer os
princípios determinados pela comissão técnica, embora não tenha ocorrido diferença
estatística, os jogos controle (C) apresentaram os valores de passe por minuto inferiores
aos exigidos no jogo oficial em todas as posições. O Jogo Oficial (JO) é o campo no qual
ocorreram o maior número de ações por minuto de transmissão da posse, principalmente
com volantes e meio campistas demonstrando que os treinos estão próximos ao Jogo
Oficial, devido as duas posições serem as que mais realizam ações quando comparados
aos outros campos e as outras posições no Jogo Oficial (JO). Os treinamentos precisam
sempre buscar o estado de jogo de cada atleta para que o índice de eficiência dos treinos
seja próximo ao jogo oficial.
REFERÊNCIAS
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MÉTODOS:
Amostra: A amostra foi composta por 144 jogadores de futebol do sexo masculino, sendo
53 Defensores, 56 Meio Campistas e 35 Atacantes. Os participantes deveriam estar
inscritos em programas sistemáticos de formação esportiva, com no mínimo três sessões
de treino por semana, além de participarem de campeonatos de futebol em nível estadual
ou nacional.
Todas as exigências éticas foram cumpridas e o estudo foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, sob
protocolo de número (Of. Ref. Nº 106/2012/CEP).
Instrumentos: O instrumento utilizado para a recolha e análise dos dados foi o Sistema
de Avaliação Tática no Futebol – FUT-SAT (TEOLDO et al., 2011).
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Análise Estatística: Foi realizada análise descritiva de média e desvio padrão dos dados
de Eficiência do Comportamento Tático. Recorreu-se ao teste de Kolmogorov-Smirnov para
verificar a distribuição dos dados. Teste de Anova e Kruskal-Wallis para comparar a
Eficiência do Comportamento Tático entre os Estatutos Posicionais (Defensores, Meio
Campistas e Atacantes). Realizou-se um Post-Hoc de Mann-Whitney para detectar a
diferença entre as posições.
Análise de Fiabilidade: Para verificar a fiabilidade das observações foi utilizado o método
teste-reteste respeitando um intervalo mínimo de três semanas para análise, evitando
problemas com a familiaridade com a tarefa (ROBINSON; O'DONOGHUE, 2007). Para o
cálculo da fiabilidade utilizou-se o teste de Kappa de Cohen. Para sua análise foi
reavaliadas um número de ações superior ao apontado pela literatura (10%)
(TABACHNICK; FIDELL, 2007). Os resultados do reteste apresentaram confiabilidade intra-
avaliador cujos valores situaram-se entre 0,846 (Erro Padrão = 0,031) e 1,000 (Erro Padrão
= 0,000). Para a confiabilidade interavaliadores os valores situaram-se entre 0,853 (Erro
Padrão = 0,011) e 0,972 (Erro Padrão = 0,007). Para os procedimentos estatísticos utilizou-
se o software SPSS (Statistical Package for Social Science) for Windows®, versão 18.0.
RESULTADOS:
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CONCLUSÃO: Conclui-se com este estudo, que o estatuto posicional influencia no padrão
de eficiência do comportamento tático por parte dos Defensores e Atacantes. Sobretudo,
em movimentações de apoio ofensivo dentro do centro de jogo que ocorrem na frente e/ou
atrás da linha da bola. Desta maneira, os Defensores e Atacantes possuem um padrão de
eficiência do comportamento tático superior para o princípio de Cobertura Ofensiva.
AGRADECIMENTOS
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REFERÊNCIAS:
MESQUITA, I. The multidimensionality in the domain of the Volleyball Skills. In: HUGHES,
M.; TAVARES, F. (Ed). IV World Congress of Natational Analysis of Sport. Porto,
Portugal: Multitema, p.147 - 155. 1998.
TEOLDO, I.; GARAGANTA, J.; GRECO, P. J.; MESQUITA, I.; MAIA, J. Sistema de
avaliação tática no futebol (FUT-SAT): Desenvolvimento e validação preliminar.
Motricidade, v.7, n.1, p.69-84. 2011.
TEOLDO, I.; GARGANTA, J.; GRECO, P.; MESQUITA, I. Princípios Táticos do Jogo de
Futebol: conceitos e aplicação. Revista Motriz, v.15, n.3, p.657-668. 2009.
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INTRODUÇÃO: Inúmeras avaliações têm sido criadas para avaliar o jogador de futebol.
Carminatti et al. (2004), propuseram uma avaliação da potência aeróbia a partir do pico de
velocidade (PV), no teste denominado T-CAR, o qual está associado com índices aeróbios
(limiar anaeróbio e vVO2máx) mensurada em laboratório (FERNANDES DA SILVA et al.,
2011).
No entanto, muitas vezes os treinamentos são realizados em outro terreno que não
seja o específico de grama natural. Isso pode influenciar nas solicitações metabólicas, como
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encontrado entre o terreno arenoso (AR) e grama natural (GN) (CETOLIN et al., 2010;
PINNINGTON, 2005; PINNINGTON; DAWSON, 2001) e terreno de grama natural e grama
artificial (ANDERSSON et al., 2008; SASSI et al., 2011; WILLIAMS et al., 2011).
Sendo assim, o objetivo deste estudo foi comparar o PV obtidos através do teste T-
CAR em diferentes (terreno arenoso, grama natural e grama artificial).
MÉTODOS: A amostra deste estudo foi constituída de doze atletas de futebol do sexo
masculino (17,8± 1,60 anos; 177,8±0,08 cm; 68,89±6,86 kg). Todos realizavam dois treinos
diários, totalizando 10-12 sessões/semana. O termo de consentimento aprovado pelo
Comitê de Ética de Pesquisa do Círculo-FSG (protocolo 0145).
Durante uma semana os atletas realizaram o teste de campo incremental T-CAR nos
diferentes terrenos (AR, GN E GA). Os atletas realizaram os testes sempre com um
intervalo de 48 horas, no mesmo horário do dia para evitar variações biológicas. Para a
realização do teste na GN, GA e AR foram utilizados chuteiras, tênis específicos para este
terreno e pés descalços, respectivamente. Para monitoramento da FC foi utilizado o
cardiofrequencímetro da marca Polar Electro ® modelo FS1.
Foi utilizado escala de percepção subjetiva de esforço (PSE) com o protocolo
proposto por Borg et al., (1987) de 20 pontos.
Verificou-se normalidade na distribuição dos dados por meio do teste de Shapiro
Wilk. Para comparação dos valores do PV, nos três tipos de terreno (GN, GA e AR) foi
utilizada a análise de variância ANOVA (one-way), complementada pelo teste de Tukey.
Adotou-se o nível de significância de 5% (p<0,05). Foi utilizado o pacote estatístico SPSS®
versão 20.0.
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Variáveis (n=12) GN AR GA
PV (Km.h-1) 14,7±1,2 13,7±1,2* 15,4±1
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1125
grama natural para o terreno arenoso é sugerido que seja necessário elaborar uma
constante de correção.
REFERÊNCIAS
ANDERSSON, H.; EKBLOM, B.; KRUSTRUP, P. Elite football on artificial turf versus natural
grass: AU9 Movement patterns, technical standards, and player impressions. Journal Sports
Science v. 26, p. 113–122, 2008.
BORG, G.; HASSMEN, P.; LAGERSTROM, M. Perceived exertion related to heart rate and
blood lactate during arm and leg exercise European Journal of Applied Physiology and
Occupational, v. 56, p. 679-685,. 1987.
CARMINATTI, L.J.; LIMA, S.A.E.; OLIVEIRA, F.R. Aptidão Aeróbia em Esportes
Intermitentes - Evidências de validade de construto e resultados em teste incremental com
pausas. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício v.31, p.120, 2004.
CETOLIN, T.; FOZA, V.; CARMINATTI, L.J.; GUGLIELMO, L.G.A.; SILVA, J.F. Diferença
entre intensidade do exercício prescrita por meio do teste TCAR no solo arenoso e na
grama. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 12, p.29-35,
2010.
FERNANDES DA SILVA, J.; . GUGLIELMO, L.G.A’; CARMINATTI, L.J.; DE OLIVEIRA,
F.R.; DITTRICH, N.; PATON, C. Validity and reliability of a new field test (Carminatti's test)
for soccer players compared with laboratory-based measures, Journal of Sports Sciences,
v. 1–8 , 2011.
LEJEUNE, T.M.; WILLEMS, P.A.; HEGLUND, N.C. Mechanics and energetics of human
locomotion on sand. The Journal of Experimental Biology, v...201,p.2071-2080, 1998.
PINNINGTON, H.C.; LLOYD, D.G.; BESIER, T.F.; DAWSON, B. Kinematic and
electromyography analysis of submaximal differences running on a firm surface compared
with soft, dry sand. European Journal of Applied Physiology, v.94, p.242-53. 2005.
PINNINGTON, H.C.; DAWSON, B. Running economy of elite surf iron men and male
runners, on soft dry beach sand and grass. European Journal of Applied Physiology, v.86,
p.62–70, 2001.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1126
SASSI, A.; STEFANESCU, A.; MENASPA, P.; BOSIO, A.; RIGGIO, M.; RAMPININI, E. The
cost of running on natural grass and artificial turf surfaces. Journal of Strength and
Conditioning Research, v. 25, p. 606-11, 2011.
WILLIAMS S.; HUME, P.A.; KARA S. A review of football injuries on third and fourth
generation artificial turfs compared with natural turf. Sports Medicine, v.41, p.903-23, 2011.
ZAMPARO, P.; PERINI, R.; ORIZIO, C.; SACHER, M.; FERRETTI, G. The energy cost of
walking or running on sand. European Journal of Applied Physiology, v.65, p.183-187, 1992.
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1127
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1128
esportes disputados nos JERGS, o futsal é o que mais tem participantes (ALMEIDA;
FONSECA, 2013). No futsal mesmo sendo um esporte coletivo, o goleiro exerce um papel
de extrema importância, pois seu (mal) desempenho não pode ser compensado por outro
atleta da equipe e sua falha pode resultar em gol e até mesmo derrota da equipe.
Desta forma, para compreender a ansiedade pré-competitiva nos jogos escolares, o
presente estudo apresenta como objetivos avaliar o nível de ansiedade pré-competitiva dos
goleiros de futsal participantes de competições escolares.
MÉTODOS: O trabalho tem uma característica quantitativa, com abordagem descritiva
(THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2007). Participaram do estudo 55 goleiros de futsal,
sendo 11 da categoria mirim, 31 da infantil e 13 da juvenil que competiram nos JERGS
etapa municipal em Vacaria, no ano de 2014. As escolas/equipes participantes assinaram
o Termo de Autorização Institucional (TAI) e os pais ou responsáveis consentiram a
participação dos atletas por meio do Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Para a participação na pesquisa, foi definido como critério de inclusão, o aluno estar
regularmente inscrito, ter participado de toda a competição (não necessariamente jogado
as partidas, no caso de goleiros reservas) e ter entregue o TCLE.
O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o Competitive State Anxiety Inventory –
2 (CSAI-2) desenvolvido por Martens (FERNANDES, RAPOSO, FERNANDES, 2012). A
coleta foi feita nos dias das competições da modalidade de futsal nos JERGS. O
instrumento de coleta foi entregue 20 minutos antes das partidas de futsal de cada
categoria. Antes da aplicação do questionário, os goleiros avaliados receberam os
esclarecimentos que se fizeram necessários e os avaliadores ficaram à disposição para
sanar quaisquer dúvidas.
RESULTADOS: O teste de Análise de Variância mostrou que não existe diferença
significativa entre a ansiedade cognitiva e a somática entre as três categorias dos goleiros.
Entretanto, os atletas mais velhos, apresentaram um melhor nível de autoconfiança
(p=0,01) , conforme podemos observar no Quadro 1, a seguir.
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Bertuol e Valentini (2006) destacam estudos que apontam um nível maior de ansiedade dos
adolescentes, por receio do fracasso, comparações e reações negativas dos companheiros
de equipe. Todavia, no grupo avaliado os níveis de ansiedade não foram diferentes
estatisticamente entre os mais jovens e mais velhos, porém os valores absolutos da
ansiedade cognitiva e somática, foram mais baixos nos atletas juvenis. Por outro lado, o
surgimento de uma maior autoconfiança entre os atletas juvenis, pode estar relacionado ao
fato de os atletas já possuírem experiência neste tipo de competição. Esta maior
experiência pode fazer com que se sintam mais seguros, do que aqueles que estão
participando a pouco tempo da competição.
Em relação aos jovens atletas de futsal, pesquisas apontam resultados contraditórios na
comparação entre ansiedade e autoconfiança. Um trabalho de Bochini et al (2008) com
jovens atletas de futsal apontam resultados semelhantes ao nosso, onde a autoconfiança
é maior do que os níveis de ansiedade. Por outro lado, o estudo de Villas Boas et al (2012)
indicam que não existe diferença significa entre os fatores avaliados. Deve-se destacar que
ambos trabalhos investigaram os jogadores de forma geral, sem separá-los por posição,
como é o caso do presente estudo.
CONCLUSÃO: Com os resultados da pesquisa acreditamos que seja necessário que desde
cedo desenvolver e aperfeiçoar rotinas psicológicas que estimulem principalmente o
desenvolvimento da autoconfiança entre atletas de futsal, especificamente os goleiros mais
jovens. Sugere-se a realização de mais estudos nesta linha, abordando e comparando
níveis de ansiedade no futsal em diferentes circunstâncias, posições e idades.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, U. M; FONSECA, G. M. M. Jogos escolares de Vacaria: retrato da participação
dos estudantes. Caderno de Educação Física e Esporte. v. 11, n. 1, p. 89-99, 2013.
BERTUOL, L; VALENTINI, N. C. Ansiedade competitiva de adolescentes: gênero,
maturação, nível de experiência e modalidades esportivas. Revista de Educação Física/
UEM. v 17, n1, p. 65-74, 2006.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
1131
INTRODUÇÃO
A busca pela compreensão do jogo na sua totalidade, não limitando-se apenas ao resultado
final, mas à demais aspectos é de extrema importância para evolução e organização do
treinamento, buscando aproximar-se do que acontece durante o jogo para obter o melhor
resultado. Segundo Garganta (1997), a análise do jogo é utilizada para avaliar a realização
das ações dos jogadores e equipes, ao fornecer informações importantes para treinadores,
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MÉTODOS
Foram analisados os dois jogos das semifinais, a disputa do terceiro lugar e a final,
totalizando 4 jogos do XXI Campeonato Mundial de Handebol Feminino, realizado na
Sérvia, em dezembro de 2013. Para proceder ao registro das ações, utilizou-se a
ferramenta de observação elaborada por Silva (2008). Considerou-se duas unidades
fundamentais de observação:
• Sequência ofensiva – todas as condutas que descrevem as ações realizadas pelas
equipes durante o processo ofensivo. As sequências podem coincidir com o início e/ou o
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final do ataque, mas também podem ter início e ou final em interrupções do fluxo do jogo,
ou alterações contextuais do mesmo;
• Ataque – todos os eventos que ocorrem desde que a equipe adquira a posse de bola até
ao momento em que a perde para o seu adversário, podendo integrar várias sequências
ofensivas.
Os códigos que definem os eventos observados para cada equipe são distinguidos pela
introdução prévia de um “V”, quando se trata da equipe vitoriosa e por um “D” quando se
trata da equipe derrotada.
Tendo em vista o registro e codificação simultâneos das condutas a observar, utilizou-se
uma folha de cálculo no programa “Microsoft Excel”, com macros VBA (Visual Basic For
Application). A folha de cálculo está representada na Figura 1 (Silva, 2008).
A partir do registro das condutas, criou-se, para cada jogo, uma folha de cálculo onde
registraram-se todas as sequências de condutas contempladas na ferramenta de
observação. Na Figura 2 apresenta-se um extrato do registro de dados resultantes da
observação de um dos jogos, onde verifica-se várias sequências ofensivas.
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RESULTADOS
Os resultados da análise descritiva efetuadas à totalidade da amostra foram apresentados
conforme a dimensão contextual e condutual.
As equipes vitoriosas não ficaram em desvantagem com uma diferença maior de cinco gols. Já as
derrotadas ficaram com até onze gols em desvantagem. Estes resultados mostram ser decisivos para
a definição da vitória/derrota no jogo. Silva (2008) encontrou um resultado semelhante no que se
refere à desvantagem das equipes vitoriosas, o que afirma a importância da diferença pontual
verificada no marcador.
A maioria dos ataques realizam-se em situações de igualdade numérica (7x7) e com
inferioridade numérica de uma atleta por parte de uma das equipes (V6 e D6).
Tanto as equipes derrotadas quanto as vitoriosas optam por uma finalização na zona da
primeira linha a maior parte das vezes, seguido pela penetração na segunda linha. As
equipes derrotadas finalizam mais da zona dos pontas do que as equipes vitoriosas.
Montoya Fernandéz e Anguera Argilaga (2013) encontraram o oposto analisando equipes
masculinas nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim.
No que se refere à perda de posse de bola, constatou-se que a falta técnica é a mais frequente por
parte das equipes vencedoras. Este resultado é o oposto do encontrado por Silva (2005), que verificou
que as derrotadas sofriam mais perdas por falta técnica.
As equipes vitoriosas têm 57,5% dos arremessos finalizados com êxito, e as equipes
derrotadas, 49,5%. As equipes vitoriosas finalizaram 174 vezes, já as derrotadas tiveram
170 finalizações. Logo, o principal diferencial não foi a quantidade de arremessos, e sim a
eficácia.
Quando em inferioridade numérica, tanto as equipes derrotadas quanto as vitoriosas evitam
utilizar as transições ofensivas. Quando estão em superioridade numérica, elas utilizam as
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transições, especificamente o ataque rápido. A reposição rápida após gol é mais utilizada
pelas equipes vitoriosas, com o objetivo de aproveitar da situação de recuperação defensiva
das adversárias.
No que se refere à goleira, a sua eficácia é fulcral no resultado final do jogo. As goleiras
das equipes vitoriosas foram responsáveis por 29,4% das falhas das adversárias, enquanto
as goleiras das derrotadas foram responsáveis por 25,3% das falhas das vitoriosas.
CONCLUSÃO
É necessário que durante o treinamento sejam exercitadas as transições ofensivas e
defensivas, com o objetivo de simular a realidade do jogo. Além disso, os treinadores devem
colocar as equipes em situações de desvantagem numérica e/ou desvantagem no saldo de
gols. O treino é uma preparação para o jogo, logo, quanto mais próximo for, melhores serão
os resultados.
REFERÊNCIAS
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Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, Universidade do Porto, Porto,
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Ciências do Desporto) - Faculdade de Ciências do Desporto, Universidade de Trás-os-
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Na América do Norte (Raedeke e Smith, 2001), Europa (Hill e Appleton, 2011) e Oceania
(Hodge et al., 2008), a síndrome de burnout já se constituiu em objeto de estudo de diversas
investigações no contexto esportivo. Esses estudos objetivaram desde a elaboração de
modelos teóricos sobre a síndrome até a aplicação e análise de dados de questionários de
mensuração da mesma, passando pela relação da síndrome de burnout com outras
variáveis físicas e psicossociais. Porém, no Brasil, a produção científica com a temática,
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síndrome de burnout no futebol ainda é incipiente (Pires et al., 2012). Seguindo a linha de
raciocínio dos estudos internacionais, é provável que esta síndrome também aconteça com
atletas brasileiros sem que os profissionais envolvidos no esporte percebam a
manifestação, as causas e as suas consequências.
Os estudos sobre a síndrome de burnout no esporte se justificam por três motivos: (1) o
impacto da síndrome no desempenho atlético; (2) a necessidade de manutenção da saúde
e qualidade de vida dos atletas; e (3) a necessidade de entender melhor a percepção do
fenômeno em atletas de futebol no começo e o final de uma competição importante. Os
atletas de futebol estão expostos a um número potencial de estressores que operam sobre
o desempenho atlético durante as partidas e ao longo da carreira esportiva. De acordo com
Nascimento Júnior (2010), conforme o atleta evolui na carreira e avança das categorias de
base para a equipe profissional, os fatores estressantes aumentam e as equipes passam a
sofrer maior pressão externa para ganhar.
MÉTODOS: Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal de Minas Gerais (CAAE - 0362.0.203.000-11), todos os participantes assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).Participaram do estudo 20 atletas de
futebol profissional, do sexo masculino, pertencentes a uma equipe profissional do Estado
de Minas Gerais. Os atletas apresentavam faixa etária de 19 a 36 anos, com média de
24,40 ± 4,55 anos. Iniciaram a prática da modalidade com idade média de 10,28 ± 4,07
anos e possuíam em média 9,38 ± 4,52 anos como atletas profissionais. O instrumento
utilizado foi o Questionário de Burnout para Atletas (QBA), que tem como objetivo mensurar
o burnout total e as três dimensões da síndrome de burnout: a) exaustão física e emocional;
b) desvalorização esportiva; e c)reduzido senso de realização esportiva dos atletas. Os
dados foram analisados utilizando estatística descritiva e o teste de Mann Whitney.
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METODOLOGIA: Neste estudo a amostra foi composta por seis vídeos da Seleção
Brasileira Feminina de Handebol nas Olimpíadas de Londres 2012, sendo 4 jogos vencidos
e 2 perdidos. Para a análise dos vídeos foi utilizado o software Windows Media Player 2014
e foram quantificados para cada um dos seis jogos o número de ocorrências do tipo de
sistema de ataque, posicionado ou contra-ataque; os elementos táticos ofensivos,
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engajamento, finta, cruzamento, passa e vai, cortina e bloqueio, que ocorrem na ação de
finalização ao ataque; e o número de arremessos, gols e turnovers.
O ataque foi definido como a ação que se inicia com a recuperação da posse de bola e
termina com a finalização ao gol ou turnover. Segundo Ferreira (2006), o ataque
posicionado, caracteriza-se por ações rápidas e precisas, determinadas pelos postos
específicos realizados contra uma defesa adversária já organizada em sistema. Já o contra
ataque, como uma fase do jogo em que, a partir da recuperação da posse de bola, se inicia
o ataque de maneira rápida, na qual a defesa adversária se encontra desorganizada
possibilitando uma situação de superioridade numérica. Os elementos táticos ofensivos
foram propostos por Almeida e Dechechi (2012).
A seguir, foram calculadas a eficiência de cada uma das ações, tanto dos sistemas táticos
quanto dos elementos que precedem as finalizações, dada pela relação gols / arremesso.
As estatísticas descritivas foram realizadas utilizando média e desvio padrão para verificar
os elementos táticos ofensivos mais utilizados e os mais eficientes, da Seleção Brasileira
feminina nesta competição.
RESULTADOS
Foram realizados no total 348 ataques pela Seleção Brasileira nos seis jogos analisados.
Dentre esses 348 identificamos que 91% correspondiam a ataques
organizados/posicionados, com média de 58±6 ações por partida. Já os contra-ataques
foram realizados em média 6±3 vezes por jogo, compondo apenas 9% do jogo. Todavia,
apesar dos ataques posicionados serem os mais utilizados eles não foram os eficiêntes,
tendo um percentual de apenas 50%, o que significa que apenas metade dos arremessos
finalizados resultaram em gol. Em contrapartida o contra ataque se mostrou mais eficiente
(66%), o que nos faz refletir sobre a importância deste tipo de ataque para o sucesso de
uma partida. A Tabela 1, a seguir, apresenta as médias e desvios-padrão dos tipos de
ataque e elementos táticos dos ataques analisados.
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Sistemas Contra
6±3 2±1 66 9
de Ataque Ataque
Engajamento 32±7 8±3 50 63
Finta 9±2 3±1 93 17
Elemento
Bloqueio 8±2 0,6±0,8 58 9
s Táticos
Cruzamento 4±1 1±1 68 8
Passa e Vai 1±0,5 0,5±1 66 3
Tabela1: Médias e desvios-padrão por jogo, relativos aos sistemas e elementos táticos
utilizados no campeonato.
Segundo Bilge (2012), o contra ataque vem se tornando um dos mais importantes
elementos em boas equipes, como também um meio eficiente de marcar gols. Devido a seu
percentual de eficiência, os contra ataques devem ser utilizados por toda equipe que almeja
ter sucesso em categorias de alto nível. No estudo realizado por Calin (2010) o autor
descreve a eficiência dos top-four teams no Campeonato Mundial de 2009 na China, onde
o contra-ataque em equipes femininas é de extrema eficiência, atingindo valores de 23%
dos gols feitos no campeonato. A importância do contra-ataque também foi verificada em
nosso trabalho por apresentar maior eficiência se comparado aos ataques posicionados,
tendo importância significativa no resultado positivo da partida, porém, foi muito menos
utilizado pela Seleção Brasileira Feminina quando comparamos com os resultados do
Campeonato Mundial de 2009.
Com relação aos elementos táticos, o mais utilizado foi o engajamento, compondo 63% de
todos os ataques, realizado em média 32±7 vezes por jogo, com turnover de 8±3 e eficiência
de 50%, seguido por finta com 17% dos ataques, média de 9±2, turnover de 3±1 e eficiência
de 93%, já o elemento menos utilizado foi cortina, que não obteve resultados significativos,
seguido de passa e vai, que compôs apenas 3% do jogo, com média de 1±0,5, turnover de
0,5±1 e eficiência de 66%. O auto valor de eficiência identificado em jogadas com elemento
tático finta pode ser explicado pela condição favorável para o arremesso quando a finta é
aplicada com sucesso, ultrapassando a barreira defensiva, estabelecendo uma relação 1
contra o goleiro.
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equipe e fornecer informações importantes para a comissão técnica bem como jogadores
da equipe. A seleção Brasileira Feminina pode aumentar a utilização dos contra-ataques,
que foi bem abaixo da utilização das equipe do top-four no mundial de 2009.
REFERÊNCIAS:
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MÉTODO: Este estudo foi aprovação pelo comitê de ética (comep) da Universidade
Estadual do Centro-Oeste (Paraná) (parecer de nº460/2011). A amostra foi composta por
seis equipes de futsal feminino participantes da 7º Taça Brasil de Clubes sub-20 totalizando
59 atletas. As equipes foram separadas em dois grupos: G1 Vencedoras (20 atletas)
classificados conforme a colocação final no torneio, do 1º ao 3º lugares, com média de
idade de 18,38± 1,32. O grupo G2 foi composto pelas Perdedoras (39 atletas) classificados
do 4º ao 7º lugares na competição, a sua média de idade foi de 18,73±. 1,10. O nível de
conhecimento tático declarativo (CTD) foi mensurado por meio do Teste de Conhecimento
Tático declarativo em futsal com base em situações específicas do jogo (SOUZA, 2002).
As características do Perfeccionismo foram mesuradas por meio da Multidimensional
Perfectionism Scale - MPS versão portuguesa adaptada por Serpa et al., (2004). Utilizou-
se análise descritiva de média, desvio-padrão, frequência absoluta e relativa e o teste
estatístico utilizado foram: para comparação, o Teste “t” de Student. Para todos os testes
estatísticos foi fixado em p≤0,05 e utilizado o programa SPSS 15.0.
Variáveis G1 G2
Média DP Média DP p
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Quando analisada a classificação do TCTD: FS proposta por quartis nesse estudo (tabela
2), os resultados revelaram que as atletas pertencentes ao grupo vencedor apresentaram
maior frequência (55%) na classificação “bom” seguido por, (20%) “muito bom”, (15%)
“baixo” e (10%) “regular”.
Proposta de classificação G1 G2
TCTD por percentil f % f %
Até 25%(Baixo) 03 15 01 2,5
26-50%(Regular) 02 10 20 51,2
51-75% (Bom) 11 55 17 43,5
Acima de 75% (Muito Bom) 04 20 01 2,5
Tabela 2: Frequência absoluta e relativa das variáveis estudadas em relação aos grupos
vencedores e perdedores.
Diferentemente do G1 (vencedor), o G2 (perdedor) apresentou maior frequência na
classificação “regular” (51,2%), seguido de 43,5% com classificação “bom” e 2,5% para
“baixo” e “muito bom”. No cômputo geral da proposta de classificação do nível do TCTD, as
atletas do grupo vencedor apresentaram o maior percentual de desempenho bom e muito
bom, enquanto que o grupo perdedor baixo e regular.
Os resultados desse estudo (tabelas 1 e 2) se assemelham aos achados por Giacomini et
al., (2011) e Morales e Greco, (2007) no Futebol de Campo, onde os atletas com maior
quantidade de prática não foram os que obtiveram os melhores resultados no CTD. Em
contrapartida, estes resultados não apresentam sintonia com resultados encontrados por
vários autores em diversas modalidades esportivas (BANKS; MILLWARD, 2007;
GARGANTA, 2006; MANN et. al., 2007; MCPHERSON; VICKERS, 2004; TAVARES et al.,
2006; TENENBAUM, 2003).
Quanto às características do perfeccionismo (tabela 3) os resultados demonstram que o
(G1) grupo vencedor apresenta maior preocupação com os erros e sofrem maior criticismo
parental de seus esforços e desempenhos em relação ao (G2) grupo perdedor. No G2 as
maiores médias foram detectadas para as características: expectativas parentais,
organização e padrões de realização pessoal. Estes resultados demonstram que as atletas
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G1 G2
Média DP Média DP p
Preocupação com erros 2,64 ±0,51 2,41 ±0,76 0,258
Dúvida na ação 1,54 ±0,30 1,54 ±0,48 0,952
Expectativas Parentais 2,40 ±0,84 2,44 ±0,79 0,854
Criticismo Parental 1,79 ±0,79 1,73 ±0,57 0,779
Padrões Realização Pessoal 6,10 ±1,06 6,23 ±0,97 0,690
Organização 3,83 ±0,44 4,02 ±0,45 0,183
Índice de Perfeccionismo Global 101,2 ±12,79 100,8 ±14,37 0,915
Perfeccionismo Ajustado normal 47,5 ±6,02 49 ±5,44 0,365
Perfeccionismo desajustado
41,7 ±8,05 39,5 ±9,84 0,419
neurótico
Tabela 3: Média, desvio padrão, e diferença significativa das variáveis analisadas em
relação a vencedores e perdedores. * (p≤0,05)
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TAVARES, F.; GRECO, P.; GARGANTA, J. Perceber, conhecer, decidir e agir nos jogos
desportivos coletivos. In: TANI, G.; BENTO, J.O.; PETERSEN, R.D.S (Eds.). Pedagogia do
Desporto. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 284-298, 2006.
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O estudo de UGRINOWITSCH et al. (2014) mostrou que os times que perderam menos
sets e jogos tiveram maior eficiência na Transição I que seus adversários, indicando que a
eficiência na Transição I tem correlação com a vitória nas partidas de voleibol
(UGRINOWITSCH et al., 2014). No entanto, no estudo de Eom e Schutz (1992a) foi
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observado que a eficiência no contra-ataque, análogo à Transição II, foi o diferencial entre
a colocação de equipes em uma competição de nível internacional. Contando que a maior
eficiência na Transição I é a que não perde o jogo e a da Transição II a que ganha o jogo
(UGRINOWITSCH et al., 2014) faz-se necessário um estudo que avalie a eficiência na
Transição I e na Transição II no resultado dos sets e jogos. Desta forma, o objetivo do
presente estudo foi verificar o efeito da eficiência da Transição I e da Transição II nas
vitórias dos sets e partidas de voleibol.
Tais variáveis foram calculadas a partir da seguinte equação proposta por Hebert, (1991):
Para a análise dos dados foi realizada uma filmagem dos jogos do o Campeonato Brasileiro
de Seleções Juvenil Masculino de 2014. A eficiência das quatro equipes na fase final da
competição, tanto para a Transição I quanto para a II, foram calculadas para cada set, e
também a média da eficiência dos sets de cada jogo. A hipótese levantada nesse estudo
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foi que a maior eficiência da Transição I proporcionaria a vitória, e que a maior eficiência na
Transição II não teria uma influência direta no resultado dos jogos. Para responder essa
hipótese foi realizada uma comparação através do teste t para amostras independentes,
comparando a eficiência da Transição I e II separadamente, por sets e jogos, para as
equipes vencedoras e perdedoras. Foi utilizado o programa Statistic 10.0 para Windows e
foi utilizado o nível de significância de 0,05.
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Partindo de um ponto de vista sistêmico, os resultados mostram que a eficiência tanto para
a Transição I quanto para a Transição II são indicadores que podem ser utilizados para
determinar os resultados em competições de voleibol (HERBET, 1992; UGRINOWITSCH
et al. 2014).
CONCLUSÃO: Conclui-se que tanto a alta eficiência na Transição I quanto a alta eficiência
na Transição II influenciam a vitória em partidas de voleibol.
REFERÊNCIAS
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helcio.rg@hotmail.com
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da ACP que contribuíram acima de 0,60 para cada componente, autovalores e percentual
de variação para cada componente rotado. No tocante aos valores médios, é possível
perceber que os rapazes, apresentaram melhor performance quando comparados as
moças em todos os testes e maiores valores quanto aos dados antropométricos. Quanto
as informações de ACP, os resultados apresentam 4 componentes distintos e
característicos. No primeiro deles estão representas as informações de velocidade e
potência, que explicam 45,676% da variância total, no segundo os dados antropométricos,
com 13,273%, no terceiro as informações de agilidade e potência aeróbia, explicando
10,255%, por fim de forma isolada a idade com 9,627% da variância. As informações do
teste de flexões abdominais não se mostraram representadas em nenhum dos
componentes. Dados similares foram encontrados em outro estudo que envolveu atletas de
basquetebol (MOREIRA, et al. 2009). Nossos achados também apresentam certa
semelhança com o estudo conduzido por Laffaye, et al. (2014), que envolveu atletas de
basquetebol, futebol, Voleibol e Beisebol, porém neste estudo apenas foram estudadas as
variáveis de salto.
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Tabela 1 – Valores médios e desvios padrão (DP) para as variáveis do estudo, resultados
da ACP que contribuíram acima de 0,60 para cada componente, autovalores e percentual
de variação para cada componente rotado.
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em determinado esporte (BAKER, COBLEY & SCHORER, 2012; VAEYENS et al., 2008;
VAEYENS et al., 2009). A avaliação do potencial esportivo é o primeiro passo no processo
de descoberta de novos talentos, e deve ser feita através de métodos científicos (baterias
de testes) associados à opinião de técnicos e experts do esporte (RÉGNIER et al., 1993),
fundamentada em preditores relevantes para o diagnóstico (BROWN, 2001; HONER et al.,
2014). Esta avaliação possibilita identificar virtudes e fraquezas, bem como as
necessidades de desenvolvimento no perfil do jovem atleta, permitindo adequar as suas
características às demandas da modalidade e orientar o processo de treinamento.
Entretanto, a maioria dos estudos tem característica transversal e fundamenta-se
prioritariamente sobre os aspectos físico-motores e de habilidades técnicas (LIDOR, COTE,
& HACKFORT, 2009), analisados isoladamente (VAEYENS et al., 2008), não levando em
conta uma das principais variáveis intervenientes na avaliação do potencial esportivo de
jovens atletas: a maturação (PEARSON, NAUGHTON, & TORODE, 2006).
O objetivo do presente estudo foi elaborar uma metodologia de avaliação
multidimensional e longitudinal do potencial esportivo de crianças e jovens.
MÉTODO: Participaram do estudo 390 alunos (222 meninos) de uma escola militar de
Minas Gerais, com idade entre 11 a 18 anos. Este projeto de pesquisa possui aprovação
no Comitê de Ética em Pesquisa CAAE: 32959814.4.1001.5150 e parecer de aprovação
817.671 da Universidade Federal de Ouro Preto. A bateria de testes consistiu de: Avaliação
Antropométrica: medidas da massa corporal, estatura, envergadura, altura sentado e
dobras cutâneas. Avaliação Físico-Motora: teste de corrida de velocidade de 20m e teste
do quadrado de agilidade, utilizando sistema de células fotoelétricas; teste de salto vertical
com contra movimento, utilizando plataforma de salto; teste de arremesso de medicine-ball
de 2kg; teste de força de preensão manual, através de handgrip; e teste de corrida vai-e-
vem de 20m de Léger. Avaliação Psicológica: versão brasileira do Athletic Coping Skills
Inventory-28 (ACSI-28) e do Task and Ego Questionarie. Avaliação Socioeconômica:
questionário proposto pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP).
Avaliação da Maturação Somática: através do Percentual Atingido da Estatura Adulta
Predita, método proposto por KHAMIS & ROCHE (1994, 1995). Experiência Esportiva:
foram recolhidas informações relativas à preparação desportiva dos jovens, tais como:
número de anos de prática da modalidade, número de sessões de treino semanais, duração
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de cada sessão de treino, nível competitivo. Avaliação dos treinadores: atribuíram uma
classificação subjetiva relativa a expectativa de sucesso que deposita em cada um dos
atletas, no seguinte sistema de classificação: 1 = Muito Fraco; 2 = Fraco; 3 = Razoável; 4
= Bom; 5 =Muito Bom. Além disso, os técnicos irão responder em relação à importância
que eles atribuem a cada fator relacionado ao desempenho, de acordo com a respectiva
modalidade. Autoavaliação de competência: Os atletas também fizeram avaliação da
percepção de competência para o esporte. Os dados foram analisados por modelagem
estatística, utilizando os valores percentis dos testes e respectivos pesos atribuídos à
importância de cada indicador para o desempenho esportivo e pontos de corte para
classificação.
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1380, 2009.
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INTRODUÇÃO
Nos Jogos Esportivos Coletivos (JEC), para que o jogador tenha um comportamento
inteligente durante uma partida é preciso que haja compreensão sobre “o que fazer”,
“quando fazer” e “como fazer”. Para Greco (2009), a forma de atuação de um jogador está
condicionada pelo conhecimento e pela forma como o jogador concebe e percebe o jogo.
Nas Ciências do Esporte diferenciam-se dois tipos de conhecimento baseados na
arquitetura cognitiva Adaptive Control of Thought (ACT) proposto por Anderson, 1995: o
declarativo e o processual. O declarativo caracteriza-se quando o jogador verbaliza a
respeito das próprias decisões e apresenta sua justificativa, refere-se ao saber “o que
fazer”. O processual se refere à execução de tarefas complexas de forma automatizada, ao
“como fazer”, sem o envolvimento de uma recordação consciente e não pode ser
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MÉTODOS
Procedimentos Éticos
Este estudo respeitou as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética N.º44404515.1.0000.5149. Todos os treinadores
participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido e tiveram a
liberdade de abandonar a coleta em qualquer momento e a garantia de que suas
identidades seriam preservadas.
Amostra
Participaram deste estudo cinco treinadores, peritos, na modalidade futsal.
Determinou-se como pre-requisito, para ser considerado perito, ter no mínimo 10 anos de
prática como treinador, conforme Ericsson, Krampe e Tesch-Rõmer (1993), e participação
em campeonatos de nível nacional e/ou internacional (Tabela 1). Todos os treinadores
possuem títulos nesses níveis.
Perito Tempo de Pratica Nível Competitivo
1 20 anos Internacional
2 18 anos Nacional
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3 24 anos Internacional
4 12 anos Internacional
5 21anos Nacional
Procedimentos
Para construção e validação do instrumento serão seguidos os doze passos do
organograma proposto por Pasquali (2010). O primeiro procedimento de validação,
denominado validação teórica, consiste na definição do 1) construto psicológico
(Conhecimento tático Declarativo no futsal), 2) seus atributos (Ações defensivas e/ou
ofensivas) e 3) fatores (ofensivo: contra-ataque e ataque posicional), assim como, a 4)
definição conceitual e operacional do construto, 5) operacionalização dos itens e 6) analise
semântica dos mesmos. Nessa fase consonantemente serão selecionadas cenas de jogos
de futsal, categoria adulto, masculino, para composição de um banco de imagens, as quais
serão enviadas aos peritos para análise.
Os peritos avaliaram as cenas nos critérios clareza da imagem, pertinência
prática e representatividade do item conforme estudo realizado por Aburachid e Greco
(2011), para isto utilizou-se uma escala tipo Likert, destinada a avaliar o grau de
concordância ou discordância das afirmações, com 5 pontos de intervalos, e discriminarão
as cenas em relação as dimensões (fatores) aos quais representam. Para validade de
conteúdo calculou-se o nível de concordância entre juízes, pelo Coeficiente de Validade de
Conteúdo (CVC), desenvolvido por Hernandez-Nieto (2002), pois cada item do teste deve
ser validado quanto ao seu conteúdo. Este mesmo autor destaca que para o cálculo do
CVC, deve-se ter de três a cinco experts. O grau de concordância dos juízes deverá ser
acima de 80% para determinar a pertinência do item, isto é, quanto ele reflete o traço latente
do construto (BALBINOTTI, 2005).
Houve discriminação dos itens em relação as cenas pertinentes. Realizou-se a
análise de conteúdo pela técnica da análise temática para a criação de um gabarito das
respostas dos juízes em relação a melhor tomada de decisão e sinais relevantes utilizados,
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RESULTADOS
O processo de construção iniciou-se com 125 cenas divididas em Jogo posicional e contra-
ataque que após serem submetidas aos 6 primeiros passos propostos, foram reduzidas a
21 cenas, das quais 9 são de ataque posicional e 12 de contra-ataque, que representam o
construto em sua dimensionalidade (Pasquali, 2010, Aburachid e Greco, 2011).
De acordo com Greco, 2009 a interação do conhecimento declarativo e processual e as
estruturas de recepção e elaboração da informação permitem uma tomada de decisão
inteligente e/ou criativa, o que fundamenta a construção dos itens baseados na tomada de
decisão e sua justificativa. Com a aplicação de um teste de conhecimento do futsal, será
possível identificar falhas na compreensão do jogo pelo aluno/atleta, permitindo a
organização das intervenções afim de desenvolver um indivíduo inteligente/e ou criativo
que obtenha sucesso no jogo.
CONCLUSÃO
A aplicação psicométrica nos esportes coletivos permite a avaliação e estruturação do
processo de ensino-aprendizado e treinamento, assim como avaliação da expertise. Além
disso, sua utilização em pesquisa pode proporcionar um avanço no conhecimento sobre a
lógica do jogo e na diferenciação do paradigma perito-novato.
REFERÊNCIAS
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BALBINOTTI, M. A. A.. Para se avaliar o que se espera: reflexões acerca da validade dos
testes psicológicos. Aletheia, v. 1, n.21, 43-52. 2005.
FURLEY, A.; MEMMERT, D. The role of working memory in sport. International Review of
Sport and Exercise Psychology, v.3, n.2, p.171-194, 2010.
GRECO, P.J. Tomada de Decisão. Em: Samulski, M.D. (Ed.). Psicologia do Esporte:
conceitos e novas perspectivas(pp. 107-142). Barueri: Editora Manole. 2009
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INTRODUÇÃO:
O futsal, enquanto jogo esportivo coletivo (JEC) (SILVA; GRECO, 2009), demanda de
seus jogadores o conhecimento tático da modalidade, pois será a partir desse que o atleta
conseguirá tomar decisões táticas (MATIAS; GRECO, 2010). Dessa forma, o conhecimento
tático relaciona-se ao conhecimento na ação em si e na elaboração de decisões táticas
(GRÉHAIGNE; GODBOUT, 1995; GRÉHAINE et al., 2001; GARGANTA, 2006; GRECO,
2006; MATIAS; GRECO, 2010).
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DESEMPENHO PONTUAÇÃO
FRACO Até 183
REGULAR 184 a 219
BOM 220 a 249
MUITO BOM A partir de 250
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Tabela 2: Desempenho das equipes conforme a sua posição na classificação final da competição e seus
escores no teste.
Estes resultados indicam que equipes com melhor desempenho no jogo também possuem
maior conhecimento tático declarativo, o que corrobora com Anderson (1982, 1995) e Henk
(2010) que afirmam que o conhecimento tático declarativo se consolida em conhecimento
tático processual por meio da prática, processo denominado proceduralização.
Dessa forma, entende-se que os resultados corroboram com muitos estudos, os quais
destacam que a expertise, nos jogos esportivos coletivos, relaciona-se com a melhor
qualidade da tomada de decisão, assim como com os conhecimentos táticos declarativo e
processual (ABERNETHY; BAKER; CÔTÉ, 2005; BAKER; CÔTÉ; ABERNETHY, 2003;
FURLEY; MEMMERT, 2012; GRECO, 2009; MCPHERSON, 1994; WILLIAMS et al., 2011).
REFERÊNCIAS
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Las ciencias del deporte están en continua evolución y desarrollo tal y como se
comprueba con el incremento de las disciplinas científicas en las que se agrupan las
investigaciones realizadas. En el año 2008, Borms edita la 5ª edición el Directorio de
Ciencias del Deporte, en el que se recoge por primera vez la disciplina científica de
Coaching Science, al adquirir un cuerpo científico y una estructura académica las
investigaciones orientadas en este ámbito. El reconocimiento internacional de la comunidad
científica queda puesto de manifiesto con esta publicación de la International Council of
Sport Science and Physical Education (ICSSPE).
El análisis del rendimiento deportivo es una de las líneas de investigación que más
auge está teniendo en las últimas décadas dentro de las ciencias del deporte y que se
desarrolla dentro de la disciplina científica de Coaching Science. O’Donoghue (2010)
desarrolla diferentes tópicos de investigación dentro del Performance Analysis in Sport.,
El grupo de investigación GOERD de la Universidad de Extremadura (Grupo de
optimización del Entrenamiento y Rendimiento Deportivo) desarrolla sus líneas de
investigación dentro de las disciplinas científicas de Coaching Science y la disciplina
científica de Sport Pedagogy (BORMS, 2008). De forma específica, los tópicos de
investigación en los realizamos estudios dentro del Performance Analysis in Sport son:
Critical Incidents and Perturbations; Analysis of Coach Behaviour; Performance indicators
for different sports; Analysis of technique; Technical Effectiveness; Tactical patterns of play;
Analysis of referees and officials.
El objetivo de la presente intervención en la mesa redonda es presentar algunas de
las metodologías y los instrumentos que emplea el grupo de investigación GOERD para
analizar el rendimiento de los deportes colectivos.
Los tres grandes ejes sobre los que se vertebra la investigación que vamos a mostrar
son: Los perfiles de entrenador, la intervención del entrenador y la evaluación del
entrenamiento. Los tres ejes de investigación se encuentran interrelacionados y se realizan
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O'DONOGHUE, P. Research methods for sports performance analysis. London:
Routledge, 2010.
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provocado por el incremento de doctores que investigan en el deporte del baloncesto, por
el interés científico en este deporte y por la realización de eventos científicos que
promueven la divulgación científica de calidad de los resultados de investigación en
baloncesto, como el Congreso Ibérico de Baloncesto.
Tras conocer la cantidad de la investigación sobre baloncesto en Brasil, Portugal y
España, es preciso identificar las líneas temáticas en las que se producen estos trabajos.
Dos son las áreas temáticas que engloban el 75% de los artículos publicados en revistas
con factor de impacto, JCR. El 49% de estas investigaciones se pueden clasificar dentro
del área temática de Sport Sciences y el 26% dentro del área temática de Psychology.
También se realiza investigación en áreas temáticas como Physiology, Social Sciences,
Behavioral Sciences o Business Economics, pero con un menor peso.
El grupo de investigación GOERD (Grupo de Optimización del Entrenamiento y
Rendimiento Deportivo) de la Universidad de Extremadura realiza trabajos de investigación
que se posicionan dentro de dos grandes disciplinas científicas (BORMS, 2008). La
disciplina científica de Coaching Science y la disciplina científica de Sport Pedagogy. En
estas dos grandes disciplinas científicas se desarrollan trabajos de investigación aplicada
para resolver problemas del contexto deportivo para mejorar la intervención del entrenador
y colaborar en la mejora de los procesos de entrenamiento y rendimiento en el deporte del
baloncesto.
Se presentan una serie de trabajos científicos ya finalizados en los que se plantea el
problema de investigación a resolver, se indica la metodología empleada, de forma
resumida los resultados y las aplicaciones prácticas de estos trabajos.
Se mostraran las diferencias encontradas en las variables pedagógicas, las variables
organizativas, las variables de carga interna y externa que definen una tarea de
entrenamiento en función de la situación de entrenamiento (agrupamiento de jugadores
durante la tarea). Se podrá identificar las diferencias en el empleo de situaciones de juego
reducidas (Small Side Games) y el juego real (Full Games) en el entrenamiento en
Baloncesto (REINA; IBÁÑEZ; 2015).
También, empleando la misma estructura metodológica se mostraran las diferencias
encontradas en la respuesta fisiológica de los deportistas en función de la intervención o no
del entrenador y el diseño de las tareas, mediante el incremento o disminución del número
de jugadores (GARCÍA; GARCÍA; CAÑADAS; IBÁÑEZ; 2014).
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Otro de los trabajos que se presentará analizará cómo los entrenadores realizan su
intervención durante de la temporada a través del estudio de las variables pedagógicas. Se
presentan los resultados comparativos de dos equipos durante una temporada y se podrá
comprobar si existen modificaciones en la organización de las situaciones de juego en
función de la categoría en la que se entrena (CAÑADAS; IBÁÑEZ, GARCÍA; PAREJO; FEU;
2013).
Finalmente, se muestran los resultados de una investigación que analiza una de las
acciones de juego más relevantes que se producen durante el desarrollo de un partido de
baloncesto, como es el tiro libre. Se muestran las diferencias encontradas en esta acción
de juego tras el estudio de diferentes competiciones en las que se juegan con sistemas de
eliminatorias y sus aplicaciones prácticas (IBÁÑEZ; SANTOS; GARCÍA, 2015)
REFERENCIAS
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La intervención del entrenador, aun guardando muchas similitudes con los procesos
de enseñanza de la educación física en el ámbito escolar, requiere de un estudio
diferenciado. La intervención del entrenador es diferente, dependiendo del ámbito de
aplicación en el que desarrolla su intervención: Ámbito Recreativo; Ámbito Formativo;
Ámbito Rendimiento. Cada ámbito posee un conjunto de características que lo hacen
diferente del otro.
Los entrenadores durante su intervención desarrollan múltiples funciones. El
entrenamiento deportivo es un proceso resultado de una serie de tomas de decisiones, en
el que entrenador tiene un papel fundamental, siendo muchos los elementos, los que
inciden este proceso de toma de decisiones. Sánchez (1994) agrupa las funciones e
intervenciones del entrenador en: factores humanos; factores psicopedagógicos; factores
deportivos; factores de gestión; y factores de liderazgo.
Las funciones o dimensiones que desarrolla en entrenador van a tener un peso
relativo dependiendo del ámbito de aplicación en el que se desarrolla su intervención
profesional. Por ello, atendiendo al contexto en el que se entrena, las intervenciones que
realizan los entrenadores dentro de cada dimensión será más importante para la obtención
de un mejor rendimiento en los aprendizajes y resultados deportivos.
La constante evolución del contexto deportivo está provocando un incremento en los
niveles de productividad, tanto en la cantidad como en la calidad de los aprendizajes
deportivos. La evaluación de los procesos de entrenamiento tiene que ser realiza para
conocer cómo se está entrenando. Pero esta evaluación no debe realizarse sólo sobre la
base de los resultados deportivos, pues ésta es sólo una de las intervenciones que realiza
el entrenador. Para evaluar la intervención del entrenador ajustándose a criterios de calidad,
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Ibáñez (2009) propone que la evaluación del entrenador se realice empleando el Círculo
Continuo del Sistema de Calidad aplicado a la intervención del entrenador. La intervención
del entrenador se debe estructurar en cinco fases: Decir lo que hacemos; Hacer lo que
decimos; Registrar lo que hacemos; Evaluar lo que hacemos; Actuar sobre las diferencias.
Los profesionales que se dedican al entrenamiento deportivo no se comportan de
forma análoga durante su intervención. El estudio pormenorizado de las funciones que
realiza el entrenador permite establecer seis perfiles, atendiendo a los parámetros definidos
inicialmente por Ibáñez (1996) y que fueron posteriormente ampliados por Feu (2004). A
partir de los parámetros Filosofía de entrenamiento; Estilo de entrenamiento; Medios de
entrenamiento y los Recursos materiales; Clima de entrenamiento; Relación Entrenador-
Ayudantes; Relación Entrenador-Jugadores; Métodos de entrenamiento; Planificación del
entrenamiento; y Evaluación del entrenamiento, se definen seis perfiles de entrenador:
Entrenador Tradicional, Entrenador Tecnológico, Entrenador Innovador, Entrenador
Colaborador, Entrenador Dialogador y Entrenador Crítico. El Coach Orientation
Questionnaire (COQ) permite identificar los perfiles de entrenador desde una perspectiva
multidimensional y atendiendo a las diversas funciones que realiza el entrenador (FEU et
al., 2007).
La intervención práctica de los entrenadores se realiza con la presentación de las
tareas de entrenamiento. La tarea de entrenamiento es la actividad que proponen los
entrenadores en la que se plasman y concretizan todas las ideas e intenciones para el
desarrollo de los objetivos deportivos mediante la práctica de los contenidos deportivos. En
ellas, se implementan las concepciones metodológicas del entrenador sobre el
entrenamiento deportivo. El análisis de las tareas de entrenamiento adquiere importancia
para la optimización de los procesos de entrenamiento y la formación de los deportistas.
Para llevar a cabo este análisis es preciso contar con la mayor cantidad de información
posible en los documentos que registren el entrenamiento.
El análisis de la intervención del entrenador a través del estudio de la planificación
del entrenamiento es una línea de investigación que el grupo de investigación GOERD de
la Universidad de Extremadura (Grupo de Optimización del Entrenamiento y Rendimiento
Deportivo) viene desarrollando hace varios años. Para ello, se han empelado varias
herramientas para recoger un conjunto de datos que permitan un análisis integral de la
intervención del entrenador. Ibáñez, Feu y Cañadas (2015) presentan un Sistema Integral
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REFERENCIAS
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INTRODUÇÃO
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Fontes Variáveis
Experiência de Capacidades prévias; fatores contextuais das tarefas; manutenção do
domínio esforço; autorregulação e reconstrução das experiências; trajetória
percorrida para alcançar os resultados.
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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Many factors contribute to the development of elite athletes. The contribution of hereditary
characteristics and the importance of practice, instruction, and the mentorship of significant
others such as parents and coaches are often debated. One perception is that elite athletes
are gifted or endowed with greater ‘talent’, implying that less ‘gifted’ performers may
continually strive to reach excellence without making the necessary gains needed to reach
the elite level in the sport. However, recent research in cognitive neuroscience has indicated
that individuals achieve excellence through many hours of deliberate, purposeful practice
with the specific intention of improving performance. Typically, for example, elite soccer
players engage in the sport before the age of 6 years and accumulate in the region of 7,500
hours of practice before the age of 16 years. This commitment and continual engagement
in practice may be the most important determining factor on the path to excellence. A review
is provided of research that has examined the developmental history profiles of elite athletes
across many countries and continents. The proposal is that expertise develops as a result
of specific adaptations to the unique constraints imposed on athletes during practice and
competition in the sport. In this presentation, an attempt is made to highlight some of the
key psychological adaptations that arise as a result of extended involvement in sport. A
particular focus will be on the development of perceptual-cognitive skills such as anticipation
and decision making, as well as on the importance of mental toughness, resilience and
motivation on the long road from novice to expert. Finally, practical implications for talent
search and development are highlighted, with attempts to illustrate the nature and type of
practice activities most likely to help nurture future generations of experts. An attempt is
made to highlight some of the key practice activities that promote the more rapid acquisition
of the technical and tactical skills that are crucial at the highest levels in ball sports.
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015
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A.M. Williams
Anais do 5º Congresso Internacional dos Jogos Desportivos. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2015