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MINAS GERAIS
Módulo Específico
Teoria do Treinamento Desportivo
Coordenação Pedagógica – IPEMIG
Belo Horizonte
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03
AVALIAÇÃO .................................................................................................... 37
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INTRODUÇÃO
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.
Nos desportos coletivos e nas lutas, onde o conhecimento dos pontos fortes
e fracos do adversário é fator decisivo para a preparação de uma equipe, foram
introduzidos meios de vídeo e informática para levantar o maior número possível de
informações sobre o oponente e permitir ao treinador repetir, durante os treinos, as
situações de jogo que irá encontrar.
Tubino (2001) concorda com Capinussu e acrescenta que uma outra grande
influência para os autores brasileiros foram os estudos de Gerscheller e Reindell e
que um dos primeiros livros publicados no Brasil sobre o assunto foi “Os Cânones
atuais do Treinamento Desportivo” por Jayr Jordão Ramos no início da década de
1960.
Da Costa (2002, p. 34) relatou que neste período iniciou a realizar pesquisas
sobre a influência das condições ambientais no treinamento do pentatlo militar:
Nesse período, o prof. Lamartine, após ter ficado muito influenciado por
estudos que realizou no México, antes dos Jogos Olímpicos de 1968, iniciou o
desenvolvimento do Altitude Training.
Belém (2001) ainda relata que em 1968 foi promovido pelo MEC, sob a
coordenação do Prof. Lamartine o curso “Introdução à Moderna Ciência do
Treinamento Desportivo”, realizado no Clube Militar e abrangeu assuntos do
treinamento total. Somando-se a isto todos ligados ao esporte naquele momento,
comentaram que naquele ano ocorreu um Simpósio de Treinamento Físico Militar
(TFM) em Fontainebleau, França. As Forças Armadas brasileiras enviaram para
participar do evento quatro militares, o Coronel Octavio Teixeira, o Capitão Cláudio
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2 TREINAMENTO DESPORTIVO
Como correr durante dez minutos pode melhorar a qualidade de vida de uma
pessoa?
Como ou o quê levantar pesos irá mudar nas minhas atividades diárias?
Qual deve ser o limite do exercício para este ter efeitos benéficos? Começar a
transpirar, começar a sentir-se o cansado, permanecer sob esforço
confortável ou chegar a exaustão completa?
A análise dessas variáveis irá gerar uma planilha que contemple estes
fatores para que todos trabalhem em sinergismo buscando o resultado esperado, ou
o mais próximo possível deste. E quem poderia cuidar de todos estes aspectos para
o esportista? O mais correto seria perguntar quem em que momento. O treinamento
desportivo, desde o momento de sua prescrição deve ser acompanhado por uma
equipe multiprofissional para que o melhor atendimento seja oferecido. O começo
deste “namoro” com o esporte deve se dar no consultório médico, onde este irá
avaliar o estado geral de saúde para orientar e minimizar os riscos de lesões ou
incidentes por abuso do organismo. Se tudo estiver bem, o próximo passo será
procurar o educador físico ou treinador pessoal que faça uma planilha de
treinamento de acordo com os dados obtidos do consultório médico, as metas do
novo aluno e a avaliação que ele irá realizar das capacidades físicas deste. No caso
de alguma patologia, por exemplo doenças musculares, o caminho é o do
fisioterapeuta, que irá realizar a melhor conduta de reabilitação para deixar o
paciente o mais próximo de iniciar o treinamento em busca de sua meta desejada.
Por último, e tão importante quanto os outros profissionais, a nutricionista irá
prescrever uma dieta que permita com que o proto-atleta melhore seu desempenho
esportivo, alcance suas metas estéticas e aprenda a se alimentar para gozar de boa
saúde (POWER; HOWLEY, 2003; BOMPA, 1983; MUZY, 2010)
Vale lembrar de antemão que uma atividade física regular é uma parte muito
importante em um processo de perda, ganho ou controle de peso efetivo. Os
exercícios também podem ajudar a prevenir diversas doenças e melhorar sua
condição salutar. Não importa que tipo de exercício físico seja praticado, todos são
benéficos (MUZY, 2010).
2.1 Conceitos
2.2 Objetivos
Prevenir lesões;
Cada ser humano possui uma estrutura e formação física e psíquica própria,
neste sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as
características e necessidades do indivíduo. Grupos homogêneos também facilitam
o treinamento desportivo. Cabe ao treinador verificar as potencialidades,
necessidades e fraquezas de seu atleta para o treinamento ter um real
desenvolvimento. Há vários meios para isso, além da experiência do treinador, que
conta muito, os testes específicos são primordiais.
2. O Princípio da Adaptação
várias espécies de vida não teriam sobrevivido ou conseguido sobreviver por longos
tempos e em diferentes ambientes. O próprio homem conseguiu prevalecer no
planeta, como espécie, devido à sua capacidade de adaptação.
Weineck (1991) diz ainda que, no esporte, devido aos múltiplos fatores de
influência, raramente o genótipo é completamente transformado em fenótipo, mesmo
com o treinamento mais duro. Para este autor, fases de maior adaptabilidade,
encontram-se em diferentes períodos para os fatores de desempenho de
coordenação e condicionados, sendo designadas “fases sensitivas”. A zona limite
destas fases sensitivas, isto é, o período em que justamente ainda é possível uma
melhor expressão das características, geralmente chamada de “período crítico”.
1950 e 1970, onde praticamente surgiu uma literatura científica básica sobre este
fenômeno. Segundo Tubino (1984) definindo-se Homeostase, de acordo com
CANNON, como o equilíbrio estável do organismo humano em relação ao meio
ambiente, e sabendo-se que esta estabilidade modifica-se por qualquer alteração
ambiental, isto é, para cada estímulo há uma resposta, e, ainda, entendendo-se por
estímulos o calor, os exercícios físicos, as emoções, as infecções, etc., conclui-se,
com base num grande número de experiências e observações de diversos autores,
que em relação ao organismo humano:
Para este autor, a homeostase pode ser rompida por fatores internos,
geralmente oriundos do córtex cerebral, ou externos, como: calor, frio, situações
inusitadas, provocando emoções e, variação da pressão, esforço físico,
traumatismo, etc. Dantas (1985) diz que, sempre que a homeostase é perturbada, o
organismo dispara um mecanismo compensatório que procura restabelecer o
equilíbrio, quer dizer, todo estímulo provoca reação no organismo acarretando uma
resposta adequada . Neste sentido, o organismo, buscando o equilíbrio constante,
estaria sempre em um estado constante de equilibração.
3. O Princípio da Sobrecarga
como também são criadas maiores reservas de energia de trabalho. A primeira fase,
isto é, a que recompõe as energias perdidas, chama-se período de restauração, o
qual permite a chegada a um mesmo nível de energia anterior ao estímulo. A
segunda fase é chamada de período de restauração ampliada, após o qual o
organismo possuirá uma maior fonte de energia para novos estímulos.
Tubino (1984) ressalta que os estímulos mais fortes devem sempre ser
aplicados por ocasião do final da assimilação compensatória, justamente na maior
amplitude do período de restauração ampliada para que seja elevado o limite de
adaptação do atleta. Este é o princípio da sobrecarga, também chamado princípio da
progressão gradual, e será sempre fundamental para qualquer processo de
evolução desportiva.
4. O Princípio da Continuidade
6. O Princípio da Especificidade
Isto serve, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o
treino, principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente
específico, e que a realização de atividades diferentes das executadas durante a
performance com a finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar
a inibição reativa (ou saturação de aprendizagem).
podemos dizer que o Princípio da Especificidade está ligado diretamente aos gestos
específicos de uma determinada modalidade e o treinamento utilizado para o
aprendizado e o desenvolvimento destes respectivos gestos específicos.
7. O Princípio da Variabilidade
8. O Princípio da Saúde
A citação acima nos leva a inferir que este princípio está fundamentado na
interdisciplinaridade. No entanto, nem sempre o Princípio da Saúde tem sido o
principal norteador, ou mesmo um dos princípios norteadores. Em práticas de
atividades físicas hodiernas, verificamos não somente aquelas ligadas à aquisição e
manutenção da saúde do praticante, mas também aquelas de alta performance, que
podem trazer malefícios devido ao compromisso com o alto rendimento e resultados,
e ainda, as atividades que não têm compromisso algum com o aspecto saúde.
JANSSEN, P. Traning, Lactate, Pulse Rate. Ed. Polar Electro Oy. Finlândia, 1987.
MATTOS, Mauro Gomes de; ROSSETO JÚNIOR, José; BLECHER, Shelly. Teoria e
prática da metodologia da pesquisa em educação física: construindo seu
trabalho acadêmico: monografia, artigo científico e projeto de ação. São Paulo:
Phorte, 2004.
SOEIRO, Renato Souza Pinto; SILVA, Elirez Bezerra da. Treinamento desportivo no
Brasil, sua criação e evolução. In: Congresso brasileiro de história da educação
física, esporte, lazer e dança, 8., 2002, Ponta Grossa. As ciências sociais e a história
da educação física, esporte, lazer e dança. Anais... Ponta Grossa: Universidade
Estadual de Ponta Grossa, 2002.
TUBINO, Manuel José Gomes. Esporte e Cultura Física. São Paulo: Ibrasa, 1992.
AVALIAÇÃO
1)Sobre as várias conceituações de Treinamento Desportivo, relacione corretamente
as colunas abaixo e assinale a resposta correta
A( )5 – 4 – 3 – 2 – 1
B( )3 – 4 – 5 – 1 – 2
C( )1 – 2 – 3 – 4 – 5
D( )4 – 5 – 3 – 2 - 1
A( )Limiar anaeróbico
B( )VO2 máximo
C( )técnica de movimentos
D( )n.r.a.
4)A capacidade biotipológica é dividida em dois tipos. Qual das opções abaixo
relaciona-se com “fatores como composi ão corporal, biótipo, altura máxima
esperada, força máxima possível e percentual de fibras musculares dos diferentes
tipos, dentre outros.”?
A( )Fenótipo
B( )Genótipo
D( )n.r.a.
A( )apenas excitam
B( )provocam adaptações
D( )causam danos
A) Ebook
B)Interval Training
C) Lamar Hunt
D) n.r.a
7) Da criação dos Jogos Olímpicos até o início da Segunda Guerra Mundial surgiram
como métodos de treinamento EXCETO:
A)F, V, V, F
B)V, F, F ,V
C) F, V ,F ,F
D)V, F, V, V
D)n.r.a
II- Para Dantas (1995, p. 50), “O princípio da especificidade preconiza, [...] que se
deve, além de treinar o sistema energético e o cardiorrespiratório dentro dos
parâmetros da prova que se irá realizar, fazê-lo com o mesmo tipo de atividade de
performance.
GABARITO
Nome do aluno:_______________________________________
Matrícula:___________
Curso:_______________________________________________
Data do envio:____/____/_______.
Ass. do aluno: ______________________________________________
TEORIA DO TREINAMENTO
DESPORTIVO
1)___ 2)___ 3)___ 4)___ 5)___