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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ


LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CHAYANE SANTOS MONTEIRO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV:


PROJETO NO ENSINO
Futsal na Educação Física Escolar

GUARAPUAVA/ PR
2019
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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ


LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CHAYANE SANTOS MONTEIRO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV:


PROJETO NO ENSINO
Futsal na Educação Física Escolar

Projeto de Ensino apresentado ao Curso de


Licenciatura em Educação Física da
UNICESUMAR- Centro Universitário de
Maringá, como requisito parcial para a
obtenção da nota na disciplina Estágio
Supervisionado IV: Projeto de Ensino.

GUARAPUAVA/ PR
2019
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS............................................................................................................. 5
2.1 OBJETIVOS GERAIS.........................................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................5
3 JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 5
4 METODOLOGIA.......................................................................................................6
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................7
6 RECURSOS............................................................................................................. 8
7 AVALIAÇÃO............................................................................................................ 8
8 REFERÊNCIAS........................................................................................................9

1 INTRODUÇÃO
O futsal é um esporte mundialmente famoso. Acredita-se que surgiu das
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peladas de várzea que começaram a ser adaptadas às quadras de basquete e


pequenos salões na década de 30 no Uruguai. No Brasil foi introduzida através da
Associação Cristã de Moços (A.C.M.). Nas décadas de 60 e 70, o Futsal começou a
ser regulamentado e ganhar o continente. Por fim, criou-se então a Federação
Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), no Rio de Janeiro, hoje funcionando
dentro da Federação Internacional de Futebol (FIFA).
Segundo Daolio (2002), o esporte, nesse caso o futsal, precisa ser encarado,
como um elemento da cultura corporal que transcende a dimensão técnica
instrumental. Ele dever se visto como um fenômeno histórico-cultural também,
sendo assim, é por isso que ele deve ser analisado antropologicamente e não
apenas bio-mecanicamente.
Esta pesquisa elabora estratégias teóricas sobre o ensino do futsal, partindo
da ideia que essa modalidade é uma forma de expressão corporal, que é utilizada
como linguagem.
As atividades físico-desportivas “futsal” entendidas como atividades
naturais de movimento, jogo e confraternização são elementos básicos para a
educação das pessoas e possuem funções altamente pedagógicas que podem
incidir no desenvolvimento equilibrado e harmônico do ser humano.
Na Educação Física e na iniciação desportiva há a presença de prática de
atividades desportivas e corporais que estimulam de forma direta os aspectos
cognitivos, afetivos psicomotor da criança, e como é conhecida, criança é
“movimento”. Tendo isso em vista o melhor a se fazer é usufruir do movimento
como meio de possibilitar a expressão e criatividade à criança.
A maneira pela qual o futsal será trabalhado neste projeto é de grande
relevância. O aluno é um ser em desenvolvimento e precisa ter seus limites
respeitados tanto em seu aspecto físico, afetivo, psicológico e social. Entretanto é
importante afirmar que o individuo plenamente desenvolvido a partir do movimento
consegue construir uma vida ativa, saudável e produtiva, criando uma integração
segura e adequada e de desenvolvimento harmônico entre corpo, mente e espírito.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais


Propor os fundamentos do futsal: passe, chute e condução, além de trabalhar
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controle de corpo e o trabalho em equipe.

2.2 Objetivos Específicos


 Identificar o conhecimento e experiência da modalidade futsal pelos
alunos.
 Incentivar a colaboração e criatividade de cada aluno.
 Avaliar o desenvolvimento motor e o espírito de coletividade de cada
aluno em cada atividade executada.

3 JUSTIFICATIVA
A Educação é à base do equilíbrio social e de cidadania. A formação do
cidadão começa na infância e precisa ser bem orientada para que se desenvolva na
adolescência e juventude se solidificando na fase adulta.

O projeto de futsal visa contribuir na educação permanente das crianças não


apenas com objetivo de desenvolver o físico, mas sim a vida do ser humano como
um todo, possuindo um impacto positivo nos domínios cognitivos, afetivos e sociais.

Através deste projeto será possível incentivar o espírito criativo, ensinar os


alunos a conviverem em grupos, ensinar a respeitarem regras e condutas, lidar com
a competição e criar novos desafios.

4 METODOLOGIA
Tempo de duração do projeto: um semestre
Período de realização: 2º semestre
População: Alunos do 6º ao 7º ano
Materiais: Lousa, Bolas, Cones, Apito e coletes para formar times.
Atividades: [aula teórica] Explicação e conversação sobre os fundamentos:
passe, chute e condução em sala de aula, utilizando a lousa, a fim de descobrir
quem já praticou ou quem nunca jogou o futsal.
[aula prática] Iniciar com um aquecimento, e começar com o fundamento:
condução, depois passe e por ultimo o chute através de atividades e brincadeiras
coletivas.
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Primeira etapa: Condução.


Iniciaria as atividades dispondo as crianças em quatro fileiras para trabalhar
o fundamento: condução, onde as primeiras crianças de cada fila terá uma bola, e
cada uma conduzirá a bola até um cone e circula-lo e retornar, entregando a bola
para a próxima criança da fila e assim voltando ao final da fila, até que todos
tenham realizado o movimento.
Segunda etapa: Condução e Passe.
A próxima atividade irá trabalhar os fundamentos: condução e o passe,
colocaremos uma fila de frente para a outra, orientaremos as crianças a conduzir a
bola até o meio da quadra e passar para o colega da frente, realizando esse
movimento 4 (quatro) vezes, retornando de costa para o inicio da fila, assim até que
todos tenham realizado o movimento.
Terceira etapa: Condução, Controle de Corpo e Passe.
A terceira atividade trabalhará os fundamentos: condução, passe e controle
de corpo, ainda em fileiras será disposto entre cada fila três cones, conde o aluno
deve conduzir a bola passando entre os cones e passando para o colegada fila da
frente, realizando esse movimento 4 (quatro) vezes retornando de costa para o
inicio da fila, assim até que todos tenham realizado o movimento.
Quarta etapa: Condução, Controle de Corpo, Passe e Chute.
E para a última atividade eremos trabalhar os fundamentos condução,
passe, chute e controle de corpo, organizando duas filas de frente para o gol, uma
ira conduzir, passando entre os cones e passando para o outro colega da outra fila
onde realizará o chute, assim até que todos tenham realizado, e depois trocando, o
que conduzia passa a chutar, e o que chutava passa a conduzir.
Para finalizar realizar uma partida de futsal, e um alongamento final para
relaxar.
Local: Escola Estadual Rui Barbosa.
Espaço: sala de aula e quadra.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Bracht (1997), o esporte surgiu na Inglaterra e era um jogo
extremamente aristocrático. Com a ascensão da classe burguesa, o esporte se
popularizou e com o passar do tempo foi regulamentado a assumiu características
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de esporte moderno.

Essas características de esporte moderno resumem-se a: competição,


rendimento, recorde, racionalização das técnicas e certificação do treinamento.
Esse modelo característico do esporte de rendimento vem sendo utilizado também
para estruturar o ensino do esporte na escola.

Acredita-se que esse não é o modelo mais adequado a ser trabalhado nas
escolas, porque o esporte de rendimento apresenta características antagônicas ao
objetivo escolar, isto é, o esporte de rendimento é direcionado para um pequeno
número de atletas que vivenciaram o esporte como profissão; busca a melhoria do
rendimento atlético; valoriza a vitória a qualquer custo; exacerba o espírito
competitivo; apresenta regras pré-definidas; reproduz técnicas anteriormente
determinadas, sendo essas biomecanicamente corretas; encara o esporte como
mercadoria; além de ter os interesses submetidos às empresas e não aos atletas.

Essas características apontadas acima refletem em várias desvantagens


como: os alunos que participam das aulas são os mais habilidosos, excluindo e
marginalizando os que não conseguem um desempenho atlético; a exacerbação do
espírito competitivo e da vitória faz com que os alunos a busquem a qualquer preço,
chegando até a prejudicar seus companheiros e adversários; as regras já
estabelecidas levam à acomodação e ao não questionamento do jogo; treinar as 37
técnicas bio-mecanicamente corretas faz com que a capacidade dos alunos de criar
fique restrita.

Encarando a escola com instituição responsável por formar cidadãos


criticas que questionam a realidade, aceitar o esporte de rendimento como base
para o ensino escolar torna-se incoerente e contraditório com o que se almeja.

Quanto o esporte espetáculo é a fundamentação das aulas de Educação


Física, pode-se destacar a formação de três grandes tipos de alunos: os alunos que
praticam o esporte sem discutir suas normas e valores; alunos que se convertem
em consumidores passivos do esporte, carentes de uma reflexão critica que
sustente o consumo; e outro grupo de alunos que, por não apresentarem um bom
desempenho atlético, acabam por negar a prática e o consumo esportivo.

Dessa maneira, os professores devem adotar novas posturas frente a esse


fenômeno histórico-cultural que é o esporte. De acordo com Bracht (1997), é
necessário ir além dessa visão positivista, que considera o movimento como sendo
um ato simplesmente motor. O movimento influencia o ser humano como um todo,
fazendo com que normas e valores também sejam arraigados no ser humano.

É preciso desenvolver valores que privilegiem o coletivismo, ações


pedagógicas que permitam a participação de todos os alunos com as mesmas
oportunidades.
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O programa de esporte na Educação Física Escolar deve estimular, além da


prática, o entendimento da atividade física, não com o fim nela mesma, mas como
um fenômeno pelo qual o homem interage com a sociedade e atribui significados a
essas ações esportivas.

6 RECURSOS
Bolas, Cones, Apito e coletes para formar times.

7 AVALIAÇÃO

Observar o quanto os alunos respeitam as regras, sua autonomia individual


e em equipe e a criatividade ao passar a bola um para o outro.

Analisar a forma como aluno faz os movimentos para realizar o Passe,


Conduzir, Chutar, Correr, e ver o gral de experiência corporal que o aluno possui.

Critérios: serão considerados os índices de participação e interesse, de


cada aluno.
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8 REFERÊNCIAS

BAYER, Claude. O ensino dos desportos coletivos. Lisboa, Dinalivros, 1994.

BETTI, M.; OLIVEIRA, J.; OLIVEIRA W. Educação Física e o ensino de 1° grau:


uma abordagem critica. São Paulo, EPU, Editora da universidade de São Paulo,
1988.

BRACHT,V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre, Magister, 1997.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São


Paulo, Cortez, 1992.

DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos


gestos técnicos - modelo pendular a partir das idéias de Claude Bayer. Revista
Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília, v.10, n.4, p.99-104, 2002.

DIETRICH, K.; DÜRRWACHTER, G.; SCHALLER. H-J. Os grandes jogos:


metodologias e práticas. Rio de Janeiro, Editora ao Livro Técnico, 1984.

A., OLIVEIRA, J. (Ed). O ensino dos jogos desportivos. 2ed. Porto; Faculdade de
Ciências do Desporto e de Educação Física, 1995.

TOLUSSI, Fransisco. Futebol de salão: tática-regra-história. São Paulo, Editora


Brasipal L TOA, 1982.

VOSER, Rogério; GIUSTI, João. O futsal e a escola: uma perspectiva


pedagógica. São Paulo, Editora Artmed, 2002.

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