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Os benefícios do voleibol no âmbito


escolar
ALESSANDRO MARTINS NOGUEIRA

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SKILLS DEVELOPMENT MOT OR SERVE T HE INIT IAT ION OF VOLLEYBALL.


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21/01/2017 Os benefícios do voleibol no âmbito escolar

Os benefícios do voleibol no âmbito escolar
Los beneficios del voleibol en el ámbito escolar
Everton Roberto Moscarde
*Licenciatura em Educação Física. Faculdade Assis Gurgacz  
**Especialista em Docência do Ensino Superior e docente Emerson Alves
  do Curso de Educação Física. Faculdade Assis Gurgacz, PR Dhioni Cleiton Gregol
(Brasil) dhionigregol@fag.edu.br  
 
Resumo
          O presente trabalho visa apresentar os benefícios e a importância de se praticar o voleibol na escola para um melhor desenvolvimento nas dimensões físicas e
psicológicas. Para que o objetivo pudesse ser alcançado, realizamos uma pesquisa bibliográfica miniciosa de abordagem qualitativa e caráter descritivo em livros e artigos
da  literatura  nacional.  Uma  das  formas  de  realizar  atividades  físicas  é  a  prática  de  esportes  coletivos.  Entre  eles,  o  voleibol,  que  é  hoje  um  esporte  muito  popular,
impulsionado pelos recentes sucessos internacionais de nossas equipes, resultando em grande número de praticantes. O voleibol tem sido exemplo de evolução esportiva
  em todos os aspectos, é a modalidade onde o trabalho de condicionamento físico específico, técnico e técnico tático tem possibilitado uma grande evolução grupal, sempre  
trabalhando para ajustar e chegar perto do ideal. Neste momento o professor pode propiciar além do aprendizado, descontração e interação, porém deve estar atento
aos valores, para que todos aprendam a ter espírito de cooperação, no qual um ajude o outro incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe. Se
trabalhado corretamente na escola, os benefícios serão vistos também em outras disciplinas, pois o voleibol também contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e
cognitivo, na aquisição de habilidades motoras, estimula satisfação, alegria e motivação dos alunos que praticam essa modalidade.
          Unitermos: Voleibol. Benefícios. Desenvolvimento.
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires ­ Año 18 ­ Nº 181 ­ Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

        O  assunto  do  presente  trabalho  refere­se  sobre  a  questão  da  prática  do  voleibol  no  âmbito  escolar.  O  tema  dessa  pesquisa  teve
enfoque na identificação dos benefícios físico, motor e mental que o voleibol trás em praticantes escolares da modalidade.

    Hoje através da comodidade que a tecnologia proporciona, aumenta cada vez mais os índices de pessoas sedentárias, levando a uma
grande preocupação com relação à saúde e a prática de atividade física.

        Incentivar  os  alunos  desde  a  prática  do  esporte  principalmente  na  infância  e  adolescência  colabora  para  que  o  sedentarismo,  a
obesidade e outros problemas similares não aumentem e também, além de tudo, fortalecer a autoestima. Criar o hábito do trabalho em
equipe, estimulando a disciplina e a organização, para a formação da cidadania tornando um dos mais propícios meios para a construção
do conhecimento.

    A formação do cidadão esta atrelado aos conhecimentos teóricos adquiridos das diversas áreas de ensino, com a cultura social que o
nosso país vive. O Brasil conhecido mundialmente como o país do futebol, e hoje também se destaca na modalidade de voleibol, fazendo
com que as crianças despertem o interesse por essa prática do esporte.

    No ambiente escolar vemos que em algumas matrizes curriculares o voleibol é uma modalidade pouco trabalhada, sabendo que é um
esporte importante para o desenvolvimento  de  crianças  e  adolescentes,  pois  explora  diversos  movimentos  corporais  do  aluno  além  de
proporcionar a socialização e o trabalho em equipe entre eles.

        Para  isso,  os  professores  devem  entender  que  o  esporte  na  escola  necessita  de  um  tratamento  diferenciado,  sendo  entendido  e
trabalhado como conteúdo da educação física, através do jogo fará nos alunos o prazer de movimentar­se.

    Para que o aluno comece a ter gosto por esse esporte, dependerá do comprometimento e da qualidade da sua prática pedagógica, que
deve reconhecer a importância deste, para o desenvolvimento em ambas as partes do aluno. O professor tem que deixar bem explícito
para o aluno que o voleibol não é um simples jogo para distrair, mas sim um meio para a construção do conhecimento. O objetivo da
presente pesquisa é mostrar os  principais  benefícios  psicológicos,  físicos  e  sociais  que  a  prática  do  voleibol  traz  aos  alunos  do  ensino
fundamental.

2.     Desenvolvimento

2.1.     Materiais e métodos

    O presente trabalho foi resultado de uma pesquisa bibliográfica, realizada a partir  de  estudos,  trabalhos  e  discussões


abordados durante o período da graduação. Foram realizadas as pesquisas em livros e artigos da literatura nacional.

    Segundo Cervo e Bervian (1996), a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas
publicadas  em  documentos.  Pode  ser  realizada  independente  ou  como  parte  de  pesquisa  descritiva,  quando  é  feita  com

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21/01/2017 Os benefícios do voleibol no âmbito escolar

intuito de recolher informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura resposta ou acerca
de uma hipótese que se quer experimentar e busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado
existente sobre um determinado assunto, tema ou problema.

    Na construção deste trabalho, foram utilizados como base os procedimentos descritos acima com o intuito de levantar,
analisar  e  discutir  pontos  de  vistas  de  vários  autores  que  publicaram  na  área,  visando  mostrar  e  tornar  mais  nítida  a
importância da utilização do voleibol enquanto ferramenta pedagógica para o ensino fundamental.

2.2.     A prática do Esporte

    O esporte influencia no desenvolvimento saudável dos alunos e os distanciam da mentalidade distorcida, aqueles que os
pratica tem uma vida mais ativa e com menos riscos de adquirir alguma doença e é isso que os alunos devem ter em mente
sobra à importância e os benefícios da atividade física para a saúde.

    No cotidiano, geralmente não podemos evitar a competição, mas no ambiente escolar, é possível trabalhar de maneira
conjunta através do voleibol, para se trabalhar a cooperação e a contribuição na formação do ser crítico.

    O objetivo do voleibol escolar não é formar atletas de alto rendimento, mas pode sim ser um grande incentivo para que
esses alunos futuramente sejam jogadores de voleibol profissional.

        De  acordo  com  Bojikian  (2003)  a  educação  física  tem  um  vasto  campo  de  desenvolvimento  pela  frente.  Não  nos
ensinaram na escola a sermos sensíveis, nem a lidar com emoções. Não nos ensinaram a viver em sociedade, nem ater
uma  moral  autônoma,  muito  menos  nos  ajudaram  a  desenvolver  sentido  estético.  A  única  coisa  que,  de  modo  geral,
interessa ao sistema escolar é o desenvolvimento das funções intelectuais, o que é muito pouco para uma sociedade que,
além de raciocínios lógicos, deveria se alimentar de solidariedade, de cooperação e de amor. Se souber suas possibilidades
educacionais, a educação física, recorrendo ao exercício e ao jogo, certamente poderá realizar uma pedagogia integrada,
que encerre em cada ato e em cada atitude a mobilização de recursos motores e intelectuais.

        O  fato  de  o  esporte  voleibol  ser  pouco  desenvolvido  nas  aulas  de  educação  física  se  justifica,  talvez,  pelo  alto  grau
técnico das habilidades motoras especificas exigida para o seu jogo. Freire (1992) enfatiza que a aprendizagem dos gestos
técnicos  do  voleibol  deve  ser  alcançada  com  a  utilização  de  educativos  adequados  e  exercícios  de  fixação.  Porém  este
método de ensino é julgado por muitos professores com cansativo e de pouco interesse por parte dos alunos.

        O  fato  é  que,  normalmente,  as  aulas  estipuladas  para  o  esporte  voleibol  são  muitas  vezes  reduzidas  ou  até  mesmo
retiradas  do  programa  escolar,  durante  o  desenvolvimento  do  planejamento,  subtraindo  do  aluno  às  experiências  de
movimento que, especificamente, só esse esporte lhe oferece. Os motivos que justificam a falta desse esporte durante as
aulas  devem  ser  detectados,  com  o  intuito  de  buscar  soluções  que  facilitem  os  professores  na  sua  tarefa  de  ensinar  a
prática esportiva.

2.3.     Sobre o voleibol

    Uma das formas existentes de realizar atividades físicas é a prática de esportes coletivos. Entre eles, o voleibol, criado
pelo americano William G. Morgan, então diretor de educação física da Associação Cristã de Moços na cidade de Holyoke,
em  Massachusetts,  nos  Estados  Unidos  no  ano  de  1895.  Segundo Suvorov  e  Grishin  (2002)  naquela  época,  o  esporte  da
moda era o basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas que tivera uma rápida difusão. Era, no entanto, um jogo
muito cansativo para pessoas  de  idade  e  por  sugestão  do  pastor  Lawrence  Rinder,  Morgan  idealizou  um  jogo  que  fosse
menos fatigante para os associados mais velhos da associação e que não tivesse contato físico com o adversário, reduzindo
as chances de causar lesões. Dessa forma Willian colocou uma rede semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros,
sobre a qual uma câmara de bola de basquete era batida, surgindo assim o jogo de vôlei. A primeira quadra de Voleibol
tinha  as  seguintes  medidas:  15,24  metros  de  comprimento  por  7,62  metros  de  largura.  A  rede  tinha  a  largura  de  0,61
metros. O comprimento era de 8,235 metros, sendo a altura de 1,98 metros (do chão ao bordo superior). A bola era feita
de uma câmara de borracha coberta de couro ou lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7 a 68,6 cm e seu peso
era de 252 a 336 gr (WEINICK, 2004).

    Foi rapidamente ganhando novos adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário mundial  ao  decorrer  dos  anos.  Em


1900, o esporte chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em outros
países,  como  na  China,  Japão  (1908),  Filipinas  (1910),  México  entre  outros  países  europeus,  asiáticos,  africanos  e  sul

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americanos. Na América do Sul, o primeiro país a conhecer foi o Peru, em 1910, através de uma missão governamental que
tinha  a  finalidade  de  organizar  a  educação  primária  do  país.  Chegando  ao  Brasil  por  volta  de  1915,  organizada  pela
Associação Cristã de Moços (ACM) local, e com regras e regulamentos definidos.. Dois anos  depois,  em  1917,  o  esporte
chegou à associação de São Paulo. A primeira competição internacional da qual o Brasil participou foi o 1º Campeonato Sul­
Americano, em 1951, mesmo antes da fundação da Confederação Brasileira de voleibol (CBV), em 1954. O Sul­Americano
foi patrocinado pela então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca, e aconteceu no
ginásio do Fluminense, no Rio de Janeiro, entre 12 e 22 de setembro daquele ano, sendo campeão o Brasil, no masculino e
no feminino. Em 1954, a Confederação Brasileira de Voleibol foi criada com o objetivo de difundir e desenvolver o vôlei no
país. Dez anos mais tarde, o vôlei brasileiro marcou presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando o esporte  fez  sua
estreia na competição. A estreia do país em competições em solo europeu foi para a disputa do Campeonato Mundial de
Paris (FRA), em 1956, quando a Seleção masculina foi comandada pelo técnico Sami Mehlinsky. O Brasil terminou na 11ª
colocação. Considerado um esporte coletivo que duas equipes de seis jogadores se confronta em uma quadra, dividida em
duas partes iguais, por uma linha central, a qual se encontra a rede, a uma altura determinada, sendo jogados 5 sets no
máximo, dos quais para se ganhar a partida é necessário vencer 3 sets de 25 pontos. Quando se empata a partida com 2
sets para cada equipe tem o 5º set, este é jogado em 15 pontos com uma diferença mínima de 2 pontos (BOJIKIAN, 2003).

    O ensino do voleibol tem seus desafios por suas características de precisão e movimentação, pois ao receber a bola tem
que haver uma resposta eficiente e tática. O objetivo do jogo é fazer com que a bola caia na quadra adversária, através de
toque com as mãos por cima da rede. Com o saque a bola é colocada em jogo, cada equipe pode dar três toques, para não
deixar a bola tocar seu próprio chão. O jogador não pode dar dois toques consecutivos, com exceção se estiver no bloqueio
(BIZZOCHI,  2000).  O  esporte  faz  parte  da  história  da  humanidade  desde  os  jogos  olímpicos  da  antiguidade  que  tiveram
início  na  Grécia.  No  entanto,  muitos  avanços  são  verificados  ao  analisar  as  competições  atuais  em  que  as  mais  diversas
modalidades são prestigiadas pelo nível de performance dos atletas que influenciam as pessoas, independente da fase da
vida, a buscar a prática esportiva. As aulas de educação física escolar possibilitam a iniciação ao esporte durante a infância
e adolescência, inclusive a participação nos jogos escolares nos quais se observa a presença de competitividade.

    Freire (1992) ao defender uma Educação Física direcionada à cidadania destaca que não é o fato de a Educação Física
constar na legislação como componente escolar que garantirá a todos terem acesso ao seu conteúdo. Ou seja, para o autor
dependerá do professor se realmente os alunos entrarão em contato com o conhecimento da área, pois ela pode estar na
grade curricular e ser destinada a apenas determinados alunos e/ou apresentar conteúdos reduzidos, impossibilitando que
na prática escolar a Educação Física aconteça de uma forma que permita ao aluno conquistar a sua cidadania.

2.4.     O voleibol como conteúdo escolar

        A  mídia  vem  fazendo  com  que  o  brasileiro  tenha  cada  vez  mais  interesse  pela  prática  do  voleibol,  deixando­o  em
segundo lugar para manter a saúde, lazer ou mesmo competir. É sem dúvida um dos esportes que mais sofreu alterações
em  suas  regras  e  sua  estrutura,  o  que  lhe  torna  um  esporte  altamente  interessante  (Bojikian,  2003).  O  voleibol  é  uma
modalidade  esportiva  coletiva  apresentando  na  sua  essência  o  jogo,  fator  que  socioculturalmente  motiva  e  estimula  as
pessoas, mostrando­se muito favorecido e propício o desenvolvimento da sua prática. Porém, apresenta­se preocupante o
ensino da modalidade esportiva na escola sem um procedimento metodológico apropriado, tendo o objetivo voltado apenas
para a assimilação de gestos técnicos. Dessa  forma,  não  ocorre  o  direcionamento  para  a  reflexão  em  um  contexto  mais
abrangente,  por  exemplo,  o  entendimento  da  origem  e  evolução  da  modalidade  esportiva  e  que  atitudes  podem  ser
promovidas durante o seu ensino (FRANCO, 2002).

        Segundo  Ribeiro  (2004)  com  o  passar  dos  anos  e  com  a  experiência  adquirida  nessa  modalidade,  percebeu  que  os
degraus devem ser solidificados a cada fase dentro de um placo eficiente, sequenciado e com muito trabalho. O voleibol
tem sido exemplo de evolução esportiva em todos os aspectos, é a modalidade onde o trabalho de condicionamento físico
específico, técnico e técnico tático tem possibilitado uma grande evolução grupal, sempre trabalhando para ajustar e chegar
perto do ideal.

    A educação física na escola é a disciplina que os alunos normalmente mais gostam, pois eles se sentem livre fora do
ambiente de sala. Neste momento o professor pode propiciar além do aprendizado, descontração, interação, entre outros.
Porém deve estar atento aos valores, para que todos aprendam a ter o espírito da cooperação, no qual um ajude o outro
incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe, pois o voleibol é um esporte com grande potencial para
desenvolver  a  socialização  e  espírito  coletivo  em  seus  praticantes.  O  contato  direto  com  o  adversário  não  existe,  o  que
permite a interação entre as pessoas de diferentes faixas etárias na mesma equipe.

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21/01/2017 Os benefícios do voleibol no âmbito escolar

        De  acordo  com  Freire  (1992)  na  escola  é  fundamental  trabalhar  com  os  jogos  cooperativos,  pois  eles  criam
oportunidades para o aprendizado, eliminadas o sentimento de fracasso e medo, fazendo que todos sejam vencedores.

    Os conhecimentos biomecânicos e psicológicos do professor tornam o ensino mais eficaz para o aluno, o professor deve
ensinar antes, durante e após a aula, corrigindo os erros e estimulando os acertos do aluno ou da classe, fazendo com que
o aprendizado seja facilitado (RIBEIRO, 2004).

2.5.     Os benefícios do voleibol

        Para  a  educação  física  e  para  seus  profissionais,  o  desenvolvimento  e  o  sucesso  com  o  voleibol,  dependem  do
comprometimento  e  da  qualidade  da  sua  prática  pedagógica,  que  devem  reconhecer  a  importância  do  jogo  como  um
veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos.

    O professor tem a responsabilidade no aprendizado do aluno, devendo atuar como mediador, mostrando a real diferença
entre  os  jogos  competitivos  e  cooperativos,  para  saber  qual  o  momento  certo  de  aplicá­los.  Os  professores  têm
experiências  variadas  com  os  jogos  competitivos,  aliados  no  desenvolvimento  dos  indivíduos,  favorecendo  e  melhorando
suas potencialidades,  porém  poucos  procuram  uma  alternativa  com  os  jogos  cooperativos  que  proporciona  o  bem  estar,
prazer e qualidade de vida. É preciso divulgar e estabelecer as regras visando o aprendizado (BORSARI, 1989).

    O voleibol tem inúmeros benefícios e características, contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e cognitivo, na
aquisição  de  habilidades  motoras,  estimula  satisfação,  alegria  e  motivação.  E  se  trabalhado  corretamente  na  escola,  os
benefícios serão vistos também em outras disciplinas, pois a interação principalmente na concentração.

    É pelo movimento que a criança vivencia novas experiências, desenvolve suas habilidades motoras que podem ajudar na
aprendizagem, na criatividade e na socialização (FRANCO, 2002).

    Além das habilidades motoras, desenvolve noção espaço­temporal, determinando a coordenação precisa de uma ação
externa para uma resposta motora satisfatória, fazendo com que o corpo responda e atenda á uma exigência externa. Essa
complexidade  de  dominar  o  espaço­temporal  só  é  possível  com  a  construção  de  um  espaço  sensório­motor  em  conjunto
aos progressos da percepção e da motricidade, ambas as características da aprendizagem (WEINECK, 2000).

    Através da competição ocorre o despertar do aluno para seu melhor desenvolvimento físico, emocional e intelectual das
crianças, ou seja, passam buscar o seu melhor desempenho com treinos, condicionamentos, habilidades, integração e sua
atenção. Com o trabalho dos fundamentos do voleibol o aluno se prepara para viverem diferentes experiências que de certa
forma  ajuda  no  seu  dia­a­dia.  Sabendo  atacar,  defender,  trabalhar  em  equipe  no  conceito  de  suas  palavras.  Demonstra
serem atividades simples, mas quando vivenciadas no jogo demonstram a capacidade que cada pessoa tem de viver e de
conviver com outras, revelando suas dificuldades e facilidades.

    Segundo Suvorov e Grishin (2002) o voleibol se destaca pelo desenvolvimento das qualidades motrizes como velocidade,
flexibilidade e resistência aeróbica,  além  da  força  para  que  possam  dominar  os  hábitos  motores  do  voleibol.  Na  fase  do
ensino fundamental as crianças são velozes, tem boa capacidade de concentração e de diferenciação de movimentos.

        As  habilidades  motoras,  pessoais  e  as  necessidades  sociais  da  criança  devem  ser  estimuladas  através  do  esporte.
Somente quando a criança puder adquirir a consciência desta soma de atributos, terá a motivação necessária para atingir
um bom desempenho esportivo. Nesta fase aprendem bem mais rápido as habilidades motoras do que os adultos, e após
essa consolidação das ações, a criança aumenta sua autoconfiança e sua motivação.

    O treinamento na educação Física faz parte da continuação da aprendizagem e nele formam se condições morfológicas,
funcionais, psicológicas e pedagógicas básicas. O sucesso desse aperfeiçoamento é condicionado pela união do processo de
assimilação  das  técnicas  dos  movimentos.  E  esse  treinamento  pode  auxiliar  na  melhora  do  desempenho  de  habilidades
motoras (FRANCO, 2002).

    O objetivo é proporcionar as crianças a vivencia de todos os conteúdos abrangidos pela educação física proporcionando a
integração das suas habilidades motoras de forma lúdica e simbólica, de modo a instigar a consciência crítica da realidade e
da sociedade que as cercam. É de suma importância o aluno aprender a jogar dentro das regras, uma vez que discutimos e
vivemos constantemente a importância dessas regras dentro da nossa sociedade.

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21/01/2017 Os benefícios do voleibol no âmbito escolar

        Segundo  Bojikian  (2003)  o  jogo  tem  que  ter  um  sentido,  pois  de  nada  adianta  uma  atividade  esportiva  que  não
proporcione ao seu jogador um ganho ou mesmo uma aprendizagem, quanto mais interligado e integrado ao jogo, maiores
serão os benefícios. No jogo há sempre um caráter de novidade, que é fundamental para despertar o interesse do aluno,
tornando­se um dos mais propícios meios para a construção do conhecimento. Trabalhar o esporte na escola sem ter como
propósito a reflexão do indivíduo, proporciona o surgimento de situações que poderão ocasionar problemas, como a busca
incessante  de  talentos,  treinamento  esportivo  na  aula  de  Educação  Física,  especialização  precoce,  exclusão  dos  menos
habilidosos, desinteresse pela prática esportiva, entre outros, sendo a Educação Física idealizada como modelo de esporte
de rendimento (SAMULSKI, 2002).

    Conhecer os motivos que impulsionam as crianças e adolescentes à prática de uma modalidade de desporto pode vir a
aperfeiçoar  as  atividades  a  serem  desenvolvidas  durante  o  treinamento,  levando­as  a  melhorarem  o  seu  desempenho  e,
com isso, sentirem­se mais motivadas. A motivação por sua vez pode gerar melhora de desempenho, num círculo virtuoso
absolutamente desejável.

    De acordo com Samulski (2002) descreve que a motivação é responsável pela direção, intensidade e persistência dos
indivíduos  numa  determinada  modalidade  esportiva  e  manifesta­se  como  principal  fonte  de  êxito  esportivo,  devendo  ser
mantida  permanentemente.  O  estudo  sobre  como  os  fatores  motivacionais  impulsionam  crianças  e  adolescentes  a  se
envolverem  na  prática  de  esportes  pode  ser  ferramenta  de  grande  utilidade  para  a  elaboração  de  treinos  estratégicos,
auxiliando  o  processo  de  ensino­aprendizagem.  O  conhecimento  sobre  elementos  motivadores  ajuda  em  planejamentos
mais  direcionados  ao  interesse  do  praticante,  aumentando  a  probabilidade  de  permanência  na  prática  da  atividade
desportiva.

3.     Considerações finais

    Através desta revisão bibliográfica confirmamos a ideia que o voleibol deve ser parte integrante de todos os programas de Educação
Física, tanto como competição quanto jogo, desenvolvendo um processo de ensino e aprendizagem, com o propósito de formação e de
incentivo a prática de atividade física mesmo fora das aulas de Educação Física.

    A escola é um ambiente onde ocorre a pluralidade de relações sociais e, portanto, é o espaço ideal para que o jogo seja realizado,
pois uma das funções da escola é organizar a sociedade, participando da formação integral do aluno, inserindo­o no universo da cultura
corporal.

        Um  dos  caminhos  para  o  desenvolvimento  de  inovações  na  escola  e  no  currículo  é  reconhecer  os  professores  como  sujeitos  da
inovação, ouvir o que eles têm a dizer, suas experiências, seus problemas, as práticas que consideram significativas e que gostariam que
continuassem.  Existem  muitas  riquezas  e  variedades  de  teorias  pedagógicas  dos  professores  que  não  são  registradas,  explicitadas  ou
sistematizadas.  Favorecendo  o  desenvolvimento  do  processo  de  ensino  e  aprendizagem,  com  o  propósito  de  uma  formação  de  maior
qualidade dos alunos.

    O voleibol para crianças tem como objetivo principal desenvolver as técnicas e táticas motoras básicas da modalidade. É importante
respeitar os limites da criança, e o treinamento deve estar de acordo com o seu desenvolvimento motor e psicológico. O voleibol quando
é trabalhado de forma a ensinar, deve trazer em seu conteúdo elementos que permitam entender sua essência dentro das suas regras,
cabendo  ao  professor  estar  informado  disso.  É  preciso  compreender  que  a  educação  física  é  uma  disciplina  obrigatória  do  currículo
escolar e que apresenta características próprias. Ela tem que ser entendida como parte de um processo educativo, e não a parte dele.
Nesse entendimento juntamente com os demais componentes curriculares, deve propiciar a construção de uma formação que possibilite
o exercício da cidadania. Relacionando a cidadania aos direitos, deveres e atitudes referentes aos cidadãos, almejando uma melhora de
vida coletiva na sociedade à qual pertencem.

Referências

BARDIN, L. Análise  de  Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2005.

BIZZOCCHI, C. O  voleibol  de  alto  nível:  da  iniciação  a  competição. São Paulo: Fazendo Arte, 2000.

http://www.efdeportes.com/efd181/os­beneficios­do­voleibol­no­ambito­escolar.htm 5/6
21/01/2017 Os benefícios do voleibol no âmbito escolar

BOJIKIAN, J. C. M.  Ensinando  voleibol.  2.ed. São Paulo: Phorte, 2003.

BORSARI, J. R.  Voleibol:  aprendizagem  e  treinamento.  Um  desafio  constante.  São Paulo: Epu, 1989.

CERVO, A. L; BERVIAN, P. A.  Metodologia  Científica.  3ª ed., São Paulo: Markon Books, 1996.

FRANCO, V. O.  A  influência  da  educação  física  escolar  no  desenvolvimento  psicomotor  de  crianças  de  6  a  8  anos.   Monografia,
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FREIRE, J. B.  Educação  de  corpo  inteiro:  teorias  e  prática  da  Educação  Física.  São Paulo: Scipione, 1992.

GARRETT, Jr; WILLIAM, E. A  ciência  do  exercício  e  dos  esportes . Porto Alegre: Artmed, 2003.

NIEMAN, D. C.  Exercício  e  saúde:  como  se  prevenir  de  doenças  usando  o  exercício  como  seu  medicamento . São Paulo: Manole,
1999.

PALAGI, M.  A;  ET  AL.  Manual  para  elaboração  de  trabalhos  científicos,  redação  oficial  e  comercial.   Cascavel:  Coluna  do  Saber,
2005.

RIBEIRO, J. L. S.  Conhecendo  o  Voleibol.  Rio de Janeiro: Sprint, 2004.

SAMULSKI, D. M. Psicologia  do  Esporte:  manual  para  a  Educação  Física,  Psicologia  e  Fisioterapia.  São Paulo: Manole, 2002.

SUVOROV, Y. P; GRISHIN, O. N.  Voleibol  Iniciação.  3. Ed., Rio De Janeiro: Sprint, 2002.

WEINICK, J.  Biologia  do  Esporte . São Paulo: Manole, 2000

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