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ESPORTE I - VÔLEI E
BASQUETE
Patrick da Silveira
Gonçalves
Metodologia de
ensino do basquete
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O basquete é um esporte que envolve, além das habilidades e compe-
tências físicas e motoras, uma série de outros elementos, necessitando da
integralidade cognitiva, afetiva e social de cada um de seus participantes.
A partir dessa perspectiva, podemos pensar que, em cada espaço social,
esse esporte se apresenta com especificidades e objetivos diferentes. Ou
seja, o basquete que se ensina e pratica na escola tem objetivos diferentes
daquele que se desenvolve em clubes.
Neste capítulo, você estudará algumas das principais possibilidades
pedagógicas de desenvolvimento do basquete, assim como as diferenças
e semelhanças no seu desenvolvimento em escolas e clubes. Além disso,
verá um plano de ensino para essa modalidade que pode servir de base
e de orientação para o início de uma proposta pedagógica.
Denominação
da abordagem Autor Características principais
(Continua)
Metodologia de ensino do basquete 9
(Continuação)
Denominação
da abordagem Autor Características principais
O basquete na escola
Na escola, a educação física se manifesta como uma possibilidade de enriquecer
as experiências de estudantes, tornando possível o seu acesso ao universo
cultural que constitui as sociedades. Em termos gerais, os conteúdos abordados
na aula de educação física devem tornar os alunos aptos ao convívio social,
atendendo, também, a 10 competências específicas:
No link a seguir, você terá acesso à Base Nacional Comum Curricular, o documento
que orienta o currículo de todas as instituições de educação básica brasileiras. Nela,
você poderá ler, na íntegra, as propostas da Educação Física para a educação infantil
e o ensino fundamental.
https://goo.gl/mmRFdx
O basquete no clube
Podemos destacar como grande diferença entre a prática do basquete em um
clube e em uma escola a motivação pela qual os iniciantes no basquete se
dirigem a esses locais. Na escola, existem sujeitos diversos, com interesses
distintos e que nem sempre convergem para o engajamento na prática do bas-
quete. Muitos alunos, nas instituições escolares, demonstram maior interesse
por outras práticas, como a geografia, a história, a matemática e o português,
por exemplo, e não demonstram um engajamento mais evidente em práticas
esportivas. Nos clubes, os indivíduos que buscam tal modalidade, grosso
modo, têm um interesse em praticá-la. Além disso, esses sujeitos já conhecem
o basquete e alguns elementos básicos do jogo.
De modo geral, é possível pensar que os clubes, associações e escolinhas
esportivas que oferecem a prática do basquete tendem a oferecer uma prática
competitiva. Isto é, o treinamento técnico, tático e físico visa uma melhoria
das competências dos jovens atletas para que eles possam desfrutar do êxito
durante algum jogo ou competição. Seguindo esses preceitos, muitos profes-
sores acabam de maneira exacerbada enfatizando a competição para além
de níveis adequados ao desenvolvimento de crianças e adolescentes. Nesse
sentido, Ramos e Neves (2008, p. 5) apontam alguns erros comuns praticados
por profissionais de Educação Física que atuam com a iniciação esportiva:
Queremos destacar, nesse momento, que, mesmo que o basquete seja de-
senvolvido em um clube, onde a metodologia volta-se para as especificidades
dessa prática, não podemos deixar de considerar que o contato dos sujeitos
com o esporte deve ocorrer de tal modo que o seu desenvolvimento físico,
social, cognitivo, afetivo e motor sejam preservados e estimulados.
14 Metodologia de ensino do basquete
Grande parte da literatura sugere que os esportes sejam ensinados a partir dos 9 anos
de idade, quando as habilidades motoras e cognitivas já estão bastante desenvolvidas,
possibilitando a prática esportiva. No entanto, os elementos que constituem o esporte
podem ser inseridos antes na vida de crianças e ir avançando gradualmente. A estrutura
de desenvolvimento a seguir mostra um exemplo que pode orientar o profissional
de Educação Física:
6 a 8 anos — nessa fase, deve ser abordada a aprendizagem esportiva global,
como arremessar, lançar, correr, pular, saltar, andar.
9 a 11 anos — essa fase é considerada de desenvolvimento e fixação dos aspectos
técnicos e situações de jogo do basquete. O professor deve buscar melhorar a perfor-
mance de gestos motores elementares no basquete, como o arremesso, os passes e os
dribles. Também é possível iniciar algumas situações de jogo, como 1x1, o 2x2 e o 3x3.
após os 11 anos de idade — nessa fase, os gestos técnicos são exigidos com maior
intensidade e as situações de jogos podem ser enfatizadas com elementos mais
complexos, reestruturando os processos cognitivos, como o corta-luz, as fintas e
as jogadas combinadas em um jogo sob as regras oficiais.
Metodologia de ensino do basquete 17
Quantidade
Atividade Exemplo de exercícios
(Continua)
Metodologia de ensino do basquete 19
(Continuação)
Quantidade
Atividade Exemplo de exercícios
(Continua)
Metodologia de ensino do basquete 21
(Continuação)
Leituras recomendadas
BRANDÃO, H. C. P. et al. Basquete como conteúdo de desenvolvimento das inteligências
múltiplas. Fiep Bulletin, v. 83, ed. especial, 2013. Disponível em: <http://www.fiepbulletin.
net/index.php/fiepbulletin/article/view/2854>. Acesso em: 30 set. 2018.
DE ROSE JUNIOR, D. et al. Esporte e atividade física na infância e adolescência: uma
abordagem multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
GRECO, P. J.; BENDA, R. N. (Org.) Iniciação Esportiva Universal: da aprendizagem motora
ao treinamento técnico. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
SCHMIDT, R.; LEE, T. Aprendizagem e performance motora. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
2016.
WEINBERG, R.; GOULD, D. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. 6. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2018.
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