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21/01/2017 Os benefícios do voleibol no âmbito escolar

Os benefícios do voleibol no âmbito escolar


Los beneficios del voleibol en el ámbito escolar

*Licenciatura em Educação Física. Faculdade Assis Gurgacz Everton Roberto Moscarde


**Especialista em Docência do Ensino Superior e docente Emerson Alves
do Curso de Educação Física. Faculdade Assis Gurgacz, PR Dhioni Cleiton Gregol
(Brasil) dhionigregol@fag.edu.br

Resumo
O presente trabalho visa apresentar os benefícios e a importância de se praticar o voleibol na escola para um melhor desenvolvimento nas dimensões físicas e
psicológicas. Para que o objetivo pudesse ser alcançado, realizamos uma pesquisa bibliográfica miniciosa de abordagem qualitativa e caráter descritivo em livros e artigos
da literatura nacional. Uma das formas de realizar atividades físicas é a prática de esportes coletivos. Entre eles, o voleibol, que é hoje um esporte muito popular,
impulsionado pelos recentes sucessos internacionais de nossas equipes, resultando em grande número de praticantes. O voleibol tem sido exemplo de evolução esportiva
em todos os aspectos, é a modalidade onde o trabalho de condicionamento físico específico, técnico e técnico tático tem possibilitado uma grande evolução grupal, sempre
trabalhando para ajustar e chegar perto do ideal. Neste momento o professor pode propiciar além do aprendizado, descontração e interação, porém deve estar atento
aos valores, para que todos aprendam a ter espírito de cooperação, no qual um ajude o outro incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe. Se
trabalhado corretamente na escola, os benefícios serão vistos também em outras disciplinas, pois o voleibol também contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e
cognitivo, na aquisição de habilidades motoras, estimula satisfação, alegria e motivação dos alunos que praticam essa modalidade.
Unitermos: Voleibol. Benefícios. Desenvolvimento.

EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires ­ Año 18 ­ Nº 181 ­ Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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1. Introdução

O assunto do presente trabalho refere­se sobre a questão da prática do voleibol no âmbito escolar. O tema dessa pesquisa teve
enfoque na identificação dos benefícios físico, motor e mental que o voleibol trás em praticantes escolares da modalidade.

Hoje através da comodidade que a tecnologia proporciona, aumenta cada vez mais os índices de pessoas sedentárias, levando a uma
grande preocupação com relação à saúde e a prática de atividade física.

Incentivar os alunos desde a prática do esporte principalmente na infância e adolescência colabora para que o sedentarismo, a
obesidade e outros problemas similares não aumentem e também, além de tudo, fortalecer a autoestima. Criar o hábito do trabalho em
equipe, estimulando a disciplina e a organização, para a formação da cidadania tornando um dos mais propícios meios para a construção
do conhecimento.

A formação do cidadão esta atrelado aos conhecimentos teóricos adquiridos das diversas áreas de ensino, com a cultura social que o
nosso país vive. O Brasil conhecido mundialmente como o país do futebol, e hoje também se destaca na modalidade de voleibol, fazendo
com que as crianças despertem o interesse por essa prática do esporte.

No ambiente escolar vemos que em algumas matrizes curriculares o voleibol é uma modalidade pouco trabalhada, sabendo que é um
esporte importante para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, pois explora diversos movimentos corporais do aluno além de
proporcionar a socialização e o trabalho em equipe entre eles.

Para isso, os professores devem entender que o esporte na escola necessita de um tratamento diferenciado, sendo entendido e
trabalhado como conteúdo da educação física, através do jogo fará nos alunos o prazer de movimentar­se.

Para que o aluno comece a ter gosto por esse esporte, dependerá do comprometimento e da qualidade da sua prática pedagógica, que
deve reconhecer a importância deste, para o desenvolvimento em ambas as partes do aluno. O professor tem que deixar bem explícito
para o aluno que o voleibol não é um simples jogo para distrair, mas sim um meio para a construção do conhecimento. O objetivo da
presente pesquisa é mostrar os principais benefícios psicológicos, físicos e sociais que a prática do voleibol traz aos alunos do ensino
fundamental.

2. Desenvolvimento

2.1. Materiais e métodos

O presente trabalho foi resultado de uma pesquisa bibliográfica, realizada a partir de estudos, trabalhos e discussões
abordados durante o período da graduação. Foram realizadas as pesquisas em livros e artigos da literatura nacional.

Segundo Cervo e Bervian (1996), a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas
publicadas em documentos. Pode ser realizada independente ou como parte de pesquisa descritiva, quando é feita com

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intuito de recolher informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura resposta ou acerca
de uma hipótese que se quer experimentar e busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado
existente sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Na construção deste trabalho, foram utilizados como base os procedimentos descritos acima com o intuito de levantar,
analisar e discutir pontos de vistas de vários autores que publicaram na área, visando mostrar e tornar mais nítida a
importância da utilização do voleibol enquanto ferramenta pedagógica para o ensino fundamental.

2.2. A prática do Esporte

O esporte influencia no desenvolvimento saudável dos alunos e os distanciam da mentalidade distorcida, aqueles que os
pratica tem uma vida mais ativa e com menos riscos de adquirir alguma doença e é isso que os alunos devem ter em mente
sobra à importância e os benefícios da atividade física para a saúde.

No cotidiano, geralmente não podemos evitar a competição, mas no ambiente escolar, é possível trabalhar de maneira
conjunta através do voleibol, para se trabalhar a cooperação e a contribuição na formação do ser crítico.

O objetivo do voleibol escolar não é formar atletas de alto rendimento, mas pode sim ser um grande incentivo para que
esses alunos futuramente sejam jogadores de voleibol profissional.

De acordo com Bojikian (2003) a educação física tem um vasto campo de desenvolvimento pela frente. Não nos
ensinaram na escola a sermos sensíveis, nem a lidar com emoções. Não nos ensinaram a viver em sociedade, nem ater
uma moral autônoma, muito menos nos ajudaram a desenvolver sentido estético. A única coisa que, de modo geral,
interessa ao sistema escolar é o desenvolvimento das funções intelectuais, o que é muito pouco para uma sociedade que,
além de raciocínios lógicos, deveria se alimentar de solidariedade, de cooperação e de amor. Se souber suas possibilidades
educacionais, a educação física, recorrendo ao exercício e ao jogo, certamente poderá realizar uma pedagogia integrada,
que encerre em cada ato e em cada atitude a mobilização de recursos motores e intelectuais.

O fato de o esporte voleibol ser pouco desenvolvido nas aulas de educação física se justifica, talvez, pelo alto grau
técnico das habilidades motoras especificas exigida para o seu jogo. Freire (1992) enfatiza que a aprendizagem dos gestos
técnicos do voleibol deve ser alcançada com a utilização de educativos adequados e exercícios de fixação. Porém este
método de ensino é julgado por muitos professores com cansativo e de pouco interesse por parte dos alunos.

O fato é que, normalmente, as aulas estipuladas para o esporte voleibol são muitas vezes reduzidas ou até mesmo
retiradas do programa escolar, durante o desenvolvimento do planejamento, subtraindo do aluno às experiências de
movimento que, especificamente, só esse esporte lhe oferece. Os motivos que justificam a falta desse esporte durante as
aulas devem ser detectados, com o intuito de buscar soluções que facilitem os professores na sua tarefa de ensinar a
prática esportiva.

2.3. Sobre o voleibol

Uma das formas existentes de realizar atividades físicas é a prática de esportes coletivos. Entre eles, o voleibol, criado
pelo americano William G. Morgan, então diretor de educação física da Associação Cristã de Moços na cidade de Holyoke,
em Massachusetts, nos Estados Unidos no ano de 1895. Segundo Suvorov e Grishin (2002) naquela época, o esporte da
moda era o basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas que tivera uma rápida difusão. Era, no entanto, um jogo
muito cansativo para pessoas de idade e por sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan idealizou um jogo que fosse
menos fatigante para os associados mais velhos da associação e que não tivesse contato físico com o adversário, reduzindo
as chances de causar lesões. Dessa forma Willian colocou uma rede semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros,
sobre a qual uma câmara de bola de basquete era batida, surgindo assim o jogo de vôlei. A primeira quadra de Voleibol
tinha as seguintes medidas: 15,24 metros de comprimento por 7,62 metros de largura. A rede tinha a largura de 0,61
metros. O comprimento era de 8,235 metros, sendo a altura de 1,98 metros (do chão ao bordo superior). A bola era feita
de uma câmara de borracha coberta de couro ou lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7 a 68,6 cm e seu peso
era de 252 a 336 gr (WEINICK, 2004).

Foi rapidamente ganhando novos adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário mundial ao decorrer dos anos. Em
1900, o esporte chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em outros
países, como na China, Japão (1908), Filipinas (1910), México entre outros países europeus, asiáticos, africanos e sul

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americanos. Na América do Sul, o primeiro país a conhecer foi o Peru, em 1910, através de uma missão governamental que
tinha a finalidade de organizar a educação primária do país. Chegando ao Brasil por volta de 1915, organizada pela
Associação Cristã de Moços (ACM) local, e com regras e regulamentos definidos.. Dois anos depois, em 1917, o esporte
chegou à associação de São Paulo. A primeira competição internacional da qual o Brasil participou foi o 1º Campeonato Sul­
Americano, em 1951, mesmo antes da fundação da Confederação Brasileira de voleibol (CBV), em 1954. O Sul­Americano
foi patrocinado pela então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca, e aconteceu no
ginásio do Fluminense, no Rio de Janeiro, entre 12 e 22 de setembro daquele ano, sendo campeão o Brasil, no masculino e
no feminino. Em 1954, a Confederação Brasileira de Voleibol foi criada com o objetivo de difundir e desenvolver o vôlei no
país. Dez anos mais tarde, o vôlei brasileiro marcou presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando o esporte fez sua
estreia na competição. A estreia do país em competições em solo europeu foi para a disputa do Campeonato Mundial de
Paris (FRA), em 1956, quando a Seleção masculina foi comandada pelo técnico Sami Mehlinsky. O Brasil terminou na 11ª
colocação. Considerado um esporte coletivo que duas equipes de seis jogadores se confronta em uma quadra, dividida em
duas partes iguais, por uma linha central, a qual se encontra a rede, a uma altura determinada, sendo jogados 5 sets no
máximo, dos quais para se ganhar a partida é necessário vencer 3 sets de 25 pontos. Quando se empata a partida com 2
sets para cada equipe tem o 5º set, este é jogado em 15 pontos com uma diferença mínima de 2 pontos (BOJIKIAN, 2003).

O ensino do voleibol tem seus desafios por suas características de precisão e movimentação, pois ao receber a bola tem
que haver uma resposta eficiente e tática. O objetivo do jogo é fazer com que a bola caia na quadra adversária, através de
toque com as mãos por cima da rede. Com o saque a bola é colocada em jogo, cada equipe pode dar três toques, para não
deixar a bola tocar seu próprio chão. O jogador não pode dar dois toques consecutivos, com exceção se estiver no bloqueio
(BIZZOCHI, 2000). O esporte faz parte da história da humanidade desde os jogos olímpicos da antiguidade que tiveram
início na Grécia. No entanto, muitos avanços são verificados ao analisar as competições atuais em que as mais diversas
modalidades são prestigiadas pelo nível de performance dos atletas que influenciam as pessoas, independente da fase da
vida, a buscar a prática esportiva. As aulas de educação física escolar possibilitam a iniciação ao esporte durante a infância
e adolescência, inclusive a participação nos jogos escolares nos quais se observa a presença de competitividade.

Freire (1992) ao defender uma Educação Física direcionada à cidadania destaca que não é o fato de a Educação Física
constar na legislação como componente escolar que garantirá a todos terem acesso ao seu conteúdo. Ou seja, para o autor
dependerá do professor se realmente os alunos entrarão em contato com o conhecimento da área, pois ela pode estar na
grade curricular e ser destinada a apenas determinados alunos e/ou apresentar conteúdos reduzidos, impossibilitando que
na prática escolar a Educação Física aconteça de uma forma que permita ao aluno conquistar a sua cidadania.

2.4. O voleibol como conteúdo escolar

A mídia vem fazendo com que o brasileiro tenha cada vez mais interesse pela prática do voleibol, deixando­o em
segundo lugar para manter a saúde, lazer ou mesmo competir. É sem dúvida um dos esportes que mais sofreu alterações
em suas regras e sua estrutura, o que lhe torna um esporte altamente interessante (Bojikian, 2003). O voleibol é uma
modalidade esportiva coletiva apresentando na sua essência o jogo, fator que socioculturalmente motiva e estimula as
pessoas, mostrando­se muito favorecido e propício o desenvolvimento da sua prática. Porém, apresenta­se preocupante o
ensino da modalidade esportiva na escola sem um procedimento metodológico apropriado, tendo o objetivo voltado apenas
para a assimilação de gestos técnicos. Dessa forma, não ocorre o direcionamento para a reflexão em um contexto mais
abrangente, por exemplo, o entendimento da origem e evolução da modalidade esportiva e que atitudes podem ser
promovidas durante o seu ensino (FRANCO, 2002).

Segundo Ribeiro (2004) com o passar dos anos e com a experiência adquirida nessa modalidade, percebeu que os
degraus devem ser solidificados a cada fase dentro de um placo eficiente, sequenciado e com muito trabalho. O voleibol
tem sido exemplo de evolução esportiva em todos os aspectos, é a modalidade onde o trabalho de condicionamento físico
específico, técnico e técnico tático tem possibilitado uma grande evolução grupal, sempre trabalhando para ajustar e chegar
perto do ideal.

A educação física na escola é a disciplina que os alunos normalmente mais gostam, pois eles se sentem livre fora do
ambiente de sala. Neste momento o professor pode propiciar além do aprendizado, descontração, interação, entre outros.
Porém deve estar atento aos valores, para que todos aprendam a ter o espírito da cooperação, no qual um ajude o outro
incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe, pois o voleibol é um esporte com grande potencial para
desenvolver a socialização e espírito coletivo em seus praticantes. O contato direto com o adversário não existe, o que
permite a interação entre as pessoas de diferentes faixas etárias na mesma equipe.

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De acordo com Freire (1992) na escola é fundamental trabalhar com os jogos cooperativos, pois eles criam
oportunidades para o aprendizado, eliminadas o sentimento de fracasso e medo, fazendo que todos sejam vencedores.

Os conhecimentos biomecânicos e psicológicos do professor tornam o ensino mais eficaz para o aluno, o professor deve
ensinar antes, durante e após a aula, corrigindo os erros e estimulando os acertos do aluno ou da classe, fazendo com que
o aprendizado seja facilitado (RIBEIRO, 2004).

2.5. Os benefícios do voleibol

Para a educação física e para seus profissionais, o desenvolvimento e o sucesso com o voleibol, dependem do
comprometimento e da qualidade da sua prática pedagógica, que devem reconhecer a importância do jogo como um
veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos.

O professor tem a responsabilidade no aprendizado do aluno, devendo atuar como mediador, mostrando a real diferença
entre os jogos competitivos e cooperativos, para saber qual o momento certo de aplicá­los. Os professores têm
experiências variadas com os jogos competitivos, aliados no desenvolvimento dos indivíduos, favorecendo e melhorando
suas potencialidades, porém poucos procuram uma alternativa com os jogos cooperativos que proporciona o bem estar,
prazer e qualidade de vida. É preciso divulgar e estabelecer as regras visando o aprendizado (BORSARI, 1989).

O voleibol tem inúmeros benefícios e características, contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e cognitivo, na
aquisição de habilidades motoras, estimula satisfação, alegria e motivação. E se trabalhado corretamente na escola, os
benefícios serão vistos também em outras disciplinas, pois a interação principalmente na concentração.

É pelo movimento que a criança vivencia novas experiências, desenvolve suas habilidades motoras que podem ajudar na
aprendizagem, na criatividade e na socialização (FRANCO, 2002).

Além das habilidades motoras, desenvolve noção espaço­temporal, determinando a coordenação precisa de uma ação
externa para uma resposta motora satisfatória, fazendo com que o corpo responda e atenda á uma exigência externa. Essa
complexidade de dominar o espaço­temporal só é possível com a construção de um espaço sensório­motor em conjunto
aos progressos da percepção e da motricidade, ambas as características da aprendizagem (WEINECK, 2000).

Através da competição ocorre o despertar do aluno para seu melhor desenvolvimento físico, emocional e intelectual das
crianças, ou seja, passam buscar o seu melhor desempenho com treinos, condicionamentos, habilidades, integração e sua
atenção. Com o trabalho dos fundamentos do voleibol o aluno se prepara para viverem diferentes experiências que de certa
forma ajuda no seu dia­a­dia. Sabendo atacar, defender, trabalhar em equipe no conceito de suas palavras. Demonstra
serem atividades simples, mas quando vivenciadas no jogo demonstram a capacidade que cada pessoa tem de viver e de
conviver com outras, revelando suas dificuldades e facilidades.

Segundo Suvorov e Grishin (2002) o voleibol se destaca pelo desenvolvimento das qualidades motrizes como velocidade,
flexibilidade e resistência aeróbica, além da força para que possam dominar os hábitos motores do voleibol. Na fase do
ensino fundamental as crianças são velozes, tem boa capacidade de concentração e de diferenciação de movimentos.

As habilidades motoras, pessoais e as necessidades sociais da criança devem ser estimuladas através do esporte.
Somente quando a criança puder adquirir a consciência desta soma de atributos, terá a motivação necessária para atingir
um bom desempenho esportivo. Nesta fase aprendem bem mais rápido as habilidades motoras do que os adultos, e após
essa consolidação das ações, a criança aumenta sua autoconfiança e sua motivação.

O treinamento na educação Física faz parte da continuação da aprendizagem e nele formam se condições morfológicas,
funcionais, psicológicas e pedagógicas básicas. O sucesso desse aperfeiçoamento é condicionado pela união do processo de
assimilação das técnicas dos movimentos. E esse treinamento pode auxiliar na melhora do desempenho de habilidades
motoras (FRANCO, 2002).

O objetivo é proporcionar as crianças a vivencia de todos os conteúdos abrangidos pela educação física proporcionando a
integração das suas habilidades motoras de forma lúdica e simbólica, de modo a instigar a consciência crítica da realidade e
da sociedade que as cercam. É de suma importância o aluno aprender a jogar dentro das regras, uma vez que discutimos e
vivemos constantemente a importância dessas regras dentro da nossa sociedade.

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Segundo Bojikian (2003) o jogo tem que ter um sentido, pois de nada adianta uma atividade esportiva que não
proporcione ao seu jogador um ganho ou mesmo uma aprendizagem, quanto mais interligado e integrado ao jogo, maiores
serão os benefícios. No jogo há sempre um caráter de novidade, que é fundamental para despertar o interesse do aluno,
tornando­se um dos mais propícios meios para a construção do conhecimento. Trabalhar o esporte na escola sem ter como
propósito a reflexão do indivíduo, proporciona o surgimento de situações que poderão ocasionar problemas, como a busca
incessante de talentos, treinamento esportivo na aula de Educação Física, especialização precoce, exclusão dos menos
habilidosos, desinteresse pela prática esportiva, entre outros, sendo a Educação Física idealizada como modelo de esporte
de rendimento (SAMULSKI, 2002).

Conhecer os motivos que impulsionam as crianças e adolescentes à prática de uma modalidade de desporto pode vir a
aperfeiçoar as atividades a serem desenvolvidas durante o treinamento, levando­as a melhorarem o seu desempenho e,
com isso, sentirem­se mais motivadas. A motivação por sua vez pode gerar melhora de desempenho, num círculo virtuoso
absolutamente desejável.

De acordo com Samulski (2002) descreve que a motivação é responsável pela direção, intensidade e persistência dos
indivíduos numa determinada modalidade esportiva e manifesta­se como principal fonte de êxito esportivo, devendo ser
mantida permanentemente. O estudo sobre como os fatores motivacionais impulsionam crianças e adolescentes a se
envolverem na prática de esportes pode ser ferramenta de grande utilidade para a elaboração de treinos estratégicos,
auxiliando o processo de ensino­aprendizagem. O conhecimento sobre elementos motivadores ajuda em planejamentos
mais direcionados ao interesse do praticante, aumentando a probabilidade de permanência na prática da atividade
desportiva.

3. Considerações finais

Através desta revisão bibliográfica confirmamos a ideia que o voleibol deve ser parte integrante de todos os programas de Educação
Física, tanto como competição quanto jogo, desenvolvendo um processo de ensino e aprendizagem, com o propósito de formação e de
incentivo a prática de atividade física mesmo fora das aulas de Educação Física.

A escola é um ambiente onde ocorre a pluralidade de relações sociais e, portanto, é o espaço ideal para que o jogo seja realizado,
pois uma das funções da escola é organizar a sociedade, participando da formação integral do aluno, inserindo­o no universo da cultura
corporal.

Um dos caminhos para o desenvolvimento de inovações na escola e no currículo é reconhecer os professores como sujeitos da
inovação, ouvir o que eles têm a dizer, suas experiências, seus problemas, as práticas que consideram significativas e que gostariam que
continuassem. Existem muitas riquezas e variedades de teorias pedagógicas dos professores que não são registradas, explicitadas ou
sistematizadas. Favorecendo o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, com o propósito de uma formação de maior
qualidade dos alunos.

O voleibol para crianças tem como objetivo principal desenvolver as técnicas e táticas motoras básicas da modalidade. É importante
respeitar os limites da criança, e o treinamento deve estar de acordo com o seu desenvolvimento motor e psicológico. O voleibol quando
é trabalhado de forma a ensinar, deve trazer em seu conteúdo elementos que permitam entender sua essência dentro das suas regras,
cabendo ao professor estar informado disso. É preciso compreender que a educação física é uma disciplina obrigatória do currículo
escolar e que apresenta características próprias. Ela tem que ser entendida como parte de um processo educativo, e não a parte dele.
Nesse entendimento juntamente com os demais componentes curriculares, deve propiciar a construção de uma formação que possibilite
o exercício da cidadania. Relacionando a cidadania aos direitos, deveres e atitudes referentes aos cidadãos, almejando uma melhora de
vida coletiva na sociedade à qual pertencem.

Referências

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2005.


BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação a competição. São Paulo: Fazendo Arte, 2000.
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BOJIKIAN, J. C. M. Ensinando voleibol. 2.ed. São Paulo: Phorte, 2003.


BORSARI, J. R. Voleibol: aprendizagem e treinamento. Um desafio constante. São Paulo: Epu, 1989.
CERVO, A. L; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 3ª ed., São Paulo: Markon Books, 1996.
FRANCO, V. O. A influência da educação física escolar no desenvolvimento psicomotor de crianças de 6 a 8 anos. Monografia,
Efisc, 2002.

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teorias e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1992.
GARRETT, Jr; WILLIAM, E. A ciência do exercício e dos esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003.
NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: como se prevenir de doenças usando o exercício como seu medicamento. São Paulo: Manole,
1999.

PALAGI, M. A; ET AL. Manual para elaboração de trabalhos científicos, redação oficial e comercial. Cascavel: Coluna do Saber,
2005.

RIBEIRO, J. L. S. Conhecendo o Voleibol. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.


SAMULSKI, D. M. Psicologia do Esporte: manual para a Educação Física, Psicologia e Fisioterapia. São Paulo: Manole, 2002.
SUVOROV, Y. P; GRISHIN, O. N. Voleibol Iniciação. 3. Ed., Rio De Janeiro: Sprint, 2002.
WEINICK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 2000
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