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EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

ECHILLY ELIAS VELHO


LARISSA MARIANO BRASILÍCIO
KETLIN ALVES
VANESSA ALBERTON ZANELATO

GINÁSTICA NO AMBIENTE ESCOLAR: ONDE ELA ANDA PROFESSORA?


PCC - PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

ORLEANS
2022
ECHILLY ELIAS VELHO
LARISSA MARIANO BRASILÍCIO
KETLIN ALVES
VANESSA ALBERTON ZANELATO

GINÁSTICA NO AMBIENTE ESCOLAR: ONDE ELA ANDA PROFESSORA?


PCC - PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

Pratica como componente curricular- O


espaço que a ginástica ocupa na área da
Educação Física, desenvolvido e
apresentado ao (s) curso (s) de Educação
Física (Licenciatura) do Centro
Universitário Barriga Verde-UNIBAVE.
Como requisito parcial de avaliação das
disciplinas da 4ª fase do curso.

Professor (a) Orientador (a): Viviane Ribeiro


Pereira.

ORLEANS
2022
RESUMO

A ginástica é uma das manifestações culturais que se apresentam como conteúdo


no ensino de Educação Física na escola. Os conhecimentos produzidos no âmbito
da ginástica permitem organizar e sistematizar este conteúdo nas aulas de
Educação Física. Neste trabalho, objetivou-se identificar como é tratada a área da
ginástica em nossa profissão e o espaço que a ginástica ocupa na área da
Educação Física. A abordagem utilizada para este estudo foi inicialmente o
desenvolvimento de um estudo de campo com uma professora de escola pública de
Orleans, Santa Catarina. Os dados foram coletados através de um questionário,
dividido em nove perguntas.

Palavras-chave: Educação Física. Escola. Ginástica escolar.


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2. METODOLOGIA.......................................................................................................4
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................5
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................7
REFERÊNCIAS.............................................................................................................9
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1. INTRODUÇÃO

Por beneficiar tanto o corpo quanto a mente, a educação física é uma forma
especial de educação que abrange todo o ser humano. É uma manifestação da
cultura humana que ajuda a criar comunidades bem ajustadas, promovendo o
crescimento das capacidades cognitivas, aspectos psicomotores, afetivos e sociais.
De acordo com Oliveira: “os benefícios que a prática dos exercícios físicos pode
trazer à saúde, foram o argumento decisivo para a inclusão da Educação Física na
escola [...]”. É uma disciplina ensinada na escola que promove um modo de vida
ativo e saudável (COSTA, 2016).
Independentemente da modalidade, a ginástica é uma prática diversa,
lúdica e segura. Capaz de promover o desenvolvimento de crianças e
adolescentes, não apenas a aquisição de certas habilidades, mas também
uma manifestação física da cultura corporal que oferece inclusão social,
criatividade, alegria no movimento e a oportunidade de indagação crítica
sobre o próprio bem-estar. Entende-se Ginástica como uma forma de
exercício particular ou sem de aparelhos, abre-se a possibilidade de
atividades que provocam o uso da cultura corporal das crianças, em
particular, e do homem, em geral” (COSTA, 2016).
No Brasil, a ginástica ganhou força no início do século XX graças ao
método francês, que era aceito nas escolas e era conhecido como " educação
física“. Ela experimentou uma ascensão com o tempo devido ao processo de
eugenização e um declínio como resultado do processo de esportivização
ocorrido sob a ditadura, no qual foi substituída pelo esporte (CASTELLANI
FILHO, 2007).
Na educação física escolar, a modalidade predominante de ginástica é
aquela que tem a ver com esportes, ginástica artística e ginástica rítmica.
Essas formas de ginástica estão relacionadas às normas sociais,
principalmente aquelas impostas pela mídia e aquelas impostas pelos
professores, que são responsáveis pela divulgação de informações sobre
ginástica (AYOUB, 2003 apud FERREIRA; RODRIGUES, 2014)
Os resultados de muitos estudos indicam que a falta de compreensão dos
professores sobre como aplicar a ginástica é o principal motivo alegado,
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demonstrando que esses profissionais lutam para ver esse esporte de uma
perspectiva diferente da competição. Isso significa que eles desconhecem os
benefícios dessa modalidade de aprendizagem no desenvolvimento motor de seus
alunos.
É provável que os cursos de pós-graduação desenvolvidos por esses
professores não sejam capazes de traduzir as realidades das salas de aula,
deixando os futuros profissionais despreparados para abordar quaisquer questões
que possam surgir na aplicação da estatística em sala de aula. Na realidade, ao
olhar para as notas dos cursos de educação física em várias faculdades, verificamos
que não há muita perspectiva pedagógica sobre essa atividade relacionada ao
esporte. Não há políticas que priorizem o ensino de ginástica para crianças e
adolescentes (SCHIAVON; PICCOLO, 2007).
Tendo em vista que a ginástica é uma disciplina que será abordada na
educação física escolar e os desafios que a maioria dos professores tem em relação
ao crescimento da disciplina, como o conhecimento da ginástica poderia ser
aplicado de forma significativa para os alunos? Que elementos genéticos precisam
ser abordados?
Sendo assim, destacamos como objetivo: identificar como é tratada a área da
ginástica em nossa profissão e o espaço que a ginástica ocupa na área da
Educação Física.

2. METODOLOGIA
A abordagem utilizada para este estudo foi inicialmente o
desenvolvimento de um estudo de campo com um professor de escola
pública de Orleans, Santa Catarina. Os dados foram coletados através de um
questionário para nos ajudar a compreender as dificuldades da prática dos
professores para que, possamos entender o espaço que a ginástica ocupa na
área da Educação Física e na escola localizada em nossa região.
Ao realizar está pesquisa, esperamos aumentar o interesse pelos
estudos voltados ao ensino da ginástica nas salas de aula de educação física
e promover a compreensão da relevância de seus fundamentos perante o
movimento motor de crianças e adolescentes. Também esperamos
estabelecer uma ligação entre o conhecimento a ser desenvolvido e a forma
como ele deve ser tratado. Como resultado, auxiliar os educadores locais na
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identificação e transferência de potenciais barreiras à ginástica em sala de


aula para que os professores possam refletir sobre a educação física no
contexto da educação.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Qual sua área de atuação?


Professora de educação física das series de Ensino fundamental Iniciais –
1º ao 5º ano.

3.2 Como foi o início do ingresso nesta área?


Ingressou neste curso para seguir os passos de sua mãe, que também
era professora e para poder ter um estilo de vida mais saudável, além de ter um
afeto por dança, música e atividades recreativas. Formada em 2009, no curso de
Licenciatura em Educação Física pela Universidade do Extremo Sul Catarinense
(UNESC). Após esta formação, em 2014, iniciou sua jornada de trabalho em
uma escola localizada no município de Orleans, na localidade de Pindotiba. O
começo desta experiência foi desafiador, pois como outros profissionais,
surgiram muitas dúvidas, porém, essas indagações foram se tornando mais
fáceis de lidar com o passar das aulas e anos letivos.

3.3 Qual a formação necessitou para estar atuando nesta área?


Graduação em Licenciatura na Universidade do Extremos Sul Catarinense
(UNESC);
Mestrado em neuropsicopedagogia clínica e institucional;
Mestrado em Gestão Escolar;
Cursos de poucas horas para um maior aperfeiçoamento na área.

3.4 O que entende por ginástica?


A ginástica é uma atividade física com movimento corporal, pois promove
o desenvolvimento físico, mental, motor e cognitivo da criança. Também serve
como base para outros esportes e atividades, além de proporcionar benefícios
como coordenação, confiança, disciplina, organização e criatividade.
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3.5 Que forma a ginástica está na sua atuação, como ela se manifesta?
Em um primeiro passo, o profissional apresentou para seus alunos de
forma teórica o conceito de ginástica e como ela está dividida, expondo seus
nomes, fundamentos e movimentos corporais.
Ao trabalhar os fundamentos técnicos da ginástica, o professor pede que
os alunos falem e demonstrem seus movimentos corporais. Quando os alunos
desconhecem os movimentos corporais institucionalizados, o docente orienta o
aluno a produzir e assim criar esse conhecimento. Utiliza materiais como bolas,
bambolês e cordas para apresentar os tipos de ginástica.

3.6 Quais os desafios, se houver, trabalhar nesta área da ginastica?

As maiores dificuldades apresentadas foram medo de que acontecesse


possíveis acidentes, caso o aluno não desenvolva um movimento corretamente,
e também a falta de interesse por parte dos alunos.

3.7 Quais as facilidades, se houver, trabalhar nesta área de ginastica?

Hoje em dia se tornou mais fácil para aplicar o conteúdo de ginástica nas
escolas, vai muito do desempenho e interesse do professor em querer se
aprofundar do assunto e pôr em prática os seus conhecimentos. À internet se
tornou um meio de busca facilitadora para quem sabe utilizá-la, se há interesse
e vontade pode se improvisar muita coisa, como um solo nos gramados da
escola, para adaptar a trave de equilíbrio podem ser usados muros, linhas
brancas no chão e troncos. Além de poder confeccionar alguns equipamentos da
ginástica com materiais de fácil acesso na escola ou trazendo de casa mesmo.

3.8 De que forma a pratica da ginastica influencia no desenvolvimento motor


das crianças e adolescentes?
Trabalha todas as capacidades, ou seja, flexibilidade, força, agilidade,
coordenação motora e equilíbrio. ”A partir dos dois anos de idade é onde a
criança descobre há indagação da mobilidade de grande importância do nosso
corpo, andar, correr pular, onde a criança precisa de equilíbrio. A ginástica
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artística por exemplo é de grande importância que obtém movimentos de voo,


rotação do corpo no qual necessita de equilíbrio gerando experimentações de
capacidades. São vivencias na qual fazem atividades com estímulos para a
criança evoluir, mas suas capacitações de gerar e proceder de modo físico
sobre certa circunstância (GALLAHUE (1982)”.

3.9 Na sua escola, existem materiais ou artefatos para abordar este tipo de
conteúdo em sua aula? Se sim, alguns deles são materiais alternativos
criados por você e pela equipe pedagógica?

Na escola de atuação da entrevistada, não existe nenhum material oficial


para a ginástica, somente aparelhos adaptados, como bolas, fitas, maças,
cordas e argolas, voltadas para a ginástica rítmica.
Apesar dos materiais utilizados na ginástica rítmica serem simples, alguns
itens, como fitas e maças, são menos comuns em ambientes escolares. No
entanto, eles podem ser produzidos de forma personalizada, até mesmo pelos
alunos.
Além disso, é possível adaptar diversos outros aparelhos utilizados na
Ginástica. Se dividirmos nossa classe em dois grupos, cada grupo substituiria
uma equipe concorrente. A atividade consistirá em descer lateralmente uma
barra fixa com um aluno de cada equipe em cada extremidade da mesma barra,
com os dois participantes se cruzando sem separar as mãos na metade do
percurso. Uma criança que escala com sucesso uma barra fixa ganha um ponto
para sua equipe. Qualquer pessoa que cair sobre o colchão não marcará
nenhum ponto. Ao final da atividade, a equipe com mais pontos vence. Por
exemplo, podemos empregar a criatividade para realizar atividades seguras e
altamente motivadoras para uma adaptação (MILISTETD, 2014).
Estamos todos cientes do alto custo do equipamento oficial e do fato de
que apenas um pequeno número de escolas pode compra-lo. Vemos agora a
necessidade de adaptação de equipamentos oficiais, ou melhor, de construção
de dispositivos menos complexos, menos dispendiosos, que atendam aos
objetivos do trabalho escolar. Podemos desenvolver um trabalho de alta
qualidade em nossas escolas com boa vontade e imaginação.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No contexto da educação física escolar, a ginástica desempenha um papel
não apenas no sentido de iniciar os alunos no esporte, mas também no
sentido de promover o desenvolvimento de habilidades e capacidades físicas
que muitas crianças carecem ao trabalhar o movimento corporal de um aluno.
Também podemos vincular um déficit aos estudos ginásticos realizados
especificamente no ensino fundamental, pois, de acordo com o professor, a
ginástica está relacionada à uma serie de riscos em sua pratica, além da falta
de materiais necessários para sua abordagem.
Apesar disso percebe-se um avanço em seus estudos, principalmente para o
aprofundamento e promoção de uma ginástica acessível a todos, cada vez
mais praticável no âmbito escolar.
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REFERÊNCIAS

FERREIRA, F. G., RODRIGUES, M. C. A prática pedagógica da ginástica geral nas


escolas públicas de Barra do Garças (MT). Revista Mackenzie de Educação Física e
Esporte, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 65-79, jul./dez. 2014. Acesso em: 17 set 2022.
Disponível em: https://www.forumgpt.com/2018/arquivos/anais/05-forum-
internacional-de-ginastica-geral-2010.pdf#page=83.

NUNOMURA, Myrian; NISTA-PICCOLO, Vilma Leni. Compreendendo a ginástica


artística. São Paulo: Phorte, p. 17-52, 2005. Acesso em 18 set 2022. Disponível
em:https://ava.unibave.net/pluginfile.php/190764/mod_resource/content/1/texto
%20peda.%20gin%C3%A1stica%20art%C3%ADstica.pdf

MILISTETD, Michel et al. Análise da organização competitiva de crianças e jovens:


adaptações estruturais e funcionais. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.
36, p. 671-678, 2014. Acesso em: 17 set 2022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbce/a/BYCRzKY7VRF6ck5jmJ4Y89m/?format=html.

SCHIAVON, Laurita; PICCOLO, Vilma Nista. A ginástica vai à escola. Movimento


(Porto Alegre), v. 13, n. 3, p. 131-150, 2007.
COSTA, Andrize Ramires et al. Ginástica na escola: por onde ela anda
professor?. Conexões, v. 14, n. 4, p. 76-96, 2016. Acesso em: 17 set 2022.
Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8648071.

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