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NO
CONTEXTO ESCOLAR
RESUMO
O presente trabalho buscou apresentar alguns dos temas que cercam o
distanciamento entre Ginástica Artística em âmbito escolar e a sua grande difusão no
alto rendimento, e qual o papel do profissional em Educação Física neste assunto,
este estudo se baseou na revisão de literatura de alguns artigos que abordam o tema
em questão.
INTRODUÇÃO
GINÁSTICA ARTÍSTICA
PROFISSIONALIZAÇÃO PRECOCE
A fase “crítica ou preciosa” é a mais importante do desenvolvimento e se
encontra na infância. É nessa fase que os profissionais de Educação Física
deveriam explorar mais a parte do aprendizado psicomotor das crianças (LE
BOULCH, 1982; DA SILVA, 2002).
Contudo, quando se trata de GA o alto rendimento é o que mais chama a
atenção no cenário nacional, os atletas tem sido exigidos fisicamente e
mentalmente cada vez mais cedo. Segundo Bompa (2002a), desde a
antiguidade Clássica já havia o hábito de se treinar sistematicamente para
atividades militares e olímpicas competitivas. Caine e colaboradores (2001),
detalhando a rotina da GA de alto nível, mencionam que nesse estágio as
atletas treinam entre 24 e 36 horas por semana, de 4 a 6 horas por dia e
durante os 12 meses do ano. Outros autores também fazem referência ao
volume de horas de treinamento na GA de alto nível (THEINTZ e
colaboradores, 1993; DALY e colaboradores, 2005) ̈As ginastas treinam 7
horas por dia, folgando apenas aos domingos, isso quando não há
competições ̈ (ROMERO , 2003, p.95). Rotinas como estas de treinos
exaustivos e com a busca pelo movimento “perfeito” sendo cada vez mais
precoce, estes se tornam alguns dos temas que permeiam a prática da
Ginástica Artística também nas escolas.
Com atletas tendo o ápice de suas carreiras cada vez mais cedo e mitos
como “a prática da ginástica artística leva a baixa estatura”, acabam por
diminuir ainda mais a busca de profissionais de educação física por
implementar a prática desta em escolas, e diminui também o interesse dos
pais. Claessens e colaboradores (1992) destacam que as ginastas iniciam
muito jovens na modalidade e precisam treinar muitas horas por semana para
alcançar o alto nível, citando as ginastas holandesas que iniciavam os treinos
por volta dos 7.5 anos de idade e treinavam em média 25 horas por semana.
ESTRUTURA ESCOLAR
Alguns dos pontos mais críticos que podem ser citados por algumas
pessoas para a ausência da GA no ambiente escolar é a falta de material para
a prática, que torna-se, sim, uma grande dificuldade para o desenvolvimento
do trabalho, entretanto, o uso de materiais alternativos para o desenvolvimento
desta prática é essencial, pois o fundamento psicomotor abordado pela
Ginástica Artística é de grande valia para as crianças em sua fase de
desenvolvimento motor.
Entretanto, os professores dos primários trabalham sozinhos dedicando-
se a ensinar mais os conteúdos de sala de aula cognitivos como, leitura,
operações lógico-matemáticas, escrita e esquecendo-se da alfabetização do
corpo em relação ao intelecto. Este, sendo o mais importante para o
desenvolvimento infantil, também depende da sua saúde física e mental para
poder brincar e explorar o mundo em que vive adquirindo repertório de
vivências motrizes e sensoriais as quais são necessários para a autonomia,
socialização e aprendizagem (FONSECA, 1998; DE MEUER e STAES, 1992).
A forma como deve ser ministrada a Ginástica Artística também se torna
um grande obstáculo na difusão desta nas escolas. Não há uma padronização
na forma da aplicação desta prática da cultura corporal, e isto é um ponto
importante porque a padronização poderia levar a um enrijecimento do
currículo da GA nas escolas, contudo faz-se necessário uma base mínima para
as abordagens terem um caminho norteador da prática no ambiente escolar.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), o bloco de
conteúdo do ensino fundamental é dividido em três blocos, mesmo
especificando somente os dois primeiros ciclos. Estes deverão ser
desenvolvidos ao longo do ensino fundamental. Essa estrutura não é inflexível
ou estática, ela serve justamente para organizar o conteúdo a ser abordado,
diante dos diferentes enfoques existentes como:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA RINALDI, I. A ginástica como área de conhecimento na formação
profissional em educação física: encaminhamentos para uma estruturação
curricular. 2004. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação Física,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.